Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estereoquímica Analgésico Antitussígeno Estereoquímica Estereoquímica é o estudo do arranjo tridimensional das moléculas. Isômeros constitucionais Isômeros E/Z Isômeros com centros quirais Estereoisômeros Isômeros Isômeros constitucionais São compostos que possuem mesma fórmula molecular, porém conectividade diferente entre os átomos. Podem pertencer ou não à mesma função química.C2H6O OOH C4H10 C3H7Cl Cl Cl Fórmula Isômeros Isômeros geométricos São compostos que apresentam diferença na conectividade dos substituintes em torno de uma ligação C=C (alcenos) ou C-C (compostos cíclicos). C8H16 Fórmula Isômeros C6H10Br2 C4H8 E Z Br Br Br Br ZE cis trans Estereoisômeros Os átomos estão conectados na mesma sequência, mas com arranjos espaciais diferentes. Br C6H13Br Br Br BrBr Br Quiralidade Uma molécula que não é idêntica à sua imagem especular é chamada de quiral. 9 2-bromobutano Br H Br H BrH Quiralidade A presença de um carbono quiral confere quiralidade à molécula. Um carbono quiral é aquele que possui quatro ligantes diferentes, sendo chamado de centro estereoquímico, centro estereogênico ou centro quiral. Carvona Óleo de hortelã Óleo de pomelo Substituintes no carbono quiral - H - Br - CH3 - CH2CH3 Br H (+) – limoneno Laranja (-) – limoneno Limão Anti-emético Teratogênico A molécula pode ter plano de simetria. O carbono para ser quiral não pode possuir plano de simetria. OH OH Enantiômeros Diastereoisômeros Estereoisômeros Estereoisômeros x Diastereoisômeros Enantiômeros = estereoisômeros cujas moléculas são imagens especulares não sobreponíveis. Diastereoisômeros = estereoisômeros cujas moléculas não são imagens especulares. Enantiômeros Diastereoisômeros Enantiômeros Diastereoisômeros enantiômeros enantiômeros diastereoisômeros diastereoisômeros Centro quiral Centro quiral (ou centro de quiralidade) é como devemos chamar um átomo de carbono tetraédrico ligado a quatro ligantes diferentes, assinalado com um asterisco. ** A quiralidade é uma propriedade da molécula inteira, enquanto centro quiral é a característica estrutural que causa a quiralidade. Enantiômeros R e S ???? 2-butanol 2-butanol Os químicos R. S. Cahn, C. K. Ingold e V. Prelog criaram um sistema para a nomenclatura de enantiômeros, chamado de sistema R,S ou regra de Cahn-Ingold-Prelog. (R)-2-butanol(S)-2-butanol R de rectus e S de sinister, do latim direita e esquerda, respectivamente. Cada um dos grupos ligados ao centro quiral é assinalado em uma ordem de prioridade: 1, 2, 3 e 4. A ordem de prioridade é definida segundo o número atômico do átomo ligado ao centro de quiralidade: ao grupo com o maior número atômico é dada a maior prioridade, 1. Cada um dos outros três átomo é assinalado até o átomo de menor número atômico, 4. Nomenclatura R e S - Regras 1. Obs: Em caso de existência de isótopos, aquele com maior massa terá prioridade. H3C H2C H2C CH3 Br H 1 2 3 4 Quando a prioridade não pode ser assinalada com base no número atômico dos átomos ligados diretamente ao centro quiral, os próximos átomos devem ser analisados até que a prioridade seja definida. Nomenclatura R e S - Regras 2. C C Br H H H H C H3C HH HH 1 2 3 4 A molécula deve apresentar um arranjo espacial de forma que o grupo de menor prioridade fique atrás do plano do quadro, preferencialmente (grupo 4). Nomenclatura R e S - Regras 3. Nomenclatura R e S - Regras 1 4 3 2 H3C H2C H2C CH3 Br H CH3CH2CH2 CH3 Br 1 2 3 Após escrevermos a molécula com o arranjo espacial descrito anteriormente, devemos traçar uma curva do grupo 1, passando por 2, até o grupo 3. - Se a curva for feita no sentido horário, o enantiômero é assinalado como R; - Se a curva for feita no sentido anti-horário, o enantiômero é S. Nomenclatura R e S - Regras H3C H2C H2C CH3 Br H CH3 CH2 CH2 H3C BrH H3C H2C H2C CH3 Br H CH3 CH2 CH2 H3C BrH Enantiômero S (S) – 2-bromopentano H3C H2C H2C CH3 Br H CH3 CH2 CH2 H3C BrH Enantiômero S (S) – 2-bromopentano Enantiômero R (R) – 2-bromopentano Grupos contendo ligações duplas ou triplas tem suas prioridades assinaladas como se ambos átomos fossem duplicados ou triplicados. 5. Nomenclatura R e S - Regras Atividade Óptica Atividade óptica Com exceção de uma mistura racêmica, os enantiômeros apresentam as mesmas propriedades físicas, como pontos de fusão e ebulição. Compostos enantioméricos apresentam diferentes comportamentos somente quando interagem com outros compostos quirais, incluindo seu próprio isômero. Também reagem de forma diferente com outras moléculas quirais. O único comportamento observável em que os enantiômeros se diferenciam é em relação ao desvio do plano da luz polarizada. Quando um feixe de luz plano-polarizada passa pela solução de um enantiômero, o plano sofre rotação. Os enantiômeros desviam a luz em direções opostas – direita e esquerda. Enantiômeros resolvidos (isolados) são compostos opticamente ativos. Um mistura de quantidades iguais dos dois enantiômeros é chamada mistura racêmica e