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Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
ÉTICA PROFISSIONAL
MARIA CHRISTINA
1 
João, recém-aprovado no exame de ordem, foi contratado 
por um município, sem a ocorrência de licitação, ampara-
do na ideia da advocacia como serviço de notória espe-
cialização. Diante dos fatos, assinale a alternativa correta.
(A) Os serviços advocatícios sempre serão considerados 
de notória especialização.
(B) Os serviços advocatícios, para serem considerados 
de notória especialização, devem ser devidamente 
comprovados.
(C) Somente após 5 anos de inscrição poderá ser reque-
rida a notória especialização.
(D) Somente após 3 anos de inscrição poderá ser reque-
rida a notória especialização.
2 
Robson, bacharel em direito, foi aprovado na 1ª e na 2ª 
fase do exame de ordem. Durante a comemoração de 
sua aprovação, após ingerir uma grande quantidade de 
bebida alcoólica, desentendeu-se com sua mulher e a 
agrediu fisicamente, deixando-a em coma. A notícia foi 
amplamente divulgada nas redes sociais, tendo a seccio-
nal instaurado processo administrativo disciplinar contra 
Robson. Após todo o trâmite administrativo, o advogado 
poderá ser penalizado com:
(A) exclusão pela prática de crime infame, caso obtenha 
o quórum de 2/3 dos votos no tribunal de ética e dis-
ciplina da OAB.
(B) exclusão por ser declarado inidôneo, caso obtenha o 
quórum de 2/3 dos votos no tribunal de ética e disci-
plina da OAB.
(C) censura por cometimento de falta sem correlação 
com o exercício da profissão.
(D) suspensão pelo prazo máximo de 12 meses.
3 
Marta e Mariana estabelecem a sede da sociedade de 
advogados no município da Aparecida de Goiânia/GO e, 
ao mesmo tempo, no Município da Luziânia/GO. À luz da 
legislação aplicável aos advogados, é correto afirmar que
(A) é possível a participação de advogados em socie-
dades sediadas em áreas territoriais de seccio-
nais diversas.
(B) o Código de Ética não se aplica individualmente aos 
profissionais que compõem sociedade de advogados.
(C) é possível que elas possam participar de outra socie-
dade em outro município da seccional de Goiás.
(D) a procuração é sempre coletiva quando atuante em 
sociedade de advogados.
4 
O advogado Técio é convocado para atuar em um pro-
cesso sigiloso. Sem portar instrumento de procuração, 
dirige-se ao órgão investigador competente para obter 
informações, identificando-se como advogado do inves-
tigado. A autoridade competente, em decisão escrita, 
indefere o postulado, por estar ausente o instrumento 
do mandato e, ainda, ser a investigação sigilosa. Diante 
dessas circunstâncias, à luz da legislação aplicável, é cor-
reto afirmar que
(A) o acesso a processo sigiloso é possível aos advogados 
somente quando requeiram a prática de ato.
(B) o acesso dos advogados dos interessados a pro-
cessos sigilosos romperia com a proteção que eles 
mereceriam.
(C) o processo sigiloso é acessível a advogado portando 
instrumento de mandato.
(D) mesmo sem urgência, a atuação do advogado pode-
ria ocorrer, sem mandato, em processo sigiloso.
 
5 
O advogado Marcus recebeu via e-mail relatos de seu 
cliente e autorização deste para utilizar as informações 
em sua defesa judicial. Proposta a ação, os fatos foram 
divulgados tendo em vista que não há no caso nada que 
justifique sua tramitação em segredo de justiça ou tra-
mitação em sigilo, vindo o cliente a se arrepender da au-
torização dada. Com isso, busca reverter a situação por 
ele criada. Diante da informação de que, uma vez nos 
autos processuais, não poderia haver retirada das peti-
ções apresentadas, ameaça o profissional com futura re-
presentação disciplinar. Diante de tal quadro, é correto 
afirmar que
(A) mesmo com autorização, fatos considerados confi-
denciais na relação cliente-advogado não podem ser 
divulgados judicialmente.
(B) as confidências epistolares são protegidas pela imu-
nidade absoluta quanto à sua publicidade.
(C) essa divulgação depende de autorização judicial.
(D) ao advogado é permitida a divulgação de confidên-
cias, com autorização do cliente.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
6 
Tomazete é militar e estudante de direito. Ao alcançar 
o período de estágio obrigatório para conclusão do cur-
so, é requerido o ingresso nos quadros de estagiário. De 
acordo com as normas do EOAB, é correto afirmar que:
(A) o pedido será indeferido, tendo em vista o impedi-
mento para o exercício da advocacia.
(B) o pedido será indeferido, tendo em vista a incompa-
tibilidade provisória para o exercício da advocacia.
(C) o pedido será indeferido, tendo em vista a incompa-
tibilidade definitiva para o exercício da advocacia.
(D) o pedido será deferido, tendo em vista a obrigatorie-
dade de estágio para o término do curso.
7 
Joana, professora vinculada à Universidade do Estado 
da Bahia, ministrando aulas no curso de Direito, resolve 
atuar, em causa própria, pleiteando benefícios tributá-
rios em face dos servidores de seu estado. Nos termos 
do Estatuto, é correto afirmar que
(A) é situação peculiar que permite o exercício da advo-
cacia mesmo contra entidade vinculada.
(B) a situação caracteriza impedimento, uma vez que há 
vínculo da Universidade com a União Federal.
(C) o docente em cursos de Direito não pode exercer a 
advocacia, sendo circunstância de incompatibilidade.
(D) enquanto durar o exercício do magistério, a inscrição 
na OAB permanecerá suspensa.
8 
Pedro Henrique, advogado com mais de quinze anos de 
efetiva atividade, obtém a indicação da OAB para con-
correr pelo quinto constitucional à vaga reservada no 
âmbito de Tribunal Regional Federal. No curso do pro-
cesso, também obtém a indicação do Tribunal e vem a 
ser nomeado pelo Presidente da República, ingressando 
nos quadros do Poder Judiciário. Diante disso,à luz das 
normas estatutárias, ocorrerá:
(A) o cancelamento da inscrição como advogado.
(B) a suspensão até que cesse a incompatibilidade.
(C) o licenciamento do profissional.
(D) a passagem para a reserva do quadro de advogados.
FILOSOFIA DO DIREITO
ODAIR JOSÉ
9 
Ignorava a verdadeira justiça interior que não julga pelo 
costume, mas pela lei retíssima de Deus Onipotente. 
Segundo ela, formam-se os costumes das nações e dos 
tempos, consoante as nações e os tempos, permanecen-
do ela sempre a mesma em toda parte, sem se distinguir 
na essência ou nas modalidades, em qualquer lugar.
SANTO AGOSTINHO. Confissões. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
A justiça, para Agostinho, tem particularidades não pen-
sadas pela filosofia clássica, ainda que influenciado por 
aquele pensamento, sobretudo de tradição platônica.
Assinale a alternativa que expressa a concepção de justi-
ça em Agostinho, nos termos da obra citada.
(A) É possível mensurar os atos justos por meio dos cos-
tumes. O homem justo é aquele se mantém fiel às 
boas leis da cidade.
(B) É do direito natural que se extrai a justiça. Suas re-
gras inflexíveis são a expressão da representação di-
vina no homem.
(C) O justo vive da fé, porque, como ainda não vemos 
nosso bem, é preciso que o busquemos pela fé.
(D) A lei justa se extrai das virtudes humanas, ainda que 
não sejam de inspiração divina, porque a justiça tam-
bém se realiza por conveniências.
10 
Na definição do direito [de Kant] podem ser revelados 
os três requisitos dos quais falamos anteriormente: 1. o 
direito pertence ao mundo das relações externas; 2. ele 
se constitui na relação de dois ou mais arbítrios; 3. a sua 
função não é de prescrever este ou aquele dever subs-
tancial com relação aos sujeitos dos vários arbítrios, mas 
de prescrever-lhes a maneira de coexistir com o arbítrio 
de todos os outros.
BOBBIO, Norberto. Direito e estado no pensamento de Emma-
nuel Kant. Brasília, EdUnB, 1995.
Na concepção de direito kantiana, a liberdade é central 
e se mostra por meio da busca pela conciliação entre os 
diversos livres-arbítrios.
Sobre esse tema, assinale a alternativa que corresponde 
à interpretação feita por Bobbio acerca da concepção de 
direito em Kant.
(A) O direito independe do Estado para sua realização, 
porque está no âmbito interno na medida em que 
corresponde ao livre-arbítrio de cada um.
(B) O direito é liberdade, mas é liberdade limitada pela 
presença da liberdade dos outros.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
(C) Ao associar o direito à relação entre dois ou mais li-
vres-arbítrios, há uma simetria entre direito e moral, 
porque desloca o direito para o mundo interno.
(D) A limitação da liberdade, operada pelo direito esta-
tal, torna impossível a sua realização enquanto liber-
dade efetiva. Trata-se tão somente de condiciona-
mento da conduta pela coercitividade do Estado.
DIREITO CONSTITUCIONAL
ANA PAULA BLAZUTE
11 
A Lei n. 123/2018, do Município Alfa, estatuiu padrões 
de segurança a serem observados pelas concessionárias 
que exploram o serviço de gás canalizado no território 
do referido Município, fixando o prazo de 2 anos para 
o seu pleno cumprimento, sob pena de multa diária. 
Findo o referido prazo, a concessionária W recebeu um 
documento de arrecadação municipal, expedido pelo 
Secretário Municipal de Fazenda, contendo a multa que 
deveria pagar por não ter cumprido o disposto na Lei n. 
123/2018. De acordo com o caso concreto, marque a al-
ternativa correta.
(A) A Lei n. 123/2018, do Município Alfa, é compatível 
com a CRFB/1988, visto ser de competência dos mu-
nicípios explorar serviços de gás canalizado.
(B) A Lei n. 123/2018, do Município Alfa, é incompatível 
com a CRFB/1988, visto ser de competência da União 
explorar serviços de gás canalizado, sendo cabível 
mandado de segurança a ser ajuizado pela conces-
sionária W para eximir-se de pagar a multa que lhe 
fora aplicada.
