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Tel: (21) 4108-4474 | (21) 98116-2666 Site: http://www.mgtreinamento.com.br Tributária Fiscal Trabalhista www.mgtreinamento.com.br Ana Cristina Martins Pereira. - Advogada, pós- graduada em Direito Tributário. Há anos atua na área de impostos indiretos, além de ter ministrado vários treinamentos sobre tributos estaduais, municipais e federais. Sócia da Martins & Gonçalves Consultoria Empresarial LTDA. Autora dos livros: Regulamento do ICMS do Rio de Janeiro Anotado e Regulamento do ISS do Município do Rio de Janeiro Anotado editados pela Lex e Cenofisco. CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ICMS E REGRAS ESPECÍFICAS 1. Regras básicas para a cobrança de tributos • Fato gerador da obrigação principal - é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. • Fato gerador da obrigação acessória - é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. Ex: emissão de notas fiscais, escrituração de livros fiscais, não receber mercadoria sem nota. • Base de cálculo - se constitui na expressão econômica do fato gerador. É sobre a base de cálculo que o tributo incide. É a matéria necessária para o cálculo do tributo devido. • Alíquota - É o percentual que incide sobre a base de cálculo que resultará no imposto devido. • Contribuinte - quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. • Responsável - quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 2. Conceito de não incidência, isenção, suspensão, diferimento e imunidade • Não-incidência é a ocorrência de um fato que não fora anteriormente previsto na lei como passível de gerar obrigação de pagar certo tributo. • A imunidade é a exclusão constitucional do poder de tributar, sendo uma categoria de não incidência. • A isenção consiste na dispensa de pagamento de tributo devido, feita por disposição expressa de lei. Na isenção ocorre o fato gerador, o fenômeno está inserido no campo de incidência do tributo, mas o legislador resolve dispensar o pagamento. • Suspensão é quando a legislação tributária ampara algumas operações com a suspensão do lançamento do imposto, fazendo com que seja devido em etapa posterior pelo mesmo contribuinte • Diferimento consiste pela responsabilidade atribuída a um terceiro pelo recolhimento do imposto nas operações anteriores. CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 2 Ex: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ REGRAS DO ICMS 1. Legislação atualmente aplicável De acordo com o art. 155,§ 2°, XII da CF/88 cabe à lei complementar: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituição tributária; c) disciplinar o regime de compensação do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 3 No art. 34, § 8º do Ato das disposições transitórias, a Constituição de 1988 estabeleceu que, se no prazo de sessenta dias, a contar de sua promulgação, não fosse editada a lei complementar necessária à instituição do ICMS, os Estados e o Distrito Federal, mediante convênio celebrado nos termos da Lei Complementar nº 24, de 7.1.1975, regularia a matéria. Desta forma, o constituinte federal substituiu a lei complementar por convênio para o fim específico de viabilizar a instituição do ICMS. Consequentemente, as normas do ICMS foram reguladas pelo Convênio 66/88 de 01.03.89 até 31.10.96. Tendo o Estado do Rio de Janeiro editado a Lei n° 1.423/89, que regulamentou a matéria no âmbito Estadual. A partir de 01.11.96 a Lei Complementar n° 87 de 1996 veio atender ao dispositivo constitucional, estabelecendo normas gerais sobre o ICMS, que substituiu o convênio acima mencionado. Sendo o diploma regulador do ICMS de caráter nacional. O governo do Estado do Rio de Janeiro, com base nas mudanças da Lei Complementar retro mencionado, editou a Lei nº 2.657/96 revogando a Lei n° 1.423/89. O Decreto n° 27.427/2000 aprovou o regulamento do ICMS do Estado do Rio de Janeiro e a Parte I, II e III da Resolução SEFAZ n° 720/2014 consolida a legislação tributária relativa ao ICMS que dispõe sobre o cumprimento de obrigações acessórias, sobre rotina e procedimentos relativos ao Simples Nacional. Esse imposto obedece ao princípio da legalidade, da anterioridade e da noventena nos termos dos arts. 150,I, III, ‘b’ e ‘c’ da Constituição Federal. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 2. Fato gerador do ICMS O ICMS é o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. É um imposto de competência Estadual, previsto no art. 155, II da Constituição Federal de 1988. Em regra constitui fato gerador do ICMS: a) Operação relativa à circulação de mercadorias: Operação: significa operação mercantil realizada por produtores, comerciantes, industriais e prestadores de serviço. As operações que o legislador quis abranger como fatos geradores são as transações mercantis, seja concernente à circulação de mercadorias, seja relativas à prestação de serviços de transportes e comunicações; Circulação : Sob o ponto de vista físico é mudança de localização, do estabelecimento “A” para o estabelecimento “B”. Sob o aspecto econômico, a circulação compreende a passagem de um estágio para outro do processo econômico. Produtor → Distribuidor → Atacadista → Varejista → Consumidor Final CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 4 Sob o ponto de vista jurídico, ocorre à circulação quando houver mudança do titular do bem, sem que necessariamente essa mutação de posse ou propriedade implique uma movimentação física. Assim, a circulação jurídica pressupõe a transferência(de uma pessoa para outra) da posse ou da propriedade da mercadoria. • CIRCULAÇÃO DE MERCADORIA Diz a LC n° 87/96: “Art. 2° O imposto incide sobre: I - operações relativas à circulação de mercadorias...........................” E ainda: “Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento: I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; Ressaltamos, que no Estado do Rio de Janeiro as hipóteses de ocorrências do fato gerador do ICMS estão descritas no art. 3º da Lei 2.657/96 ou art.3º do Livro I do RICMS/RJ, aprovado pelo Decreto n° 27.427/2000, dentre elas: a) Na saída de mercadoria a qualquer título, do estabelecimento do contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular ( inciso I do art. 3° da Lei n° 2.657/96). Esta é a principal hipótese de incidência do ICMS. Desse modo, se não houver benefício fiscal, toda circulação é tributada, não importa o destinatário, podendo ser um terceiro ou outro estabelecimento do mesmo titular. Não importa também o motivo da saída: a lei determina que o fato gerador ocorre na saída da mercadoria a qualquer título. Bonificação Assim a bonificação em mercadoria, que é uma espécie de prêmio ou estímulo dado pelos fornecedores aos seus compradores, revendedores, distribuidores, como forma de aumentar as vendas através da entrega não onerosa de mercadorias a estes será fato gerador do ICMS. EX: se a empresa “X” vendeu 100 unidades de um produto à R$ 10,00 a unidade e bonificou o comprador com mais 10 unidades do mesmo, na verdade, esta empresa vendeu 110 unidades a R$ 1000,00, o equivalente a um desconto de 9,09%. Mas o ICMS incidirá sobre o valor de R$1.100,00 tendo em vista o total de 110 unidades. Súmula 457 do STJ O Superior Tribunal de Justiça, em recentes julgamentos havia pacificado seu posicionamento acerca da incidência do ICMS sobre a CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 5 base de cálculo de mercadorias remetidas a título de bonificação. Vejamos: “A jurisprudência desta Corte Superior é pacífica no sentido de que o valor das mercadorias dadas a título de bonificação não integra a base de cálculo do ICMS” Confirmando tal entendimento a 1º Seção do STJ aprovou súmula que determina que os descontos incondicionais concedidos nas atividades comerciais não se incluem na base de cálculo do ICMS. A relatoria é da ministra Eliana Calmon. O desconto incondicional é também classificado como bonificação incondicional, sendo um estímulo dado pelo fornecedor ao comprador, cuja efetivação não depende de evento futuro e incerto para sua obtenção, aquele que não exige a ocorrência de nenhuma condição futura e ou incerta para ser aplicado. Não existem condições para que seja aplicado o benefício e sim apenas o estímulo ao comprador. O termo da Súmula 457 determina que "os descontos incondicionais nas operações mercantis não se incluem na base de cálculo do ICMS". A incidência do ICMS sobre os produtos dados