Prévia do material em texto
1 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 1 01 - (EFEI SP/2002) Após o retorno da Família Real a Portugal, o que as Cortes Portuguesas mais temiam acabou por acontecer, isto é, a Independência em relação ao governo português. Em 1823, instalou-se a Assembléia Constituinte. José Bonifácio de Andrada, conhecido como "o patriarca da Independência", em mensagem à Constituinte escreveu: "Parece útil, até necessário, que se edifique uma nova capital do Império no interior do Brasil para assento da Corte, da Assembléia Legislativa e dos Tribunais Superiores que a Constituição determinar. Esta capital poderá chamar-se Petrópole ou Brasília.(...) Sendo central e interior, fica o assento do governo e do legislativo livre de qualquer assalto de surpresa feito por inimigos externos. Chama-se para as províncias do sertão o excesso de população sem emprego das cidades marítimas e mercantis. Como esta cidade deve ficar, quanto possível, eqüidistante dos limites do Império, (...) vai-se abrir deste modo, por meio de estradas que devem sair como raios para as diversas províncias e suas cidades interiores e marítimas, uma comunicação que de certo criará, em breve, giro do comércio interno da maior magnitude, vistos a extensão do Império, seus diversos climas e produções." Em seu texto, José Bonifácio dá um motivo estratégico para a mudança da capital – o ataque de inimigos externos –,além de sublinhar dois problemas, um social e outro econômico, que são: a) A grande massa de escravos que podia revoltar-se a qualquer momento nas províncias e a falta de estradas para o comércio interno. b) A ausência de empregos para a mão-de-obra livre, com o uso dos escravos, gerando um grande número de desempregados e a urgente necessidade de um comércio ativo ligando as diversas províncias, o que tornaria o Brasil auto- suficiente pela diversidade de sua produção. c) A complexidade do problema da mão-de-obra infantil e o desejo de desviar o comércio do litoral, que ficava exposto aos ataques externos. d) O total desconhecimento dos reais problemas brasileiros, começando pela proposta de criação de uma frota marítima para atacar os inimigos externos, a criação de um exército com os desempregados e a criação de uma estrada de ferro ligando o "interland"(interior do território). e) A proposta de uma capital dentro da província de Minas Gerais, com o intuito de aliviá-la do excedente de mão-de-obra com o fim da mineração, e a proposta de ativar o comércio dessa nova capital, usando tal excedente. 02 - (EFOA MG/2000) O mapa abaixo retrata o contorno do território brasileiro logo após a Declaração de Independência. Em 1828 esse contorno sofreu grandes modificações em virtude de uma revolução de caráter separatista fomentada pela Argentina. Esse episódio, além de mudar o contorno do território brasileiro, deu origem a um novo país, o Uruguai, que hoje se integra ao Brasil, Argentina e Paraguai na constituição do MERCOSUL. O episódio ocorrido em 1828 e que deu origem ao Uruguai ficou conhecido como: a) Revolução Farroupilha. b) Revolta do Chaco. c) Questão Cisplatina. d) Guerra dos Farrapos. e) Confederação do Equador. 03 - (FUVEST SP/1997) A Constituição Imperial de 1824 estabelece que o governo é monárquico hereditário, constitucional e representativo (artigo 3º) e que a pessoa do Imperador é inviolável e sagrada, não estando sujeita a responsabilidade alguma (artigo 99º). Comente estes textos constitucionais, definidores da monarquia brasileira. 04 - (FUVEST SP/1998) Sobre a dívida pública externa do Brasil independente, é certo afirmar que começou a ser contraída: a) Nos primeiros anos da República, por iniciativa do Ministro da Fazenda Ruy Barbosa, preocupado com a escassez monetária. b) Por ocasião da Guerra do Paraguai, para financiar os enormes gastos decorrentes do conflito. c) Logo após a Independência, destinando-se o primeiro empréstimo a indenizar Portugal pela perda da colônia. d) Quando se implantaram os primeiros planos de valorização do café, a partir do convênio firmado em Taubaté, em 1906. e) Logo após a Revolução de 1930, a fim de se enfrentar o abalo financeiro resultante da crise de 1929. 05 - (FUVEST SP/1998) O artigo 5º da Constituição do Império do Brasil, datada de 1824, dizia o seguinte: “A religião católica apostólica romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico ou particular, em 2 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 2 casa para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo”. Comente o texto constitucional em função: a) Das relações entre Igreja católica e Estado, durante o Império; b) Da situação das demais religiões no mesmo período. 06 - (FUVEST SP/1998) Sobre a chegada dos imigrantes a São Paulo, no fim do século XIX, José de Souza Martins, em O cativeiro da terra, escreveu que havia: “dificuldades nas relações de trabalho, derivadas basicamente do fato de que o fazendeiro, tendo subvencionado a vinda do imigrante, considerava o colono propriedade sua.” Analise e desenvolva esta afirmativa. 07 - (FUVEST SP/2001) A economia brasileira, durante o período monárquico, caracterizou-se fundamentalmente: a) Oelo princípio da diversificação da produção agrária e pelo incentivo ao setor de serviços. b) Pelo estímulo à imigração italiana e espanhola e pelo fomento à incipiente indústria. c) Pela regionalização econômica e pela revolução no sistema bancário nacional. d) Pela produção destinada ao mercado externo e pela busca de investimentos internacionais. e) Pela convivência das mãos-de-obra escrava e imigrante e pelo controle do "deficit" público. 08 - (PUC RJ/1995) A Constituição de 1824 institucionalizou uma ordem marcadamente hierarquizadora e excludente, à medida que: I - Vedou a todos que possuíssem renda anual inferior a 100 mil réis, aos analfabetos, assim como aos que não tivessem nascido em território brasileiro o exercício da cidadania política. II - Restringiu os poderes da Assembléia Geral - composta pela Câmara dos Deputados e pelo Senado imperial - conferindo-lhe prerrogativas unicamente consultivas e não deliberativas. III - Institui um sistema eleitoral indireto, pelo qual somente alguns dos votantes podiam ser eleitores, isto é , participar diretamente da escolha de deputados e senadores. IV - Limitou a participação política dos não católicos ao determinar, por exemplo, que só poderiam ser deputados aqueles que professassem a religião oficial do Império. Assinale a opção que contém a(s) afirmativa(s) correta(s): a) Somente a III. b) Somente I e II. c) Somente III e IV. d) Somente I, II e IV. e) Todas as alternativas estão corretas. 09 - (PUC RJ/1996) Considere as seguintes afirmativas sobre a crise do escravismo no Brasil: I A extinção do tráfico intercontinental resultou da convergência das fortes pressões do governo inglês com interesses do governo imperial e de parcela das elites agrárias brasileiras. II A crise foi permeada pelo debate entre escravistas e anti-escravistas, no qual os primeiros utilizam argumentos econômicos, jurídicos e morais - “necessidade para a produção”, “a inviolabilidade da propriedade”, o “caráter civilizatório da escravidão”- contra as proposições ético-morais- religiosas dos últimos - “direitos naturais dos homens”, alicerçados pela palavra divina. III A Lei do Ventre Livre, em 1871, propôs um meio termo conciliatório: ao mesmo tempo que libera todos os filhos de escravos, abre a possibilidadedestes - os ingênuos - permanecerem como escravos até completarem 21 anos, no caso dos senhores não serem indenizados. IV Os abolicionistas, no intuito de defenderem a “raça negra”, formaram diversas associações na década de 1880. Os “emancipacionistas”, capitaneados por proprietários paulistas, também desejosos de acabar com a escravidão, estavam mais preocupados em eliminar as barreiras que dificultavam a grande imigração de trabalhadores europeus. V Revoltas e fugas em massa de escravos durante a década de 1880 aceleraram o processo abolicionista, levando inúmeros senhores a transformar trabalho escravo em trabalho livre por iniciativa própria. Assinale a alternativa que contém a(s) afirmativa(s) correta(s): a) Somente III. b) Somente I, II e IV. c) Somente II, IV e V. d) Somente III e V. e) Todas as afirmativas estão corretas. 10 - (UECE/2000) “Em 1824 não se tratava da contradição de interesses coloniais e metropolitanos. Persistiam aí, não obstante tratar-se de país politicamente independente, as mesmas condições de privilegiamento não só dos comerciantes reinóis e seus representantes estabelecidos no país, como também dos ingleses, cuja penetração no Brasil foi determinada pelos acordos de 1810.” (ARAÚJO, Mª do Carmo R. “A Participação do Ceará na Confederação do Equador.” In: SOUZA, Simone de 3 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 3 (coord.) História do Ceará. Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha, 1994. p. 146.) Sobre a Confederação do Equador (1824), é correto afirmar que: a) Os descontentamentos contra os estrangeiros em Recife fez com que as camadas populares liderassem o movimento, que, além de republicano, era abolicionista. b) O conflito entre comerciantes portugueses em Recife e produtores de açúcar brasileiros em Olinda tomou ares de rebelião contra a monarquia. c) A dissolução da Assembléia Constituinte pelo Imperador D. Pedro I foi interpretada como um ato de recolonização pelas elites senhoriais pernambucanas. d) A recuperação econômica da agro-manufatura do açúcar fazia com que os proprietários pernambucanos exigissem maior participação no governo imperial. 11 - (UFTM MG/2002) Comparando-se os movimentos de independência da América Espanhola e do Brasil, é correto afirmar que: a) O território fragmentou-se em vários países na parte portuguesa e na espanhola, apesar das tentativas de unidade. b) A dependência econômica em relação aos países europeus foi superada na América Latina. c) Enquanto as camadas populares conduziram o processo na América Espanhola, no Brasil foi a elite agrária. d) A república foi a forma de governo adotada nas ex- colônias espanholas, enquanto no Brasil implantou- se a monarquia. e) Em ambos houve guerras pela emancipação, apesar do caráter revolucionário predominar no Brasil. 12 - (PUC/Beteim MG/2002) Sobre a Primeira Constituição brasileira de 1824, é correto afirmar, EXCETO: a) Estabelecia o voto indireto e censitário. b) Definia o governo monárquico hereditário e constitucional. c) Mantinha a religião católica como religião oficial. d) Restringia o direito de propriedade incluindo a escravidão. 13 - (PUC RS/2000) Considere o texto abaixo. 21 de janeiro de 1822 – Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como seleiros e armazéns, de secos e molhados; mas, em geral, os ingleses aqui vendem as suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. Quanto a alfaiates, penso que há mais ingleses do que franceses, mas poucos de uns e outros. Há padarias de ambas as nações (...). As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, (...), mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem- se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil, além de sedas, crepes e outros artigos da China. Mas qualquer cousa comprada a retalho numa loja inglesa ou francesa é, geralmente falando, muito cara. ( GRAHAM, Maria. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo: Edusp, 1990). O texto acima, de Maria Graham, uma inglesa que esteve no Brasil em 1821, remete-nos a um contexto que engloba: a) Os efeitos da abertura dos portos e dos tratados de 1810. b) O processo de globalização da economia no Brasil. c) As reformas econômicas do Marquês de Pombal. d) A suspensão do Tratado de Methuen, com a ampliação da influência inglesa no Brasil. e) Os efeitos da mineração, que contribuíram para interligar as várias regiões do Brasil ao Exterior. 14 - (PUC RS/2001) A Confederação do Equador (Pernambuco, 1824) foi um movimento regional de grande relevância na crise política do Primeiro Reinado. O movimento pernambucano radicalizou-se de forma notável, incluindo reivindicações de caráter popular no confronto com o poder imperial. É correto afirmar que esse processo de radicalização foi condicionado: a) Pela influência do movimento operário europeu, que começava a organizar-se segundo a perspectiva revolucionária do socialismo científico. b) Pelo fortalecimento do movimento abolicionista na região, devido ao processo de modernização da lavoura canavieira, que então se verificava. c) Pelo apoio material dos comerciantes portugueses às frações radicais do movimento, objetivando o não-reconhecimento internacional da independência. d) Pela liderança de imigrantes europeus, que pretendiam alterar a estrutura fundiária da região, baseada no latifúndio. e) Pela necessidade dos grupos dominantes locais de mobilizar o apoio das camadas populares para sustentar o confronto com o poder central. 15 - (UERJ/1996) Ou o campo ou as cidades; ou a escravidão ou a civilização. (J. Nabuco, O Terreno da Luta, in Jornal do Comércio, 19/10/1884.) Escravidão e laissez-faire conviveram por muito tempo. Duas estruturas da economia brasileira que se constituíram como obstáculos à consecução plena do projeto liberal que norteou os setores moderados do Brasil independente foram: 4 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 4 a) Desenvolvimento urbano e mercado interno b) Mão-de-obra imigrante e pequena propriedade c) Trabalho assalariado e desenvolvimento industrial d) Mão-de-obra escrava e manutenção da Grande propriedade 16 - (UERJ/1995) A Confederação do Equador (1824) foi um dos movimentos que demonstrou o conflito existente entre a organização do estado no Brasil e a constituição da nação. Das alternativas abaixo, aquela que NÃO caracteriza o movimento é: a) Teve a presença de setores populares, que deu ao movimento também o caráter de revolta social. b) Refletiu forte sentimento antiportuguês, devido ao caráter negociado da independência brasileira. c) Significou o descontentamento dos liberais pernambucanos, após a outorga da Constituição de 1824. d) Buscou o estabelecimento de uma monarquia parlamentar, uma vez que a liderança do movimento, por seu caráter liberal, era anti- republicana. e) Demonstrou as divergências entre as oligarquias dominantes nordestinas e o poder central, sobretudo quanto ao desejo por autonomia das províncias. 17 - (UFAL/2001) Analise alguns fatos que identificam, na evolução da história política brasileira, o período entre 1822 a 1889. 00. Em 1824 D. Pedro I outorgou a Constituição que, entre outras, estabelecia que o poder executivo seria pelo imperador e ministros de Estado, com a função de executar as leis formuladas pelo legislativo. 11. O Ato Adicional foi considerado importante marco do avanço liberal durante o Período Regencial esimbolizou a conciliação das facções políticas: os Restauradores, os Moderadores e os Exaltados. 22. O exagerado autoritarismo de tendência ditatorial foi responsável pelo desgaste político de D. Pedro II e a conseqüente decadência do regime monárquico no Brasil, após 1850. 33. A Revolução Pernambucana, de caráter nacionalista e que tinha como objetivo a proclamação de uma república na região, foi a rebelião mais importante do período Regencial. 44. Nas questões políticas que se seguiram à Guerra do Paraguai, a presença do Exército foi fundamental para a queda do império e, conseqüentemente, para a Proclamação da República. 18 - (UFJF MG/1997) Leia as afirmativas abaixo e marque a alternativa CORRETA: I. O processo de construção do Estado nacional brasileiro, após a independência em 1822, significou o triunfo das tendências conservadoras, que souberam unir as diversas facções da elite política, baseando as estruturas do novo Estado na preservação da unidade territorial e na manutenção da escravidão. II. Durante o período regencial, entre 1831 e 1840, ocorreu um aumento das crises políticas e sociais, com a eclosão de revoltas por quase todo o Império, que colocavam em xeque a forte centralização política estabelecida pela Constituição de 1824. III. A partir de 1870, evidencia-se o processo de desagregação do regime monárquico, tendo em vista o crescimento da propaganda republicana, cujo discurso baseado na defesa do federalismo coincidia com as reivindicações dos cafeicultores paulistas. a) I e II estão corretas; b) II e III estão corretas, c) I e III estão corretas;' d) Todas estão corretas; e) Todas estão erradas. 19 - (UFJF MG/1999) Acerca das duas primeiras constituições brasileiras, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas. Em seguida, marque a alternativa CORRETA. ( ) A Constituição de 1824 foi outorgada pelo Imperador D. Pedro I, após desfazer a Assembléia Constituinte; já a Constituição de 1891 foi elaborada por uma Assembléia Constituinte, convocada pelo Governo Provisório e escolhida pelos eleitores alfabetizados. ( ) A Constituição de 1824 marcou o primeiro momento de construção do Estado Nacional brasileiro, após a Independência; a Constituição de 1891 marcou o fim do regime republicano, inaugurando uma nova fase política no Brasil. ( ) Os elementos liberais da Constituição de 1824 foram a liberdade política, o casamento civil e o livre mercado; os elementos liberais da Constituição de 1891 foram o Federalismo e o catolicismo como religião oficial do Estado. ( ) A Constituição de 1824 estabeleceu o voto censitário, as eleições indiretas e o Senado Vitalício; a Constituição de 1891 conferiu autonomia aos estados e tornou o Senado temporário. a) V; F; V; F: b) F; V; F; V; c) F; V; V; F; d) V; F; F; V. 20 - (UFMA/2000) "Reuniu-se a soberana Assembléia e quando nos parecia que havíamos entrado no gozo de nossos inauferíveis direitos, e apenas tinha ela dado princípio à organização 5 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 5 de nosso pacto social, vimos que o Imperador, postergando os mais solenes juramentos e os mesmos princípios que lhe deram nascimento político, autoridade e força, insultou caluniosamente o respeitável corpo que representava a nova soberania, desembainhando a homicida espada de um só golpe fez em pedaços aquele soberano corpo e dilacerou seus membros... (...) Brasileiros ! Salvemos a honra, a pátria e a liberdade, soltando o grito festivo – Viva a Confederação do Equador!" Manuel de Carvalho Pais de Andrade, presidente. (Reynaldo Carneiro Pessoa, A idéia republicana no Brasil, através dos documentos, SP, Alfa-Omega p. 14- 16). O documento acima citado refere-se a um dos principais movimentos ocorridos no primeiro Reinado (1822- 1831). Sobre ele é correto afirmar, exceto: a) A Revolta teve início em Pernambuco, estendendo- se à Paraíba, ao Rio Grande do Norte e ao Ceará. b) Desde 1817 as idéias de liberdade tinham grande número de seguidores entre os pernambucanos. c) Seus motivos principais estão vinculados à decadência do açúcar e ao progressivo endividamento dos fazendeiros de Olinda junto aos comerciantes portugueses do Recife. d) A Revolta teve início quando o Imperador designou Francisco de Paes Barreto para presidente da província. e) "Confederação do Equador" foi o nome escolhido pelos integrantes do movimento para a República que pretendiam estabelecer. Adotaram o lema Religião, Independência, União e Liberdade e a constituição da Colômbia para reger os destinos da confederação. 21 - (UFPE/2009) O governo de D. Pedro I foi polêmico e cheio de controvérsias. Os políticos mais liberais tinham críticas a sua forma centralizadora de administrar. A sua abdicação levou o Brasil: a) ao fim do autoritarismo centralizador do Império, enfraquecendo a escravidão e promovendo a liberdade para os escravos mais velhos. b) a uma distribuição mais justa das conquistas sociais, sobretudo nas regiões da cana-deaçúcar. c) ao crescimento imediato dos ideais republicanos e democráticos e fortaleceu a divulgação de princípios românticos. d) a mudanças radicais na Constituição de 1824, votadas pela população, das quais resultaram grandes manifestações no Rio e em Recife. e) a expectativas políticas que criaram instabilidade e confrontos violentos, com disputas pelo poder em várias regiões. 22 - (PUC PR/2001) O estudo da Carta Outorgada de 1824, Ato Adicional de 1834 e Constituição Republicana de 1891 mostra, no Brasil, notável evolução política. Assinale a alternativa correta: a) O Ato Adicional de 1834 atribui às províncias a mesma autonomia estabelecida pela Constituição de 1891. b) Enquanto a Carta Outorgada de 1824 inspirouse nos Estados Unidos, a Constituição de 1891 baseou- se em modelo europeu. c) A Carta Outorgada de 1824 estabelecia quatro poderes, reduzidos a três na Constituição de 1891, com a supressão do Poder Moderador. d) A Religião Católica Apostólica Romana, oficial no Império, assim continuou na República, com base em artigo específico na Constituição de 1891. e) O Ato Adicional de 1834 transformou a forma de Estado do Brasil de unitária em federativa. 23 - (UEL PR/2001) O Primeiro Reinado (1822-1831) marcou o início da vida nacional após desfazer-se o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, instituído em 1815. Sobre o tema, assinale a alternativa correta: I - Politicamente regeu-se, em maior parte, pela Carta Imperial ou Constituição de 1824. II - No plano externo, enfrentou a Argentina ou Províncias Unidas do Prata, que tentara anexar a Província Cisplatina (Uruguai). III - Internamente, ocorreu a revolta denominada Confederação do Equador, a qual foi derrotada e seus líderes anistiados. IV - No plano econômico a grande exportação de café permitiu expressivos saldos comerciais e ótima situação do tesouro nacional. Estão corretas: a) as opções I, III e IV. b) as opções II, III e IV. c) as opções I, II e IV. d) as opções III e IV. e) apenas I e II. 24 - (UEL PR/2001) A carta Imperial ou Constituição Imperial de 1824 foi a que teve maior duração em toda a História do Brasil, vigorando até 1889. Sobre o tema, assinale a opção correta. I - Previa, desde o ano de 1824, o Parlamentarismo, reservando ao monarca, desde então, apenas o exercício do Poder Moderador. II - Determinou o unitarismo como forma de Estado. III - O Ato Adicional de 1834 diminuiu ainda mais a pequena autonomia das províncias. 6 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 6IV - Tornou a Religião Católica Apostólica Romana religião oficial, constituindo os padres uma espécie de classe especial do funcionalismo público. V - Criou um Senado vitalício e eleição indireta dos Deputados, por voto paroquial e censitário. Estão corretas: a) as opções II, III, IV e V. b) as opções III, IV e V. c) apenas I, III e V. d) apenas II, IV e V e) apenas I e IV. 25 - (PUC PR/2002) O Primeiro Reinado no Brasil durou de 1822 a 1831 e teve início com a desintegração do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Sobre o tema, assinale a única alternativa INCORRETA: a) Na política externa, o Brasil obteve o reconhecimento da independência por parte da Inglaterra e de outras potências européias. b) A Constituição de 1824, contendo a organização política do país, foi elaborada por uma Assembléia Nacional Contituinte e significava a maturidade política alcançada. c) Após a Guerra da Cisplatina, o Império do Brasil perdeu a Província desse nome, origem do atual Uruguai. d) No plano econômico, ocorriam baixos preços dos produtos agrícolas no mercado externo e, internamente, houve a falência do Banco do Brasil. e) Internamente, ocorreu uma rebelião, a Confederação do Equador, duramente reprimida, inclusive com a execução de vários chefes, entre eles Frei Caneca. 26 - (PUC PR/2002) A estrutura político-administrativa do jovem Império do Brasil foi definida com a outorga da Constituição de 1824, que apresentava os poderes executivo, legislativo, judiciário e moderador ou o 4º poder. Dissolver a Câmara de Deputados, nomear o Primeiro Ministro e nomear os Senadores em caráter vitalício eram atribuições: a) do poder Legislativo. b) do poder Moderador. c) do poder Executivo. d) do poder Judiciário. e) dos poderes Legislativo e Judiciário. 27 - (UEPB/1999) Nove anos após a famosa proclamação da Independência, o mesmo príncipe português que fora aclamado por muita gente como nosso herói máximo acabou tendo de arrumar suas malas e sair rapidamente do País. É muito comum a realização de grandes comemorações do 7 de setembro de 1822, mas não se fala muito, pelo menos no calendário cívico oficial, de um outro dia 7: o de abril de 1831, quando D. Pedro I abdicou, em função de seu governo ter se tornado um completo fracasso, e o Brasil ingressou em um processo histórico de efetiva construção de suas instituições. Para se entender o que foi esse processo é fundamental compreender como e por que aconteceu o 7 de abril de 1831. TAVARES, Luís H. D. O fracasso do imperador. São Paulo: Ática,1986, p. 2. IN: PILETTI, Nelson História do Brasil, São Paulo:Ática, 1992, p. 99/100. Considerando os fatores da abdicação de D. Pedro I, assinale a alternativa correta. a) O autoritarismo de D. Pedro I manifestado na dissolução o da Assembléia Constituinte de 1823, prisão e exílio de deputados. b) A outorga da Constituição de 1824, cujas prerrogativas permitiam ao imperador exercer um poder altamente centralizado. c) A violenta repressão determinada pelo imperador à Confederação do Equador, utilizando, inclusive, esquadras e mercenários ingleses, sufocando o movimento, prendendo e condenando à morte vários republicanos. d) A impopularidade do imperador, agravada com sua tentativa de garantir o poder também em Portugal. e) Todas as alternativas estão corretas. 28 - (UEPB/2000) O primeiro reinado foi marcado por alguns movimentos de contestação ao governo do imperador Pedro I. Qual das alternativas abaixo trata de um movimento que envolveu as províncias do Nordeste na contestação ao governo do imperador no ano de 1824? a) Guerra da Cisplatina b) Revolução Pernambucana c) Confederação do Equador d) Revolta de Beckman e) Revolução Praieira 29 - (UEPB/2001) O Primeiro reinado foi marcado por instabilidade política. Esta instabilidade culminou com a abdicação do trono por parte do Imperador Pedro I. Apesar dessa instabilidade o Brasil teve promulgada, nesse período, a sua primeira Constituição embora esta tenha sido outorgada. Qual das alternativas abaixo está relacionada a esta Constituição? a) Enfraquecimento do poder executivo, Liberdade de culto e voto opcional para analfabetos e maiores de 65 anos. 7 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 7 b) Eleição direta, Instalação de três poderes; Executivo, Legislativo e Judiciário e implantação do voto obrigatório. c) Criação do poder moderador, obrigatoriedade de votos para militares, clérigos e mulheres. d) Criação do voto secreto, necessidade de comprovação de posses para ter direito a voto e implantação de três poderes. e) Voto censitário, eleição indireta e criação do poder moderador. 30 - (UFPB/1996) “Juro manter a religião católica, apostólica, romana, a integridade e indivisibilidade do Império, guardar e fazer guardar como a constituição política da nação brasileira, o projeto de constituição que ofereci e a nação aceitou, pedindo que logo se jurasse como constituição do Império”. Fonte: Transcrito de MONTEIRO, Hamilton M. Brasil Império, São Paulo, Ática, 1986, p.19 Com essas palavras, proferidas em 25 de março de 1824, D. Pedro I outorgaria ao Brasil a sua primeira Constituição. De acordo com os fundamentos desta Carta, é correto afirmar-se que a(o): a) Monarquia hereditária constitucional, com representação limitada, dava ao monarca a exclusividade do poder moderador. b) Câmara dos Deputados, constituída por representantes eleitos nas províncias, tinham mandato vitalício. c) Senado era exercido por representantes escolhidos nas províncias, com mandato de 8 anos e em número proporcional à população. d) Parlamento incluía as populações de origem indígena e africana no processo eleitoral de escolha dos deputados e senadores. e) Conselho de Estado era composto pelos presidentes de Províncias, senadores e membros do clero. 31 - (UFPB/1999) A Constituição brasileira de 1824, que estabelecia caráter autoritário para o imperador, ficou caracterizada pelo(a) a) Estabelecimento do “voto universal” e aberto para os homens, excluindo porém, os mendigos, os padres e os menores de 21 anos. b) Limitação da autonomia jurídica nos estados e responsabilidade do governo central na elaboração dos Códigos Civil e Penal. c) Extinção do Poder Legislativo e subordinação do Poder Judiciário, cujas funções passaram ao Executivo. d) Proibição do voto para mulheres, analfabetos e soldados, além da adoção dos cargos vitalícios para Deputados e Senadores. e) Imposição do Poder Moderador e do voto censitário, permitindo que votassem apenas os eleitores com renda anual superior a cem mil réis. 32 - (UFPEL RS/1999) Após as Revoluções Inglesas, a Revolução Francesa e a crise das monarquias absolutistas, teóricos buscavam soluções para a manutenção e a legitimação das elites no poder. Benjamin Constant afirmou que as escolhas: “(...) nem por isso deixarão de cair em homens distintos por seus talentos, ou por suas fortunas, e, concluindo, o ato delas tornará a entrar na regra ordinária. Os eleitores da classe inferior, pouco antes obstinados e turbulentos, tornarão a ser dóceis e laboriosos, e a gozar de inteiro respeito. Satisfeitos de haver exercido seus direitos, se prestam tanto mais facilmente às ordens superiores e convenções." O AMERICANO, n.17:2. In: FACHEL, José Plínio. As Cisões Políticas entre os Farroupilhas Durante a Guerra de 1835 a 1845 no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1994. p. 121 (mimeo) Para assegurar a exclusão da “classe inferior” referida no texto, a Constituição Brasileira de 1824 e o projeto constitucionaldos farroupilhas estabaleceram o voto: a) Distrital b) Universal c) Censitário d) Aberto e) Feminino 33 - (UFPR/2002) A exploração do ouro e a consolidação da centralização do poder político e da administração em mãos dos reis portugueses foram os processos mais marcantes para o Brasil do século XVIII. Sobre essa conjuntura, é correto afirmar: 01. A descoberta de jazidas de ouro no Brasil foi providencial aos interesses de Portugal, pois liberou a metrópole européia de parte de sua dependência em relação à Inglaterra. 02. Os comerciantes portugueses residentes no Brasil não detinham privilégios de monopólio comercial, visto que o Tratado de Methuen também abriu o mercado brasileiro às companhias holandesas e italianas. 04. A política colonial portuguesa aplicada no século XVIII impediu o crescimento do mercado interno e o processo de urbanização no Brasil. 08. A partir da segunda metade do século XVIII, a produção aurífera brasileira entrou em declínio, em função do esgotamento das minas. 16. Os negros, principal mão-de-obra da economia do ouro, construíram igrejas e criaram irmandades em que buscavam assistência e visibilidade social. 32. Com a economia do ouro, a sociedade brasileira tornou-se mais complexa, dando oportunidade ao surgimento de camadas médias da população, 8 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 8 formadas por funcionários, profissionais liberais, artesãos e comerciantes. 34 - (UFRJ/2002) O gráfico abaixo expressa percentualmente as estimativas referentes à população brasileira no ano de 1819. Por então, o Brasil contava com 3.596.132 habitantes, dos quais 2.488.743 livres e 1.107.389 escravos. DISTRIBUIÇÃO (%) DA POPULAÇÃO BRASILEIRA EM 1819, DE ACORDO À CONDIÇÃO JURÍDICA DOS HABITANTES Fonte: IBGE. Estatísticas históricas do Brasil. Rio de Janeiro, IBGE, 1986, vol. 3, p. 30. Explique de que forma estes dados contrariam a idéia de que a sociedade brasileira de princípios do século XIX estaria dividida tão-somente entre um punhado de senhores de escravos ligados à agro-exportação e uma imensa maioria de cativos. 35 - (UFRJ/2002) O gráfico abaixo expressa percentualmente as estimativas referentes à população brasileira no ano de 1819. Por então, o Brasil contava com 3.596.132 habitantes, dos quais 2.488.743 livres e 1.107.389 escravos. DISTRIBUIÇÃO (%) DA POPULAÇÃO BRASILEIRA EM 1819, DE ACORDO À CONDIÇÃO JURÍDICA DOS HABITANTES Fonte: IBGE. Estatísticas históricas do Brasil. Rio de Janeiro, IBGE, 1986, vol. 3, p. 30. Cite duas capitanias brasileiras da época cuja produção não estava voltada majoritariamente para o mercado exterior. 36 - (UFRN/1996) A primeira Constituição Brasileira, de 1824, foi outorgada e se caracterizou por ser, ao mesmo tempo, absolutista e liberal. A seu respeito, podemos dizer que: a) Implantou o sistema federalista no Brasil. b) Incluiu um quarto poder, o Moderador, exclusivo do monarca. c) Estabeleceu o voto universal através de eleições diretas. d) Criou grandes restrições à economia, como, por exemplo, monopólios e privilégios. e) Transformou as antigas Províncias em Estados. 37 - (UFRN/1997) A penetração inglesa, no Brasil, teve início com a Abertura dos Portos (1808) e com os Tratados de 1810, favorecendo os comerciantes ingleses, sobretudo com impostos de importação mais reduzidos. Qual das alternativas abaixo está relacionada com esses privilégios fiscais nos Tratados de 1810? a) Compromisso do governo luso-brasileiro de abolir gradualmente o tráfico negreiro de escravos. b) Taxas alfandegárias menores para as mercadorias britânicas do que para as das demais nações amigas. c) Liberdade para os súditos ingleses praticarem sua religião cristã reformada e terem cemitério próprio. d) Permissão aos súditos ingleses residentes no Brasil para terem seus próprios juízes, em casos judiciais pendentes. e) Impedimento da instalação e atuação do Tribunal do Santo Ofício em território brasileiro. 38 - (UFRN/2002) Em 1824, D. Pedro I assim se pronunciou: Chegou o momento em que o véu da impostura, com que os demagogos, inimigos do Império e da nossa felicidade, vos têm até agora fascinado, vai cair por terra. Para iludirem vossa boa-fé, inflamarem vossa imaginação a poderem arrastarvos cegamente a sistemas políticos reprovados pelas lições da experiência, absolutamente incompatíveis com a vossa situação, e em que só eles ganhavam, separando-vos da união geral de todas as províncias, indispensável para a consolidação e segurança da nossa Independência, fizeram-vos crer que uma facção vendida a Portugal dirigia as operações políticas deste Império para submetê-lo ao antigo domínio dos Portugueses e ao despotismo do seu governo. Apud COSTA, F. A. Pereira da. Anais pernambucanos. 2. ed. Recife: FUNDARPE, 1983. v. 9. p. 52-53. No discurso acima, o imperador D. Pedro I pronunciou- se sobre a Confederação do Equador. É correto afirmar que essa Confederação: a) Opunha-se à pretensão de D. Pedro I de unir as coroas portuguesa e brasileira, o que representaria a recolonização do Brasil. b) Desejava instalar uma monarquia parlamentarista, estabelecendo limites aos poderes absolutistas de D. Pedro I. 9 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 9 c) Posicionava-se contra os privilégios portugueses, incluídos por D. Pedro I no projeto constitucional de 1823. d) Pretendia implantar uma República independente no Nordeste, contrariando o projeto de unidade nacional centrado em D. Pedro I. 39 - (UFRRJ/2001) “A invasão francesa de Portugal em 1807, que surgiu quando o príncipe regente, depois de grande e compreensível hesitação, recusou finalmente os pedidos de Napoleão no sentido de Portugal participar também no bloqueio continental à Grã-Bretanha, obrigou a família real a fugir para o Brasil e a corte portuguesa a instalar-se no Rio de Janeiro até 1821”. BOXER C. R. O Império colonial Português. Lisboa, Edições 70, 1981. A transferência da corte portuguesa para o Brasil acelerou uma série de mudanças na antiga colônia, tais como: a) O enfraquecimento político dos produtores de açúcar e a expansão da atividade cafeeira. b) A término da revolução liberal do Porto e o crescimento do comércio com a França. c) A abertura dos portos às nações amigas e a assinatura do tratado Methuen com o fortalecimento das relações comerciais com a Inglaterra. d) O fim do pacto colonial e a criação do Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves, em 1815, com sede no Rio de Janeiro. e) A fundação da Escola de Medicina em São Paulo e o fechamento da Imprensa Régia. 