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4 DESAFIO - CIVIL OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER (2)

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4º- DESAFIO: OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER
		As obrigações de fazer e de não fazer estão presentes em diversos casos corriqueiros. Muitas vezes, a obrigação de fazer traz imposições anexas. 
		Veja o caso de Álvaro.
		Álvaro é dono de uma rede de farmácias e precisou importar 50.000 caixas de um medicamento específico para o tratamento de Parkinson. Quando os medicamentos chegaram, ficaram estocados em um armazém no terminal do porto marítimo, para realizar o transporte até a capital, Álvaro contratou Fernando.
		Durante o trajeto, Fernando foi abordado no posto da polícia rodoviária Federal, que acabou apreendendo a mercadoria, mesmo com as notas fiscais corretas, sob o pretexto de que esta não estaria registrada na ANVISA. 
		Na execução da obrigação de fazer, Fernando perdeu a mercadoria de Álvaro, que procura você na condição de advogado, com o objetivo de receber indenização por perdas e danos.
		Como você o orienta frente a essa situação.
Na qualidade de Advogada de Álvaro, tenho que lhe perguntar-lhe se o registro da ANVISA foi comunicado para o porto marítimo.
A responsabilidade pelo registro do medicamento importado é por parte do importador, e não da empresa que realiza o seu transporte. A mercadoria foi apreendida pelo fato da inexistência do registro e somente o importador pode obtê-lo. Foi verificado por parte do importador se o produto fora registrado? 
	A responsabilidade é única e exclusivamente de Álvaro, no tocante a obtenção da documentação relativa a importação, bem como de mantê-la na posse do responsável pelo transporte da mercadoria.
	Caso Álvaro, o importador, não tomou essas providências, o transportador da mercadoria (Fernando), não poderá ser responsabilizado.
	Segundo a doutrina da unidade de aprendizado: “A impossibilidade não tem relação com a mora ou com o inadimplemento, pois aquela é algo superveniente e sem culpa do devedor. Entretanto, caso o devedor esteja em mora quando da ocorrência da impossibilidade, este responderá pelas perdas e por danos de qualquer forma, salvo se não for culpado pela mora.”.
	Se o transportador (Fernando) estivesse de posse da documentação (nota e registro da ANVISA), e não os exibiu e entregou a Policia Rodoviária Federal, incide em erro. 
	Como Advogada, através da via judicial, objetiva-se buscar a justa reparação pelo dano moral sofrido, bem como pleitear a medida necessária para dar fim ao indevido abalo de crédito promovido pelo Fernando. 
	Álvaro necessita da entrega do produto contratado ultrapassando o mero aborrecimento, pois o mesmo tem a necessidade de utilizar o produto que precisou importar, a ocorrência dos fatos lhe causou transtornos, angústia, estresse constante e abalo de ordem moral.
	A empresa do Fernando demonstrou ausência de qualquer compromisso com o cumprimento de seus contratos.
	Por esta razão, faço a imposição de multa diária conforme citado na doutrina da unidade de aprendizado “astreinte” mesmo porque não esta ferindo os maiores princípios da sociedade do que a “pacta sunt servanda” (obrigação no cumprimento da obrigação), eis que Fernando demonstrou extensamente sua obstinação em deixar de cumprir suas obrigações, sem demonstrar qualquer receio face às consequências.
	Temos essas duas possibilidades, vamos depender do posicionamento de Álvaro. 
 ANDRÉA RUFFO
 RA 181000209

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