em bonificação poderá ser contestada judicialmente, em relação aos fatos geradores já ocorridos e também aos fatos futuros, sendo possível ainda, a recuperação do ICMS recolhido indevidamente ao longo dos últimos cinco anos. Ativo imobilizado Mercadoria: derivado do latim merx, de que se formou mercari, exprime propriamente a coisa que serve de objeto à operação comercial, ou seja, a coisa que constitui objeto de uma venda. Tecnicamente, somente se denomina de mercadoria o objeto ou a coisa adquirida pelo comerciante, ou mercador para servir de objeto de seu comércio, isto é para ser revendida. Portanto, significa o objeto ou bem produzido ou adquirido com a finalidade de venda ou revenda. Mercadoria, para o Direito Comercial é o termo que se dá para as coisas móveis objeto de mercancia, de circulação mercantil. A legislação Estadual define mercadoria como: “todo e qualquer bem móvel, novo ou usado, produto in natura, acabado ou semi-acabado, matéria-prima, produto intermediário, material de embalagem ou de uso e consumo e, ainda, o destinado à utilização em caráter duradouro ou permanente, na instalação, exploração ou equipamento do estabelecimento” (art. 3º, inciso I, do Livro XVII, do RICMS/RJ – Decreto nº 27.427/00). Desta forma, pelo conceito de mercadoria dado pelo Regulamento do ICMS/RJ, o ativo imobilizado é considerado mercadoria. Nota: De acordo com o art. 40, inciso XXV da Lei n° 2657/96, alterada pela Lei n° 6.276/12 não incide o ICMS na saída de bem do ativo permanente CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 6 e de material de uso ou consumo para outro estabelecimento da mesma empresa, ainda que em operação interestadual. Na venda de ativo imobilizado não ligado a atividade fim do estabelecimento, haverá redução de base de cálculo, quando o bem tiver mais de 12 meses de uso no estabelecimento. Desta forma, será reduzida em 95% (noventa e cinco por cento) exclusivamente em relação a máquinas, aparelhos, veículos usados e 80% (oitenta por cento) em relação a móveis usados, com base no Convênio ICM 15/81 e Convênio ICMS 33/93. Local de pagamento do imposto Nos termos do art. 23,inciso I, do Livro I do RICMS/RJ o local da operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é: I - tratando-se de mercadoria ou bem: a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do fato gerador. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ b) Importação: O ICMS incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço. A LC n° 87/96 exige o pagamento do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro: O fato gerador do ICMS ocorre: No desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior. (art. 12,IX da LC n° 87/96/ Inciso V do art. 3° da Lei n° 2.657/96) Nota: Desembaraço Aduaneiro Autorização da entrega da mercadoria ao importador, mediante a conclusão da conferência da mercadoria. No Siscomex, a Receita Federal emite um Comprovante de Importação (C.I.) que comprova a liberação alfandegária. Após o desembaraço aduaneiro, será autorizada a entrega da mercadoria ao importador, mediante a comprovação do pagamento do ICMS, salvo disposição em contrário (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 51, com a redação dada pelo Decreto-Lei no 2.472, de 1988, art. 2o; e Lei Complementar no 87, de 1996, art. 12, inciso IX, com a redação dada pela Lei Complementar no 114, de 16 de dezembro de 2002, art. 1o, e § 2o). CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 7 Local de pagamento do imposto O art. 11, I, ‘d da Lei Complementar no 87/96 assim dispõe: “Art. 11. O local da operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é: I - tratando-se de mercadoria ou bem: a)importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física.” A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, atendendo à indagação formulada pela Secretaria-Executiva da Comissão Técnica Permanente do ICMS – Cotepe, firmou o seguinte: a) o destinatário da mercadoria ou bem,na importação, é o próprio estabelecimento importador, cujo domicílio fiscal define a Unidade da federação competente para cobrar o ICMS na importação; b) a designação contida na alínea ‘d’ do inc. I do art. 11 da LC 87/96 simplesmente determina a fixação de responsabilidade tributária, de que tratam os arts. 121 a 134 do CTN (Lei 5.172/96 – Parecer PGFN/CAT 1093/97). EX: Importador localizado no Estado do Rio de Janeiro, desembaraça a mercadoria pelo porto de Santos, emite nota fiscal de entrada simbólica nos termos do art. 3º, inciso V do anexo I do Livro VI do RICMS/RJ e logo em seguida emite Nota Fiscal com a declaração de que a mercadoria sairá diretamente da repartição federal em que houver sido processado o desembaraço para o cliente no Estado de São Paulo de acordo com o art. 5º-A. do Livro XI do RICMS/RJ, aprovado pelo Decreto no 27.427/00. O art. 3º, inciso V do anexo I do Livro VI do RICMS/RJ dispõe: Art. 3º O contribuinte deve emitir, conforme o caso, NF-e ou Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, sempre que, no estabelecimento, entrar mercadoria ou bem, real ou simbolicamente: CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 8 V - estrangeiro, importado diretamente; O art. 5º-A. do Livro XI do RICMS/RJ, aprovado pelo Decreto no 27.427/00 dispõe: Art. 5º-A. No caso de mercadoria de procedência estrangeira que, sem entrar no estabelecimento do importador ou arrematante, seja por este remetida a terceiro, deve o importador ou arrematante emitir Nota Fiscal com a declaração de que a mercadoria sairá diretamente da repartição federal em que houver sido processado o desembaraço. A legislação do Estado do Rio de Janeiro através do art. 8º, Livro XI, RICMS/RJ dispõe que o imposto sobre a importação de mercadoria ou bem caberá à unidade federada onde estiver situado o estabelecimento ou o domicílio do importador. Entretanto, este dispositivo legal está prejudicado em face da existência do artigo 30, inciso I, alíneas "d1.2","d1.3","d1.4","d2" da Lei n° 2.657/96, com redação dada pela Lei n° 4383/04. Desse modo, para efeito de cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, considera-se (art. 30,I , ‘d’ da Lei n° 2.657/96): I - local da operação quanto à mercadoria ou bem importados do exterior: O do estabelecimento: a) que, direta ou indiretamente, promover a importação; b) destinatário da mercadoria ou bem, quando a importação for promovida por outro estabelecimento, ainda que situado em outra unidade da Federação, de mesma titularidade daquele ou que com ele mantenha relação de interdependência; c) destinatário da mercadoria ou bem, quando a importação, promovida por outro estabelecimento, ainda que situado em outra unidade da Federação, esteja previamente vinculada ao objetivo de destiná-lo àquele; d) onde ocorrer a entrada física da mercadoria ou bem, nas demais hipóteses; e) o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido. CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 9 Fundamentação: arts. 571 e 576 do RA – Decreto no 6.759/09 e art. 66 da IN SRF 680/06. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ c) Diferencial de alíquotas: Novas regras a partir de 01.01.2016: No dia 16/04/2015 foi promulgada a Emenda Constitucional n° 87 de 2015, que altera o § 2º do art. 155 da Constituição Federal e inclui o art. 99 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para tratar da sistemática de cobrança do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação incidente sobre as operações e prestações QUE DESTINEM BENS E SERVIÇOS A CONSUMIDOR FINAL, CONTRIBUINTE OU NÃO DO IMPOSTO, LOCALIZADO EM OUTRO ESTADO. EC 87/15 Art. 1º Os incisos VII e VIII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal passam a vigorar com as seguintes alterações: §2º......................................... ............................................ ....... VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual; CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 10 a) (revogada); b) (revogada); Pela nova redação, não teremos diferenciação entre as operações destinadas a consumidores finais, ou seja, tanto faz se forem contribuintes ou não. Em ambos os casos, será devido o diferencial de alíquotas para o Estado destinatário. Podemos ilustrar da seguinte forma: Responsabilidade pelo recolhimento do diferencial de alíquotas EC 87/15 Art. 1º Os incisos VII e VIII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal passam a vigorar com as seguintes alterações: §2º......................................... ............................................ ....... VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída: a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; ............................................ ............................................ ........."(NR) A responsabilidade pelo recolhimento do diferencial de alíquota será determinada pela condição do destinatário. Quando este for contribuinte do ICMS, será responsável pelo recolhimento, quando não for, caberá ao remetente esta responsabilidade. CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 11 Diferencial de alíquotas progressivo Haverá um período de transição para não afetar repentinamente a arrecadação dos Estados remetentes. Desta forma a EC 87/15 estabelece que essa mudança será gradual, conforme art. 99 do ADCT. Assim, o valor do “Diferencial” será repartido de forma escalonada por 4 anos até 2019, sendo apenas ao final deste prazo devido em sua integralidade ao Estado de destino. EC 87/15 Art. 2º O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte art. 99: Art. 99. Para efeito do disposto no inciso VII do § 2º do art. 155, no caso de operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte localizado em outro Estado, o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será partilhado entre os Estados de origem e de destino, na seguinte proporção: I - para o ano de 2015: 20% (vinte por cento) para o Estado de destino e 80% (oitenta por cento) para o Estado de origem; II - para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de destino e 60% (sessenta por cento) para o Estado de origem; III - para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de destino e 40% (quarenta por cento) para o Estado de origem; IV - para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de destino e 20% (vinte por cento) para o Estado de origem; V - a partir do ano de 2019: 100% (cem por cento) para o Estado de destino. A mudança progressiva será sempre de 20% de um ano para o outro. Além disso, apesar do art. 99 citar os percentuais do ano de 2015, vemospelo art. 3º da Emenda que sua vigência só ocorrerá a partir do ano de 2016. CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 12 Consumidor Final contribuinte no Estado de destino: Na legislação do Estado do Rio de Janeiro o diferencial de alíquotas quando o consumidor final for contribuinte do ICMS está previsto no art. 3o, incisos VI e VII do Livro I do RICMS/RJ, aprovado pelo Decreto n° 27.427/00 que assim dispõe: Art. 3.º O fato gerador do imposto ocorre: VI - na entrada no estabelecimento do contribuinte de mercadoria proveniente de outra unidade da Federação, destinada a consumo ou a ativo fixo; VII - na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outra unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente alcançada pela incidência do imposto; Na aquisição de serviços de comunicação e telecomunicação ou transporte de empresas situadas em outras unidades da Federação, com destino a uso final de contribuinte estabelecido no Estado do Rio de Janeiro é devido diferencial de alíquotas. Nestes casos, o art. 23, inciso II, item 1, alínea ‘b’ e item 2, alínea ‘c’ do Livro I do RICMS/RJ estabelece que para efeito de cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, considera-se local da prestação tratando-se de prestação onerosa de serviço de comunicação, o estabelecimento destinatário do serviço, no caso do inciso VII, do artigo 3.º do Livro I do RICMS/RJ. Contudo, de acordo com o Convênio ICMS 113/04, incorporado pela Resolução nº 70/07, o Fisco do estado do Rio de Janeiro orienta que há a obrigatoriedade de inscrição no CADERJ aos contribuintes localizados em outras Unidades da Federação, quando prestem serviços de comunicação a destinatários localizados no Estado do Rio de Janeiro, devendo emitir seus documentos fiscais por esta inscrição. Desta forma, não há que se falar em Diferencial de alíquotas, visto que o prestador terá que obrigatoriamente estar localizado neste Estado, sendo, portanto, operação interna. EX: CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 13 Consumidor final não contribuinte em outro Estado: O adicional do FECP deve ser recolhido INTEGRALMENTE para a unidade federada de destino. Na forma da cláusula segunda, § 1ºA do Convênio ICMS 93/2015, alterado pelo Convênio ICMS 152/2015, o ICMS devido ás unidades federadas de origem e destino deverão ser calculados por meio da aplicação das seguintes fórmulas: ICMS origem = BC x ALQ inter ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem Onde: BC = base de cálculo do imposto, observado o disposto no § 1º; ALQ inter = alíquota interestadual aplicável à operação ou prestação; ALQ intra = alíquota interna aplicável à operação ou prestação no Estado de destino. Exemplo: Venda de mercadoria para não contribuinte em outro Estado, levando em consideração que a alíquota interestadual é de 12% e a alíquota interna do Estado de destino é de 17% + 2% do FECP. Usando a fórmula do Convênio ICMS 93/2015: ICMS Origem BC x AL Interestadual = 1000,00 x 12% = R$ 120,00 ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem onde será: (1000,00 x 17%) - R$120,00 = 170,00 - 120,00 = R$ 50,00 (diferencial de alíquota a ser partilhado 60% para Unidade Federada de origem (R$30,00) e 40% para a unidade federada de destino (R$20,00). O FECP será calculado separado com 2% sobre 1000,00 = 20,00 sendo este integralmente recolhido a unidade federada de destino. CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 14 Na legislação do Estado do Rio de Janeiro o diferencial de alíquotas quando o consumidor final não for contribuinte do ICMS está previsto no art. 3o, incisos XVIII e XIX do Livro I do RICMS/RJ, aprovado pelo Decreto n° 27.427/00 que assim dispõe: Art. 3.º O fato gerador do imposto ocorre: XVIII - na saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte localizado em outra unidade da Federação, destinada a consumidor final não contribuinte localizado neste Estado; XIX - na prestação de serviço por contribuinte localizado em outra unidade da Federação, para consumidor final não contribuinte localizado neste Estado. A Nota Técnica 2015.003 altera o leiaute da NF-e para receber a informação do ICMS devido para a UF do destinatário, nas operações interestaduais de venda para consumidor final, atendendo as definições da Emenda Constitucional 87/15. Na forma da Em razão do disposto no inciso II da Cláusula terceira do Convênio ICMS 152/15, que altera o Convênio 93/15, o qual, por sua vez, dispõe sobre os procedimentos a serem observados nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada: “Cláusula terceira Acordam os Estados e o Distrito Federal que até 30 de junho de 2016: [...] II – a fiscalização relativa ao descumprimento das obrigações acessórias previstas neste Convênio será de caráter exclusivamente orientador, desde que ocorra o pagamento do imposto”. Alterado para 01/07/16 o prazo para implantação em produção da regra de validação NA01-30 e modificada a RV para não aplicar a validação nos casos de entrega da mercadoria fora do Estado. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ d) A hipótese de incidência do ICMS ocorre sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores: Não incidência do ICMS e Isenção do imposto nos serviços de transporte: a) No transporte de carga própria, pois neste não há uma prestação de serviço, mas uma venda de mercadoria; b) Se o próprio comprador transporta a mercadoria adquirida, não há prestação de serviço de transporte; c) O STF declarou a inconstitucionalidade do ICMS sobre a prestação de serviços de transporte aéreo de passageiros intermunicipal, interestadual, internacional e de transporte aéreo internacional de cargas (Adin no 1600-8, Rel. p/ o acórdão Min. Nelson Jobim, Plenário, 26.11.2001) DJU de 17.12.2001, pg.1.); CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 15 d) Nos serviços de transporte intramunicipal, cujo ponto inicial e final do trajeto se situa em um mesmo município incide o ISS. Os serviços de transporte de natureza estritamente municipal encontra-se elencado no subitem 16.01 da lista de serviço anexa a Lei Complementar no 116/03; e) O serviço de transporte interestadual ou intermunicipal que o empregado presta ao seu empregador (como motorista da empresa de ônibus ou da empresa transportadora). Tal serviço