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Material_Comunicação Oral e Escrita_SIGAA

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24/03/2015
1
Comunicação Oral e Escrita
Profa. MSc. Liliane Afonso
Email: liliane_afonso@yahoo.com.br
UFRA – Belém 
24/03/2015
2
Um sistema de signos que permite construir uma
interpretação da realidade através de sons, letras,
cores, imagens, gestos etc.
LINGUAGEM É...
... a atividade humana que, nas representações de mundo
que constrói, revela aspectos históricos, sociais e culturais.
É por meio da linguagem que o ser humano organiza e dá
forma às suas experiências. Seu uso ocorre na interação
social e pressupõe a existência de interlocutores*. São
exemplos de diferentes linguagens utilizadas pelo ser
humano as línguas, a pintura, a dança, os logotipos, os
quadrinhos, os sistemas gestuais, entre outros.
* Interlocutor: cada um dos participantes de um diálogo.
24/03/2015
3
USAMOS A LINGUAGEM PARA...
...pedir ou transmitir informações na maior parte
do tempo, mas, além do intuito comunicativo, a
linguagem deve dar conta também das
necessidades subjetivas, que se expressam nas
palavras, nos sentimentos, nas sensações, nas
emoções.
O VALOR SOCIAL DA LINGUAGEM
“Tudo o que ser humano alcançou de crescimento
cultural está ligado à linguagem. Sem ela, a cultura não
existiria, e os conhecimentos não poderiam ser
transmitidos de geração para geração. A linguagem
torna possível o desenvolvimento e a transmissão de
culturas, bem como o funcionamento eficiente e o
controle dos grupos sociais.”
Campedelli & Souza (1998, p. 10)
24/03/2015
4
DIFERENTES LINGUAGENS
-No nosso dia a dia, convivemos com diferentes linguagens:
-A pintura;
- A dança;
- A música;
- Os sistemas gestuais;
- Os sistemas particulares de signos (logotipos, quadrinhos).
LINGUAGENS: LITERATURA
Paulo Leminski - 1982 
"Para o zen budismo, a lua na água 
é um símbolo da impermanência de todas as coisas.“
Paulo Leminski
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10
24/03/2015
5
LINGUAGENS: MÚSICA
A MÚSICA 
IRRADIA.
Imagens: (a) Lhademmor / GNU Free Documentation 
License. (b) Sao.Rocker / Creative Commons Attribution-
Share Alike 3.0 Unported.
LINGUAGENS: TEATRO
O TEATRO ENCENA O 
VERBAL, O VISUAL E O 
SONORO.
Imagens: (a) Ester Inbar / Use of image free for any purpose. 
(b) Malene Thyssen / GNU Free Documentation License.
24/03/2015
6
LINGUAGENS: CINEMA
O CINEMA MOVIMENTA.
Disponível em <https://_planeta-dos-macacos-origem>
LINGUAGENS: PINTURA A PINTURA IMPRIME.
Im
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24/03/2015
7
LINGUAGENS: FOTOGRAFIA E DESENHO
A FOTOGRAFIA 
FLAGRA.
Imagem: Jebulon / Public Domain.
LINGUAGENS: CHARGE
24/03/2015
8
LINGUAGENS: TRÂNSITO
Imagens: Pava / Creative Commons Attribution-ShareAlike 3.0 Italy.
• A linguagem é a capacidade natural
que o ser humano tem de se
comunicar, seja por meio de palavras,
gestos, imagens, sons , cores,
expressões, etc.
• A linguagem pode ser classificada
em: verbal e não verbal.
Verbal – quando usa palavras (escrita ou
falada)
Não-verbal – quando utiliza gestos,
sons, cores, imagens, etc.
Pode-se optar pelo uso de uma ou outra
forma de linguagem, ou mesmo utilizar
a combinação da duas para
se comunicar.
A língua é o conjunto de sinais
que determinadas comunidades usam para
se comunicar. São as regras gramaticais.
Linguagem: universal e
abstrata capacidade de todo ser humano.
Por exemplo, o sorriso é entendido por
qualquer ser humano.
Língua: local e concreta, capacidade de
determinado povo, ou de quem se
disponha a aprender as regras gramaticais
da língua específica. Por Exemplo,
o idioma francês só é entendido pelo
povo francês, ou por quem estude e
domine a gramática da língua francesa.
24/03/2015
9
• Há situações em que a língua se apresenta de formas
diferentes – o que é normal - alguns fatores que
favorecem estas variações são:
- região geográfica;
- o sexo;
- a idade;
- a classe social;
- profissionais;
- o grau de formalidade do contexto.
LÍNGUA: VARIAÇÃO E NORMA
24/03/2015
10
Linguagem e diversidade linguística
1.Nenhuma língua é homogênea.
2.Cada variedade de uma língua é resultado das
peculiaridades das experiências históricas do
grupo que a fala.
3.Do ponto de vista exclusivamente linguístico, todas
as variedades de uma língua se equivalem e não há
como diferenciá-las em termos de melhor ou pior, de
certa ou errada. A diferença de valoração das
variedades é um fato exclusivamente social.
24/03/2015
11
4.As línguas mudam constantemente no tempo.
5.A língua varia conforme a região em que é
falada.
6.A língua reflete as diferenças socio-econômicas
e culturais.
Linguagem e diversidade linguística
7. Nós, falantes, variamos nosso modo de falar
conforme a situação em que estamos.
8. “Não há lei contra o preconceito linguístico, além
disso, ele é estimulado diariamente na mídia e na
prática pedagógica” (Marcos Bagno).
24/03/2015
12
Linguagem e diversidade linguística
9. “A ‘skrita’ na internet. Estudos linguístico-
discursivos procuram mostrar que ‘internetês’ não é
mera reprodução da fala na escrita, mas, sim, uma
forma de aproximação entre os falantes” (Fabiana
Cristina Komesu).