(C) A Lei n. 123/2018, do Município Alfa, é incompatí-
vel com a CRFB/1988, visto ser de competência dos 
Estados explorar serviços de gás canalizado, sendo 
cabível mandado de segurança a ser ajuizado pela 
concessionária W para eximir-se de pagar a multa 
que lhe fora aplicada.
(D) A Lei n. 123/2018, do Município Alfa, é incompatí-
vel com a CRFB/1988, visto ser de competência dos 
Estados explorar serviços de gás canalizado, sendo 
cabível ação popular a ser ajuizada pela concessio-
nária W para eximir-se de pagar a multa que lhe 
fora aplicada.
12 
O Supremo Tribunal Federal julgou procedente o pedi-
do formulado em Ação Direta de Inconstitucionalidade 
e declarou, no início de 2018, a inconstitucionalidade da 
Lei XX do Estado Teta. Apesar de a decisão ter sido co-
municada às autoridades estaduais e o acórdão ter sido 
regularmente publicado, a Lei XX continuou a ser apli-
cada pelos órgãos do Poder Executivo do Estado Teta, 
sob o argumento de que circunstâncias fáticas posterio-
res teriam afastado o fundamento de sua inconstitucio-
nalidade. Apesar de ter impugnado esse entendimento 
perante as instâncias locais do Poder Judiciário, a socie-
dade empresária Beta não teve o seu pleito acolhido, 
deixando de fruir certo benefício tributário.
Sobre a hipótese apresentada, responda a alternati-
va correta.
(A) O instrumento a ser utilizado para assegurar a autori-
dade da decisão do Supremo Tribunal Federal é a re-
clamação, porque a utilização da reclamação decorre 
do descumprimento da ADI. Além disso, a sociedade 
empresária Beta, por ter interesse na observância do 
acórdão proferido na Ação Direta de Inconstituciona-
lidade, tem legitimidade para utilizar a reclamação.
(B) O instrumento a ser utilizado para assegurar a au-
toridade da decisão do Supremo Tribunal Federal é 
o Recurso Extraordinário, porque a utilização de tal 
recurso decorre do descumprimento da ADI.
(C) O instrumento a ser utilizado para assegurar a auto-
ridade da decisão do Supremo Tribunal Federal é a 
reclamação, porque a utilização da reclamação de-
corre do descumprimento da ADI, mas a sociedade 
empresária Beta não tem legitimidade para utilizar 
a reclamação.
(D) O instrumento a ser utilizado para assegurar a auto-
ridade da decisão do Supremo Tribunal Federal é o 
Recurso Especial, porque a utilização de tal recurso 
decorre do descumprimento da ADI.
13 
Caso hipotético: a lei do Município de Alfa de 2021 está 
em desconformidade com a Constituição Federal de 
1988 (CF). A via adequada para exercer o controle de 
constitucionalidade da referida norma no STF é o(a)
(A) arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.
(B) ação direta de inconstitucionalidade.
(C) ação declaratória de constitucionalidade.
(D) mandado de segurança.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
14 
Paola Bracho e Paulina Martins travaram ampla discussão 
a respeito dos direitos e garantias fundamentais consa-
grados na Constituição da República Federativa do Brasil. 
Sobre os direitos fundamentais, é correto afirmar que:
(A) a lei estabelecerá o procedimento para desapropria-
ção por necessidade ou utilidade pública, ou por in-
teresse social, mediante indenização ulterior, ressal-
vados os casos previstos na Constituição.
(B) nenhum brasileiro será extraditado, salvo o natura-
lizado, em caso de crime comum, praticado depois 
da naturalização, ou de comprovado envolvimento 
em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na 
forma da lei.
(C) no caso de iminente perigo público, a autoridade 
competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se 
houver dano.
(D) a lei considerará crimes inafiançáveis e imprescri-
tíveis a prática da tortura, o tráfico ilícito de entor-
pecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos 
como crimes hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-
-los, se omitirem.
15 
Analise os artigos da Constituição Federal a seguir:
Art. 2º São Poderes da União, independentes e har-
mônicos entre si, o Legislativo,o Executivo e o Ju-
diciário;
Art. 5º, XIII – É livre o exercício de qualquer trabalho, 
ofício ou profissão, atendidas as qualificações profis-
sionais que a lei estabelecer;
Art. 37, VII – O direito de greve será exercido nos ter-
mos e nos limites definidos em lei específica;
Quanto ao grau de eficácia, as normas constitucionais 
precedentes classificam-se, respectivamente, como 
de eficácia
(A) limitada, plena e contida.
(B) contida, limitada e plena.
(C) plena, contida e limitada.
(D) contida, plena e limitada
16 
O Deputado Federal João, no exercício do seu mandato 
e em razão dele, recebeu informação relevante de um 
cidadão, sobre graves fatos ocorridos em determinada 
repartição pública. Se o Deputado João for chamado a 
depor em juízo sobre os referidos fatos, a Carta Magna 
brasileira dispõe que o Parlamentar:
(A) deve testemunhar, mas sob a garantia de que a pes-
soa que lhe confidenciou a informação não poderá 
ser punida.
(B) tem a obrigação legal de testemunhar, mas a pessoa 
que lhe confidenciou a informação tem o direito de 
receber proteção especial da lei.
(C) terá a obrigação de testemunhar sobre a pessoa e 
sobre os respectivos fatos, se houve danos ao erário.
(D) não será obrigado a testemunhar em juízo.
17 
De acordo com a Constituição Federal e as Súmulas Vin-
culantes do Supremo Tribunal Federal, marque a alter-
nativa correta.
(A) A falta de defesa técnica por advogado no processo 
administrativo disciplinar ofende a Constituição.
(B) É constitucional a exigência de depósito ou arrola-
mento prévios de dinheiro ou bens para admissibili-
dade de recurso administrativo.
(C) A cobrança de taxa de matrícula nas universida-
des públicas não viola o disposto no art. 206, IV, 
da CF/1988.
(D) O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos 
servidores inativos.
DIREITOS HUMANOS
ALICE ROCHA
18 
Camilla estacionou seu carro em uma vaga para deficien-
tes e imediatamente foi confrontada por outra motoris-
ta que discordava da condição de deficiência de Camilla. 
Em sua defesa, Camilla argumentou que a identificação 
de uma pessoa como deficiente depende da interação 
com barreiras que obstruem sua participação em igual-
dade de condições, que era seu caso na situação especí-
fica. A respeito do argumento de Camilla e do Estatuto 
da Pessoa com Deficiência:
(A) para ser identificada como deficiente, o impedimen-
to de Camilla deve ser de longo prazo, podendo ser 
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial.
(B) para ser identificada como deficiente, o impedimen-
to de Camilla deve ser de curto ou longo prazo de 
natureza física, intelectual ou sensorial.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
(C) para ser identificada como deficiente, não devem ser 
consideradas as barreiras que obstruem a participa-
ção de Camilla, tendo em vista que os impedimentos 
devem ser inerentes à pessoa, e não ao ambiente.
(D) para ser identificada como deficiente, Camilla deverá 
passar por equipe multiprofissional que considerará 
somente os fatores inerentes a sua pessoa que a limi-
tem no desempenho de atividades.
19 
Um dos instrumentos mais relevantes do Sistema Inter-
nacional de Proteção dos Direitos Humanos é o Pacto 
Internacional de Direitos Civis e Políticos (PIDCP). De 
acordo com esse importante instrumento promulgado 
no Brasil pelo Decreto 592 de 1992,
(A) não se deve impor a pena de morte à pessoa que, 
no momento da perpetração do delito, for menor de 
dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a 
mulher em estado de gravidez.
(B) é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado 
o anonimato.
(C) toda pessoa que se ache legalmente no território de 
um Estado terá o direito de nele livremente circular e 
escolher sua residência.
(D) ninguém deve ser detido por dívidas. Esse princí-
pio não limita os mandados de autoridade judiciária 
competente expedidos em virtude de inadimple-
mento de obrigação alimentar.
DIREITO INTERNACIONAL
ALICE ROCHA
20 
O aeroporto de Guarulhos é um dos que mais recebe 
estrangeiros no Brasil, e por isso as autoridades de con-
trole de fronteiras têm aplicado uma política mais severa 
na recepção desses indivíduos provenientes de diversas 
partes do mundo. Ezequiel, português de 17 anos, che-
gou desacompanhado ao aeroporto de Guarulhos, no 
dia 05/01/2022, em voo proveniente da Espanha, e foi 
impedido de ingressar no Brasil. Nessa situação e de 
acordo com a Lei de Migração (Lei n. 13.445/2017), po-
demos afirmar que
(A) Ezequiel deverá ser repatriado necessariamente 
para a Espanha.
(B) Por ser menor e estar desacompanhado, Ezequiel 
não poderá em hipótese alguma ser repatriado, de-
vendo ser encaminhado ao conselho tutelar.
(C) Ezequiel deverá ser deportado por estar em situ-
ação irregular ao ser menor desacompanhado em 
voo internacional.
(D) Ezequiel só será repatriado se for mais favorável para 
a garantia de seus direitos ou para a reintegração à 
sua família de origem.
21 
Breno, brasileiro, possui uma empresa de exportação de 
açaí nos Estados Unidos e recentemente foi condenado 
em ação de perdas e danos por uma empresa americana 
que não recebeu a mercadoria dentro do prazo estipula-
do em contrato assinado em Miami. A empresa america-
na busca homologar a sentença no Brasil e procura você 
como advogado especializado em causas internacionais. 
Nesta situação, você deve esclarecer que:
(A) para ser homologada a sentença americana, deve ter 
transitado em julgado.
(B) para ser homologada, a empresa americana deve esgo-
tar todos os meios de execução na jurisdição americana.
(C) para ser homologada, deve ser verificada a citação 
regular, não podendo ser verificada a revelia.
(D) para ser homologada, a decisão deve ter sido proferi-
da por autoridade competente e não ofender a coisa 
julgada brasileira.