se desenvolve com um vínculo de subordinação; f) Sobre a prestação que destine ao exterior serviço (art. 47, II do Livro I do RICMS/RJ). O fisco do Estado do Rio de Janeiro entende que se o serviço de transporte for prestado para destinar a mercadoria diretamente ao cais, não há que se cogitar da incidência do imposto. O ICMS sobre a prestação do serviço de transporte somente incide se a mercadoria, ainda que destinada à exportação, for entregue primeiramente à empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa. Referida orientação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Receita por meio de sua página na internet (www.receita.rj.gov.br), esclarecimentos de 14 a 18/05/01. Operações concomitantes O art. 6o, § 1º da Lei Complementar no 87/96 dispõe que a responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobreuma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes. Esta espécie de substituição tributária caracteriza-se pela necessidade de recolhimento no instante em que ocorre o fato gerador, como no caso da substituição do serviço de transporte intermunicipal ou interestadual para contribuinte contratante do serviço (eleito substituto) de autônomos e não inscritos. Para efeito de cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, considera-se local da prestação tratando-se de prestação de serviço de transporte, aquele em que tenha início a prestação, na forma do art. 23, inciso II, item 1, alínea ‘a’ do livro I do RICMS/RJ. Na prestação de serviço de transporte de carga com início em território fluminense, realizado por profissional autônomo ou empresa de transporte sediada fora do Estado e não inscrita no CADERJ, a responsabilidade do ICMS caberá aos seguintes contribuintes: a) ao remetente, na qualidade de contribuinte substituto, quando esse for contribuinte do ICMS e contratante do serviço, ao promover a saída interna ou interestadual; b) ao destinatário, na qualidade de contribuinte substituto, quando esse for contribuinte do ICMS e contratante do serviço, em operação interna; c) Nas demais hipóteses a empresa transportadora sediada fora do Estado e não inscrita no CADERJ ou o profissional autônomo deverão pagar o ICMS antes do início da prestação do serviço. CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 16 d) empresa de transporte inscrita no CADERJ, quando efetuar subcontratação. NOTA: É importante ressaltar que nos termos do art. 1o do Decreto no 39.478/06 fica concedida a isenção do ICMS na prestação de serviço de transporte intermunicipal de cargas que tenha início e término no território do Estado do Rio de Janeiro e em que o contratante (tomador) do serviço seja contribuinte do imposto inscrito no CADERJ. Nesta hipótese não haverá retenção do serviço de transporte, pois este é isento. Contudo, o Decreto n.° 45.532/2015 revogado o Decreto n.° 39.478/06. Cabe ressaltar ainda que o Convênio ICMS nº 25/90, na cláusula segunda, autoriza os Estados a dispor sobre a substituição tributária no serviço de transporte de cargas, de forma que a atribuição de responsabilidade pelo pagamento do imposto recai sobre o contribuinte remetente ou alienante da mercadoria, ao depositário ou destinatário, quando da contratação de serviços de empresa transportadora estabelecida em Estado diverso ou quando for transportador autônomo, de qualquer domicílio. Forma e prazo de recolhimento a) Contribuinte substituto (remetente, destinatário e empresa de transporte inscrita no CADERJ, quando efetuar subcontratação) - ICMS incidente sobre a prestação de serviço de transporte pago por substituição tributária, em DARJ, código de receita 036-1, até o dia 9 (nove) do mês subsequente; b) Transportador: pagamento antes do início da prestação mediante DARJ, no código de receita 036-1, com indicação do número do CNPJ ou CPF no campo próprio. Na hipótese de recolhimento pelo contribuinte substituto: O remetente da mercadoria deve indicar no corpo da Nota Fiscal as seguintes informações relativas à prestação do serviço de transporte: 1. o preço; 2. a base de cálculo; 3. a alíquota aplicável; 4. o valor do imposto; 5. a expressão: "O ICMS devido sobre o serviço de transporte será pago pelo remetente/destinatário, nos termos do artigo 82, inciso II, item 1, do Livro IX, do RICMS. OBS: A Nota Fiscal contendo as indicações referidas acima servirá para acobertar a prestação do serviço de transporte. Veja a tela de retenção do ICMS da Nota Fiscal Eletrônica: CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 17 Fundamentação legal: Art. 2° II do Livro I do RICMS/RJ – Decreto n° 27.427/00/ Art. 2° II da Lei Complementar n° 87/96 e Art. 82, II, itens 1 e 2 e inciso III do Livro IX do RICMS/RJ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ e) Industrialização por encomenda: O ICMS incide na saída de estabelecimento industrializador, em retorno ao do encomendante, ou para outro por ordem deste, de mercadoria submetida a processo de industrialização que não implique prestação de serviço compreendido na competência tributária municipal, ainda que a industrialização não envolva aplicação ou fornecimento de qualquer insumo. Em 4 de novembro de 2008, a 1ª. Turma do Superior Tribunal de Justiça, por ocasião do julgamento do Recurso Especial 888.852, decidiu por unanimidade reconhecer a "industrialização por encomenda" como hipótese de incidência do ISS. Eis a ementa do referido julgado: "TRIBUTÁRIO. ISSQN. "INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA". LEI COMPLEMENTAR 116/2003. LISTA DE SERVIÇOS ANEXA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO (OBRIGAÇÃO DE FAZER). ATIVIDADE FIM DA EMPRESA PRESTADORA. INCIDÊNCIA. 1. O artigo 153, III, da Constituição Federal de 1988, dispõe que compete aos Municípios instituir impostos sobre prestação de serviços de qualquer natureza, não compreendidos no artigo 155, II, definidos em lei complementar. 2. O aspecto material da hipótese de incidência do ISS não se confunde com a materialidade do IPI e do ICMS. Isto porque: (i) excetuando as prestações de serviços de comunicação e de transporte interestadual e intermunicipal, o ICMS incide sobre operação mercantil (circulação de mercadoria), que se traduz numa "obrigação de dar" (artigo 155, II, da CF/88), na qual o interesse do credor encarta, preponderantemente, a entrega de um bem, pouco importando a atividade desenvolvida pelo devedor para proceder à tradição; e (ii) na tributação pelo IPI, a obrigação tributária consiste num "dar um produto industrializado" pelo próprio realizador da operação jurídica. "Embora este, anteriormente, tenha produzido um bem, consistente em seu esforço pessoal, sua obrigação consiste na entrega CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 18 desse bem, no oferecimento de algo corpóreo, materializado, e que não decorra de encomenda específica do adquirente" (José Eduardo Soares de Melo, in "ICMS - Teoria e Prática", 8ª Ed., Ed. Dialética, São Paulo, 2005, pág. 65). 3. Deveras, o ISS, na sua configuração constitucional, incide sobre uma prestação de serviço, cujo conceito pressuposto pela Carta Magna eclipsa ad substantia obligatio in faciendo, inconfundível com a denominada obrigação de dar. 4. Desta sorte, o núcleo do critério material da regra matriz de incidência do ISS é a prestação de serviço, vale dizer: conduta humana consistente em desenvolver um esforço em favor de terceiro, visando a adimplir uma "obrigação de fazer" (o fim buscado pelo credor é o aproveitamento do serviço contratado). 5. É certo, portanto, que o alvo da tributação do ISS "é o esforço humano prestado a terceiros como fim ou objeto. Não as sua etapas, passos ou tarefas intermediárias, necessárias à obtenção do fim. (...) somente podem ser tomadas, para compreensão do ISS, as atividades entendidas como fim, correspondentes à prestação de um serviço integralmente considerado em cada item. Não se pode decompor um serviço porque previsto, em sua integridade, no respectivo item específico da lista da lei municipal nas várias ações-meio que o integram, para pretender tributá-las separadamente, isoladamente, como se cada uma delas correspondesse a um serviço autônomo, independente. Isso seria uma aberração jurídica, além de construir-se em desconsideração à hipótese de incidência do ISS." (Aires Barreto, no artigo intitulado"ISS: Serviços de Despachos Aduaneiros/Momento de Ocorrência do Fato Imponível/Local de Prestação/Base de Cálculo/Arbitramento", in Revista de Direito Tributário nº 66, Ed. Malheiros, págs. 114/115 - citação efetuada por Leandro Paulsen, in Direito Tributário - Constituição e Código Tributário à Luz da Doutrina e da Jurisprudência, 8ª ed., Ed. Livraria do Advogado e Escola Superior da Magistratura Federal do Rio Grande do Sul - ESMAFE, pág. 457). 