Buscar

Curso de Analista Fiscal - ICMS, IPI, ISS, PIS e COFINS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 254 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 254 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 254 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Tel: (21) 4108-4474 | (21) 98116-2666 
 Site: http://www.mgtreinamento.com.br
Tributária
Fiscal
Trabalhista
www.mgtreinamento.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Cristina Martins Pereira. - Advogada, pós-
graduada em Direito Tributário. Há anos atua na 
área de impostos indiretos, além de ter ministrado 
vários treinamentos sobre tributos estaduais, 
municipais e federais. Sócia da Martins & 
Gonçalves Consultoria Empresarial LTDA. Autora 
dos livros: Regulamento do ICMS do Rio de 
Janeiro Anotado e Regulamento do ISS do 
Município do Rio de Janeiro Anotado editados pela 
Lex e Cenofisco. 
 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 1	
  
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ICMS E REGRAS ESPECÍFICAS 
 
1. Regras básicas para a cobrança de tributos 
• Fato gerador da obrigação principal - é a situação definida em lei 
como necessária e suficiente à sua ocorrência. 
• Fato gerador da obrigação acessória - é qualquer situação que, na 
forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato 
que não configure obrigação principal. 
Ex: emissão de notas fiscais, escrituração de livros fiscais, não 
receber mercadoria sem nota. 
 
• Base de cálculo - se constitui na expressão econômica do fato 
gerador. É sobre a base de cálculo que o tributo incide. É a matéria 
necessária para o cálculo do tributo devido. 
• Alíquota - É o percentual que incide sobre a base de cálculo que 
resultará no imposto devido. 
• Contribuinte - quando tenha relação pessoal e direta com a situação 
que constitua o respectivo fato gerador. 
• Responsável - quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua 
obrigação decorra de disposição expressa de lei. 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
2. Conceito de não incidência, isenção, suspensão, diferimento e 
imunidade 
 
• Não-incidência é a ocorrência de um fato que não fora 
anteriormente previsto na lei como passível de gerar obrigação 
de pagar certo tributo. 
• A imunidade é a exclusão constitucional do poder de tributar, 
sendo uma categoria de não incidência. 
• A isenção consiste na dispensa de pagamento de tributo devido, 
feita por disposição expressa de lei. Na isenção ocorre o fato 
gerador, o fenômeno está inserido no campo de incidência do 
tributo, mas o legislador resolve dispensar o pagamento. 
• Suspensão é quando a legislação tributária ampara algumas 
operações com a suspensão do lançamento do imposto, fazendo com 
que seja devido em etapa posterior pelo mesmo contribuinte 
• Diferimento consiste pela responsabilidade atribuída a um 
terceiro pelo recolhimento do imposto nas operações anteriores. 
 
 
 
 
 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 2	
  
 
 
 
 
 
Ex: 
 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
REGRAS DO ICMS 
 
1. Legislação atualmente aplicável 
De acordo com o art. 155,§ 2°, XII da CF/88 cabe à lei 
complementar: 
a) definir seus contribuintes; 
b) dispor sobre substituição tributária; 
c) disciplinar o regime de compensação do imposto; 
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento 
responsável, o local das operações relativas à circulação de 
mercadorias e das prestações de serviços; 
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, 
serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" 
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa 
para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de 
mercadorias; 
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do 
Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão 
concedidos e revogados. 
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto 
incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese 
em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a 
integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou 
serviço. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 3	
  
No art. 34, § 8º do Ato das disposições transitórias, a Constituição 
de 1988 estabeleceu que, se no prazo de sessenta dias, a contar de 
sua promulgação, não fosse editada a lei complementar necessária à 
instituição do ICMS, os Estados e o Distrito Federal, mediante 
convênio celebrado nos termos da Lei Complementar nº 24, de 7.1.1975, 
regularia a matéria. Desta forma, o constituinte federal substituiu a 
lei complementar por convênio para o fim específico de viabilizar a 
instituição do ICMS. Consequentemente, as normas do ICMS foram 
reguladas pelo Convênio 66/88 de 01.03.89 até 31.10.96. Tendo o 
Estado do Rio de Janeiro editado a Lei n° 1.423/89, que regulamentou 
a matéria no âmbito Estadual. 
 
A partir de 01.11.96 a Lei Complementar n° 87 de 1996 veio atender ao 
dispositivo constitucional, estabelecendo normas gerais sobre o ICMS, 
que substituiu o convênio acima mencionado. Sendo o diploma regulador 
do ICMS de caráter nacional. 
 
O governo do Estado do Rio de Janeiro, com base nas mudanças da Lei 
Complementar retro mencionado, editou a Lei nº 2.657/96 revogando a 
Lei n° 1.423/89. 
 
O Decreto n° 27.427/2000 aprovou o regulamento do ICMS do Estado do 
Rio de Janeiro e a Parte I, II e III da Resolução SEFAZ n° 720/2014 
consolida a legislação tributária relativa ao ICMS que dispõe sobre o 
cumprimento de obrigações acessórias, sobre rotina e procedimentos 
relativos ao Simples Nacional. 
 
Esse imposto obedece ao princípio da legalidade, da anterioridade e 
da noventena nos termos dos arts. 150,I, III, ‘b’ e ‘c’ da 
Constituição Federal. 
 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
2. Fato gerador do ICMS 
 
O ICMS é o imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação. É um imposto de 
competência Estadual, previsto no art. 155, II da Constituição 
Federal de 1988. 
Em regra constitui fato gerador do ICMS: 
 
a) Operação relativa à circulação de mercadorias: 
Operação: significa operação mercantil realizada por produtores, 
comerciantes, industriais e prestadores de serviço. As operações que 
o legislador quis abranger como fatos geradores são as transações 
mercantis, seja concernente à circulação de mercadorias, seja 
relativas à prestação de serviços de transportes e comunicações; 
Circulação : 
Sob o ponto de vista físico é mudança de localização, do 
estabelecimento “A” para o estabelecimento “B”. 
 
Sob o aspecto econômico, a circulação compreende a passagem de um 
estágio para outro do processo econômico. 
 
Produtor → Distribuidor → Atacadista → Varejista → Consumidor Final 
 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 4	
  
Sob o ponto de vista jurídico, ocorre à circulação quando houver 
mudança do titular do bem, sem que necessariamente essa mutação de 
posse ou propriedade implique uma movimentação física. Assim, a 
circulação jurídica pressupõe a transferência(de uma pessoa para 
outra) da posse ou da propriedade da mercadoria. 
 
• CIRCULAÇÃO DE MERCADORIA 
Diz a LC n° 87/96: 
 “Art. 2° O imposto incide sobre: 
 I - operações relativas à circulação de 
mercadorias...........................” 
 E ainda: 
“Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento: 
I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda 
que para outro estabelecimento do mesmo titular; 
Ressaltamos, que no Estado do Rio de Janeiro as hipóteses de 
ocorrências do fato gerador do ICMS estão descritas no art. 3º da Lei 
2.657/96 ou art.3º do Livro I do RICMS/RJ, aprovado pelo Decreto n° 
27.427/2000, dentre elas: 
 
a) Na saída de mercadoria a qualquer título, do estabelecimento do 
contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular ( 
inciso I do art. 3° da Lei n° 2.657/96). 
 
Esta é a principal hipótese de incidência do ICMS. 
 
Desse modo, se não houver benefício fiscal, toda circulação é 
tributada, não importa o destinatário, podendo ser um terceiro ou 
outro estabelecimento do mesmo titular. Não importa também o motivo 
da saída: a lei determina que o fato gerador ocorre na saída da 
mercadoria a qualquer título. 
 
Bonificação 
 
Assim a bonificação em mercadoria, que é uma espécie de prêmio ou 
estímulo dado pelos fornecedores aos seus compradores, revendedores, 
distribuidores, como forma de aumentar as vendas através da entrega 
não onerosa de mercadorias a estes será fato gerador do ICMS. 
 
EX: se a empresa “X” vendeu 100 unidades de um produto à R$ 10,00 a 
unidade e bonificou o comprador com mais 10 unidades do mesmo, na 
verdade, esta empresa vendeu 110 unidades a R$ 1000,00, o equivalente 
a um desconto de 9,09%. Mas o ICMS incidirá sobre o valor de 
R$1.100,00 tendo em vista o total de 110 unidades. 
 
Súmula 457 do STJ 
O Superior Tribunal de Justiça, em recentes julgamentos havia 
pacificado seu posicionamento acerca da incidência do ICMS sobre a 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 5	
  
base de cálculo de mercadorias remetidas a título de bonificação. 
Vejamos: 
“A jurisprudência desta Corte Superior é pacífica no sentido de que 
o valor das mercadorias dadas a título de bonificação não integra a 
base de cálculo do ICMS” 
Confirmando tal entendimento a 1º Seção do STJ aprovou súmula que 
determina que os descontos incondicionais concedidos nas atividades 
comerciais não se incluem na base de cálculo do ICMS. A relatoria é 
da ministra Eliana Calmon. 
O desconto incondicional é também classificado como bonificação 
incondicional, sendo um estímulo dado pelo fornecedor ao comprador, 
cuja efetivação não depende de evento futuro e incerto para sua 
obtenção, aquele que não exige a ocorrência de nenhuma condição 
futura e ou incerta para ser aplicado. Não existem condições para que 
seja aplicado o benefício e sim apenas o estímulo ao comprador. 
O termo da Súmula 457 determina que "os descontos incondicionais nas 
operações mercantis não se incluem na base de cálculo do ICMS". 
A incidência do ICMS sobre os produtos dados em bonificação poderá 
ser contestada judicialmente, em relação aos fatos geradores já 
ocorridos e também aos fatos futuros, sendo possível ainda, a 
recuperação do ICMS recolhido indevidamente ao longo dos últimos 
cinco anos. 
 
