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PARA- RAIOS
Í nd ice
ENG 406 – MATERIAIS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS
DOCENTE: ALESSANDRA PICANÇO
DISCENTES: 
BLENDA SANTANA 
JESSICA LEITÃO
JOSÉ ROCHA NETO
I n trodução
Para proteção do sistema contra os surtos de tensão são instalados para-
raios com o objetivo de reduzir o nível de sobretensão a valores compatíveis
com a suportabilidade do sistema.
Linhas de transmissão e linhas aéreas de distribuição urbanas e rurais são
extremamente vulneráveis às descargas atmosféricas, que podem provocar
sobretensões elevadas no sistema, ocasionando a queima de equipamentos.
Imagem 1: descargas atmosféricas
Imagem 2: Para- raio do tipo válvula
His tór ia
Imagem 3: Benjamin Franklin
O para- raios foi inventado por Benjamin Franklin em 1752, por
meio de uma perigosa experiência utilizando um fio metálico pra
empinar uma pipa de papel durante uma tempestade. Franklin
constatou que as nuvens eram carregadas eletricamente quando
observou faíscas que se produziam no dispositivo.
Desta forma, foi proposta pela primeira vez um método de
proteção contra raios em um edifício: colocar sobre este uma
ponta metálica 2 ou 3 metros acima do telhado e conectado à
terra.
Par tes Componentes
A proteção contra descargas atmosféricas
é obtida por para-raios que utilizam as
propriedades de não linearidade dos
elementos fabricados para conduzir as
correntes de descargas e interromper as
subsequentes – sucedem às correntes de
descargas após a sua condução à terra.
01. Carbonato de Silício
02. Óxido de Zinco
Carboneto de S i l í c io
Para- raios de carboneto de silício utilizam como resistor não linear o carboneto de silício (SiC) em série 
com um centelhador formado por vários gaps (espaços vazios).
Esses para-raios são basicamente constituídos pelas seguintes partes:
RESISTOR NÃO 
LINEAR
CORPO DE 
PORCELANA
CENTELHADOR 
SÉRIE
DESLIGADOR 
AUTOMÁTICO
PROTETOR 
CONTRA 
SOBREPRESSÃO
MOLA DE 
COMPRESSÃO
Carboneto de S i l í c io
1 RESISTORES NÃO- LINEARES
CARBORUNDO
BLOCO DE 
CARBONETO DE 
SILÍCIO
SINTERIZAÇÃO METALIZAÇÃO
ENSAIO DE 
TENSÃO
Beneficiamento do
material com a adição
de alguns produtos,
como bismuto, inclusive
diminuindo a
granulometria de suas
partículas
O carborundo é misturado
com uma substância
aglomerante e depois
comprimido em forma de
bloco. Processo realizado
para garantir a integridade
do material, depois do
processo de sinterização.
Os blocos são
submetidos a uma estufa
a resistência elétrica
que eleva a temperatura
de modo a provocar as
reações químicas
necessárias nas cadeias
de carbono,
transformando-se numa
peça de cerâmica de
dureza elevada.
Consiste em pulverizar
cobre nas faces inferior
e superior de silício. A
metalização permite
aumentar a superfície de
contato entre os blocos
quando montados no
interior do corpo de
porcelana.
Depois da metalização o
bloco é submetido a
aplicação de uma onda
padronizada, medindo-se a
queda de tensão resultante.
No ensaio, os blocos são
separados de acordo com a
tensão de descarga obtida.
Carboneto de S i l í c io
1 RESISTORES NÃO- LINEARES
Centelhadores série
são fabricados pela
estampagem de uma
chapa de liga de cobre
e adquirem uma forma
circular.
A prensa molda em
suas faces uma
saliência que serve
para disrupção da
tensão.
Montagem é feita de
forma que a corrente
de descarga, ao
atravessar o
centelhador, o faça em
forma helicoidal,
produzindo o efeito de
bobina e melhorando as
condições de corte da
corrente subsequente
Teste de
estanqueidade: o para-
raios é ensaiado
ejetando-se nitrogênio
extra seco no seu
interior por meio de um
orifício feito no
terminal de ligação de
fase, e levando-o, em
seguida é submerso em
um tanque com água.