6. Assim, "sempre que o intérprete conhecer o fim do contrato, ou seja, descobrir aquilo que denominamos de ''prestação-fim'', saberá ele que todos os demais atos relacionados a tal comportamento são apenas ''prestações-meio'' da sua realização" (Marcelo Caron Baptista, in "ISS: Do Texto à Norma - Doutrina e Jurisprudência da EC 18/65 à LC 116/03", Ed. Quartier Latin, São Paulo, 2005, pág. 284). 7. In casu, a empresa desenvolve atividades de desdobramento e beneficiamento (corte, recorte e/ou polimento), sob encomenda, de bloco e/ou chapa de granito e mármore (de propriedade de terceiro), sendo certo que, após o referido processo de industrialização, o produto retorna ao estabelecimento do proprietário (encomendante), que poderá exportá-lo, comercializá-lo no mercado interno ou submetê- lo à nova etapa de industrialização. 8. O Item 14, Subitem 14.05, da Lista de Serviços anexa à Lei Complementar 116/2003, ostenta o seguinte teor: "14 – Serviços relativos a bens de terceiros. (...) 14.05 – Restauração, recondicionamento, acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 19 recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos quaisquer." 9. A "industrialização por encomenda" constitui atividade-fim do prestador do aludido serviço, tendo em vista que, uma vez concluída, extingue o dever jurídico obrigacional que integra a relação jurídica instaurada entre o "prestador" (responsável pelo serviço encomendado) e o "tomador" (encomendante): a empresa que procede ao corte, recorte e polimento de granito ou mármore, de propriedade de terceiro, encerra sua atividade com a devolução, ao encomendante, do produto beneficiado. 10. Ademais, nas operações de remessa de bens ou mercadorias para "industrialização por encomenda", a suspensão do recolhimento do ICMS, registrada nas notas fiscais das tomadoras do serviço, decorre do posterior retorno dos bens ou mercadorias ao estabelecimento das encomendantes, que procederão à exportação, à comercialização no mercado interno ou à nova etapa de industrialização. 11. Destarte, a "industrialização por encomenda", elencada na Lista de Serviços da Lei Complementar 116/2003, caracteriza prestação de serviço (obrigação de fazer), fato jurídico tributável pelo ISSQN, não se enquadrando, portanto, nas hipóteses de incidência do ICMS (circulação de mercadoria - obrigação de dar - e prestações de serviço de comunicação e de transporte transmunicipal). 14. Recurso especial provido." ENTENDIMENTO DO STJ Para o STJ, o conceito de industrialização não se coaduna com a existência de pedidos por encomenda feitos pelo adquirente. Segundo o posicionamento daquele tribunal, na caracterização da industrialização é primordial que haja a padronização e a massificação do produto fabricado, destinado a um público consumidor indeterminado. CONTUDO, UMA VEZ ELABORADO UM PRODUTO QUE ATENDA A NECESSIDADES ESPECÍFICAS DE QUEM O ENCOMENDA, A OBRIGAÇÃO DE DAR, ESSÊNCIA ORIGINAL DO FATO GERADOR DO IPI, É SUPERADA PELA OBRIGAÇÃO DE FAZER, TRANSFORMANDO A ELABORAÇÃO DO PRODUTO ENCOMENDADO EM UM ATO PREPONDERANTE À SUA MERA ENTREGA. Quanto a esse contexto, é fundamental relembrar que o fato gerador do IPI, tal como o do ISS, também envolve uma obrigação de fazer prévia à tradição do produto industrializado. Entretanto, o que os diferencia é a circunstância de que NO ISS, EXIGE-SE UMA ALTA DOSE DE PESSOALIDADE NA EXECUÇÃO DO SERVIÇO, PORQUANTO O CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO OBJETIVA NÃO A APROPRIAÇÃO DE UM BEM, MAS O RESULTADO DO ESFORÇO E DA CAPACIDADE, FÍSICA OU INTELECTUAL, DA OUTRA PARTE, AINDA QUE ESSE RESULTADO SE EXPRESSE, NO MUNDO FENOMÊNICO, POR MEIO DE UM BEM MATERIAL. ENTENDIMENTO DOS ESTADOS Por sua vez, os Estados vêm sustentando que os referidos serviços de industrialização por encomenda não poderão sofrer a incidência do ISS, mas devem continuar a ser tributados pelo imposto estadual, isso em decorrência da norma constitucional, artigo 156, III da CF/88, que veda a incidência do ISS quando os serviços estiverem no campo de tributação do ICMS. CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 20 Defendem, ainda, que as atividades-meio, como a industrialização por encomenda, não podem ser tributadas durante suas fases de execução pelo ISS, pois este somente incide sobre as atividades-fim, logo, somente serão alcançados pelo ISS os serviços que forem prestados ao usuário final. Assim, se a atividade é prestada a outra pessoa, como etapa do processo de industrialização ou comercialização, não incidirá o tributo municipal, mas sim o ICMS. Isto porque, neste caso, não é prestado um serviço inserto no campo de incidência do ISS, e sim realizada industrialização por encomenda. Veja abaixo o art. 3.º , IV, item 2, § 5.º, item 7 do Livro I do RICMS/RJ, aprovado pelo Decreto no 27.427/00: Art. 3.º O fato gerador do imposto ocorre: IV - no fornecimento de mercadoria com prestação de serviço: 1. não compreendido na competência tributária dos municípios; 2. compreendido na competência tributária dos municípios, e com indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido em legislação aplicável; Nota: A Lei Complementar 116/20003 determina em seu artigo primeiro, parágrafo segundo, que, ressalvadas as exceções expressas na lista, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias; Assim, somente ficam sujeito à incidência do ICMS as mercadorias empregadas nos serviços cuja própria lista de serviços estabeleça que, nesses casos, deva ser destacado o imposto estadual. Com isso, as situações em que se deve destacar o ICMS em relação às mercadorias empregadas são as seguintes: 7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS) 7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS) 14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS). CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 21 14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS). 17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de alimentaçãoe bebidas, que fica sujeito ao ICMS). § 5.º O disposto no item 2, do inciso IV, aplica-se: 7. à saída, efetuada pelo prestador de serviço, de mercadoria destinada à comercialização ou industrialização, submetida a beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, acondicionamento e operação similar; Nota: Nem toda a industrialização feita por encomenda constituirá hipótese de incidência do imposto municipal sobre serviços. O sistema de listagem taxativa adotado pela Lei Complementar nº 116/2003 em atendimento à parte final do art. 156, III, da Constituição, somente legitima a cobrança do ISS quando a industrialização por encomenda encontrar descrição correspondente em item incluído na lista anexa a este diploma legal, a exemplo da do subitem 14.05. Assim, a autoridade fiscal municipal, ao verificar a ocorrência de industrialização por encomenda e realizar o lançamento, deverá apontar o item de lista da Lei Complementar nº116/2003 que abrange o objeto do lançamento, sob pena de nulidade do ato. Por este motivo, também está excluída a possibilidade de utilização da analogia para equiparar a industrialização por encomenda à prestação de serviço, sem que haja previsão na Lei Complementar nº 116/2003 para tanto. No Estado do Rio de Janeiro, o art. 4o,§1° do Livro I do RICMS/RJ, aprovado pelo Decreto no 27.427/00, dispõe que no fornecimento de máquina, aparelho, equipamento, conjunto industrial ou outras mercadorias, como tapete, cortina, papel de parede, vidro, lambris e outros, cuja alienação esteja vinculada à respectiva montagem, instalação, colocação ou operação similar, a base de cálculo do imposto compreende, também, o valor da montagem, instalação, colocação ou operação similar. Em síntese: a) Prestação de serviço constante da lista da LC n° 116/03, com fornecimento de mercadoria, sem ressalvas: ISS b) Prestação de serviço não constante da lista da LC n° 116/03, com fornecimento de mercadorias: ICMS; c) Prestação de serviço constante da lista da LC n° 116/03, com fornecimento de mercadorias e ressalva na lista: ICMS e ISS. Fundamentação legal: Inciso II do art. 3.