Ativo imobilizado 
 
Mercadoria: derivado do latim merx, de que se formou mercari, exprime 
propriamente a coisa que serve de objeto à operação comercial, ou 
seja, a coisa que constitui objeto de uma venda. Tecnicamente, 
somente se denomina de mercadoria o objeto ou a coisa adquirida pelo 
comerciante, ou mercador para servir de objeto de seu comércio, isto 
é para ser revendida. Portanto, significa o objeto ou bem produzido 
ou adquirido com a finalidade de venda ou revenda. 
Mercadoria, para o Direito Comercial é o termo que se dá para as 
coisas móveis objeto de mercancia, de circulação mercantil. 
A legislação Estadual define mercadoria como: “todo e qualquer bem 
móvel, novo ou usado, produto in natura, acabado ou semi-acabado, 
matéria-prima, produto intermediário, material de embalagem ou de uso 
e consumo e, ainda, o destinado à utilização em caráter duradouro ou 
permanente, na instalação, exploração ou equipamento do 
estabelecimento” (art. 3º, inciso I, do Livro XVII, do RICMS/RJ – 
Decreto nº 27.427/00). 
 
Desta forma, pelo conceito de mercadoria dado pelo Regulamento do 
ICMS/RJ, o ativo imobilizado é considerado mercadoria. 
 
Nota: 
De acordo com o art. 40, inciso XXV da Lei n° 2657/96, alterada pela 
Lei n° 6.276/12 não incide o ICMS na saída de bem do ativo permanente 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 6	
  
e de material de uso ou consumo para outro estabelecimento da mesma 
empresa, ainda que em operação interestadual. 
Na venda de ativo imobilizado não ligado a atividade fim do 
estabelecimento, haverá redução de base de cálculo, quando o bem 
tiver mais de 12 meses de uso no estabelecimento. Desta forma, será 
reduzida em 95% (noventa e cinco por cento) exclusivamente em relação 
a máquinas, aparelhos, veículos usados e 80% (oitenta por cento) em 
relação a móveis usados, com base no Convênio ICM 15/81 e Convênio 
ICMS 33/93. 
 
Local de pagamento do imposto 
 
Nos termos do art. 23,inciso I, do Livro I do RICMS/RJ o local da 
operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto e 
definição do estabelecimento responsável, é: 
 I - tratando-se de mercadoria ou bem: 
a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência 
do fato gerador. 
 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
b) Importação: 
 
O ICMS incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do 
exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja 
contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, 
assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao 
Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do 
destinatário da mercadoria, bem ou serviço. 
 
A LC n° 87/96 exige o pagamento do ICMS por ocasião do desembaraço 
aduaneiro: 
 
O fato gerador do ICMS ocorre: 
 
No desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior. 
(art. 12,IX da LC n° 87/96/ Inciso V do art. 3° da Lei n° 2.657/96) 
Nota: 
Desembaraço Aduaneiro 
 
Autorização da entrega da mercadoria ao importador, mediante a 
conclusão da conferência da mercadoria. No Siscomex, a Receita 
Federal emite um Comprovante de Importação (C.I.) que comprova a 
liberação alfandegária. 
 
Após o desembaraço aduaneiro, será autorizada a entrega da mercadoria 
ao importador, mediante a comprovação do pagamento do ICMS, salvo 
disposição em contrário (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 51, com a 
redação dada pelo Decreto-Lei no 2.472, de 1988, art. 2o; e Lei 
Complementar no 87, de 1996, art. 12, inciso IX, com a redação dada 
pela Lei Complementar no 114, de 16 de dezembro de 2002, art. 1o, e 
§ 2o). 
 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 7	
  
Local de pagamento do imposto 
O art. 11, I, ‘d da Lei Complementar no 87/96 assim dispõe: 
“Art. 11. O local da operação ou da prestação, para os efeitos da 
cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
I - tratando-se de mercadoria ou bem: 
a)importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a entrada 
física.” 
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, atendendo à indagação 
formulada pela Secretaria-Executiva da Comissão Técnica Permanente do 
ICMS – Cotepe, firmou o seguinte: 
a) o destinatário da mercadoria ou bem,na importação, é o próprio 
estabelecimento importador, cujo domicílio fiscal define a Unidade da 
federação competente para cobrar o ICMS na importação; 
b) a designação contida na alínea ‘d’ do inc. I do art. 11 da LC 
87/96 simplesmente determina a fixação de responsabilidade 
tributária, de que tratam os arts. 121 a 134 do CTN (Lei 5.172/96 – 
Parecer PGFN/CAT 1093/97). 
EX: Importador localizado no Estado do Rio de Janeiro, desembaraça a 
mercadoria pelo porto de Santos, emite nota fiscal de entrada 
simbólica nos termos do art. 3º, inciso V do anexo I do Livro VI do 
RICMS/RJ e logo em seguida emite Nota Fiscal com a declaração de que 
a mercadoria sairá diretamente da repartição federal em que houver 
sido processado o desembaraço para o cliente no Estado de São Paulo 
de acordo com o art. 5º-A. do Livro XI do RICMS/RJ, aprovado pelo 
Decreto no 27.427/00. 
 
 
 
O art. 3º, inciso V do anexo I do Livro VI do RICMS/RJ dispõe: 
 
Art. 3º O contribuinte deve emitir, conforme o caso, NF-e ou Nota 
Fiscal, modelo 1 ou 1-A, sempre que, no estabelecimento, entrar 
mercadoria ou bem, real ou simbolicamente: 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 8	
  
V - estrangeiro, importado diretamente; 
 
O art. 5º-A. do Livro XI do RICMS/RJ, aprovado pelo Decreto no 
27.427/00 dispõe: 
 
Art. 5º-A. No caso de mercadoria de procedência estrangeira que, sem 
entrar no estabelecimento do importador ou arrematante, seja por este 
remetida a terceiro, deve o importador ou arrematante emitir Nota 
Fiscal com a declaração de que a mercadoria sairá diretamente da 
repartição federal em que houver sido processado o desembaraço. 
A legislação do Estado do Rio de Janeiro através do art. 8º, Livro 
XI, RICMS/RJ dispõe que o imposto sobre a importação de mercadoria ou 
bem caberá à unidade federada onde estiver situado o estabelecimento 
ou o domicílio do importador. 
Entretanto, este dispositivo legal está prejudicado em face da 
existência do artigo 30, inciso I, alíneas "d1.2","d1.3","d1.4","d2" 
da Lei n° 2.657/96, com redação dada pela Lei n° 4383/04. 
Desse modo, para efeito de cobrança do imposto e definição do 
estabelecimento responsável, considera-se (art. 30,I , ‘d’ da Lei n° 
2.657/96): 
I - local da operação quanto à mercadoria ou bem importados do 
exterior: 
O do estabelecimento: 
a) que, direta ou indiretamente, promover a importação; 
b) destinatário da mercadoria ou bem, quando a importação for 
promovida por outro estabelecimento, ainda que situado em outra 
unidade da Federação, de mesma titularidade daquele ou que com ele 
mantenha relação de interdependência; 
c) destinatário da mercadoria ou bem, quando a importação, promovida 
por outro estabelecimento, ainda que situado em outra unidade da 
Federação, esteja previamente vinculada ao objetivo de destiná-lo 
àquele; 
d) onde ocorrer a entrada física da mercadoria ou bem, nas demais 
hipóteses; 
e) o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido. 
 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 9	
  
 
 
Fundamentação: arts. 571 e 576 do RA – Decreto no 6.759/09 e art. 66 
da IN SRF 680/06. 
 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
c) Diferencial de alíquotas: 
 
Novas regras a partir de 01.01.2016: 
 
No dia 16/04/2015 foi promulgada a Emenda Constitucional n° 87 de 
2015, que altera o § 2º do art. 155 da Constituição Federal e inclui 
o art. 99 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para 
tratar da sistemática de cobrança do imposto sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços 
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação 
incidente sobre as operações e prestações QUE DESTINEM BENS E 
SERVIÇOS A CONSUMIDOR FINAL, CONTRIBUINTE OU NÃO DO IMPOSTO, 
LOCALIZADO EM OUTRO ESTADO. 
EC 87/15 
Art. 1º Os incisos VII e VIII do § 2º do 
art. 155 da Constituição Federal passam a 
vigorar com as seguintes alterações: 
§2º.........................................
............................................
....... 
 