DIREITO TRIBUTÁRIO
MARIA CHRISTINA
22 
José e João, sócios-diretores de uma grande empresa, 
extrapolando os poderes que lhes foram outorgados por 
meio dos instrumentos de constituição e organização da 
instituição, praticaram atos infringindo a legislação vi-
gente, culminando no não pagamento de tributos devi-
dos. Descobertos os atos pela autoridade fiscal compe-
tente, o contador da empresa tranquilizou os diretores, 
alegando que a única obrigada pelo pagamento dos 
tributos prescritos seria a pessoa jurídica, pois esta é a 
contribuinte. Considerando a situação hipotética descri-
ta anteriormente, é correto afirmar que:
(A) na situação relatada, não há como os diretores se-
rem responsabilizados pessoalmente.
(B) os sócios-diretores devem ficar atentos, pois o sujei-
to passivo da obrigação principal é denominado res-
ponsável quando tem relação pessoal e direta com a 
situação que constitua o respectivo fato gerador.
(C) não existe a possibilidade de se excluir a responsabi-
lidade do contribuinte e atribuí-la a terceiros. 
(D) o contador está equivocado, pois, em alguns casos, o 
responsável pode vir a substituir o contribuinte.
23 
O princípio tributário que transfere o ônus fiscal do con-
tribuinte de direito para o contribuinte de fato é o prin-
cípio do(a)
(A) seletividade.
(B) isonomia ou da igualdade tributária.
(C) não confisco.
(D) não cumulatividade.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
24 
A norma constitucional segundo a qual é vedado cobrar 
tributos antes de decorridos noventa dias da data em 
que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumen-
tou não se aplica EXCETO a 
(A) Imposto de Importação.
(B) Imposto sobre Produtos Industrializados.
(C) Imposto de Renda.
(D) Empréstimo Compulsório de investimento público 
de relevante interesse nacional.
25 
A União Federal resolve apresentar projeto de lei ao 
Congresso Nacional para instituir tributo incidente sobre 
a Região Sul do Brasil, aduzindo que ali estão concentra-
dos os brasileiros mais abonados, com vista a melhorar 
a redistribuição de renda. Sob o aspecto constitucional, 
tal iniciativa no campo da tributação colide com o prin-
cípio da(o)
(A) uniformidadegeográfica.
(B) imunidade tributária.
(C) discriminação regional.
(D) equilíbrio socioeconômico.
26 
Em relação aos serviços bancários disponibilizados pela 
Caixa Econômica Federal (CEF) aos seus clientes, tais como 
serviços relacionados a cobranças, custódia em geral, in-
clusive de títulos e valores mobiliários, compensação de 
cheques e títulos quaisquer, dentre outros, sabe-se, com 
base no atual sistema jurídico tributário, que a CEF
(A) é alcançada pela incidência do imposto sobre servi-
ços de qualquer natureza de competência dos Mu-
nicípios, mas, por se tratar de instituição financeira 
regida pelas normas de direito público, exonera-se 
da incidência do imposto sobre serviços relativos às 
suas atividades bancárias.
(B) é alcançada pela incidência do imposto sobre servi-
ços de qualquer natureza de competência dos Muni-
cípios, com base na lei aplicável à espécie, visto que 
a ela não se aplica à imunidade tributária recíproca.
(C) goza de isenção fiscal relativa ao imposto sobre servi-
ços de qualquer natureza, em qualquer hipótese, por 
se tratar de empresa pública.
(D) goza de imunidade tributária recíproca, visto se equi-
parar às autarquias e fundações públicas no que se 
refere aos impostos sobre patrimônio, renda ou ser-
viços, desde que vinculados às suas finalidades es-
senciais ou às delas decorrentes.
DIREITO ADMINISTRATIVO
GUSTAVO BRÍGIDO
27 
Em matéria de classificação dos bens públicos quanto à 
sua destinação, é correto afirmar que o imóvel onde está 
sediada a Secretaria Estadual de Segurança Pública do 
Estado Gama é um bem
(A) de uso comum do povo, pois todos os cidadãos po-
dem ser usuários do serviço público prestado.
(B) de uso especial, porque é usado para prestação de 
serviço público pela Administração com finalida-
de pública.
(C) dominical, porque tem uma destinação pública espe-
cífica dirigida a toda coletividade.
(D) afetado, porque não tem uma destinação pública 
específica, ficando a cargo do Secretário estadual 
definir quais serviços serão prestados pelos agentes 
lotados no órgão.
28 
Márcia, ao sagrar-se vencedora em processo licitatório, 
firmou com o Município Alfa contrato administrativo 
para utilização de bem público, consistente em um box 
num mercado municipal, por prazo determinado. Assim, 
Márcia obteve consentimento do poder público para uti-
lização especial de bem público mediante
(A) autorização de uso, cuja extinção antes do prazo fixa-
do lhe garante, em tese, direito à indenização.
(B) permissão de uso, cuja extinção antes do prazo fixa-
do não lhe garante, em tese, direito à indenização.
(C) concessão de uso, cuja extinção antes do prazo fixa-
do lhe garante, em tese, direito à indenização.
(D) concessão de direito real de uso, cuja extinção antes 
do prazo fixado não lhe garante, em tese, direito à 
indenização.
29 
Acerca do provimento de cargo efetivo, assinale a afir-
mativa correta.
(A) A remoção de servidor público para cargo diverso, 
também efetivo, configura provimento do novo cargo.
(B) A reestruturação de cargos, com extinção do cargo 
ocupado, acarreta o provimento automático do novo 
cargo, ainda que com atribuições diversas.
(C) A permanência no cargo efetivo por nomeação pode 
acarretar a efetividade, por decurso do tempo.
(D) O provimento de cargo efetivo se dá por concurso 
público de provas ou de provas e títulos, obedecida a 
ordem de classificação do certame.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
30 
Maria foi aprovada em concurso público para o cargo 
efetivo de analista processual do Estado Delta e classi-
ficada em quinto lugar. O edital do concurso ofereceu 
apenas quatro vagas, não obstante houvesse dez cargos 
efetivos vagos. O resultado final do concurso foi regular-
mente homologado e, durante o seu prazo de validade, 
que não foi prorrogado e acaba na próxima semana, o 
Estado Delta convocou e nomeou os quatro primeiros 
classificados. Maria logrou obter informações e docu-
mentos que comprovam, de forma cabal, que o Estado 
Delta recentemente nomeou, sem prévio concurso pú-
blico, para cargo em comissão, três pessoas para exer-
cerem exatamente as mesmas funções afetas ao cargo 
de analista processual, de necessidade permanente para 
o Estado, sendo que, para desempenho da mesma fun-
ção, há ainda servidores temporários com prorrogações 
sucessivas de seus contratos de trabalho. Assim, Maria 
impetrou mandado de segurança, pleiteando sua convo-
cação, nomeação e posse.
Consoante a atual jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal, a ordem deve ser
(A) denegada, pois apenas convertem a mera expecta-
tiva de direito em direito subjetivo à nomeação os 
candidatos aprovados dentro do número de vagas 
oferecidas no edital do concurso público.
(B) denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à 
nomeação os candidatos aprovados dentro do nú-
mero de vagas e os que forem preteridos pela admi-
nistração pública por burla à ordem de classificação.
(C) denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à 
nomeação os candidatos aprovados dentro do nú-
mero de vagas e aqueles que forem preteridos na 
ordem de classificação, bem como se houver abertu-
ra de novo concurso para o mesmo cargo, durante o 
prazo de validade do certame anterior.
(D) concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo 
à nomeação, na medida em que foi preterida de for-
ma arbitrária e imotivada por parte da administração 
pública, em comportamento expresso que revela a 
inequívoca necessidade de sua nomeação.
31 
Com relação à requisição administrativa de leitos, me-
dicamentos e insumos, feita pelo Poder Público, em 
razão de pandemia por COVID-19, assinale a afirmati-
va correta.
(A) Constitui limitação constitucional à propriedade pri-
vada, através de ato de império do Poder Público, 
bastando a demonstração da necessidade e do peri-
go público iminente. 
(B) Na requisição administrativa, será garantida a indeni-
zação prévia do dano ao particular.
(C) Além do aspecto legal, o Poder Judiciário pode acres-
centar outras medidas políticas que entende cabí-
veis, a serem adotadas na requisição, além daquelas 
estabelecidas pelo Executivo. 
(D) Não cabe ao Poder Judiciário a fixação do valor da in-
denização, que deve ser estabelecida posteriormen-
te ao ato de intervenção na propriedade privada. 
32 
Necessitando com urgência construir um anel viário, o 
poder público ingressou em imóvel alheio vazio e passou 
a praticar a terraplanagem do terreno.
Assinale a opção que indica a ação adequada que o 
proprietário do imóvel pode mover em face do po-
der público.
(A) Ação de reintegração de posse, pois o esbulho equi-
vale à própria perda da posse sobre o bem. 
(B) Ação de manutenção de posse, porque a turbação 
por atos da administração pública equivale à perda 
total da posse.
(C) Ação de desapropriação indireta, pois o poder 
público já ingressou no imóvel e pratica atos de 
dono da área.
(D) Ação de desapropriação, porque o proprietário, no 
futuro, poderá perder o título de propriedade do 
imóvel, sem indenização.
DIREITO AMBIENTAL
NILTON COUTINHO
33 
Adriano pretende construir, na zona rural, uma fábrica 
de calçados e roupas de couro, utilizando, como maté-
ria-prima, o gado que possui em sua fazenda.
Como a obra utilizará recursos ambientais e trará uma 
pequena degradação ambiental, pergunta-se:
Nesse caso, o que o órgão ambiental deverá realizar?
(A) Procedimento de licenciamento ambiental.
(B) Estudo de impacto de vizinhança.
(C) Estudo prévio de impacto ambiental.
(D) Estudo de viabilidade econômica.
 
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
34 
Maria é proprietária de uma empresa que fabrica fer-
tilizantes.
Um dia, Antônio, funcionário da referida empresa, por 
distração, derrubou, acidentalmente, alguns produtos 
químicos em um rio que ficava ao lado da empresa.