º do Livro I do RICMS/RJ – Decreto n° 27.427/00. f) Na prestação onerosa de serviços de comunicação CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 22 O imposto incide na prestação onerosa de serviços de comunicação feita por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza. Caso o serviço seja prestado mediante ficha, cartão ou assemelhado, considera-se ocorrido o fato gerador quando do fornecimento desses instrumentos ao usuário ou ao intermediário. A Emenda constitucional n° 42, de 19/12/03 acrescentou a alínea “d” ao art. 155,§2°, X,” da Constituição Federal, dispondo que o ICMS não incide nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita. Fichas, cartões e assemelhados Caso o serviço de comunicação seja prestado mediante ficha, cartão ou assemelhado, mesmo que a disponibilização se faça por meio eletrônico, considera-se ocorrido o fato gerador quando do fornecimento desses instrumentos ao usuário ou ao intermediário pela prestadora de serviço de comunicação, devendo esta emitir Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicação, com destaque do valor do imposto devido, calculado com base no valor tarifário vigente nessa data, de acordo com o artigo 12, do Livro X do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 27.427/00. A disponibilização do cartão ao usuário, embora possa ser feita por um estabelecimento varejista contribuinte do ICMS, não é fato gerador do ICMS, mas prestação de serviço, sujeita ao ISS. Referida orientação foi divulgada no site do Estado <www.receita.rj.gov.br>, por intermédio dos esclarecimentos de 05 a 09/08/2002. O Parecer Normativo n° 01/2000 da Superintendência Estadual de Tributação esclarece sobre a incidência do ICMS nos serviços de comunicações. Veiculação de propaganda e publicidade A veiculação de propaganda e publicidade não é fato gerador do ISS, conforme razões de veto da Lei Complementar n°116/2003: Razões do veto "O dispositivo em causa, por sua generalidade, permite, no limite, a incidência do ISS sobre, por exemplo, mídia impressa, que goza de imunidade constitucional (cf. alínea "d" do inciso VI do art. 150 da Constituição de 1988). Vale destacar que a legislação vigente excepciona - da incidência do ISS - a veiculação e divulgação de textos, desenhos e outros materiais de publicidade por meio de jornais, periódicos, rádio e televisão (cf. item 86 da Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei no 406, de 31 de dezembro de 1968, com a redação da Lei Complementar no 56, de 15 de dezembro de 1987), o que sugere ser vontade do projeto permitir uma hipótese de incidência inconstitucional. Assim, ter-se-ia, in casu, hipótese de incidência tributária inconstitucional. Ademais, o ISS incidente sobre serviços de comunicação colhe serviços que, em geral, perpassam as fronteiras de um único município. Surge, então, competência tributária da União, a teor da jurisprudência do STF, RE no 90.749-1/BA, Primeira Turma, Rel.: Min. Cunha Peixoto, DJ de 03.07.1979, ainda aplicável a teor do inciso II do art. 155 da Constituição de 1988, com a redação da Emenda Constitucional no 3, de 17 de março de 1993." CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 23 Nos termos do inciso XI do artigo 3º da Lei nº 2657, 26 de dezembro de 1996, o Fisco do Estado do Rio de Janeiro cobra o ICMS na veiculação de publicidade e propaganda quando oneroso, entretanto por meio da Portaria SSER nº 27/11 aplica-se a imunidade prevista na alínea “d” do inciso VI do art. 150 da Constituição da República de 1988 na hipótese de veiculação de publicidade e propaganda feitas por meio de jornais e periódicos. A imunidade prevista na alínea “d” do inciso VI do art. 150 da Constituição da República não afasta a incidência do ICMS nos casos de veiculação de publicidade e propaganda feita por outros meios. Fundamentação legal: Inciso XI e § 7° do art. 3° da Lei n° 2.657/96 ou Inciso XI e § 7° do art. 3° do Livro I do RICMS/RJ. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 3. Contribuinte Só é contribuinte do ICMS quem realiza com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial operações que configurem fato gerador do ICMS. Assim, conforme determina o art. 4°, parágrafo único da LC n° 87/96 e o art. 15 da Lei nº 2.657/96, contribuinte é “qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operação de circulação de mercadoria ou prestação de serviços descritas comofato gerador do imposto.” De acordo com o art. 3o, incisos III, IV, V e VI do Livro XVII do RICMS/RJ aprovado pelo Decreto no 27.427/00, considere-se: a) industrial, o estabelecimento que realize as operações relacionadas a operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade de produto, ou o aperfeiçoe para o consumo, tais como: 1. a que, exercida sobre a matéria-prima ou produto intermediário, importe em obtenção de espécie nova (transformação); 2. a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento); 3. a que consista na reunião de produtos, peças ou partes de que resulte um novo produto ou unidade autônoma (montagem); 4. a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação de embalagem, ainda que em substituição à original, salvo quando a embalagem colocada se destine, apenas, ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); 5. a que, exercida sobre o produto usado ou partes remanescentes do produto deteriorado ou inutilizado, o renove ou restaure para utilização (renovação ou recondicionamento); CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 24 b) atacadista, o estabelecimento comercial que efetue operações de revenda de mercadorias de terceiros, de origem agropecuária, extrativa ou industrial, em qualquer nível de processamento (em bruto, beneficiadas, semielaboradas e prontas para uso) e em qualquer quantidade, para varejistas, outros atacadistas e agentes produtores em geral, empresariais, institucionais e profissionais, ou seja, para pessoas jurídicas, estabelecimentos agropecuários, industriais, comerciais e de serviços, instituições públicas e privadas e profissionais autônomos; c) varejista, o estabelecimento que efetue operações de venda de mercadorias, novas ou usadas, ao consumidor final, para consumo pessoal ou domiciliar. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 3.1 Responsável Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos devidos pelo contribuinte ou responsável, quando os atos ou omissões daqueles concorrerem para o não recolhimento do tributo (art. 5° da LC n° 87/96). São responsáveis pelo pagamento do imposto: I - o leiloeiro, em relação ao imposto devido sobre a saída de mercadoria decorrente de arrematação em leilão, quando o imposto não for pago pelo arrematante; II - o síndico, comissário, inventariante ou liquidante, em relação ao imposto devido sobre a saída de mercadoria decorrente de sua alienação em falência, concordata, inventário ou dissolução de sociedade, respectivamente; III - o armazém geral e o estabelecimento depositário congênere: 1. na saída de mercadoria depositada por contribuinte de outro Estado; 2. na transmissão de propriedade de mercadoria depositada por contribuinte de outro Estado; 3 - no recebimento para depósito ou na saída de mercadoria sem documentação fiscal ou com documentação fiscal inidônea; IV - o transportador, em relação à mercadoria: 1. proveniente de outro Estado para entrega, em território deste Estado, a destinatário não designado; 2. negociada em território deste Estado durante o transporte; 3. que aceitar para despacho ou transportar sem documentação fiscal, ou acompanhada de documento fiscal inidôneo; CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 25 4. que entregar a destinatário ou em local diverso do indicado na documentação fiscal. Nova regra: Art. 30, do Capítulo VI, anexo XIII, parte II da Resolução SEFAZ n° 720/2014 assim dispõe: Art. 30. Na hipótese de operação que tenha como destinatário pessoa não contribuinte do imposto, a mercadoria poderá ser entregue neste Estado em local diverso do endereço do destinatário, desde que conste da Nota Fiscal o endereço do local de entrega e a informação de que se trata de “Entrega por ordem do destinatário”. § 1º O disposto no caput deste artigo também se aplica: I - ao contribuinte do imposto, desde que: a) a mercadoria seja entregue a outro estabelecimento da mesma empresa; b) o estabelecimento destinatário emita Nota Fiscal de transferência, na qual deverá fazer referência à Nota Fiscal de que trata o caput deste artigo; II - na hipótese de entrega a canteiros de obra de construtoras inscritas no CAD-ICMS. § 2º O disposto neste artigo aplica-se desde que a hipótese não esteja prevista nos Capítulos I (Depósito fechado), II ( Armazém geral), IX (Industrialização por conta e ordem do adquirente), XI (Brindes) deste Anexo. Veja a nota fiscal eletrônica: CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 26 V - o estabelecimento industrial ou comercial que promover a saída de mercadoria sem documentação fiscal ou com documentação fiscal inidônea, em relação ao imposto devido pela operação subsequente com a mercadoria; VI - qualquer possuidor ou detentor de mercadoria desacompanhada de documento fiscal ou acompanhada de documento fiscal inidôneo. VII – o terminal aquaviário, em relação à mercadoria importada do exterior e desembarcada em seu estabelecimento. Respondem solidariamente pelo pagamento do imposto: a) o destinatário das operações referidas nos incisos XVIII e XIX do art. 3.