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WBA0461_v2.0 Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica Geração de energia elétrica Usinas Hidroelétricas Bloco 1 Leandro José Cesini da Silva Geração Hidroelétrica no Brasil Figura 1 – Potencial hidroelétrico Fonte: EPE (2021a, [n. p.]). • 108 GW de potência em operação/construção. • 68 GW em usinas inventariadas. • Potencial de 176 GW, segundo Plano Nacional de Energia 2050. • Maior parte dos projetos inventariados estão nas regiões hidrográficas da Amazônia e Tocantins- Araguaia. Tipos de usinas hidroelétricas Fio d’água: • Operam com base no fluxo de água dos rios. • Não possuem reservatórios. • Dependem da natureza a sua performance. • Exemplo: Belo Monte. Com reservatórios: • Controle de sua operação. • Menos dependente da natureza. • Exemplo: Itaipu. Tipos de turbinas • Alta eficiência. • Encontrada em unidades de até 200 MW. • Mais adequada em usinas com altas quedas d’água (250m a 2500m). • Utilizada em relevos acidentados e locais montanhosos. • Alta velocidade de saída da água (150 m/s a 180 m/s) causa problemas de erosão. Figura 2 – Turbina Pelton Fonte: Satakorn/ iStock.com. Tipos de turbinas Figura 3 – Turbina Francis Fonte: Sergei Ginak/ iStock.com. • Melhor empregadas em quedas d’água entre 40 m e 400m. • Potência de até 1 GW. • Utilizada também em estações de bombeamento de água. • São comuns em grandes usinas, como: Itaipu, Tucuruí, Belo Monte e Três Gargantas na China. Tipos de turbinas Figura 4 – Turbina Kaplan Fonte: kateafter/ iStock.com. • Adequada para elevado escoamento e pequenas quedas (20m a 50m). • Faixa de potência de 30 MW a 250 MW. • Usinas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, utilizam esse tipo de turbina. Geração de energia elétrica Usinas Termoelétricas Bloco 2 Leandro José Cesini da Silva Oferta de energia elétrica no Brasil Hidráulica 65,2% Biomassa 9,1% Eólica 8,8% Gás Natural 8,3% Carvão 3,1% Nuclear 2,2% Solar 1,7% Derivados Petróleo 1,6% Figura 4 – Geração de energia elétrica por fonte em 2020 Fonte: EPE (2021b, [n. p.]). Cogeração de energia elétrica • A cogeração produz simultaneamente calor e trabalho, por meio de uma única fonte ou combustível (biomassa, gás natural etc.). • É mais barato investir em termoelétricas de cogeração do que em hidroelétricas. • Redução das perdas de transmissão e distribuição. • Tempo de entrada em operação reduzido. • Reduzido impacto ambiental. • Instalação pode ser modular. • Tipos de cogeração: • Com turbinas a vapor. • Com turbinas a gás natural. • Com ciclo combinado. • Com ciclo de absorção. Geração termonuclear Figura 5 – Esquema de uma usina termonuclear Fonte: colematt/ iStock.com. • Combustíveis nucleares possuem maior densidade energética 10g de urânio-235 equivale a 1200kg de carvão mineral. • Geração de calor dada pela fissão nuclear em cadeia. • Urânio é agrupado no interior do reator, por meio de varetas de combustível. • Um feixe de varetas forma o elemento combustível. • Tubos guia, geralmente, de cádmio, fazem parte do feixe de varetas e funcionam como inibidores da reação. Geração geotérmica Figura 6 – Esquema de usina geotérmica Fonte: alejomiranda/ iStock.com. • Aproveita o calor proveniente do interior da Terra. • Corresponde por apenas 0,02% da demanda anual de energia no mundo. • Utilizada pela primeira vez na Itália, em 1904. • Aproveitamento de água ou vapor em reservatórios subterrâneos. • Geralmente, encontradas em regiões vulcânicas na orla do Pacífico. Geração de energia elétrica Usinas Eólicas Bloco 3 Leandro José Cesini da Silva Eólicas no Brasil Figura 7 – Potencial eólico onshore por estado Fonte: EPE (2021a, [n. p.]). Eólicas no Brasil Figura 8 – Potencial eólico offshore Fonte: EPE (2021a, [n. p.]). Batimetria é a medição da profundidade dos oceanos. Número de pás do rotor • Três pás: • Configuração mais utilizada comercialmente. • Proporciona menor esforço mecânico. • Menor emissão de ruído. • Duas pás: • Menor custo decorrente da redução de uma pá. • Maior