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SEMANA 3 DIREITO PENAL I CASO CONCRETO Leia a notícia abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas. “Operação apreende mais de 100 mil CDs e DVDs piratas no Centro de Teresina Seis pessoas serão conduzidas de forma coercitiva para prestar depoimentos na delegacia.” Do G1, em Brasília, 01/12/2017, disponível em: https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/operacao-apreende-mais-de-100-mil-cds-e- dvdspiradas-no-centro-de-teresina.ghtml Uma operação da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Ordem Tributária Econômica e Relações de Consumo (Decoterc) apreendeu mais de 100 mil CDs e DVDs piratas, na manhã desta sexta-feira (1º) no Centro de Teresina. A ação policial ocorreu em seis lojas que reproduziam áudio e vídeo ilegalmente. Os estabelecimentos foram fechados e os respectivos donos encaminhados à Central de Flagrantes. O objetivo da operação é combater a sonegação de impostos e a pirataria em diversos estabelecimentos de Teresina. De acordo com o delegado Laércio Eulálio, os prejuízos para Receita são avaliados em R$ 1 milhão, que seriam aplicados em impostos e pagamento de direitos autorais. "Este tipo de comércio ilegal prejudica a economia, já que enfraquece as lojas que pagam impostos. Essa rua, segundo investigações, tem um histórico de produção e venda desse tipo de produtos", informou o delegado. A quantidade de material apreendido surpreendeu a polícia. "A demanda aqui é tão grande que estamos com problemas de carros para conduzir o material apreendido”, afirmou o delegado Laércio Eulálio, acrescentando que os sete veículos que estão no local, dentre eles um microônibus, estão lotados com os objetos encontrados nos estabelecimentos. Seis pessoas serão conduzidas de forma coercitiva para prestar depoimentos na delegacia. Segundo o delegado, elas poderão responder processos judiciais após a abertura do inquérito. "As investigações vão continuar e em breve teremos o desencadeamento de mais trabalhos como esse para combater cada vez mais a ilegalidade", finalizou o delegado. Com base nos estudos realizados sobre os princípios norteadores, limitadores e garantidores de Direito Penal, responda de forma objetiva e fundamentada: Aplica-se ao caso concreto o princípio da adequação social para fins de exclusão da tipicidade material relativa à conduta dos agentes? Apesar de ser tolerado por boa parte da população, não pode ser aplicado o princípio da adequação social pois existe crime tributário contra a receita federal que deixa de arrecadar com impostos, contra gravadora que tem prejuízos com vendas e os artistas que deixam de receber direitos autorais. QUESTÃ OBJETIVA De acordo com o Professor Luiz Flávio Gomes: “A subtração de um par de chinelos (de R$ 16,00) vai monopolizar, em breve, a atenção dos onze ministros do STF, que têm milhares de questões de constitucionalidade pendentes. Decidirão qual é o custo (penal) para o pé descalço que subtrai um par de chinelos para subir de grau (na escala social) e se converter em um pé de chinelo. No dia 5/8/14, a 1ª Turma mandou para o Pleno a discussão desse tema. Reputado muito relevante. No mundo todo, a esse luxo requintadíssimo pouquíssimas Cortes Supremas se dão (se é que exista alguma outra que faça a mesma coisa). Recentemente outros casos semelhantes foram julgados pelo STF: subtração de 12 camarões (SC), de um galo e uma galinha (MG), de 5 livros, de 2 peças de picanha (MG), etc. Um homem, em MG, pelo par de chinelos (devolvido), foi condenado a um ano de prisão mais dez dias-multa. Três instâncias precedentes (1º grau, TJMG e STJ) fixaram o regime semiaberto para ele (porque já condenado antes por crime grave: outra subtração sem violência) (...)”. (Disponível em: <http://http://professorlfg.jusbrasil.com.br/ noticias/ 132988796/plenario-do-stf-vaijulgar-subtracao- de-um-par-dechinelos). Com base no referido texto, a esses casos descritos, os quais seriam julgados pelo STF, qual princípio limitador do Poder Punitivo Estatal poderíamos aplicar a fim de dar resolução ao caso penal? a) Da legalidade e da reserva legal. b) Da intervenção mínima. c) Da insignificância. d) Da adequação social. e) Da fragmentariedade. DIREITO CIVIL II CASO CONCRETO Gustavo celebrou contrato de compra e venda de imóvel com Cristiana e, mesmo sem a devida declaração negativa de débitos condominiais, conseguiu registrar o bem em seu nome. Ocorre que, no mês seguinte a sua mudança, Gustavo foi surpreendido com a cobrança de três meses de cotas condominiais em atraso. Inconformado com a situação, Gustavo tentou, sem sucesso, entrar em contato com a vendedora para que esta arcasse com os mencionados valores. Assim, de acordo com as regras concernentes ao direito obrigacional, quem deverá arcar com o pagamento perante o condomínio? Explique, com a devida fundamentação jurídica, qual é a espécie de obrigação mencionada no caso concreto. Perante o condomínio, Gustavo deverá arcar com o pagamento das cotas em atraso, pois se trata de obrigação propter rem, entendida como aquela que está a cargo daquele que possui o direito real sobre a coisa e, comprovadamente, imitido na posse do imóvel adquirido. “Art. 1.345 do CC: O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios.” CIÊNCIA POLÍTICA Também em Locke, a teoria contratualista pressupõe a existência de um estado natural, contudo sua existência, diferentemente