º da Lei 2.657/96. Fundamentação legal: art. 19 incisos I ao VII do Livro I do RICMS/RJ e art. 18 e 19 da Lei n° 2.657/96. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 4. Não incidência, isenção, suspensão e diferimento Quando a operação ou prestação for beneficiada por isenção, ou quando estiver amparada por imunidade, não-incidência, diferimento ou suspensão da incidência do ICMS, ou, ainda, quando o imposto já houver sido pago por antecipação, essa circunstância será mencionada em todas as vias do documento fiscal, indicando-se o dispositivo pertinente da legislação, ainda que por meio de código, desde que a decodificação conste no próprio documento fiscal. Veja a aba Informações Adicionais da nota fiscal eletrônica a) Informações Adicionais de interesse do fisco – Legislação sobre benefício fiscal tais como: isenção, redução de base de cálculo etc. Expressões de empresas enquadradas no simples nacional e prevista na Resolução CGSN n°94/11 etc.; b) Informações complementares de interesse do contribuinte: pode-se informar qualquer tipo de observação que seja do interesse do contribuinte, tais como: o número do pedido, prazo de pagamento, vendedor, valores e datas de vencimento. CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 27 Fundamentação legal: O art. 18 e parágrafo único, capítulo III, Título III do Livro VI do RICMS/RJ. (Novo dispositivo legal alterado pelo Decreto nº 44.584/14, antes esta regra estava prevista no art. 22 e parágrafo único do Livro VI do RICMS/RJ) _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 4.1 Não incidência do ICMS Ocorre a incidência quando a situação prevista anteriormente em lei se realiza. No campo de incidência, estão compreendidos todos os fatos geradores de um tributo. Ao contrário, a não-incidência é a ocorrência de um fatoque não fora anteriormente previsto na lei como passível de gerar obrigação de pagar certo tributo. A imunidade é a exclusão constitucional do poder de tributar, sendo uma categoria de não incidência. A constituição Federal prevê no art. 155, §2o,X, “a” , “b” e “c” as imunidades específicas para o ICMS disposto nos incisos II, III e IV abaixo e no art. 150,VI, “d” dispõe sobre a imunidade genérica constante no inciso I a seguir. Os casos de não incidência do ICMS no Estado do Rio de Janeiro estão previstos no Art. 40 da Lei nº 2.657/96 ou art. 47 do Livro I do Decreto nº 27.427/00, e são os seguintes: I - com livro, jornal, periódico e o papel destinado à sua impressão; Considera-se livro o volume ou tomo de composição literária, didática, científica ou técnica, excluídos, com base no art. 40, § 1o da Lei no 2.657/96: a) livro em branco ou simplesmente pautado, bem como o utilizado para escrituração de qualquer natureza; b) agenda ou similar; e c) catálogo, guia, lista e outros impressos que contenham propaganda comercial. Nota: O disposto na alínea “c” do § 1.º do art. 40 da Lei n.º 2.657/96 não se aplica à lista telefônica, ainda que contenha propaganda comercial. II - que destine ao exterior mercadoria ou serviço; Cabe destacar, que conforme § 2.º, equipara-se às operações de que trata o inciso II deste artigo a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinada a: - empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa; e - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. Tributação: CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 28 O § 3.º prevê que nas hipóteses do parágrafo anterior, verificado, a qualquer tempo, que a mercadoria não chegou ao destino indicado ou foi reintroduzida no mercado interno, a operação será considerada tributável, ficando o contribuinte obrigado a recolher o imposto relativo à saída, com os acréscimos e penalidades cabíveis. III - que destine a outro Estado e Distrito Federal energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificante e combustível líquido e gasoso dele derivados, quando destinados à industrialização ou à comercialização; IV - com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial; Nota: Quando o ouro for considerado ativo financeiro ou instrumento cambial (ouro em barra), será tributado pela união, pelo IOF. Todavia, será tributado pelo Estado, pelo ICMS quando for ouro utilizado na fabricação de jóias. V - com mercadoria em virtude de alienação fiduciária em garantia, na: a) transmissão de domínio feita pelo devedor fiduciante em favor do credor fiduciário; b) transferência da posse da mercadoria objeto da garantia, em favor do credor fiduciário, em virtude de inadimplemento do fiduciante; e c) transmissão do domínio do credor para o devedor, em virtude da extinção, pelo pagamento, da garantia. Nota: Conceito de Alienação Fiduciária: É o negócio jurídico, em razão do qual o adquirente de um bem móvel transfere o domínio do mesmo ao credor que emprestou-lhe o dinheiro para o pagamento do preço do referido bem. Assim, o alienante fica na posse direta do bem, enquanto que o credor terá a posse indireta. Resolve-se o domínio do credor, quando este ver adimplida a obrigação por parte do devedor. VI - com mercadoria de terceiro, na saída de estabelecimento de empresa de transporte ou de depósito, por conta e ordem desta; VII - com mercadoria, na saída para estabelecimento localizado neste Estado ou na transmissão de sua propriedade, decorrente da transferência de estoque de uma sociedade para outra, em virtude de: a) transformação, fusão, cisão ou incorporação; e b) aquisição do estabelecimento. VIII - com mercadoria, na saída para estabelecimento localizado neste Estado ou na transmissão de sua propriedade, decorrente de transferência de estoque, de uma empresa individual para outra ou para uma sociedade, em virtude de aquisição do estabelecimento; IX - com mercadoria na saída decorrente da transferência de estoque, dentro do Estado, ou na transmissão de sua propriedade, de firma individual ou de sociedade, para integralização do capital de outra sociedade; CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 29 X - com mercadoria componente do estoque do estabelecimento, de um lugar para outro dentro do Estado, em decorrência da mudança de sua localização; XI - com mercadoria destinada a armazém geral situado neste Estado, para depósito em nome do remetente; Nota: É importante salientar, que os armazéns gerais são empresas que têm por finalidade a guarda e a conservação de mercadorias e a emissão de títulos especiais que as representem, ou seja, conhecimento de depósito e warrant. XII - com mercadoria destinada a depósito fechado, do próprio contribuinte, localizado neste Estado; Nota: Conforme art. 1o, Capítulo I, anexo XIII, parte II da Resolução SEFAZ n° 720/2014, entende-se por depósito fechado o estabelecimento localizado neste Estado que o contribuinte inscrito no CADERJ mantiver exclusivamente para armazenagem de suas mercadorias, no qual não sejam efetuadas compras nem vendas. XIII - de retorno, ao estabelecimento depositante, de mercadoria dos estabelecimentos referidos nos incisos XI e XII; XIV - de saída de peça, ferramenta, máquina, veículo, equipamento e outros utensílios, integrados ao ativo fixo, desde que devam retornar ao estabelecimento de origem ou a outro do mesmo titular; XV - com impresso personalizado, promovido por estabelecimento da indústria gráfica diretamente a usuário final, pessoa física ou jurídica; Nota: É oportuno destacar, que consoante o disposto no art. 131, parágrafo único, do Regulamento do ISS – Decreto no10. 