Em razão do acidente, houve a morte de uma tonelada 
de peixes.
Nessa hipótese, é correto afirmar que
(A) não houve a prática de crime ambiental.
(B) Antônio será responsabilizadopor crime con-
tra a fauna.
(C) Antônio será responsabilizado por crime de poluição.
(D) Maria será responsabilizada por crime de poluição.
DIREITO CIVIL
ROBERTA QUEIROZ
35 
Donailde está casada com Francisco desde 1973. Há três 
anos, no entanto, após uma discussão, Francisco saiu de 
casa, sem deixar notícias e sem levar muitas coisas, mas 
não mais retornou. Donailde já vinha esperando o fim do 
relacionamento, pois Francisco se mostrava desinteres-
sado na manutenção do casamento. O casal estava ca-
sado pelo regime da comunhão universal e possuía um 
pequeno apartamento, de 70 metros quadrados, onde 
moravam, mas que na escritura pública estava em nome 
de Francisco. Tinham também um carro, igualmente em 
nome de Francisco, e abandonado por ele na garagem 
vinculada ao apartamento. Diante do caso narrado, mar-
que alternativa correta.
(A) Donailde deverá ajuizar ação de divórcio reque-
rendo a partilha do bem imóvel do casal, incluindo 
o veículo.
(B) Donailde não poderá requerer o divórcio, pois Fran-
cisco é considerado ausente e somente após de-
claração de ausência é que poderá haver o pedido 
de divórcio.
(C) Donailde poderá adquirir o domínio integral do bem 
pela usucapião.
(D) Donailde deverá ajuizar ação de consignação em pa-
gamento para consignar em juízo a meação de Fran-
cisco em relação ao bem.
36 
Totonho, maior e capaz, resolve celebrar com Gustchavo, 
15 anos, contrato de compra e venda no qual este vende 
sua bicicleta para aquele pelo valor de R$ 1.000,00. O re-
ferido contrato foi celebrado em janeiro de 2022, com a 
entrega do bem e o pagamento do preço estipulado que, 
por sua vez, foi condizente com o valor do bem. Conside-
rando o ocorrido, marque alternativa correta.
(A) Trata-se contrato anulável que poderá ser invalidado 
no prazo prescricional de 4 anos.
(B) Trata-se de contrato anulável que poderá ser invali-
dado no prazo decadencial de 4 anos.
(C) É cabível ação declaratória de nulidade para discutir 
a invalidade do referido contrato, cuja demanda é 
imprescritível.
(D) É possível invalidação do referido contrato com justi-
ficativa na lesão presumida pela idade.
37 
Totonho celebrou com Gustchavo contrato de compra e 
venda de um veículo no valor de R$ 75.000,00. No ato 
de celebração do contrato, ficou consignado que o pa-
gamento ocorreria num dia e a entrega do veículo seria 
dois dias após o pagamento, mas sem prever sobre o 
local de entrega. Sobre os fatos narrados, marque alter-
nativa correta.
(A) Caso uma enchente local, antes da tradição, faça 
com que o bem pereça, responderá o devedor pelo 
equivalente, mais perdas e danos.
(B) Caso a entrega do bem não ocorra no dia convencio-
nado e, após o inadimplemento não culposo do de-
vedor, sobrevém forte chuva que faça o bem perecer, 
responderá o devedor.
(C) Caso o comprador não pague o valor do bem, não 
poderá exigir que haja entrega do veículo, mediante 
frontal venire contra factum proprium.
(D) No silêncio do contrato, presume-se dívida querable.
38 
Laura, vendedora, celebrou contrato de compra e venda 
de um veículo com Esther, compradora. Três meses após 
a venda, houve um problema no motor, impossibilitan-
do o carro de ser usado. Após Esther levar o automóvel 
ao mecânico, ficou constatado que o motor não tinha 
conserto. Esther entrou em contato com Laura que dis-
se que não tinha ciência do defeito, e que por isso não 
poderia fazer nada. Considerando o caso, marque alter-
nativa correta.
(A) Trata-se de evicção.
(B) A responsabilidade de Laura não subsiste, pois não 
tinha ciência do vício.
(C) Esther perdeu o prazo para reclamar judicialmente 
acerca do vício.
(D) Como a alienante, no caso, não conhecia o defeito, 
tão somente restituirá o valor recebido, mais as des-
pesas do contrato.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
39 
Denise descobriu que tinha câncer de mama. Passou 
então a buscar tratamento e acabou conhecendo várias 
pessoas com a doença. Ocorre que o tratamento não foi 
suficiente para salvar a vida de Denise, que veio a falecer 
deixando o marido João e dois filhos, Amadeu e Roger. 
Após a morte de Denise, foi descoberto que ela deixou 
um testamento estipulando que a parte disponível de 
seus bens fosse destinada à criação de uma fundação 
de apoio a pessoas portadoras de câncer. Porém, infe-
lizmente, os bens disponíveis não foram suficientes para 
criar a referida pessoa jurídica. Considerando a temáti-
ca, marque alternativa correta.
(A) Denise deveria ter instituído uma associação por 
meio do testamento, mediante fiscalização do Minis-
tério Público local.
(B) Não é possível estipular criação de pessoa jurídica 
por meio de testamento.
(C) Denise instituiu corretamente a modalidade de pes-
soa jurídica, mas diante da insuficiência de bens, os 
herdeiros devem ser consultados a respeito da desti-
nação dos referidos bens.
(D) Denise instituiu corretamente a modalidade de pes-
soa jurídica, mas diante da insuficiência de bens, es-
tes devem ser destinados a outra fundação de igual 
ou semelhante atuação, independentemente da 
vontade dos herdeiros.
40 
Dilma é credora de Marcelo na quantia de R$ 50.000,00 
em virtude de um contrato de mútuo. Dilma resolveu 
ceder seu crédito para José, mediante pagamento de R$ 
5.000,00. Sobre o caso, marque alternativa correta.
(A) Para que o negócio entre Dilma e José seja válido, 
deve haver o consentimento de Marcelo.
(B) Dilma, nesse caso, não responde pelo crédito em si, 
somente pela existência da obrigação.
(C) Dilma é responsável perante José pela solvência de 
Marcelo, respondendo por todo o valor da dívida.
(D) Dilma não poderia ter cedido o crédito a José.
41 
Mariana, ministra do STJ, faleceu em um grave aciden-
te de carro. Na oportunidade, curiosos tiraram fotos e 
fizeram vídeos do acidente, expondo o corpo morto de 
Mariana, logo ela, que sempre foi muito reservada.
As filhas de Mariana, Raquel e Renata, indignaram-se 
com o comportamento das pessoas. Até mesmo no IML 
local, algum funcionário fez vídeos do corpo morto de 
Mariana e espalhou via internet. Considerando o caso, 
marque alternativa correta.
(A) Mariana tem direito a dano moral, pois os direitos de 
personalidade são perpétuos.
(B) Não há possibilidade de dano moral, pois os direi-
tos de personalidade se estinguem com a morte 
do titular.
(C) É possível que as filhas busquem reparação pelo 
dano moral da mãe falecida.
(D) Raquel e Renata podem postular em nome próprio, 
como lesadas indiretas, os respectivos danos morais.
ECA
PATRÍCIA DREYER
42 
Juliano, 28 anos, grava vários vídeos com sua namora-
da, Rebeca, de 17 anos. Alguns deles possuem cenas de 
sexo explícito em que ele participa, e outros têm cenas 
não tão explícitas, mas igualmente pornográficas. Todos 
os vídeos foram gravados com o consentimento dela. 
Passados três meses das últimas gravações, o relaciona-
mento termina e Juliano mantém os vídeos armazena-
dos em seu aparelho celular, a contragosto de Rebeca, 
que ainda é menor de idade. Arthur, 23 anos de idade, 
irmão de Juliano, pega o telefone e transmite o vídeo 
com as cenas pornográficas menos explícitas da adoles-
cente para Juninho, seu primo de 18 anos de idade, que, 
ao abri-lo, apaga o conteúdo imediatamente de seu te-
lefone, mas, antes, conta todo o ocorrido a Rebeca. De 
acordo com os dados do problema e os crimes previs-
tos no Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto 
afirmar que:
(A) Juliano não praticou crime, já que os vídeos foram 
consentidos.
(B) Juliano praticou crime quando fez os vídeos.
(C) Arthur não praticou crime, pois as cenas eram porno-
gráficas, e não de sexo explícito.
(D) Juninho praticou crime, pois chegou a abrir o vídeo.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
43 
Leonardo, com 11 anos de idade, e Rogerinho, com 12, 
foram encontrados no banheiro de uma escola pública 
quebrando os espelhos e as tampas dos vasos sanitários. 
À luz do ordenamento jurídico vigente, assinale a opção 
que indica a medida a seradotada pela Direção Escolar.
(A) Os alunos praticaram ato infracional. Leonardo de-
verá ser encaminhado ao Conselho Tutelar, e Rogeri-
nho, para a Delegacia Especializada.
(B) Os alunos não praticaram ato infracional. Assim, de-
verão ser encaminhados ao Conselho Tutelar, para a 
aplicação de medidas de proteção.
(C) Os alunos não praticaram ato infracional. Assim, a 
Direção Escolar deverá resolver internamente o pro-
blema, convocando os pais ou responsáveis, para 
que a conduta não se repita.
(D) Os alunos praticaram ato infracional. Assim, deverão 
ser encaminhados ao Conselho Tutelar, para a aplica-
ção das medidas de proteção.
CDC
PATRÍCIA DREYER
44 
Cristina ingressou com ação judicial em face do Distrito 
Federal, pleiteando verba indenizatória em decorrência 
de fato ocorrido durante a realização de obras que ge-
raram danos aos moradores de determinado condomí-
nio onde reside. Ao receber a petição inicial, o juiz da 8ª 
Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal determinou 
a citação do réu, que, em contestação, alegou a ocorrên-
cia de litispendência, aduzindo haver ação coletiva em 
curso ajuizada por associação legalmente constituída, 
com o mesmo objeto da causa individual proposta por 
Cristina. Nesse caso, tratando-se de evento danoso cole-
tivo, reconhecidamente na modalidade direito individu-
al homogêneo, tomando por base as regras instituídas 
pelo CDC, analise as afirmativas a seguir.