VII - nas operações e prestações que 
destinem bens e serviços a consumidor 
final, contribuinte ou não do imposto, 
localizado em outro Estado, adotar-se-á a 
alíquota interestadual e caberá ao Estado 
de localização do destinatário o imposto 
correspondente à diferença entre a alíquota 
interna do Estado destinatário e a alíquota 
interestadual; 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 10	
  
a) (revogada); 
b) (revogada); 
Pela nova redação, não teremos diferenciação entre as operações 
destinadas a consumidores finais, ou seja, tanto faz se forem 
contribuintes ou não. Em ambos os casos, será devido o diferencial de 
alíquotas para o Estado destinatário. 
Podemos ilustrar da seguinte forma: 
 
Responsabilidade pelo recolhimento do diferencial de alíquotas 
EC 87/15 
Art. 1º Os incisos VII e VIII do § 2º do 
art. 155 da Constituição Federal passam a 
vigorar com as seguintes alterações: 
§2º.........................................
............................................
....... 
VIII - a responsabilidade pelo recolhimento 
do imposto correspondente à diferença entre 
a alíquota interna e a interestadual de que 
trata o inciso VII será atribuída: 
 
a) ao destinatário, quando este for 
contribuinte do imposto; 
b) ao remetente, quando o destinatário não 
for contribuinte do imposto; 
............................................
............................................
........."(NR) 
 
A responsabilidade pelo recolhimento do diferencial de alíquota será 
determinada pela condição do destinatário. Quando este for 
contribuinte do ICMS, será responsável pelo recolhimento, quando não 
for, caberá ao remetente esta responsabilidade. 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 11	
  
Diferencial de alíquotas progressivo 
 
Haverá um período de transição para não afetar repentinamente a 
arrecadação dos Estados remetentes. Desta forma a EC 87/15 estabelece 
que essa mudança será gradual, conforme art. 99 do ADCT. Assim, o 
valor do “Diferencial” será repartido de forma escalonada por 4 anos 
até 2019, sendo apenas ao final deste prazo devido em sua 
integralidade ao Estado de destino. 
EC 87/15 
Art. 2º O Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias passa a vigorar 
acrescido do seguinte art. 99: Art. 99. 
Para efeito do disposto no inciso VII do § 
2º do art. 155, no caso de operações e 
prestações que destinem bens e serviços a 
consumidor final não contribuinte localizado 
em outro Estado, o imposto correspondente à 
diferença entre a alíquota interna e a 
interestadual será partilhado entre os 
Estados de origem e de destino, na seguinte 
proporção: 
I - para o ano de 2015: 20% (vinte por 
cento) para o Estado de destino e 80% 
(oitenta por cento) para o Estado de origem; 
II - para o ano de 2016: 40% (quarenta por 
cento) para o Estado de destino e 60% 
(sessenta por cento) para o Estado de 
origem; 
III - para o ano de 2017: 60% (sessenta por 
cento) para o Estado de destino e 40% 
(quarenta por cento) para o Estado de 
origem; 
IV - para o ano de 2018: 80% (oitenta por 
cento) para o Estado de destino e 20% (vinte 
por cento) para o Estado de origem; 
V - a partir do ano de 2019: 100% (cem por 
cento) para o Estado de destino. 
A mudança progressiva será sempre de 20% de um ano para o outro. Além 
disso, apesar do art. 99 citar os percentuais do ano de 2015, vemospelo art. 3º da Emenda que sua vigência só ocorrerá a partir do ano 
de 2016. 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 12	
  
 
 
Consumidor Final contribuinte no Estado de destino: 
Na legislação do Estado do Rio de Janeiro o diferencial de alíquotas 
quando o consumidor final for contribuinte do ICMS está previsto no 
art. 3o, incisos VI e VII do Livro I do RICMS/RJ, aprovado pelo 
Decreto n° 27.427/00 que assim dispõe: 
 
Art. 3.º O fato gerador do imposto ocorre: 
VI - na entrada no estabelecimento do contribuinte de mercadoria 
proveniente de outra unidade da Federação, destinada a consumo ou a 
ativo fixo; 
VII - na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se 
tenha iniciado em outra unidade da Federação e não esteja vinculada a 
operação ou prestação subsequente alcançada pela incidência do 
imposto; 
 
Na aquisição de serviços de comunicação e telecomunicação ou 
transporte de empresas situadas em outras unidades da Federação, com 
destino a uso final de contribuinte estabelecido no Estado do Rio de 
Janeiro é devido diferencial de alíquotas. 
 
Nestes casos, o art. 23, inciso II, item 1, alínea ‘b’ e item 2, 
alínea ‘c’ do Livro I do RICMS/RJ estabelece que para efeito de 
cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, 
considera-se local da prestação tratando-se de prestação onerosa de 
serviço de comunicação, o estabelecimento destinatário do serviço, no 
caso do inciso VII, do artigo 3.º do Livro I do RICMS/RJ. 
 
Contudo, de acordo com o Convênio ICMS 113/04, incorporado pela 
Resolução nº 70/07, o Fisco do estado do Rio de Janeiro orienta que 
há a obrigatoriedade de inscrição no CADERJ aos contribuintes 
localizados em outras Unidades da Federação, quando prestem serviços 
de comunicação a destinatários localizados no Estado do Rio de 
Janeiro, devendo emitir seus documentos fiscais por esta inscrição. 
Desta forma, não há que se falar em Diferencial de alíquotas, visto 
que o prestador terá que obrigatoriamente estar localizado neste 
Estado, sendo, portanto, operação interna. 
 
EX: 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 13	
  
 
Consumidor final não contribuinte em outro Estado: 
 
O adicional do FECP deve ser recolhido INTEGRALMENTE para a unidade 
federada de destino. 
Na forma da cláusula segunda, § 1ºA do Convênio ICMS 93/2015, 
alterado pelo Convênio ICMS 152/2015, o ICMS devido ás unidades 
federadas de origem e destino deverão ser calculados por meio da 
aplicação das seguintes fórmulas: 
ICMS origem = BC x ALQ inter 
ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem 
Onde: 
BC = base de cálculo do imposto, observado o disposto no § 1º; 
ALQ inter = alíquota interestadual aplicável à operação ou prestação; 
ALQ intra = alíquota interna aplicável à operação ou prestação no 
Estado de destino. 
 
Exemplo: Venda de mercadoria para não contribuinte em outro Estado, 
levando em consideração que a alíquota interestadual é de 12% e a 
alíquota interna do Estado de destino é de 17% + 2% do FECP. 
 
Usando a fórmula do Convênio ICMS 93/2015: 
ICMS Origem BC x AL Interestadual = 1000,00 x 12% = R$ 120,00 
ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem onde será: 
 
(1000,00 x 17%) - R$120,00 = 170,00 - 120,00 = R$ 50,00 (diferencial 
de alíquota a ser partilhado 60% para Unidade Federada de origem 
(R$30,00) e 40% para a unidade federada de destino (R$20,00). 
 
O FECP será calculado separado com 2% sobre 1000,00 = 20,00 sendo 
este integralmente recolhido a unidade federada de destino. 
 
 
 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 14	
  
Na legislação do Estado do Rio de Janeiro o diferencial de alíquotas 
quando o consumidor final não for contribuinte do ICMS está previsto 
no art. 3o, incisos XVIII e XIX do Livro I do RICMS/RJ, aprovado pelo 
Decreto n° 27.427/00 que assim dispõe: 
 
 
Art. 3.º O fato gerador do imposto ocorre: 
 
XVIII - na saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte 
localizado em outra unidade da Federação, destinada a consumidor 
final não contribuinte localizado neste Estado; 
XIX - na prestação de serviço por contribuinte localizado em outra 
unidade da Federação, para consumidor final não contribuinte 
localizado neste Estado. 
 
 
 
A Nota Técnica 2015.003 altera o leiaute da NF-e para receber a 
informação do ICMS devido para a UF do destinatário, nas operações 
interestaduais de venda para consumidor final, atendendo as 
definições da Emenda Constitucional 87/15. 
Na forma da Em razão do disposto no inciso II da Cláusula terceira do 
Convênio ICMS 152/15, que altera o Convênio 93/15, o qual, por sua 
vez, dispõe sobre os procedimentos a serem observados nas operações e 
prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não 
contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada: 
 
“Cláusula terceira Acordam os Estados e o Distrito Federal que até 30 
de junho de 2016: [...] II – a fiscalização relativa ao 
descumprimento das obrigações acessórias previstas neste Convênio 
será de caráter exclusivamente orientador, desde que ocorra o 
pagamento do imposto”. 
 
Alterado para 01/07/16 o prazo para implantação em produção da regra 
de validação NA01-30 e modificada a RV para não aplicar a validação 
nos casos de entrega da mercadoria fora do Estado. 
 