514/91 entende-se por impresso personalizado aquele cuja impressão inclua o nome, firma, razão social ou marca de indústria, comércio ou serviço (monograma, símbolo, logotipo e demais sinais distintivos), para uso ou consumo exclusivo do próprio encomendante, tais como: nota fiscal, fatura, duplicata, papel para correspondência, cartão comercial, cartão de visita, convite, fichas, talões, rótulos, etiquetas, bulas, informativos, folhetos promocionais, explicativos, turísticos, capas de discos fonográficos, encartes, envelopes internos de capas, minicassete e outros serviços gráficos personalizados. Contudo, o art. 132 do RISS determina que não está sujeita à incidência do Imposto sobre Serviços a confecção de impressos em geral que se destinem à comercialização ou à industrialização. Conforme § 4.º da Lei n° 2.657/96 o disposto no inciso XV não se aplica a saída de impresso destinado a propaganda e publicidade. XVI - com artigo funerário, quando promovida por empresa do ramo concomitantemente com a prestação de serviço funerário; XVII - com mercadoria, em decorrência de locação ou comodato; XVIII - de fornecimento, pelo estabelecimento prestador dos serviços compreendidos na competência tributária municipal, de mercadoria a ser ou que tenha sido utilizada na prestação de tais serviços, CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 30 ressalvados os casos de incidência do imposto estadual definidos em lei complementar; Notas: No caso de construção civil, o ICMS não incide se a empresa construtora adquire, no mercado interno, mercadorias como (tijolo, ferro etc.) e as destina a emprego na obra. No fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador, fora do local da prestação dos serviços, ficará sujeita ao ICMS, em face da ressalva contidas na parte final dos itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços do ISSanexa a Lei Complementar no 116/03. 7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). XIX - operação de fornecimento de medicamento e refeição, em seu próprio recinto, por hospital, sanatório, casa de saúde e de recuperação ou repouso sob orientação médica, extensivo ao acompanhante, desde que incluído seu valor na respectiva conta de prestação de serviço. XX - de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário; XXI - de transferência de bens móveis salvados de sinistro para companhias seguradoras; Notas: Salvados de sinistros (ou simplesmente salvados) são coisas que remanesceram de uma catástrofe (naufrágio, incêndio, inundação). Conforme art. 66, I e II, do Capítulo XVI, anexo XIII da parte II da Resolução SEFAZ n° 720/2014, o indenizado emitirá documento fiscal, caso seja contribuinte do imposto, que acobertará a entrada da mercadoria, real ou simbolicamente, no estabelecimento da seguradora. Todavia, será emitida Nota Fiscal (entrada) pela empresa seguradora, a qual servirá para acompanhar o transporte da mercadoria para seu estabelecimento, caso o indenizado seja particular ou não contribuinte do imposto. Contudo na saída de mercadoria, a empresa seguradora emitirá Nota Fiscal, sem destaque do imposto na forma prevista neste regulamento, com destaque do imposto (art. 67, do Capítulo XVI, anexo XIII, parte II da Resolução SEFAZ n° 720/2014). XXII - de aquisição de veículo novo por taxista, na forma de pessoa física ou jurídica que opera no setor, inscrito no órgão municipal competente, para uso específico como táxi, limitado a um veículo por beneficiário, e no equivalente a 1/4 (um quarto) dos veículos registrados pela pessoa jurídica no órgão competente, desde que o CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 31 mesmo não tenha adquirido veículo com isenção ou não-incidência do ICMS em prazo inferior a 2 (dois) anos; XXIII - de aquisição de veículo novo por portador de deficiência motora devidamente atestada pelo órgão competente, para seu uso pessoal limitado a um veículo por beneficiário, e desde que o mesmo não tenha adquirido veículo com isenção ou não incidência do ICMS em prazo inferior a três anos. XXIV - de aquisição de ônibus novos (chassis e carroceria), por parte de empresas concessionárias e permissionárias de transporte coletivo de passageiros, desde que sejam adquiridos até 30 de maio de 2007 e devidamente cadastradas nos órgãos competentes. (redação do inciso XXIV, do Artigo 40, acrescentada pela Lei Estadual n.º 4.963/2006 , vigente a partir de 22.12.2006). (Nota: veja o Decreto n.º 40.692/2007) XXV - de saída de bem do ativo permanente e de material de uso ou consumo para outro estabelecimento da mesma empresa, ainda que em operação interestadual; (redação do inciso XXV do Artigo 40, acrescentada pela Lei n.º 6.276/2012, vigente a partir de 02.07.2012) XXVI - de entrada de bem do ativo permanente e de material de uso ou consumo, em relação à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, quando recebido em transferência interestadual de outro estabelecimento da mesma empresa. (redação do inciso XXVI do Artigo 40, acrescentada pela Lei n.º 6.276/2012, vigente a partir de 02.07.2012) _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 4.2 Isenção A isenção consiste na dispensa de pagamento de tributo devido, feita por disposição expressa de lei. Na isenção ocorre o fato gerador, o fenômeno está inserido no campo de incidência do tributo, mas o legislador resolve dispensar o pagamento. As normas acerca de isenções e outros benefícios fiscais deverão ser estabelecidas, em lei complementar, conforme determina o inciso XII, ‘g’, do §2° do art. 155, da Constituição Federal. A lei complementar que já contém essas normas acerca da concessão e revogação de benefícios é a de nº 24, de 7.1.75. De acordo com a Lei Complementar nº 24/75, as isenções do ICM e agora ICMS serão concedidas ou revogados nos termos de Convênios celebrados e ratificados pelos Estados e o Distrito Federal. No Rio de Janeiro, o art. 41 da Lei nº 2.657/96 preceitua de forma semelhante: “As isenções serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelo Estado, conforme o estabelecido em lei complementar federal.” CURSO DE ANALISTA FISCAL – ICMS,IPI,ISS,PIS e COFINS www.mgtreinamento.com.br 32 No Manual de Diferimento, Ampliação de Prazo de Recolhimento, Suspensão e de Incentivos e Benefícios de Natureza Tributária, aprovado pelo Decreto nº 27.815, de 24 de janeiro de 2001, estão relacionadas às operações beneficiadas pela isenção do imposto. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 4.3 Suspensão A legislação do ICMS do Estado do Rio de Janeiro ampara algumas operações com suspensão do lançamento do imposto, fazendo com que seja devido em etapa posterior pelo mesmo contribuinte. São os seguintes casos contemplados pela suspensão, na forma do art. 52, I e II, do Livro I, do RICMS/RJ: - A saída e o respectivo retorno de mercadoria destinada a conserto, reparo ou industrialização. Todavia nestas hipóteses observa-se o seguinte, na forma art. 52,§1o, do Livro I, do RICMS/RJ: a) A suspensão não se aplica à saída para fora do Estado de sucata e produto primário de origem animal ou vegetal, salvo se a remessa e o retorno se fizerem nos termos de acordo entre o Estado do Rio de Janeiro e demais Estados interessados; b) A suspensão é condicionada ao retorno da mercadoria ao estabelecimento de origem no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da respectiva saída, prorrogável por mais 180 (cento e oitenta) dias, pela repartição fiscal, a requerimento do interessado, admitindo-se, excepcionalmente, uma segunda prorrogação de igual prazo. Estas operações gozam de suspensão do ICMS, inclusive nas operações interestaduais entre as unidades federadas signatárias do Convênio AE-15/74, prorrogado por tempo indeterminado pelo Convênio ICMS n° 151/1994. - A saída e o respectivo retorno de mercadoria para fim de demonstração, quando o destinatário estiver localizado neste Estado e revestir a qualidade de contribuinte do imposto, excluída a saída de mostruário e a remessa para estabelecimento do mesmo titular ou de terceiro, para fim de simples exposição. Devendo ser condicionada ao retorno da mercadoria ao estabelecimento de origem, no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por até igual período, a critério da repartição fiscal, com base no art. 52,§2o, do Livro I, do RICMS/RJ. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 4.4 Diferimento
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