Comunicação
Conceituando...
• A comunicação ocorre quando interagimos com outras
pessoas, utilizando a linguagem, sendo esta verbal (as
palavras), não verbal (gestos, movimentos, expressões
corporais e faciais, sons, cores etc., mistas e digitais.
24/03/2015
13
Conceituando:
• Interlocutores são as pessoas que participam do
processo de interação por meio da linguagem.
• Código é um conjunto de sinais convencionados
socialmente para a construção e a transmissão de
mensagens.
Conceituando: 
• Língua: código linguístico social, formado por
signos (palavras) e leis combinatórias, por meio
do qual as pessoas se comunicam.
24/03/2015
14
Conceituando:
•Dialeto: normas coletivas regionais,
ou seja, originadas das diferenças de
região ou território, de idade, de
sexo, de classes ou grupos sociais e
da própria evolução histórica da
língua.
Conceituando: 
• Fala: normas linguísticas individuais.
- não planejada;
- fragmentária;
- incompleta;
- pouco elaborada;
- predominância de frases curtas, simples.
24/03/2015
15
Conceituando:
• Escrita:
- planejada;
- não fragmentária;
- completa;
- elaborada;
- predominância de frases complexas, com 
subordinação abundante;
Níveis de língua
• As diferenças no uso da língua constituem as variedades
linguísticas. São, portanto, as variações que uma língua
apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais,
regionais e históricas em que é utilizada.
• Entre as variedades de uma língua, existe a língua padrão
(culta), a não padrão (popular, coloquial), literária, gíria e
jargão.
24/03/2015
16
1. Canal: meio pelo qual circula a mensagem. (ar\papel)
2. Emissor: indivíduo ou grupo que codifica (emite) a mensagem.
3. Receptor: indivíduo ou grupo que decodifica (recebe) a mensagem.
4. Mensagem: o próprio texto transmitido.
5. Referente: conteúdo da mensagem, objeto ou situação a que a mensagem se refere, 
contexto relacionado a emissor e receptor.
6. Código: conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem, 
normalmente uma língua natural, oral ou escrita, gestos,código Morse, sons etc. O 
código deve ser de conhecimento de ambos os envolvidos: emissor e destinatário.
24/03/2015
17
Centra-se no emissor / Opiniões e sentimentos
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...
• ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002. Velha
Infância
24/03/2015
18
Centra-se no conteúdo / Informação objetiva
24/03/2015
19
Centra-se no receptor/ convencimento (uso do 
imperativo)
24/03/2015
20
Centra-se no código/o código como instrumento de 
tradução do próprio código
24/03/2015
21
Centra-se no canal de comunicação / Abertura, 
manutenção e fechamento do canal de comunicação
Ele: - Pois é.
Ela: - Pois é o quê?
Ele: - Eu só disse pois é!
Ela: - Mas "pois" é o quê?
Ele: - Melhor mudar de conversa porque você não me 
entende.
Ela: - Entende o quê?
Ele: - Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e 
já.
Clarice Lispector. A hora da estrela. 4. ed. Rio de Janeiro: 
Livraria José Olímpio, 1978.
24/03/2015
22
Centra-se na mensagem / A forma de transmissão da 
mensagem 
Poesia = Conteúdo /// Poema = Forma
Convite
Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
José Paulo Paes
24/03/2015
23
Vamos exercitar!!!!
24/03/2015
24
Anúncio publicitário:
"Chegou o milagre azul para lavar!
Lave na espuma de Omo e tenha a roupa mais limpa do mundo!
Onde Omo cai, a sujeira sai!" 
(propaganda Omo, 1957)
Anúncio publicitário:
"Chegou o milagre azul para lavar!
Lave na espuma de Omo e tenha a roupa mais limpa do mundo!
Onde Omo cai, a sujeira sai!" 
(propaganda Omo, 1957)
Função poética
24/03/2015
25
O outdoor acima faz parte de uma campanha publicitária que
tem por objetivo conscientizar o destinatário sobre os perigos da
associação de bebida e direção. Explique o uso da ironia como
recurso persuasivo nesse texto.
Há uma distância intencional entre aquilo que está sendo dito na campanha e aquilo que se
espera que o receptor da mensagem perceba. A mensagem inicial é baseada na afirmação
irônica de que beber e dirigir é “chique”, visto que a consequência seria uma possível cremação.
No entanto, espera-se que o receptor evite o consumo de bebidas alcoólicas antes de dirigir,
justamente para evitar acidentes que possam terminar em incêndios e explosões que poderiam
levar à morte.
Função poética
24/03/2015
26
Analise a placa em evidência, levando em consideração seus conhecimentos
no que se refere às funções da linguagem.
Analise o poema em evidência, levando em consideração seus conhecimentos
no que se refere às funções da linguagem.
Além de conter os elementos da função conativa e referencial, a placa a seguir também 
possui a função metalinguística. 
24/03/2015
27
Apelativa
24/03/2015
28
Conativa
24/03/2015
29
fática
24/03/2015
30
Emissor:
Receptor: 
Mensagem:
Canal de comunicação:
Código:
Referente:
Função da linguagem predominante:
24/03/2015
31
Emissor: azeite Andorinha
Receptor: público leitor
Mensagem: todo o texto escrito mais a 
imagem
Canal de comunicação: propaganda
Código: verbal (língua portuguesa) e não-
verbal (imagem)
Referente: as qualidades do azeite 
Andorinha
Função da linguagem predominante: 
função conativa/ apelativa
A professora e o aluno trataram-se como 
sempre:
-Tudo bem com você?
- Tudo. E você?