(A) Em caso de procedência do pedido na ação coletiva, 
os efeitos da coisa julgada da ação coletiva jamais 
atingem os titulares das demandas individuais.
(B) Há litispendência no caso narrado motivado pela 
concomitância entre a ação coletiva e a ação indivi-
dual proposta por Cristina, visto que é objetivado o 
mesmo bem da vida.
(C) Em caso de improcedência do pedido na ação coletiva, 
os efeitos da coisa julgada terão eficácia erga omnes 
em relação às vítimas e também aos seus sucessores.
(D) Em caso de procedência do pedido na ação coletiva 
para defesa de direitos e interesses individuais ho-
mogêneos, a condenação poderá ser genérica.
45 
Roberta e Carolina, influenciadoras digitais em assuntos 
de viagem, resolveram fazer uma viagem de 60 dias pelo 
sudeste asiático – Mianmar, Tailândia, Camboja, Laos e 
Vietnã, Indonésia, Brunel e Timor Leste, para dar dicas 
aos seus seguidores que pretendem viajar para esses lu-
gares. Em conexão na Tailândia, no 15º dia da viagem, 
Carolina teve sua mala extraviada e ficou o restante da 
viagem apenas com duas trocas de roupa pessoal que 
carregava na mochila, e usava emprestadas as roupas de 
Roberta. De volta ao Brasil, resolveu pleitear indeniza-
ção em face da companhia aérea pelo extravio de sua 
bagagem e danos morais por todo o transtorno ocorri-
do. A propósito da indenização pelos danos materiais 
decorrentes do extravio de bagagem em voos interna-
cionais, assinale a afirmativa correta.
(A) As transportadoras aéreas de passageiros em voos 
internacionais não podem estipular contratualmen-
te indenizações superiores aos limites indenizatórios 
estabelecidos nas Convenções de Varsóvia e Mon-
treal e demais acordos internacionais subscritos 
pelo Brasil.
(B) As normas e os tratados internacionais limitadores 
da responsabilidade das transportadoras aéreas de 
passageiros, especialmente as Convenções de Varsó-
via e Montreal, têm prevalência em relação ao Códi-
go de Defesa do Consumidor.
(C) As normas e os tratados internacionais limitadores 
da responsabilidade das transportadoras aéreas de 
passageiros, salvo as Convenções de Varsóvia e Mon-
treal, têm prevalência em relação ao Código de Defe-
sa do Consumidor.
(D) Não é aplicável o limite indenizatório estabelecido 
nas Convenções de Varsóvia e Montreal e demais 
acordos internacionais subscritos pelo Brasil em re-
lação às condenações por dano material decorrente 
de extravio de bagagem em voos internacionais.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
DIREITO EMPRESARIAL
EUGÊNIO BRÜGGER
46 
(...) arbitragem não para de crescer no Brasil. Multipli-
cam-se as instituições de arbitragem; revistas jurídicas 
especializadas divulgam estudos de alta qualidade so-
bre arbitragem; decisões da justiça estatal cada vez mais 
prestigiam e respeitam a via arbitral; cursos superiores 
incluem a arbitragem entre as disciplinas ministradas; 
tratados e compêndios de arbitragem são editados; 
congressos, seminários e simpósios realizam com notá-
vel presença de interessados. Hoje, temos no país uma 
comunidade numerosa e competente de árbitros e ad-
vogados especializados. As diversas instituições de arbi-
tragem em funcionamento disponibilizam regulamentos 
adequados e assistência eficiente aos tribunais e às par-
tes. Não mais vige o preconceito de invocar impensada-
mente o Código de Processo Civil nos processos arbitrais.
Pode-se afirmar então que a arbitragem está definitiva-
mente enraizada no Brasil, como meio socialmente rele-
vante de resolver conflitos. Sim, mas apenas entre gran-
des empresas e sobre grandes contratos. Restam campos 
férteis ainda inexplorados ou pouco explorados, como, 
por exemplo, o da administração pública, o do mercado 
de capitais, o das empresas médias e pequenas.
Para atingir essas novas paragens e outras que possivel-
mente surgirão, a arbitragem terá de adaptar-se às res-
pectivas peculiaridades. Adiante falaremos de duas pers-
pectivas, que se abrem presentemente: o setor público 
(Lei 13.129/2015) e as companhias (cláusula compromis-
sória estatutária).
Fonte: Carlos Augusto da Silveira Lobo. Revista MP/SP.
Em relação às disposições da Lei n. 9.307/1996, cons-
tará, obrigatoriamente, do compromisso arbitral, salvo:
(A) local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem.
(B) o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes.
(C) o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos ár-
bitros, ou, se for o caso, a identificação da entidade à 
qual as partes delegaram a indicação de árbitros.
(D) o lugar em que será proferida a sentença arbitral.
47 
Cecília é empresária individual devidamente inscrita na 
Junta Comercial do Distrito Federal e atua no segmento 
de varejo de produtos eletrônicos; diante do sucesso de 
seu empreendimento, Cecília pretende instituir uma fi-
lial em Goiânia/GO.
Com dúvidas sobre a instituição da filial, Cecília procura 
você, advogado(a), que respondeu corretamente:
(A) O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, 
em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Pú-
blico de Empresas Mercantis, apenas deverá a este 
comunicar.
(B) O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, 
em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Públi-
co de Empresas Mercantis, deverá apenas comunicar 
ao Registro Público de Empresas Mercantis da inscri-
ção originária.
(C) O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, 
em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Pú-
blico de Empresas Mercantis, neste deverá também 
inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.
(D) O empresário que instituir sucursal, filial ou agên-
cia, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro 
Público de Empresas Mercantis, está dispensado de 
qualquer inscrição ou comunicação, caso esteja exer-
cendo a atividade regularmente.
48 
Vale do Jamari Castanhas Ltda. é uma empresa de pe-
queno porte que atua no mercado de castanhas do Pará 
e é estabelecida na cidade de Ariquemes/RO. Atuante 
no mercado há aproximadamente 30 (trinta) anos, atu-
almente encontra-se em crise econômico-financeira 
em virtude dos reflexos da pandemia da COVID-19 
no mercado.
Preocupados, os administradores da sociedade procu-
ram você, advogado (a), para saber quais eram os requi-
sitos do plano de recuperação judicial para microempre-
sas e empresas de pequeno porte.
Você respondeu corretamente que:
(A) abrangerá todos os créditos existentes na data do 
pedido, ainda que não vencidos, excetuados os de-
correntes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e 
os previstos nos §§ 3º e 4º do art. 49; preverá par-
celamentoem até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, 
iguais e sucessivas, acrescidas de juros equivalentes 
à taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia 
– SELIC, podendo conter ainda a proposta de abati-
mento do valor das dívidas; preverá o pagamento da 
1ª (primeira) parcela no prazo máximo de 180 (cen-
to e oitenta) dias, contado da distribuição do pedido 
de recuperação judicial; estabelecerá a necessidade 
de autorização do juiz, após ouvido o administrador 
judicial e o Comitê de Credores, para o devedor au-
mentar despesas ou contratar empregados.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
(B) abrangerá todos os créditos existentes na data do 
pedido, ainda que não vencidos, excetuados os de-
correntes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e 
os previstos nos §§ 3º e 4º do art. 49; preverá parce-
lamento em até 24 (vinte e quatro) parcelas mensais, 
iguais e sucessivas, acrescidas de juros equivalentes 
à taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia 
– SELIC, podendo conter ainda a proposta de abati-
mento do valor das dívidas; preverá o pagamento da 
1ª (primeira) parcela no prazo máximo de 180 (cen-
to e oitenta) dias, contado da distribuição do pedido 
de recuperação judicial; estabelecerá a necessidade 
de autorização do juiz, após ouvido o administrador 
judicial e o Comitê de Credores, para o devedor au-
mentar despesas ou contratar empregados.
(C) abrangerá todos os créditos existentes na data do 
pedido, ainda que não vencidos, excetuados os de-
correntes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e 
os previstos nos §§ 3º e 4º do art. 49; preverá parce-
lamento em até 24 (vinte e quatro) parcelas mensais, 
iguais e sucessivas, acrescidas de juros equivalentes 
à taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia 
– SELIC, podendo conter ainda a proposta de abati-
mento do valor das dívidas; preverá o pagamento da 
1ª (primeira) parcela no prazo máximo de 280 (duzen-
tos e oitenta) dias, contado da distribuição do pedido 
de recuperação judicial; estabelecerá a necessidade 
de autorização do juiz, após ouvido o administrador 
judicial e o Comitê de Credores, para o devedor au-
mentar despesas ou contratar empregados.
(D) abrangerá todos os créditos existentes na data do 
pedido, ainda que não vencidos, excetuados os de-
correntes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e 
os previstos nos §§ 3º e 4º do art. 49; preverá par-
celamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, 
iguais e sucessivas, acrescidas de juros equivalentes 
à taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia 
– SELIC, podendo conter ainda a proposta de aba-
timento do valor das dívidas; preverá o pagamento 
da 1ª (primeira) parcela no prazo de 180 (cento e 
oitenta) dias, contado da distribuição do pedido de 
recuperação judicial; estabelecerá a necessidade de 
autorização do juiz, após ouvido o administrador 
judicial e o Comitê de Credores, para o devedor au-
mentar despesas ou contratar empregados.
49 
Parazon é uma companhia atuante no mercado de ven-
da de produtos “on-line”. Para manter seus estoques 
abastecidos, adquiriu a prazo 500 (quinhentos) apare-
lhos celulares da marca “Peach” 🍑.
A fornecedora dos aparelhos celulares emitiu uma dupli-
cata mercantil tendo Parazon como sacada.
No que tange ao aceite da duplicata, marque a alterna-
tiva correta.
(A) Na duplicata, o aceite é facultativo; assim, Parazon 
pode recusar injustificadamente o aceite da duplicata.