esforço mecânico. • Pode assumir maior relevância em unidades offshore, já que o ruído não possui muita relevância como em onshore. • Uma pá: • Configuração pouco utilizada. • Maior nível de emissão de ruídos. • Apresenta grandes oscilações de conjugado. Limitação do nível de potência • Controle de passo: • Utiliza o deslocamento angular das pás em torno do eixo longitudinal. • Potência do rotor permanece constante após atingir sua potência nominal. • Maior influência sobre a operação da turbina. • Maior complexidade técnica e de manutenção. Figura 9 – Curva controle de passo Fonte: Borges Neto (2012, p. 112). Limitação do nível de potência • Controle estol: • Utilizada em unidades eólicas de pequeno porte. • Para velocidades do vento acima da nominal, cria-se um escoamento turbulento. • Consequentes perdas aerodinâmicas e limitação da potência extraída. Figura 10 – Curva controle estol Fonte: Borges Neto (2012, p. 113). Teoria em Prática Bloco 4 Leandro José Cesini da Silva Reflita sobre a seguinte situação • Você é o responsável pela gestão de energia elétrica de sua empresa. Devido ao processo produtivo utilizar uma quantidade expressiva de calor para realizar a secagem do produto e vapor para aquecimento de insumos necessários à produção, as despesas com a compra de combustível (biomassa) é exorbitante. Além disso, sua empresa possui um alto consumo de energia elétrica. • Nesse caso, qual alternativa você poderia propor para que o uso de energéticos pudesse ser eficiente e menos oneroso, levando em consideração o intuito da empresa em investir em geração de eletricidade própria, inexistente atualmente? Norte para a resolução Figura 11 – Cogeração Fonte: elaborada pelo autor. • A cogeração é uma alternativa para a solução. • Aproveita-se o potencial térmico já existente com a queima da biomassa. • Direciona parte do calor para a geração de vapor em uma turbina e consequente geração de eletricidade. • Necessário verificar as adaptações e incrementos ao projeto original da empresa para queima de biomassa e geração de vapor. Cogeração Queima da biomassa Eletricidade Vapor para o processo Calor para o processo de secagem Calor Dicas do(a) Professor(a) Bloco 5 Leandro José Cesini da Silva Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login através do seu AVA). Algumas indicações também podem estar disponíveis em sites acadêmicos como o Scielo, repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, te convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Leitura Fundamental Indicação de leitura 1 O Plano Nacional de Energia Elétrica 2050, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética, dá um panorama sobre a estratégia de longo prazo para o setor energético brasileiro. Neste contexto, é importante você entender como a maior inserção do gás natural na matriz elétrica brasileira pode alterar o cenário atual e os desafios que essa fonte poderá enfrentar no futuro. Referência: EPE. Panorama Nacional de Energia Elétrica 2050, p. 179-186, 2021. Indicação de leitura 2 As Pequenas Centrais Hidroelétricas vem ganhando cada vez mais espaço na matriz elétrica brasileira. É importante você entender a história desse tipo de usina no Brasil, bem como sua importância nos dias atuais, devido ao seu baixo impacto ambiental. Referência: PINTO, M. de O.Energia elétrica: geração transmissão e sistemas interligados. 1. ed. ,p. 44-45. Rio de Janeiro: LTC, 2018. Dica do(a) Professor(a) Se você quiser acompanhar como anda a geração de eletricidade em tempo real no Brasil, basta acessar a página do Operador Nacional do Sistema (ONS). Lá, é possível acompanhar a geração hidráulica, solar, eólica, nuclear e térmica de todo o país. Referências EPE. Panorama Nacional de Energia Elétrica 2050, 2021a. EPE. Balanço Energético Nacional – Relatório síntese 2021|Ano base 2020, 2021b. BORGES NETO, M. R.; CARVALHO, P. C. M. Geração de energia elétrica: fundamentos. 1. ed. São Paulo: Érica, 2012. Bons estudos!
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