_____________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
d) A hipótese de incidência do ICMS ocorre sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer 
via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores: 
Não incidência do ICMS e Isenção do imposto nos serviços de 
transporte: 
a) No transporte de carga própria, pois neste não há uma prestação de 
serviço, mas uma venda de mercadoria; 
b) Se o próprio comprador transporta a mercadoria adquirida, não há 
prestação de serviço de transporte; 
c) O STF declarou a inconstitucionalidade do ICMS sobre a prestação 
de serviços de transporte aéreo de passageiros intermunicipal, 
interestadual, internacional e de transporte aéreo internacional de 
cargas (Adin no 1600-8, Rel. p/ o acórdão Min. Nelson Jobim, 
Plenário, 26.11.2001) DJU de 17.12.2001, pg.1.); 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 15	
  
d) Nos serviços de transporte intramunicipal, cujo ponto inicial e 
final do trajeto se situa em um mesmo município incide o ISS. Os 
serviços de transporte de natureza estritamente municipal encontra-se 
elencado no subitem 16.01 da lista de serviço anexa a Lei 
Complementar no 116/03; 
e) O serviço de transporte interestadual ou intermunicipal que o 
empregado presta ao seu empregador (como motorista da empresa de 
ônibus ou da empresa transportadora). Tal serviço se desenvolve com 
um vínculo de subordinação; 
f) Sobre a prestação que destine ao exterior serviço (art. 47, II do 
Livro I do RICMS/RJ). O fisco do Estado do Rio de Janeiro entende que 
se o serviço de transporte for prestado para destinar a mercadoria 
diretamente ao cais, não há que se cogitar da incidência do imposto. 
O ICMS sobre a prestação do serviço de transporte somente incide se a 
mercadoria, ainda que destinada à exportação, for entregue 
primeiramente à empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou 
outro estabelecimento da mesma empresa. Referida orientação foi 
divulgada pela Secretaria de Estado da Receita por meio de sua página 
na internet (www.receita.rj.gov.br), esclarecimentos de 14 a 
18/05/01. 
 
Operações concomitantes 
O art. 6o, § 1º da Lei Complementar no 87/96 dispõe que a 
responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente 
sobreuma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, 
concomitantes ou subsequentes. 
Esta espécie de substituição tributária caracteriza-se pela 
necessidade de recolhimento no instante em que ocorre o fato gerador, 
como no caso da substituição do serviço de transporte intermunicipal 
ou interestadual para contribuinte contratante do serviço (eleito 
substituto) de autônomos e não inscritos. 
Para efeito de cobrança do imposto e definição do estabelecimento 
responsável, considera-se local da prestação tratando-se de prestação 
de serviço de transporte, aquele em que tenha início a prestação, na 
forma do art. 23, inciso II, item 1, alínea ‘a’ do livro I do 
RICMS/RJ. 
Na prestação de serviço de transporte de carga com início em 
território fluminense, realizado por profissional autônomo ou empresa 
de transporte sediada fora do Estado e não inscrita no CADERJ, a 
responsabilidade do ICMS caberá aos seguintes contribuintes: 
a) ao remetente, na qualidade de contribuinte substituto, quando esse 
for contribuinte do ICMS e contratante do serviço, ao promover a 
saída interna ou interestadual; 
b) ao destinatário, na qualidade de contribuinte substituto, quando 
esse for contribuinte do ICMS e contratante do serviço, em operação 
interna; 
c) Nas demais hipóteses a empresa transportadora sediada fora do 
Estado e não inscrita no CADERJ ou o profissional autônomo deverão 
pagar o ICMS antes do início da prestação do serviço. 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 16	
  
d) empresa de transporte inscrita no CADERJ, quando efetuar 
subcontratação. 
NOTA: 
É importante ressaltar que nos termos do art. 1o do Decreto no 
39.478/06 fica concedida a isenção do ICMS na prestação de serviço de 
transporte intermunicipal de cargas que tenha início e término no 
território do Estado do Rio de Janeiro e em que o contratante 
(tomador) do serviço seja contribuinte do imposto inscrito no CADERJ. 
Nesta hipótese não haverá retenção do serviço de transporte, pois 
este é isento. Contudo, o Decreto n.° 45.532/2015 revogado o Decreto 
n.° 39.478/06. 
Cabe ressaltar ainda que o Convênio ICMS nº 25/90, na cláusula 
segunda, autoriza os Estados a dispor sobre a substituição tributária 
no serviço de transporte de cargas, de forma que a atribuição de 
responsabilidade pelo pagamento do imposto recai sobre o contribuinte 
remetente ou alienante da mercadoria, ao depositário ou destinatário, 
quando da contratação de serviços de empresa transportadora 
estabelecida em Estado diverso ou quando for transportador autônomo, 
de qualquer domicílio. 
Forma e prazo de recolhimento 
a) Contribuinte substituto (remetente, destinatário e empresa de 
transporte inscrita no CADERJ, quando efetuar subcontratação) - ICMS 
incidente sobre a prestação de serviço de transporte pago por 
substituição tributária, em DARJ, código de receita 036-1, até o dia 
9 (nove) do mês subsequente; 
b) Transportador: pagamento antes do início da prestação mediante 
DARJ, no código de receita 036-1, com indicação do número do CNPJ ou 
CPF no campo próprio. 
Na hipótese de recolhimento pelo contribuinte substituto: 
O remetente da mercadoria deve indicar no corpo da Nota Fiscal as 
seguintes informações relativas à prestação do serviço de transporte: 
1. o preço; 
2. a base de cálculo; 
3. a alíquota aplicável; 
4. o valor do imposto; 
5. a expressão: "O ICMS devido sobre o serviço de transporte será 
pago pelo remetente/destinatário, nos termos do artigo 82, inciso II, 
item 1, do Livro IX, do RICMS. 
OBS: A Nota Fiscal contendo as indicações referidas acima servirá 
para acobertar a prestação do serviço de transporte. 
Veja a tela de retenção do ICMS da Nota Fiscal Eletrônica: 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 17	
  
 
Fundamentação legal: Art. 2° II do Livro I do RICMS/RJ – Decreto n° 
27.427/00/ Art. 2° II da Lei Complementar n° 87/96 e Art. 82, II, 
itens 1 e 2 e inciso III do Livro IX do RICMS/RJ 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
e) Industrialização por encomenda: 
O ICMS incide na saída de estabelecimento industrializador, em 
retorno ao do encomendante, ou para outro por ordem deste, de 
mercadoria submetida a processo de industrialização que não implique 
prestação de serviço compreendido na competência tributária 
municipal, ainda que a industrialização não envolva aplicação ou 
fornecimento de qualquer insumo. 
 
Em 4 de novembro de 2008, a 1ª. Turma do Superior Tribunal de 
Justiça, por ocasião do julgamento do Recurso Especial 888.852, 
decidiu por unanimidade reconhecer a "industrialização por encomenda" 
como hipótese de incidência do ISS. Eis a ementa do referido julgado: 
"TRIBUTÁRIO. ISSQN. "INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA". LEI 
COMPLEMENTAR 116/2003. LISTA DE SERVIÇOS ANEXA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 
(OBRIGAÇÃO DE FAZER). ATIVIDADE FIM DA EMPRESA PRESTADORA. 
INCIDÊNCIA. 
1. O artigo 153, III, da Constituição Federal de 1988, dispõe que 
compete aos Municípios instituir impostos sobre prestação de serviços 
de qualquer natureza, não compreendidos no artigo 155, II, definidos 
em lei complementar. 
2. O aspecto material da hipótese de incidência do ISS não se 
confunde com a materialidade do IPI e do ICMS. Isto porque: (i) 
excetuando as prestações de serviços de comunicação e de transporte 
interestadual e intermunicipal, o ICMS incide sobre operação 
mercantil (circulação de mercadoria), que se traduz numa "obrigação 
de dar" (artigo 155, II, da CF/88), na qual o interesse do credor 
encarta, preponderantemente, a entrega de um bem, pouco importando a 
atividade desenvolvida pelo devedor para proceder à tradição; e (ii) 
na tributação pelo IPI, a obrigação tributária consiste num "dar um 
produto industrializado" pelo próprio realizador da operação 
jurídica. "Embora este, anteriormente, tenha produzido um bem, 
consistente em seu esforço pessoal, sua obrigação consiste na entrega 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 18	
  