-Tudo bem!
-Ah... Até mais tarde.
-Até mais tarde
24/03/2015
32
A professora e o aluno trataram-se como 
sempre:
-Tudo bem com você?
- Tudo. E você?
-Tudo bem!
-Ah... Até mais tarde.
-Até mais tarde
função fática
24/03/2015
33
Função 
Metalinguagem
Frase é qualquer enunciado linguístico com 
sentido acabado.
24/03/2015
34
Frase é qualquer enunciado linguístico com 
sentido acabado.
(Metalinguística - Para dar a definição de frase, 
usamos uma frase.)
“Numa mesma mensagem (...) várias funções
podem ocorrer, uma vez que, atualizando
concretamente possibilidades de uso do código,
entrecruzam-se diferentes níveis de linguagem.”
(Samira Chalhub)
24/03/2015
35
Falar bem é falar ADEQUADAMENTE
O gramático Evanildo Bechara ensina que é preciso ser 
“poliglota de nossa própria língua”.
Poliglota é a pessoa que fala várias línguas. No caso, ser 
poliglota do português significa ter domínio do maior 
número possível de variedades linguísticas e saber 
utilizá-las nas mais diferentes situações.
“Numa mesma mensagem (...) várias funções podem ocorrer, uma vez
que, atualizando concretamente possibilidades de uso do código,
entrecruzam-se diferentes níveis de linguagem.” (Samira Chalhub)
24/03/2015
36
Comunicação Oral e Escrita
Profa. MSc. Liliane Afonso
Email: liliane_afonso@yahoo.com.br
UFRA – Belém 
Leitura, análise e interpretação de textos
LO4
Slide 72
LO4 E aqui nós iremos abordar a dificuldade que nós, leitores, 
vocês alunos, quando entrama na universidade tem, 
dificuldades no estudo e na aprendizagem na compreensão 
desses textos teóricos. vocÊs entram acostumados com 
análises de textos literáros, aí ao se depararem com textos 
científicos, encontram fificuldades . acostumados com uma 
sequencia de raciocínios e um enredo apresentando o 
encadeamento de uma historia... quando pegam textos com 
um raciocínio já mais rigoroso, seguindo a apresentação de 
dados objetivos os quais os textos são fundados. esses dados 
organizados conforme técnicas específicas às vaárias ciÊncias, 
acompanhando o encadeamento lógico dos fatos.
Liliane Oliveira; 27/08/2014
24/03/2015
37
A tira abaixo, de Laerte, satiriza o que pra vocês:
Atenção 
Todo texto é portador de uma mensagem, 
concebida e codificada por um autor, e destinada a 
um leitor, que, para apreendê-la, precisa 
decodificá-la
24/03/2015
38
No texto "Diretrizes para leitura, análise e 
interpretação de textos", Severino (2007) nos 
oferece um excelente roteiro para favorecer o 
estudo de textos. Apresento, a seguir, as etapas 
apontadas pelo referido autor (análise textual, 
análise temática e análise interpretativa), 
recomendando sua aplicação.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho 
científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
Unidade de Leitura
• A primeira unidade (do latim unitase designa a qualidade do que é
único ou indivisível) a ser tomada pelo leitor é o estabelecimento de
uma unidade de Leitura. Unidade é um setor do texto que forma uma
totalidade de sentido. Assim, pode-se considerar um capítulo, uma
seção, ou qualquer outra subdivisão.
• A leitura de um texto, quando feita para fins de estudo, deve ser feita
por etapas, ou seja, apenas terminada a análise de uma unidade é
que se passará à seguinte. Terminando o processo, o leitor se verá em
condições de refazer o raciocínio global do livro, reduzindo a uma
forma sintética.
24/03/2015
39
Análise Textual
FINALIDADE
• É a primeira forma de aproximação do leitor com o texto, por meio do qual o pensamento
do autor será conhecido. Visa preparar para a análise temática (etapa subsequente).
PASSOS
• Estabeleça a unidade de leitura. Pode ser o capítulo de um livro, uma parte deste capítulo
ou até um parágrafo;
• Leia a unidade de leitura do começo ao fim, sem se preocupar em desenvolver ser uma
leitura profunda, ou exaustiva em termos de compreensão);
• Assinale as dúvidas, os vocábulos desconhecidos e pontos que requeremposteriores
esclarecimentos que possam prejudicar a compreensão do pensamento do autor. Nesse
momento, a descoberta de pontos de dúvidas é mais importante que a própria
compreensão em si;
• Após a primeira leitura, procure solucionar as dúvidas assinaladas, buscando conhecer o
sentido dos termos desconhecidos e verificar o seu significado no contexto;
• Informe-se melhor a respeito do autor, isto é, sobre sua vida, obra, formação e outros
aspectos relevantes;
• Crie um esquema provisório do que foi estudado.
Análise Temática
FINALIDADE
• Compreensão profunda do texto: não cabe aqui ainda a interpretação, mas a apreensão.
Nessa etapa o leitor não discute o texto, não debate seus conceitos ou idéias, somente
interroga-o e aguarda resposta = Escutar + descoberta e reflexão.
• A ideia central do texto é o elemento a ser descoberto pelo leitor nessa etapa. Ela é a
diretriz do trabalho do autor. Para descobrir a ideia central, deve-se perguntar: do que
trata o texto? O que mantém sua unidade global?
PASSOS
• Procure captar qual é o problema que motivou o autor a escrever ao texto;
• Descubra como o autor aborda o tema e expõe sua problemática, como fundamenta sua
argumentação e em que baseia sua conclusão;
• Perceba o processo de raciocínio do autor = perceber a coluna vertebral do texto;
• Verifique se houve compreensão do que o autor considera como essencial;
• Identifique ideias secundárias ou complementares. Elas integram a argumentação;
• Avalie a capacidade de estabelecer com segurança o esquema definitivo do pensamento
do autor.