(B) Na duplicata, o aceite é obrigatório, podendo ser re-
cusado na hipótese de vícios, defeitos e diferenças 
na qualidade ou na quantidade das mercadorias, de-
vidamente comprovados.
(C) Na duplicata, o aceite é facultativo, salvo nas hipóte-
ses de avaria ou não recebimento das mercadorias, 
quando não expedidas ou não entregues por sua 
conta e risco.
(D)	Na duplicata, o aceite é obrigatório, e não há hipóte-
ses autorizativas de recusa do aceite.
50 
Em relação à classificação dos créditos na falência, as-
sinale a única alternativa em que constam apenas cré-
ditos concursais:
(A) os créditos derivados da legislação trabalhista, limi-
tados a 150 (cento e cinquenta) salários-mínimos por 
credor, e aqueles decorrentes de acidentes de traba-
lho; os créditos gravados com direito real de garantia 
até o limite do valor do bem gravado; créditos com 
privilégio geral.
(B) os créditos quirografários; as multas contratuais e 
as penas pecuniárias por infração das leis penais ou 
administrativas, incluídas as multas tributárias; os 
créditos derivados da legislação trabalhista ou decor-
rentes de acidentes de trabalho relativos a serviços 
prestados após a decretação da falência.
(C) os créditos dos sócios e dos administradores sem 
vínculo empregatício cuja contratação não tenha 
observado as condições estritamente comutativas 
e as práticas de mercado; os créditos gravados com 
direito real de garantia até o limite do valor do bem 
gravado; os créditos derivados da legislação traba-
lhista, limitados a 150 (cento e cinquenta) salários-
-mínimos por credor, e aqueles decorrentes de aci-
dentes de trabalho.
(D) às quantias fornecidas à massa falida pelos credores; 
às despesas com arrecadação, administração, reali-
zação do ativo, distribuição do seu produto e custas 
do processo de falência; às custas judiciais relativas 
às ações e às execuções em que a massa falida tenha 
sido vencida.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
RAQUEL BUENO
51 
Álisson promoveu uma ação indenizatória, cuja preten-
são já estava consolidada em tese jurídica firmada por 
ocasião do julgamento de um recurso especial repeti-
tivo. Para tanto, colacionou junto com a petição inicial 
todas as provas documentais aptas a comprovar suas 
alegações. Por tal razão, seu advogado requereu a con-
cessão de uma liminar inaudita altera pars, que foi de-
ferida pelo magistrado. A partir deste contexto, assinale 
a opção correta.
(A) A tutela jurisdicional pleiteada não admite a conces-
são de liminar, sob pena de violação do princípio do 
contraditório.
(B) A decisão do juiz foi equivocada, uma vez que au-
sente o perigo de dano, ou risco ao resultado útil do 
processo, requisitos imprescindíveis para a conces-
são de uma tutela provisória.
(C) A tutela jurisdicional pleiteada foi a provisória de evi-
dência antecedente.
(D) A tutela jurisdicional pleiteada foi a provisória de evi-
dência incidental.
52 
Amarena e Larissa resolveram realizar uma inseminação 
caseira, utilizando o sêmen doado pelo amigo comum 
Ângelo. O procedimento foi realizado com sucesso, e 
Amarena testou positivo para a gravidez. Todavia, no 
segundo mês de gestação, o casal se separou e Larissa 
disse que não prosseguiria no projeto familiar, mudan-
do-se para Porto Seguro – BA, o que levou Amarena a 
promover uma ação de alimentos gravídicos, perante a 
3ª Vara de Família de Campinas SP, seu domicílio, obten-
do a liminar, com a fixação dos alimentos mensais em 
um salário mínimo. Ocorre que Larissa não efetuou o 
pagamento, mesmo após citação/intimação. Por conse-
guinte, Amarena quer executar a parcela em aberto, da 
maneira mais rápida e eficiente possível, diante do fato 
de sua gravidez ser de risco, necessitando do valor fixa-
do para montar o enxoval do bebê e custear as despesas 
de exames específicos e necessários ao acompanhamen-
to de sua situação peculiar. A partir destes fatos, assinale 
a opção correta.
(A) Nesse caso, só é cabível o cumprimento da decisão 
pelo rito da penhora.
(B) Nesse caso, é cabível a execução dos alimentos graví-
dicos pelo rito da prisão, mas não nos mesmos autos.
(C) Nesse caso, é cabível a execução dos alimentos graví-
dicos pelo rito da prisão, mas desde que o executado 
seja Ângelo.
(D) O cumprimento da decisão em questão só pode ser 
promovido no juízo de Família de Porto Seguro – BA.
53 
Mirtes promoveu uma demanda em face de Anacleto. 
O réu, por sua vez, após audiência de conciliação/me-
diação infrutífera, apresentou contestação com recon-
vençãoem face de Mirtes e seu esposo Júlio. Tanto a 
autora como o réu requereram o depoimento pessoal 
recíproco. Realizado o saneamento, uma vez que o feito 
não estava apto ao julgamento antecipado, foi designa-
da audiência de instrução e julgamento, sendo as partes 
intimadas a comparecer, por meio de seus advogados, 
via diário de justiça eletrônico. Nesse contexto, assinale 
a opção correta.
(A) O réu não poderia ter ampliado subjetivamente a de-
manda por ocasião da reconvenção.
(B) A intimação das partes para comparecimento à au-
diência de instrução e julgamento, para colheita do 
depoimento pessoal, deveria ser pessoal.
(C) No depoimento pessoal, autor e réu são ouvidos si-
multaneamente.
(D) Como houve pedido recíproco de depoimento pes-
soal, as partes podem levar suas declarações prontas 
e por escrito, em respeito ao princípio da duração 
razoável do processo.
54 
Douglas, dezesseis anos de idade, devidamente assistido 
por sua mãe Izaura, promoveu uma demanda indeniza-
tória em face de uma loja de equipamentos eletrônicos, 
em virtude do vício redibitório de um produto adquirido 
pelo site da empresa. Considerando que o valor da causa 
não ultrapassava o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), 
a ação foi promovida no Juizado Especial Estadual Cível 
do domicílio de Douglas, sem advogado. Considerando 
essa realidade, assinale a opção certa.
(A) Tal ação não pode prosseguir no âmbito do juizado 
especial estadual cível, uma vez que o autor é inca-
paz e o Ministério Público não está autorizado a atu-
ar no procedimento sumaríssimo.
(B) A competência do Juizado Especial Cível Estadual é fixa-
da em razão do valor da causa, sendo, portanto, relativa.
(C) Douglas tem legitimidade ativa para propor a referi-
da ação perante o juizado especial estadual, uma vez 
que está devidamente assistido por sua genitora.
(D) Nesse caso o autor não é obrigado a estar patrocina-
do por um advogado, nem mesmo para a interposi-
ção de eventual recurso.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
55 
Wagner, filho único de Tibério (viúvo), promove Ação de 
Interdição de seu pai, perante o juízo de família do do-
micílio de ambos, após complicações no quadro clínico 
do pai, acometido pela COVID-19, com ulterior entuba-
ção. Para tanto, junta farta prova documental médica 
e pede uma tutela provisória antecipada liminar, para 
a concessão da curatela provisória do interditando, a 
fim de ter acesso às contas bancárias do pai, para efe-
tuar o pagamento das dívidas mensais do genitor, pa-
gamento de condomínio, medicamentos, enfermeiro 
particular, plano de saúde, entre outras obrigações con-
traídas anteriormente. A partir destes fatos, assinale a 
opção correta.
(A) Nesse caso, a curatela provisória só poderia ser con-
cedida após entrevista do interditando.
(B) Da sentença que decretar a interdição é cabível o re-
curso de apelação, sem efeito suspensivo.
(C) Caso o interditando não constitua advogado, o Mi-
nistério Público será intimado para atuar como seu 
curador especial.
(D) O juiz deve reconhecer, de ofício, a ilegitimidade do 
autor, uma vez que tal ação deveria ter sido proposta 
pelo Ministério Público.
56 
Júlio ajuizou ação de cobrança em face do devedor João. 
Após o devido processo legal, o devedor foi condenado 
ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), por 
sentença transitada em julgado. Iniciado o cumprimen-
to de sentença pelo exequente, o executado foi intima-
do para pagamento, mas quedou-se inerte, razão pela 
qual foi penhorado seu único veículo, avaliado em R$ 
50.000,00 (cinquenta mil reais), tendo o juiz fixado o pre-
ço mínimo de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), cons-
tante do edital publicado. Após a hasta pública, o bem 
foi arrematado por Oliveira, pelo valor de R$ 35.000,00 
(trinta e cinco mil reais), razão pela qual João deseja im-
pugnar a arrematação, aperfeiçoada há cinco dias. Nes-
sa situação, assinale o caminho processual cabível.
(A) João pode apresentar impugnação no prazo de 
quinze dias.
(B) João não pode impugnar a arrematação, uma vez 
que esta é válida.
(C) João deverá propor ação autônoma para impugnar 
a arrematação, sendo o arrematante Oliveira o litis-
consorte necessário.
(D) João poderá invocar a invalidade da arrematação, por 
preço vil, por petição simples, nos próprios autos.
57 
Verônica promove demanda indenizatória em face de 
Pedro Henrique. Após a tramitação regular do processo, 
havendo reconvenção do réu, o juiz profere sentença de-
finitiva, julgando parcialmente procedentes os pedidos 
do autor, mas sem qualquer manifestação acerca do pe-
dido formulado pelo réu. Assim, no primeiro dia do prazo 
recursal, Verônica interpôs recurso de apelação. No dia 
seguinte, Pedro Henrique interpôs embargos de decla-
ração. A partir deste contexto, assinale a opção correta.
(A) Considerando que o recurso de embargos de decla-
ração é julgado primeiramente, independentemente 
de seu resultado, o recurso de apelação deverá ser 
ratificado para ser conhecido.
(B) A oposição dos embargos de declaração interrompe o 
prazo para a interposição de outros recursos, e os acla-
ratórios não possuem efeito suspensivo automático.
