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2016_Equival+¬ncia Ricardiana

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*
Política Fiscal e Equivalência Ricardiana
Investimentos
Anpec - Macroeconomia
*
Política Fiscal e Equivalência Ricardiana
Dívida e Déficit
Investimentos
Macroeconomia - ANPEC
*
Política Fiscal e Equivalência Ricardiana
*
Política Fiscal e Equivalência Ricardiana
O primeiro a abordar o tema da chamada equivalência ricardiana foi David Ricardo, em 1817. 
Trata-se de uma equivalência entre impostos e dívida, e o próprio Ricardo não acreditava que seus resultados pudessem ser observados na prática. 
Atualmente, pode ser pensada como uma aplicação das modernas teorias de consumo, na área de política fiscal. 
*
O modelo de Equivalência Ricardiana
Suponha uma economia com dois períodos, onde o problema do indivíduo é igual àquele exposto no tópico de teorias de consumo, ou seja:
*
O modelo de Equivalência Ricardiana
O resultado para este problema é: 
*
O modelo de Equivalência Ricardiana
Se adicionarmos o governo ao modelo, nosso problema torna-se:
*
Onde τ1 é o total de impostos no primeiro período, e τ2 é o total de impostos arrecadados no segundo período, de modo que:
(y1 - τ1) é a renda disponível no primeiro período; e
(y2 – τ2) é a renda disponível no segundo período. 
O modelo de Equivalência Ricardiana
*
Seguindo o mesmo esquema de resolução efetuado no caso sem governo, temos os seguintes resultados:
O modelo de Equivalência Ricardiana
*
Por simplicidade, suponha que o consumo seja igual nos dois períodos, e que o orçamento do governo também esteja em equilíbrio (ou seja, os gastos são iguais aos impostos) em cada um dos períodos. 
Suponha que o governo corte impostos na data 1, mas mantenha inalterada a trajetória de gastos (ou seja, há queda de tributos sem diminuição de gastos). 
O excesso de gastos em relação à arrecadação em 1 deve ser financiado com dívida. 
O modelo de Equivalência Ricardiana
*
A dívida feita no período 1 deverá ser paga com aumento de impostos no segundo período. 
O aumento de impostos para cada agente no segundo período será igual à dívida do governo que deverá ser paga no segundo período, ou seja, igual ao corte de impostos do primeiro período acrescido dos juros. 
O modelo de Equivalência Ricardiana
*
Segundo a teoria da equivalência ricardiana, o agente não percebe a redução de impostos como um aumento da riqueza: 
- toda a economia de impostos que o agente faz hoje com a redução dada no primeiro período será cobrada no segundo período, acrescida de juros, na forma de impostos mais altos, para pagar a dívida emitida no primeiro período. 
O modelo de Equivalência Ricardiana
*
Mesmo com uma renda corrente maior no primeiro período, não há aumentos da renda de toda a vida. 
Como o consumo depende da renda da vida toda (ou seja, da riqueza), não há alteração de consumo, já que o indivíduo percebe que a diminuição dos impostos será cobrada amanhã, com aumento dos mesmo. 
O modelo de Equivalência Ricardiana
*
Resumindo, tudo que o indivíduo tem a mais hoje para consumir ou poupar deverá ser pago no futuro através de impostos mais altos. 
Sem mudanças na riqueza não há alterações no consumo. 
A economia de impostos é poupada pelo agente para pagar impostos mais altos amanhã. Note que reduzir impostos hoje e elevá-los amanhã no mesmo montante, acrescidos juros, não altera a restrição orçamentária intertemporal. 
O modelo de Equivalência Ricardiana
*
Dado que nem a restrição orçamentária nem as preferências se alteram, não ocorre mudança nem no consumo presente, nem no consumo futuro. 
Toda a economia de impostos do primeiro período vira poupança. A redução da poupança pública é compensada por um aumento de igual magnitude da poupança privada. A poupança total, portanto, não se altera. Logo, não haverá mudança na taxa de juros e no investimento. 