24/03/2015
40
Análise Interpretativa
FINALIDADE
• Nas etapas anteriores o leitor foi ouvinte. Nessa etapa, ele cuidará da interpretação do
texto, inferindo e interpretando o que apreciou.
• O que é interpretar?
"(...) é tomar uma posição própria a respeito das idéias enunciadas, é superar a estrita
mensagem do texto, é ler na entrelinhas, é forçar o autor a um diálogo, é explorar a
fecundidade das idéias expostas, é cotejá-las com outros, é dialogar com o autor (...)
(SEVERINO, 2007, p.94).
PASSOS
• Relacione as ideias expostas pelo autor com o contexto, recorrendo a outras fontes;
• Descubra como o texto em questão está relacionado com o restante da obra do autor (a
que corrente filosófica o autor está associado, se sua contribuição é original);
• Procure ler o que se encontra nas entrelinhas = descobrir e inferir o que está implícito no
texto e que serviu de base para o autor fundamentar seu raciocínio;
• Adote uma posição pessoal fundamentada em relação ao texto estudado, procurando
apoiar-se em argumentos válidos, lógicos e convincentes (atitude científica de
julgamento); Elabore um resumo crítico do estudo.
Síntese pessoal
• Reelaboração pessoal da mensagem;
• Desenvolver a mensagem mediante retomada pessoal do texto e 
raciocínio personalizado;
• Elaborar um novo texto, com redação própria, com discussão e 
reflexão pessoais.
• Retomada dos pontos abordados levando o leitor a uma fase de 
elaboração pessoal ou de síntese.
24/03/2015
41
Resumo
Síntese das ideias e não das palavras do texto. Resumindo um texto com as
próprias palavras, o estudante mantém-se fiel às ideias do autor sintetizado.
Resumo Técnico Científico
Apresentação concisa do conteúdo de um trabalho de cunho científico (livro, artigo,
dissertação, etc.) e tem a finalidade específica de passar ao leitor uma ideia
completa do teor do documento analisado, fornecendo, além dos dados
bibliográficos do documento, todas as informações necessárias para que o
leitor/pesquisador possa fazer uma primeira avaliação do texto analisado e dar-se
conta de suas eventuais contribuições, justificando a consulta do texto integral.
24/03/2015
42
Resenha (ou análise bibliográfica)
• É uma síntese ou um comentário dos livros publicados feito em
revistas especializadas das várias áreas da ciência, das artes e da
filosofia.
• Tem papel importante na vida científica de qualquer estudante e dos
especialistas, pois é através delas que se toma conhecimento prévio
do conteúdo e valor de um livro que acaba de ser publicado,
fundando-se nesta informação a decisão de se ler ou não o livro, seja
para ser estudado, seja para um trabalho em particular.
A resenha pode ser...
• Informativa:
Quando apenas expõe o conteúdo do texto;
• Crítica:
Quando se manifesta sobre o valor e o alcance do texto
analisado;
• Crítico-informativa:
Quando expõe o conteúdo e tece comentários sobre o texto
analisado.
24/03/2015
43
Estrutura Lógica-redacionais da Resenha:
• Cabeçalho: no qual são transcritos os dados bibliográficos completos da
publicação a ser resenhada.
• Informação sobre o autor: dispensável se o autor for muito conhecido;
• Exposição sintética do conteúdo do texto: deve ser objetiva e conter os
pontos principais e mais significativos da obra analisada, acompanhando os
capítulos ou parte por parte. Deve-se passar ao leitor, uma visão precisa do
conteúdo do texto, de acordo com a análise temática, destacando o assunto,
os objetivos, a ideia central, os principais passos do raciocínio do autor;
• Comentário crítico: avaliação que o resenhista faz do texto que leu e
sintetizou. Essa avaliação pode assinalar tanto os aspectos positivos quanto
os aspectos negativos do mesmo. Destacar a contribuição que o texto traz
para determinados setores da cultura, literária ou filosófica, sua
originalidade, etc., negativamente, pode-se explicitar as falhas, incoerências e
limitações do texto
24/03/2015
44
Vamos exercitar...
24/03/2015
45
Comunicação Oral e Escrita
Profa. MSc. Liliane Afonso
Email: liliane_afonso@yahoo.com.br
UFRA – Belém 
Conceito de Artigo Científico:
“é parte de uma publicação com autoria declarada, que 
apresenta e discute idéias, métodos, técnicas, 
processos e resultados nas diversas áreas do 
conhecimento”. 
(GONÇALVES, 2004).
ARTIGO CIENTÍFICO
24/03/2015
46
... em geral designadas simplesmente
como periódicos são publicações em papel ou
em meio eletrônico que geralmente são
publicadas em intervalos de tempo regulares e
pode de assunto específico ou de assuntos
vários.
Publicações periódicas
Definição de Artigo de Periódico:
“... trabalhos técnico-científicos, escritos por um ou mais
autores, com a finalidade de divulgar a síntese analítica de
estudos e resultados de pesquisas. Formam a parte
principal em periódicos especializados e devem seguir as
normas editorias do periódico a que se destinam. Os
artigos podem ser de dois tipos:
a) originais, quando apresentam abordagens ou assuntos
inéditos;
b) de revisão, quando abordam, analisam ou resumem
informações já publicadas”.
Normas para apresentação de Documentos Científicos, 2001.
24/03/2015
47
� Comunicar os resultados de pesquisa, ideias e debates de uma maneira clara,
concisa e fidedigna.
� Servir de medida da produtividade (qualitativa e quantitativa) individual dos
autores e das instituições a qual servem.