(C) Quando oposto o recurso de embargos de declara-
ção, sempre deverá haver a intimação da parte con-
trária, para apresentação de contrarrazões.
(D) Caso o recurso de embargos de declaração seja co-
nhecido e provido, com a consequente procedên-
cia do pedido reconvencional, Verônica não poderá 
complementar a apelação já interposta anteriormen-
te, em razão da preclusão consumativa.
DIREITO PENAL
MICHELLE TONON
58 
Roberto e Carlos, maiores e capazes, previamente ajus-
tados e com unidade de desígnios, subtraíram de uma 
loja de eletrônicos bens avaliados em R$ 900,00 (nove-
centos reais). Roberto é primário, já Carlos é reinciden-
te. De acordo com o entendimento do Superior Tribunal 
de Justiça, a orientação jurídica correta para a situação 
dos rapazes é:
(A) diante do pequeno valor dos bens subtraídos e da 
qualificadora do concurso de agentes ser de ordem 
objetiva, é aplicável a Roberto e Carlos a benesse do 
furto privilegiado.
(B) considerando o concurso de agentes no furto, é invi-
ável a aplicação de qualquer benesse aos rapazes.
(C) aplica-se ao caso o princípio da insignificância, já que 
o valor dos bens subtraídos não ultrapassou um salá-
rio mínimo.
(D) Roberto poderá ser beneficiado pelo furto privilegia-
do, diante de sua primariedade, do pequeno valor 
das coisas subtraídas, considerando que a qualifica-
dora do furto é de ordem objetiva.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
59 
Murilo, 52 anos, não habilitado a dirigir, após ingerir qua-
tro taças de vinho em festa de casamento, assume a di-
reção do veículo automotor de sua namorada, Leila, 45 
anos, que estava sem condições de dirigir, por estar sen-
tindo forte dor de cabeça. Leila sabia que Murilo não era 
habilitado, mas, mesmo assim, entregou a chave do carro 
ao namorado. No caminho para a casa de Leila, embora 
não tenha se envolvido em acidente ou praticado qual-
quer manobra arriscada, Murilo é parado por uma blitz de 
trânsito. O policial indaga Murilo se havia consumido be-
bida alcoólica, tendo ele ficado em silêncio e se recusado 
a soprar o bafômetro. Questionado sobre a propriedade 
do veículo, respondeu que assumiu a direção, a pedido de 
Leila. Diante dessa situação, e de acordo com o entendi-
mento dos Tribunais Superiores, é correto dizer que
(A) por não ter se envolvido em acidente ou praticado 
manobras arriscadas, Murilo não poderá ser respon-
sabilizado pelo crime de embriaguez ao volante, pois 
esse é um crime de perigo concreto, exigindo-se a 
prova do comportamento que colocou em risco a se-
gurança viária.
(B) a materialidade do ilícito previsto no art. 306 (dirigir 
veículo com a capacidade psicomotora alterada em 
razão da influência de álcool ou de outra substância 
psicoativa que determine dependência) se concreti-
za apenas com a submissão do condutorembriagado 
a exame de alcoolemia ou toxicológico.
(C) Leila cometeu o crime previsto no art. 310 do Código 
de Trânsito Brasileiro, ao entregar a direção de ve-
ículo automotor a pessoa não habilitada, indepen-
dentemente de Murilo não ter praticado qualquer 
infração de trânsito, pois se trata de crime de peri-
go abstrato.
(D) O crime de embriaguez ao volante, por ser delito 
mais grave, absorve a infração penal de dirigir veí-
culo automotor em via pública sem permissão ou 
habilitação. Assim, Murilo responderá por um único 
crime. A conduta de Leila, por sua vez, é atípica.
60 
Rafael está cumprindo pena de reclusão pela prática do 
crime de roubo. Determinado dia, decide fugir do esta-
belecimento prisional e, para tanto, destrói as grades da 
cela que ocupava. De acordo com o entendimento do 
Superior Tribunal de Justiça, a conduta de Rafael
(A) é atípica, diante da ausência do dolo de destruir o 
patrimônio, pois a intenção era a de fugir.
(B) caracteriza crime de dano qualificado, pois atingiu 
patrimônio público, bem como falta grave, na exe-
cução penal.
(C) caracteriza crime de dano qualificado com atenuante 
genérica pelas condições degradantes da prisão.
(D) é atípica, mas caracteriza falta de natureza média, 
podendo haver sanção no âmbito da execução penal.
61 
Priscila praticou crime de furto qualificado. Foi regular-
mente processada e, ao final, condenada a uma pena 
de 3 anos de reclusão. O magistrado sentenciante não 
substituiu a pena privativa de liberdade por restriti-
va de direitos, pois na folha de antecedentes criminais 
de Priscila constam duas condenações anteriores, com 
trânsito em julgado, uma pelo crime de homicídio culpo-
so na direção de veículo automotor e outra pelo crime 
de estelionato. Diante da situação, você, advogado(a), é 
procurado(a) por Priscila. A correta orientação jurídica 
para o caso é:
(A) Não se revela possível a substituição da pena privati-
va de liberdade por restritiva de direitos, consideran-
do a reincidência de Priscila.
(B) Seria perfeitamente possível a substituição da pena 
privativa de liberdade por restritiva de direitos, já 
que uma das condenações de Priscila é por crime 
culposo e a outra reincidência não é específica.
(C) Não se revela possível a substituição da pena priva-
tiva de liberdade por restritiva de direitos, vez que a 
condenação de Priscila supera dois anos e o crime foi 
qualificado.
(D) É possível a substituição da pena privativa de liber-
dade por pena de multa ou por uma pena restritiva 
de direitos.
62 
Artur, de 72 anos, e Bernardo, de 50 anos, praticam o 
crime de receptação (art. 180, caput, do Código Penal) 
em 25 de janeiro de 2018. A denúncia é recebida em 
15 de março de 2018. São regularmente processados e 
condenados à pena mínima de 1 (um) ano de reclusão. 
A sentença é publicada em 30 de abril de 2021. Inconfor-
mados, procuram você, advogado(a). Em sede de recur-
so de apelação, será possível alegar:
(A) a extinção da punibilidade de Artur e Bernardo, pela 
prescrição da pretensão punitiva, considerando o 
transcurso do prazo prescricional de 3 anos entre a 
data do fato e a publicação da sentença condenatória.
(B) a extinção da punibilidade de Artur, pela prescrição 
da pretensão punitiva retroativa, considerando que 
o prazo prescricional de 4 anos é reduzido pela me-
tade, pois o agente era maior de 70 anos na data 
da sentença.
(C) a extinção da punibilidade de Artur e Bernardo, 
pois o reconhecimento da prescrição para Artur, 
maior de 70 anos na data da sentença, comunica-se 
a Bernardo.
(D) a extinção da pretensão executória para Artur, consi-
derando a pena fixada em concreto e o transcurso do 
prazo de dois anos entre o recebimento da denúncia 
e a publicação da sentença condenatória.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
63 
Cleide trabalha como empregada doméstica para a fa-
mília Silva há 5 anos. Tem a chave da casa em confiança 
e, no período de férias dos patrões, decide ingressar na 
residência para subtrair alguns objetos, pois estava pas-
sando por sérias dificuldades financeiras. Após ingres-
sar na casa, abrindo-a com a chave que os patrões lhe 
deram, separa algumas joias e eletrônicos e começa a 
arrumá-los em uma sacola. Porém, ainda dentro da casa, 
olha para o porta-retrato da família e pensa melhor na 
consequência de seu ato. Devolve as coisas em seus lu-
gares e sai da casa sem nada levar. No dia seguinte, volta 
à casa e faz uma faxina, para que, no retorno de viagem, 
a família encontre o local limpo, como já era de costume. 
Considerando a situação narrada, quanto à conduta de 
Cleide, é correto afirmar que:
(A) não configura crime, em razão do arrependimento 
posterior.
(B) configura crime de tentativa de furto qualificado 
pelo abuso de confiança.
(C) configura os crimes de invasão de domicílio e tentati-
va de furto qualificado pelo abuso de confiança.
(D) não configura crime, em razão da desistência 
voluntária.
DIREITO PROCESSUAL PENAL
LORENA OCAMPOS
64 
Pedro foi denunciado pela suposta prática do crime de 
receptação (pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa). 
Por ocasião da denúncia, o Ministério Público juntou a 
Folha de Antecedentes Criminais de Pedro, onde cons-
tavam três ações penais em que figura como denun-
ciado por crimes da mesma natureza, nenhum deles, 
contudo, com sentença condenatória com trânsito em 
julgado. Considerando apenas as informações narradas 
e com base nas previsões da Lei n. 9.099/1995, o Mi-
nistério Público:
(A) não poderá oferecer proposta de suspensão condi-
cional do processo, considerando que Pedro respon-
de a outras ações penais por crimes da mesma natu-
reza, apesar de não haver vedação com fundamento 
na pena em abstrato prevista.
(B) poderá oferecer proposta de suspensão condicional 
do processo, já que tecnicamente primário e de bons 
antecedentes, além de ser possível aplicação do ins-
tituto com base na pena prevista abstratamente.
(C) não poderá oferecer proposta de suspensão condi-
cional do processo, pois não se trata de infração de 
menor potencial ofensivo, apesar de não haver veda-
ção pelo fato de responder a outras ações penais.
(D) poderá oferecer proposta de suspensão condicional 
do processo, apesar de portador de maus antece-
dentes, já que a pena mínima prevista para o delito 
é de 1 ano.
65 
Jorge foi preso em flagrante pelo crime de receptação, 
cuja pena é de um a quatro anos de reclusão. Ele pos-
sui diversas passagens na Vara da Infância e Juventude, 
sem, contudo, ter qualquer condenação criminal por 
ato praticado depois de alcançada a maioridade penal. 
Você, na condição de advogado de Mario, sob o ponto 
de vista técnico, deverá requerer
(A) o relaxamento da prisão em razão da falta dos requi-
sitos para a decretação da prisão preventiva.