40 - (UFRRJ/2001) “Com a abdicação de D. Pedro I chega a revolução da independência ao termo natural de sua evolução: a consolidação de um estado nacional. (...) a recolonização do país, que várias vezes ameaçou o curso natural da revolução – ou pela consolidação definitiva da autonomia brasileira, noutras palavras, do estado nacional. E este o resultado a que chegamos com a revolta de 7 de abril.” PRADO JÚNIOR, Caio. Evolução política do Brasil e outros estudos. São Paulo, Brasiliense, 1996. p. 55. A abdicação de D. Pedro I corresponde, dentre outros fatores, a) Ao desgaste da figura do Imperador frente à população a partir dos escândalos de sua vida pessoal. b) Ao sucesso dos brasileiros contra o autoritarismo do poder moderador de D. Pedro I. c) Ao descontentamento dos comerciantes portugueses com os altos impostos do império. d) Ao conjunto de medidas liberais impostas pelo imperador sem apoio da aristocracia.e) Às divergências do Imperador com a aristocracia devido à escravidão. 41 - (UFU MG/2000) A respeito dos processos de independência das colônias das Américas espanhola e portuguesa, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas. 01. A independência das colônias da América Latina não significou uma ruptura radical com os laços de subordinação política, econômica e cultural, pois as elites coloniais procuraram manter seus privilégios e evitar movimentos de insurreição das populações indígenas, escravos e homens livres pobres. 02. A independência da Argentina foi um exemplo típico de manutenção da influência dos caudilhos, líderes da oligarquia rural e grandes pecuaristas que controlavam a política e defendiam o federalismo como forma de garantir a autonomia das províncias e o seu poder local. 03. Os limites da ruptura colonial no Brasil, foram consagrados pela constituição outorgada por D. Pedro em 1824, na qual se estabeleciam a centralização política, através do poder Moderador do imperador, o voto censitário, baseado na renda dos cidadãos, além da manutenção da escravidão. 04. A independência da América espanhola, além das lutas empreendidas por Simon Bolívar e San Martín, contou com a ajuda norte-americana, através da Doutrina Monroe, pela qual as recentes nações deveriam estabelecer regimes democráticos, abolir a escravidão e implantar regimes republicanos, tal como ocorrera na independência dos Estados Unidos. 05. A independência do Brasil foi possível graças à ação decisiva de D. Pedro em ficar no Brasil e romper os laços com Portugal, pois a vinda da família real portuguesa em 1808 e os tratados comerciais assinados com a Inglaterra conservaram o pacto colonial e o monopólio comercial nas mãos dos portugueses. 42 - (EFOA MG/1999) Dentre as diversas revoltas e insurreições que antecederam a abdicação de D. Pedro I em 1831, uma foi especialmente importante pelos ideais republicanos de seus líderes, entre os quais Frei Caneca. Outra característica desse movimento teria sido a proclamação da república em 1824, com a adoção da Constituição da Colômbia. O movimento foi duramente reprimido e Frei Caneca condenado à morte e fuzilado. O movimento em questão ficou conhecido como: a) Confederação do Equador. b) Inconfidência Mineira. c) Questão Cisplatina. d) Guerra dos Mascates. e) Revolta dos Farrapos. 10 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 10 43 - (UnB DF/1996) Leia o texto que se segue. A independência do Brasil não resultou em maiores alterações da ordem social econômica, ou da forma de governo. Exemplo único na história da América Latina, o Brasil ficou sendo uma monarquia entre repúblicas. Boris Fausto, História do Brasil. Quanto às razões dessa continuidade social e econômica entre Colônia e o Império, julgue os itens seguintes. 00. A abertura dos portos por Dom João estabeleceu uma ponte entre a Coroa portuguesa e os setores dominantes na Colônia. 01. A elite política promotora da independência, embora desejasse rupturas sociais mas profundas, teve que enfrentar a resistência da Corte portuguesa. 02. A monarquia transformou-se em um símbolo de autoridade, nos primeiros anos após a Independência, mesmo quando Dom Pedro I era contestado. 03. A continuidade foi facilitada pela existência de uma elite política orgânica, com uma base social firme e um projeto claro para a nova nação. 44 - (UFOP MG/1994) Após 1830, verificou-se, no Brasil, uma grande expansão da lavoura cafeeira, inicialmente para o vale do Paraíba do Sul de Minas Gerais, posteriormente para a província de São Paulo. Essa expansão provocou grandes alterações na vida econômica e social brasileira. Assinale a alternativa que apresenta algumas dessas alterações: a) Transferência do eixo econômico para o centro-sul do país, aumento das exportações e expansão do sistema escravista nas províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. b) Fundação de fábricas produtoras de máquinas agrícolas e expansão do crédito agrícola. c) Crescimento demográfico nas províncias do centro- sul, expansão da pecuária e fundação de estaleiros. d) Crescimento das cidades e multiplicação de grupos sociais médios (profissionais liberais, funcionários públicos, comerciantes, etc.). e) Vinda de imigrantes estrangeiros, início da ocupação do Mato Grosso e da Amazônia. 45 - (UFOP MG/1995) Leia atentamente o texto abaixo. “(…) Sigamos os passos da política centralizadora, e veremos, que é a centralização das luzes o seu complemento. A interpretação do ato adicional roubou às províncias o melhor do seu poder, reconcentrando na corte a maior parte das atribuições das assembléias. As reformas judiciárias avocaram para o mesmo centro a nomeação de quase todos os empregos judiciais. As províncias se acham pois já esgotadas de seus recursos; porque até se lhes tirou a administração da maior parte de seus rendimentos. Suas forças físicas, o recrutamento as tem extenuado. Que faltava por tirar- lhes? A instrução, o único apoio que lhes resta”. (O athleta, 16.09.1843) Com relação ao panorama histórico do Brasil Imperial as afirmativas abaixo são corretas, exceto: a) O problema da centralização do poder foi um dos mais gerou conflito ao longo do século XIX. b) Movimentos de contestação armada tais como a Farroupilha, a rebelião Praieira ou a Cabanagem tinham em comum, uns em maior, outros em menor grau, a crítica à centralização do poder. c) O federalismo, uma das principais bandeiras do movimento republicano, procurava, aparentemente, responder aos interesses mais especificamente locais das elites dominantes. d) Alguns dos princípios jurídicos que permitiram o centralismo imperial foram criados já na constituição de 1824 e mantidos mesmos após a abdicação de D. Pedro I. e) Durante o período imperial, não obstante a retórica ilustrada do Imperador, os três poderes não eram independentes e harmônicos entre si. 46 - (UNICAP PE/2002) Uma análise das estruturas políticas e econômicas do Primeiro Reinado no Brasil remete-nos à elaboração da primeira Constituição brasileira, em suas bases estruturais. 00. Apenas os homens ricos eram considerados aptos a escolher, pelo voto, seus representantes políticos. 01. Só os cidadãos com renda acima de 500 alqueires de cana-de-açúcar plantada podiam candidatarse aos cargos de deputado e senador. 02. Os cidadãos com mais de 500 alqueires de mandioca plantados eram elegíveis para os cargos de deputado e senador. 03. Uma das exigências da primeira Constituição brasileira foi a eliminação da escravidão. 04. A exemplo dos dias atuais, o governo imperial concentrava todos os poderes políticos, submetendo os governadores das províncias, atuais Estados, à sua autoridade. 47 - (UNIFICADO RJ/1995) A concretização da emancipação política do Brasil, em 1822, foi seguida de divergências entre os diversos setores da sociedade, em torno do projeto constitucional, culminando com o fechamento da Assembléia Constituinte. Assinale a opção que relaciona corretamente os preceitos da Constituição imperial com as características da sociedade brasileira. 11 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 11 a) A autonomia das antigas Capitanias atendia aos interesses das oligarquias agrárias. b) O Poder Moderador conferia ao Imperador a proeminência sobre os demais Poderes. c) A abolição do Padroado, por influência liberal, assegura ampla liberdade religiosa. d) A abolição progressiva da escravidão, proposta de José Bonifácio, foi uma das principais razões da oposiçãoao Imperador D. Pedro I. e) A introdução do sufrágio universal permitiu a participação política das camadas populares, provocando rebeliões em várias partes do país. 48 - (UNIPAR PR/2002) Logo após a Independência do Brasil em 1822, um dos assuntos mais discutidos pelas elites políticas da jovem nação estava relacionado com: a) a definição da forma de governo monárquica ou republicana. b) a futura sucessão do trono português, pois o imperador do Brasil era o seu herdeiro legal. c) a criação das Assembléias Provinciais como forma de descentralizar o poder político. d) a organização de um Estado nacional que pudesse atender aos mais amplos interesses da sociedade. e) a questão da abolição da escravidão que se desenhava em toda a América. 49 - (UNESP SP/1997) Em troca do reconhecimento de sua independência por parte da Inglaterra, o Brasil assinou um tratado, em 1826, incluindo cláusulas para pôr termo: a) Ao tráfico negreiro b) Ao tratado comercial de 1810 c) À escravidão africana d) À autonomia municipal e) Ao pacto colonial 50 - (UFG GO/2001) O processo de formação do Estado brasileiro encontra várias possibilidades de leitura, dada a diversidade de projetos políticos existentes no Brasil, nas primeiras décadas do século XIX. Entre as conjunturas da independência (1822) e da abdicação (1831), o País conviveu com projetos diferentes de gestão política. Sobre as conjunturas mencionadas anteriormente e seus desdobramentos, julgue os itens. 01. O acordo em torno do príncipe D. Pedro foi uma decorrência do receio de que a independência se transfigurasse em aberta luta política entre os diversos segmentos da sociedade brasileira. A Monarquia era a garantia da ordem escravista. 02. Ao proclamar a independência, o príncipe D. Pedro rompeu com a comunidade portuguesa, que insistia em ocupar cargos públicos. A direção política do País foi entregue aos homens aqui nascidos, condição essencial para ser considerado cidadão no novo Império. 03. Em 1831, as elites políticas brasileiras entraram em desacordo com o Imperador, que insistia em desconsiderar o legislativo, preocupando-se, excessivamente, em defender os interesses dinásticos de sua filha em Portugal, o que irritava as elites políticas locais. 04. Com a abdicação, iniciou-se um período marcado pelo crescimento econômico decorrente da produção de café, o que possibilitou a execução de uma reforma política, o Ato Adicional (1834), que deu estabilidade ao Império. 51 - (FUVEST SP/2000) A Constituição brasileira de 1824 colocou o imperador à testa de dois poderes. Um deles lhe era “delegado privativamente” e o designava ‘chefe supremo da nação” para velar sobre “o equilíbrio e harmonia dos demais poderes políticos”; o outro poder o designava simplesmente “chefe” e era delegado aos ministros de Estado. Estes poderes eram respectivamente: a) Executivo e Judiciário b) Executivo e Moderador. c) Moderador e Executivo d) Moderador e Judiciário e) Executivo e Legislativo 52 - (UNESP SP/1993) No decurso do Primeiro Reinado, vieram à tona conflitos, contradições e crises. No período Regêncial, marcado por agitações sociais e políticas, a grave e prolongada crise econômica e financeira começou a ser superada com a) O auge da mineração. b) O surto da cafeicultura. c) A utilização do açúcar de beterraba. d) A lei e a ordem impostas pela Guarda Federal. e) O aumento na exportação de algodão para os Estados Unidos. 53 - (UNESP SP/1999) Assinale a alternativa que indica um movimento separatista ocorrido no período do Império brasileiro que incorporou o ideal republicano. a) Confederação do Equador. b) Revolta de Beckman. c) Inconfidência Mineira. d) Canudos. e) Conjuração Baiana. 54 - (UNIFOR CE/1998) A Confederação do Equador (1824) é marcada pelo a) Apoio ao movimento interno nas províncias, onde firmavam e aceitavam a Constituição de 1824, como a única saída para resolver os problemas regionais. 12 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 12 b) Descontentamento, porque o Imperador dissolvera a Assembléia Constituinte onde o Nordeste contava com significativa representação. c) Movimento interno, para que se transformasse a política do Imperador em uma guerra civil nas demais províncias. d) Apoio das províncias do Nordeste contra a metrópole que exigia o retorno do Pacto Colonial. e) Amparo à imagem do Imperador, uma vez que já estava sufocada pelo seu autoritarismo. 55 - (UNIFOR CE/2000) Em 25 de março de 1824 é outorgada a primeira Constituição Brasileira. Ela estabelecia: I. A instituição de três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, exercidos por delegação do povo, fortalecendo o Poder Executivo do Ministério com prejuízo das atribuições do Imperador. II. Um sistema eleitoral em dois graus e censitários: para votar nas eleições primárias era condição necessária ter de rendimento líquido anual o valor de 150 alqueires de mandioca; para ser eleitor de 2º grau, 250 alqueires de mandioca; deputado, 500 alqueires de mandioca e senador, 1 000 alqueires de mandioca. III. A Constituição de quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador, cabendo a este último nomear senadores, convocar a Assembléia Geral, sancionar decretos-leis, conceder anistia, dissolver a Câmara dos Deputados, suspender magistrados, nomear e demitir ministros. IV. Que os estrangeiros só podiam exercer cargos públicos após estarem naturalizados e mesmo assim, estes cargos seriam de pequena importância. Pode-se afirmar que são corretas SOMENTE: a) III b) I e III c) II e IV d) I, III e IV e) II, III e IV 56 - (UNIFOR CE/2000) No Primeiro Reinado (1822-1831) surgiu Martins Pena, o 1º grande autor teatral do Brasil, criador de O Noviço e O Judas em Sábado de Aleluia. Suas peças: a) Notabilizaram João Caetano dos Santos, o 1º grande ator brasileiro. b) Eram comédias de costumes, nas quais criticava a sociedade brasileira. c) Retratam, com intensidade, a realidade nordestina. d) Representam a continuação da obra de Artur de Azevedo. e) São encenadas pela companhia organizada por Leopoldo Fróes. 57 - (UNIFOR CE/2001) Analise os itens que seguem. I. Insuficiência de fontes de energia (não existia carvão mineral de boa qualidade). II. Falta de transporte e comunicações entre as várias regiões brasileiras. III. Os baixos preços dos produtos estrangeiros postos à venda no comércio interno. IV. Falta de mercados externos e de capitais. No Brasil, eles apontam fatores que: a) Favoreceram o desenvolvimento de atividades industriais no século XX. b) Contribuíram para a queda da economia cafeeira no Vale do Paraíba. c) Retardaram a extinção do tráfico de escravos no Segundo Reinado. d) Permitiram a construção da primeira estrada de ferro no Sudeste. e) Dificultaram a instalação de indústria nacional durante o Império. 58 - (UNIFOR CE/2002) ‘A Constituição outorgada, que vigorou até o final do Império, conservou algumas disposições discutidas no anteprojeto. Teve, porém, caráter contraditório, pois ao mesmo tempo em que manteve, em linhas gerais, as influências do liberalismo europeu, a) Instituiu uma monarquia constitucional e hereditária e um sistema eleitoral baseado no voto a descoberto. b) Estabeleceu as Assembléias Legislativas Provinciais com poderes de elaborar leis das próprias províncias. c) Extinguiu o Conselho de Estado e a vitaliciedade do Senado, ampliando a participação política nas províncias. d) Apresentou traços marcantes de autoritarismo, através de umPoder Moderador, exercido pelo imperador. e) Determinou que o Poder Executivo deveria ficar nas mãos de um representante eleito pela Assembléia Legislativa. 59 - (UNIFOR CE/2002) Analise os textos abaixo. “(…) os Conselhos de Províncias, que tinham o caráter apenas consultivo, cederam lugar às Assembléias Legislativas, com amplos poderes, podendo legislar sobre matérias civil e militar, instrução pública, política e econômica dos municípios; o Conselho de Estado, principal órgão de assessoria do imperador, foi abolido.” “A aprovação do Código de Processo Criminal ampliou a autonomia judiciária aos municípios. Através desse novo código, o poder municipal concentrou-se nas mãos 13 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 13 dos juízes de paz, eleitos pela população local, que além dos poderes judiciários, tinha ainda o poder de polícia.” Os textos identificam: a) Algumas das modificações realizadas pela Lei de Interpretação que descaracterizaram o conteúdo liberal do código de processo. b) Parte do conjunto de inovações estabelecidas pelo texto Constitucional de 1824 que concentrava o poder nas mãos do Imperador. c) Algumas das características políticas do Anteprojeto Constitucional elaborado pela Assembléia, após a independência. d) Parte do conjunto das modificações realizadas no período regencial, que recebeu o nome de Ato Adicional à Constituição Político do Império. e) Alguns dos resultados da restauração do Conselho de Estado como o principal órgão de assessoria direta do imperador com o golpe de Maioridade. 60 - (UNIFOR CE/2002) No processo de formação do operariado brasileiro foi significativo o papel dos imigrantes italianos e espanhóis, pois: a) Foram responsáveis pela difusão do anarquismo, trazendo de seus países de origem a experiência sindical. b) Eram opositores da oligarquia dominante dos fazendeiros de café, contribuindo para a queda da Primeira República. c) Constituíram-se em agendas da industrialização e responsáveis pelo estabelecimento de uma política industrial no país. d) Foram responsáveis pela introdução do socialismo no campo, incentivando, assim, o processo de abolição da escravatura. e) Contribuíram para a formação de indústrias artesanais dispersas, responsáveis pela política de substituição das importações. 61 - (FGV/2005) Durante o Primeiro Reinado, o governo brasileiro pediu aos ingleses alguns empréstimos, que representavam grandes somas – como 1 332 300 libras em 1824 ou 2 352 900 libras no ano seguinte – com uma taxa de juros muito alta. Essa situação foi gerada principalmente: a) Por uma crise no mercado internacional de açúcar e de café, que fez com que as principais mercadorias para exportação do país fossem cotadas a menos da metade do valor da última década do século XVIII. b) Pelos gastos com os conflitos bélicos, contra o Paraguai e as Províncias Unidas do Prata, pelo controle do estuário do Prata, área de importância estratégica disputada com a Espanha desde o período colonial. c) Por causa da diminuição das exportações, devido à retração dos mercados internacionais, e dos tratados econômicos que beneficiavam a entrada de produtos europeus em grande volume. d) Pelo custo da montagem de uma força militar a mando de D. Pedro I, com o objetivo de defender o seu trono em Portugal, que fora usurpado pelo seu irmão Dom Miguel e por seu pai, D. João VI. e) Pela ajuda dos ingleses para a reconstrução da economia brasileira depois do longo processo de emancipação política, por meio de investimentos diretos na modernização de vários setores produtivos no país. 62 - (FGV/2005) ALFORRIA DE LIBERTOS POR SEXO, 1807-1831 (Mary C. Karasch, A vida dos escravos no Rio de Janeiro, 1808-1850) A partir da tabela apresentada, com dados sobre escravos do Rio de Janeiro, é correto concluir que: a) Era muito rara a alforria de um escravo ladino. b) A maior parte das alforrias vinha do espaço rural. c) O grupo mais beneficiado era o de escravas do meio urbano. d) O maior número de alforrias está no grupo de homens do meio rural. e) Não havia possibilidade de alforrias de crianças no espaço urbano. 63 - (UNESP SP/2005) No início dos trabalhos da primeira Assembléia Constituinte da história do Brasil, o imperador afirmou “esperar da Assembléia uma constituição digna dele e do Brasil”. Na sua resposta, a Assembléia declara “que fará uma constituição digna da nação brasileira, de si e do Imperador.” Essa troca de palavras entre D. Pedro I e os constituintes refletia a) A oposição dos proprietários rurais do nordeste ao poder político instalado no Rio de Janeiro. b) A tendência republicana dos grandes senhores territoriais brasileiros. c) O clima político de insegurança provocado pelo retorno da família real portuguesa à Lisboa. 14 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 14 d) Uma indisposição da Assembléia para com os princípios políticos liberais. e) Uma disputa sobre a distribuição dos poderes políticos no novo Estado. 64 - (FGV/2006) Iniciados os trabalhos da Constituinte [em maio de 1823], José Bonifácio procurou articular em torno de si os propósitos dos setores conservadores, além de esvaziar radicais e absolutistas. Na prática, José Bonifácio (...) procurou imprimir um projeto conciliador entre as pretensões centralizadoras e os anseios das elites rurais. O papel do imperador deveria ser destacado dentro da organização do novo Estado, já que em torno de sua figura se construiria a unidade territorial do novo país. (Rubim Santos Leão de Aquino et alli, Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais) No momento em que os trabalhos constituintes eram iniciados, a manutenção da unidade territorial do Brasil corria riscos em virtude: a) da ocupação exercida por forças militares portuguesas na Bahia, no Pará e na província Cisplatina. b) das pressões inglesas para que as regiões próximas da bacia amazônica fossem separadas do Brasil. c) da Revolta dos Farrapos, que lutava pela emancipação das províncias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. d) da adesão de Gonçalves Ledo ao partido brasileiro, que defendia uma ampla autonomia do nordeste brasileiro. e) de o anteprojeto constitucional — a Constituição da Mandioca — apontar para uma ordem administrativa igual à dos EUA. 65 - (FUVEST SP/2006) Durante o período em que o Brasil foi Império houve, entre outros fenômenos, a: a) consolidação da unidade territorial e a organização da diplomacia. b) predominância da cultura inglesa nos campos literário e das artes plásticas. c) constituição de um mercado interno nacional, integrando todas as regiões do país. d) incidência de guerras externas e a ausência de rebeliões internas nas províncias. e) inclusão social dos índios e a abolição da escravidão negra. 66 - (PUC RS/2003) A Carta Constitucional de 1824 fixou um núcleo de poder político cujo exercício seria marcante no parlamentarismo monárquico brasileiro e que incluía as seguintes atribuições: empregar a força armada; escolher os senadores a partir de lista tríplice; sancionar e vetar atos do legislativo; dissolver a Câmara; nomear juízes. Segundo a referida Constituição, esse conjunto de atribuições era exercido: a) pelo Primeiro Ministro. b) pelo Supremo Tribunal de Justiça. c) pelo Monarca. d) pela Câmara dos Deputados. e) pelo Conselho de Estado. 67 - (UESPI/2003) Sobre o processo de independência do Brasil é possível afirmar que seu desfecho se deu num clima de relativa paz, não se caracterizando aquiloque se poderia chamar de luta renhida da colônia contra a metrópole. São vários, contudo, os enfrentamentos entre portugueses e “brasileiros” havidos à época, de que são exemplos notáveis a(o): a) Batalha do Jenipapo, no Piauí, e a resistência na Bahia em aderir ao governo de Pedro I; b) Cabanagem, no Pará, e a Sabinada, na Bahia; c) Farroupilha, no Rio Grande do Sul, e o Contestado, Santa Catarina; d) Levante dos malês, na Bahia, e a Confederação do Equador, Pernambuco; e) Rebelião Praieira, Pernambuco, e insurreição dos Alfaiates, na Bahia. 68 - (UESPI/2003) “Morre um liberal, mas não morre a liberdade”. Esta frase foi ouvida da boca de um jornalista e líder liberal assassinado em São Paulo em 1830, no contexto da crise que desembocaria na abdicação do imperador Pedro I, em 1831, e no início do período de governo das regências. Estamos falando de quem? a) Evaristo da Veiga b) Libero Badaró c) Teófilo Ottoni d) Justiniano José da Rocha e) Cipriano Barata 69 - (UFMT/2003) O Primeiro Reinado foi o período da história do Brasil que correspondeu ao governo de Dom Pedro I. Sobre o contexto da Independência brasileira e o Primeiro Reinado, julgue os itens. 00. A Independência do Brasil ocorreu no contexto das independências latino-americanas, ou seja, não foi um processo isolado e esteve vinculado à crise mais ampla do antigo sistema colonial. 01. De todas as províncias brasileiras, somente três, Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso, se opuseram à independência, mantendo-se fiéis a Portugal. 15 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 15 02. A Independência brasileira foi reconhecida, sem exigências, pelas principais potências européias, imediatamente após 7 de setembro. 03. A primeira Constituição brasileira foi promulgada em 1824 por Dom Pedro I e teve um caráter democrático e liberal, estabelecendo a clássica divisão de poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. 70 - (UFRN/2003) Sobre a independência política do Brasil, Cáceres comenta: A independência foi obra dos proprietários rurais e grandes comerciantes. Esses beneficiários da sociedade colonial não pensaram na formação de uma nova sociedade, na abolição da escravidão e na promoção das camadas marginalizadas. O liberalismo, segundo a visão desses segmentos, consistia em acabar com os últimos resquícios do sistema colonial, limitar o poder do imperador, mas mantendo a forma monárquica de governo. CÁCERES, Florival. História do Brasil. São Paulo: Moderna, 1995. p. 153. Essas idéias dominaram a Assembléia Constituinte. O projeto constitucional de 1823, por ela elaborado, expressou fortemente os interesses das facções aristocráticas, uma vez que: a) Instituía que o eleitor ou candidato aos cargos de deputado e senador teria que comprovar elevada renda, proveniente, sobretudo, da atividade agrícola. b) Estabelecia o exercício do poder moderador como atribuição exclusiva do imperador, que poderia interferir em decisões tomadas pelo Legislativo ou Judiciário. c) Adotava diretrizes políticas que privilegiavam os proprietários de terras e de escravos e os grandes comerciantes portugueses que tivessem renda em dinheiro. d) Determinava a adoção do voto universal para os homens brancos, livres e cristãos, mas impedia que mulheres, escravos e não-católicos se expressassem nas eleições. 71 - (UFSC/2003) “Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os Brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil! Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes, que tem algum direito à coroa, por descender da Casa de Bragança, de quem já somos independentes de fato e de direito? (...). Se os do sul, gelados pelo frio do trópico, não têm valor para te punir num cadafalso; Se aceitam da tua mão, o vil projeto de constituição, que deveriam considerar um novo insulto, depois da dissolução do congresso; Se finalmente querem ser teus escravos, engana-te, sultão, pois no sul ficará circunscrito o teu império ...”. Fragmentos retirados do Manifesto da Confederação do Equador. Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) relacionada(s) com o conteúdo do documento e com episódios da Confederação do Equador. 01. O Manifesto demonstrava o descontentamento dos líderes do movimento com a permanência de D. Pedro I no Brasil após a proclamação da Independência. 02. O frio do sul foi o maior responsável pelo apoio da sua população à Constituição antidemocrática de 1824, outorgada por D. Pedro I. 04. O Manifesto torna público que os súditos do sul não concordavam com a legitimidade da aclamação de D. Pedro I como Imperador do Brasil. 08. Pode-se considerar o Manifesto uma declaração favorável dos líderes da Confederação do Equador à aclamação de D. Pedro I, considerado herdeiro legítimo da Casa de Bragança. 16. A dissolução da Constituinte, por D. Pedro I, e a outorga da Constituição de 1824 geraram uma crise política, como se percebe nas palavras do Manifesto. 32. Os manifestantes consideravam justa a atitude de D. Pedro I ao ordenar a execução sumária dos revoltosos do norte, entre eles, Frei Caneca. 72 - (UFSC/2003) Os florianopolitanos e visitantes podem, durante todo o ano, visitar as fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones, notáveis obras da engenharia militar portuguesa. Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) sobre os acontecimentos que envolveram a construção dessas fortalezas. 01. A construção das fortalezas foi idealizada pelo Engenheiro Militar Brigadeiro José da Silva Paes, primeiro governador da Capitania de Santa Catarina. 02. A construção das fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones fazia parte da estratégia de consolidar a ocupação portuguesa no sul da colônia e evitar uma invasão espanhola. 04. As fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones foram construídas durante o Primeiro Império (1822-1831) e faziam parte do sistema defensivo que visava impedir a reconquista do Brasil meridional pelos portugueses. 08. As fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones deviam proteger a ilha contra investidas estrangeiras. 16 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 16 16. Na época em que foram construídas as fortalezas mencionadas, o governo português temia os corsários franceses que, provenientes do Rio da Prata, poderiam tomar a ilha, caso não fosse defendida. 32. Durante as lutas pela independência do Brasil as referidas fortalezas foram usadas como prisão militar. Nelas foram encarcerados os revoltosos do Desterro que desejavam implantar um governo federalista. 73 - (UFPE/2003) A Constituição de 1824, elaborada por "homens probos e amantes da dignidade imperial e da liberdade dos povos", segundo o Imperador Pedro I, continha uma novidade em relação ao projeto de constituição de 1823: a criação do Poder Moderador. Assinale a alternativa que melhor define este Poder. a) Com base no Poder Moderador, o Imperador restringiu os poderes dos regentes unos - Padre Diogo Feijó e Araújo Lima. b) O Poder Moderador conferia à Câmara de Deputados a prerrogativa de vetar decisões do Imperador. c) A Constituição de 1824 conferia ao Poder Moderador, que era exercido pelo Senado, nomear e demitir livremente os ministros de estado, conceder anistia e perdoar dívidaspúblicas. d) O Poder Moderador era o quarto poder do Império e era exercido pelo Imperador Pedro I. Com base neste Poder, o Imperador poderia dissolver a câmara dos deputados, aprovar e suspender resoluções dos conselhos provinciais e suspender os magistrados, entre outras prerrogativas. e) O Poder Moderador de invenção maquiavélica, atribuído a Benjamin Constant, foi responsável pelo golpe da maioridade em 1840. 74 - (UFMS/2004) Analise o texto abaixo: “Brasileiros! Salta aos olhos a negra perfídia, são patentes os reiterados perjuros do imperador e está conhecida nossa ilusão ou engano em adotarmos um sistema de governo defeituoso em sua origem, e mais defeituoso em suas partes componentes. As constituições, as leis e todas as instituições humanas são feitas para os povos e não os povos para elas. Eia, pois brasileiros, tratemos de constituir-nos de um modo análogo às luzes do século em que vivemos; o sistema americano deve ser idêntico; desprezemos instituições oligárquicas, só cabidas na encanecida Europa.” (Manifesto da Confederação do Equador. In: PESSOA, Reynaldo C. A idéia republicana no Brasil, através de documentos. São Paulo : Alfa-Ômega, 1973, p.16). Com base no texto e em seus conhecimentos sobre a história da América Latina, assinale a alternativa correta. a) O manifesto expunha claramente o descontentamento dos confederados do Equador em relação ao imperador de Portugal, na época, D. João VI. b) Trata-se de um manifesto de 1824 em que os confederados manifestavam o seu descontentamento com o regime colonial espanhol. A partir desse momento, ficava oficialmente declarada a independência do Equador. c) Com esse documento, os confederados do Equador manifestavam-se surpreendidos e decepcionados com o imperador D. Pedro I, que tinha então dissolvido a Constituinte no Brasil. d) Os confederados do Equador queriam a instituição imediata de um governo forte para governar o Império Brasileiro. e) Somente interessava aos manifestantes o estabelecimento de um governo calcado nos princípios básicos republicanos e a libertação de todos os escravos existentes em território brasileiro. 75 - (UNESP SP/2004) Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de d. João VI, rei de Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um imperador criminoso, sem fé nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a Confederação do Equador! Viva a constituição que nos deve reger! Viva o governo supremo, que há de nascer de nós mesmos! (Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do Equador, 1824.) A proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida: a) No contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembléia Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional. b) Como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram consultadas sobre a aclamação de D. Pedro. c) No âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D. João VI para Portugal. d) Como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime controlado pelas câmaras municipais. e) Como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua maioria por portugueses. 76 - (UNESP SP/2005) A primeira Constituição brasileira [de 25 de março de 1824] nascia de cima para baixo, imposta pelo rei ao “povo”, embora devamos entender por “povo” a 17 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 17 minoria de brancos e mestiços que votava e que de algum modo tinha participação na vida política. (Boris Fausto, História do Brasil.) Entre os dispositivos dessa Carta Constitucional estavam presentes a) a autonomia provincial, o fim do tráfico negreiro e o voto secreto. b) o voto indireto e censitário, o Conselho de Estado e o Poder Moderador. c) a divisão em três poderes, o fim do padroado e o ensino laico e gratuito. d) o parlamentarismo, a cidadania dos índios e a separação Igreja e Estado. e) um parlamento unicameral, o centralismo político- administrativo e o voto aberto. 