� Servir de medida nas decisões referentes à contratação, promoção e estabilidade
no emprego.
� Refletir a análise de um dado assunto, num certo período de tempo.
� Servir de meio de comunicação e de intercâmbio de idéias entre cientistas da sua
área de atuação.
� Levar os teste de uma hipótese, provar uma teoria (tese, trabalho científico).
� Registrar e transmitir algumas observações originais.
� Servir para rever o estado de um dado campo de pesquisa.
FINALIDADES DO ARTIGO CIENTÍFICO
“aquele que sabe o quê e como, provavelmente, escreve 
um bom trabalho, mas aquele que sabe o porquê não 
só escreve um ótimo artigo, como também sabe corrigir 
o próprio trabalho e o dos outros autores”.
Artigo Científico: do desafio à conquista – Victoria Secaf, 
2004.
REDAÇÃO DO ARTIGO E AS MOTIVAÇÕES DO AUTOR
24/03/2015
48A leitura só será proveitosa se o leitor conseguir
compreender o que foi lido, sendo capaz de discutir seu
conteúdo. O domínio do vocabulário é fundamental para
um bom rendimento da leitura, portanto o leitor deve ter
em mãos sempre um dicionário durante a análise textual.
A importância da leitura para construção 
do conhecimento científico...
“Quem lê constrói sua própria ciência;
quem não lê memoriza elementos de um
todo que não se atingiu” (RUIZ, 2002, p.
35).
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Análise textual - leitura que tem por objetivo um visão global,
assinalando: estilo, vocabulário, fatos, doutrinas, época, autor,
ou seja, um levantamento dos elementos importantes do
texto.
Análise temática – apreensão de conteúdo ou tema, isto é,
identificação da ideia central e das secundárias, processos de
raciocínio, tipos de argumentação, problemas, enfim, um do
pensamento do autor.
Análise interpretativa – demonstração dos tipos de relações
entre as idéias do autor em razão do contexto científico e
filosófico de diferentes épocas; análise crítica ou avaliação;
discussão e julgamento do conteúdo do texto
a) aprender a ler e a selecionar o mais importante dentro do que
está sendo lido;
b) reconhecer a organização e estrutura do material bibliográfico;
c) interpretar o texto, acostumando-se com as idéias, estilos e
vocabulários;
d) alcançar níveis mais profundos de compreensão;
e) reconhecer o valor do material, separando o importante do
secundário;
f) estar apto a distinguir fatos, hipóteses e problemas;
g) encontrar as idéias principais e as secundárias;
h) entender como as idéias se relacionam;
i) identificar as conclusões e as bases que as fundamentam.
Finalidades da leitura
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Pense nisto!!!
“Quem não sabe ler cientificamente as obras 
escritas tampouco saberá tomar boas anotações” 
(CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2006, p. 84).
Reflita!!!
“A leitura só tem valor se o leitor for capaz de 
entender, avaliar, explicar, discutir 
e aplicar o que leu” (SANTOS, 2001, p. 21).
Produção Científica
Quando tem como fonte de pesquisa a bibliografia já sedimentada pela
humanidade, exige do pesquisador, além da leitura atenta de todos os detalhes
do texto, a busca criteriosa do material que será utilizado em forma de citação
textual ou livre.
�Citação textual é aquela em que ocorrem transcrições literais de palavras do
autor do texto lido.
�Citação livre é um texto elaborado pelo pesquisador, sobre a ideia do autor
que está sendo estudado . Na citação livre a ideia é do texto lido, mas a
redação é do autor do trabalho.
�Portanto, na produção de um texto científico, denomina-se citação a toda
ideia de outra pessoa, encontrada pelo pesquisador em algum documento lido
ou consultado durante o desenvolvimento da pesquisa, e considerada
importante para ser aproveitada como parte do texto que será produzido.
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COLETA DE DADOS
�A coleta e o registro de informações é fundamental na elaboração do trabalho
científico. Depois da escolha do tema, e quando necessário a elaboração de
um anteprojeto de pesquisa, chega o momento de ler com o viés exigido pela
pesquisa. Será destacado neste momento a informação desejada. São duas as
finalidades da pesquisa:
“[..] permitir ao estudante selecionar os documentos bibliográficos que contêm
dados ou informações suscetíveis de serem aproveitadas na fundamentação do
seu trabalho; [...]”(CERVO; BERVIAN, 2002, p. 96)
“[...] visão global do assunto focalizado, visão indeterminada, mas indispensável
para poder progredir no conhecimento [...]”(CERVO; BERVIAN, 2002, p. 96).
Ao pesquisar o aluno já seleciona de acordo com suas
necessidades citações textuais, mas também amplia
seu conhecimento ao ler textos inteiros . Ao ler com
objetivo determinado o aluno aumenta o poder de
argumentação, necessário na produção científica. O
registro do que foi coletado será feito através de fichas,
para uso posterior.
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As citações têm o objetivo de esclarecer ou complementar 
as idéias do autor. Ao escrever as idéias ou frases de um 
autor, você deve fazer com precisão e clareza, tendo a 
preocupação de mencionar a fonte de onde as citações 
foram extraídas, pois elas enriquecem e qualificam o 
trabalho científico.
Citações
“É fundamental a fidelidade na escrita científica [...] e em
qualquer escrita. Se alguém é ético na escrita, tem tudo
para ser ético na fala e vice-versa” (AQUINO, 2007, p. 25).
Portanto, você não deve ter receio de citar o autor ou
autores de onde as informações foram obtidas.
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Segundo a Norma Brasileira NBR 10520,
citação pode ser definida como “menção de
uma informação extraída de outra fonte” e
podem ser: direta, indireta ou citação de
citação (ABNT, 2002, p.1).