O modelo de Equivalência Ricardiana
*
O modelo de Equivalência Ricardiana
No mercado de empréstimos, a oferta de empréstimos (poupança) aumenta...
e o aumento é igual ao aumento da demanda por empréstimos do governo.
r
S,I,D
*
No escopo da teoria da Equivalência Ricardiana, títulos públicos não são considerados riqueza pelos agentes, já que a dívida do governo será paga no futuro através de aumentos de impostos. 
Dívida pública no presente significa impostos mais saltos no futuro. 
O modelo de Equivalência Ricardiana
*
A teoria da equivalência ricardiana versa sobre a equivalência entre impostos e dívida pública 
Logo, não importa a forma que o governo escolhe para financiar seus gastos (se com dívida ou impostos), pois qualquer que seja o instrumento utilizado, o impacto sobre o consumo, os juros reais, o investimento e o produto será o mesmo. 
O modelo de Equivalência Ricardiana
*
Principal resultado da teoria da equivalência ricardiana:
Gasto financiado com dívida gera os mesmos efeitos sobre a economia que gasto financiado por impostos. 
Mas, para que isso se verifique na prática, são necessárias hipóteses fortes sobre o comportamento do agente.
O modelo de Equivalência Ricardiana
*
Hipóteses:
Agentes perfeitamente altruístas (a existência de herança fortalece a teoria da equivalência ricardiana);
Livre acesso ao mercado de empréstimos;
Impostos não podem ser distorcivos (não podem mudar estrutura de incentivos, preferências e gostos por lazer e trabalho);
Consumo deve ser função da riqueza;
A redução de impostos no presente deve ser percebida como um aumento de impostos no futuro com certeza.
O modelo de Equivalência Ricardiana
*
Avalie as proposições abaixo, relativas à Equivalência Ricardiana:
(0) Admitindo-se a Equivalência Ricardiana, a retração de consumo proveniente do financiamento dos gastos mediante impostos pode ser evitada se o financiamento se der por meio do lançamento de títulos públicos. 
(1) Admitindo-se Equivalência Ricardiana, uma queda antecipada dos gastos futuros do governo não afeta o consumo corrente. 
ANPEC 2003 – Q14
*
Avalie as proposições abaixo, relativas à Equivalência Ricardiana:
(2) O consumo depende da riqueza, logo, segundo a Equivalência Ricardiana, quanto mais títulos do governo estiverem nas mãos das pessoas, maior deverá ser o consumo. 
(3) Uma maneira de testar a Equivalência Ricardiana é verificar se o consumo das pessoas depende da renda disponível ou da renda permanente. 
ANPEC 2003 – Q14
*
Avalie as proposições abaixo, relativas à Equivalência Ricardiana:
(4) A hipótese de que os consumidores são indiferentes ao bem-estar das gerações futuras enfraquece a teoria da Equivalência Ricardiana.
Gabarito: F F F V V
ANPEC 2003 – Q14
*
A restrição orçamentária do governo pode ser vista da seguinte forma:
Onde:
Bt é a dívida real do governo no final do período t, 
Gt são os gastos reais com bens e serviços no período t, 
Tt são os impostos reais líquidos de transferências reais no ano t, e 
r é a taxa de juros real. 
Dívida e Déficit
*
O resultado orçamentário, portanto, pode ser entendido como:
Ou seja, o déficit orçamentário é igual aos gastos, inclusive os pagamentos de juros sobre a dívida, menos os impostos líquidos de transferências. 
Dívida e Déficit
*
A restrição orçamentária do governo, portanto, simplesmente afirma que a variação da dívida pública durante o ano t é igual ao déficit durante o ano t. 
Se o governo apresenta um déficit, a dívida pública aumenta. 
Se o governo apresenta um superávit, a dívida pública diminui. 
Dívida e Déficit
*
Convém decompor o déficit na soma de dois termos:
Dívida e Déficit
Variação da Dívida
Déficit Primário
Pagamento de juros
*
Podemos ver a restrição orçamentária como proporção do PIB, ou seja:
Nesta abordagem, podemos ver a evolução da razão dívida/PIB. 