77 - (UNIFOR CE/2003) O texto abaixo é a reprodução do decreto de D. Pedro I dissolvendo a Assembléia Nacional Constituinte de 1823. "Havendo eu convocado, como tinha direito de convocar, a Assembléia Geral Constituinte e Legislativa (...) a fim de salvar o Brasil dos perigos que lhes estavam eminentes: E havendo essa assembléia perjurado ao tão solene juramento, que prestou à nação, de defender a integridade do Império, e a minha dinastia: Hei por bem, como Imperador e defensor perpétuo do Brasil, dissolver a mesma assembléia e convocar já uma outra na forma das instruções feitas pela convocação desta, que agora acaba, a qual deverá trabalhar sobre o projeto de Constituição que eu lhe hei de em breve apresentar, que será mais duplicadamente liberal do que o que a extinta assembléia acabou de fazer (...)" (Paço, 12/11/1823, segundo da Independência e do Império) A dissolução da Constituinte, controlada pelos representantes da aristocracia rural, provocou: a) A fragmentação do poder da aristocracia rural que mantivera o colonialismo e a anulação das medidas tomadas por D. João VI em sua estada no Brasil. b) O desencadeamento de lutas em todo o território nacional, principalmente na Bahia e Grão-Pará, onde havia maior resistência à política liberal de D. Pedro I. c) O rompimento entre D. Pedro I e o Partido Brasileiro e sua aproximação do Partido Português, cuja política era favorável ao absolutismo e à recolonização do Brasil. d) O enfraquecimento do Partido Brasileiro e sua divisão em Partido Conservador, aliado ao Imperador, e o Partido Liberal que defendia uma monarquia constitucional. e) A antecipação da maioridade de D. Pedro II e o reconhecimento internacional da independência política brasileira. 78 - (UFMS/2005) Leia atentamente o texto abaixo. Em seguida, analise as afirmativas que se seguem e aponte qual(is) delas está(ão) correta(s) A instrução primária no Brasil foi estabelecida como direito individual dos cidadãos, ativos e passivos, pela Constituição Imperial de 1824 (art. 179). Evidentemente, escravos não eram cidadãos e, portanto, a legislação educacional excluía expressamente os escravos do acesso às escolas públicas [...]. Mas quanto aos indivíduos livres, em tese, independentemente da cor, o acesso às escolas era franqueado. O critério de diferenciação era a liberdade, e não a cor da pele. É verdade que, em 1835, momento em que se tentava proibir o tráfico de africanos, leis provinciais buscavam barrar o ingresso dos africanos libertos, mas isso deveu-se ao fato de que estes eram considerados estrangeiros e, portanto, não eram súditos do Império brasileiro, não podendo gozar das prerrogativas dos nacionais. [...] (SCHUELER, Alessandra F. M. de. Quando os negros começaram a freqüentar a escola no Brasil houve segregação explícita? Revista Ciência Hoje, v. 35, n. 207, ago. de 2004, p. 5). I- Segundo a Constituição Imperial de 1824, os escravos não tinham acesso às escolas públicas por serem considerados bens materiais e não cidadãos. II- Os indivíduos livres, desde que não fossem negros, poderiam ter acesso às escolas públicas. III- uando, em 1835, os republicanos tentavam proibir o tráfico de africanos, o único critério de diferenciação para o acesso às escolas públicas era a liberdade, não importando se fossem estrangeiros ou nacionais. IV- Em 1835, leis provinciais buscavam barrar o acesso de africanos às escolas, pois, mesmo que libertos, não eram consideradossúditos do Império brasileiro. Assinale a alternativa correta. a) A afirmativa I está correta e as II, III e IV estão erradas. b) As afirmativas I e III estão corretas e as II e IV estão erradas. c) As afirmativas II e IV estão corretas e a I e III estão erradas. d) A afirmativa III está correta e a I, II e IV estão erradas. e) As afirmativas I e IV estão corretas e a II e III estão erradas. 79 - (FGV/2000) “A propagação das idéias republicanas, antiportuguesas e federativas (...) ganhou ímpeto com a presença no Recife de Cipriano Barata, vindo da Europa, onde representava a Bahia nas Cortes. É importante ressaltar (...) o papel da imprensa na veiculação de críticas e propostas políticas (...). Os Andradas, que tinham passado para a oposição depois das medidas 18 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 18 autoritárias de D. Pedro, lançaram seus ataques através de O Tamoio; Cipriano Barata e Frei Caneca combateram a monarquia centralizada, respectivamente na Sentinela da Liberdade e no Tífis Pernambucano.” (Boris Fausto. História do Brasil) A conjuntura exposta no texto acima refere-se à emergência da: a) Rebelião Praieira; b) Cabanagem; c) Balaiada; d) Sabinada; e) Confederação do Equador. 80 - (UNIMONTES MG/2005) O documento papal, cuja divulgação no Brasil está relacionada à Questão Religiosa, no século XIX, foi a a) Bula Syllabus de Pio IX. b) Bula Inter Coetera de Alexandre VI. c) Encíclica Mater et Magistra de João XXIII. d) Encíclica Rerum Novarum de Leão XIII. 81 - (UNIMONTES MG/2005) Observe o organograma a seguir. De acordo com o organograma acima, podemos afirmar: I- O direito de voto é reservado àqueles que atingem os rendimentos mínimos fixados por lei. II- As eleições são realizadas de forma indireta, censitária, e em 2 níveis. III- Só poderia ser votado para deputado e senador quem obtivesse renda de 400 mil-réis e 800 milréis, respectivamente. IV- Os eleitores de paróquia participavam da eleição para senador e deputado, pela Constituição de 1824. Estão CORRETAS a) I, III e IV, apenas. b) III e IV, apenas. c) I, II e III, apenas. d) I e II, apenas. 82 - (UFAC/2003) “José Bonifácio mandou prender Gonçalves Ledo, que fugiu do país em 1823. Em 1824 era sua vez de ser preso e deportado por D. Pedro I. Em 1825, o imperador ordenou a morte de Frei Caneca. Na década seguinte, Feijó hostilizava José Bonifácio, tentando destituí-lo do cargo de tutor de Pedro II. Como regente, Feijó celebrizou-se por combater com fúria rebeliões provinciais semelhantes àquela liderada por Frei Caneca...” (“Os Santos do Altar”, citado por Júlio Simões e Laura Antunes (coordenadores) em“Pátria Amada Esquartejada”, São Paulo: DPH, 1992). Desenvolvendo uma refinada crítica à história oficial, o texto acima se refere aos conturbados anos do I Império e das regências brasileiras e, fundamentalmente, mostra a enganosa conciliação de projetos, interesses e idéias diferentes em torno dos “grandes vultos e heróis” da Pátria. Tal conciliação tem a finalidade de: a) Estabelecer a idéia de uma nação unificada e sem conflitos. b) Estabelecer a idéia de uma nação plural e popular. c) Apontar a diversidade de projetos na construção da nação brasileira. d) Apontar a diversidade étnica na construção da nação brasileira. e) Criar a idéia de uma nação multi-étnica e plurilingüística. 83 - (UFSM RS/2004) Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Cap. Rodrigo Cambará entrara na vida de Santa Fé. Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém sabia de onde, com o chapéu de barbicacho puxado para a nuca, (...) montava um alazão, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dólmã militar azul, com gola vermelha e botões de metal. Tinha um violão a tiracolo; sua espada, apresilhada aos arreios, rebrilhava ao sol daquela tarde de outubro de 1828 e o lenço encarnado que trazia ao pescoço esvoaçava no ar como uma bandeira. Veríssimo, E. "O Continente 1 - O tempo e o vento". São Paulo: Globo, 2000. p. 171. Ao criar o Cap. Rodrigo Cambará, Érico Veríssimo deu vida a um herói fundador do Rio Grande do Sul. Esse herói foi moldado a partir da realidade histórica marcada por I - conflitos militares de fronteiras. II - consolidação da economia pastoril voltada para o consumo interno. III - envolvimento com o gado chucro. IV - expansão de latifúndios cercados e vigiados. Estão corretas a) apenas I e II. b) apenas I e III. c) apenas II e III. d) apenas I e IV. 19 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 19 e) apenas III e IV. 84 - (UNIFESP SP/2004) Realizada a emancipação política em 1822, o Estado no Brasil a) Surgiu pronto e acabado, em razão da continuidade dinástica, ao contrário do que ocorreu com os demais países da América do Sul. b) Sofreu uma prolongada e difícil etapa de consolidação, tal como ocorreu com os demais países da América do Sul. c) Vivenciou, tal como ocorreu com o México, um longo período monárquico e uma curta ocupação estrangeira. d) Desconheceu, ao contrário do que ocorreu com os Estados Unidos, guerras externas e conflitos internos. e) Adquiriu um espírito interior republicano muito semelhante ao argentino, apesar da forma exterior monárquica. 85 - (UNESP SP/2004) Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de d. João VI, rei de Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um imperador criminoso, sem fé nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a Confederação do Equador! Viva a constituição que nos deve reger! Viva o governo supremo, que há de nascer de nós mesmos! (Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do Equador, 1824.) A proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida a) No contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembléia Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional. b) Como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram consultadas sobre a aclamação de D. Pedro. c) No âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D. João VI para Portugal. d) Como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime controlado pelas câmaras municipais. e) Como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua maioria por portugueses. 86 - (UFC CE/2004) Em 29 de maio de 1829, oficiais ingleses abordaram o navio Veloz. "Os diários de bordo e mais papéis do Capitão foram examinados... estavam em ordem. O número de pessoas transportadas obedecia ao que estipulava a lei..." GÓES José Roberto Pinto de, Cordeiros de Deus: tráfico, demografia e política no destino dos escravos, em: Marco. A. Pamplona (org.) Escravidão, exclusão e cidadania. Rio de Janeiro, Access, 2001, p. 23 Com base no texto acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta sobre o tráfico de escravos, durante o Império. a) A Inglaterra vistoriava os navios para impedir o contrabando de produtos que pudessem concorrer com as manufaturas inglesas. b) Os traficantes de escravos obedeceram aos tratados e leis firmados com a Inglaterra, inclusive os compromissos assumidos por Portugal, a partir da transferência da Corte. c) Portugal tinha se comprometido a limitar a prática do tráfico ao sul do equador e, desde então, a Inglaterra tinha o direito de vigiar pelo cumprimento dos acordos firmados. d) Tratados firmados entre o Brasil e a Angolaproibiam o tráfico ao sul do equador. e) Os tratados assinados, em 1810 e 1831, permitiam aos piratas de Sua Majestade seqüestrar carregamentos de escravos e levá-los para as plantações do Caribe. 87 - (PUC MG/2004) Sobre a independência do Brasil, é INCORRETO afirmar que: a) Resultou de um processo político comandado pelos grandes proprietários de terras. b) Girou em torno de D. Pedro I com o objetivo de garantir a unidade do país. c) Proporcionou mudanças radicais na estrutura de produção para beneficiar as elites. d) Continuou a produção a atender às exigências do mercado internacional. 88 - (Mackenzie SP/2004) A respeito dos princípios presentes na Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, é correto afirmar que: a) Garantiam ampla liberdade individual e resguardavam a liberdade econômica, assegurando a participação política desvinculada da necessidade de uma renda mínima por parte do cidadão. b) Garantiam as liberdades individuais inspiradas na Declaração dos Direitos do Homem, elaborada pelos revolucionários franceses em 1789. c) Estabeleciam a igualdade de todos perante a lei, estatuto que foi observado com rigor por toda a sociedade brasileira. d) Estabeleciam o princípio da liberdade religiosa, segundo o qual o Estado permaneceria distante das questões religiosas. e) Determinavam disposições jurídicas que eram as mais adequadas à realidade nacional da época, não apresentando, portanto, contradições. 20 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 20 89 - (UFSC/2004) Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) em relação ao processo de independência do Brasil. 01. A independência do Brasil, a sete de setembro de 1822, atendeu aos interesses da elite social do Brasil Colônia e da burguesia portuguesa favorecida pelo decreto de Abertura dos Portos de 1808. 02. A revolta em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, liderada pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, apressou os planos de D. Pedro, apoia-do pela aristocracia. Forçado pelas circunstâncias, teve de proclamar a independência. 04. No período colonial ocorreram numerosos motins e sedições como: a Aclamação de Amador Bueno, em São Paulo; a Guerra dos Emboabas e a Revolta de Vila Rica, em Minas Gerais. 08. A Maçonaria no Brasil, no século XIX, defendia os princípios liberais. As Lojas Maçônicas, em especial as do Rio de Janeiro, tiveram papel importante no movimento pela separação do Brasil de Portugal. 16. A independência, proclamada por D. Pedro, foi aceita incondicionalmente por todas as províncias. 90 - (PUC RS/2003) Desde o princípio da década de 1840, o café torna-se o principal produto da economia brasileira. A partir da Floresta da Tijuca, a cultura cafeeira expande-se por toda a província do Rio de Janeiro: Mangaratiba, Angra dos Reis, Parati, Maricá, Itaboraí e Magé, encontrando na região do Vale do rio Paraíba do Sul condições ideais de cultivo. Entre 1830 e 1870, o Vale torna-se o centro econômico do Império. Considerando o referido período, é correto afirmar que a lavoura cafeeira dessa região a) Enfrentou dificuldades estruturais no setor de transporte, devido à inexistência de investimentos estrangeiros e nacionais na construção de ferrovias entre a zona de cultivo e o porto de Santos. b) Entrou em declínio a partir de 1870, principalmente devido à queda de consumo no mercado interno, associada à ascensão do algodão como principal produto de exportação. c) Foi pioneira na utilização, em larga escala, da mão- de-obra imigrante assalariada, e foco da crise do escravismo na economia brasileira. d) Criou uma classe de pequenos e médios produtores rurais, que viria a constituir a principal base social do republicanismo. e) Gerou a necessidade do estabelecimento de pequenas unidades agrícolas produtoras de gêneros alimentícios para consumo interno nas fazendas. 91 - (FGV/2003) A Constituição Brasileira de 1824: a) Foi elaborada e aprovada pela Assembléia Geral Constituinte e estabeleceu a organização do Estado a partir da divisão em três poderes: Legislativo, Judiciário e Moderador. b) Ficou conhecida como a Constituição da Mandioca, em razão da adoção de um sistema censitário que definia pelo critério de renda e bens aqueles que poderiam votar e ser votados nas eleições gerais. c) Foi elaborada pelo Conselho de Estado após a dissolução da Constituinte e, além dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, estabelecia o Poder Moderador, a ser exercido pelo monarca brasileiro. d) Foi elaborada pelo Conselho de Estado após a dissolução da Constituinte e garantia forte autonomia às Províncias, apesar da implementação do Poder Moderador, a ser exercido pelo monarca brasileiro. e) Foi elaborada pela Assembléia Geral Constituinte e caracterizou-se pela adoção dos princípios liberais, pela garantia da defesa dos direitos fundamentais do homem e pela adoção dos princípios federativos. 92 - (UFRN/2003) Sobre a independência política do Brasil, Cáceres comenta: A independência foi obra dos proprietários rurais e grandes comerciantes. Esses beneficiários da sociedade colonial não pensaram na formação de uma nova sociedade, na abolição da escravidão e na promoção das camadas marginalizadas. O liberalismo, segundo a visão desses segmentos, consistia em acabar com os últimos resquícios do sistema colonial, limitar o poder do imperador, mas mantendo a forma monárquica de governo. CÁCERES, Florival. História do Brasil. São Paulo: Moderna, 1995. p. 153. Essas idéias dominaram a Assembléia Constituinte. O projeto constitucional de 1823, por ela elaborado, expressou fortemente os interesses das facções aristocráticas, uma vez que a) Instituía que o eleitor ou candidato aos cargos de deputado e senador teria que comprovar elevada renda, proveniente, sobretudo, da atividade agrícola. b) Estabelecia o exercício do poder moderador como atribuição exclusiva do imperador, que poderia interferir em decisões tomadas pelo Legislativo ou Judiciário. c) Adotava diretrizes políticas que privilegiavam os proprietários de terras e de escravos e os grandes comerciantes portugueses que tivessem renda em dinheiro. d) Determinava a adoção do voto universal para os homens brancos, livres e cristãos, mas impedia 21 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 21 que mulheres, escravos e não-católicos se expressassem nas eleições. 93 - (UFPE/2003) A Constituição de 1824, elaborada por "homens probos e amantes da dignidade imperial e da liberdade dos povos", segundo o Imperador Pedro I, continha uma novidade em relação ao projeto de constituição de 1823: a criação do Poder Moderador. Assinale a alternativa que melhor define este Poder. a) Com base no Poder Moderador, o Imperador restringiu os poderes dos regentes unos - Padre Diogo Feijó e Araújo Lima. b) O Poder Moderador conferia à Câmara de Deputados a prerrogativa de vetar decisões do Imperador. c) A Constituição de 1824 conferia ao Poder Moderador, que era exercido pelo Senado, nomear e demitir livremente os ministros de estado, conceder anistia e perdoar dívidas públicas. d) O Poder Moderador era o quarto poder do Império e era exercido pelo Imperador Pedro I. Com base neste Poder, o Imperador poderia dissolver a câmara dos deputados, aprovar e suspender resoluções dos conselhos provinciais e suspender os magistrados, entre outras prerrogativas. e) O Poder Moderador de invenção maquiavélica, atribuído a Benjamin Constant, foi responsável pelo golpe da maioridade em 1840. 94 - (UNIFESP SP/2003) Sendo o clero a classe que em todasas convulsões políticas sempre propende para o mal, entre nós tem sido o avesso; é o clero quem mais tem trabalhado, e feito mais esforços em favor da causa, e dado provas de quanto a aprecia. (Montezuma, Visconde de Jequitinhonha, em 5 de novembro de 1823) O texto sugere que o clero brasileiro a) Defendeu a política autoritária de D. Pedro I. b) Aderiu com relutância à causa da recolonização. c) Preferiu a neutralidade para não desobedecer ao Papa. d) Viu como um mal o processo de independência. e) Apoiou ativamente a causa da independência. 95 - (UFC CE/2003) A respeito da Independência do Brasil é correto afirmar que: a) Implicou em transformações radicais da estrutura produtiva e da ordem social, sob o regime monárquico. b) Significou a instauração do sistema republicano de governo, como o dos outros países da América Latina. c) Trouxe consigo o fim do escravismo e a implementação do trabalho livre como única forma de trabalho e o fim do domínio metropolitano. d) Implicou em autonomia política e em reformas moderadas na ordem social decorrentes do novo status político. e) Decorreu da luta palaciana entre João VI, Carlota Joaquina e Pedro I, que teve como conseqüência imediata a abertura dos portos. 96 - (UFSC/2003) "Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os Brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil! Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes, que tem algum direito à coroa, por descender da Casa de Bragança, de quem já somos independentes de fato e de direito? (...). Se os do sul, gelados pelo frio do trópico, não têm valor para te punir num cadafalso; Se aceitam da tua mão, o vil projeto de constituição, que deveriam considerar um novo insulto, depois da dissolução do congresso; Se finalmente querem ser teus escravos, engana-te, sultão, pois no sul ficará circunscrito o teu império ...". Fragmentos retirados do "Manifesto da Confederação do Equador". Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as proposições relacionadas com o conteúdo do documento e com episódios da Confederação do Equador. 01. O Manifesto demonstrava o descontentamento dos líderes do movimento com a permanência de D. Pedro I no Brasil após a proclamação da Independência. 02. O frio do sul foi o maior responsável pelo apoio da sua população à Constituição antidemocrática de 1824, outorgada por D. Pedro I. 04. O Manifesto torna público que os súditos do sul não concordavam com a legitimidade da aclamação de D. Pedro I como Imperador do Brasil. 08. Pode-se considerar o Manifesto uma declaração favorável dos líderes da Confederação do Equador à aclamação de D. Pedro I, considerado herdeiro legítimo da Casa de Bragança. 16. A dissolução da Constituinte, por D. Pedro I, e a outorga da Constituição de 1824 geraram uma crise política, como se percebe nas palavras do Manifesto. 32. Os manifestantes consideravam justa a atitude de D. Pedro I ao ordenar a execução sumária dos revoltosos do norte, entre eles, Frei Caneca. 97 - (UFSC/2003) O navegador Dupperrey Lesson, que em 1822 estava em Santa Catarina, assim descreveu a reação dos catarinenses à independência do Brasil: 22 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 22 "... Cheios de confiança em seus propósitos, os partidários numerosos da independência estavam inspirados com um entusiasmo (...) que seu espírito ardente havia reprimido há longo tempo. No excesso da sua alegria, eles haviam coberto de luzes as Vilas de Nossa Senhora do Desterro, de Laguna e de São Francisco, onde percorrendo as ruas entoavam canções em honra de D. Pedro ...". DUPERREY, Louis Isidore. Voyage autour du monde. In: "Ilha de Santa Catarina, relatos de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX." Florianópolis: UFSC, 1984. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as proposições com base no texto e nos seus conhecimentos sobre o processo de independência do Brasil. 01. A declaração de independência do Brasil, feita por D. Pedro I em 1822, foi aceita em Santa Catarina e em todas as demais províncias brasileiras, com grande júbilo. 02. Segundo o visitante, houve nas ruas de algumas vilas de Santa Catarina um conflito entre os partidários da independência (que eram muito numerosos) e os que eram contrários a ela. 04. De acordo com o autor, os catarinenses de algumas vilas cometeram tamanhos excessos que tiveram de ser reprimidos pelas tropas portuguesas. 08. Ao contrário do que o autor presenciou em Santa Catarina, em outras províncias, como a da Bahia, Pará e Cisplatina, ocorreram reações desfavoráveis ao ato de D. Pedro. 16. Segundo o texto, a notícia da independência foi recebida com grande entusiasmo nas Vilas do Desterro, Laguna e São Francisco. 32. Não obstante as reações de alguns portugueses que temiam o fim dos seus privilégios, o governo de Lisboa, forçado pela França, aceitou de pronto o rompimento. Em outubro de 1822 foi assinado o tratado de reconhecimento, havendo grande júbilo em todo o país, como bem atesta Dupperrey Lesson. 98 - (CESGRANRIO RJ/2002) "As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta, as palavras 'Superfino de Londres' saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birminghan, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil, além de sedas, crepes e outros artigos da China." (GRAHAM, Mary. "Diário de Uma Viagem ao Brasil", in Campos, Raymundo. História do Brasil. São Paulo: Atual, 1991, 2• ed. p 98. ) Esta descrição das lojas do Rio de Janeiro, feita por uma inglesa que estava no Brasil em 1821, justifica-se historicamente pelo(a): a) Tratado de Maastricht. b) Tratado de Fontainebleau. c) Tratado de Comércio e Navegação. d) Bloqueio Continental. e) Criação do NAFTA e da ALCA. 99 - (UFSM RS/2002) TEIXEIRA, Francisco M. P. "Brasil História e Sociedade". São Paulo: Ática, 2000. p.162.) O quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo, concluído em 1888, é uma representação do 7 de setembro de 1822, quando o Brasil rompeu com Portugal. Essa representação enaltece o fato e enfatiza a bravura do herói D. Pedro, ocultando que a) o fim do pacto colonial, decretado na Conjuração Baiana, conduziu à ruptura entre o Brasil e Portugal. b) o processo de emancipação política iniciara com a instalação da Corte portuguesa no Brasil e que as medidas de D. João puseram fim ao monopólio metropolitano. c) o Brasil continuara a ser uma extensão política e administrativa de Portugal, mesmo depois do 7 de setembro. d) a Abertura dos Portos e a Revolução Pernambucana se constituíram nos únicos momentos decisivos da separação Brasil-Portugal. e) a separação estava consumada, o processo estava completo, visto que havia, em todo o Brasil, uma forte adesão militar, popular e escravista à emancipação. 100 - (UFRGS/2001) Durante a primeira metade do século XIX, Pernambuco foi palco de diversos movimentos sociais contra o poder do Império luso ou brasileiro. A respeito das motivações destas revoltas, analise as seguintes afirmativas. I - A Revolução de 1817, ocorrida durante o período joanino, foi uma reação contra a opressão econômica da Corte portuguesa "transferida" ao Brasil sobre as províncias nordestinas. 23 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 23 II - A Confederação do Equador foi decorrente dos desmandos autoritários de PedroI, que dissolveu a Assembléia Constituinte no Rio de Janeiro, outorgando a Constituição de 1824, e interveio nas províncias nordestinas. III - A Revolução Praieira representou o ápice do liberalismo radical em Pernambuco, combatendo as elites agrárias, os comerciante estrangeiros e os representantes da monarquia. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 101 - (UFRGS/2001) Levando-se em conta o processo histórico da Cisplatina, considere as seguintes afirmações. I - A tentativa inicial de apropriação da Cisplatina pelos lusitanos ocorreu nos primeiros anos do governo joanino no Brasil, resultando no "êxodo do povo oriental", liderado por Artigas. II - A conquista lusitana da Cisplatina se deu no contexto da instabilidade política da Banda Oriental, onde bandos milicianos artiguistas lutavam contra fazendeiros sul-rio-grandenses. III - A Guerra da Cisplatina, iniciada pelo movimento dos "33 orientales" liderados por Lavalleja, resultou na manutenção da província pelo Império brasileiro. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 102 - (UNIRIO RJ/2002) "A partir do século XIX, a importância comercial e estratégica do Rio de Janeiro para a Inglaterra foi aumentando. O Rio oferecia um porto seguro, 'de fácil acesso, imediatamente reconhecível pela extraordinária terra ao seu redor' e 'bastante amplo', conforme descrição de James Horsburgh, um hidrógrafo da Companhia das Índias Orientais. Após tornar-se a capital do Brasil em 1763, a cidade apresentava um rápido crescimento populacional e também comercial. Nessa época, o Rio de Janeiro era o segundo centro naval e comercial mais importante do Império Português, sendo Lisboa o primeiro". (MARTINS, Luciana de Lima, "O Rio de Janeiro dos Viajantes: o olhar britânico (1800-1850):" Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor: 2001, p.69) a) Cite uma mudança cultural ocorrida no Rio de Janeiro, em decorrência do estreitamento das relações comerciais com a Inglaterra, na primeira metade do século XIX. b) Explique as razões político-comerciais que favoreceram a primazia inglesa no Brasil na primeira metade do século XIX. 103 - (UFC CE/2002) Tratando-se da influência do liberalismo no processo de Independência do Brasil, Emília Viotti afirma que: "O liberalismo significava nesta fase a liquidação dos laços coloniais. Não se tratava de mudar a sociedade e reformar a estrutura colonial de produção". (COSTA Emília V. "Introdução ao Estudo da Emancipação política do Brasil" in: MOTA, Carlos Guilherme (Org). Brasil em Perspectiva, São Paulo, Difel, p. 93) De acordo com o texto acima, cite três características do liberalismo, na Constituição de 1824, que expressam as idéias da historiadora. 104 - (Mackenzie SP/2000) Está aí explicação para a originalidade do Brasil na América Latina: manter a unidade e ser durante o século XIX a única monarquia da América. (Caceres - "História do Brasil") Assinale a alternativa que justifica a frase anterior. a) A unidade e a monarquia interessavam à elite proprietária que temia o fim do trabalho escravo e as lutas regionais, daí a independência feita de cima para baixo. b) A forma de governo monárquico fora imposição da Inglaterra para reconhecer nossa independência. c) Os líderes da aristocracia rural eram abolicionistas e republicanos e relutavam em aceitar o governo monárquico. d) O separatismo nunca esteve presente em nossa História, nem na fase colonial e tampouco no império. e) O liberais no Brasil da época não temiam a haitização do país, já que defendiam o fim da escravidão e amplos direitos à população. 105 - (UFRJ/2000) "Ora, dizei-se: não é isto uma farsa? Não é isto um verdadeiro absolutismo, no estado em que se acham as eleições no nosso país? (...) O poder moderador pode chamar a quem quiser para organizar ministérios; esta pessoa faz a eleição porque há de fazê-la; esta eleição faz a maioria. Eis, aí está o sistema representativo do nosso país!" (Nabuco de Araújo, discurso ao Senado (17/07/1868), citado no Manifesto Republicano de 1870.) 24 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 24 Tido como ponto de partida para o movimento de 15/11/1889, o Manifesto, em sua crítica ao funcionamento das instituições políticas do Império, questiona o Poder Moderador e o sistema parlamentar vigentes na época. a) Aponte o responsável pelo exercício do Poder Moderador, segundo a Constituição de 1824. b) Explique, a partir do texto, o porquê de diversos historiadores considerarem o sistema parlamentar brasileiro, de então, um "parlamentarismo às avessas." 106 - (UFRRJ/2000) SONETO (Feito quando fui solto em 1830) "Para quando, oh! Brasil, bem reservas Numa cega apatia alucinado, Não vês teu solo aurífero ultrajado, Por dragões infernais fúrias protervas? (...) Ainda não tens, Tamoio, povo bravo; Setas ervadas contra o lusitano Que pretende fazer-te seu escravo? Eia! Dos lares teus, despe o engano Quem nasceu no Brasil não sofre agravo, E quem vê um Imperador, vê um tirano". Cipriano Barata (ln: CASCUDO, Luiz da Câmara. "Dr. Barata". Bahia, Imprensa Oficial do Estado, 1938. p.49.) Vocabulário: AGRAVO. Sm. Ofensa, injúria, afronta. SETAS ERVADAS. Setas envenenadas. PROTERVO [Adj.]. Impudente, insolente, descarado. Cipriano Barata teve ativa participação nos movimentos políticos brasileiros da primeira metade do século XIX, com um discurso libertário denunciando os arranjos políticos das elites sempre em prejuízo da população desfavorecida. Os versos deste revolucionário brasileiro identificam um dos momentos de crise política no Brasil Imperial, qual seja a) O enfraquecimento político de D. Pedro I, sua aproximação do "partido português" e a repulsa dos brasileiros a este comportamento. b) A negativa dos setores conservadores em aceitar a decretação da maioridade de D. Pedro II. c) A contestação dos governos regenciais por movimentos armados nas províncias de norte a sul do Brasil. d) A expulsão dos Tamoios de suas terras pelos cafeicultores interessados na expansão de sua atividade econômica. e) O início do governo de D. Pedro I com a expulsão de contingentes militares portugueses e a afirmação de uma nacionalismo brasileiro. 107 - (FGV/2000) "A propagação das idéias republicanas, antiportuguesas e federativas (...) ganhou ímpeto com a presença no Recife de Cipriano Barata, vindo da Europa, onde representava a Bahia nas Cortes. É importante ressaltar (...) o papel da imprensa na veiculação de críticas e propostas políticas (...). Os Andradas, que tinham passado para a oposição depois das medidas autoritárias de D. Pedro, lançaram seus ataques através de 'O Tamoio'; Cipriano Barata e Frei Caneca combateram a monarquia centralizada, respectivamente na 'Sentinela da Liberdade' e no 'Íbis Pernambucano'." (Boris Fausto, "História do Brasil") A conjuntura exposta no texto anterior refere-se à emergência da: a) Rebelião Praieira; b) Cabanagem; c) Balaiada; d) Sabinada; e) Confederação do Equador. 108 - (PUC PR/1999) A Inglaterra pressionou Portugal para que este reconhecesse a independência do Brasil, o que proporcionaria o reconhecimento por outras potências européias. Para fazê-lo, Portugal exigiu e o Brasil assinou um tratado em que: a) Estabelecia que somente os portugueses poderiam futuramente fixar-se no Brasil como imigrantes. b) O Príncipe D. Miguel ficava reconhecido sucessorde D. Pedro I no trono do Brasil. c) Se comprometia a abandonar a Província Cisplatina ou Uruguai. d) Pagava 2 milhões de libras esterlinas como compensação pelos interesses lusos deixados em sua antiga colônia. e) Estabelecia um tribunal de exceção para julgar os portugueses que se envolvessem em delitos no Brasil. 109 - (UEL PR/2000) 25 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 25 Na visão do cartunista, a Independência do Brasil, ocorrida em 1822, a) Foi resultado das manifestações populares ocorridas nas ruas das principais cidades do país. b) Resultou dos interesses dos intelectuais que participaram das conjurações e revoltas. c) Decorreu da visão humanitária dos ingleses em relação à exploração da colônia. d) Representou um negócio comercial favorável aos interesses dos ingleses. e) Não passou de uma encenação, já que os portugueses continuaram explorando o país. 110 - (UFES/2000) O banco que financiou a independência O Rothschild é o mais antigo banco de investimentos do mundo [...]. Foram os Rothschild que deram o primeiro financiamento ao Brasil independente, em 1825. "O Globo" - 21/9/98. O texto refere-se à dívida externa do Brasil no Primeiro Reinado, contraída com banqueiros ingleses, quase sempre com a casa Rothschild. O Brasil começava sua história como país independente, acumulando dívidas com banqueiros internacionais, situação ligada, entre outras, à/ao a) Legislação que visava à contenção das importações de supérfluos, o que causava prejuízos aos comerciantes. b) Redução do tráfico de escravos no Brasil, especialmente para o Nordeste, em troca do direito de os comerciantes brasileiros abasteceram com exclusividade algumas colônias inglesas, fato que endividava o país. c) Acordo sobre compensações, que previa o pagamento a Portugal de uma indenização em libras esterlinas em troca do reconhecimento da independência do Brasil. d) Rompimento de relações diplomáticas e comerciais com os Estados Unidos, que não concordaram com as taxas alfandegárias, medida que resultou na diminuição da receita tributária do país. e) Aumento do déficit público causado pelas despesas com a defesa das fronteiras brasileiras, devido às rivalidades políticas com a França. 111 - (UFRN/2000) A Inglaterra teve influência significativa no difícil processo de reconhecimento externo do Brasil como nação soberana, após a independência. Analise um dos interesses da Inglaterra no reconhecimento da Independência do Brasil. 112 - (PUC PR/2001) O estudo da Carta Outorgada de 1824, Ato Adicional de 1834 e Constituição Republicana de 1891 mostra, no Brasil, notável evolução política. Assinale a alternativa correta: a) O Ato Adicional de 1834 atribui às províncias a mesma autonomia estabelecida pela Constituição de 1891. b) Enquanto a Carta Outorgada de 1824 inspirou-se nos Estados Unidos, a Constituição de 1891 baseou-se em modelo europeu. c) A Carta Outorgada de 1824 estabelecia quatro poderes, reduzidos a três na Constituição de 1891, com a supressão do Poder Moderador. d) A Religião Católica Apostólica Romana, oficial no Império, assim continuou na República, com base em artigo específico na Constituição de 1891. e) O Ato Adicional de 1834 transformou a forma de Estado do Brasil de unitária em federativa. 