é opticamente inativa. Polarímetro Moléculas dextrógiras = desviam o plano da luz para direita; Moléculas levógiras = desviam o plano da luz para esquerda. Rotação específica O número de graus em que o plano da luz polarizada é desviado quando passa através de uma solução de um enantiômero depende do número de moléculas presentes. A rotação específica, a, é calculada pela equação abaixo [a] = rotação específica; a = rotação observada; c = concentração da solução (g/mL); l = largura da célula em decímetros (1 dm = 10 cm). A rotação específica depende da temperatura e do comprimento de onda empregados. A rotação específica deve ser informada como demonstrado abaixo D indica o uso de uma lâmpada de sódio (l = 589,6 nm) a uma temperatura de 20 °C. A direção do desvio do plano da luz polarizada normalmente é incorporada ao nome dos compostos opticamente ativos: Não existe uma correlação óbvia entre as configurações (R) e (S) e as direções (+) ou (-) em que os enantiômeros desviam o plano da luz polarizada. Misturas racêmicas Uma mistura equimolar de dois enantiômeros é chamada mistura racêmica (ou racemato ou forma racêmica). Uma mistura racêmica não desvia o plano da luz polarizada. Uma mistura racêmica é indicada como (±)-2-butanol. Excesso enantiomérico Um amostra de uma substância opticamente ativa que consiste de um único enantiômero é chamada enantiomericamente pura ou tendo um excesso enantiomérico (ee) de 100%. R S + = Mistura racêmica =R S + + S R S + + R Excesso enantiomérico O excesso enantiomérico pode ser calculado por % Excesso enantiomérico (ee) mols do enantiômero 1 – mols do enantiômero 2 total de mols dos dois enantiômeros = x 100 % Excesso enantiomérico (ee) rotação específica observada rotação específica do enantiômero puro = x 100 ou A maior parte das moléculas que são importantes em biologia possuem mais de um centro quiral. A molécula de colesterol, por exemplo, possui 8 centros. Moléculas com mais de um centro quiral Maitotoxina – 98 centros quirais O número de estereoisômeros existentes pode ser calculado pela equação de van’t Hoff onde n é o números de centros quirais. 2n = números de estereoisômeros Para o colesteroltemos 28 = 256 estereoisômeros. Para a maitotoxina temos 298 = 3 x 1029 estereoisômeros. Enantiômeros com mais de um centro quiral terão mais de uma configuração R,S. Para determinar se o centro de quiralidade é R ou S, empregamos as mesma regras mostradas anteriormente para cada carbono quiral separadamente. Br 1 Estereoquímica S 2 Estereoquímica S (3S,4S)-3-bromo-4-metilhexano Compostos meso Um estrutura com dois centros quirais nem sempre apresenta quatro estereoisômeros, às vezes são apenas 3. Também existem moléculas que são aquirais mesmo possuindo centros quirais. Par de enantiômeros; moléculas não sobreponíveis. Os compostos C e D são a mesma molécula. Apesar de possuir dois centros quirais, a molécula não apresenta quiralidade. Um composto meso é uma molécula aquiral que contém centros quirais. Compostos meso não são opticamente ativos. Resolução de enantiômeros Enantiômeros puros de compostos opticamente ativos são frequentemente obtidos pelo isolamento de fontes biológicas; a maior parte das moléculas opticamente ativas na natureza são encontradas na forma de enantiômeros. O ácido (+)-tartárico puro, por exemplo, é isolado do precipitado formado pela levedura durante a fermentação do vinho. A (+)-glucose pura é obtida a partir de diferentes fontes de açúcares, como uvas, cana de açúcar e mel. Em 1848, Louis Pasteur observou que uma mistura racêmica de sais de ácido (±)-tartárico cristaliza na forma de cristais que são imagens especulares um do outro. Empregando um microscópio e uma pinça ele foi capaz de fisicamente separar os enantiômeros. Para os compostos que não se cristalizam com os cristais de enantiômeros separados, é necessário fazer uma resolução (separação dos enantiômeros). O método tradicional de resolução de uma mistura racêmica em seus enantiômeros é empregar um composto natural enantiomericamente puro (chamado agente de resolução) que se liga com o enantiômero a ser separado. Quando o enantiômero da mistura racêmica se liga ao agente de resolução, um par de diastereoisômeros se forma. Estes são separados e em seguida a ligação com o agente de resolução é desfeita, fornecendo o enantiômero desejado. Centros quirais ≠ do átomo C Moléculas quirais sem centros quirais Existem moléculas que possuem uma barreira rotacional tão grande entre suas conformações que os isômeros podem ser separados e purificados, sendo estes estereoisômeros. Isômeros conformacionais que são compostos estáveis e isoláveis são chamados atropoisômeros. Atropoisômeros Bibliografia Livros - P. Y. Bruice, Química Orgânica. - J. Clayden et all, Organic Chemistry. Sites - https://www2.chemistry.msu.edu/faculty/reusch/VirtTxtJml/sterisom.htm#start/ - https://www.masterorganicchemistry.com/2010/11/09/screw-organic-chemistry- im-just-going-to-write-about-cats/
Compartilhar