Dívida e Déficit*
Dívida e Déficit
*
Dívida e Déficit
*
Dívida e Déficit
A variação da razão dívida-PIB ,ou coeficiente da dívida, pode ser visto como:
Assim, a variação da razão dívida-PIB depende da diferença entre a taxa de juros real e a taxa de crescimento do PIB, da razão dívida-PIB passada e do déficit primário em relação ao PIB.
*
Dívida e Déficit
Assim, a variação da razão dívida-PIB será tanto maior quanto
Maior a taxa de juros
Menor a taxa de crescimento
Maior a razão dívida-PIB inicial
Maior o déficit primário em relação ao PIB
*
Dívida e Déficit
Qual é o problema de termos uma dívida elevada?
Uma dívida alta pode levar a círculos viciosos e tornar a condução da política fiscal extremamente difícil.
Os investidores podem começar a exigir taxas de juros cada vez maiores, o que piora ainda mais o déficit e a evolução da dívida.
 Quanto maior a razão dívida-PIB, maior o potencial para uma dinâmica da dívida catastrófica.
*
Dívida e Déficit
Importante ressaltar dois conceitos:
Profecia autorrealizável
Expectativas de que um problema possa ocorrer, levam ao surgimento do problema, validando as expectativas iniciais.
Repúdio da dívida 
É o cancelamento da dívida, em parte ou totalmente.
*
ANPEC 2006 – Q10
Avalie as proposições abaixo:
(0) Entende-se por superávit fiscal primário a diferença entre receitas e gastos governamentais, excetuadas as despesas com pagamentos de juros. 
(1) Déficit primário no orçamento público faz crescerem o déficit público total e os gastos com pagamentos de juros. 
*
ANPEC 2006 – Q10
Avalie as proposições abaixo:
(2) De acordo com o princípio da Equivalência Ricardiana, uma redução de impostos financiada pela emissão de títulos públicos não implica aumento de poupança. 
(3) Em uma economia sem crescimento real, o endividamento é a única forma de se pagar por programas governamentais. 
*
ANPEC 2006 – Q10
Avalie as proposições abaixo:
Gabarito: V V F F 
*
Investimentos
Teorias de Investimento: Teoria neoclássica e q de Tobin
*
Modelo Neoclássico de Investimento
O investimento é considerado o componente mais volátil/instável do PIB, mesmo representando uma parcela do PIB bem menor que o consumo.
3 tipos de investimento
Capital fixo privado – equipamentos e as construções que as empresas adquirem para utilizar na produção. 
Residências – Novas habitações que as pessoas compram para morar ou alugar para terceiros.
Estoques – Bens que as empresas estocam, incluindo matérias primas e suprimentos e produtos acabados.
*
Modelo Neoclássico de Investimento
Importante diferenciar o investimento bruto do investimento líquido. 
Durante o processo produtivo, o estoque de capital sofre um desgaste natural conhecido como depreciação. O investimento em si pode estar incluindo a reposição do estoque de capital necessária para cobrir a depreciação. Nesse caso, estamos falando do investimento bruto. 
Quando excluímos a depreciação, temos o investimento líquido. 
*
Modelo Neoclássico de Investimento
O Modelo Neoclássico de Investimentos preocupa-se com o capital fixo das empresas. 
Assim, consideramos dois tipos de empresas:
Empresas produtoras
Produzem bens e serviços usando o capital que alugam.
Empresas locadoras 
Compram bens de capital e alugam para as empresas produtoras
*
Modelo Neoclássico de Investimento
Preço de Aluguel do Capital
A firma produtora aluga o capital a uma taxa de arrendamento R e vende sua produção ao preço P, assim o custo real de uma unidade de capital é R/P.
Para maximizar o lucro, a empresa aluga capital até que a PMgK seja igual ao preço de arrendamento. A curva PMgK determina a curva de demanda por capital. Com PMgK decrescente, a curva de demanda por capital é negativamente inclinada.
Em qualquer ponto do tempo a quantidade de capital é fixa, logo a oferta do mesmo é vertical.