113 - (PUC PR/2001) Portugal resistiu à nossa Independência, procurando revertê-la, inclusive pela via das armas. Com respeito à oposição lusitana, quais das alternativas estão corretas? I- O envio ao Brasil, de uma frota que bombardeou o Rio de Janeiro em 1823, sendo rechaçada a seguir. II- A resistência, na Bahia, das tropas do Brigadeiro Madeira de Melo, até 1823. III- A busca de apoio Militar Britânico, por parte de Portugal. IV- A dissolução da Constituinte de 1823 por D. Pedro, de origem portuguesa, e hostilizado pelos deputados. V- Resistência militar portuguesa no Maranhão, Pará, Piauí e Cisplatina. a) I, III e IV. b) II, III e V. c) apenas I e III. d) apenas II e V. e) apenas III e IV. 114 - (UFRRJ/2001) 26 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 26 "Assim como o progresso da democracia é o resultado do desenvolvimento geral social, uma sociedade avançada, ao mesmo tempo que detém uma grande parte de poder político, deve proteger o Estado dos excessos democráticos. Se estes últimos predominarem em algum momento deverão ser prontamente reprimidos." Sir T. ERSKINE. May, 1877. O texto citado representa a manifestação de setores da elite inglesa (e européia, em geral) no século XIX, em relação à crescente pressão popular pela conquista de direitos políticos para a maioria excluída. a) Cite um movimento de luta por direitos políticos na Inglaterra no século XIX. b) Aponte um instrumento legal de exclusão política existente no Brasil Império, explicando seu funcionamento. 115 - (UFES/2001) "Havendo Eu convocado, como tinha direito de convocar, a Assembléia Geral Constituinte e Legislativa, por decreto de 3 de junho do ano próximo passado, a fim de salvar o Brasil dos perigos que lhe estavam iminentes, e havendo a dita Assembléia perjurado ao tão solene juramento que prestou à nação de defender a integridade do Império, sua independência e a minha dinastia: Hei por bem dissolver a mesma Assembléia..." LINHARES, M. Y. "História Geral do Brasil". Rio de Janeiro: Campus, 1996. A passagem acima é parte integrante do Decreto de D.Pedro I, de 12 de novembro de 1823, que mandava cercar e evacuar o prédio no qual estava instalada a primeira Assembléia Constituinte do Brasil. Essa Constituinte foi fechada porque a) Defendia a dupla cidadania - Brasil e Portugal - para brasileiros e portugueses residentes no Brasil. b) Previa, no projeto da Constituição em pauta, uma monarquia absolutista, na qual o monarca era uma figura inviolável. c) Ousou desafiar o projeto de soberania do Imperador, tirando-lhe o direito não só de vetar, mas também de sancionar os atos dos constituintes. d) Era dominada pelo Partido Português, que defendia uma Monarquia Parlamentar como Reino Unido a Portugal. e) Inseriu no projeto da Constituição o Quarto Poder, o Moderador, que deveria ser exercido pelo Imperador. 116 - (PUC RJ/2006) “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos (...), promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição (...).” (Preâmbulo da Constituição da República Federativa do Brasil, 1988) “D. Pedro I, por graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos súditos, que tendo-nos requerido os povos deste Império, juntos em Câmaras, que nós quanto antes jurássemos e fizéssemos jurar o Projeto de Constituição (...).” (Preâmbulo da Constituição Política do Império do Brasil, 1824) a) Tomando como referência os textos acima, IDENTIFIQUE uma característica da Constituição de 1824 e uma característica da Constituição de 1988. b) EXPLIQUE a relação entre o Poder Moderador e os demais poderes políticos de Estado, instituída pela Constituição brasileira de 1824. 117 - (UFJF MG/2005) Leia, com atenção, o fragmento abaixo. “Constituição do Império do Brasil – Título V, Cap. I – Do poder Moderador. Art.98. O poder moderador é a chave de toda a organização política e é delegado privativamente ao imperador, como chefe supremo da nação, e seu primeiro representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos mais poderes políticos.” Com base na citação acima e em seus conhecimentos, assinale a opção CORRETA: a) O Império Brasileiro foi original ao adotar uma estrutura política com quatro poderes – executivo, legislativo, judiciário e moderador –, diferente da clássica divisão de Montesquieu em três poderes. b) O poder moderador era também chamado de “poder neutro”, pois não poderia interferir nas decisões, ações e nomeações dos demais poderes. c) O quarto poder era exercido pelo Imperador, pelos senadores e pelo ministério, que conjuntamente definiam as diretrizes políticas do Brasil – como os tratados de paz e a declaração de guerra. d) O poder moderador, criado na Constituição de 1824, foi transformado, no início da República, em “poder executivo conservador”, exercido pelo presidente. e) O poder moderador instituía, no Brasil, o sistema parlamentar, pois o monarca, além de ser o chefe supremo da Nação, era também o seu primeiro ministro. 118 - (UFRRJ/2005) Leia os textos abaixo, reflita e responda. 27 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 27 “Após a Independência política do Brasil, em 1822, era necessário organizar o novo Estado, fazendo leis e regulamentando a administração por meio de uma Constituição. Para tanto, reuniu-se em maio de 1823, uma Assembléia Constituinte composta por 90 deputados pertencentes à aristocracia rural.(...) Na abertura dos trabalhos, o Imperador D. Pedro I revelou sua posição autoritária, comprometendo-se a defender a futura Constituição desde que ela fosse digna do Brasil e dele próprio”. VICENTINO, C; DORIGO, G. História Geral do Brasil. São Paulo: Scipione, 2001. A Independência política do Brasil, em 1822, foi cercada de divergências, entre elas, o desagrado do Imperador com a possibilidade, prevista no projeto constitucional, de o seu poder vir a ser limitado, o que resultou no fechamento da Constituinte em novembro de 1823. Uma comissão, então, foi nomeada por D. Pedro I para elaborar um novo projeto constitucional, outorgado por este imperador, em 25 de março de 1824. Em relação à Constituição Imperial, de 1824, é correto afirmar que nela a) Foi consagrada a extinção do tráfico de escravos, devido à pressão da sociedade liberal do Rio de Janeiro. b) Foi introduzido o sufrágio universal, somente para os homens maiores de 18 anos e alfabetizados, mantendo a exigência do voto secreto. c) Foi abolido o padroado, assegurando ampla liberdade religiosa a todos os brasileiros natos, limitando os cultos religiosos aos seus templos. d) O poder moderador era atribuição exclusiva do Imperador, conferindo a ele, proeminência sobre os demais poderes. e) O poder executivo seria exercido pelos ministros de Estado, tendo estes total controle sobre o poder moderador. 119 - (UEM PR/2006) O período da história brasileira que vai de 1822 a 1831 é conhecido como Primeiro Reinado. Sobre esse período histórico, assinale o que for correto: a) É no início desse período, em 1823, que se reúne a primeira Assembléia Nacional Constituinte do Brasil independente. Porém, antes do encerramento dos trabalhos, essa assembléia é dissolvida por D. Pedro I, temeroso de que os deputados constituintes aprovassem uma constituição limitadora de seus poderes monárquicos. b) Nesse período, não eclodiu movimento político separatista algum que ameaçasse o poder de D. Pedro I e a integridade territorial e política do Brasil. c) Durante o Primeiro Reinado, em razão da inexistência de uma Carta constitucional para regular a vida política nacional, D. Pedro I governou os brasileiros de maneira totalmente pessoal e arbitrária. d) No Primeiro Reinado, diante da menoridade de D. Pedro I, o Brasil foi governado pela chamada Regência Trina Provisória. e) O Primeiro Reinado foi o período mais liberal do Império, com extensa descentralização política do Estado e ampla e irrestrita participação de negros libertos, brancos pobres e mestiços na vida política nacional. 120 - (UFPE/2006) No governo de D. Pedro I, a situação do Brasil: a) era de prosperidade econômica, com o crescimento da lavoura cafeeira na região de São Paulo. b) era alvo de constantes conflitos políticos provocados pelos adversários do imperador, na defesa de mais liberdade. c) era de estabilidade, depois da Constituição de 1824, com a defesa das idéias liberais. d) assistia a dificuldades diplomáticas, devido à não aceitação da Inglaterra, de considerar o Brasil como um país independente. e) era de estabilidade política, em face do apoio da maior parte da população, e devido ao fato de o imperador ter decidido permanecer no Brasil. 121 - (UFRJ/2006) A primeira e única Constituição brasileira do Império foi a de 1824. Após dissolver a Assembléia Constituinte, em 12 de novembro de 1823, D. Pedro I nomeou um Conselho de Estado composto por dez membros, o qual redigiu a Constituição, incorporando inúmeros artigos do anteprojeto do grupo conservador da Constituinte. A Constituição foi outorgada pelo Imperador em 25 de março de 1824. Estabelecia-se, assim, um sistema político calcado em diversas restrições ao pleno exercício do voto. a) Cite dois segmentos sociais que, junto com os escravos, estavam impedidos de votar nas eleições primárias (paroquiais), que escolhiam os eleitores de cada uma das províncias do Império. b) Para ser um eleitor nos Colégios Eleitorais que, no segundo turno, escolhiam os Deputados e Senadores, as exigências aumentavam. Indique um requisito necessário à capacitação desse tipo de eleitor. 122 - (UFU MG/2005) Leia o texto a seguir: “Dar-vos-ão um código de leis adequadas à natureza das vossas circunstâncias locais, da vossa povoação, interesses e relações, cuja execução será confiada a juízes íntegros, que vos administrem justiça gratuita, e façam desaparecer todas as trapaças do vosso povo, fundadas em antigas leis obscuras, ineptas, complicadas e contraditórias”. D.Pedro. Manifesto do Príncipe Regente aos Povos do Brasil – 1822. Apud. SOUZA, 28 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 28 Iara Lis C. A Independência do Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000, p.50. Considerando o modelo de Monarquia Constitucional adotado pelo projeto de Independência do Brasil, podemos afirmar que: I. D.Pedro tinha a intenção de conquistar a adesão das Câmaras à sua figura, compromissando-se a estabelecer e respeitar uma Constituição liberal que levasse em consideração as particularidades de cada região (federalista). II. D. Pedro propunha, conforme o trecho, estabelecer no Brasil uma monarquia constitucional em que todos os brasileiros, incluindo mulheres, escravos e homens livres pobres, teriam participação política. III. D. Pedro aproximou-se de grupos políticos defensores do Estado monárquico constitucional e dos valores liberais, os quais são contrapostos, no trecho acima, às supostas irracionalidade e arbitrariedade da legislação colonial. IV. O Príncipe Regente tinha a convicção de que a legitimidade do poder advém do povo a da Constituição, o que se refletiria, futuramente, no respeito do Imperador às decisões autônomas da Assembléia Constituinte de 1822- 1823. Assinale a alternativa correta. a) I e III são corretas b) I e II são corretas c) III e IV são corretas d) II e IV são corretas 123 - (UNIFOR CE/2006) Termos da abdicação de D. Pedro I:Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei muito voluntariamente abdicado na pessoa do meu mui amado e prezado filho o Sr. Pedro de Alcântara. Boa Vista _ 7 de abril de 1831, décimo da Independência e do Império _ D. Pedro I. (Antonio Mendes Jr. et al. Brasil-História, Texto e Consulta. Império. São Paulo: Brasiliense, 1977. p.200) Os fatos que conduziram à abdicação foram: a) repressão aos revolucionários da Confederação do Equador, incorporação da Guiana Francesa e outorga da Constituição. b) favorecimento aos comerciantes brasileiros em detrimento dos portugueses, dívida externa elevada com a Guerra da Cisplatina e falência do Banco do Brasil. c) repressão contra os revolucionários da Confederação do Equador, perda da província Cisplatina e falência do Banco do Brasil. d) perda da Província Cisplatina, dissolução da Assembléia Constituinte e punição exemplar aos pistoleiros que executaram o jornalista Líbero Badaró. e) controle das finanças nacionais, respeito aos constituintes que elaboraram a primeira constituição e favorecimento aos comerciantes brasileiros. 124 - (UPE/2006) A crise do sistema colonial trouxe mudanças políticas importantes para sociedade na América Latina. Com a proclamação da independência e a organização do Estado na década de 1820, no Brasil houve: a) um crescimento econômico importante com a implantação de novas técnicas de produção na agricultura. b) uma fragmentação política, dificultando o crescimento das cidades mais importantes e enfraquecendo a liderança do imperador. c) a manutenção da escravidão, embora a Constituição de 1824 fosse amplamente liberal nos seus princípios políticos. d) uma crise política, em 1829, com repercussões na economia, com a desvalorização da moeda e a falência do Banco Brasil. e) uma quantidade expressiva de rebeliões políticas, enttre elas a Rebelião Praieira, com a defesa da democracia e o fim da monarquia. 125 - (UFF RJ/2006) “Juro defender o vasto Império do Brasil e a liberal constituição digna do Brasil e digna do seu imortal defensor como pedem os votos dos verdadeiros amigos da Pátria” Segundo Lucia Neves, com essas palavras, D. Pedro I colocava-se, antecipadamente, na qualidade de juiz e revisor da Constituição Brasileira que seria elaborada pelos representantes da Nação. (apud Neves, Lucia Pereira das & Machado, Humberto. O Império do Brasil. Rio de Janeiro, Nova fronteira, 1999, p. 84.) Com base nessa afirmativa, analise o contexto político que originou a Carta outorgada de 1824. 126 - (UFRRJ/2006) (Estampa anônima de 1839. Litografia de Frederico Guilherme Briggs. In: MOREL, Marco. O período das regências, 1831- 1840. Coleção Descobrindo o Brasil. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2003.) 29 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 29 A caricatura acima, de 1839, mostra Bernardo Pereira de Vasconcellos, então líder conservador, acusado de enterrar os avanços liberais conquistados com a abdicação de D. Pedro I, em 7 de abril de 1831, travestido de Napoleão. a) Explique uma atitude política de D. Pedro I considerada autoritária pelos contemporâneos e que provocou sua abdicação em 1831. b) Aponte uma diferença e uma semelhança entre liberais e conservadores nos últimos anos da Regência. 127 - (UNIMONTES MG/2006) A dissolução da Assembléia Constituinte e a outorga da Carta Constitucional, em 1824, foram vistas pelos contemporâneos como fiel expressão da política centralizadora, autoritária e intervencionista de Dom Pedro I, durante o Primeiro Reinado Foi exemplo de reação a essa política a) A Balaiada, no Maranhão b) A Confederação do Equador, no nordeste brasileiro c) A Revolta do Ano da Fumaça, em Minas Gerais d) A Revolta dos Malês, na Bahia 128 - (UNIRIO RJ/2006) ". . . Havendo eu convocado, como tinha direito de convocar, a Assembléia Constituinte Geral e Legislativa, por decreto de 3 de junho do ano passado, a fim de salvar o Brasil dos perigos que lhe estavam iminentes: E havendo esta assembléia perjurado ao tão solene juramento, que prestou à nação de defender a integridade do Império, sua independência, e a minha dinastia: Hei por bem, como Imperador e defensor perpétuo do Brasil, dissolver a mesma assembléia e convocar já uma outra na forma de instruções feitas para convocação desta, que agora acaba, a qual deverá trabalhar sobre o projeto da Constituição que eu lhe ei de em breve lhe apresentar, que será mais duplicamente liberal do que a extinta assembléia acabou de fazer ." (Decreto da Dissolução da Assembléia Constituinte, em 12 de novembro de 1823.) Tendo como base o projeto constitucional de 1823, a) identifique dois motivos para a dissolução por D.Pedro I, que a acusou de não “defender a integridade do Império, e a sua dinastia”. b) descreva uma alteração sofrida por esse projeto e que tenha sido outorgada na Constituição de 1824. 129 - (UNIRIO RJ/2006) “ As elites brasileiras que tomaram o poder em 1822 compunham-se de fazendeiros, comerciantes e membros de sua clientela, (...) optaram por um regime monárquico, mas, uma vez conquistada a Independência, competiram com o Imperador pelo controle da nação, cuja liderança assumiram em 1831(...),onde os grupos no poder sofreram a oposição de liberais radicais (...)” (Adaptação. Costa da, Emília. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Brasiliense;1985; p.7/8.) a) Identifique os períodos da história do Brasil a que o texto se refere. b) Descreva uma continuidade que pode ser percebida entre esses períodos. 130 - (UCS RS/2006) Assinale a alternativa que apresenta de forma correta as diferenças e/ou semelhanças entre a Carta outorgada por D. Pedro I, em 1824, e a Constituição Republicana promulgada em 1891. a) Ambas previam o voto censitário, ou seja, só teriam direito de voto aqueles que comprovassem uma determinada renda, o que valia também para o direito à candidatura. b) A religião Católica Apostólica Romana, declarada oficial no Império, assim continuou na República, só que a partir deste período com base em artigo específico da Constituição de 1891. c) A Carta de 1824 estabelecia quatro poderes, reduzidos a três na Constituição de 1891, com a supressão do Poder Moderador. d) Ambas se basearam na constituição norte- americana, em especial, no princípio do federalismo, pelo qual as províncias teriam ampla autonomia política e administrativa. e) Diferentemente da Carta de 1824, a Constituição de 1891 garantia o direito de voto a todo cidadão brasileiro, independentemente de sexo, raça, credo ou nível de escolarização. 131 - (UFCG PB/2006) Em nome de uma unidade lingüística, racial e cultural, a idéia de uma nação brasileira, no século XIX, foi construída a partir de um modelo de cidadania, em que as diferenças foram silenciadas em defesa da semelhança. Essa ‘política cidadã’ , durante a organização do Império brasileiro, foi elaborada a partir de várias práticas excludentes. Em relação a essa prática de exclusão, assinale a alternativa CORRETA. a) O texto jurídico prescrevia a abolição dos castigos, das torturas e das penas cruéis e do preconceito. b) Os brasileiros ativos livres, maiores de 25 anos, e os membros das ordens religiosas tiveram direito a votar, exceto os criados de servir e os escravos libertos. c) O texto da Constituição outorgada por D. Pedro I prescrevia que os cidadãos ativos e inativos deveriam possuir direitos civis e políticos. d) O catolicismo tornou-se religião oficial, enquanto outras crenças e cultos foram tolerados na esfera doméstica. e) O texto constitucional prescreveu sobrea situação social do índio e contribuiu para indicar seu lugar de fundador na história nacional. 30 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 30 132 - (UFPR/2006) Com a abdicação do imperador D. Pedro I em 1831, o fracasso do primeiro reinado tomou corpo. Com relação a isso, considere os fatos abaixo: I. A imigração européia para o Brasil ocorrida nesse período. II. A eclosão da guerra na Província Cisplatina (1825– 1828) contra as Províncias Argentinas, a qual consumiu recursos do Estado em formação, e cujo principal resultado foi a criação da República Oriental do Uruguai, em 1828. III. A indisposição do Imperador nas negociações com os deputados das províncias do Brasil, que levou ao fechamento da Assembléia Constituinte, em 12 de novembro de 1823, e à imposição de uma carta constitucional em 1824. IV. A queda do gabinete dos Andradas, que levou o Imperador a se cercar de inúmeros portugueses, egressos de Portugal ainda ao tempo do governo de D. João VI. Tiveram influência direta no desfecho do primeiro reinado os fatos apresentados em: a) II, III e IV somente. b) I, III e IV somente. c) III e IV somente. d) I, II e III somente. e) I e II somente. 133 - (UNESP SP/2006) O fechamento da Constituinte em 1823 e a Confederação do Equador em 1824 são aspectos de uma luta política que se estendeu por todo o primeiro reinado. Essa luta política consistia na oposição das elites a) do centro-sul ao regime monárquico. b) rurais ao absolutismo de D. Pedro I. c) do nordeste ao federalismo. d) à influência britânica sobre o Imperador. e) urbanas ao liberalismo de D. Pedro I. 134 - (UNIFOR CE/2006) Analise o mapa representado abaixo. (José Jobson Arruda. Atlas histórico. São Paulo: Ática, 2000. p. 42) A Confederação do Equador, destacada no mapa, foi proclamada em 2 de julho de 1824 por Pais da Andrade, rompendo com o poder central do Império brasileiro. Sobre esse movimento afirma-se que: I. A Confederação do Equador, organizada como um novo Estado, aglutinaria as províncias do nordeste, sob forma republicana e federalista. II. Os chefes da rebelião elaboraram um projeto de Constituição estabelecendo os poderes Legislativo e Executivo, tendo sido votada e aclamada por todos os rebelados. III. Em Edital de 3 de julho de 1824 Pais de Andrade determinou a abolição do tráfico negreiro para o porto de Recife, medida essa que provocou cisão no movimento. IV. A província do Ceará aderiu à Confederação e organizou tropas para a sua defesa, tendo desempenhado papel equivalente à província de Pernambuco na luta contra as forças de repressão. V. Por ser um movimento de cunho nacionalista, não se permitiu a participação de estrangeiros conduzindo-os à oposição e à defesa da pena de morte para os implicados, quando da vitória das forças rebeldes. Está correto o que se afirma SOMENTE em a) I, II e III. b) I, III e IV. c) I, III e V. d) II, III e IV. e) II, IV e V. 135 - (ESCS DF/2007) “O Poder Moderador pode chamar a quem quiser para organizar ministérios; esta pessoa faz a eleição, porque há de fazê-la; esta eleição faz a maioria. Eis aí o sistema representativo do nosso país” (Nabuco de Araújo, 1868). Com base no discurso de Nabuco de Araújo, é possível apontar como importantes características do sistema político do Império do Brasil: a) a harmonia e a independência existente entre os poderes Legislativo, Executivo e Moderador; b) o papel central exercido pelo Imperador, por intermédio do Poder Moderador, para a formação do governo; c) a adoção de um regime parlamentarista clássico, no qual a formação do governo advém exclusivamente da vontade da maioria do Parlamento; d) o estabelecimento de relações políticas com base no pacto definido no texto constitucional entre o poder central e os estados federados; e) a adoção de um sistema eleitoral baseado no princípio do sufrágio universal, o que fez com que 31 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 31 fosse franqueado o voto para a ampla maioria da população brasileira. 136 - (FGV/2007) Jean Baptiste Debret, “Sagração de D. Pedro imperador do Brasil” [Fonte: Debret, “Viagem pitoresca e histórica”] Murilo La Greca “Execução de Frei Caneca.” [Fonte: Saga: a grande história do Brasil] Texto I “Havendo esta Assembléia perjurado ao tão solene juramento, que prestou à Nação, de defender a integridade do Império, sua independência e a minha dinastia: hei por bem, como imperador e defensor perpétuo do Brasil, dissolver a mesma Assembléia e convocar uma outra [...] a qual deverá trabalhar o projeto de Constituição que eu hei de em breve apresentar.” [Decreto de D.Pedro I, de 12 de novembro de 1823.] Texto II “O poder Moderador [...] é a chave mestra da opressão da nação brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele o imperador pode dissolver a Câmara dos deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo dos seus direitos o Senado, que é o representante dos protegidos do Imperador. Esta monstruosa desigualdade [...] dá ao imperador o poder de mudar a seu bel-prazer os deputados que ele entender que se opõem a seus interesses pessoais.” [Manifesto de Frei Caneca contra a Constituição de 1824.] Na história do Brasil, como na de tantos países, vários golpes de força ocorreram em determinados momentos da vida política. Nesta questão vamos tratar de um desses momentos. Observe as pinturas, leia os textos e responda as questões. A.a) Explique as principais razões dos conflitos entre a Assembléia constituinte e D. Pedro I. (1) A.b) Quais os principais objetivos do movimento relacionado ao Manifesto de Frei Caneca. (2) A.c) Na Constituição, que passou a vigorar a partir de 1824, explique como foram tratados os seguintes temas: organização dos poderes, direito de voto e organização do trabalho. (3) 137 - (UFRJ/2007) “D. Pedro I, por graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos súditos, que tendo-nos requerido os povos deste Império, juntos em Câmaras, que nós quanto antes jurássemos e fizéssemos jurar o Projeto de Constituição (...).” (Preâmbulo da Constituição Política do Império do Brazil, 1824) Identifique, no preâmbulo da Constituição de 1824, uma passagem que expresse a incorporação de certas inovações políticas que caracterizavam a Europa desde fins do século XVIII. Justifique sua resposta. 138 - (UNICAMP SP/2007) Retome o texto 2 da coletânea, escrito por José Bonifácio de Andrada e Silva. a) Identifique dois aspectos negativos da cultura da cana-de-açúcar mencionados no texto. b) A Assembléia Constituinte, à qual José Bonifácio encaminhou seus projetos sobre a escravidão, foi dissolvida em novembro de 1823 por D. Pedro I, que promulgou uma Constituição em março de 1824. Essa carta outorgada instituiu o Poder Moderador. De que maneira o Poder Moderador levou à centralização da Monarquia? c) Aponte dois fatores que contribuíram para a abolição da escravidão no Brasil. 139 - (ESPM/2006) (...) Existe um partido desorganizador que, aproveitando-se das circunstâncias puramente peculiares à França, pretende iludir-vos com invectivas contra a minha inviolável e sagrada pessoa e contra o governo, a fim de representar no Brasil cenas de horror, cobrindo-o de luto. (John Armitage. História do Brasil) 32 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 32 Em fevereiro de 1831, D. Pedro I visitou Minas Gerais. A província mostrava-seagitada, motivando a declaração do imperador apresentada no texto. As circunstâncias peculiares à França mencionadas na declaração de D. Pedro I referiam-se a um importante fato da história francesa. Esse fato teve reflexo no Brasil em importante passagem da história do Primeiro Reinado. Assinale a alternativa que apresente respectivamente as circunstâncias pecualires à França e o reflexo que elas tiveram no Brasil: a) A Revolução de 1830 que derrubou o rei Luiz Felipe, o “rei burguês”; outorga da Constituição Brasileira. b) A Revolução Liberal de 1830 que derrubou o rei absolutista Carlos X; abdicação de D. Pedro I. c) A Revolução Liberal de 1830, que derrubou o rei Luiz XVIII; dissolução da Assembléia Constituinte. d) As agitações de 1848 conhecidas como “Primavera dos Povos”; outorga da Constituição Brasileira. e) As agitações populares da chamada “Comuna de Paris”; abdicação de D. Pedro I. 140 - (PUC RS/2007) A situação econômica e social do Brasil, após o movimento de independência, em 1822, pode ser descrita da seguinte forma: a) O país passou da dependência econômica em relação a Portugal à subordinação em relação aos EUA e sofreu profundas mudanças na estrutura social. b) O país manteve a dependência econômica em relação a Portugal, adquirindo liberdade política e social. c) O país passou da dependência econômica em relação a Portugal à subordinação em relação à Inglaterra, não alterando sua estrutura social colonial. d) O país passou da dependência econômica em relação a Portugal à subordinação em relação à França, alterando sua estrutura social colonial. e) O país manteve a dependência econômica em relação a Portugal e não modificou sua estrutura social colonial. 141 - (UEPB/2007) Após a emancipação política de 1822, se trataria de organizar o Estado independente brasileiro. No ano seguinte, foi convocada uma Assembléia Constituinte que pudesse dotar o país de um arcabouço legal, regulamentando a sua administração. Sobre isso assinale a única alternativa incorreta: a) Temendo ter seu poder limitado pela Constituição, D. Pedro I dissolveu a Assembléia Constituinte e nomeou um Conselho de Estado que o ajudou a redigir um projeto constitucional, que no seu final restringia sobremaneira a participação política dos grupos sociais. b) Durante a feitura da Constituição, foi sugerido um projeto que subordinava o poder executivo e as Forças Armadas ao poder legislativo e dava a este ampla soberania. O projeto propunha, ainda, a instituição do voto censitário, por meio do qual eleitores e candidatos teriam que comprovar elevada renda para poderem participar dos processos políticos. c) A Constituição outorgada por D. Pedro I, em 1824, estabeleceu a monarquia hereditária, a divisão político-administrativa do território brasileiro em províncias e a separação do poder político em quatro ramos, apresentando a figura do poder moderador exclusivo do Imperador. d) A Constituição de 1824 considerava livres todos aqueles nascidos no Brasil ou naturalizados brasileiros, porém estabelecia, em relação aos direitos políticos, nítidas diferenças, sendo os cidadãos divididos em três grupos: passivos, ativos votantes e ativos eleitores elegíveis. e) A maioria dos noventa deputados constituintes defendia a criação de uma República democrática (nos moldes franceses) que garantisse os direitos individuais, limitasse severamente os poderes do Imperador e impusesse à aristocracia o fim da escravidão. 142 - (UESC BA/2006) Brasileiros! salta aos olhos a negra perfidia, são patentes os reiterados perjuros do imperador, e está conhecida nossa ilusão ou engano em adoptar-mos um systema de governo defeituoso em sua origem, e mais defeituoso em suas partes componentes. As constituições, as leis e todas as instituições humanas são feitas para os povos e não os povos para elas. Eia, pois, brasileiros, tratemos de constituir-nos de um modo analogo ás luzes do seculo em que vivemos; o systema americano deve ser identico; desprezemos instituições oligarchicas, só cabidas na encanecida Europa. (TEIXEIRA, p. 202). De acordo com a análise do texto e os conhecimentos sobre a Confederação do Equador, pode-se afirmar que aquele movimento 01. se constituiu um protesto aos promotores da Revolução de 1817, em Pernambuco. 02. foi uma reação às arbitrariedades do Imperador, que se expressou na outorga da Constituição de 1824. 03. reagiu negativamente às propostas de federação herdadas dos Estados Unidos e divulgadas no Brasil pelos representantes da Corte. 04. caracterizou o I Reinado de “um sistema defeituoso de governo”, devido à descentralização administrativa imposta pelas leis e pela Constituição de 1824. 05. defendeu o poder Moderador como instrumento capaz de minimizar as divergências entre brasileiros e portugueses residentes no país. 143 - (UFAM/2007) 33 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 33 O rompimento com Portugal em 1822 estabeleceu a necessidade de um novo ordenamento jurídico para o país recém-independente, razão pela qual Pedro I convocou a primeira Assembléia Constituinte. De seus trabalhos, podemos afirmar que: a) Dividida entre representantes dos partidos português e brasileiro, o texto constitucional promulgado omitia-se quanto aos grandes temas debatidos. b) Por ser dominada pelos liberais e buscava limitar a autoridade do Imperador, exigindo dele o acatamento prévio da constituição em elaboração, foi dissolvida no mesmo ano de sua instalação. c) Controlada pelos conservadores e constantemente submetida à pressão do monarca, a Assembléia Constituinte reforçou a autoridade do rei ao instituir o poder moderador. d) Aprovou e promulgou o primeiro texto constitucional brasileiro, sendo conhecida como “Constituição da Mandioca”. e) Nenhuma das alternativas anteriores. 144 - (UFPE/2007) Apesar de sua participação na Independência do Brasil, D. Pedro I não conseguiu tornar-se um governante popular. Nesse sentido, podemos lembrar a Confederação do Equador, que foi um dos movimentos de reação ao autoritarismo do imperador. Por ocasião desse movimento, os rebeldes participantes: 00. criticaram a Constituição de 1824, considerando-a centralizadora. 01. buscaram, com sucesso, contar com o apoio das províncias vizinhas. 02. eram radicalmente contra a escravidão. 03. formaram brigadas populares para radicalizar a luta. 04. contaram com a ajuda de membros do clero local. 145 - (UFRR/2007) Caracterizava a Constituição brasileira outorgada em 1824: a) a centralização política com a introdução do poder Moderador e a eliminação completa de fatores econômicos na organização do eleitorado brasileiro. b) uma Monarquia constitucional e representativa, cujo espírito liberal de seus artigos permitiam às camadas populares o direito de elegerem seus representantes. c) o poder Moderador que limitava a autoridade de D. Pedro I, ao incluir parte da Declaração Universal dos Direitos do Homem, elaborada durante a Revolução Francesa. d) uma Monarquia hereditária, constitucional e representativa que reconhecia apenas o poder Executivo exercido pelo Imperador e uma regência compostas por três membros. e) a centralização do poder na pessoa do Imperador, o catolicismo como religião oficial, o estabelecimento do voto censitário e a manutenção da escravidão. 146 - (UFT TO/2007) A Guerra da Cisplatina (1825-1828) marcou a política externa brasileira no momento inicial do Período Imperial. Considerando-se esse conflito, é INCORRETO afirmar que a Cisplatina a) correspondia ao território da Banda Oriental, atual Uruguai, e havia sidoincorporada ao Império português anteriormente à independência do Brasil. b) era alvo do interesse de portugueses, brasileiros e argentinos, em razão de seu importante papel comercial e estratégico na região platina. c) se tornou, ao final da Guerra, parte integrante da Confederação das Províncias Unidas do Rio da Prata, juntamente com a Argentina. d) tinha a pecuária como principal atividade econômica, além de manter importante atividade mercantil na cidade portuária de Montevidéu. 147 - (EFOA MG/2007) A primeira Constituição Brasileira, outorgada em 1824, apresentava uma novidade em relação às monarquias constitucionais existentes no Ocidente: a existência de um quarto poder, o Poder Moderador, idealizado pelo pensador liberal suiço Henri-Benjamim Constant de Rebecque, mas que na prática funcionava de maneira oposta à que ele havia concebido. Sobre as características do Poder Moderador criado pela Constituição de 1824, é CORRETO afirmar que ele assegurava: a) a liberdade de imprensa no país. b) o equilíbrio entre os demais poderes. c) a participação do povo nas eleições. d) o controle dos órgãos do Estado pelo Imperador. e) a igualdade de todos perante as leis. 148 - (ESPM/2007) Teve razão Otoni ao afirmar que o 7 de abril fora uma ‘jornada dos logrados’. Sim, logrado foi o povo, são as massas vendo que tinham lutado para os outros, constatando que as reformas por que aspiravam continuavam no mesmo lugar: esquecidas depois da vitória como antes dela. (Caio Prado Jr. Evolução Política do Brasil e outros estudos) Devemos relacionar o texto com: a) A Inconfidência Mineira. b) A Independência do Brasil. c) A Abdicação de D. Pedro I. d) A Proclamação da República. e) A Revolução de 1930. 149 - (UNIMONTES MG/2007) Passou à história do Brasil, com o nome de “Noite das Garrafadas”, o episódio de março de 1831, quando 34 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 34 a) uma multidão expressiva se rebelou contra a nomeação do “ministério das capacidades” e a excessiva interferência dos intelectuais nos assuntos de Estado. b) os habitantes da Província Cisplatina resolveram reagir ao domínio brasileiro na região e, como provocação, organizaram movimentos rebeldes no sul do país. c) brasileiros liberais e adeptos do Partido Português se envolveram em incidentes, cuja motivação era o governo D. Pedro I e sua postura autoritária. d) os republicanos históricos resolveram contestar o governo imperial após a dissolução da Assembléia Constituinte. 