Teste de tensão: O
para-raios é submetido
a um ensaio de tensão
aplicada na frequência
industrial. As unidades,
nas quais a disrupção
neste ensaio está de
acordo com a norma,
são conduzidas à seção
de produtos acabados
O carboneto de Silício é
um material capaz de
conduzir alta corrente
de descarga com
baixas tensões
residuais, porém,
oferece impedância a
corrente subsequente.
Carboneto de S i l í c io
1 RESISTORES NÃO- LINEARES
Os para-raios SiC só
podem funcionar com a
presença de um
centelhador série.
O aumento de
temperatura não deve
reduzir a resistência no
bloco cerâmico na
passagem da corrente
subsequente, pois isso
poderia causar danos
ao para-raios.
A resistência também
não pode aumentar
com a corrente de
descarga pois poderia
causar danos ao
equipamento protegido
A montagem do para raio deve ser feita em ambiente com controle da umidade.
Carboneto de S i l í c io
1 RESISTORES NÃO- LINEARES
REGIÃO 1: Para-raios funciona continuamente
sem sofrer avaria.
REGIÃO 2: Para-raios suporta bem os
transitórios na frequência industrial.
REGIÃO 3: Condução de elevadas correntes de
fuga, causando avalanche térmica.
Imagem 5: Curva característica de tensão x corrente dos 
varistores SiC e ZnO.
Carboneto de S i l í c io
2 CORPO DE PORCELANA
Imagem 5: Para- raios com corpo de porcelana.
Constituído de porcelana vetrificada de alta resistência
mecânica e dielétrica, e possui um sistema de vedação que
consiste em gaxetas de borracha e em tampas metálicas
instaladas nas extremidades.
Como os coeficientes de expansão das gaxetas, borracha e
tampas metálicas são diferentes existe a possibilidade da
entrada de ar externo para o interior do para-raios.
Carboneto de S i l í c io
CENTELHADOR SÉRIE
Constituído de um ou mais espaçadores entre eletrodos,
disposto em série com o objetivo de assegurar a disrupção
regular com uma rápida extinção da corrente subsequente,
podendo ser considerado uma chave de interrupção da
corrente subsequente a de descarga.
3
Imagem 6: Centelhador Série.
Carboneto de S i l í c io
CORBORUNDO
4 DESLIGADOR AUTOMÁTICO
Imagem 7:Detalhe desligador automático.
Constituído de um elemento resistivo colocado em série com
uma cápsula explosiva protegida por um corpo de baquelite.
Projetado para não operar com a passagem da corrente de
descarga e da corrente subsequente.
Sua função principal é desligar o para-raios defeituoso
através de sua auto explosão.
Carboneto de S i l í c io
5 PROTETOR CONTRA SOBREPRESSÃO
É um dispositivo 
destinado a aliviar a 
pressão interna 
devido a falhas 
ocasionais do para-
raios.
Impede o escape dos 
gases antes que haja 
o rompimento da 
porcelana e provoque 
danos a vida e ao 
patrimônio.
Carboneto de S i l í c io
6 MOLA DE COMPRESSÃO
Fabricados em fio de aço
de alta resistência
mecânica e tem a função
de reduzir a resistência
de contato entre os
blocos cerâmicos.
SISTEMAS DE MÉDIA 
TENSÃO.
Imagem 8:Detalhe mola de compressão.
Carboneto de S i l í c io
Imagem 9: Detalhes construtivos dos para-raios.
Óx ido de Z inco
São assim chamados os para-raios que utilizam como resistor linear o óxido de zinco (ZnO) e, não 
possuem centelhadores série.
Esses para-raios são basicamente constituídos pelas seguintes partes:
1
2
Resistor não lienar
Corpo de Porcelana
3
4
Corpo Polimérico
Contador de Descarga
1 RESISTORES NÃO- LINEARES
Óx ido de Z inco
Não apresenta 
corrente subsequente
Dispensa o uso do centelhador e possuem um elevado fator de coeficiente de não linearidade e por isso:.
Maior capacidade de 
absorção de energia.
Nível de proteção mais 
bem definido..
A curvade atuação não 
apresenta transitórios.
Maior desempenho que os para-raios de SiC..
Constituídos por blocos 
cerâmicos a partir de 
uma mistura de óxido 
de zinco e outros 
óxidos metálicos.
O pó obtido da mistura 
é prensado em blocos 
nas dimensões 
desejadas e depois 
sinterizado.
Os blocos têm suas 
superfícies de contato 
cobertas com um 
elemento metálico e 
levado a uma série de 
testes.