*
Modelo Neoclássico de Investimento
*
Modelo Neoclássico de Investimento
Supondo uma Cobb-Douglas, 
a maximização da firma leva a 
Assim, o preço real de aluguel do capital será tanto maior quanto:
 quanto mais baixo o estoque de capital;
 quanto mais alto o estoque de trabalho;
 quanto melhor a tecnologia 
*
Modelo Neoclássico de Investimento
Assim, podemos perceber que eventos que reduzem o estoque de capital (terremotos), ou aumentam o emprego (expansão da DA), ou ainda aperfeiçoam a tecnologia (descoberta científica) aumentam o preço de arrendamento do capital.
*
Modelo Neoclássico de Investimento
Custo do Capital para empresas Locadoras
A receita para as locadoras é o preço de arrendamento, R.
O custo do capital é dado por:
Ou 
*
Modelo Neoclássico de Investimento
Custo do Capital para empresas Locadoras
Supondo que o preço dos bens de capital suba com o preço dos outros bens, teremos que 
Logo, 
Sendo o custo real dado por 
*
Modelo Neoclássico de Investimento
Custo do Capital para empresas Locadoras
Assim sendo, o custo real do capital dependerá do preço relativo do bem de capital, da taxa de juros real e da taxa de depreciação. 
*
Modelo Neoclássico de Investimento
O que determinará o investimento?
A empresa de locação vai escolher aumentar ou diminuir o seu estoque de capital de acordo com o lucro que ela pode auferir para cada unidade de capital:
O lucro total pode ser expresso como: 
*
Modelo Neoclássico de Investimento
O que determinará o investimento?
A maximização de lucros acontecerá quando:
Entretanto, sabemos que R/P = PMgK, portanto a condição de ótimo fica: 
 
*
Modelo Neoclássico de Investimento
O que determinará o investimento?
Assim o investimento líquido (variação no estoque de capital) depende da diferença entre a PMgK e o custo do capital.
Caso PMgK > custo real, empresas aumentam o estoque de capital. Investimento líquido é positivo. 
Caso PMgK< custo real, diminuem o estoque de capital, ou seja, deixam depreciar. Investimento líquido é negativo. 
*
q de Tobin
Mercado de ações e o q de Tobin
Existe uma ligação entre oscilações no investimento e oscilações no mercado de ações.
Quando as empresas tem muitas oportunidades de investimento lucrativo, os preços das ações tendem a ser altos, pois espera-se uma renda mais alta para os acionistas (dividendos).
*
q de Tobin
Mercado de ações e o q de Tobin
O preço da ação é dado por $Qt.
Cada real hoje poderá comprar 1/ $Qt ações.
Para cada 1 real aplicado em ações, o retorno esperado da ação é: 
*
q de Tobin
Mercado de ações e o q de Tobin
Se os investidores só se preocupam com o retorno esperado, no equilíbrio o retorno esperado das ações deverá ser igual ao retorno esperado dos títulos. No equilíbrio, teremos:
*
q de Tobin
Mercado de ações e o q de Tobin
Correndo a expressão anterior um período adiante, temos:
*
q de Tobin
Mercado de ações e o q de Tobin
Substituindo sucessivamente as expressões anteriores na expressão do preço da ação, encontramos:
*
q de Tobin
Mercado de ações e o q de Tobin
O preço de uma ação, na ausência de bolhas especulativas, é igual ao valor presente descontado dos dividendos futuros. Supondo que o dividendo é pago um ano depois da compra da ação, temos:
Assim, os preços das ações refletem as oportunidades de investimentos lucrativos.
*
q de Tobin
Mercado de ações e o q de Tobin
Tobin definiu a variável q como sendo a seguinte razão:
O valor de mercado do capital da empresa é o valor total das ações da empresa negociadas na bolsa de valores.
O custo de reposição do capital da empresa é o custo de aquisição do capital físico da empresa (máquinas,escritórios, fábricas) nos respectivos mercados. 
*
q de Tobin
Mercado de ações e o q de Tobin
Para Tobin, 
 q > 1 significa que a empresa deve investir.
 q < 1 significa que a empresa deve se desfazer do capital. 
*
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