150 - (ESCS DF/2008) Para muitos historiadores, as décadas de 1830 e 1840 devem ser vistas como de fundamental importância para a história das instituições políticas brasileiras, devido à aprovação de medidas que passaram a ter forte impacto na configuração do Estado Imperial. No conjunto dessas medidas pode-se destacar: I. A criação da Guarda Nacional, cuja função foi o de combater, no âmbito municipal, qualquer ameaça à ordem pública. II. A adoção da Lei Interpretativa do Ato Adicional, cujo objetivo foi o de reforçar a autoridade central. III. A formação de um “governo de gabinete”, com o objetivo de promover maior equilíbrio político- partidário. IV. A suspensão definitiva do Poder Moderador e o estabelecimento de um sistema baseado no equilíbrio entre os poderes. As afirmativas corretas são: a) I, II e III, apenas; b) I, II e IV, apenas; c) I, III e IV, apenas; d) II, III e IV, apenas; e) I, II, III e IV. 151 - (UFPEL RS/2008) “Art. 91 – Têm voto nestas eleições primárias: 1º - os cidadãos brasileiros que estão no gozo de seus direitos políticos. [...] Art. 92 – São excluídos de votar nas assembléias paroquiais: [...] 5º - os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos. [...] Art. 94 – Podem ser eleitores e votar nas eleições dos Deputados, Senadores e membros dos Conselhos de Província os que podem votar na Assembléia Paroquial. Excetuam-se: 1º - os que não tiverem de renda líquida anual duzentos mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego. [...]. Art. 95 – Todos os que podem ser eleitores são hábeis para serem nomeados Deputados. Excetuam-se : 1º - os que não tiverem quatrocentos mil réis de renda líquida, na forma dos artigos 92 e 94. [...] 3º - os que não professarem a religião do Estado.” Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824. De acordo com o texto e seus conhecimentos, é correto afirmar que a constituição I. era democrática, considerando-se que os cargos para o poder Legislativo eram ocupados através do voto universal e secreto. II. adotava o chamado “voto censitário”. III. garantia a liberdade religiosa a todos os residentes no Brasil, inclusive para os candidatos a cargos eletivos. IV. foi outorgada por D. Pedro I. Estão corretas apenas: a) I e II. b) II e III. c) I e IV. d) II e IV. e) III e IV. f) I.R. 152 - (UNIFESP SP/2008) Os membros da loja maçônica fundada por José Bonifácio em 2 de junho de 1822 (e que no dizer de Frei Caneca não passava de um “clube de aristocratas servis”) juraram “procurar a integridade e independência e felicidade do Brasil como Império constitucional, opondo-se tanto ao despotismo que o altera quanto à anarquia que o dissolve”. Na visão de José Bonifácio e dos membros da referida loja maçônica, o despotismo e a anarquia eram encarnados, respectivamente, a) pelos que defendiam a monarquia e a autonomia das províncias. b) por todos quantos eram a favor da independência e união entre as províncias. c) pelo chamado partido português e os republicanos ou exaltados. d) pelos partidários da separação com Portugal e da união sul-americana. e) pelos partidos que queriam acabar com a escravidão e a centralização do poder. 153 - (UNIFOR CE/2008) Observe o organograma. 35 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 35 (Flavio de Campos e Miriam Dolhnikoff. Atlas de História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1994. p. 27) O organograma contém características do Estado brasileiro em determinado período histórico. Com base no conhecimento da evolução política brasileira, pode- se afirmar que se trata de um contexto no qual a) os governadores de estado eram eleitos diretamente pelos cidadãos do sexo masculino, maiores de 18 anos e alfabetizados. b) as eleições eram indiretas: os cidadãos ativos elegiam os eleitores paroquiais e estes os representantes parlamentares. c) os senadores eram eleitos diretamente pelo governo entre os cidadãos que tinham mais popularidade e se destacavam politicamente. d) as eleições para senador eram realizadas pelo voto universal de cidadãos do sexo masculino, maiores de 18 anos de idade. e) o governo era exercido por três poderes soberanos e independentes, sem a intervenção dos dirigentes do poder executivo. 154 - (URCA CE/2007) A Constituição Imperial brasileira, promulgada em 1824, estabeleceu enquanto linhas básicas: a) Equilíbrio de poderes com o controle constitucional do Imperador e as ordens sociais privilegiadas. b) Participação política de todos os cidadãos, com exceção dos escravos. c) O Estado laico e liberal. d) Predominância do poder do Imperador sobre todo o sistema através do poder moderador. e) Autonomia das Províncias e dos Municípios, interligados pelo princípio federativo. 155 - (UFAM/2008) Após a Independência do Brasil, teve D. Pedro I que enfrentar a resistência das Províncias que se mantiveram fies à Portugal. Foram elas: a) Bahia, Piauí, Maranhão e Grão-Pará. b) Bahia, Ceará e Rio Grande do Sul.c) Minas Gerais, Ceará e Grão-Pará. d) Grão-Pará e Rio Grande do Sul. e) Minas Gerais, Bahia e Ceará. 156 - (UFC CE/2008) Em 07 de abril de 1831, o Imperador D. Pedro I renunciou ao trono do Brasil, deixando como herdeiro seu filho de apenas cinco anos de idade, o futuro D. Pedro II. a) Cite quatro elementos que provocaram a renúncia de D. Pedro I. b) Como ficou conhecido o sistema de governo que vigorou no período entre a abdicação de D. Pedro I e a coroação de D. Pedro II? c) O que motivou a instalação desse sistema de governo? d) Cite dois fatores que contribuíram diretamente para a antecipação da coroação de D. Pedro II, por meio do “golpe da maioridade”. 157 - (UFGD MS/2008) O monarca brasileiro Dom Pedro I declarou, por ocasião de sua sagração e coroação, que defenderia a Constituição, que ainda seria elaborada, se ela fosse “digna do Brasil e de mim”. Pouco depois, na sessão de abertura da Assembléia Constituinte, em maio de 1823, declarou também, o seguinte: “espero que a constituição que façais mereça a minha imperial aceitação”. Tais falas de Dom Pedro I indicam a) que o Imperador desejava uma constituição que consagrasse a ordem liberal, sem uma excessiva intervenção do executivo. b) a intenção do Imperador de fortalecer o legislativo em face do executivo, a fim de evitar os excessos do poder moderador. c) que o Imperador manifestava uma postura antiliberal, tendo-se em vista que, pelo liberalismo clássico, os monarcas é que deveriam submeter-se às constituições. d) que o Imperador desejava uma Constituição que garantisse tanto a defesa dos interesses dos portugueses que residiam no Brasil, quanto as reformas sociais, como, por exemplo, o fim da escravidão. e) as desconfianças do Imperador em relação às tendências republicanas e federalistas da maioria dos integrantes da Assembléia Constituinte. 158 - (UFOP MG/2008) Em 25 de março de 1824, o príncipe Dom Pedro promulgou a Constituição que vigorou, com algumas modificações, até o final do Império. As características impositivas e centralizadoras da nova Carta provocaram 36 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 36 reações de liberais, radicais e republicanos em várias partes do território brasileiro, recém-emancipado. Dentre as principais manifestações coletivas de insatisfação contra o governo de D. Pedro I, pode-se destacar: a) a Revolta da Chibata. b) a Revolução Farroupilha. c) a Confederação do Equador. d) a Revolta dos Malês. 159 - (UFOP MG/2008) Segundo a Constituição de 1824, “(...) o imperador seria figura inviolável e sagrada, sem responsabilidade pelos atos do governo, cujas funções seriam as de nomear os senadores, nomear e demitir os ministros de Estado, suspender os magistrados, perdoar e moderar penas impostas a réus, conceder anistia em casos urgentes, aprovar ou suspender resoluções dos conselhos provinciais, sancionar decretos e resoluções da Assembléia Geral, convocar, prorrogar ou adiar extraordinariamente as reuniões da Assembléia Geral, e até dissolvê-la quando assim o exigisse a “salvação do Estado”, convocando imediatamente outra.” Vainfas, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, pp.581-582. De acordo com a leitura deste texto e baseado em seus conhecimentos, responda: a) A qual poder constitucional se referiam as atribuições citadas? b) Quais os principais argumentos levantados à época, contra as atribuições constitucionais do Imperador do Brasil? 160 - (UFLA MG/2008) Leia o texto seguinte: “Meu querido filho, e meu imperador [...] Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior sacrifício; mas levar a honra ilibada, não pode haver maior glória. Lembre–se sempre de seu pai, ame a sua mãe, e minha pátria, siga os conselhos que lhe derem aqueles que cuidarem de sua educação [...] hei de me encher de ufania por ter um filho digno da pátria. Eu me retiro para a Europa; assim é necessário para que o Brasil sossegue, e que Deus permita, e possa o futuro chegar àquele grau de prosperidade de que é capaz. (SOUSA, Octavio Tarquínio de. História do Império. RJ: José Olympio, 1972. p.142, v.4. Op Cit in: MOCELLIN, Renato. CAMARGO, Roseane de. Passaporte para a História. São Paulo; Ed. do Brasil, 2007. pág.244) Considerando os fatos ocorridos no Brasil entre 1824 e 1831, o texto refere–se aos seguintes acontecimentos, EXCETO: a) Ao resultado de um conjunto de manifestações e disputas entre os partidos português e brasileiro, em especial à “noite das garrafadas”, entre os dias 12 a 14 de março de 1831. b) À abdicação de D. Pedro I em favor de Pedro Alcântara, seu filho, que na época contava com 5 anos de idade, o que levou o Brasil à implantação das Regências. c) À disputa dos liberais e dos conservadores, que em uma jogada política dos liberais, promoveu a emenda constitucional a favor do imperador menino. d) À crise do regime no 1º Império e aos problemas que D. Pedro I enfrentou, bem como à sua atitude de solução final para os conflitos e questões internas que atingiam o país naquele período. 161 - (UNESP SP/2008) Os artigos seguintes foram extraídos do Ato Adicional de 1834, que alterou a Constituição de 1824. Art. 1.º O direito reconhecido e garantido pelo art. 71 da Constituição será exercido pelas Câmaras dos Distritos e pelas Assembléias que, substituindo os Conselhos Gerais, se estabelecerão em todas as Províncias com o título de Assembléias Legislativas Provinciais. (...) Art. 32. Fica suprimido o Conselho de Estado. (Coleção das Leis do Império do Brasil de 1834.) A legislação resultou a) da hegemonia política do partido português, que impôs seus interesses aos demais partidos do período regencial. b) de negociações entre moderados, exaltados e restauradores, com concessões para cada uma dessas facções políticas. c) das práticas autoritárias dos regentes, que pretendiam insistir numa política de caráter centralizador. d) da hegemonia dos grupos políticos defensores da escravidão e da diversificação de nossas exportações. e) da forte pressão popular exercida pelas rebeliões regenciais, em especial a Praieira, ocorrida em Pernambuco. 162 - (UNIMONTES MG/2008) O movimento com características separatistas, durante o período monárquico, e que mais defendeu princípios republicanos, foi a a) Noite das Garrafadas. b) Confederação do Equador. c) Questão Christie. d) Inconfidência Baiana. 163 - (UESPI/2009) Sobre a Confederação do Equador, analise as afirmações seguintes. 1. Foi um movimento de repúdio à política autoritária de D. Pedro I. Esse movimento, iniciado em Pernambuco, agregou algumas províncias 37 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 37 nordestinas, em torno da idéia da construção de uma república confederada. 2. O movimento foi fortemente reprimido pelas forças imperiais, e chegou a enviar o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, pai do duque de Caxias, ao Piauí. 3. O projeto revolucionário de formação de uma república confederada recebeu apoio imediato das províncias do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí. 4. A idéia de libertação dos escravos, propagada por alguns líderes, a exemplo de Frei Caneca, dividiu o movimento, afastando os grandes proprietários de terras. Estão corretas apenas: a) 3 e 4 b) 1 e 2 c) 1 e 3 d) 1 e 4 e) 2 e 3 164 - (ESCS DF/2009) Leio o texto a seguir: “ O sistema criado pela carta de 1824 e calcado sobre a tradição portuguesa assume caráter próximo à oligarquia que o imperador preside. A supremacia da coroa mitiga-sepor órgãos de controle saídos das entranhas monárquicas, o Senado e o Conselho de Estado, e por via de um órgão dependente da eleição, a Câmara dos Deputados.” (Faoro, Raymundo. Os Donos do Poder. Rio de Janeiro, Ed. Globo, 1989,p. 291) Ao outorgar a constituição de 1824, D. Pedro I instituiu um modelo absolutista ao Brasil como o texto acima evidencia nas palavras do historiador Raymundo Faoro. O modelo político imposto por D. Pedro I ao Brasil através da Carta outorgada de 1824, permitiu: a) o equilíbrio entre os poderes constituídos do estado brasileiro; b) a abolição do modelo escravista brasileiro; c) a implantação do voto universal masculino restrito aos alfabetizados; d) a eleição direta dos membros do Senado Imperial que possuíam mandato vitalício; e) a subordinação do Poder da Igreja ao Poder do Imperador. 165 - (FGV/2009) Observe o quadro. (Flavio de Campos e Miriam Dolhnikoff, Atlas História do Brasil) O quadro apresenta a) as transformações institucionais originárias da reforma constitucional de 1834, chamada de Ato Adicional. b) a mais importante reforma constitucional do Brasil monárquico, com a instituição da eleição direta a partir de 1850. c) a reorganização do poder político, determinada pela efetivação do Brasil como Reino Unido a Portugal e Algarves, em 1815. d) a organização de um parlamentarismo às avessas, em que as principais decisões derivavam do poder legislativo. e) a organização do Estado brasileiro, segundo as determinações da Constituição outorgada de 1824. 166 - (UDESC SC/2009) O período monárquico no Brasil costuma ser dividido em três momentos distintos: Primeiro Reinado (1822- 1831); Regências (1831-1840) e Segundo Reinado (1840-1889). Sobre as principais questões que marcaram esses momentos, assinale a alternativa incorreta. a) A Guerra do Paraguai marcou o Primeiro Reinado e foi a grande responsável pelo enfraquecimento do poder de D. Pedro I, resultando na Independência do Brasil. b) A primeira etapa da monarquia brasileira teve dificuldades para se consolidar, o Primeiro Reinado foi curto e marcado por tumultos e conflitos entre D. Pedro I que era português com os brasileiros. c) A primeira Constituição Brasileira foi outorgada em 1824, por D. Pedro I. d) A segunda etapa da história do Brasil monárquico inicia-se em 1831, com a renúncia de D. Pedro I em 38 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 38 favor do filho Pedro de Alcântara, com apenas cinco anos de idade. e) O terceiro momento da monarquia no Brasil inicia- se com o reinado de Dom Pedro II, período marcado pela centralização do poder de um lado e pelas disputas políticopartidárias entre liberais e conservadores, de outro. 167 - (UFG GO/2009) Como é para o bem de todos e a felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico. D. PEDRO I, 1822. Havendo Eu convocado, como tinha direito de convocar, a Assembléia Geral Constituinte e Legislativa, por decreto de 03 de junho do ano próximo passado, a fim de salvar o Brasil dos perigos que lhe estavam iminentes, e havendo a dita Assembléia perjurado ao tão solene juramento que prestou à Nação de defender a integridade do império, sua independência e a minha dinastia: Hei por bem, dissolver a mesma Assembléia [...]. D. PEDRO I . Apud LINHARES, M. Yedda. (Org.). História geral do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 137. As duas citações são de autoria de D. Pedro I, produzidas, respectivamente, em 1822 e 1823. Os grupos chamados de “brasileiros” ou “liberais” e de “portugueses” ou “conservadores” tiveram expectativas diferenciadas em relação às ações políticas do monarca. Sobre essas duas ações, responda: a) quais eram as expectativas de “brasileiros” ou “liberais”? b) quais eram as expectativas de “portugueses” ou “conservadores”? 168 - (FMJ SP/2008) Leia as afirmativas. I. A independência do Brasil, levada à cabo por D. Pedro com o apoio dos grandes fazendeiros, visava não só a autonomia política do país mas também a transformação da estrutura social, com a imediata extinção da escravidão. II. As inclinações absolutistas de D. Pedro I, os custos financeiros, humanos e políticos da Guerra da Cisplatina e da repressão à Confederação do Equador, criaram um clima bastante desfavorável à permanência do imperador no controle do país. III. A Constituição outorgada de 1824 favoreceu principalmente os donos de escravos e terras por seu caráter conservador e concentrou o poder nas mãos do governante por meio do uso do Poder Moderador. Está correto apenas o que se afirma em a) I e II. b) I e III. c) II. d) II e III. e) III. 169 - (UFV MG/2009) A Constituição outorgada por D. Pedro I em 1824 continha uma inovação institucional que seria decisiva para o funcionamento do sistema político imperial: o Poder Moderador. Seguindo as recomendações do jurista francês Benjamim Constant, a Constituição do Império introduzia um quarto poder, para além da clássica divisão entre executivo, legislativo e judiciário. A principal conseqüência da introdução do Poder Moderador na ordem política imperial foi: a) permitir que o Imperador servisse de árbitro aos conflitos entre liberais e conservadores, promovendo o revezamento das elites no poder. b) promover o desenvolvimento econômico, ao dar ao Imperador a iniciativa em diversas áreas de política econômica, como a promoção das ferrovias e da siderurgia. c) garantir a continuidade da escravidão até o final do Império, ao dar ao Imperador poder de veto a todas as iniciativas legislativas com relação ao regime servil. d) concentrar enormes poderes repressivos na Coroa, criando um regime semelhante aos regimes absolutos da Europa da era moderna. 170 - (UNIFOR CE/2009) A Constituição de 1824 estabeleceu os direitos políticos dos cidadãos que poderiam participar das eleições no Brasil. Dentre as situações propostas, identifique a que indica a pessoa que poderia votar de acordo com os preceitos constitucionais. a) Um homem liberto, maior de 21 anos, de nacionalidade brasileira, exercendo a profissão de professor, poderia apenas votar nas eleições de deputados e senadores. b) Um brasileiro nato ou naturalizado, maior de 25 anos, com renda líquida anual superior a duzentos mil réis, tinha o direito de votar nas eleições de deputados e senadores. c) Uma mulher livre, maior de 30 anos, de nacionalidade brasileira, com renda líquida de 50 mil réis, tinha o direito político de votar pelo menos nas Assembléias Paroquiais. d) Um membro do alto clero, maior de 25 anos, de nacionalidade portuguesa, mantido economicamente pela cúpula da Igreja, podia votar apenas nas eleições de senador. e) Um proprietário de terras, maior de 21 anos, estrangeiro naturalizado, com renda inferior a 200 mil réis, tinha o direito de votar e ser eleito nas eleições de senador. 39 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 39 171 - (UPE/2009) Com a Abdicação de D. Pedro I, romperam-se os elos entre Brasil e Portugal. Consolidou-se, assim, o poder dos latifundiários, os quais conseguiram moldar uma monarquia liberal-escravista de acordo com seus interesses e expectativas. Nessa perspectiva, é CORRETO afirmar. 00. A Abdicação foi resultado de um conflito que vinha de antes da Independência, o conflito entre lusitanismo e a classe dominante nacional. 01. Para a classe dominante nacional, o absolutismo de D. Pedro I representava a garantia da manutenção de uma ordem que ajustava os seus principais interesses. 02. Economicamente, o Brasil vivia um longohiato intercíclico, não havendo nenhum produto de exportação que se salientasse. 03. A Abdicação de D. Pedro I deve ser vista, exclusivamente, pela sua motivação em favorecer sua filha D. Maria da Glória. 04. A monarquia logrou impor o centralismo unitarista acima de federalismo, criando uma unidade nacional. 172 - (UNCISAL AL/2008) Considere a ilustração. (Miguel Paiva e Lilia Moritz Schwarcz. Da Colônia ao Império) Com base no conhecimento histórico, identifique a alternativa cujo significado tenha coerência com a idéia do autor da ilustração. a) As elites da colônia tinham interesses opostos aos de D. Pedro, pois idealizavam um tipo de poder igual ao da República Jacobina francesa. b) Os latifundiários da colônia discordaram das idéias de D. Pedro porque pretendiam criar um Estado Liberal e abolir o trabalho compulsório. c) As classes dominantes da colônia apoiaram D. Pedro como forma de evitar que a proposta republicana conquistasse apoio popular. d) Os setores oligárquicos da colônia apoiaram o projeto de D. Pedro que previa a realização de uma mudança radical na estrutura fundiária. e) A classe privilegiada da colônia não deu apoio a D. Pedro, pois pretendiam implantar uma estrutura do poder baseada na dos EUA. 173 - (CEFET PR/2009) O “Primeiro Reinado” do Brasil é o nome dado ao período em que D. Pedro I governou o Brasil como Imperador, e compreende o período entre 7 de setembro de 1822, data em que D. Pedro I proclamou a independência do Brasil, e 7 de abril de 1831, quando abdicou do trono brasileiro. Sobre esse assunto, estabeleça correspondência entre a primeira e a segunda coluna. 1ª coluna 1) Confederação do Equador. 2) Guerra da Cisplatina. 3) Noite da Agonia. 4) Noite das Garrafadas. 5) Dia do Fico. 2ª coluna ( ) As forças políticas das províncias do Nordeste, lideradas por Pernambuco, rebelaram-se contra o soberano e pregavam uma república livre da coroa, com capital em Recife. ( ) O então príncipe regente D. Pedro de Alcântara foi contra as ordens das Cortes Portuguesas que exigiam sua volta, em 9 de Janeiro de 1822. ( ) Resultou na perda da província, que se tornou independente como República Oriental do Uruguai, em 1828. ( ) Em março de 1831, D. Pedro I chegou ao Rio de Janeiro após uma viagem, encontrando oposição aberta nas ruas da cidade e o conflito culminou na noite do dia 13, quando os portugueses organizavam uma grande festa para recepcionar o governante, mas os revoltosos impediram sua realização. ( ) Ao perceber limitações no seu poder, D. Pedro I dissolveu a Assembléia Constituinte em novembro de 1823, após o envio de tropas, e mandou prender alguns deputados. A sequência correta é: a) 2, 3, 5, 4 e 1 . b) 1, 2, 5, 4 e 3 . c) 1, 5, 2, 4 e 3. d) 1, 5, 2, 3 e 4 . e) 4, 5, 2, 3 e 1. 174 - (UCS RS/2009) O poder absolutista no Brasil foi caracterizado pelos governos monárquicos de Dom João VI, Dom Pedro I e Dom Pedro II. Associe os governantes brasileiros, 40 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 40 listados na Coluna A, aos eventos históricos que os identificam, elencados na Coluna B. COLUNA A 1 Dom João VI 2 Dom Pedro I 3 Dom Pedro II COLUNA B ( ) Promoveu o fim do pacto colonial, a criação da academia militar e a permissão para a produção de manufaturas. ( ) Participou da Confederação do Equador, chefiada por Frei Caneca e Paes de Andrade, e da Guerra da Cisplatina, que deu origem à República do Uruguai. ( ) Redigiu uma proclamação ao povo, pedindo aos brasileiros que se unissem e aos que fossem contrários ao governo, que se retirassem do Brasil. ( ) Foi o dirigente que mais tempo permaneceu no comando do Brasil; incentivou a imigração estrangeira, promoveu o progresso cultural e industrial. Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo. a) 1 – 2 – 2 – 3 b) 2 – 3 – 1 – 1 c) 3 – 2 – 1 – 3 d) 3 – 1 – 2 – 2 e) 2 – 1 – 3 – 1 175 - (UDESC SC/2009) Assinale a alternativa incorreta, sobre a Constituição de 1824 e o seu contexto histórico. a) Foi a primeira Constituição do Brasil à época Império do Brasil e garantiu o poder absoluto ao Imperador Dom Pedro I. b) Foi a primeira Constituição brasileira e ficou conhecida como a Constituição Cidadã por garantir direitos individuais e coletivos. c) Foi elaborada no Rio de Janeiro, num clima político de conflito ideológico e de disputa de poder entre as diferentes facções então existentes. d) Declarou o catolicismo religião oficial do Brasil; o Estado somente se tornaria laico com a Constituição de 1891. e) Determinava a existência de quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador. 176 - (UEPB/2009) Sobre a Confederação do Equador, é correto afirmar: a) A proposta de pôr fim ao tráfico negreiro e a adesão das massas populares acabaram afastando do levante a elite agrária. b) O Jornal Liberdade na Guarita, de Pernambuco, dirigido por Cipriano Barata, combateu as idéias dos revolucionários inibindo a propagação do movimento. c) Os revolucionários lutavam pela implantação de uma monarquia constitucionalista. d) Todos os líderes da rebelião foram condenados à prisão perpétua. e) As províncias que se juntaram a Pernambuco foram Paraíba, Bahia e Alagoas. 177 - (UNIFOR CE/2009) Analise o texto. Brasileiros! - Um acontecimento extraordinário veio surpreender todos os cálculos de humana prudência; uma revolução gloriosa foi operada pelos esforços e patriótica união do povo e tropa do Rio de Janeiro sem que fosse derramada uma só gota de sangue (...) Do dia 7 de abril de 1831 começou a nossa existência nacional, o Brasil será dos brasileiros e livre (...) (Proclamação aos Brasileiros. Coleção das Leis do Brasil, 1831. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1889. In Cecília Oliveira Salles. 7 de setembro de 1822. São Paulo: Nacional, 2005. p. 33) O acontecimento a que o texto se refere, interpretado por políticos e militares contrários ao Imperador como o dia da verdadeira Independência do Brasil, foi a: a) Abolição da escravatura. b) Abdicação de D. Pedro I. c) Deposição de D. Pedro II. d) Proclamação da República. e) Revolução Pernambucana. 178 - (ESPM/2010) Os organogramas políticos apresentados devem ser relacionados respectivamente com: 41 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 41 a) Constituição outorgada de 1824 – Constituição de 1891; b) Constituição de 1891 – Constituição outorgada de 1824; c) Constituição de 1934 – Constituição outorgada de 1824; d) Constituição outorgada de 1824 – Constituição de 1934; e) Constituição de 1891 – Constituição de 1934. 179 - (UEPB/2010) A emancipação política brasileira é um processo que se iniciou bem antes de 1822 e foi além. Com a chegada da família real em 1808, surgem as primeiras insatisfações e, uma vez conquistada a independência, iniciou-se longa luta pela sua consolidação. Assinale a única alternativa CORRETA. a) Uma das causas da independência é a recusa lusitana em aceitar que os parlamentares brasileiros, nas Cortes Lusas, defendessem seus interesses, além de querer reduzir o Brasil a sua antiga condição de colônia. A determinação das Cortes, em fins de 1821, para que Pedro I retornasse a Portugal só acelerou o processo. b) O Dia do Fico (9 de janeiro de 1822) não é causa da ruptura entre brasileiros e portugueses. Ao insistir em ficar, Pedro I assumia a defesa dos interesses de Portugal no Brasil. c) O ato da independência era desnecessário. Emmaio de 1822 o rei de Portugal anuiu a ordem de Pedro I de não aceitar os decretos vindos da Corte de Lisboa e não fez menções contra a convocação da Assembléia Constituinte no Brasil. d) Como os movimentos pró-independência eram constitucionalistas, Pedro I encerrou agitações sociais ao convocar a Assembléia Constituinte dias após o ato da independência, dando plenos poderes para um Conselho de Estado redigir o projeto constitucional. e) A Confederação do Equador, de 1824, não se relaciona com as insatisfações frente ao autoritarismo do imperador Pedro I. Os revoltosos queriam criar, no Brasil, uma república federativa tal qual a dos Estados Unidos da América. 180 - (UEPG PR/2010) Sobre o I Império (1822 – 1831) e a formação do Estado no Brasil, assinale o que for correto. 01. Esse período, além de marcar a organização do Estado, caracterizou-se pela disputa pelo controle político nacional entre o Imperador e a aristocracia rural brasileira. 02. Em 1824, em Pernambuco, eclodiu a Confederação do Equador, um movimento de protesto contra o autoritarismo de D. Pedro I e que pretendia separar as províncias do norte e do nordeste do restante do país. 04. A Constituição de 1824 estabeleceu o voto censitário que exigia que o eleitor e/ou candidatos tivessem uma renda mínima permanente, o que excluiu a maior parte da população brasileira do cenário político ao longo de todo o Império. 08. Na prática, o Poder Moderador, instituído pela Constituição de 1824, dava grandes poderes ao Imperador. 16. A presença de um considerável grupo de portugueses ocupando cargos importantes no Estado brasileiro produziu um grande desgaste entre D. Pedro I e a aristocracia rural brasileira. 181 - (UFRN/2010) O fragmento textual abaixo remete a uma conjuntura da história brasileira no século XIX. “Quando se sabe que muitas das antigas queixas das províncias se voltavam contra a centralização monárquica, pode parecer estranho o surgimento de tantas revoltas nesse período. Afinal de contas, [se] procurava dar alguma autonomia às Assembléias Provinciais e organizar a distribuição de rendas entre o governo central e as províncias. Ocorre porém que, agindo nesse sentido, [...] acabaram incentivando as disputas entre elites regionais pelo controle das províncias cuja importância crescia. Além disso, o governo perdera a aura de legitimidade que bem ou mal tivera enquanto um imperador esteve no trono”. FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, Imprensa Oficial do Estado, 2002. p. 89. Nesse fragmento, o historiador Boris Fausto refere-se às a) rebeliões regenciais, que se opunham à pretensão de D. Pedro I de unir as coroas portuguesa e brasileira, o que implicaria a recolonização do Brasil por Portugal. b) revoltas militares decorrentes do fortalecimento do Exército após a Guerra do Paraguai, um dos principais fatores para que se abreviasse o regime monárquico brasileiro. c) rebeliões de independência que eclodiram em Minas Gerais e na Bahia após a chegada da Família Real, em 1808, e que ameaçaram seriamente a unidade política nacional. 42 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 42 d) revoltas provinciais, após a renúncia do Imperador D. Pedro I, em 1831, que significaram uma ameaça à centralização do poder e à unidade política do Império. 182 - (UFTM MG/2010) Em 1823, durante o I Reinado brasileiro, a Assembleia Constituinte foi dissolvida. Esse ato pode ser explicado, entre outras razões, a) pela insistência da aristocracia rural do centro-sul em defender a igualdade política entre brasileiros e portugueses, o que descontentava os deputados constituintes de posição liberal radical. b) pela oposição dos constituintes representantes das elites agrárias do centro-sul ao projeto do imperador de estabelecer a igualdade política por meio do voto universal masculino. c) pela decisiva interferência da diplomacia britânica no Brasil, que não aceitou o modelo de monarquia constitucional federalista e o reforço à escravidão, propostos pela maioria dos constituintes. d) pelo descontentamento do imperador com o anteprojeto constitucional – denominado Constituição da Mandioca – no qual o poder ficaria centrado no Legislativo e não nas mãos do imperador. e) pela tentativa das elites das províncias do norte- nordeste de impor um modelo de organização política do Império a partir da fragmentação do poder central e da adoção de um federalismo. 183 - (UNIR RO/2010) O texto abaixo foi extraído da Constituição do Império outorgada em 1824. Art. 91 Têm votos nestas eleições primárias: 1º Os cidadãos brasileiros que estão no gozo de seus direitos políticos; 2º Os estrangeiros naturalizados; Art. 92 São excluídos de votar nas assembleias paroquiais: [...] 5º Os que não tiverem renda líquida anual de 100$rs por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos. Com base no texto, analise as afirmativas. I. O Império nasceu como uma democracia plena na qual os direitos políticos de todos foram assegurados. II. O Império nasceu como um estado desigual no qual apenas as pessoas com posses e status social podiam votar e ser votadas. III. A maioria da população do Brasil durante o Império podia votar e ser votada. IV. A maioria da população no Brasil Império ficou excluída do direito a voto. Estão corretas as afirmativas a) I e III, apenas. b) II e III, apenas. c) I e IV, apenas. d) I e II, apenas. e) II e IV, apenas. 184 - (UESPI/2010) A Constituição de 1824, resultante da dissolução da Assembleia Constituinte de 1823, marcou o início da institucionalização do poder monárquico no Brasil. Essa Constituição: a) criou o Poder Moderador de exclusividade do Imperador, o que na prática significava conceder- lhe poderes quase absolutos. b) provocou a insatisfação em diversas províncias, estando na base da eclosão de diversas rebeliões, como a Confederação do Equador, a Sabinada e o Contestado. c) favoreceu o reconhecimento do Brasil como nação independente, o que ocorreu sem reveses, à exceção dos Estados Unidos por conta da doutrina Monroe. d) estabeleceu a eleição pelo voto censitário para os governadores das províncias. e) determinou que representantes para o Senado e a Câmara seriam eleitos pelo voto direto e secreto. 185 - (UFCG PB/2010) O Império do Brasil representou um momento único na história brasileira. Sobre a dinâmica e a identidade política nesse contexto, é correto afirmar que: I. as câmaras e os juizados municipais, durante o Primeiro Reinado e as Regências, defenderam os interesses centralizadores das elites do Rio de Janeiro, o que se articulava aos projetos do Estado Imperial. II. o combate à autonomia municipal era recorrente, gerando conflitos em muitas circunstâncias (as revoltas regenciais, por exemplo), as quais a Monarquia reprimia duramente. III. o voto era um direito de poucos, uma prática política relacionada ao sexo masculino, à idade e às condições financeiras. IV. A escravidão tanto era parte constitutiva da cena política quanto uma indicação de seus limites, visto que, para mantê-la, o Estado mobilizava grande esforço na legitimação pública de uma propriedade particular. Estão corretas: a) I, II e III. b) II, III e IV. c) I, II e IV. 43 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 43 d) I, III e IV. e) III e IV. 186 - (ESPCEX/2012) Era “exclusivo do imperador e definido pela Constituição como ‘chave mestra de toda organização política’. Estava acima dos demais poderes”. (COTRIM, 2009) O texto emepígrafe aborda a criação no Brasil, pela Constituição de 1824, do Poder a) Moderador. b) Justificador. c) Executivo. d) Judiciário. e) Legislativo. 187 - (PUCCamp SP/2009) Dentre diversas batalhas entre a tirania e o Direito que ocorreram na história do Brasil, pode-se citar conflitos importantes ocorridos durante o governo de D. Pedro I. Esse imperador demonstrou autoritarismo ao a) estabelecer o poder Moderador na Constituição de 1824, fortalecer a elite portuguesa e criar a Guarda Nacional, uma milícia recrutada sempre que fosse necessário coibir movimentos populares. b) outorgar a primeira Constituição do país, procurar anexar a província cisplatina ao território brasileiro e ao reprimir violentamente movimentos contrários ao centralismo monárquico, tais como a Confederação do Equador. c) proibir a existência do Partido Liberal, cercear a liberdade de imprensa provocando a reação conhecida como Noite das Garrafadas, e ao se auto-proclamar imperador sem a aprovação de todas as províncias brasileiras. d) abolir o sufrágio universal, submeter a Igreja ao poder do Estado e ao contratar mercenários ingleses para combater duramente revoltas socias como a Cabanagem e a Balaiada. e) invadir militarmente o território do Paraguai, por interesses expansionistas, e ao decretar a Lei da Maioridade para que seu filho pudesse assumir o trono, após sua decisão pela abdicação. 