desse bem, no oferecimento de algo corpóreo, materializado, e que não 
decorra de encomenda específica do adquirente" (José Eduardo Soares 
de Melo, in "ICMS - Teoria e Prática", 8ª Ed., Ed. Dialética, São 
Paulo, 2005, pág. 65). 
3. Deveras, o ISS, na sua configuração constitucional, incide sobre 
uma prestação de serviço, cujo conceito pressuposto pela Carta Magna 
eclipsa ad substantia obligatio in faciendo, inconfundível com a 
denominada obrigação de dar. 
4. Desta sorte, o núcleo do critério material da regra matriz de 
incidência do ISS é a prestação de serviço, vale dizer: conduta 
humana consistente em desenvolver um esforço em favor de terceiro, 
visando a adimplir uma "obrigação de fazer" (o fim buscado pelo 
credor é o aproveitamento do serviço contratado). 
5. É certo, portanto, que o alvo da tributação do ISS "é o esforço 
humano prestado a terceiros como fim ou objeto. Não as sua etapas, 
passos ou tarefas intermediárias, necessárias à obtenção do fim. 
(...) somente podem ser tomadas, para compreensão do ISS, as 
atividades entendidas como fim, correspondentes à prestação de um 
serviço integralmente considerado em cada item. Não se pode decompor 
um serviço porque previsto, em sua integridade, no respectivo item 
específico da lista da lei municipal nas várias ações-meio que o 
integram, para pretender tributá-las separadamente, isoladamente, 
como se cada uma delas correspondesse a um serviço autônomo, 
independente. Isso seria uma aberração jurídica, além de construir-se 
em desconsideração à hipótese de incidência do ISS." 
(Aires Barreto, no artigo intitulado"ISS: Serviços de Despachos 
Aduaneiros/Momento de Ocorrência do Fato Imponível/Local de 
Prestação/Base de Cálculo/Arbitramento", in Revista de Direito 
Tributário nº 66, Ed. Malheiros, págs. 114/115 - citação efetuada por 
Leandro Paulsen, in Direito Tributário - Constituição e Código 
Tributário à Luz da Doutrina e da Jurisprudência, 8ª ed., Ed. 
Livraria do Advogado e Escola Superior da Magistratura Federal do Rio 
Grande do Sul - ESMAFE, pág. 457). 
6. Assim, "sempre que o intérprete conhecer o fim do contrato, ou 
seja, descobrir aquilo que denominamos de ''prestação-fim'', saberá 
ele que todos os demais atos relacionados a tal comportamento são 
apenas ''prestações-meio'' da sua realização" (Marcelo Caron 
Baptista, in "ISS: Do Texto à Norma - Doutrina e Jurisprudência da EC 
18/65 à LC 116/03", Ed. Quartier Latin, São Paulo, 2005, pág. 284). 
7. In casu, a empresa desenvolve atividades de desdobramento e 
beneficiamento (corte, recorte e/ou polimento), sob encomenda, de 
bloco e/ou chapa de granito e mármore (de propriedade de terceiro), 
sendo certo que, após o referido processo de industrialização, o 
produto retorna ao estabelecimento do proprietário (encomendante), 
que poderá exportá-lo, comercializá-lo no mercado interno ou submetê-
lo à nova etapa de industrialização. 
8. O Item 14, Subitem 14.05, da Lista de Serviços anexa à Lei 
Complementar 116/2003, ostenta o seguinte teor: "14 – Serviços 
relativos a bens de terceiros. (...) 14.05 – Restauração, 
recondicionamento, acondicionamento, pintura, beneficiamento, 
lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 19	
  
recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos 
quaisquer." 
9. A "industrialização por encomenda" constitui atividade-fim do 
prestador do aludido serviço, tendo em vista que, uma vez concluída, 
extingue o dever jurídico obrigacional que integra a relação jurídica 
instaurada entre o "prestador" (responsável pelo serviço encomendado) 
e o "tomador" (encomendante): a empresa que procede ao corte, recorte 
e polimento de granito ou mármore, de propriedade de terceiro, 
encerra sua atividade com a devolução, ao encomendante, do produto 
beneficiado. 
10. Ademais, nas operações de remessa de bens ou mercadorias para 
"industrialização por encomenda", a suspensão do recolhimento do 
ICMS, registrada nas notas fiscais das tomadoras do serviço, decorre 
do posterior retorno dos bens ou mercadorias ao estabelecimento das 
encomendantes, que procederão à exportação, à comercialização no 
mercado interno ou à nova etapa de industrialização. 
11. Destarte, a "industrialização por encomenda", elencada na Lista 
de Serviços da Lei Complementar 116/2003, caracteriza prestação de 
serviço (obrigação de fazer), fato jurídico tributável pelo ISSQN, 
não se enquadrando, portanto, nas hipóteses de incidência do ICMS 
(circulação de mercadoria - obrigação de dar - e prestações de 
serviço de comunicação e de transporte transmunicipal). 
14. Recurso especial provido." 
 
ENTENDIMENTO DO STJ 
 
Para o STJ, o conceito de industrialização não se coaduna com a 
existência de pedidos por encomenda feitos pelo adquirente. Segundo o 
posicionamento daquele tribunal, na caracterização da 
industrialização é primordial que haja a padronização e a 
massificação do produto fabricado, destinado a um público consumidor 
indeterminado. CONTUDO, UMA VEZ ELABORADO UM PRODUTO QUE ATENDA A 
NECESSIDADES ESPECÍFICAS DE QUEM O ENCOMENDA, A OBRIGAÇÃO DE DAR, 
ESSÊNCIA ORIGINAL DO FATO GERADOR DO IPI, É SUPERADA PELA OBRIGAÇÃO 
DE FAZER, TRANSFORMANDO A ELABORAÇÃO DO PRODUTO ENCOMENDADO EM UM ATO 
PREPONDERANTE À SUA MERA ENTREGA. 
Quanto a esse contexto, é fundamental relembrar que o fato gerador do 
IPI, tal como o do ISS, também envolve uma obrigação de fazer prévia 
à tradição do produto industrializado. Entretanto, o que os 
diferencia é a circunstância de que NO ISS, EXIGE-SE UMA ALTA DOSE DE 
PESSOALIDADE NA EXECUÇÃO DO SERVIÇO, PORQUANTO O CONTRATO DE 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO OBJETIVA NÃO A APROPRIAÇÃO DE UM BEM, MAS O 
RESULTADO DO ESFORÇO E DA CAPACIDADE, FÍSICA OU INTELECTUAL, DA OUTRA 
PARTE, AINDA QUE ESSE RESULTADO SE EXPRESSE, NO MUNDO FENOMÊNICO, POR 
MEIO DE UM BEM MATERIAL. 
 
ENTENDIMENTO DOS ESTADOS 
 
Por sua vez, os Estados vêm sustentando que os referidos serviços de 
industrialização por encomenda não poderão sofrer a incidência do 
ISS, mas devem continuar a ser tributados pelo imposto estadual, isso 
em decorrência da norma constitucional, artigo 156, III da CF/88, que 
veda a incidência do ISS quando os serviços estiverem no campo de 
tributação do ICMS. 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 20	
  
Defendem, ainda, que as atividades-meio, como a industrialização por 
encomenda, não podem ser tributadas durante suas fases de execução 
pelo ISS, pois este somente incide sobre as atividades-fim, logo, 
somente serão alcançados pelo ISS os serviços que forem prestados ao 
usuário final. 
 
Assim, se a atividade é prestada a outra pessoa, como etapa do 
processo de industrialização ou comercialização, não incidirá o 
tributo municipal, mas sim o ICMS. Isto porque, neste caso, não é 
prestado um serviço inserto no campo de incidência do ISS, e sim 
realizada industrialização por encomenda. 
 
Veja abaixo o art. 3.º , IV, item 2, § 5.º, item 7 do Livro I do 
RICMS/RJ, aprovado pelo Decreto no 27.427/00: 
Art. 3.º O fato gerador do imposto ocorre: 
IV - no fornecimento de mercadoria com prestação de serviço: 
1. não compreendido na competência tributária dos municípios; 
2. compreendido na competência tributária dos municípios, e com 
indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, 
como definido em legislação aplicável; 
Nota: 
A Lei Complementar 116/20003 determina em seu artigo primeiro, 
parágrafo segundo, que, ressalvadas as exceções expressas na lista, 
os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre 
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de 
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de 
mercadorias; 
Assim, somente ficam sujeito à incidência do ICMS as mercadorias 
empregadas nos serviços cuja própria lista de serviços estabeleça 
que, nesses casos, deva ser destacado o imposto estadual. 
Com isso, as situações em que se deve destacar o ICMS em relação às 
mercadorias empregadas são as seguintes: 
7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de 
obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras 
semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, 
drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a 
instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o 
fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços 
fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS) 
7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, 
pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias 
produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação 
dos serviços, que fica sujeito ao ICMS) 
14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, 
conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de 
máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou 
de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam 
sujeitas ao ICMS). 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 21	
  
14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes 
empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS). 
17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o 
fornecimento de alimentaçãoe bebidas, que fica sujeito ao ICMS). 
§ 5.º O disposto no item 2, do inciso IV, aplica-se: 
7. à saída, efetuada pelo prestador de serviço, de mercadoria 
destinada à comercialização ou industrialização, submetida a 
beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, 
acondicionamento e operação similar; 
Nota: 
 
Nem toda a industrialização feita por encomenda constituirá hipótese 
de incidência do imposto municipal sobre serviços. O sistema de 
listagem taxativa adotado pela Lei Complementar nº 116/2003 em 
atendimento à parte final do art. 156, III, da Constituição, somente 
legitima a cobrança do ISS quando a industrialização por encomenda 
encontrar descrição correspondente em item incluído na lista anexa a 
este diploma legal, a exemplo da do subitem 14.05. 
Assim, a autoridade fiscal municipal, ao verificar a ocorrência de 
industrialização por encomenda e realizar o lançamento, deverá 
apontar o item de lista da Lei Complementar nº116/2003 que abrange o 
objeto do lançamento, sob pena de nulidade do ato. 
Por este motivo, também está excluída a possibilidade de utilização 
da analogia para equiparar a industrialização por encomenda à 
prestação de serviço, sem que haja previsão na Lei Complementar nº 
116/2003 para tanto. 
No Estado do Rio de Janeiro, o art. 4o,§1° do Livro I do RICMS/RJ, 
aprovado pelo Decreto no 27.427/00, dispõe que no fornecimento de 
máquina, aparelho, equipamento, conjunto industrial ou outras 
mercadorias, como tapete, cortina, papel de parede, vidro, lambris e 
outros, cuja alienação esteja vinculada à respectiva montagem, 
instalação, colocação ou operação similar, a base de cálculo do 
imposto compreende, também, o valor da montagem, instalação, 
colocação ou operação similar. 
 