(B) a concessão da liberdade provisória, já que é ilegal a 
conversão da prisão em flagrante em preventiva com 
base em registros infracionais praticados antes de o 
indivíduo ter alcançado a maioridade.
(C) a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.
(D) a concessão da liberdade provisória com medida 
cautelar diversa da prisão, haja vista o não cabimen-
to da prisão preventiva.
66 
João, advogado, ofereceu queixa-crime em face de Bru-
na, imputando-lhe a prática dos delitos de injúria simples 
e calúnia. As partes não celebraram qualquer acordo e a 
querelada negava os fatos, não aceitando qualquer be-
nefício previsto em lei. Após o regular processamento e 
a instrução probatória, em alegações finais, João requer 
a condenação de Bruna pela prática do crime de calúnia, 
nada falando em sua manifestação derradeira sobre o 
crime de injúria. Diante da situação narrada, é correto 
afirmar que
(A) deverá ser extinta a punibilidade de Bruna em rela-
ção ao crime de injúria, em razão da perempção.
(B) deverá ser extinta a punibilidade de Bruna em relação 
ao crime de injúria, em razão do perdão do ofendido.
(C) deverá ser extinta a punibilidade de Bruna em rela-
ção ao crime de injúria, emrazão da renúncia ao di-
reito de queixa.
(D) poderá Bruna ser condenada pela prática de ambos 
os delitos, já que houve apresentação de alegações 
finais pela defesa técnica do querelante.
67 
Bruno procurou você como advogado, pois tinha a inten-
ção de ingressar com queixa-crime contra dois vizinhos 
que vinham lhe caluniando constantemente. Narrados 
os fatos e conferida procuração com poderes especiais, 
você, como patrono da vítima, ingressou com a ação 
penal no Juizado Especial Criminal, órgão efetivamente 
competente. Contudo o magistrado rejeitou a queixa 
apresentada. Dessa decisão do magistrado, caberá a 
você interpor:
(A) recurso em sentido estrito, no prazo de 5 dias.
(B) apelação, no prazo de 5 dias.
(C) recurso em sentido estrito, no prazo de 2 dias.
(D) apelação, no prazo de 10 dias.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
68 
Durante uma briga, na cidade de Goiânia, com a inten-
ção de lesionar Fernando, Gabriel, morador de Anápolis, 
desferiu um golpe com pedaço de ferro no rosto do rival. 
Ocorre que, em razão da força do golpe, Fernando veio 
a cair ao chão, batendo a cabeça em uma pedra, sendo 
essa a causa eficiente de sua morte. Desesperado com o 
resultado, Gabriel tentou empreender fuga sem ser des-
coberto, mas foi preso em flagrante, em Águas Lindas 
de Goiás, logo em seguida, após perseguição policial. 
Recebidos os autos, caberá ao promotor de justiça com 
atribuição oferecer denúncia perante o(a):
(A) Tribunal do Júri da Comarca de Goiânia.
(B) Tribunal do Júri da Comarca de Águas Lindas de Goiás.
(C) Vara Criminal da Comarca de Goiânia.
(D) Vara Criminal da Comarca de Anápolis.
69 
Bruno foi preso em flagrante pela prática do crime de 
roubo com emprego de arma de fogo, sendo lavrado o 
auto de prisão em flagrante respectivo pela autoridade 
policial em 12/08/2021. Considerando que, até o dia 
16/08/2020, o preso, sem qualquer motivação idônea, 
ainda não havia sido apresentado à autoridade judicial 
para a realização de audiência de custódia, e que você foi 
contratado para a defesa de Bruno, você deverá pleitear:
(A) que a prisão seja mantida, pois a realização da audi-
ência de custódia é facultativa.
(B) que a prisão se tornou ilegal, devendo ser relaxada 
pelo delegado de polícia.
(C) que a prisão se tornou ilegal, devendo ser relaxada 
pela autoridade judiciária competente.
(D) que a prisão seja afastada, concedendo liberdade 
provisória ao Bruno, não sendo o caso de ilegalidade 
da prisão.
DIREITO DO TRABALHO
RAFAEL TONASSI
70 
O Juiz do Trabalho pode privilegiar a situação de fato que 
ocorre na prática, devidamente comprovada, em detri-
mento dos documentos ou do rótulo conferido à relação 
de direito material. Tal assertiva, no Direito do Trabalho, 
refere-se ao princípio da
(A) irrenunciabilidade.
(B) intangibilidade salarial.
(C) continuidade.
(D) primazia da realidade.
71 
A empresa Barcelona Ltda. é procurada por um jovem 
portador de deficiência, que tem 25 anos, e deseja ser 
contratado como aprendiz de auxiliar administrativo. 
A empresa tem dúvida sobre a possibilidade legal des-
sa contratação por conta da idade avançada. Assinale a 
afirmativa correta.
(A) Não se aplica a idade máxima ao aprendiz portador 
de deficiência, de modo que a contratação é possível.
(B) A idade máxima do aprendiz é de 24 anos, não haven-
do exceção, pelo que não é possível a contratação.
(C) Havendo autorização da Superintendência Regional 
do Trabalho, o jovem poderá ser contratado como 
aprendiz, haja vista sua situação especial.
(D) Não existe idade máxima para a contratação de 
aprendizes, daí porque, em qualquer hipótese, a ad-
missão é possível.
72 
Pedro, motorista de caminhão, mantém contrato de 
trabalho com a Transportadora Delta S/A, no qual há 
estipulação escrita de que o motorista envolvido em 
acidente de trânsito será descontado pelas avarias e 
prejuízos causados. Em um dia comum, Rafael, por falta 
de atenção, ultrapassou o sinal vermelho e colidiu com 
veículo que vinha do outro lado do cruzamento. A em-
presa entendeu por bem descontar do salário de Rafael 
o prejuízo causado pela batida.
Diante disso, assinale a afirmativa correta.
(A) A empresa agiu de forma incorreta, pois não poderia 
descontar nada de Rafael, dado o princípio da intan-
gibilidade salarial.
(B) A empresa agiu de forma incorreta, pois nunca pode-
ria descontar os danos causados.
(C) A empresa agiu corretamente, pois Pedro agiu com 
culpa e havia previsão contratual para tanto.
(D) A empresa agiu de forma incorreta, pois não houve 
dolo por parte do empregado e é dela o risco do ne-
gócio. Logo, o desconto é descabido.
73 
Jorge é balconista de uma lanchonete. Num determi-
nado mês, Jorge cumpriu jornada de 2ª a 6ª feira, das 
12 horas às 21 horas, com intervalo de uma hora para 
refeição. Com base no caso apresentado, assinale a afir-
mativa correta.
(A) Não haverá pagamento de adicional noturno porque 
a jornada não ultrapassou o horário diurno.
(B) Jorge tem direito ao adicional noturno de 25% sobre 
a jornada compreendida entre 20 horas e 21 horas.
(C) Jorge tem direito a horas extra, sendo assim reputa-
das as que ultrapassam a 4ª hora diária, com acrés-
cimo de 50%.
(D) Jorge tem direito ao adicional noturno de 20% sobre 
a jornada compreendida entre 20 horas e 21 horas.
Simulado Preparatório 2º Simulado OAB – 1ª Fase do Exame 35º
74 
Em determinado caso, as partes resolvem promover a 
extinção contratual por distrato. Para a hipótese, as al-
ternativas a seguir apresentam direitos deferidos ao 
trabalhador, à exceção de um. Assinale a verba que o 
empregado não tem direito no distrato.
(A) Metade do aviso prévio
(B) 13º salário proporcional
(C) Seguro-desemprego
(D) Indenização de 20% sobre o FGTS
75 
Melissa foi contratada pela empresa CBF S.A. para exer-
cer a função de agente administrativo, cumprindo jor-
nada de trabalho de segunda à sexta-feira das 14 horas 
às 18 horas, sem intervalo alimentar. Decorridos dois 
anos do início do pacto contratual, foi a empregada dis-
pensada, recebendo as parcelas da ruptura. Contudo, 
inconformada porque jamais lhe foi permitido usufruir 
de intervalo para descanso e alimentação, Melissa aju-
íza reclamação trabalhista postulando o pagamento 
do período correspondente ao intervalo alimentar não 
concedido. Diante da hipótese relatada, assinale a afir-
mativa correta.
(A) A empregada faz jus ao pagamento de uma hora ex-
traordinária diária, haja vista a supressão do interva-
lo intrajornada, na forma do art. 71, § 4º, da CLT.
(B) A empregada faz jus ao pagamento de apenas 15 mi-
nutos diários a título de horas extraordinárias, haja 
vista a supressão do intervalo intrajornada, na forma 
do art. 71, § 4º, da CLT.
(C) A empregada não faz jus ao pagamento de horas 
extraordinárias, porquanto, diante da carga horária 
cumprida, não lhe era assegurada a fruição de inter-
valo intrajornada.
(D) A empregada faz jus ao pagamento de indenização 
correspondente ao valor de uma hora extraordinária 
diária, haja vista a supressão do intervalo intrajornada.
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
ARYANNA LINHARES
76 
As empresas Sr. Madruga Ltda. e Sr. Barriga Ltda. foram 
solidariamente condenadas ao pagamento de horas ex-
traordinárias e adicionais noturno e de periculosidade 
na reclamação trabalhista proposta por Dona Florinda. 
A sentença deu total procedência aos pedidos de Flo-
rinda, condenando ambas as empresas de forma solidá-
ria (por pertencerem ao mesmo grupo econômico) ao 
pagamento de todas as verbas postuladas. As empresas 
recorreram, mas somente Sr. Barriga Ltda. realizou o de-
pósito recursal. Dentre outras alegações, essa empresa 
sustenta que deve ser excluída da lide, pois, nunca, em 
hipótese alguma, formou ou formaria grupo econômico 
com Sr. Madruga Ltda. Diante do exposto, assinale a al-
ternativa correta.
(A) O recurso de Sr. Madruga Ltda. é deserto, uma vez 
que o depósito efetuado por Sr. Barriga Ltda. não 
pode ser aproveitado por Sr. Madruga Ltda., já que 
Sr. Barriga