188 - (UFOP MG/2010) Sobre a Assembleia Constituinte de 1823, é CORRETO afirmar: a) Reuniu representantes de todas as camadas da população brasileira. b) Elaborou a constituição que vigorou durante todo o Império. c) Fundou as bases do Estado Absolutista Monárquico. d) Caracterizou-se pelas disputas entre o Partido Português e o Partido Brasileiro. 189 - (PUC RJ/2011) No contexto da Independência do Brasil, os dirigentes políticos, atentos ao processo de fragmentação dos Vice-Reinados da América espanhola em várias nações independentes, preocuparam-se com a manutenção da unidade política e territorial da ex-colônia portuguesa na América. As estratégias para manter a unidade política e territorial do Brasil, nesse contexto, foram: I. A criação do Poder Moderador, de atribuição exclusiva do imperador, possibilitando a dissolução da Assembléia Geral e a nomeação de cargos no poder judiciário. II. A instituição, na Constituição de 1824, do unitarismo, restringindo as propostas de descentralização da administração estatal. III. A repressão militar dos revoltosos da Confederação do Equador, da Farroupilha e da Balaiada, adeptos de propostas separatistas e/ou federalistas. IV. A flexibilização das relações escravistas para evitar movimentos de fragmentação, insuflados por quilombolas e seguidores da Revolução do Haiti. Assinale a alternativa CORRETA. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas III e IV são corretas. c) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. d) Somente a afirmativa II, III e IV são corretas. e) Todas as afirmativas são corretas. 190 - (UESPI/2011) As medidas políticas de D. Pedro I não agradavam à boa parte da população. Em Pernambuco, por exemplo, articulou-se a Confederação do Equador, em 1824, que: a) negava a importância do liberalismo, mas planejava a independência do Brasil. b) divulgava a importância de suas idéias em órgãos da imprensa atuante na época. c) conseguiu a autonomia do Nordeste, graças à coragem do líder e militar Cipriano Barata. d) tinha princípios democráticos, embora não possuísse apoio militar para seguir suas ações. e) estimulou a rebeldia dos escravos, projetando o fim dos latifúndios e das oligarquias. 191 - (Mackenzie SP/2011) 44 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 44 Carlos Eduardo Novaes e César Lobo, História do Brasil para Principiantes: 500 anos de idas e vindas A charge se refere à a) promulgação do Ato Adicional de 1834, quando D. Pedro I estabeleceu a criação do Poder Moderador, de uso exclusivo do imperador. b) promulgação da Constituição de 1824 por D. Pedro I, estabelecendo o Poder Moderador, de uso tanto do imperador quanto do Conselho de Ministros. c) outorga da Constituição de 1824, por D. Pedro II, estabelecendo o Poder Moderador, de uso tanto do imperador quanto do Conselho de Ministros. d) outorga da Constituição de 1824 por D. Pedro I, estabelecendo o Poder Moderador, de uso exclusivo do imperador. e) promulgação da Constituição de 1891 pelo Mal. Deodoro da Fonseca, estabelecendo o Poder Moderador, de uso exclusivo do presidente. 192 - (Mackenzie SP/2011) “Vale dizer que, naquele momento, não se reconhecia com precisão a data oficial da Independência do Brasil. [...] [Alguns] a situavam na convocação da Assembleia Constituinte no Brasil em junho de 1822. O próprio D. Pedro só em 1823 se referiu ao 7 de setembro. Pesava mais [após a obtenção de apoios locais e da pressão portuguesa contra os interesses brasileiros] o grito, o gesto fundador e seu lema [Independência ou Morte], pois o problema residia na legítima autodeterminação de um povo que estabelece o seu governo e proclama a Independência sob o risco de uma morte patriótica que se sacrifica pelo bem público. A aclamação no Rio de Janeiro, com a presença efetiva de D. Pedro, ocorreu em 12 de outubro de 1822, depois que o Senado da Câmara do Rio de Janeiro tomou para si a tarefa de congregar as adesões e investir D. Pedro na condição de rei constitucional. Conciliava-se, aí, a data do aniversário do imperador com o descobrimento da América, reforçando seus vínculos. [...] A coroação de D. Pedro I acontece em 1º de dezembro de 1822, no Rio de Janeiro, depois de várias aclamações, das adesões das Câmaras, do início da guerra de Independência. [...] SOUZA, I.L.C. A independência do Brasil. Considerando o texto, e com base em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta. a) As elites brasileiras passaram por um longo processo de acomodação política, ocasionando conflitos com a metrópole e com o povo brasileiro, excluídos de representação. Em virtude disso, para os populares, somente D. Pedro poderia lhes garantir certos direitos. b) A indicação de um descendente da Casa de Bragança para o trono brasileiro revela a intenção de romper, política e economicamente, com as principais monarquias europeias. Assim, tal independência somente seria assegurada e consolidada por Pedro I. c) A busca por legitimação da independência promoveu uma série de ritos e celebrações na corte imperial. Em virtude disso, o Império alcançaria seu auge com o governo de D. Pedro I, responsável direto pela independência brasileira, e sua consolidação. d) A busca por legitimação – interna e externa – da independência brasileira gerou todo um processo de ritos e celebrações em torno da figura de D. Pedro. Porém, a falta de um projeto efetivo ameaçou a consolidação dessa independência, em seus primeiros anos. e) A independência se insere em um contexto maior, de crise do Antigo Sistema Colonial e acomodação política das elites. Assim, a sacralização da figura do imperador demonstrava os anseios populares de que suas condições melhorariam a partir do Império. 193 - (UECE/2011) A renúncia de D. Pedro I em 07 de abril de 1831 foi resultado de uma série de acontecimentos que provocaram um descontentamento geral no Império brasileiro. Como causas do descontentamento do povo brasileiro com D. Pedro I, são apontadas as seguintes: I. Dissolução da Assembléia Constituinte por D. Pedro I bem como a nomeação de uma comissão dirigida por ele mesmo para redigirum novo projeto constitucional. II. Atitude de passividade e tolerância de D. Pedro I com os grupos das províncias do Norte e Nordeste que estavam insatisfeitos com o desempenho de suas ações políticas na condução do Império. III. Participação direta de D. Pedro I na questão da sucessão do trono após a morte de D. João VI, dedicando grande parte de seus esforços à disputa política que ocorria em Portugal. 45 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 45 É realmente causa do descontentamento do povo brasileiro o apontado nos itens a) I e II, apenas. b) I, II e III. c) II e III, apenas. d) I e III, apenas. 194 - (UEL PR/2011) A Constituição Imperial de 1824 estabeleceu a divisão dos poderes em Legislativo, Executivo, Judiciário e Moderador. O poder Moderador era exercido pelo imperador e tinha caráter centralizador. Pode-se afirmar que o poder Moderador a) impediu o imperador de nomear membros vitalícios do Conselho de Estado. b) garantiu independência e autonomia aos magistrados do poder Judiciário. c) oficializou ao Legislativo o exercício de controlar o Estado. d) garantiu prerrogativas para o imperador controlar a política do país. e) garantiu ao Executivo a suspensão dos atos imperiais. 195 - (UFU MG/2011) O cirurgião negro colocando ventosas. Jean Baptiste Debret. Aquarela, 1826. Licenças e cartas eram obrigatórias para quem quisesse alguma atividade relacionada às artes de curar entre 1808 e 1828. [...] As mesmas pessoas que sangravam antes de 1828, com ou sem autorização, continuaram a praticar sua arte nos anos seguintes. Sangrar era muito importante para a terapêutica acadêmica, mas constituía um ofício mecânico, menor aos olhos dos médicos... Nem as pessoas – escravos, forros, africanos, na maioria – nem o que elas faziam – ‘sangrar, sarjar e aplicar sanguessugas’ – mudaram. A novidade estava na progressiva organização de uma corporação médica e na luta dessa categoria pelo monopólio das práticas de cura. PIMENTA, Tânia Salgado. Terapeutas populares e instituições médicas na primeira metade do século XIX. In: CHALHOUB, Sidney et ali. Artes e ofícios de curar no Brasil. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2003, p. 319 O texto e a imagem tratam das práticas de cura vigentes no Brasil na primeira metade do século XIX. Identifique, a partir da análise do texto e da imagem, as disputas sociais relacionadas a tais práticas. 196 - (UNESP SP/2011) O fechamento da Assembleia Constituinte, por D. Pedro I, em novembro de 1823, a) impediu a tentativa de recolonização portuguesa e eliminou a influência política da Igreja Católica. b) isolou politicamente o imperador e determinou o imediato final do Primeiro Reinado brasileiro. c) representou a centralização do regime monárquico e provocou reações separatistas. d) ampliou a força política dos estados do nordeste e facilitou o avanço dos projetos federalistas. e) assegurou o caráter liberal da nova Constituição e aumentou os poderes do judiciário. 197 - (UNIFICADO RJ/2011) “Se de fato a Grã-Bretanha tivesse sido a maior força por detrás da Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai, ela estaria adotando política e comportamento totalmente incompatíveis com as políticas e os comportamentos que regiam as suas relações com a América Latina, como um todo, naquela época.” BERTHEL, Leslie. In: NARLOCH, Leandro. Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil. São Paulo: Leya, 2009, p. 171-172. Ao contradizer a afirmação feita por muitos historiadores acerca do interesse inglês na Guerra do Paraguai, o autor se baseia na principal característica das relações entre América Latina e Grã-Bretanha durante todo o século XIX, que foi o(a) a) controle político e econômico das regiões insulares da América como forma de garantir o acesso inglês ao Pacífico Sul. b) desinteresse pelo futuro das novas nações independentes, já que os investimentos ingleses na África e na América do Norte eram muito mais lucrativos. c) defesa do domínio político inglês sobre as colônias ibéricas que se tornavam independentes. d) manutenção das colônias inglesas no Caribe como forma de garantir a permanência do comércio triangular. e) manutenção da liberdade comercial nos novos países independentes, como forma de garantir mercados e vantagens para os britânicos. 198 - (FGV/2012) 46 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 46 Leia as assertivas sobre a economia brasileira no século XIX. I. O Brasil monárquico representou uma continuidade em relação ao período colonial, pois a produção continuou voltada para o mercado externo e com a utilização da mão de obra compulsória, que perdurou durante grande parte do período. II. O produto que permitiu a entrada de mais moeda estrangeira no país foi o café, sendo que, na década de 1880, esse produto dominava mais da metade das exportações brasileiras. III. O açúcar, fundamental para a ocupação colonial da América portuguesa, continuou importante na pauta de exportações brasileiras. IV. No decênio 1861-1870, em decorrência da Guerra de Secessão norte-americana, aumentou consideravelmente o cultivo de algodão – especialmente no Maranhão – e a sua exportação. V. O forte aumento da produção e exportação da borracha relaciona-se com a descoberta do processo de vulcanização e com a invenção do pneumático. Estão corretas as afirmativas a) I e II, apenas. b) I, III e V, apenas. c) II, IV e V, apenas. d) III, IV e V, apenas. e) I, II, III, IV e V. 199 - (UFG GO/2012) Leia o texto a seguir. Na fazenda de Leôncio havia um grande salão toscamente construído, sem forro nem soalho, destinado ao trabalho das escravas, que se ocupavam em fiar e tecer algodão. Nesse salão, via-se postada uma fila de fiandeiras. Eram de vinte a trinta negras, crioulas e mulatas, com suas tenras crias ao colo ou pelo chão a brincar ao redor delas. Umas conversavam, outras cantarolavam para encurtarem as longas horas de seu fastidioso trabalho. Viam-se ali caras de todas as idades, cores e feitios, desde a velha africana, trombuda e macilenta, até a roliça e luzidia crioula, desde a negra brunida como azeviche até a mulata quase branca. GUIMARÃES, Bernardo. A escrava Isaura. São Paulo: Ática, 1996. p. 39. [Adaptado]. A região de Campos, no Rio de Janeiro, na primeira metade do século XIX, serviu como cenário para o romance A escrava Isaura. No fragmento apresentado, a descrição do ambiente de trabalho revela a) a indolência como um costume incorporado à escravidão, dificultando o uso da mão de obra escrava em atividades manufatureiras. b) a presença da miscigenação na sociedade escravista, decorrente das relações implícitas na família patriarcal. c) o descumprimento das leis antiescravistas, regulamentadoras da atividade de velhos e crianças submetidos ao cativeiro. d) a hierarquização de tarefas no cativeiro, associada à distinção entre escravos nascidos no Brasil e na África. e) as condições de trabalho do escravo doméstico, atenuadas pela proximidade que eles mantinham com os seus senhores. 200 - (UFG GO/2012) Analise os mapas a seguir. Disponível em: <http://neccint.wordpress.com/direito- internacional/mapas-dobrasil>. Acesso em: 8 set. 2011. [Adaptado]. No Brasil, entre 1822 e 1889, ocorreram mudanças nas unidades administrativas, fruto de uma política de Estado, conforme a representação gráfica dos mapas. Essas mudanças objetivavam a) a punição das províncias envolvidas em movimentos separatistas, como no caso da Confederação doEquador, em Pernambuco. 47 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 47 b) o alcance de maior equilíbrio político- administrativo entre as províncias, como no caso da criação do Paraná com a divisão de São Paulo. c) o cumprimento de acordos diplomáticos externos, como no caso da concessão da província da Cisplatina à Argentina. d) o aumento do controle fiscal nas regiões produtoras de ouro para garantir recursos ao governo, como no caso de Goiás e Minas Gerais. e) a dinamização econômica dos espaços distantes do litoral com a criação de novos territórios, como no caso da divisão da província do Grão-Pará. 201 - (UFG GO/2012) Analise a imagem a seguir. DEBRET, Jean-Baptiste. Viagem pitoresca e histórica pelo Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1989. s. p. (Figura 144). Produzida em 1822, esta pintura constituiu uma alegoria do Estado nacional por ocasião da Independência. Nela se construiu uma imagem positiva do Império e do papel político do monarca, aclamado como “Defensor Perpétuo do Brasil”. Ao longo do Primeiro Reinado, entretanto, a imagem do monarca se modificou. Diante do exposto e com base na análise da pintura, explique a) uma característica do projeto político monárquico do Primeiro Reinado; b) um dos motivos que levaram à mudança da imagem de D. Pedro I ao longo do Primeiro Reinado. 202 - (UFPE/2012) No Brasil, as rebeliões coloniais mostraram que a dominação portuguesa encontrava dificuldades e provocava insatisfações. As ideias liberais contribuíram para acirrar as disputas e promover discussões sobre a existência da opressão política, mesmo depois de 1822. Em Pernambuco, por exemplo, no século XIX, houve: 00. rebeliões importantes que exigiram a ruptura em relação a princípios ditos mercantilistas e propuseram mudanças na organização política. 01. influências marcantes das teorias socialistas que ajudaram na organização de revoltas escravistas contra os latifundiários e contra os comerciantes portugueses estabelecidos no Recife. 02. conflitos políticos entre Olinda e Recife, onde se firmou a superioridade econômica do Recife e a afirmação de governos simpáticos aos princípios antimercantilistas. 03. revoltas políticas, que contaram com a ajuda de tropas vindas do sudeste do país, onde, no final do período colonial e com a participação ativa de padres e escravos, obtiveram êxitos. 04. o governo de D. Pedro I não agradava aos mais liberais e incomodava quem queria a instalação de uma República. 203 - (UNICAMP SP/2012) Passar de Reino a Colônia É desar [derrota] É humilhação que sofrer jamais podia brasileiro de coração. A quadrinha acima reflete o temor vivido no Brasil depois do retorno de D. João VI a Portugal em 1821. Apesar de seu filho Pedro ter ficado como regente, acirrou-se o antagonismo entre "brasileiros" e "portugueses" até que, em dezembro de 1821, as Cortes de Portugal determinaram o retorno do príncipe. Se ele acatasse, tudo poderia acontecer. Inclusive, dizia d. Leopoldina, "uma Confederação de Povos no sistema democrático como nos Estados Livres da América do Norte". (Adaptado de Eduardo Schnoor,"Senhores do Brasil", Revista de História da Biblioteca Nacional, nº 48. Rio de Janeiro, set. 2009, p. 36.) a) Identifique os riscos temidos pelas elites do centro-sul do Brasil com o retorno de D. João VI a Lisboa e a pressão das Cortes para que D. Pedro I retornasse a Portugal. b) Explique o que foi a Confederação do Equador. 204 - (UEMA/2012) Sobre o reinado de D. Pedro I (1822-1831), é possível afirmar que ele, embora tendo o apoio a) dos grandes proprietários de terra, perdeu a sustentação política por governar como um monarca absolutista, o que acabou gerando a abdicação em favor de seu filho D. Pedro de Alcântara. b) das camadas mais desprivilegiadas da sociedade, perdeu o apoio dos portugueses e dos proprietários em virtude das reformas sociais que 48 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 48 procurou empreender no Brasil após a independência. c) das potências europeias, contava com a oposição dos comerciantes, soldados e analfabetos que não tinham direito a voto, segundo a Constituição de 1824, o que acabou gerando um desgaste político. d) das camadas média e baixa no Brasil, considerou ser mais vantajoso abdicar e assumir o trono em Portugal como D. Pedro IV, em virtude das denúncias de corrupção que as elites fizeram de membros do seu governo. e) dos portugueses e liberais exaltados, passou a contar com o ódio da maioria dos brasileiros em virtude de ter encomendado a morte do jornalista Libero Badaró, o que acabou gerando a Noite das Garrafadas com repressão do imperador à população. 205 - (UERJ/2012) Bandeira da Confederação do Equador www.historiabrasileira.com O poder moderador de nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. É princípio conhecido pelas Luzes do presente século que a soberania reside na nação essencialmente, logo é sem questão que a mesma nação ou pessoa da comissão é quem deve esboçar a sua constituição, purificá-la das imperfeições e afinal estatuí-la. Frei Joaquim do Amor Divino Caneca Crítica da constituição outorgada, 1824 Adaptado de JUNQUEIRA, Celina (org). Ensaios políticos. Rio de Janeiro: Documentário, 1976. A Confederação do Equador, ocorrida em 1824, apresentou propostas alternativas à organização do Império do Brasil, sendo porém reprimidas pelo governo de Pedro I. Explicite o motivo central para a eclosão da Confederação do Equador e cite duas de suas propostas para a organização do poder de Estado. 206 - (UFRN/2012) Após ser proclamada a Independência do Brasil, o Império foi regido por uma Constituição outorgada por D. Pedro I, em 1824. Nos artigos referentes às eleições, lê-se: CAPÍTULO VI Das Eleições Art. 90. As nomeações dos deputados e senadores para a Assembleia Geral e dos membros dos conselhos gerais das províncias serão feitas por eleições indiretas, elegendo a massa dos cidadãos ativos em assembleias paroquiais os eleitores de províncias e estes os representantes da nação e província. Art. 91. Têm votos nestas eleições primárias: 1º) Os cidadãos brasileiros que estão no gozo de seus direitos políticos; 2º) Os estrangeiros naturalizados. Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais: [...] 5º) Os que não tiverem de renda líquida anual 100$000 [100 mil réis] por bens de raiz [imóveis], indústria, comércio ou empregos. Art. 93. Os que não podem votar nas Assembleias primárias de Paróquias não podem ser membros, nem votar na nomeação de alguma autoridade eletiva nacional. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Constituição política do império do Brasil, edição fac-similar. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1972.[Adaptado] Os artigos citados permitem inferir que a) a doutrina de origem europeia, que inspirou a emancipação política e a Constituição, se opunha à ideia de igualdade. b) o voto censitário, nos termos adotados no texto constitucional, caracterizou a chamada “Constituição da mandioca”. c) o texto constitucional imposto à Nação restringiu a participação política das camadas populares. d) a implantação do voto censitário tornou o direito de votar restrito às elites latifundiárias. 207 - (UFSC/2012) Sobre os artistas, cientistas, viajantes e exploradores europeus presentes no Brasil, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). 01. Desde o século XVI, os europeus deixaram registrossobre suas experiências nas Américas através de textos, gravuras e desenhos. 02. Hans Staden teve contato com os tupinambás no Rio de Janeiro, deixando o relato de suas memórias, onde elogia as práticas culturais destes indígenas. 04. Jean de Léry descreveu positivamente os índios tupinambás, que, no século XVI, favoreciam a presença francesa no Brasil. 49 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 49 08. O Brasil recebeu influência de pesquisadores europeus ao longo do século XIX. O naturalista Fritz Müller e Charles Darwin, por exemplo, trocaram correspondências sobre suas pesquisas. 16. Debret, desenhista e pintor francês, se interessava exclusivamente em retratar os hábitos e a gente de origem europeia que habitava o Brasil. 32. No século XIX, Auguste Saint-Hilaire viajou pelo Brasil, descrevendo a escravidão existente no território. 208 - (Fac. Santa Marcelina SP/2013) Resulta daí que a Independência se fez por uma simples transferência pacífica de poderes da metrópole para o novo governo brasileiro. E na falta de movimentos populares, na falta de participação direta das massas neste processo, o poder é todo absorvido pelas classes superiores da ex-colônia, naturalmente as únicas em contato direto com o regente e sua política. Fez-se a Independência praticamente à revelia do povo; e se isto lhe poupou sacrifícios, também afastou por completo sua participação na nova ordem política. A Independência brasileira é fruto mais de uma classe que da nação tomada em conjunto. (Caio Prado Jr. Evolução política do Brasil: Colônia e Império.) A partir do texto, é correto afirmar que o processo de emancipação do Brasil a) preservou as estruturas oriundas do período colonial. b) trouxe mudanças profundas na organização social. c) foi semelhante ao processo de independência do Haiti. d) seguiu o modelo político e social dos Estados Unidos. e) foi liderado por setores sociais que representavam a classe média. 209 - (FGV/2013) A história da construção do Estado brasileiro na primeira metade do século XIX foi a história da tensão entre unidade e autonomia. Por outro lado, no interior do Estado, de elites com fortes vínculos com os interesses de sua região de origem e ao mesmo tempo comprometidas com uma determinada política nacional, pautada pela negociação destes interesses e pela manutenção da exclusão social, marcou não apenas o século XIX, como também o século XX. Através do parlamento essas elites regionais têm imposto uma determinada dinâmica para o jogo político que se materializa na imensa dificuldade de empreender reformas sociais profundas. Dolhnikoff, Miriam. O pacto imperial. As origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo, 2005, p. 11-12. De acordo com o ponto de vista apresentado no texto, a) a história brasileira é marcada por práticas de tolerância política acentuadas nas últimas décadas com a redemocratização do país. b) o parlamento é a única instituição política imune aos interesses e ao controle das elites regionais brasileiras. c) as profundas reformas sociais só foram possíveis graças às transformações políticas ocorridas na primeira metade do século XIX no Brasil. d) a dinâmica política do Estado nacional se constituiu com base em negociações entre as elites regionais e a exclusão social de outros setores. e) as características descritas sobre o Estado revelam a supremacia do Poder Judiciário sobre o Poder Legislativo na história política brasileira. 210 - (FGV/2013) A independência, porém, pregou uma peça nessas elites. Um ano após ser convocada, a Assembleia Constituinte foi dissolvida e em seu lugar, o imperador designou um pequeno grupo para redigir uma Constituição “digna dele”, ou seja, que lhe garantisse poderes semelhantes aos dos reis absolutistas. Um exemplo disso foi a criação do Poder Moderador (...) (Mary del Priore e Renato Venancio, Uma breve história do Brasil) Esse poder a) ampliava os direitos das Assembleias Provinciais, restringia a ação do Imperador no tocante à administração pública e a ação do Senado. b) permitia que o Imperador reformasse a Constituição por decreto-lei e que escolhesse parte dos deputados provinciais. c) sofria de uma única limitação institucional, pois o Estado brasileiro não tinha direito de interferir nos assuntos relacionados com a Igreja Católica. d) proporcionava ao soberano poderes limitados, o que permitiu alargamento da autonomia política e econômica das províncias do Império. e) oferecia importantes prerrogativas ao Imperador, como indicar presidentes de províncias, nomear senadores e suspender magistrados. 211 - (PUC RJ/2013) Durante o período imperial brasileiro, instaurou-se uma ordem política caracterizada pelo centralismo e unitarismo. Houve, contudo, manifestações de contestação a essa ordem, destacando-se aquelas que possuíam caráter separatista e a defesa de propostas de maior autonomia para as províncias. Assinale a opção que identifica corretamente duas dessas revoltas. 50 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 50 a) Revolta dos Malês e Cabanagem b) Guerra dos Farrapos e Revolução Praieira c) Balaiada e Revolta do Vintém d) Sabinada e Revolta do Quebra-Quilos e) Revolta da Chibata e Revolta da Vacina 212 - (PUC SP/2013) Os grupos provinciais acabaram se envolvendo com a construção do Estado, mas ao fazê-lo impuseram uma organização institucional que preservava o controle de cada um deles sobre sua província e, ao mesmo tempo, lhes conferia poder de influência no governo central. Miriam Dolhnikoff. O pacto imperial. São Paulo: Globo, 2005, p. 285. O texto trata do processo de formação do Estado brasileiro na primeira metade do século XIX e destaca a) o confronto entre o modelo federativo de inspiração norte-americana e o modelo unitário que prevaleceu na constituição dos Estados nacionais na América Hispânica. b) a combinação de elementos unitários e federalistas, que assegurou simultaneamente a unidade nacional e a manutenção dos poderes oligárquicos locais. c) o isolamento das oligarquias locais, que conseguiram reforçar seu poder dentro das províncias, mas não interferiam nas decisões de caráter nacional. d) a vitória dos defensores de um Estado nacional federativo e fragmentário e a derrota de todas as propostas de unificação das províncias. e) a derrota definitiva dos projetos autonomistas das províncias e o fracasso dos ideais de centralização política, que eram incapazes de assegurar a unidade nacional. 213 - (UEG GO/2013) Brasileiros [...] para que tantas desconfianças, que não podem trazer à pátria senão desgraça? Desconfiais de mim? Assentais que poderei ser traidor àquela mesma pátria que adotei para mim [...] Poderei eu querer atentar contra a Constituição, que vos ofereci e que convosco jurei? Proclamação de D. Pedro I ao povo, em 6 de abril de 1831. In: BONAVIDES, P; VIEIRA, R. A. A. Textos políticos da história do Brasil. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, s.d. p. 228. O texto trata de uma carta aberta do Imperador Pedro I ao povo brasileiro, escrita num momento de extrema tensão política. Sobre esse fato, responda: a) Qual cenário político forçou o Imperador D. Pedro I a lançar uma proclamação em tom tão dramático ao povo brasileiro? b) Qual decisão tomou D. Pedro I no dia seguinte a essa proclamação e quais seus desdobramentos imediatos? 214 - (UFU MG/2012) No começo da década de 1830 na Corte circulava um jornal intitulado O Homem de cor. A epígrafe do jornal era a citação de um artigo constitucional:“Todo cidadão pode ser admitido aos cargos públicos civis e militares, sem outra diferença que não seja a de seus talentos e virtudes”. O redator combatia uma afirmação do presidente da província de Pernambuco, Manoel Zeferino dos Santos, que continha críticas à qualificação dos oficiais da Guarda Nacional, e propunha a separação entre os batalhões “segundo os quilates da cor”. LIMA, Ivana Stolze. Cores, marcas e falas: sentidos da mestiçagem no Império do Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003, p. 51 (adaptado). Artigo 6º. São Cidadãos Brasileiros: 1) Os que no Brasil tiverem nascido, quer sejam ingênuos, ou libertos, ainda que o pai seja estrangeiro, uma vez que este não resida por serviço de sua Nação. Constituição Imperial do Brasil de 1824 Vocabulário: Ingênuos: filhos de ex-escravos Libertos: ex-escravos O processo de independência do Brasil e a abdicação de Dom Pedro I, em abril de 1831, alimentaram expectativas de aprofundamento das reformas liberais. A epígrafe do jornal O Homem de cor expressa a) a crítica à própria Constituição do Brasil, que tratou de estabelecer diferenças entre os cidadãos brancos e negros na ocupação de cargos. b) a construção de uma identidade racial que previa a união de escravos, ex-escravos e seus descendentes na oposição ao sistema escravista. c) a crítica ao monopólio dos portugueses na ocupação de cargos públicos e militares, que se mantinha mesmo depois da independência. d) a luta pelo reconhecimento do direito de cidadania a todos os não escravos nascidos no Brasil, independente de critérios raciais. 215 - (UFU MG/2012) Texto 1 Depois que o Estado ficou em estado de orfandade política devido à ausência e prisão de Fernando VII, os povos reassumiram o poder soberano. Ainda que seja verdade que a nação havia transmitido esse poder aos reis, sempre foi com um caráter reversível, não 51 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 51 somente no caso de uma deficiência total, mas também no de uma deficiência momentânea e parcial. Fragmento do Regulamento da Divisão de Poderes, Buenos Aires, 1811. Apud PAMPLONA, Marco A. e MÄDER, Maria Elisa (orgs.). Revoluções de independências e nacionalismos nas Américas. Região do Prata e do Chile. São Paulo: Paz e Terra, 2007, p. 251. Texto 2 Para sustentar a escravidão dos povos, não têm outro recurso que transformar em mérito o orgulho de seus sequazes e cobri-los de distinções que criam uma distância imensa entre o infeliz escravo e seu pretendido senhor. Essa é a origem dos títulos de condes, marqueses, barões, etc., que a corte da Espanha prodigalizava para duplicar o peso de seu cetro de ferro que gravitava sobre a inocente América. Longe de nós tão execráveis e odiosas preeminências; um povo livre não pode ver brilhar o vício diante da virtude. Estas considerações estimularam a Assembleia a expedir a seguinte LEI: A Assembleia Geral ordena a extinção de todos os títulos de condes, marqueses e barões no território das Províncias Unidas do Rio da Prata. O redator da Assembleia, n. 9. 29 de maio de 1813. In. PAMPLONA, Marco Antônio e MÄDER, Maria Elisa (orgs.) Revoluções de independências e nacionalismos nas Américas; regiões do Rio da Prata e Chile. São Paulo: Paz e Terra, 2007, p.110. (Adaptado) Os textos apontam para ânimos distintos relativos ao processo de independência na América espanhola. a) Explique o contexto histórico europeu relacionado ao início do processo revolucionário na América espanhola. b) Identifique as mudanças no processo de independência do Rio da Prata a partir dos documentos acima apresentados. 216 - (UNESP SP/2013) O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823, a) ao reconhecimento da Independência brasileira pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e por Portugal. b) ao esforço do imperador para impor seu poder às províncias que não haviam aderido à Independência. c) à libertação da Província Cisplatina, que se tornou independente e recebeu o nome de Uruguai. d) à pacífica unificação de todas as partes do território nacional, sob a liderança do governo central, no Rio de Janeiro. e) à confirmação, pelas Cortes portuguesas e pela Assembleia Constituinte, do poder constitucional do imperador. 217 - (UERJ/2013) Trecho da carta de despedida de D. Pedro I a seu filho Pedro II Meu querido filho e imperador... Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior sacrifício; mas levar a honra ilibada, não pode haver maior glória. Lembre-se sempre de seu pai, ame a sua e a minha pátria, siga os conselhos que lhe derem aqueles que cuidarem de sua educação, e conte que o mundo o há de admirar... Eu me retiro para a Europa: assim é necessário para que o Brasil sossegue, e que Deus permita, e possa para o futuro chegar àquele grau de prosperidade de que é capaz. Adeus, meu amado filho, receba a bênção de seu pai que se retira saudoso e sem mais esperanças de o ver. D. Pedro de Alcântara 12 de abril de 1831 revistadehistoria.com.br Ainda permanece a imagem de Pedro I como um dos responsáveis pela autonomia política do Brasil. Contudo, nove anos após proclamar o 7 de setembro de 1822, o imperador abdicava de seu trono e retornava à Europa. A instabilidade política e econômica foi a marca de seu breve reinado. Cite um setor da sociedade brasileira da época que se opunha à manutenção do governo de Pedro I e uma razão para essa oposição. Em seguida, aponte um motivo para a instabilidade econômica que caracterizou esse governo. 218 - (UFPE/2013) A organização do Estado Nacional Brasileiro teve, entre outras características, a codificação das leis, a exemplo do Código Criminal do Império (1830), do Código do Processo Penal (1832) e da Constituição de 1824. Sobre essa Constituição, analise o que se afirma a seguir. 00. Definia o regime de governo como uma monarquia constitucional hereditária, e dividia os poderes em executivo, legislativo, judiciário e moderador. 01. Determinava o catolicismo como religião oficial do Estado, proibindo o culto doméstico aos praticantes das demais religiões. 02. Estabeleceu as eleições como primárias e secundárias, sendo que, nas primárias, o eleitor elegeria um colégio eleitoral que, por sua vez, nas secundárias, elegeriam senadores e deputados. 03. Previa a extinção lenta e gradual da escravidão, instituindo um sistema de trabalho livre nas lavouras de café. 52 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 52 04. Por ela, o poder moderador seria um instrumento para limitação do poder do monarca e dos seus ministros. 219 - (UNIFOR CE/2012) A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário, de caráter emancipacionista (ou autonomista) e republicano, ocorrido em 1824 no Nordeste do Brasil. Representou a principal reação contra a tendência absolutista e a política centralizadora do governo de D. Pedro I (1822- 1831). A respeito do assunto tratado acima, assinale a alternativa INCORRETA. a) O centro irradiador e a liderança da revolta couberam à província de Pernambuco, onde vivia Frei Caneca, um dos principais líderes do movimento. b) A proclamação da Confederação do Equador, em 1824, foi consequência direta da dissolução da assembleia constituinte, por D. Pedro I, em 1823, e outorga de uma constituição centralizadora. c) No começo de 1824, ao saber da dissolução da assembleia constituinte, as câmaras de Quixeramobim e Icó proclamaram a república e declararam D. Pedro I destronado. d) Ao saber da proclamação da Confederação, D. Pedro I inicialmente tentouuma solução diplomática, enviando o brigadeiro Francisco de Lima e Silva para negociar com os revoltosos. e) Pelas suas participações na Confederação do Equador, Frei Caneca e Padre Mororó foram fuzilados, em 1825, nas cidades do Recife e de Fortaleza, respectivamente. 