Em síntese: 
 
a) Prestação de serviço constante da lista da LC n° 116/03, com 
fornecimento de mercadoria, sem ressalvas: ISS 
b) Prestação de serviço não constante da lista da LC n° 116/03, 
com fornecimento de mercadorias: ICMS; 
c) Prestação de serviço constante da lista da LC n° 116/03, com 
fornecimento de mercadorias e ressalva na lista: ICMS e ISS. 
Fundamentação legal: Inciso II do art. 3.º do Livro I do RICMS/RJ – 
Decreto n° 27.427/00. 
 
f) Na prestação onerosa de serviços de comunicação 
 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 22	
  
O imposto incide na prestação onerosa de serviços de comunicação 
feita por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, recepção, a 
transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de 
comunicação de qualquer natureza. Caso o serviço seja prestado 
mediante ficha, cartão ou assemelhado, considera-se ocorrido o fato 
gerador quando do fornecimento desses instrumentos ao usuário ou ao 
intermediário. 
 
A Emenda constitucional n° 42, de 19/12/03 acrescentou a alínea “d” 
ao art. 155,§2°, X,” da Constituição Federal, dispondo que o ICMS não 
incide nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de 
radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita. 
Fichas, cartões e assemelhados 
Caso o serviço de comunicação seja prestado mediante ficha, cartão ou 
assemelhado, mesmo que a disponibilização se faça por meio 
eletrônico, considera-se ocorrido o fato gerador quando do 
fornecimento desses instrumentos ao usuário ou ao intermediário pela 
prestadora de serviço de comunicação, devendo esta emitir Nota Fiscal 
de Serviço de Telecomunicação, com destaque do valor do imposto 
devido, calculado com base no valor tarifário vigente nessa data, de 
acordo com o artigo 12, do Livro X do Regulamento do ICMS, aprovado 
pelo Decreto nº 27.427/00. 
A disponibilização do cartão ao usuário, embora possa ser feita por 
um estabelecimento varejista contribuinte do ICMS, não é fato gerador 
do ICMS, mas prestação de serviço, sujeita ao ISS. Referida 
orientação foi divulgada no site do Estado <www.receita.rj.gov.br>, 
por intermédio dos esclarecimentos de 05 a 09/08/2002. 
O Parecer Normativo n° 01/2000 da Superintendência Estadual de 
Tributação esclarece sobre a incidência do ICMS nos serviços de 
comunicações. 
Veiculação de propaganda e publicidade 
 
A veiculação de propaganda e publicidade não é fato gerador do ISS, 
conforme razões de veto da Lei Complementar n°116/2003: 
Razões do veto 
"O dispositivo em causa, por sua generalidade, permite, no limite, a 
incidência do ISS sobre, por exemplo, mídia impressa, que goza de 
imunidade constitucional (cf. alínea "d" do inciso VI do art. 150 da 
Constituição de 1988). Vale destacar que a legislação vigente 
excepciona - da incidência do ISS - a veiculação e divulgação de 
textos, desenhos e outros materiais de publicidade por meio de 
jornais, periódicos, rádio e televisão (cf. item 86 da Lista de 
Serviços anexa ao Decreto-Lei no 406, de 31 de dezembro de 1968, com 
a redação da Lei Complementar no 56, de 15 de dezembro de 1987), o 
que sugere ser vontade do projeto permitir uma hipótese de incidência 
inconstitucional. Assim, ter-se-ia, in casu, hipótese de incidência 
tributária inconstitucional. Ademais, o ISS incidente sobre serviços 
de comunicação colhe serviços que, em geral, perpassam as fronteiras 
de um único município. Surge, então, competência tributária da União, 
a teor da jurisprudência do STF, RE no 90.749-1/BA, Primeira Turma, 
Rel.: Min. Cunha Peixoto, DJ de 03.07.1979, ainda aplicável a teor do 
inciso II do art. 155 da Constituição de 1988, com a redação da 
Emenda Constitucional no 3, de 17 de março de 1993." 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 23	
  
Nos termos do inciso XI do artigo 3º da Lei nº 2657, 26 de dezembro 
de 1996, o Fisco do Estado do Rio de Janeiro cobra o ICMS na 
veiculação de publicidade e propaganda quando oneroso, entretanto por 
meio da Portaria SSER nº 27/11 aplica-se a imunidade prevista na 
alínea “d” do inciso VI do art. 150 da Constituição da República de 
1988 na hipótese de veiculação de publicidade e propaganda feitas por 
meio de jornais e periódicos. 
A imunidade prevista na alínea “d” do inciso VI do art. 150 da 
Constituição da República não afasta a incidência do ICMS nos casos 
de veiculação de publicidade e propaganda feita por outros meios. 
 
Fundamentação legal: Inciso XI e § 7° do art. 3° da Lei n° 2.657/96 
ou Inciso XI e § 7° do art. 3° do Livro I do RICMS/RJ. 
 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
3. Contribuinte 
 
Só é contribuinte do ICMS quem realiza com habitualidade ou em volume 
que caracterize intuito comercial operações que configurem fato 
gerador do ICMS. 
 
Assim, conforme determina o art. 4°, parágrafo único da LC n° 87/96 e 
o art. 15 da Lei nº 2.657/96, contribuinte é “qualquer pessoa, física 
ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que 
caracterize intuito comercial, operação de circulação de mercadoria 
ou prestação de serviços descritas comofato gerador do imposto.” 
De acordo com o art. 3o, incisos III, IV, V e VI do Livro XVII do 
RICMS/RJ aprovado pelo Decreto no 27.427/00, considere-se: 
a) industrial, o estabelecimento que realize as operações 
relacionadas a operação que modifique a natureza, o funcionamento, o 
acabamento, a apresentação ou a finalidade de produto, ou o 
aperfeiçoe para o consumo, tais como: 
1. a que, exercida sobre a matéria-prima ou produto intermediário, 
importe em obtenção de espécie nova (transformação); 
2. a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, 
alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do 
produto (beneficiamento); 
3. a que consista na reunião de produtos, peças ou partes de que 
resulte um novo produto ou unidade autônoma (montagem); 
4. a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação 
de embalagem, ainda que em substituição à original, salvo quando a 
embalagem colocada se destine, apenas, ao transporte da mercadoria 
(acondicionamento ou reacondicionamento); 
5. a que, exercida sobre o produto usado ou partes remanescentes do 
produto deteriorado ou inutilizado, o renove ou restaure para 
utilização (renovação ou recondicionamento); 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 24	
  
b) atacadista, o estabelecimento comercial que efetue operações de 
revenda de mercadorias de terceiros, de origem agropecuária, 
extrativa ou industrial, em qualquer nível de processamento (em 
bruto, beneficiadas, semielaboradas e prontas para uso) e em qualquer 
quantidade, para varejistas, outros atacadistas e agentes produtores 
em geral, empresariais, institucionais e profissionais, ou seja, para 
pessoas jurídicas, estabelecimentos agropecuários, industriais, 
comerciais e de serviços, instituições públicas e privadas e 
profissionais autônomos; 
c) varejista, o estabelecimento que efetue operações de venda de 
mercadorias, novas ou usadas, ao consumidor final, para consumo 
pessoal ou domiciliar. 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
3.1 Responsável 
Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do 
imposto e acréscimos devidos pelo contribuinte ou responsável, quando 
os atos ou omissões daqueles concorrerem para o não recolhimento do 
tributo (art. 5° da LC n° 87/96). 
São responsáveis pelo pagamento do imposto: 
I - o leiloeiro, em relação ao imposto devido sobre a saída de 
mercadoria decorrente de arrematação em leilão, quando o imposto não 
for pago pelo arrematante; 
II - o síndico, comissário, inventariante ou liquidante, em relação 
ao imposto devido sobre a saída de mercadoria decorrente de sua 
alienação em falência, concordata, inventário ou dissolução de 
sociedade, respectivamente; 
III - o armazém geral e o estabelecimento depositário congênere: 
1. na saída de mercadoria depositada por contribuinte de outro 
Estado; 
2. na transmissão de propriedade de mercadoria depositada por 
contribuinte de outro Estado; 
3 - no recebimento para depósito ou na saída de mercadoria sem 
documentação fiscal ou com documentação fiscal inidônea; 
IV - o transportador, em relação à mercadoria: 
1. proveniente de outro Estado para entrega, em território deste 
Estado, a destinatário não designado; 
2. negociada em território deste Estado durante o transporte; 
3. que aceitar para despacho ou transportar sem documentação fiscal, 
ou acompanhada de documento fiscal inidôneo; 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 25	
  