Citação direta: é feita de forma textual, ipsis litteris, ou seja, uma
transcrição tal qual a escrita no documento original. Este tipo de
citação deve ser escrito entre aspas duplas.
Citação indireta: o texto escrito é “baseado na obra do autor
consultado” (ABNT, 2002, p. 2) sem fugir das suas idéias. Também
chamada de citação livre, o redator interpreta as idéias do autor e
escreve o texto com suas próprias palavras, não esquecendo de citar
a fonte. Não deve ser escrita entre aspas e a indicação da página
não é obrigatória.
Citação de citação: é quando se faz uma citação direta ou indireta
de um documento ao qual não se teve acesso. Neste tipo de citação
utiliza-se a expressão “apud” (citado por).
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• Citação direta
A citação direta consiste na transcrição literal de uma parte do texto que está
sendo consultada. A apresentação gráfica delas depende do tamanho da transcrição:
a) as citações diretas curtas são aquelas transcrições de até três linhas colocadas no
texto e identificadas entre aspas duplas. O uso de aspas simples é permitido para
indicar citação no interior da citação.
Exemplo 1: Roesch (2007, p. 22), ao analisar o estágio supervisionado em
administração, afirma que o mesmo “implica uma proposta de mudança baseada nos
conhecimentos e habilidades desenvolvidos [...]” ao longo do curso.
Exemplo 2: O desenvolvimento de uma pesquisa acadêmica “como toda
atividade racional e sistemática,[...] exige que as ações desenvolvidas [...] sejam
efetivamente planejadas.” (GIL, 2007, p.19).
Exemplo 3: Gil (2007, p.19) estabelece que: “O planejamento da pesquisa concretiza-
se mediante a elaboração de um projeto, que é o documento explicitador das ações a
serem desenvolvidas ao longo do processo de pesquisa.”
b) as citações diretas longas são aquelas transcrições com mais de três linhas e destacadas com
recuo de 4cm da margem esquerda, sem aspas, digitadas em espacejamento simples e com
tamanho da letra 10. O espacejamento entre o texto da citação direta longa e as demais partes do
texto, tanto antes como depois, deve ser de uma linha em branco.
Exemplo 1:
A pesquisa bibliográfica pode ser definida como
[...] um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância por
serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema. O estudo da
literatura pertinente pode ajudar a planificação do trabalho, evitar duplicações e certos erros, e
representa uma fonte indispensável de informações podendo até orientar as indagações.
(MARCONI; LAKATOS, 2006, p. 25).
Exemplo 2:
Segundo Gil (2007, p. 43):
O delineamento refere-se ao planejamento da pesquisa em sua dimensão mais ampla, que
envolve tanto a diagramação quanto a previsão de análise e interpretação de coleta de dados.
[...] considera o ambiente em que são coletados os dados e as formas de controle das variáveis
envolvidas.
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Conforme exemplos anteriores, na citação direta devem ser digitados, além
do sobrenome do autor, ou instituição responsável ou ainda título, o ano da
publicação e a página, quandohouver volume e como também devem ser
especificados.
• Citação indireta
Considera-se uma citação indireta quando o autor do trabalho acadêmico
desenvolve a idéia de outros autores com suas próprias palavras.
Nas citações indiretas deve ser indicado o autor que se está trabalhando a
idéia e o respectivo ano da publicação. Recomenda-se não colocar a página, pois
este tipo de citação trabalha com idéias mais amplas e a identificação completa
deve ser feita nas referências ou em nota de rodapé.
Exemplo 1:
A pesquisa científica possibilita o desenvolvimento do pensamento inovador, uma das
habilidades necessárias ao cidadão e profissional da atualidade (DEMO, 2000).
Exemplo 2:
Gil (2007) e Roesch (2007) dão importantes contribuições e orientações na definição
das técnicas a serem utilizadas numa pesquisa científica.
• Citação de citação
A citação da citação é feita quando o autor do trabalho acadêmico utiliza uma
citação direta ou indireta de outro texto, pois não teve acesso aos originais.
A expressão latina apud (que tem o mesmo sentido de citado por, conforme, de
acordo com e segundo) é que identifica a citação de citação. Pode ser usada tanto no
texto como em notas de rodapé.
A digitação começa com o sobrenome do autor original e ano (se for direta,
coloca-se também a página) apud sobrenome do autor que fez a citação e demais
complementos (ano e página) de acordo com tipo de citação.
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Exemplo 1:
Leedy (1988 apud RICHARDSON, 1991, p. 417) compartilha deste ponto de vista ao
afirmar “os estudantes estão enganados quando acreditam que eles estão fazendo
pesquisa, quando de fato eles estão apenas transferindo informação factual [...]”.
Exemplo 2:
Define-se a pesquisa-ação como
[...] um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em estreita
associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os
pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENT 2002 apud GIL, 2007,
p.55).
• Outras regras de apresentação das citações
Em relação ao uso de citações nos trabalhos acadêmicos, a NBR 10520 (2002) determina
ainda:
a) quando há supressão de parte do texto que está sendo citado, deve-se indicar por meio de
reticências entre colchetes [...]. As supressões podem aparecer no início, meio e no fim dos trechos
citados;
b) podem ser feitas interpolações, acréscimos ou comentários dentro de colchetes: [ ];
Exemplo 1:
“[...] o desafio de inovação depende, dentre tantas coisas, de duas proeminentes:
atualização permanente e avaliação constante.” (DEMO, 1997, p. 138, grifo do autor).
Exemplo 2:
Ao se analisar a ciência moderna, percebe-se que
o determinismo mecanicista é o horizonte certo de um forma de conhecimento que
se pretende utilitário e funcional, reconhecido menos pela capacidade de
compreender profundamente o real do que pela capacidade de o dominar e
transformar. (SANTOS, 2005, p. 31, grifo nosso).