Óxido de zinco 
apresenta elevada 
capacidade de 
condução de corrente 
de surto.
A corrente de surto 
ocorre em baixas 
tensões durante a 
passagem da corrente 
de descarga e alta 
resistência à corrente 
subsequente.
2 CORPO DE PORCELANA
Imagem 10: Para raio Óxido de Zinco com corpo 
de porcela.
Constituído de uma peça cerâmica no interior da qual estão
instalados os varistores de óxido metálico.
Se acontecer falhas na vedação pode ocasionar alteração
nas características dos varitores.
Óx ido de Z inco
CORPO POLIMÉRICO
Os invólucros 
poliméricos são 
constituídos de uma 
borracha de silicone e 
não apresentam 
vazios no seu interior.
Em caso de falha não 
há explosão do 
invólucro e alguns não 
possuem desligador
automático. 
3
Óx ido de Z inco
LOCAIS DE ALTA POLUIÇÃO
Imagem 11: Para-raios de corpo polimérico.
CORBORUNDO
4 CONTADOR DE DESCARGA
Imagem 12: Detalhe Contador de Descarga.
Conta o número de operações do dispositivo a partir de um
dado valor de corrente e registra o número de descarga
atmosférica que ocorreu no sistema sempre que uma
corrente de descarga devido a um raio é conduzida à terra
pelo cabo de aterramento do para raios.
Óx ido de Z inco
O QUE É CAPACIDADE MÁXIMA DE ABSORÇÃO DE ENERGIA? 
Abssorção de Energ ia
Máxima quantidade de energia a que um para-raios pode conduzir sem que sejam alteradas de
forma significativa as suas características operacionais e as características de suas
pastilhas definem a sua capacidade de absorção de energia.
FAIXA DE 
CAPACIDADE DE 
ABSORÇÃO
PARA- RAIOS 
DISTRIBUIÇÃO: 5kJ/kV
PARA- RAIOS 
INTERMEDIÁRIOS: 10kJ/kV
PARA- RAIOS ALTA-
TENSÃO: 15kJ/kV
Abssorção de Energ ia
Para o cálculo da capacidade de absorção de energia de um para-raios pode ser calculado considerando os
seguinte eventos:
1 INCIDÊNCIA DIRETA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
2 DESLIGAMENTO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO OU ENERGIZAÇÃO DE TRANSFORMADORES
3 DESCONEXÃO DE BANCOS DE CAPACITORES
Or igem de Sobretensões
Sobretensões são o resultado de uma tensão variável em relação ao tempo envolvendo as fases de um
sistema ou uma fase e a terra.
Podem ser classificadas em três diferentes formas:
SOBRETENSÃO 
TEMPORÁRIA
SOBRETENSÃO 
DE MANOPLA
SOBRETENSÃO 
ATMOSFÉRICA
Imagem 13: Ordem de grandeza dos valores de tensão e tempo de sobretensões.
Or igem de Sobretensões
1 SOBRETENSÃO TEMPORÁRIA
Defeitos monopolares
Caracterizada por onda de tensão elevada e de natureza oscilatória e longo tempo de duração ocorrida 
num ponto definido do sistema.
Podem ser motivas por:
Perda de carga por 
abertura de disjuntor
Fenômenos de 
ferroressonância e efeito 
ferrante
Or igem de Sobretensões
1 SOBRETENSÃO TEMPORÁRIA
DEFEITO MONOPOLAR
Fases não afetadas podem sofrer níveis elevados de sobretensão entre fase e terra, submetendo os
equipamentos, notadamente os para-raios, a severas condições de operação.
A desconexão de um disjuntor poderá levar a tensão em todo o sistema, devido a redução do fluxo de
corrente de carga, fazendo com que o efeito capacitivo reduza a impedância.
Or igem de Sobretensões
1 SOBRETENSÃO TEMPORÁRIA
PERDAD E CARGA POR ABERTURA DO DISJUNTOR
A desconexão de um disjuntor poderá elevar a tensão em todo o sistema, devido à redução do fluxo de
corrente de carga , fazendo com que o efeito capacitivo das linhas de transmissão reduza a impedância do
sistema elétrico e, consequentemente, a queda de tensão.