4. que entregar a destinatário ou em local diverso do indicado na 
documentação fiscal. 
Nova regra: 
Art. 30, do Capítulo VI, anexo XIII, parte II da Resolução SEFAZ n° 
720/2014 assim dispõe: 
Art. 30. Na hipótese de operação que tenha como destinatário pessoa 
não contribuinte do imposto, a mercadoria poderá ser entregue neste 
Estado em local diverso do endereço do destinatário, desde que conste 
da Nota Fiscal o endereço do local de entrega e a informação de que 
se trata de “Entrega por ordem do destinatário”. 
§ 1º O disposto no caput deste artigo também se aplica: 
I - ao contribuinte do imposto, desde que: 
a) a mercadoria seja entregue a outro estabelecimento da mesma 
empresa; 
b) o estabelecimento destinatário emita Nota Fiscal de transferência, 
na qual deverá fazer referência à Nota Fiscal de que trata o caput 
deste artigo; 
II - na hipótese de entrega a canteiros de obra de construtoras 
inscritas no CAD-ICMS. 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se desde que a hipótese não 
esteja prevista nos Capítulos I (Depósito fechado), II ( Armazém 
geral), IX (Industrialização por conta e ordem do adquirente), XI 
(Brindes) deste Anexo. 
Veja a nota fiscal eletrônica: 
 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 26	
  
V - o estabelecimento industrial ou comercial que promover a saída de 
mercadoria sem documentação fiscal ou com documentação fiscal 
inidônea, em relação ao imposto devido pela operação subsequente com 
a mercadoria; 
VI - qualquer possuidor ou detentor de mercadoria desacompanhada de 
documento fiscal ou acompanhada de documento fiscal inidôneo. 
VII – o terminal aquaviário, em relação à mercadoria importada do 
exterior e desembarcada em seu estabelecimento. 
Respondem solidariamente pelo pagamento do imposto: 
a) o destinatário das operações referidas nos incisos XVIII e XIX do 
art. 3.º da Lei 2.657/96. 
Fundamentação legal: art. 19 incisos I ao VII do Livro I do RICMS/RJ 
e art. 18 e 19 da Lei n° 2.657/96. 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
4. Não incidência, isenção, suspensão e diferimento 
Quando a operação ou prestação for beneficiada por isenção, ou quando 
estiver amparada por imunidade, não-incidência, diferimento ou 
suspensão da incidência do ICMS, ou, ainda, quando o imposto já 
houver sido pago por antecipação, essa circunstância será mencionada 
em todas as vias do documento fiscal, indicando-se o dispositivo 
pertinente da legislação, ainda que por meio de código, desde que a 
decodificação conste no próprio documento fiscal. 
Veja a aba Informações Adicionais da nota fiscal eletrônica 
 
 
a) Informações Adicionais de interesse do fisco – Legislação sobre 
benefício fiscal tais como: isenção, redução de base de cálculo etc. 
Expressões de empresas enquadradas no simples nacional e prevista na 
Resolução CGSN n°94/11 etc.; 
b) Informações complementares de interesse do contribuinte: pode-se 
informar qualquer tipo de observação que seja do interesse do 
contribuinte, tais como: o número do pedido, prazo de pagamento, 
vendedor, valores e datas de vencimento. 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 27	
  
Fundamentação legal: O art. 18 e parágrafo único, capítulo III, 
Título III do Livro VI do RICMS/RJ. (Novo dispositivo legal alterado 
pelo Decreto nº 44.584/14, antes esta regra estava prevista no art. 
22 e parágrafo único do Livro VI do RICMS/RJ) 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
4.1 Não incidência do ICMS 
 
Ocorre a incidência quando a situação prevista anteriormente em lei 
se realiza. No campo de incidência, estão compreendidos todos os 
fatos geradores de um tributo. Ao contrário, a não-incidência é a 
ocorrência de um fatoque não fora anteriormente previsto na lei como 
passível de gerar obrigação de pagar certo tributo. 
 
A imunidade é a exclusão constitucional do poder de tributar, sendo 
uma categoria de não incidência. 
 
A constituição Federal prevê no art. 155, §2o,X, “a” , “b” e “c” as 
imunidades específicas para o ICMS disposto nos incisos II, III e IV 
abaixo e no art. 150,VI, “d” dispõe sobre a imunidade genérica 
constante no inciso I a seguir. 
 
Os casos de não incidência do ICMS no Estado do Rio de Janeiro estão 
previstos no Art. 40 da Lei nº 2.657/96 ou art. 47 do Livro I do 
Decreto nº 27.427/00, e são os seguintes: 
 
I - com livro, jornal, periódico e o papel destinado à sua impressão; 
 
Considera-se livro o volume ou tomo de composição literária, 
didática, científica ou técnica, excluídos, com base no art. 40, § 1o 
da Lei no 2.657/96: 
 
a) livro em branco ou simplesmente pautado, bem como o utilizado para 
escrituração de qualquer natureza; 
b) agenda ou similar; e 
c) catálogo, guia, lista e outros impressos que contenham propaganda 
comercial. 
 
Nota: O disposto na alínea “c” do § 1.º do art. 40 da Lei n.º 
2.657/96 não se aplica à lista telefônica, ainda que contenha 
propaganda comercial. 
 
II - que destine ao exterior mercadoria ou serviço; 
 
Cabe destacar, que conforme § 2.º, equipara-se às operações de que 
trata o inciso II deste artigo a saída de mercadoria realizada com o 
fim específico de exportação para o exterior, destinada a: 
 
- empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro 
estabelecimento da mesma empresa; e 
- armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. 
 
Tributação: 
 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 28	
  
O § 3.º prevê que nas hipóteses do parágrafo anterior, verificado, a 
qualquer tempo, que a mercadoria não chegou ao destino indicado ou 
foi reintroduzida no mercado interno, a operação será considerada 
tributável, ficando o contribuinte obrigado a recolher o imposto 
relativo à saída, com os acréscimos e penalidades cabíveis. 
 
III - que destine a outro Estado e Distrito Federal energia elétrica 
e petróleo, inclusive lubrificante e combustível líquido e gasoso 
dele derivados, quando destinados à industrialização ou à 
comercialização; 
 
IV - com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou 
instrumento cambial; 
Nota: 
 
Quando o ouro for considerado ativo financeiro ou instrumento cambial 
(ouro em barra), será tributado pela união, pelo IOF. 
Todavia, será tributado pelo Estado, pelo ICMS quando for ouro 
utilizado na fabricação de jóias. 
 
V - com mercadoria em virtude de alienação fiduciária em garantia, 
na: 
a) transmissão de domínio feita pelo devedor fiduciante em favor do 
credor fiduciário; 
b) transferência da posse da mercadoria objeto da garantia, em favor 
do credor fiduciário, em virtude de inadimplemento do fiduciante; e 
c) transmissão do domínio do credor para o devedor, em virtude da 
extinção, pelo pagamento, da garantia. 
 
Nota: 
Conceito de Alienação Fiduciária: 
É o negócio jurídico, em razão do qual o adquirente de um bem móvel 
transfere o domínio do mesmo ao credor que emprestou-lhe o dinheiro 
para o pagamento do preço do referido bem. 
Assim, o alienante fica na posse direta do bem, enquanto que o credor 
terá a posse indireta. 
Resolve-se o domínio do credor, quando este ver adimplida a obrigação 
por parte do devedor. 
 
VI - com mercadoria de terceiro, na saída de estabelecimento de 
empresa de transporte ou de depósito, por conta e ordem desta; 
 
VII - com mercadoria, na saída para estabelecimento localizado neste 
Estado ou na transmissão de sua propriedade, decorrente da 
transferência de estoque de uma sociedade para outra, em virtude de: 
a) transformação, fusão, cisão ou incorporação; e 
b) aquisição do estabelecimento. 
 
VIII - com mercadoria, na saída para estabelecimento localizado neste 
Estado ou na transmissão de sua propriedade, decorrente de 
transferência de estoque, de uma empresa individual para outra ou 
para uma sociedade, em virtude de aquisição do estabelecimento; 
 
IX - com mercadoria na saída decorrente da transferência de estoque, 
dentro do Estado, ou na transmissão de sua propriedade, de firma 
individual ou de sociedade, para integralização do capital de outra 
sociedade; 
 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 29	
  
X - com mercadoria componente do estoque do estabelecimento, de um 
lugar para outro dentro do Estado, em decorrência da mudança de sua 
localização; 
 
XI - com mercadoria destinada a armazém geral situado neste Estado, 
para depósito em nome do remetente; 
 
Nota: 
É importante salientar, que os armazéns gerais são empresas que têm 
por finalidade a guarda e a conservação de mercadorias e a emissão de 
títulos especiais que as representem, ou seja, conhecimento de 
depósito e warrant. 
XII - com mercadoria destinada a depósito fechado, do próprio 
contribuinte, localizado neste Estado; 
 
Nota: 
Conforme art. 1o, Capítulo I, anexo XIII, parte II da Resolução SEFAZ 
n° 720/2014, entende-se por depósito fechado o estabelecimento 
localizado neste Estado que o contribuinte inscrito no CADERJ 
mantiver exclusivamente para armazenagem de suas mercadorias, no qual 
não sejam efetuadas compras nem vendas. 
 