220 - (IFPE/2012) Em 1822 o Brasil se torna, oficialmente, um Estado Nação independente de sua antiga metrópole portuguesa. Sobre o processo que leva à independência do Brasil, analise as afirmativas abaixo: I. A consolidação do Brasil independente foi um processo que envolveu a política externa: convencimento e pagamento a Portugal, aceitação da Inglaterra, reconhecimento dos Estados Unidos, ressalvas dos países da América espanhola. II. A manutenção da Independência após 1822 foi conseguida à custa de muito esforço de guerra. Estando o Brasil ainda sem um exército nacional, foram contratados militares estrangeiros como o inglês Lorde Cochrane. III. Maranhão, Pará e Bahia se recusaram a aderir à Independência, pois estavam mais próximos comercialmente de Portugal do que do novo país, fator que gerou uma luta interna entre as elites do norte e do sul. Os conflitos terminaram com a vitória das elites sulistas e a manutenção territorial da nação. IV. Em 1824, aconteceu, na província de Pernambuco, a briga política chamada de Confederação do Equador, atraindo as demais províncias do norte: Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí e Ceará. O conflito buscava autonomia sem desligamento do poder central do sul. V. Até 1840, o Brasil recém independente busca se manter territorialmente intacto, lutando militarmente para pacificar regiões de contestações ao poder central. Estão corretas, apenas: a) I, II e IV b) I, II e V c) I, III e V d) II, III e IV e) II, IV e V 221 - (UEM PR/2013) Ao longo do primeiro Reinado (1822-1831), foi consolidada a independência do Brasil com relação a Portugal. A respeito desse período, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01. Esse período é um dos menos conhecidos de nossa história, pois, para consolidar a independência, D. Pedro I proibiu a divulgação de notícias e o ingresso de estrangeiros em solo brasileiro. 02. A independência significou uma ruptura abrupta com o nosso passado colonial, pois, a partir de então, foram adotadas novas relações de trabalho que subverteram o ordenamento econômico existente até aquela época. 04. As lutas pela consolidação da independência prolongaram-se por mais de um ano e envolveram o Rio de Janeiro e a Bahia, entre outras províncias. 08. Após a independência, a Assembleia Nacional Constituinte, eleita pelo voto direto e universal, elaborou a primeira constituição brasileira, que foi aceita e promulgada por D. Pedro I em 1824. 16. No final dos anos de 1820, a luta política era polarizada no Brasil, por um lado, pelo “partido português”, que apoiava a monarquia, e, por outro, pelos grupos liberais, radicais e moderados. 222 - (UFPB/2013) O Período Regencial no Brasil (1831-1840) notabilizou- se por uma série de revoltas regionais. Sobre essas revoltas, é correto afirmar: a) A Revolta dos Farrapos, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, foi um movimento separatista, que procurava unir o sul do Brasil e o Uruguai em um novo país, a República Oriental. b) A Cabanagem, ocorrida na Província do Pará, foi um movimento marcado pela intensa participação 53 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 53 dos elementos mais pobres da sociedade, chamados de cabanos. c) A Balaiada, no Maranhão, foi uma revolta de escravos, chamados de balaios, comandada pela elite local, que buscava autonomia em relação ao governo central. d) A Sabinada, na Bahia, foi uma revolta de escravos muçulmanos, comandados por um negro chamado Sabino, cujo objetivo era a repatriação dos escravos para a África. e) O “Golpe da Maioridade” foi um movimento de caráter conservador, comandado por grandes proprietários rurais que estavam insatisfeitos com a instabilidade social e as revoltas locais. 223 - (UNIRG TO/2013) Leia o texto a seguir. Este comércio de carne humana é um cancro que rói as entranhas do Brasil; comércio, porém, que hoje em dia já não é preciso para aumento da sua agricultura e povoação, uma vez que, por sábios regulamentos, não se consinta a vadiação dos brancos, e outros cidadãos mesclados, e a dos forros. Acabe-se, pois, de uma vez o infame tráfico da escravatura; mas com isso não está tudo feito; é também preciso cuidar seriamente em melhorar a sorte dos escravos existentes, e tais cuidados são já um passo para sua futura emancipação. SILVA, José Bonifácio Andrada e. Representação à Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Império do Brasil sobre a Escravatura. In: DOLHNIKOFF, M. (Org.). Projetos para o Brasil: José Bonifácio Andrada e Silva. São Paulo: Publifolha/Compahia das Letras, 2000. p. 31. (Adaptado). O texto de José Bonifácio defende, dentre outros aspectos, a extinção do tráfico de escravos no Brasil. Com base no texto, conclui-se que o ideário do político do Império vinculava-se a) ao reformismo ilustrado, cujo objetivo era modernizar o Império português. b) ao cristianismo humanitário, cuja pretensão era libertar os negros para sua conversão espiritual. c) ao liberalismo paulista, cujo interesse era impor a monocultura às regiões produtivas no Brasil. d) ao projeto nacionalista, cuja intenção era acabar com a revolta de escravos, integrando-os à nação. 224 - (UFU MG/2013) No início dos trabalhos da Constituinte de 1823, Dom Pedro I proferiu o seguinte discurso: “Todas as Constituições que, à maneira de 1791 e 1792, têm estabelecido suas bases, e se têm querido organizar, a experiência nos tem mostrado que são totalmente teóricas e metafísicas e, por isso, inexequíveis: assim o prova a França, a Espanha e, ultimamente, Portugal. Elas não têm feito, como deviam, a felicidade geral, mas sim, depois de uma licenciosa liberdade, vemos que em uns países já aparece o despotismo, como consequência necessária de ficarem os povos reduzidos à triste situação de presenciarem e sofrerem todos os horrores da anarquia”. HOLANDA, Sérgio Buarque de. (dir.). História Geral da Civilização brasileira. O Brasil Monárquico. Tomo II. Volume 3 [9ª. Edição]. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. p. 209 (Adaptado). Ao se dirigir aos parlamentares da constituinte de 1823, Dom Pedro I se remete ao contexto político europeu do final do século XVIII e primeiras décadas do século XIX, demonstrando a) preocupação com o avanço das ideias liberais e com o papel que lhe seria atribuído na nascente estrutura política brasileira. b) inabilidade política, ao se colocar contrário aos desejos despóticos e centralizadores da classe senhorial brasileira. c) ressentimento com a Revolução do Porto, ocorrida em 1820, que vetou o retorno de D. João VI ao trono de Portugal. d) alinhamento com o modelo inglês de governo, almejando o apoio dos britânicos no processo de reconhecimento da Independência do Brasil. 225 - (UEFS BA/2013) Durante o processo de independência política do Brasil, a construção da unidade territorial do país esteve ameaçada, porque a) as lideranças nacionalistas do país não contavam com o apoio das classes populares e dos escravos para garantirem a independência. b) os países integrantes da Santa Aliança planejavam ocupar a Região Amazônica, o que lhes daria acesso às ricas minas de prata do Peru. c) os demais países do continente americano eram contrários à independência do Brasil, por esta ter sido conduzida por um membro da monarquia portuguesa.d) o rei D. João VI, antes de retornar a Portugal, garantiu a autoridade do Príncipe Regente D. Pedro apenas sobre as províncias do Sul e do Sudeste, desinteressando-se de definir a situação de outras regiões. e) a permanência de tropas portuguesas no controle político e estratégico de províncias do Nordeste dificultava a adesão dessa região à independência oficializada no Rio de Janeiro. 226 - (UEFS BA/2013) A monarquia liberal estruturada, no Brasil, com a outorga da Constituição de 1824, conviveu, até o final do século XIX, com contradições relativas 54 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 54 a) à presença do trabalho escravo, da religião oficial e do Poder Moderador. b) à manutenção dos laços de dependência com a Casa Portuguesa de Bragança e com a presença dos visitadores do Santo Ofício. c) ao controle dos partidos políticos pelo Estado e à ausência de um sistema eleitoral. d) à prática da reforma agrária nos moldes portugueses, concretizada com a aplicação da Lei de Terras, de 1880. e) ao controle do sistema educacional pelo Estado Monárquico, que garantia o livre acesso de todos à escola. 227 - (UFMG/2013) Leia o trecho: O sete de abril de 1831, mais do que o sete de setembro de 1822, representou a verdadeira independência nacional, o início do governo do país por si mesmo, a Coroa agora representada apenas pela figura quase simbólica de uma criança de cinco anos. O governo do país por si mesmo [...] revelou-se difícil e conturbado. Rebeliões e revoltas pipocaram por todo o país, algumas lideradas por grupos de elite, outras pela população tanto urbana como rural, outras ainda por escravos. CARVALHO, J. Murilo et al. Documentação política, 1808-1840. Brasiliana da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional/Nova Fronteira, 2011, s/p. 1. EXPLIQUE o sentido da frase considerando o seu contexto histórico: “a Coroa agora representada apenas pela figura quase simbólica de uma criança de cinco anos”. 2. APRESENTE dois fatores que contribuíram para as conturbações políticas e sociais que levaram às rebeliões e às revoltas do período. Fator I: Fator II: 228 - (UECE/2014) No Brasil, o período que seguiu logo após a abdicação de D. Pedro I foi marcado por um conjunto de crises. Observe o que é dito sobre o que ocorria nesse momento. I. As diversas forças políticas lutavam pelo poder, e as reivindicações populares eram por melhores condições de vida. II. Os conflitos ocorridos representavam o protesto do povo contra a centralização do governo, e eram marcados pela reivindicação por maior participação popular na vida política do País. III. As convulsões populares do período exigiam o reforço das antigas realidades sociais, bem como a submissão das forças políticas ao poder central. Está correto o que se afirma somente em a) II e III. b) I. c) I e II. d) III. 229 - (UFT TO/2013) Leia o texto com atenção. “Os meses que medeiam da partida de D. João à proclamação da Independência, período final em que os acontecimentos se precipitaram, resultou num ambiente de manobras de bastidores, em que a luta se desenrolava exclusivamente em torno do príncipe regente, num trabalho intenso de o afastar da influência das cortes portuguesas (...). Resulta daí que a Independência se fez por uma simples transferência política de poderes da metrópole para o novo governo brasileiro. E na falta de movimentos populares, na falta de participação direta das massas neste processo, o poder é todo absorvido pelas classes superiores da ex- colônia, naturalmente as únicas em contato direto com o regente e sua política. Fez-se a Independência praticamente à revelia do povo; e se isto lhe poupou sacrifícios, também afastou por completo sua participação na nova ordem política. A Independência brasileira é fruto mais de uma classe que da nação tomada em conjunto” (PRADO JR, Caio. Evolução política do Brasil: Colônia e Império. São Paulo: Brasiliense. pp. 52-53). A respeito da Constituição de 1824, assinale a alternativa que a caracteriza CORRETAMENTE. a) Liberal e descentralizadora, cuja principal fonte de poder estava localizada nas Assembléias Legislativas das províncias, conforme o modelo dos Estados Unidos da América. b) Autoritária, mas o estabelecimento dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo garantia o respeito aos direitos políticos e sociais dos cidadãos. c) Tipicamente liberal, com a divisão em três poderes, inspirada nas formulações de Montesquieu e, inclusive, prevendo uma federação de províncias. d) Centralizadora e liberal, prevendo em seus artigos diversas garantias sociais e trabalhistas, o que desagradou a interesses dos proprietários de terras e escravos. e) Centralizadora e autoritária, contando, além dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, com a existência do Poder Moderador, o que fortalecia o poder do Imperador. 230 - (UNICAMP SP/2014) 55 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 55 Para Portugal, não era interessante trazer para o Brasil imigrantes de estados possuidores de colônias, tais como França, Inglaterra, Holanda e Espanha. Abrir as portas da colônia e, depois, do recém-criado império do Brasil poderia significar um risco. Daí, a preferência por imigrantes dos estados alemães, da Suíça, e da Itália. Pedro I continuou essa política enfatizando que era necessário apoiar o desenvolvimento da agricultura, pelo aliciamento de bons colonos que aumentassem o número de braços dos quais necessitávamos. (Adaptado de João Klug, “Imigração no Sul do Brasil, em Keila Grinberg e Ricardo Sales (org.). O Brasil Imperial. v. III. 1870-1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p. 247.) Assinale a alternativa correta. a) A grande entrada de imigrantes no Brasil ocorreu a partir do Primeiro Reinado, em função do fim do tráfico negreiro e da maciça propaganda promovida pelo governo brasileiro na Europa. b) No Primeiro Reinado, a entrada de imigrantes associava-se ao incremento da produção agrícola e tinha em conta o cenário internacional, no qual as metrópoles europeias disputavam territórios e riquezas. c) Em meio à corrida imperialista do século XIX, Portugal empenhou-se pelo fim da escravidão em Lisboa e do tráfico negreiro em suas colônias africanas. d) A imigração no Brasil surgiu como questão a partir da implantação da Lei Áurea, que alterou os modos de pagamento do trabalho livre. 231 - (PUC RS/2014) Depois de declarada a Independência do Brasil, foi necessário dar uma ordenação legal ao novo país por meio da sua primeira constituição. Sobre esse processo, é INCORRETO afirmar que: a) O primeiro projeto de constituição recebeu o nome de Constituição da Mandioca, porque estabelecia que, para votar ou se eleger, a pessoa deveria comprovar uma renda mínima, equivalente a determinada quantidade de alqueires plantados desse vegetal. b) A Assembleia Legislativa reunida em 1823 para elaborar a primeira Constituição do Brasil foi dissolvida por D. Pedro I, por ter proposto um projeto que privilegiava os grandes proprietários de terra e excluía os pobres da participação política. c) A primeira Constituição do Brasil foi outorgada por D. Pedro I e estabelecia o voto censitário e a formação de quatro poderes – Legislativo, Judiciário, Executivo e Moderador –, ficando os dois últimos sob controle do Imperador. d) A primeira Constituição brasileira, estabelecida em 25 de março de 1824, instituiu uma monarquia hereditária no Brasil e o catolicismo como religião oficial do novo País, subordinando a Igreja aocontrole do Estado. e) Instituído pela Constituição outorgada de 1824, o Poder Moderador garantia a D. Pedro I o direito de nomear ministros, dissolver a Assembleia Legislativa, controlar as Forças Armadas e nomear os presidentes das províncias, favorecendo a concentração de poderes no Imperador. 232 - (UEM PR/2014) Sobre o I Reinado (1822-1831), período da História do Brasil que se seguiu à independência com relação a Portugal, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01. Na Guerra da Cisplatina, entre 1825 e 1828, o atual Uruguai, antiga Província Cisplatina, tornou- se independente do Brasil. 02. A Constituição de 1824, aprovada pela Assembleia Constituinte e promulgada pelo Imperador, estabeleceu a Monarquia parlamentarista como a forma de governo do país. 04. Nas lutas pela consolidação da independência, o Brasil teve que recorrer a tropas mercenárias, comandadas geralmente por oficiais ingleses. 08. O “Golpe da Maioridade”, articulado pelos liberais conservadores, destituiu o Imperador D. Pedro I e instituiu uma Regência Trina no governo do Império. 16. A independência em relação a Portugal significou uma completa ruptura com as estruturas políticas, econômicas e sociais que até então predominavam no Brasil. 233 - (UERN/2014) “Como Imperador Constitucional (...) disse ao povo no dia primeiro de dezembro, em que fui coroado e sagrado, que minha espada defenderia a pátria, a nação e a constituição, se fosse digna do Brasil e de mim. Ratifico hoje, mui solenemente perante vós essa promessa, e espero que me ajudeis a desempenhá-la, fazendo uma constituição sábia e justa, adequada e executável (...)” (Fala de D. Pedro I, em 3 de maio de 1823, citada em Bonavides, P.: Vieira, R. A. A. Textos políticos da história do Brasil. Forataleza; UFCE, s/d. p. 100.) A partir da leitura atenta do texto e tendo em vista a outorga da Constituição de 1824, marque a alternativa correta. a) A Constituinte de 1823 perjurou, aos olhos de D. Pedro I, as promessas e designações por ele estabelecidas. b) Essa Constituição (1824) foi a confirmação dos anseios e propostas empreendidas pelo imperador no ano anterior a seus constituintes. 56 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 56 c) Ambas as constituições, tendo em vista o objetivo a que se propunham, lograram êxito e contribuíram para a estabilidade política do Império. d) A Constituição de 1824, tanto quanto a de 1823 (da Mandioca) sinalizam o cunho democrático preconizado por D. Pedro I em seu governo. 234 - (UFAL/2014) Estabelecido no Brasil pela Constituição Imperial de 1824, outorgada pelo Imperador Dom Pedro I e posteriormente referendada pelas então poderosas Câmaras Municipais do Império, era definido, nos termos da própria Constituição, como “a chave de toda a organização Política”, sendo “delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos mais Poderes Políticos.” (Artigo 98). Disponível em: http://www.causaimperial.org.br. Acesso em: 9 dez. 2013 (adaptado). O texto se refere ao poder a) Executivo. b) Judiciário. c) Moderador. d) Legislativo. e) Divino. 235 - (UEFS BA/2014) — O Imperador abdicou! Aquele grito movimentou a multidão, que fluiu e refluiu como uma enorme onda. Sobre ela viajou a notícia: “Abdicou! Abdicou!” E a massa popular espalhou-se pela cidade. Embriagados de alegria, saíram pelas ruas, sem freios, em busca dos portugueses, dos “colunas”, para castigá- los. O quarteirão português foi invadido, assaltado, esbordoado. Com taponas, murros, cacetadas, “os cabras” se vingaram dos “pés-de-chumbo”, desforrando-se da Noite das Garrafadas. Foram à desforra no Rio de Janeiro, nas Províncias, no Brasil inteiro. (TAVARES, 1986, p. 26). TAVARES, L. H. D. O fracasso do Imperador: a abdicação de D. Pedro I. São Paulo: Ática, 1986. A alegria popular, referida no texto com a notícia da abdicação de Pedro I, em abril de 1831, expressava a) a derrota da nobreza brasileira pelas massas populares de orientação anarquista. b) o poder político da Igreja, cuja oposição aos escândalos da vida pessoal de D. Pedro I sublevara o povo contra o Imperador. c) a aliança política entre os grandes proprietários para derrubar o Imperador, temerosos da abolição da escravatura. d) a vitória do partido brasileiro de orientação liberal contra o autoritarismo absolutista do Imperador, apoiado pelo partido português. e) a repulsa aos acordos do governo com a Inglaterra que visavam estabelecer a liberdade religiosa para os cultos protestantes no Brasil. 236 - (ENEM/2009) A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas idéias assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial. FAUSTO, B História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado) Com base no texto, é possível concluir que a composição da confederação do Equador envolveu, a princípio, a) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado. b) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização política. c) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava subjugar o Rio de Janeiro. d) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da hegemonia do Rio de Janeiro. e) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a ascensão de D. Pedro I ao trono. 237 - (ENEM/2011) Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais: I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e Oficiais Militares, que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens Sacras. IV. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral. V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos. 57 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 57 Constituição Política do Império do Brasil (1824). Disponível em: https://legislação.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado). A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de sua formulação. A Constituição de 1824 regulamentou o direito de voto dos “cidadãos brasileiros” com o objetivo de garantir a) o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira. b) a ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos livres. c) a concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste brasileiro. d) o controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes. e) a diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-administrativas. 238 - (CEFET MG/2015) Com a naturalidade de um soberano que sabia usar da autoridade em sua plenitude,D. Pedro criou a Ordem do Cruzeiro. Não será certamente coincidência que o ato aproximava-se daquele de Napoleão Bonaparte ao estabelecer a legião de Honra (1802). Também a coroação de 10 de dezembro tivera como modelo, em grande medida por intermédio da competência de Jean-Baptiste Debret, a cerimônia de sagração do imperador francês. Fonte: NEVES, Lúcia Bastos Pereira. A vida Política. In: COSTA E SILVA, Alberto (coord.) Crise Colonial e Independência: 1808-1930. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011 (Adaptado) A criação da honorífica Ordem do Cruzeiro por D. Pedro I representava a a) limitação do imperador em remunerar financeiramente os feitos públicos. b) preocupação em disseminar os ideais revolucionários franceses no Brasil. c) concessão de privilégios sociais em oposição ao modelo estamental europeu. d) inspiração nos ideais liberais divulgados pela imprensa dos radicais jacobinos. e) manutenção de práticas típicas das monarquias absolutistas na nação independente. 239 - (IFPE/2015) Após a independência do Brasil, ocorrida em 7 de setembro de 1822, as elites locais estruturaram o novo país a partir de uma série de códigos legais, como a Constituição de 1824, o Código Criminal de 1830, o Código Comercial de 1850, entre outros. Sobre a Constituição de 1824, assinale a alternativa que corresponde a uma de suas características. a) Aboliu a escravidão, prevendo o pagamento de uma indenização para os antigos proprietários de escravos. b) Estabeleceu a eleição direta para Imperador, Presidentes de Províncias e Deputados e Juízes de paz. c) Criou os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador, este último a ser exercido pelo Imperador. d) Ampliou o direito ao voto para homens e mulheres acima de 21 anos, sem necessidade de comprovação de renda. e) Estabeleceu que tanto o Catolicismo como os Protestantismos seriam as religiões oficiais do Estado, evitando conflitos de interesse entre ambas. 240 - (IFRS/2015) No ano de 2013, quase cento e oitenta anos depois de falecido, o Imperador D. Pedro I voltou a ser notícia. Seus restos mortais foram alvo de uma detalhada exumação que revelou mais informações a respeito de suas condições de saúde e circunstâncias de sua morte. Trasladado para o Brasil em 1972, por ocasião das comemorações do sesquicentenário da independência, esta foi a primeira vez em que o cadáver do primeiro imperador brasileiro foi alvo de análise mediante o emprego de alta tecnologia. A partir das informações presentes no enunciado e considerando as circunstâncias da morte, bem como a transferência dos restos mortais de D. Pedro I para o Brasil, assinale a alternativa correta. a) A proclamação da República em Portugal, ocorrida em 1971, teve como consequência o desprezo ao passado monárquico do país, o que levou ao envio dos restos mortais de D. Pedro I para o Brasil. b) Ao renunciar ao trono brasileiro em favor de seu filho, D. Pedro I acabou voltando a Portugal para combater seu irmão D. Miguel, que tomara o trono real, morrendo logo após derrotá-lo, foi enterrado por lá, repousando em solo português até as comemorações dos cento e cinquenta anos da independência brasileira. c) O desprezo de D. Pedro II durou por toda a vida, fato que fez com que se mantivessem afastados do Brasil os restos mortais de seu pai (morto na miséria), prática que perdurou durante a República instalada em 1889, tendo sido relembrado apenas quando os militares assumiram o poder em 1964, repatriando-o como forma de homenagem. d) Considerado traidor da Coroa portuguesa, ao pisar naquele país em 1831, D. Pedro I foi preso, julgado, condenado e degredado para uma colônia africana aonde veio a falecer e seu cadáver acabou enterrado em lugar incerto, o 58 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 58 mesmo sendo considerado perdido até 1972, quando então foi mandado de volta para o Brasil. e) Em virtude de não ter reconhecido a independência brasileira, Portugal manteve a guarda dos restos mortais do primeiro imperador como forma de afrontar sua ex-colônia, conduta adotada até 1972, ano em que formalmente aceitou a separação do Brasil. 241 - (UECE/2015) Dentre as afirmações a seguir, assinale aquela que está INCORRETA no que diz respeito à Confederação do Equador (1824). a) A Confederação do Equador estava afinada com os ideais de federação que serviram de base para a implantação da República dos Estados Unidos da América. b) A revolta começou com a exigência de que o Presidente da Província de Pernambuco, indicado por D. Pedro I, renunciasse ao cargo em favor do liberal Manuel de Carvalho Pais de Andrade. c) A Confederação do Equador uniu Pernambuco e as Províncias da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. d) Cedendo às forças de repressão comandadas pelo Brigadeiro Francisco Lima e Silva, após cinco meses de resistência, os rebeldes se entregaram, sendo, por este motivo, anistiados. 242 - (UESPI/2014) A Confederação do Equador, movimento iniciado em Pernambuco em 1824, apesar de pequeno, também teve apoio no Piauí. Acerca da Confederação do Equador, podemos afirmar de maneira CORRETA que este se caracterizou por ser um movimento que: a) possuía inspiração republicana. b) apoiava D. João VI, alimentando o desejo de reaproximar-se de Portugal. c) possuía objetivos comerciais, reivindicando a abertura comercial dos portos. d) consolidou a Independência do Brasil no Norte do país. e) teve motivo religioso, ao contestar o padroado, tendo como seu maior líder Frei Caneca. 243 - (UEPA/2015) (...) Sendo, pois chegada a época de ver o Brasil a justiça da sua Causa de acordo com os interesses e as vistas de Inglaterra não cessarei de lembrar a V. Sra. quanto importa aproveitar tão felizes circunstâncias; elas são tão favoráveis que sendo manejadas com aptidão e habilidade de V. Sra. darão em resultado o reconhecimento pronto e formal deste Império pela Inglaterra, sem talvez haver precisão de o fazer dependente de condições algumas; pois bem longe de estarmos agora em circunstâncias de propor e pedir, mui pelo contrário, a própria Inglaterra sentirá por si mesma a necessidade de reconhecer a nossa independência e contrabalançar a influência do Governo [francês], que ora domina os conselhos de Madrid e de Lisboa ...” (Arquivo da Independência, vol. I, p. 56.) A correspondência de Carvalho e Mello, Secretário dos Negócios Estrangeiros do Brasil, em 1824, revela características da diplomacia brasileira no sentido do reconhecimento da independência. No Texto V, fica evidente o interesse em: a) utilizar o cenário político europeu favoravelmente ao Brasil. b) oferecer a abolição do tráfico negreiro como condição. c) resistir ao pagamento de indenização em dinheiro. d) buscar fazer acordo com Portugal e Espanha. e) participar do jogo de alianças internacionais. 244 - (UNICAMP SP/2015) Com a partida de D. João VI, permaneceu como regente do reino do Brasil o príncipe herdeiro. Contrário à ideia de submissão do monarca a uma assembleia, que ele considerava despótica, mas incapaz de deter o rumo dos acontecimentos, D. Pedro habilmente se aproximou de uma facção da elite brasileira, a dos luso- brasileiros. (Adaptado de Guilherme Pereira das Neves, “Del Imperio lusobrasileño al imperio del Brasil (1789-1822)”, em François-Xavier Guerra (org.), Inventando la nación. México: FCE, 2003, p. 249.) Considerando os processos de independência no continente americano, a) apresente duas diferenças importantes entre o processo de independência no mundo colonial espanhol e o processo de independênciado Brasil. b) explique a importância dos luso-brasileiros no governo de D. Pedro I e por que eles foram a causa de diversos conflitos no período. 245 - (FUVEST SP/2015) O movimento político conhecido como “Confederação do Equador”, ocorrido em 1824 em Pernambuco e em províncias vizinhas, contou com a liderança de figuras como Manuel Carvalho Paes de Andrade e Frei Joaquim do Amor Divino Caneca. Relacione esse movimento com a) o projeto político desenvolvido pela Corte do Rio de Janeiro, na mesma época; b) outros dois movimentos ocorridos em Pernambuco, em anos anteriores. 246 - (UEPG PR/2015) 59 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 59 Entre 1808 e 1822, o Brasil viveu um momento singular. A presença da Família Real em solo brasileiro, a elevação de colônia a Reino Unido, a transformação do Rio de Janeiro em sede do Reino lusitano mudou a configuração política e econômica brasileira. Após a volta de D. João VI para Portugal, as ideias emancipatórias ganha-ram força e levaram a independência no dia 07 de setembro de 1822, dando início ao período imperial que duraria até 1889, quando foi proclamada a República. A respeito do Primeiro e do Segundo Reinados, assinale o que for correto. 01. A escravidão, uma das bases de sustentação do regime de produção durante os séculos coloniais, foi mantida ao longo de quase todo período imperial brasileiro, tendo seu fim decretado em 1888, pouco mais de um ano antes do fim do regime. 02. A partir de meados do século XIX são verificadas algumas mudanças importantes na sociedade e na economia brasileira. O início da construção de ferrovias, a chegada de levas de imigrantes europeus, o início de um lento processo de industrialização e urbanização são alguns dos fatores que alteraram as feições do Segundo Império. 04. O período imperial foi marcado pelo enfrentamento a conflitos internos (como a Sabinada) e externos (como a Guerra do Paraguai), os quais produziram considerável agitação na sociedade brasileira do século XIX. 08. Outorgada em 1824, a Constituição que vigorou durante todo o período imperial estabelecia um governo monárquico e hereditário, a existência de 4 poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador), o voto censitário e o catolicismo como religião oficial do Brasil. 16. Num período de 9 anos (1831–1840), que vai da renúncia de D. Pedro I à posse de D. Pedro II, o Brasil viveu o chamado Período Regencial. TEXTO: 1 - Comum à questão: 247 Atualidades Vestibular 2007. São Paulo: Abril, p. 32. A charge acima revela o crescimento da dívida brasileira ao longo da história. 247 - (UNIFICADO RJ/2007) A referência inicial à dívida brasileira data do Primeiro Reinado, quando o governo: a) aumentou sensivelmente os impostos para financiar a guerra de independência contra Portugal. b) contraiu empréstimo com a Inglaterra, com a finalidade de pagar a indenização exigida por Portugal para reconhecer a independência brasileira. c) contraiu empréstimos com Estados europeus para cobrir o déficit público gerado pela criação de uma infra-estrutura agro exportadora. d) precisou contratar trabalhadores estrangeiros, pois a Inglaterra exigia a abolição da escravatura para reconhecer a independência brasileira. e) estabeleceu uma política governamental de apoio aos cafeicultores, passando a custear a vinda de italianos e alemães, contratados sob o sistema de parceria. TEXTO: 2 - Comum à questão: 248 Ao reconhecer a terra indígena Raposa Serra do Sol, situada em Roraima, [...], o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu 19 condições que podem criar um cenário preocupante para os índios da região e para futuros casos de demarcação e homologação de terras indígenas. Uma delas prevê que os índios não precisariam ser consultados pela União caso haja interesse do usufruto das riquezas naturais. Essa determinação é conflitante com as normas da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que o Brasil ratificou. Quando o país aceita as proposições de acordos e tratados internacionais, consequentemente incorpora na sua legislação as recomendações desses documentos. Entre as normas da OIT, está estabelecido que os índios devem ser consultados antes que seja feita a exploração das riquezas de onde vivem.[...] Para Ana Valéria Araújo, advogada e coordenadora- executiva do Fundo Brasil de Direitos Humanos, o Supremo Tribunal Federal extrapolou o seu poder e criou leis que deveriam ter sido discutidas no âmbito do poder legislativo. “Neste caso, o Supremo atropelou a competência do Congresso Nacional”, considera. A advogada ressalta que é no Congresso que os diversos setores da sociedade podem debater e defender os seus interesses e a lei representa o resultado dessa discussão. “O STF não foi eleito e ele não foi delegado pela sociedade para legislar. O que aconteceu é grave”, avalia. (AO RECONHECER..., 2010). 248 - (UEFS BA/2010) A divisão da estrutura política em três poderes ocorreu a partir de um lento processo histórico, cujas 60 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 60 características variaram conforme o tempo histórico e o espaço, como pode ser constatado a) na Constituição brasileira de 1824, na medida em que a criação do Poder Moderador se sobrepôs aos poderes executivo, legislativo e judiciário, possibilitando, na prática, o exercício do poder de uma forma autocrática. b) no Período Regencial, época em que a forma republicana passa a vigorar, no Brasil, estabelecendo um perfeito equilíbrio entre os três poderes e a autonomia das províncias, em relação ao governo central. c) no Movimento Iluminista, quando Jean Jacques Rousseau defendeu a existência de uma divisão de poderes que pudesse viabilizar a posse da propriedade privada pelos trabalhadores e a construção de uma sociedade socialista. d) no Marxismo, que defendeu o modelo tripartide como uma conquista burguesa a ser incorporada pelos operários na construção da sociedade comunista, etapa necessária para o advento do anarquismo. e) no Movimento Revolucionário Francês, durante a fase jacobina, quando o radicalismo político estabeleceu a supremacia do legislativo sobre os demais poderes, consolidando a democracia na França revolucionária. TEXTO: 3 - Comum à questão: 249 Ao retornar para Lisboa, em abril de 1821, o rei D. João VI deixou para trás dois brasis inteiramente diferentes. De um lado, havia um país transformado pela permanência da corte nos trópicos, já com os pés firmes no turbulento século XIX, bem informado das novidades que redesenhavam o mundo na época e às voltas com dilemas muito semelhantes aos conflitos que agitavam a nascente opinião pública na Europa e nos Estados Unidos. Esse era um Brasil muito pequeno, de apenas alguns milhares de pessoas, que tinha seu epicentro no Rio de Janeiro, o modesto vilarejo colonial de 1807 convertido numa cidade com traços e refinamentos de capital europeia nos 13 anos seguintes. De outro lado, modorrava um território vasto, isolado e ignorante, não muito diferente do lugar selvagem e escassamente povoado que Pedro Álvares Cabral havia encontrado trezentos anos antes ao aportar na Bahia. Esses dois brasis conviviam de forma precária e se ignoravam mutuamente. GOMES, L. 1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D.Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. 249 - (UEFS BA/2011) O “turbulento século XIX”, referido no texto, diz respeito às transformações econômico-sociais e políticas, ocorridasna Europa, que também repercutiram no Brasil. No âmbito político, essa turbulência se expressou no recém-organizado país, entre outros, a) na eclosão de uma epidemia de cólera, que dizimou grande parte da população escrava, no recôncavo baiano e em Salvador. b) na abertura dos portos brasileiros às nações amigas, em 1808, pela Carta Régia do Príncipe D.João. c) nas revoltas escravas ocorridas no recôncavo baiano e em Salvador, que resultaram no enfraquecimento do tráfico de escravos. d) na expulsão dos jesuítas do Brasil, como desdobramento da crise ocorrida em Portugal. e) na presença de ideias republicanas, como as registradas na Revolução Pernambucana de 1817 e na Confederação do Equador, em 1824. TEXTO: 4 - Comum à questão: 250 A dois séculos de distância, o espetáculo ainda é assombroso (...) Que de tão longe uma Rainha enlouqueça e venha a morrer no cenário final do drama; que os sonhos dos Inconfidentes se cumpram depois de tantas sentenças; e que o Brasil se torne independente dali a 31 anos, e a República seja proclamada exatamente ao cumprir-se um século sobre aquelas prisões – tudo parece impregnado de um mistério claro, desejoso de revelar-se e de se fazer compreender. (Cecília Meireles. “Como escrevi o Romanceiro da Inconfidência”, anexo a Romanceiro da Inconfidência. São Paulo: Global, 2012. p. 255) 250 - (PUCCamp SP/2013) É correto afirmar que a independência do Brasil realizou os sonhos dos Inconfidentes, como afirma Cecilia Meireles, no que diz respeito a) à participação massiva do povo na luta política pela soberania do país, uma vez que a adesão popular não aconteceu a tempo, durante a Inconfidência, dado que o movimento foi desbaratado em seu início. b) ao combate à escravidão, perspectiva presente no movimento mineiro e que, logo após a independência, foi uma bandeira assumida como prioridade pela princesa Isabel. c) ao rompimento dos vínculos coloniais com Portugal, pondo fim ao ônus da pesada tributação imposta, que cerceava o desenvolvimento econômico nacional, bem como ao poder da coroa portuguesa em decidir os rumos do país. 61 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 61 d) à instituição de um Estado soberano, independente, unificando toda a Nação sob a égide do governo da província de Minas Gerais, legitimado pelos símbolos pátrios consagrados, como a bandeira e o hino nacional. e) ao fim da situação de atraso no país, pois, com a abertura dos portos após a Independência, o comércio e as exportações sofreram grande impulso, atraindo, principalmente, investimentos ingleses. 62 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 62 GABARITO: 1) Gab: B 2) Gab: C 3) Gab: O processo de independência foi encabeçado pela elite brasileira. É claro, portanto, que a realidade a ser construída corresponderia a suas expectativas e às do imperador. Com o regime monárquico hereditário, foram mantidos em torno do imperador os privilégios da elite, como a cidadania restrita, a eleição segundo critérios ligados à renda, a unidade territorial, enfim, a ordem vigente. Essa ordem precisaria ser constitucional, para conferir legitimidade ao novo governo. Pelas mesmas razões, a este caberia "representar" os "cidadãos", eleitos e eleitores. Mas, acima de tudo, a Constituição seria o instrumento do monarca, que, através do poder moderador, legalmente interviria em todos os aspectos do governo, isentando seu cargo das críticas e das imposições da própria lei. Tratava-se de uma Constituição absolutamente autoritária e característica do seu contexto histórico, demonstrativa inclusive dos limites do liberalismo no Brasil, marcado por uma sociedade escravista. 4) Gab: C 5) Gab: a) Durante o período Imperial, como já ocorrera na Colônia, vigorou o sistema do padroado, isto é, de subordinação da Igreja ao Estado. A religião oficial era a Católica Apostólica Romana, com uma série de privilégios, tais como a exclusividade para a construção de templos e pagamento do salário dos padres pelo Estado. Por outro lado, o imperador podia fazer indicações dos bispos - cuja sagração era feita pelo papa - e, através do beneplácito, a vigência das bulas papais, no Brasil, dependia da concordância do monarca. b) Eram permitidas outras religiões de origem européia, porém restritas ao culto doméstico, sendo vetada a construção de templos. Já as religiões africanas eram perseguidas, e o seu exercício era quase sempre realizado às escondidas. 6) Gab: Uma das etapas da passagem de mão-de-obra predominantemente escrava para a livre/assalariada foi o sistema de parceria. O fazendeiro, diante das pressões antitráfico inglesas, tentando antecipar-se à crescente escassez de braços, tomou para si a responsabilidade e os custos da importação de europeus, que deveriam reembolsá-lo por isso. Assim, esses trabalhadores permaneciam subordinados a ele, até que saldassem sua dívida. O estabelecimento dessas relações pouco definidas entre direitos e deveres abriu espaço para que o fazendeiro insistisse, mesmo após o fim da fase de parceria, em tratar o trabalhador imigrante como propriedade sua. Embora esse processo fosse mais característico das décadas de 1850 e 1860, permaneceu notório, em fins do século XIX - como cita o enunciado - e até nos primeiros anos do século XX. 7) Gab: D 8) Gab: C 9) Gab:E 10) Gab: C 11) Gab: D 12) Gab: D 13) Gab: A 14) Gab: E 15) Gab: D 16) Gab: D 17) Gab: VVFFV 18) Gab: D 19) Gab: D 20) Gab: C 21) Gab: E 22) Gab: C 23) Gab: E 24) Gab: D 25) Gab: B 26) Gab: B 27) Gab: E 28) Gab: C 29) Gab: E 30) Gab: A 31) Gab: E 63 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 63 32) Gab: C 33) Gab: VFFVVV 34) Gab: O candidato terá de observar que, em 1819, somente cerca de 30% da população da América portuguesa era formada por escravos. A partir dessa informação, o candidato deve inferir que a sociedade da época não podia estar reduzida apenas a grandes senhores de cativos e escravos. O gráfico aponta para a idéia de que, além desses grupos, a população livre era constituída por outros segmentos sociais desprovidos do acesso ao trabalho escravo. 35) Gab: O candidato deverá citar capitanias como Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de São Paulo, Goiás e Mato Grosso, que combinavam atividades exportadoras não hegemônicas com aquelas voltadas para circuitos comerciais regionais. 36) Gab: B 37) Gab: B 38) Gab: D 39) Gab: A 40) Gab: A 41) Gab: VVVFF 42) Gab: A 43) Gab: VFVF 44) Gab: A 45) Gab: E 46) Gab: VFVFF 47) Gab: B 48) Gab: B 49) Gab: A 50) Gab: C–E–C–E 51) Gab: C 52) Gab:B 53) Gab: A 54) Gab: B 55) Gab: E 56) Gab: B 57) Gab: E 58) Gab: D 59) Gab: D 60) Gab: A 61) Gab: C 62) Gab: C 63) Gab: E 64) Gab: A 65) Gab: A 66) Gab: C 67) Gab: A 68) Gab: B 69) Gab: VFFF 70) Gab: A 71) Gab: 17 72) Gab: 11 73) Gab: D 74) Gab: C 75) Gab: A 76) Gab: B 77) Gab: C 78) Gab: E 79) Gab: E 80) Gab: A 81) Gab: C 82) Gab: A 83) Gab: B 64www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 64 84) Gab: B 85) Gab: A 86) Gab: C 87) Gab: C 88) Gab: B 89) Gab:12 90) Gab: E 91) Gab: C 92) Gab: A 93) Gab: D 94) Gab: E 95) Gab: D 96) Gab: V F F F V F 97) Gab: F F F V V F 98) Gab: C 99) Gab: B 100) Gab:E 101) Gab: B 102) Gab: a) - concentração urbana no Rio de Janeiro. - hábitos de luxo e ostentação. - construção de residências palacianas. - usos de produtos da Inglaterra. - criação de instituições de cultura. b) - a instauração do bloqueio continental à Inglaterra dificultando seu acesso ao mercado europeu e redirecionando seu interesse pelo Brasil. - a vinda da corte portuguesa para o Brasil decorrente das invasões napoleônicas consolidando a aproximação entre Inglaterra e Portugal. - a abertura dos portos às nações amigas promovendo o rompimento do pacto colonial e favorecendo os interesses ingleses na colônia. - a assinatura dos Tratados de 1810 ( Aliança e Amizade / Comércio e Navegação), ampliando os privilégios da Inglaterra no Brasil. 103) Gab: Manutenção do trabalho escravo, permanência da grande propriedade e a centralização monárquica. 104) Gab:A 105) Gab: a) O Poder Moderador foi instituído por D. Pedro I na Constituição de 1824, visando a centralização do poder na organização do Estado brasileiro. b) Através do poder moderador, o imperador tinha poderes para dissolver a Câmara dos Deputados e convocam novas eleições, descaracterizando as finalidades do Parlamento. 106) Gab: A 107) Gab: E 108) Gab: D 109) Gab: D 110) Gab: C 111) Gab: Uma das exigências da Inglaterra no reconhecimento da independência foi a renovação dos Tratados de Comércio de 1810, que lhe dava vantagens alfandegárias e a extinção do tráfico negreiro. Tais exigências tinham o claro objetivo de assegurar-se dos mercados brasileiros bem como da condição estratégica do Brasil aos negócios ingleses na América do Sul. 112) Gab: C 113) Gab: D 114) Gab: a) O movimento cartista (1837). b) O sistema eleitoral brasileiro, baseado no voto censitário, excluía boa parte da população da participação política. 115) Gab: C 116) Gab: a) Na constituinte de 1824 houve constituição outorgada, enquanto na constituinte de 1988 houve uma constituição promulgada. b) O poder moderador tinha a função de comandar os demais três poderes, sendo exercido pelo imperador, o mesmo que então outorgou a constituição de 1824, evidenciando seu afã pelo poder. 117) Gab: A 65 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 65 118) Gab: D 119) Gab: A 120) Gab: B 121) Gab: a) O candidato poderá citar que, nas primárias que escolhiam os eleitores das províncias, não votavam: estrangeiros não naturalizados; brasileiros sem direitos políticos; menores de 21 anos; menores de 25 anos, excetuando-se os que, tendo mais de 21 anos, fossem casados, bacharéis formados e oficiais militares; índios; mulheres; religiosos regulares; criados de servir; filhos que vivessem na dependência dos pais; todos os detentores de renda anual inferior a 100 mil-réis . b) O candidato poderá indicar um dos seguintes requisitos para ser um eleitor nos Colégios Eleitorais: não ser liberto; não estar envolvido em “querelas e devassas” e ter uma renda anual superior a 200 mil-réis. 122) Gab: A 123) Gab: C 124) Gab: D 125) Gab: O candidato deverá responder que, nos primeiros anos da Independência, o debate político se concentrou no problema da aprovação de uma Constituição. As desavenças entre Dom Pedro e a Assembléia giraram em torno do papel do Imperador, ou seja, das atribuições do Poder Executivo. Os constituintes queriam, por exemplo, que o imperador não tivesse o poder de dissolver a Câmara dos Deputados. Queriam também que ele não tivesse o poder do veto absoluto, isto é, o direito de negar validade a qualquer lei aprovada pelo Legislativo. Nesse sentido, era consenso a escolha da monarquia constitucional, como regime de governo, capaz de sustentar a união até então compartilhada por todos os constituintes de várias regiões do recente império. A carta outorgada de 1824 consolidou, no entanto, a centralização do poder político no Rio de Janeiro, sustentada especialmente pelas camadas de grandes comerciantes e traficantes de escravos. A concentração do poder na esfera do Executivo, ou seja, no Imperador e seus ministros, em detrimento do Poder Legislativo, reforçou o projeto centralizador. 126) Gab: a) O aluno pode mencionar o encerramento da Assembléia Nacional Constituinte por forças do Exército, destacando a outorga da Constituição de 1824 através da qual D. Pedro I garantiu a total supremacia do executivo (poder moderador) sobre o legislativo; ou a dura repressão imposta por D. Pedro aos confederados de Pernambuco, reduzindo o território da província e executando vários líderes do movimento; b) Diferença: os liberais defendiam uma maior autonomia para as províncias do Império e a predominância do legislativo sobre o executivo. Semelhança: ambos temiam a dissolução das antigas fronteiras sociais pela ampliação da participação política. 127) Gab: B 128) Gab: a) Seu caráter antiabsolutista: preocupação de limitar ou reduzir os poderes do Imperador; valorizar ou ampliar os poderes legislativos; o projeto estabelecia que o Imperador não poderia dissolver o parlamento; submissão das forças armadas às ordens o Legislativo e não de D. Pedro I; sentimento antilusitano, pois o projeto proibia os estrangeiros de ocupar cargos públicos de representação nacional. b) Criação do Poder Moderador, exclusivo do Imperador e definido pela Constituição como a “chave-mestra de toda organização política”. Com relação a capacidade eleitoral, condicionou o direito eleitoral a certos níveis de renda, mas não havia a exigência da renda mínima no valor de 150 alqueires de farinha de mandioca. A renda passava a ser em dinheiro, bens de comércio ou bens de raiz. 129) Gab: a) I e II Reinados b) Durante o período regencial conservadores se mantiveram no poder, até assegurarem a coroação de D. Pedro II. 130) Gab: C 131) Gab: D 132) Gab: A 133) Gab: B 134) Gab: B 135) Gab: B 136) Gab: A.a) D. Pedro I possuía um perfil político autoritário e centralizador. Nesse sentido, esperava que os constituintes fortalecessem sua autoridade em relação aos demais poderes. Já os deputados constituintes desejavam uma constituição que limitasse os poderes do imperador e desse maiores prerrogativas ao Poder Legislativo. Assim, de acordo com o projeto de constituição de autoria de Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, 66 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 66 apresentado na Assembléia Constituinte, o Brasil era definido como uma monarquia representativa e hereditária, sendo representantes da nação o imperador e a Assembléia Geral. Haveria três poderes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O imperador poderia adiar ou prorrogar a convocação da Assembléia, mas não podia dissolvê-la. As eleições seriam indiretas e o voto censitário. Desde o início dos trabalhos, estabeleceu-se uma situação de tensão e conflito entre o imperador e os constituintes, que chegou ao ápice com a apresentação de um projeto do deputado constituinte Muniz Tavares, que, se fosse incorporado ao texto da Constituição, implicaria, entre outros aspectos, que o imperador abdicasse de seus direitos sucessórios à Coroa portuguesa. Abriu-se um impasse que resultou em um ato de força do imperador, que dissolveu a AssembléiaConstituinte e, em seguida, outorgou uma constituição que fortalecia as prerrogativas do poder do imperador. A.b) Frei Caneca, líder do movimento armado ocorrido em Pernambuco que ficou conhecido como Confederação do Equador, protestava contra a dissolução da Assembléia Constituinte e era contra a Constituição outorgada. O movimento propugnava, caso fosse vitorioso, a fundação de uma República de Estados Confederados, no Nordeste, contando com a posterior adesão das demais províncias. Esse movimento foi duramente reprimido pelo imperador; Frei Caneca foi executado. A.c) De acordo com a Constituição outorgada, haveria quatro poderes. O Judicial, o Legislativo exercido pela Assembléia Geral, composta por um Senado vitalício e por uma Câmara dos Deputados com mandato de quatro anos, cabendo ao imperador dois poderes, o Executivo , juntamente com seu ministério, e o Moderador , juntamente com o Conselho de Estado. O Poder Moderador era definido como a chave de toda a organização política do império, encarregado de zelar pelo equilíbrio dos demais poderes. Na prática, resultou em uma grande concentração de poderes nas mãos do imperador. As eleições seriam indiretas e censitárias, os cidadãos deveriam ter uma renda mínima de cem mil réis, os eleitores de duzentos mil réis; para se candidatar a deputado era necessária uma renda de quatrocentos mil réis e para disputar uma vaga no Senado, oitocentos mil réis. O voto era masculino, para maiores de vinte e cinco anos, e aberto. Com relação à organização do trabalho, subentendia-se a manutenção da escravidão, mas não havia referência explícita a isso no texto constitucional. 137) Gab: O candidato poderá identificar um dos seguintes trechos: “Imperador Constitucional”; “tendo-nos requerido os povos deste Império, juntos em Câmaras”; ou “que nós quanto antes jurássemos e fizéssemos jurar o Projeto de Constituição”. A justificativa deverá mencionar a relação com as idéias iluministas que propunham mudanças nos regimes políticos monárquicos através do questionamento do poder absoluto dos reis e da promoção de iniciativas no sentido do seu controle. Poderão também ser mencionadas as influências do liberalismo francês, da constituição francesa de 1791, entre outros movimentos políticos. 138) Gab: a) José Bonifácio de Andrada e Silva, em Projetos para o Brasil , aponta seis aspectos negativos gerados pela cultura da cana na América portuguesa, a saber: 1. diminuição da cultura do milho, do feijão, do trigo, do algodão, de azeites de mamona e da criação de porcos, suscitando, dessa forma, aumento dos preços desses bens; 2. introdução de "muita escravatura", empobrecendo os lavradores, corrompendo os costumes e levando ao desprezo pelo trabalho da enxada; 3. devastação das "belas matas"; 4. retirada de muitos braços da agricultura, empregados "no carreto dos africanos"; 5. excessiva utilização de bestas muares, as quais, além de não procriarem, "consomem muito milho"; 6. redução da produção de aguardente, prejudicial ao "moral" e ao "físico" dos habitantes rurais. b) Os trabalhos da Assembléia Constituinte, reunida no Rio de Janeiro entre maio e novembro de 1823, foram marcados pelo conflito entre o autoritarismo de D. Pedro I e o desejo dos deputados constituintes de aprovarem uma Constituição que limitasse a autoridade do imperador. No dia 12 de novembro de 1823, D. Pedro I dissolveu a Assembléia Constituinte, contando com o apoio do Exército. Em março de 1824, foi outorgada (imposta) a Constituição que, além dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicial, previa a existência do Poder Moderador. O imperador exercia o Poder Executivo e o Poder Moderador sendo definido como a chave de toda organização política do império, encarregado de zelar pelo equilíbrio e harmonia dos demais Poderes. Na prática, concentrava poderes nas mãos do imperador, que poderia dissolver a Câmara dos Deputados, após consultar o Conselho de Estado, nomear os membros do Superior Tribunal e os senadores (a partir de uma lista tríplice dos mais votados), caracterizando assim a extrema centralização de poderes, denunciada como verdadeira tirania. c) Entre os fatores que contribuíram para a abolição da escravidão no Brasil podem-se citar: a pressão 67 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 67 inglesa, a Lei Eusébio de Queirós, a expansão cafeeira, a imigração européia e a ação dos abolicionistas. Desde o início do século XIX, a Inglaterra – em tratados com Portugal (1810) e depois com o Brasil (1826) – exerceu uma pressão para pôr fim ao tráfico de escravos. Para a Inglaterra industrial, a extinção da escravidão representaria um aumento do consumo de produtos maquinofaturados. O auge da pressão inglesa deu-se com a Lei Aberdeen (1845) feita pelo Parlamento britânico, dando poderes à Marinha do Reino Unido para o combate ao tráfico de escravos no Atlântico Sul, o que representava uma verdadeira declaração de guerra ao Brasil. O efeito no Brasil foi a aprovação da Lei Eusébio de Queirós (1850), extinguindo o tráfico de escravos e abrindo a necessidade de importação de imigrantes europeus em plena fase da expansão da cafeicultura. A mão-de-obra livre e assalariada empregada especialmente no Oeste Paulista, nova área da cafeicultura naquele momento, condenava a escravidão, que se tornava antieconômica, pois requeria um investimento inicial alto em oposição ao imigrante europeu. Podemos ainda destacar a ação dos abolicionistas na luta contra a escravidão, ainda que se possa afirmar que a abolição ocorreu apesar dos abolicionistas. 139) Gab: B 140) Gab: C 141) Gab: E 142) Gab: 02 143) Gab: B 144) Gab: VVFVV 145) Gab: E 146) Gab: C 147) Gab: D 148) Gab: C 149) Gab: C 150) Gab: A 151) Gab: D 152) Gab: C 153) Gab: B 154) Gab: D 155) Gab: A 156) Gab: No início da década de 1830, a continuidade do reinado de D. Pedro I tornou-se insustentável. A crise financeira, desencadeada pelo declínio das exportações, pelo crescente endividamento externo e pelos gastos com a Guerra da Cisplatina, resultou em um aumento da inflação e no agravamento da pobreza. A isso somou-se a insatisfação com a centralização do poder e o autoritarismo do Imperador, levando a intensos conflitos entre facções favoráveis (em sua maioria ligados ao Partido Português) e contrárias (em sua maioria ligados ao Partido Brasileiro) ao Imperador. Outro fator importante foi o empenho do Imperador na luta a favor de seu irmão, D. Miguel, o qual disputava, com a própria filha, D. Maria II, a sucessão do trono português, após a morte de D. João VI. A junção destes elementos provocou a renúncia do Imperador ao trono brasileiro em favor de seu filho, o príncipe D. Pedro de Alcântara. A menoridade do herdeiro, que tinha, à época da abdicação, apenas cinco anos de idade, o impossibilitou de governar. Por esse motivo, foi estabelecido um governo regencial, que deveria dirigir o Império até que o príncipe atingisse a maioridade. Entrementes, alguns fatores ligados à disputa política entre Regressistas (depois chamados Conservadores) e Progressistas (depois chamados Liberais) e às revoltas e rebeliões que ocorriam nas províncias, fomentaram o “golpe da maioridade”, antecipando a coroação do príncipe, que foi declarado Imperador do Brasil, sob o título de D. Pedro II, em 1840, quando tinha apenas 14 anos de idade. Foram causas imediatas disso: a ascensão dos Regressistas ao poder, com a regência de Pedro Araújo Lima (1837) e o conseqüente alijamento dos Progressistas; a limitação da autonomia provincial, com a aprovação da Lei de Interpretação do Ato Adicional (1840); a articulaçãoentre liberais e palacianos ou áulicos em favor da antecipação da maioridade do príncipe herdeiro; o interesse dos grandes proprietários rurais em restabelecer a “ordem social”, convulsionada pelos sucessivos levantes populares ocorridos no período regencial, como a Revolta dos Malês (1835); o desejo das elites políticas de evitar que a unidade territorial brasileira fosse quebrada por movimentos separatistas, como a Farroupilha (1835) e a Sabinada (1837). 157) Gab: C 158) Gab: C 159) Gab: a) Poder Moderador 68 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 68 b) Argumentos liberais, republicanos, influenciados pelo Iluminismo, que criticava o Absolutismo Monárquico. 160) Gab: C 161) Gab: B 162) Gab: B 163) Gab: D 164) Gab: E 165) Gab: E 166) Gab: A 167) Gab: a) A respeito do “Fico”, a expectativa dos “brasileiros” ou “liberais” era de que a permanência de D. Pedro significava sua adesão à causa da independência, esgotando as possibilidades de recolonização do Brasil, conforme queriam as Cortes de Lisboa. Com o fechamento da Assembléia Constituinte, a expectativa dos “brasileiros” ou “liberais” foi frustrada, pois esse ato contrariava a ordem política liberal, impedindo uma Constituinte que representasse a soberania da Nação. b) A respeito do “Fico”, a expectativa dos “portugueses” ou “conservadores” era de que a permanência de D. Pedro no Brasil garantisse um império constitucional, ligado a Portugal. Sobre o fechamento da Assembléia Constituinte, a expectativa dos “portugueses” ou “conservadores” era de que esse ato do imperador afirmasse sua autoridade e mantivesse o vínculo com Portugal. 168) Gab: D 169) Gab: A 170) Gab: B 171) Gab: VFVFV 172) Gab: C 173) Gab: C 174) Gab: A 175) Gab: B 176) Gab: A 177) Gab: B 178) Gab: A 179) Gab: A 180) Gab: 31 181) Gab: D 182) Gab: D 183) Gab: E 184) Gab: A 185) Gab: B 186) Gab: A 187) Gab: B 188) Gab: D 189) Gab: C 190) Gab: B 191) Gab: D 192) Gab: D 193) Gab: D 194) Gab: D 195) Gab: O candidato deve destacar a tentativa de institucionalização, legitimação e organização de uma corporação médica e sua busca por estabelecer o monopólio sobre as práticas de cura, uma vez que grande parte destas práticas, executadas sem habilitação, estavam relacionadas ao saber popular e, embora fossem frequentemente requisitadas pela classe médica eram tidas como um saber menor por esta categoria. O processo de legitimação dialogava também com o grupo de praticantes, curadores e sangradores, na maior parte, africanos e descendentes de africanos cujos conhecimentos sobre plantas medicinais (reconhecidas pelos médicos) estavam relacionadas também às suas crenças religiosas. Procurava-se desqualificar e deslegitimar os terapeutas populares, pois não teriam os conhecimentos necessários para tratar da saúde das pessoas, podendo até colocar vidas em risco, mas os terapeutas populares continuaram a exercer seu oficio (como fazem ainda hoje) e a população continuou a reconhecer e a recorrer a sua competência para tratar de diversos males, mesmo com todo o processo e tentativa de estabelecer regras e de punir seus praticantes. 196) Gab: C 69 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 69 197) Gab: E 198) Gab: E 199) Gab: B 200) Gab: A 201) Gab: a) A pintura alude a diversas características do projeto político monárquico, dentre as quais: a ideia de soberania da Monarquia frente aos distintos setores da sociedade brasileira recém- emancipada, conforme pode ser observado na presença de diferentes tipos sociais na cena retratada por Debret. O intuito era garantir a legitimidade do poder do Príncipe junto à população. a ideia de união das raças com o objetivo de defender o território nacional, conforme pode ser observado na disposição das personagens representadas: indígenas, negros, brancos e mestiços. Essas figuras aparecem em torno do trono, com armas e instrumentos de trabalho em punho, dispostos a defender a Monarquia; a referência à Monarquia como instituição protetora da Nação, conforme pode ser verificado na centralidade da personagem que a representa. Essa centralidade é reforçada pela referência ao brasão de D. Pedro I e pela posição ocupada pela figura, que se encontra em plano superior às demais personagens. b) Foram vários os motivos que levaram à mudança da imagem de D. Pedro I, dentre os quais: as atitudes autoritárias, associadas ao caráter absolutista da formação política do Imperador. Essa atitude pode ser observada, por exemplo, na dissolução da Assembleia Constituinte de 1823, na elaboração da Constituição Outorgada de 1824, que legitimou o poder pessoal do Imperador, e na repressão violenta aos participantes da Confederação do Equador, em Pernambuco; a dinâmica socioeconômica do I Império, que colocou em choque os interesses das elites brasileiras que tinham na agricultura sua principal atividade econômica, e os interesses das elites portuguesas da Corte, normalmente associados ao grande comércio. Tais divergências, elevadas ao plano político com a formação de dois agrupamentos concorrentes, não conseguiram ser administradas por D. Pedro I; a insistência e o insucesso na Guerra da Cisplatina (1825-1828), que teve forte impacto no erário público. 202) Gab: VFFFV 203) Gab: a) Podemos identificar, nas elites do centro-sul, um forte temor de perder as liberdades econômicas e políticas adquiridas a partir da vinda da família real portuguesa. Medidas como a Abertura do Portos (1808) e a elevação do Brasil a reino (1815) poderiam ser revogadas com o retorno de D. João VI e D. Pedro I a Portugal. b) A Confederação do Equador foi uma revolta separatista iniciada em Pernambuco após a Independência do Brasil. Os revoltosos não aceitavam a concentração de poder nas mãos de D. Pedro e defendiam ideais republicanos. Eram contra o centralismo político, o poder moderador e a origem lusitana do estado brasileiro. Foram inspirados pelo federalismo e pelo liberalismo. 204) Gab: A 205) Gab: A imposição de texto constitucional, em 1824, que previa quatro poderes de Estado, sendo um deles o Poder Moderador, exclusivo do Imperador. Duas das propostas: • fim do Poder Moderador • defesa de três poderes de Estado • maior autonomia decisória para os governos provinciais • criação de confederação republicana entre províncias do norte • defesa da soberania nacional em detrimento da soberania monárquica 206) Gab: C 207) Gab: 45 208) Gab: A 209) Gab: D 210) Gab: E 211) Gab: B 212) Gab: B 213) Gab: a) Espera-se que o candidato possa identificar os seguintes aspectos do cenário político brasileiro de abril de 1831: o clamor antilusitano da população brasileira, evidenciado pelo conflito entre brasileiros e portugueses na chamada Noite das garrafadas; a desconfiança da elite política brasileira em relação às pretensões absolutistas do Imperador; a substituição de um ministério composto majoritariamente por brasileiros natos por um formado por pessoas do círculo pessoal do Imperador, denominado por Ministério dos Marqueses. 70 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 70 b) Espera-se que o candidato possa estabelecer que, no dia 7 de abril de 1831, por não aceitar as exigências populares referentes ao retorno do Ministério de 20 Março, D. Pedro I, abdicou-se do trono brasileiro em favor de seu filho infante Pedro de Alcântara. Devido à pouca idade do príncipe herdeiro, com apenas 5 anos, estabeleceu-seo chamado período regencial, no qual o poder seria exercido por regentes até a maioridade do príncipe herdeiro. 214) Gab: D 215) Gab: a) O candidato deverá relacionar os processos revolucionários na América espanhola ao bloqueio continental determinado pela França sobre a Inglaterra e às invasões napoleônicas de 1808, que, na Espanha, levaram à renúncia forçada de Fernando VII, e a um vazio de poder posteriormente preenchido pelas juntas de Governo. b) O candidato deverá avaliar a independência como um processo construído ao longo dos anos de 1810 a 1816, quando a independência política das Províncias Unidas do Rio da Prata foi formalmente declarada em 9 de julho de 1816. Assim o candidato deverá identificar as diferenças entre dois textos citados: o primeiro, moderado, e, o segundo, radical. O primeiro aponta para a possiblidade da Província do Rio Prata permanecer como parte integrante do Império Espanhol. No segundo texto o candidato deverá identificar um ataque ao absolutismo com a dissolução dos títulos de nobreza e o fato da Espanha ser considerada como inimiga. 216) Gab: B 217) Gab: Um dos setores e uma das respectivas razões: • traficantes de escravos / discordância em relação ao acordo assinado com a Inglaterra pelo fim do tráfico de escravos • comerciantes nativos / insatisfação com as vantagens e privilégios dispensados pelo imperador aos comerciantes portugueses e ingleses • grandes proprietários de escravos e terras / insatisfação com os altos impostos, com a centralização política imposta por Pedro I e com o acordo relativo ao final do tráfico • grupos médios urbanos liberais / defesa do federalismo, reivindicação de reformas à Constituição de 1824, crítica ao endividamento do Estado, aos rumos da Guerra da Cisplatina e ao envolvimento do Imperador na sucessão portuguesa Um dos motivos: • crise da economia açucareira • gastos com a estruturação do Estado Imperial • dívidas geradas pelas Guerras de Independência e da Cisplatina • acordos comerciais desfavoráveis assinados, principalmente, com Portugal e Inglaterra 218) Gab: VFVFF 219) Gab: D 220) Gab: B 221) Gab: 20 222) Gab: B 223) Gab: A 224) Gab: A 225) Gab: E 226) Gab: A 227) Gab: 1. Após a abdicação do imperador Pedro I, o controle do Poder Executivo não poderia ser exercido pela figura do herdeiro do trono, o monarca Pedro II. Essa inviabilidade se justifica pela idade do novo governante (cinco anos), que era considerada indevida para o controle do Brasil Imperial pela Constituição de 1824. O país deveria, portanto, ser governado por uma Regência Trina escolhida pela Assembléia Nacional entre deputados eleitos. Assim, a figura centralizadora e opressora de Pedro I dava lugar a um vazio no trono que garantiria, pela primeira vez na história do Brasil, o controle político exercido pelos próprios brasileiros. 2. O candidato poderia escolher dois entre os seguintes fatores: – As lamentáveis condições sociais vividas pela maioria da população, com destaque para a mão de obra escrava. – A descentralização política (Ato Nacional de 1834) que contribuiu para uma maior autonomia provincial e consequente busca pela emancipação. – As discordâncias das regiões periféricas do país em relação ao modelo político exercido pela elite nacional do Rio de Janeiro. – A insatisfação com o modelo tributário do governo imperial. 228) Gab: C 229) Gab: E 230) Gab: B 71 www.historiaemfoco.com.br Primeiro Reinado 71 231) Gab: B 232) Gab: 05 233) Gab: A 234) Gab: C 235) Gab: D 236) Gab: B 237) Gab: D 238) Gab: E 239) Gab: C 240) Gab: B 241) Gab: D 242) Gab: A 243) Gab: A 244) Gab: a) Como elementos que diferenciam os processos de independência da América Espanhola e da América Portuguesa encontram-se: * Fragmentação política após as independências na América Espanhola e a preservação da unidade territorial na América Portuguesa. * Formas de governo diferentes: enquanto na América Espanhola fundaram-se pequenas repúblicas, na América Portuguesa, optou-se por uma Monarquia Constitucional. * Maior participação popular nas lutas pela independência da América Espanhola. * Caráter bélico maior no processo de independência da América Espanhola. b) Os lusos-brasileiros, integrantes do denominado Partido Português, de grande influência no processo de independência, foram responsáveis, por exemplo, pela elaboração da Constituição de 1824, que foi outorgada e centralizava o poder nas mãos do imperador. Isso levou a profundos descontentamentos, que causaram revoltas, tais como a Confederação do Equador e, posteriormente, a pressões contra o governo imperial que culminaram na abdicação de D. Pedro I em 1831. 245) Gab: a) Ao outorgar a Primeira Constituição Brasileira em 1824, D. Pedro I e seus aliados consolidaram uma proposta de estado monárquico e centralista, que gerou reações em várias partes do país. Entre elas, a mais relevante foi a Confederação do Equador, de caráter liberal, republicano e separatista. b) Partindo da ideia de que a Confederação do Equador foi um levante contra o estado monárquico, centralista liderado pelo português D. Pedro I, os movimentos anteriores acontecidos em Pernambuco que podem ser relacionados a aspectos da Confederação em questão são: 1. Guerra dos Mascates — no século XVIII, em uma perspectiva nativista, confrontou as elites agrárias, predominantemente os senhores de engenho de Olinda, com as elites comerciais centradas em Recife e formadas em sua maioria por portugueses. 2. Revolução Pernambucana de 1817, reação ao poder de intervenção da corte, situada no Rio de Janeiro, liderada por D. João VI quando da presença da família real no Brasil. 246) Gab: 31 247) Gab: B 248) Gab: A 249) Gab: E 250) Gab: C