Or igem de Sobretensões
1 SOBRETENSÃO TEMPORÁRIA
FERRORESSONÂNCIA
Quando um sistema elétrico dotado de capacitância e indutância é submetido a uma frequência cujo valor
se aproxima da frequência natural desses parâmetros, surgem elevações devido a redução de impedância.
Or igem de Sobretensões
1 SOBRETENSÃO TEMPORÁRIA
EFEITO FERRANTE
Quando o fluxo de corrente de uma linha de transmissão sem compensação é reduzido devido a abertura
do disjuntor na extremidade de carga,a referida linha de transmissão fica submetida a uma elevação de
tensão.
Or igem de Sobretensões
2 SOBRETENSÃO MANOBRA
Caracterizada pela 
operação de um 
equipamento de manobra 
como resultado de um 
defeito em determinado 
ponto do sistema.
Sobretensões de manobra 
são mais severas e a 
aplicação de equipamento 
de manobra adequados tem 
a finalizada de absorver a 
energia resultante das 
ondas múltiplas de reflexão.
Como a capacitância do 
transformador é pequena e 
sua indutância muito 
elevada em, circuito aberto, 
logo esse equipamento 
sofrerá uma sobretensão
que poderá perfurar o seu 
enrolamento.
Or igem de Sobretensões
3 SOBRETENSÃO ATMOSFÉRICAS Motivada por uma descarga atmosférica envolvendo as fases do
sistema ou uma das fases e terra. A concentração de cargas
positivas e negativas numa determinada região faz surgir uma
diferença de potencial entre a nuvem e a terra.
Quando essa diferença de potencial atinge um valor que supere a
rigidez dielétrica do ar isso faz com que cargas elétricas negativas
migrem na direção da terra.
As redes aéreas podem ser submetidas a sobretensões devida as
descargas atmosféricas de forma direta ou indireta.Imagem 14: Posição de nuvens carregadas em relação a terra..
Or igem de Sobretensões
3 SOBRETENSÃO ATMOSFÉRICAS
DIRETAS
Quando uma descarga atmosférica atinge diretamente uma rede elétrica, desenvolve-se elevada tensão.
As redes de média e baixa tensão são mais afetadas pelas descargas atmosféricas devido ao baixo grau
de isolamento dessas redes.
Para evitar a descarga diretamente sobre a rede elétrica são projetados sistemas de blindagem.
Or igem de Sobretensões
3 SOBRETENSÃO ATMOSFÉRICAS
DIRETAS
Blindagens naturais contra descargas diretas não impedem as sobretensões induzidas decorrentes das
descargas sobre os objetos próximos.
O número de descargas diretas que podem ocorrer numa rede área sob efeito da projeção dos objetos
próximos, considerados de mesma altura e posicionados em sequência e em paralelo com a referida rede:
Or igem de Sobretensões
3 SOBRETENSÃO ATMOSFÉRICAS
INDIRETAS
Se a rede elétrica for dotada de blindagem com cabos para-raios, estes serão os condutores a que ficarão
submetidos à tensão induzida e a corrente associada. Devido às capacitâncias próprias e mútuas entre os
condutores de blindagem e os condutores vivos,, é desenvolvida nestes uma onda de tensão acoplada:
A impedância no pé da torre influi na tensão no topo da torre, devido às ondas de reflexão
Or igem de Sobretensões
3 SOBRETENSÃO ATMOSFÉRICAS
INDIRETAS
O nível de isolamento é compatível com valores das sobretensões induzidas, não acarretando falhas nas
isolações. O número de sobretensões a que estão sujeiras as rede áreas devido às descargas indiretas
induzidas é superior ao número de sobretensões por descargas diretas.
É possível determinar o número possível de sobretensões induzidas entre fase e terra superior um
determinado valor predefinido para cada 100km/ano:
Or igem de Sobretensões
3 SOBRETENSÃO ATMOSFÉRICAS
INDIRETAS
É possível determinar a distância mínima horizontal entre a rede de energia elétrica e o ponto de impacto
no solo de uma descarga atmosférica a partir da qual areferida descarga seria de natureza indireta:
Quando uma descarga incide sobre os condutores fases de uma rede aérea, ou tem como ponto de
impacto o dolo nas proximidades da referida rede, proporciona uma onda de sobretensão que se
estabelece ao longo dos condutores tanto no sentido da carga quanto no sentido da fonte.