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c) trechos do texto podem ser enfatizados e destacados (grifo, negrito ou itálico). O
destaque deve ser indicado com a utilização da expressão grifo nosso entre parênteses,
após a chamada da citação. No entanto, se o destaque já está presente na obra
consultada, deve-se colocar gripo do autor;
d) texto de citação obtido por informação verbal de aulas, palestras, debates,
comunicações deve ser indicado entre parênteses, pelo termo: informação verbal e, em
nota de rodapé, acrescentar os demais dados disponíveis;
Exemplo 1:
No texto:
O percentual de crescimento semestral da FSG, nos últimos dois anos foi de 
20% (informação verbal)¹.
No rodapé da página:
¹ Dado fornecido pelo Diretor João Dal Bello no VI Fórum Docente da FSG, em Caxias 
do Sul, em agosto de 2007.
e) pode-se fazer citação de textos em fase de elaboração, desde que se
mencione a situação e sejam indicados os dados disponíveis em nota de rodapé;
f) pode-se incluir citações traduzidas pelo autor. Assim, entre os parênteses,
após a sua chamada deve ser colocada a expressão tradução nossa;
Exemplo 1:
No texto:
No texto:
Os estágios do Curso de Administração são desenvolvidos em três semestres (em fase de 
elaboração)².
No rodapé da página:
² Guia de Orientação dos Estágios, de autoria de Vilmar Tondolo, a ser editado pela FSG, 2008.
Exemplo 2:
No texto:
“Consideradas, então, todas as funções pertencentes somente ao corpo, é parcial reconhecer [...] 
(DESCARTES, 1996, p. 105, tradução nossa). 
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• Sistema de chamada das citações
Em relação à indicação das citações, elas devem observar as seguintes regras:
a) na citação onde o nome do autor, organização ou instituição responsável estiver fazendo parte do
texto, a data deve ser colocada entre parênteses e, se a citação for direta, deve-se acrescentar a
página;
Exemplos 1:
Lauxen (2004) apresenta uma experiência bem significativa de investigação-ação educacional na
construção do projeto pedagógico, a partir da construção de novas concepções de coordenação e
participação na escola.
Exemplos 2:
Conforme Lauxen (2004, p. 14) a análise da prática pedagógica na perspectiva da investigação-ação e a
“possibilidade de ressignificar e qualificar [...] a ação pedagógica [...]”.
b) no trabalho onde houver citações com coincidência de sobrenomes de autores, deve-se
acrescentar a primeira letra do prenome. Caso continuar existindo coincidência, os prenomes
devem ser colocados por extenso;
Exemplos:
(SILVA, A., 2007) (SILVA, Antônio da, 2007).
(SILVA, A., 2007) (SILVA, Augusto da, 2007).
c) trabalho com citações de diversos documentos do mesmo autor e publicados num mesmo ano,
devem ser diferenciados pela colocação de letras em ordem alfabética minúsculas, logo após a data
(sem espacejamento) e na ordem da lista de referências;
Exemplos:
De acordo com Brandão (2006a)...
... (BRANDÃO, 2006b).
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d) trabalho com citações indiretas de várias obras de um mesmo autor,
publicadas em anos diferentes e referidas simultaneamente, as datas são separadas por vírgula;
e) trabalho com citação indireta quando são mencionados simultaneamente diversos documentos
de vários autores, devem ser separados por ponto-e-vírgula, em ordem alfabética;
f) citação de documentos com mais de três autores, indica-se o primeiro e a expressão et al. (que
significa e outros).
Exemplo 1:
- no texto;
Streck et al. (2001) ...
... (STRECK et al., 2001, p.15).
- nas referências;
STRECK, Danilo Romeu. et al. Paulo Freire: ética, utopia e educação. Petrópolis: Vozes, 2001.
FICHAMENTO
�procedimento utilizado na elaboração de fichas de leitura onde
constam informações relevantes sobre um texto lido;
�tipo de resumo no qual o leitor tem a liberdade de escrever com as
próprias palavras as ideias fundamentais extraídas de um livro, um
artigo etc.;
�recurso de estudo de que se valem os pesquisadores para a realização
de uma obra científica.
�um fichário do conteúdo escolhido que possibilita não só a prática de
uma redação eficaz, como também proporciona ao autor
enriquecimento cultural;
�não se recomenda, porém, o armazenamento de assuntos pelos quais
não se tem nenhum interesse.
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IMPORTÂNCIA DO FICHAMENTO
�O fichamento é importante porque registra as idéias principais do
autor que está sendo estudado, principalmente no que se refere às
citações textuais, garantindo integridade e correção da referência,
para uso nos trabalho.
�Anotar ideias que ocorram durante a leitura
�Reter elementos que permitam sua seleção posterior e fácil
localização no momento de necessidade
A FICHA
�muitos alunos consideram desnecessário a produção de fichas para a seleção
do material que foi considerado fundamental por ocasião da leitura.
�A ficha além de didática, evita problemas futuros como não saber mais de que
livrofoi retirada a passagem; qual o ano da edição, editora, entre outros. Estes
problemas são muito comuns na hora da elaboração do texto. Não raro o
aluno destaca idéias importantes de um livro emprestado e depois da
devolução, não consegue mais o original de volta para copiar a fonte.
�Material destacado sem a anotação da referência bibliográfica é material
que não poderá ser usado. O fichamento, antes de tudo, precisa ser
funcional. As anotações que ocupam mais de uma ficha têm o cabeçalho da
primeira ficha repetido com exceção do número da ficha. As fichas
compreendem cabeçalho, referências bibliográficas e corpo da ficha. O
cabeçalho engloba o título genérico e específico e número indicativo da
sequência das fichas, se for utilizada mais de uma. O tamanho das fichas varia
de acordo com as exigências do professor.