XIII - de retorno, ao estabelecimento depositante, de mercadoria dos 
estabelecimentos referidos nos incisos XI e XII; 
 
XIV - de saída de peça, ferramenta, máquina, veículo, equipamento e 
outros utensílios, integrados ao ativo fixo, desde que devam retornar 
ao estabelecimento de origem ou a outro do mesmo titular; 
 
XV - com impresso personalizado, promovido por estabelecimento da 
indústria gráfica diretamente a usuário final, pessoa física ou 
jurídica; 
Nota: 
É oportuno destacar, que consoante o disposto no art. 131, parágrafo 
único, do Regulamento do ISS – Decreto no10. 514/91 entende-se por 
impresso personalizado aquele cuja impressão inclua o nome, firma, 
razão social ou marca de indústria, comércio ou serviço (monograma, 
símbolo, logotipo e demais sinais distintivos), para uso ou consumo 
exclusivo do próprio encomendante, tais como: nota fiscal, fatura, 
duplicata, papel para correspondência, cartão comercial, cartão de 
visita, convite, fichas, talões, rótulos, etiquetas, bulas, 
informativos, folhetos promocionais, explicativos, turísticos, capas 
de discos fonográficos, encartes, envelopes internos de capas, 
minicassete e outros serviços gráficos personalizados. 
Contudo, o art. 132 do RISS determina que não está sujeita à 
incidência do Imposto sobre Serviços a confecção de impressos em 
geral que se destinem à comercialização ou à industrialização. 
Conforme § 4.º da Lei n° 2.657/96 o disposto no inciso XV não se 
aplica a saída de impresso destinado a propaganda e publicidade. 
 
XVI - com artigo funerário, quando promovida por empresa do ramo 
concomitantemente com a prestação de serviço funerário; 
 
XVII - com mercadoria, em decorrência de locação ou comodato; 
 
XVIII - de fornecimento, pelo estabelecimento prestador dos serviços 
compreendidos na competência tributária municipal, de mercadoria a 
ser ou que tenha sido utilizada na prestação de tais serviços, 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 30	
  
ressalvados os casos de incidência do imposto estadual definidos em 
lei complementar; 
Notas: 
No caso de construção civil, o ICMS não incide se a empresa 
construtora adquire, no mercado interno, mercadorias como (tijolo, 
ferro etc.) e as destina a emprego na obra. 
No fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador, fora do 
local da prestação dos serviços, ficará sujeita ao ICMS, em face da 
ressalva contidas na parte final dos itens 7.02 e 7.05 da lista de 
serviços do ISSanexa a Lei Complementar no 116/03. 
7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de 
obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras 
semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, 
drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a 
instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o 
fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços 
fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 
7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, 
pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias 
produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação 
dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 
XIX - operação de fornecimento de medicamento e refeição, em seu 
próprio recinto, por hospital, sanatório, casa de saúde e de 
recuperação ou repouso sob orientação médica, extensivo ao 
acompanhante, desde que incluído seu valor na respectiva conta de 
prestação de serviço. 
XX - de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem 
arrendado ao arrendatário; 
XXI - de transferência de bens móveis salvados de sinistro para 
companhias seguradoras; 
 
Notas: 
Salvados de sinistros (ou simplesmente salvados) são coisas que 
remanesceram de uma catástrofe (naufrágio, incêndio, inundação). 
Conforme art. 66, I e II, do Capítulo XVI, anexo XIII da parte II da 
Resolução SEFAZ n° 720/2014, o indenizado emitirá documento fiscal, 
caso seja contribuinte do imposto, que acobertará a entrada da 
mercadoria, real ou simbolicamente, no estabelecimento da seguradora. 
Todavia, será emitida Nota Fiscal (entrada) pela empresa seguradora, 
a qual servirá para acompanhar o transporte da mercadoria para seu 
estabelecimento, caso o indenizado seja particular ou não 
contribuinte do imposto. Contudo na saída de mercadoria, a empresa 
seguradora emitirá Nota Fiscal, sem destaque do imposto na forma 
prevista neste regulamento, com destaque do imposto (art. 67, do 
Capítulo XVI, anexo XIII, parte II da Resolução SEFAZ n° 720/2014). 
XXII - de aquisição de veículo novo por taxista, na forma de pessoa 
física ou jurídica que opera no setor, inscrito no órgão municipal 
competente, para uso específico como táxi, limitado a um veículo por 
beneficiário, e no equivalente a 1/4 (um quarto) dos veículos 
registrados pela pessoa jurídica no órgão competente, desde que o 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 31	
  
mesmo não tenha adquirido veículo com isenção ou não-incidência do 
ICMS em prazo inferior a 2 (dois) anos; 
 
XXIII - de aquisição de veículo novo por portador de deficiência 
motora devidamente atestada pelo órgão competente, para seu uso 
pessoal limitado a um veículo por beneficiário, e desde que o mesmo 
não tenha adquirido veículo com isenção ou não incidência do ICMS em 
prazo inferior a três anos. 
 
XXIV - de aquisição de ônibus novos (chassis e carroceria), por parte 
de empresas concessionárias e permissionárias de transporte coletivo 
de passageiros, desde que sejam adquiridos até 30 de maio de 2007 e 
devidamente cadastradas nos órgãos competentes. 
(redação do inciso XXIV, do Artigo 40, acrescentada pela Lei Estadual 
n.º 4.963/2006 , vigente a partir de 22.12.2006). 
(Nota: veja o Decreto n.º 40.692/2007) 
XXV - de saída de bem do ativo permanente e de material de uso ou 
consumo para outro estabelecimento da mesma empresa, ainda que em 
operação interestadual; 
(redação do inciso XXV do Artigo 40, acrescentada pela Lei n.º 
6.276/2012, vigente a partir de 02.07.2012) 
XXVI - de entrada de bem do ativo permanente e de material de uso ou 
consumo, em relação à diferença entre a alíquota interna e a 
interestadual, quando recebido em transferência interestadual de 
outro estabelecimento da mesma empresa. 
 
(redação do inciso XXVI do Artigo 40, acrescentada pela Lei n.º 
6.276/2012, vigente a partir de 02.07.2012) 
 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
4.2 Isenção 
 
A isenção consiste na dispensa de pagamento de tributo devido, feita 
por disposição expressa de lei. Na isenção ocorre o fato gerador, o 
fenômeno está inserido no campo de incidência do tributo, mas o 
legislador resolve dispensar o pagamento. 
 
As normas acerca de isenções e outros benefícios fiscais deverão ser 
estabelecidas, em lei complementar, conforme determina o inciso XII, 
‘g’, do §2° do art. 155, da Constituição Federal. A lei complementar 
que já contém essas normas acerca da concessão e revogação de 
benefícios é a de nº 24, de 7.1.75. 
 
De acordo com a Lei Complementar nº 24/75, as isenções do ICM e agora 
ICMS serão concedidas ou revogados nos termos de Convênios celebrados 
e ratificados pelos Estados e o Distrito Federal. 
 
No Rio de Janeiro, o art. 41 da Lei nº 2.657/96 preceitua de forma 
semelhante: 
 
“As isenções serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios 
celebrados e ratificados pelo Estado, conforme o estabelecido em lei 
complementar federal.” 
CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS 
www.mgtreinamento.com.br 32	
  
 
No Manual de Diferimento, Ampliação de Prazo de Recolhimento, 
Suspensão e de Incentivos e Benefícios de Natureza Tributária, 
aprovado pelo Decreto nº 27.815, de 24 de janeiro de 2001, estão 
relacionadas às operações beneficiadas pela isenção do imposto. 
 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
4.3 Suspensão 
 
A legislação do ICMS do Estado do Rio de Janeiro ampara algumas 
operações com suspensão do lançamento do imposto, fazendo com que 
seja devido em etapa posterior pelo mesmo contribuinte. 
São os seguintes casos contemplados pela suspensão, na forma do art. 
52, I e II, do Livro I, do RICMS/RJ: 
- A saída e o respectivo retorno de mercadoria destinada a conserto, 
reparo ou industrialização. Todavia nestas hipóteses observa-se o 
seguinte, na forma art. 52,§1o, do Livro I, do RICMS/RJ: 
a) A suspensão não se aplica à saída para fora do Estado de sucata e 
produto primário de origem animal ou vegetal, salvo se a remessa e o 
retorno se fizerem nos termos de acordo entre o Estado do Rio de 
Janeiro e demais Estados interessados; 
b) A suspensão é condicionada ao retorno da mercadoria ao 
estabelecimento de origem no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, 
contados da data da respectiva saída, prorrogável por mais 180 (cento 
e oitenta) dias, pela repartição fiscal, a requerimento do 
interessado, admitindo-se, excepcionalmente, uma segunda prorrogação 
de igual prazo. 
Estas operações gozam de suspensão do ICMS, inclusive nas 
operações interestaduais entre as unidades federadas signatárias 
do Convênio AE-15/74, prorrogado por tempo indeterminado pelo 
Convênio ICMS n° 151/1994. 
- A saída e o respectivo retorno de mercadoria para fim de 
demonstração, quando o destinatário estiver localizado neste Estado e 
revestir a qualidade de contribuinte do imposto, excluída a saída de 
mostruário e a remessa para estabelecimento do mesmo titular ou de 
terceiro, para fim de simples exposição. Devendo ser condicionada ao 
retorno da mercadoria ao estabelecimento de origem, no prazo de 30 
(trinta) dias, prorrogável por até igual período, a critério da 
repartição fiscal, com base no art. 52,§2o, do Livro I, do RICMS/RJ. 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
4.4 Diferimento

Continue navegando