Or igem de Sobretensões
3 SOBRETENSÃO ATMOSFÉRICAS
INDIRETAS
Se a magnitude da onda de tensão é superior à tensão
nominal suportável de impulso dos isoladores de pino
ou de suspensão da rede, ocorrerá a disrupção
através do mesmos para a terra ou entre fases.
As disrupções para a terra reduzem a amplitude da
onda viajante. Imagem 14: Propagação de uma onda de tensão e corrente numa rede elétrica.
Or igem de Sobretensões
3 SOBRETENSÃO ATMOSFÉRICAS
INDIRETAS
Onda de impulso inicial de módulo e taxa de crescimento
elevados, seguida de depressões e subidas em forma de serra.
A forma da onda resultante na rede depende das disrupções
ocorridas na estrutura e a onda viajante sofre modificações de
forma em função das mudanças de impedância na rede.
O valor de crista dessas ondas está limitado a tensão nominal
suportada por impulso, Imagem 15: Forma de onda de uma descarga atmosférica com disrupção pelos 
isolantes.
Or igem de Sobretensões
4 DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Quando as descargas atmosféricas não atingirem diretamente a linha de transmissão ou a rede de
distribuição, a onda transiente é aproximadamente 10 vezes menor.
Em uma descarga atmosférica, as potências elétricas desenvolvidas são elevadas, enquanto a energia
decorrente é pouco significativo.
Class i f i cação
Os pára raios podem ser classificados de acordo com os seguintes
parâmetros, com base na NBR5424-2011:
○ Classe estação: 20, 15, 10kA (serviço leve) e 10 kA (serviço pesado);
○ Classe distribuição: 5kA série A e B;
○ Classe secundário: 1,5kV
Class i f i cação
Quanto ao nível de isolamento a norma NBR6939 estabelece para os equipamentos elétricos três faixas de
tensão máxima e nos quais devem estar em operação os pára-raios:
○ Faixa de isolamento A: Superior a 1kV e igual a inferior a 36,2kV (média tensão);
○ Faixa de isolamento B: É aquela igual ou superior a 72,5kV e igual ou inferior a 242kV (alta
tensão);
○ Faixa de isolamento C:É aquela superior a 362kV.
Caracter ís t i cas
É a máxima tensão a que pode ficar permanentemente submetido o para raios na frequência
nominal .
1 TENSÃO NOMINAL
É a tensão máxima permissível de frequência industrial que pode ser aplicada continuamente aos
terminais do pára-raios, sem provocar degradação ou alteração das suas características
operacionais.
2 MÁXIMA TENSÃO DE OPERAÇÃO CONTÍNUA
Caracter ís t i cas
É a frequência para a qual foi projetado para raios.
3 FREQUÊNCIA NOMINAL
É a corrente tomada em seu valor de crista que é usada para classificar o para raios:
Nível ceráunico, probabilidade de ocorrência de descargas atmosféricas, importância dos
equipamentos utilizados no sistema, nível de isolação do sistema
4 CORRENTE DE DESCARGA NOMINAL
Caracter ís t i cas
è a corrente fornecida pelo sistema, logo que a corrente de descarga é cessada.
5 CORRENTE SUBSEQUENTE
É a tensão que aparece nos terminais do para raios, tomada em seu valor de crista, quando da
passagem da corrente de descarga.
6 TENSÃO RESIDUAL
A corrente de descarga máxima de um para raios que protege um transformador pode ser
determinada de acordo com:
Caracter ís t i cas
Maior valor de tensão de impulso atingido antes da disrupção quando aos terminais do para-raios
é aplicado de forma de onda, amplitude e polaridades dadas.
7 TENSÃO DISRUPTIVA A IMPULSO
É a menor tensão, tomada em seu valor de crista, quando o para-raios é submetido a uma onda
normalizada de 1,2/50 µs e provoca disrupção em todas aplicações.
8 TENSÃO DISRUPTIVA DE IMPULSO ATMOSFÉRICO NORMALIZADO
Caracter ís t i cas
Transitória que pode ocorrer no sistema antes de haver a disrupção do para- raios.
9 TENSÃO DISRUPTIVA DE IMPULSO DE MANOBRA
É a menor tensão antes da disrupção quando o para-raios é submetido a uma tensão elevada na
frequência industrial. Tensões de frequência industrial elevadas são decorrentes por surtos de
manobra, falhas monopolares, rejeição de carga e ferrorressonância. Ondas de tensão à
frequência industrial de longa duração causam danos irreversíveis aos para-raios devido à
elevada corrente que pode ser conduzida a terra através dos resistores.