do que dissemos em Hobbes, parece ser uma realidade e não uma ficção. A família e a propriedade caracterizam a existência efetiva do estado natural, o que implica admitir que, em Locke, embora o estado de natureza seja um momento anterior ao estado civil, ele não é pré-social, pois sua teoria não afasta a existência de vínculos sociais espontaneamente contraídos pelos homens em busca do bem-estar comum. ( Livro do Proprietário: Ciência política / Marcelo Machado Lima ; Guilherme Sandoval Góes. Rio de Janeiro : SESES, 2015, pag. 47) Diante do texto acima e, de acordo com o que você apreendeu da leitura referente à Aula 3, responda: a) Para Locke o individuo tem direito à vida, à propriedade e à liberdade no estado de natureza? Justifique sua resposta. Sim, Locke entende que o estado de natureza é um estado de perfeita liberdade e igualdade, mas que está submetido a algumas leis de responsabilidade dos próprios homens, que são as leis da natureza: Não prejudicar a outrem em suas vidas, saúde, liberdade ou posses. b) A pergunta que surge e se faz relevante neste momento, então, é a seguinte: por que seria necessário passar do estado de natureza para um estado civil, se o primeiro (diferentemente da construção pensada em Hobbes) já teria por pressuposto os direitos à liberdade, à vida e à propriedade? Justifique sua resposta. Para Locke, como a fraqueza humana levaria a comportamentos contra natura e a lei não escrita (lei natural) está sujeita a contestação, os homens decidiram cindir a sua comunidade em sociedades civis particulares, a fim de salvaguardar os seus direitos naturais (liberdade, igualdade, propriedade). Ou seja, o que realmente se almeja com a criação do estado civil (político) por meio de um contrato social é, no fundo, obter maior garantia e respeito aos direitos naturais, aperfeiçoando o sistema de sanção aos que violassem. DIREITO DO TRABALHO I CASO CONCRETO A empresa Infohoje Ltda. firmou contrato com Paulo, pelo qual ele prestaria consultoria e suporte de serviços técnicos de informática a clientes da empresa. Para tanto, Paulo receberia 20% do valor de cada atendimento, sendo certo que trabalharia em sua própriaresidência, realizando os contatos e trabalhos por via remota ou telefônica. Paulo deveria estar conectado durante o horário comercial de segunda a sexta-feira, sendo exigida sua assinatura digital pessoal e intransferível para cada trabalho, bem como exclusividade na área de informática. Sobre o caso sugerido, pergunta-se: Paulo possui direito a obtenção de vínculo de emprego com a empresa Infohoje? Em caso tipo específico de trabalhador que se enquadraria Paulo? Caracterize e justifique. Paulo é empregado da empresa, pois presentes todos os requisitos caracterizadores da relação de emprego e se enquadra no tele trabalhador Art. 75-A e seguintes da CLT. QUESTÃO OBJETIVA (FCC, TRT 3ª Região, 2015, Analista Judiciário) Maria, durante três anos, prestou serviços ao Clube de Mães Madalena Arraes, que é uma entidade sem fins lucrativos instituída para desenvolver atividades culturais e filantrópicas com a comunidade carente. Cumpria jornada de trabalho diário das 8 às 17 horas, com uma hora de intervalo para repouso e alimentação, devidamente controlada, e, enquanto estava trabalhando era obrigada a usar uniforme. Entregava relatórios semanais sobre as suas atividades e os resultados obtidos com as crianças e recebia mensalmente um valor fixo pelo trabalho prestado. Em relação à situação descrita, A) presentes as características da relação de emprego na relação mantida entre Maria e o Clube de Mães, deve ser reconhecido o vínculo de emprego entre as partes, não sendo óbice para tal reconhecimento o fato de o Clube de Mães ser entidade filantrópica sem finalidade lucrativa. B) somente seria possível o reconhecimento do vínculo de emprego entre as partes se presente a subordinação de Maria em relação ao Clube de Mães, o que não se verifica no presente caso. C) embora presentes as características da relação desemprego, o fato de o Clube de Mães ser entidade filantrópica sem finalidade lucrativa impede o reconhecimento do vínculo de emprego entre as partes. D) a finalidade lucrativa do empregador e o recebimento de participação do trabalhador nesse lucro é essencial para a caracterização do vínculo de emprego. TEORIA GERAL DO PROCESSO CASO CONCRETO Clóvis ingressou com uma ação judicial em face da Mineradora Pó Forte S/A e o juiz julgou improcedente o pedido, antes mesmo da citação da ré, informando da existência de precedente e que por tal razão, outros princípios processuais, tais como o contraditório e ampla defesa não precisam ser respeitados nesses casos, considerando a CRFB 88 e o Código de Processo Civil. Fundamentou ainda que estaria sendo aplicado, entre outros, o princípio constitucional da razoável duração do processo. O posicionamento do juiz tem base legal e constitucional? O juiz fundamentou e não permitiu que o réu fosse citado, não formou portanto a Trilogia Processual, Jurisdição, Ação e Processo com o contraditório e ampla defesa (Só existe para o réu que esteja em juízo). Citar o réu, constituir advogado, seguir o trâmite normal; como o princípio da duração razoável. Fazendo com que a máquina não trabalhe em vão. Tem base legal: Art.5ºLXVIII, CF; Art. 93 LX, CF; Art.332,I; Art.926 e 928. Não houve violação do Direito e contraditório.
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