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Elementos básicos da ficha:
� cabeçalho que contempla o título da ficha, título específico e
referência bibliográfica;
� o corpo ou texto da ficha na qual se desenvolve o conteúdo
propriamente dito;
� local onde se encontra a obra.
Fichamento tipo citação:
• O fichamento tipo citação: aplica-se para partes de obras ou
capítulos. Consiste na transcrição fiel de trechos fundamentais
da obra estudada. Obedece algumas normas:
• a) toda citação deve vir entre aspas;
• b) após a citação, deve constar entre parênteses o número da
página de onde foi extraída a citação;
• c) a transcrição tem que ser textual
• d) a supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada,
utilizando-se no local da omissão, três pontos, entre colchetes
[...].
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• e) Nos casos de acréscimos ou comentários colocar dentro 
do colchetes [ ].
• f) Colocar o número da página ao final da citação.
Exemplo de fichamento tipo citação :
RICHARTZ, Terezinha. Fichamento e seu uso nos Trabalhos
Acadêmicos. Revista Acadêmica da Faceca, Varginha, n. 3. Ago/Dez.
2002. 10 p.
“ [...] na produção de um texto científico, denomina-se citação a toda
idéia de outra pessoa, encontrada pelo pesquisador em algum
documento lido ou consultado durante o desenvolvimento da
pesquisa,[...]”. (2-3)
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Fichamento tipo esboço ou sumário:
É o resumo do texto. Apresenta as idéias principais de parte de uma
obra ou de uma obra toda, de modo sintético, mas detalhado. Esta
ficha é importante porque permite ao leitor extrair idéias importantes
disseminadas em muitas páginas, num texto pequeno mais completo. A
numeração da(s) página(as) é indicado à esquerda da ficha.
Fichamento tipo esboço ou sumário
RICHARTZ, Terezinha. Fichamento e seu uso nos Trabalhos
Acadêmicos. Revista Acadêmica da Faceca, Varginha, n. 3. Ago/Dez. 2002. 10
p.
O fichamento é importante para o armazenagem de informações retiradas
do texto. Estes dados poderão ser utilizados posteriormente nos trabalhos
científicos.
Os principais tipos de fichamento são: tipo citação (cópia fiel da parte do
texto), esboço ou sumário (resumo das principais idéias) e comentário ou
analítico (crítica, discussão e análise do texto).
(Biblioteca particular)
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Comentário ou analítica
Comentários, análises, justificativas, críticas, interpretações e
comparações. Este fichamento é de grande valia quando feito logo após
o término da leitura da obra. Quando o leitor esta lendo com objetivo
determinado, por exemplo, fazer um trabalho acadêmico ou
monografia, o comentário já pode ser direcionado especificamente
para o trabalho em questão. Quando terminamos de ler um texto as
possibilidades de traçar análises, comparações e críticas é muito maior
do que dias depois. Assim aos poucos o trabalho científico vai sendo
construído. No final cabe organizar as idéias nas subdivisões previstas
nos trabalhos científicos.
Exemplo de fichamento Tipo comentário ou 
analítica
RICHARTZ, Terezinha. Fichamento e seu uso nos Trabalhos
Acadêmicos. Revista Acadêmica da Faceca, Varginha, n. 3. Ago/Dez. 2002. 10
p.
O aluno de graduação apresenta dificuldade na hora de elaborar a análise ou
o comentário de um texto. Esta dificuldade é proveniente da pouca leitura
acumulada pelos alunos de muitos cursos de graduação. Ficam presos ao
texto que estão usando como base e não conseguem extrapolar os limites do
mesmo. Já o fichamento tipo citação, quando o aluno tem facilidade de
identificar conceitos importantes, idéias fundamentais, copiar e fazer os
recortes devidos, quando necessário, não é difícil. O esboço ou sumário,
exige capacidade de síntese,
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�Primeiro passo:
Fazer uma leitura de todo o texto, ou do capítulo do livro, para somente se inteirar do
assunto tratado. Neste momento pode-se anotar algum vocabulário não conhecido para
posterior busca de sentido no dicionário. (leitura panorâmica)
�Segundo passo:
Fazer uma segunda leitura, agora mais criteriosa e para isso divida o texto em partes, de um
subtítulo a outro por exemplo, e a cada parágrafo vá grifando a ideia central do texto,
conectando-a com a ideia de outro parágrafo e assim por diante. Alguma vezes é necessário
voltar a ler o parágrafo mais de uma vez. Observe as chamadas palavras chaves, porque
abrem possibilidades de ideias no texto, elas são importantes para um bom entendimento
do conteúdo.
�Terceiro passo:
Terminado a grifagem do texto, transcreva-o tal e qual como está no livro, releia-o e
verifique a ordem e a lógica fiel ao conteúdo abordado. Esta é uma maneira de se fazer um
fichamento. Quando precisar ler o texto ou o livro novamente, ficará mais rápido de
recordar os dados pela releitura do fichamento do mesmo.
Referências 
�ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-6023:
informação e documentação-referência-elaboração. Rio de Janeiro:
2000. 22 p.
�ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-14724:
informação e documentação – trabalhos acadêmicos – apresentação.
Rio de Janeiro : 2001. 5 p.
�CERVO, Amado; BERVIAN, Pedro. Metodologia Científica. 5. ed. Sao
Paulo: 2002. p.96-100.
�DMITRUK, Hilda Beatriz (Org). Cadernos metodológicos: diretrizes de
. Metodologia Científica. 5. ed. rev. e ampl. Chapecó: Argos, 2001

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