10 TENSÃO DISRUPTIVA A FREQUÊNCIA INDUSTRIAL
Caracter ís t i cas
É o maior valor de tensão de impulso na frente, antes da disrupção, quando aos terminais é
aplicado um impulso de uma dada polaridade, cuja tensão cresce linearmente com o tempo.
11 TENSÃO DISRUPTIVA NA FRENTE
É o impulso de corrente com tempo de frente de 1 µs medido a partir da origem virtual.
12 IMPULSO DE CORRENTE ÍNGREME
Caracter ís t i cas
É a tensão de alta frequência que aparece nos terminais do para-raios, gerada por todas as
fontes, particularmente pela corrente de ionização interna, quando uma tensão de frequência
industrial é aplicada pelos seus terminais.
13 TENSÃO DE IONIZAÇÃO
É a parte de uma onda de impulso após a sua crista.
14 CAUDA DE UM IMPULSO DE TENSÃO OU CORRENTE
Caracter ís t i cas
É a região da curva tensão x corrente de alta não linearidade onde o para-raios conduzirá uma
corrente de elevada amplitude. Região de suportabilidade do para-raios quando submetido aos
transitórios de frequência industrial.
15 TEMPO DE DURAÇÃO DA TENSÃO TEMPORÁRIA
É a máxima corrente de falta que circula no interior de um para-raios e que provoca sua
fragmentação violenta (poliméricos).
16 CORRENTE SUPORTÁVEL DE CURTO CIRCUITO
Caracter ís t i cas
Um par-raio é termicamente estável quando a temperatura resultante no seu interior e a
resistência elétrica dos seus resistores não lineares diminuem com o tempo no momento em que
o para raios for energizado e nele se estabelece a tensão de operação contínua em condições
normais de operação.
17 ESTABILIDADE TÉRMICA
Caracter ís t i cas
É a tensão em alta frequência gerada por todas as fontes de corrente de ionização que circulam
nos terminais dos equipamentos ou nos sistemas de potência.
18 TENSÃO DE RÁDIO INTERFERÊNCIA
Característica de suportabilidade onde se mede o tempo de duração para o qual é permitida a
aplicação de uma tensão superior a tensão máxima de operação.
19 CAPACIDADE DE SOBRETENSÃO TMEPORÁRIA
Se leção dos para -ra ios
Os para-raios devem ser selecionados adotando-se alguns procedimentos, visando assegurar a melhor
proteção do equipamento que se quer proteger.
1
2
Distância entre os para-
raios e o equipamento a
ser protegido
Máxima tensão fase e
terra à frequência
industrial
3 Tensão nominal
4
5
Classe de aplicação
Tensões suportáveis
nominais de impulso
6
Sobretensões com
taxa de crescimento
lenta
7
2
Sobretensões com taxa
de crescimento rápida
Tensões suportáveis de
surtos de manobra
3
Classe de descarga da
linha de transmissão
Loca l i zação dos para -ra ios
Imagem 16: Loaclaização dos para-raios.
Conc lusão
Proteger o sistema contra os danos caudados pelas descargas atmosféricas demonstrou ser tão
importante que pesquisadores desenvolveram diferentes tipos de estudos para a construção do para-
raios de forma a suprir as necessidades humanas. Foi a partir de Benjamin Franklin que diferentes
modelos de para-raios foram criados, testados e utilizados de forma a cumprir o seu objetivo: proteger os
sistemas elétricos e edifícios.
Os resultados das diversas pesquisas originaram para-raios cada vez mais eficientes que garantem o
funcionamento constante e equilibradode subestações de energia, sistemas de transmissão e proteção de
edificações e pessoas.
Referênc ias
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419: Proteção de Estruturas contra Descargas
Atmosféricas. Rio de Janeiro: ABNT, 2005. 32p
MARCARINI, Fabiano. Proteção contra Descargas Atmosféricas Utilizando Para-raios de Óxido de
Zinco. 2012. 46f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica) – Centro de Ciências
Exatas e Tecnológicas, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2012.
SANTOS, M. R. Evolução de Para-Raios em Estudos de Sobretensões. São Paulo. Disponível
em:<http://www.depelengenharia.com.br/downloads/Artigo%20SPDA.pdf>.

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