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3 DESAFIO - CIVIL OBRIGAÇÃO DE DAR

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3º-DESAFIO: OBRIGAÇÃO DE DAR
É grande o número de contratos de compra e venda que ocorrem sem o registro jurídico, deixando-o, assim, para um momento futuro e, às vezes, nunca o concretizando. Veja o que aconteceu com Rute ao vender seu sítio.
Rute fez um contrato de compra e venda de seu sítio com Pedro. Entretanto, como a assinatura do contrato foi feita na véspera de sua viagem para Europa, ficou combinado que fariam o registro do negocio jurídico quando ela retornasse. 
Acontece que, durante a viagem, Rute conheceu um senhor que era seu vizinho no sitio e contou a ela que aquela região era muito rica em areia. No retorno da viagem, Rute fez uma sondagem na sua área e descobriu que o homem estava certo; havia muita areia ali. 
Assim, as terras que haviam sido vendidas por 400 mil reais para Pedro, após a sondagem, estão valendo cerca de 10 milhões de reais.
Imagine que você é o advogado procurado por Rute e precisa explicar a ela o que pode ser feito a respeito do contrato de venda.
	Conversando com Senhora Rute deixei claro que se foi realizado um contrato de gaveta, ele não é reconhecido Juridicamente, isto é, ele não existe no mundo jurídico, é reconhecido somente entre as partes envolvidas. Porém, quem faz este tipo de negócio está correndo um grande risco. 
	Não foi realizado o formal registro junto ao Cartório de Registro de Imóveis, como não foi efetivado o registro desta negociação em nenhum local, tampouco no cartório de registro imóveis, o negócio acaba ficando mais a base da confiança, no caso de não ter sido feita a transcrição do imóvel.
	O contrato é um instrumento jurídico que garante o cumprimento dos deveres e direitos de ambas as partes em uma determinada relação comercial. No caso dos imóveis, essa importância se demonstra na garantia de que a venda se concretizará, uma vez que ela só acontece com a efetivação da escritura.
	É por meio da realização do contrato firmado em cartório que se tem a certeza de que tudo o que foi acordado entre as partes deverá ser cumprido. 
	No caso de alguma das partes constantes do contrato descumprirem com suas obrigações, é possível que o comprador ou vendedor entre com uma medida judicial de modo a ser reparado por qualquer inconveniência causada pelo não cumprimento de algum dispositivo. 
	Compromisso de compra e venda consiste de contrato preliminar (ou compromisso de contrato), atualmente tratado nos artigos 462 a 466 do Código Civil. Apesar de ser um contrato dispensável, ou seja, não obrigatório, é comum de ser encontrado em operações de compra e venda de imóveis com o objetivo de propiciar maior segurança às partes no tocante ao preço ajustado e à forma de pagamento.
			“Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.
			.......
			Art. 466. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma sem efeito, deverá manifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for razoavelmente assinado pelo devedor.”
	Mas pelo que consta Semhora Rute, não foi celebrado nenhum contrato jurídico e nenhuma forma de registro, bem como nenhum pagamento, sendo assim a Senhora pode cancela-lo, porque foi apenas uma promessa de venda, pode ainda mudar o valor do imóvel, porque eu posso alegar que o comprador, agiu de má-fé e oferecendo pelo imóvel, um valor muito abaixo. 
	Segundo a unidade de aprendizado na Tradição ou Transcrição:
	“A obrigação de dar coisa certa é cumprida somente com a entrega ou restituição da coisa, chamada tradição para bens moveis, ou transcrição para bens imóveis. O contrato por si só não transfere o domínio da coisa, porem já gera obrigação da entrega, restituição ou transcrição. Porem a coisa só deixa de pertencer ao devedor no momento da tradição. 
	Desse modo, somente o negocio jurídico não é capaz de transferir o direito real de propriedade, sendo imprescindível a tradição ou o registro.” 
	“Art. 237. C.C Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes.”.
	Neste caso a Senhora entrega a propriedade, porem tem todo o direito de aumentar o valor do imóvel. 
 ANDRÉA RUFFO 
 RA 181000209

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