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Manual_TC_2020

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Prévia do material em texto

Instituto de Ciências Sociais e Comunicação 
Curso de Letras
TC
Trabalho de Curso
Universidade Paulista
2020
Introdução
“É instaurador de discursividade todo aquele cuja obra permite que outros pensem algo diferente dele”.
Michael Foucault
O Trabalho de Curso (TC) em nosso curso de Letras visa a proporcionar aos alunos a vivência na iniciação científica, atividade esta que está ligada ao desenvolvimento acadêmico dos alunos de graduação. O TC busca ampliar os conhecimentos em relação a temas abordados durante o curso, permitindo aos alunos a escolha daquilo que seja de seu interesse pessoal, com vistas a seu desenvolvimento acadêmico e profissional.
Um TC é, portanto, uma experiência acadêmica orientada, vivida por alunos que cursam o último semestre letivo da graduação. Não há exigência de que o tema desenvolvido e pesquisado em um trabalho monográfico seja um tema original e inédito. Há, no entanto, exigências em relação à organização do trabalho, coerência e coesão textuais, pesquisa e desenvolvimento do conteúdo. Esse conteúdo deve ser definido a partir de uma reflexão crítica e deve ter relevância social e educacional.
Espera-se que durante a elaboração do TC os alunos vivenciem práticas pedagógicas de pesquisa e discussão em atividades grupais, capazes não somente de possibilitar-lhes o aprimoramento do trabalho, como também o aprendizado de práticas docentes que lhes serão necessárias ao longo de sua vida como profissionais de Letras.
Assim, espera-se que o grupo de alunos, ao escolher o tema com o qual deseja trabalhar, o faça livre e conscientemente, pois somente dessa forma poderá trabalhar prazerosamente, obtendo como resultado, além de seu crescimento acadêmico, um texto criativo e interessante a outros leitores com o mesmo interesse.
Espera-se, ainda, que o TC ofereça ao grupo de alunos a possibilidade de articular os conhecimentos desenvolvidos ao longo da graduação, nas diferentes disciplinas que compõem a grade curricular do curso de Letras, e que seja também considerado pelo aluno como uma etapa que antecede possíveis cursos de especialização, Mestrado e Doutorado.
I- orientações para Formação de Grupos
O TC é um trabalho a ser realizado por grupos de alunos, matriculados nos dois semestres finais do curso. Alunos matriculados em regime de dependência deverão integrar-se aos grupos de trabalho, escolhendo o tema que mais lhes interesse e participando, obrigatoriamente, de todas as etapas do desenvolvimento do trabalho de pesquisa, orientação e apresentação.
Após selecionado o tema do TC, cada grupo de trabalho será encaminhado a um docente do curso, envolvido diretamente com a disciplina à qual se relaciona o tema, que exercerá o papel de orientador do trabalho. Docentes de qualquer semestre do curso, tendo ou não sido professores dos alunos do grupo, poderão orientar o trabalho. A coordenação do curso, junto aos professores, irá sugerir orientadores para os trabalhos.
Os encontros entre grupo e orientador deverão ocorrer semanalmente, em geral, nas pré-aulas. A presença a esses encontros será controlada pelo professor orientador e todos os alunos do grupo deverão estar presentes, para tomar ciência das tarefas a serem cumpridas no período que transcorrerá entre um encontro e outro.
II- orientações para as Atividades do Grupo
Durante o tempo previsto para a pesquisa e elaboração do texto do TC, muitas atividades serão desenvolvidas pelos participantes. Essas atividades vão desde as práticas, de cunho organizacional (como por exemplo, decidir sobre quem / quando os dados serão coletados, quando / como serão transcritos, caso seja necessário), às práticas voltadas à construção de novos conhecimentos, envolvendo momentos de estudo e realização de tarefas relacionadas à pesquisa, análise, reflexão e ao próprio processo de escrita de um trabalho científico-acadêmico. É fundamental, portanto, que o grupo, juntamente com o orientador, escolha diferentes maneiras para estudar, buscando atender às necessidades de cada integrante e à melhor forma de aprender para cada um. Assim, é importante pensar em tipos de atividades a serem realizadas:
1. leitura e fichamento dos textos;
2. pesquisas na internet;
3. elaboração de pequenos trechos da monografia, por todos os participantes, com o propósito de discutir o estilo do texto de cada um, reescrever e estabelecer características para o texto final da monografia;
4. reunião do grupo para preparação para o encontro com o orientador, com o propósito de descobrir aspectos do trabalho ainda não claros ou pouco discutidos ou não compreendidos pelos participantes.
Espera-se que, ao longo do desenvolvimento do TC, os grupos desenvolvam estratégias de aprendizagem que possam colaborar para o resultado final do trabalho.
Ao longo do período destinado à elaboração do TC, os grupos deverão cumprir as seguintes etapas / diretrizes:
· mínimo de 75% de presença aos encontros de orientação, realizados nos horários marcados pelo coordenador do curso;
· entrega de partes do trabalho, de acordo com as solicitações do professor orientador e do professor coordenador do curso;
· entrega dos exemplares em sua versão final, com antecedência mínima de 10 (dez) dias da data da apresentação pública do trabalho.
Em seção posterior, as normas para a confecção do trabalho serão abordadas.
III- orientações para Discussões
Os encontros do grupo, sejam eles com o orientador ou somente entre os participantes, devem merecer atenção de todos; para que as discussões não sejam perdidas e esquecidas, sugere-se que sejam gravadas e relatadas em texto escrito. As “dicas” a seguir podem ser úteis para o grupo:
1. gravação de todos os encontros do grupo com o orientador e do grupo sem a presença do orientador (iniciar a gravação com a data do encontro e a indicação das pessoas presentes);
2. elaboração de relatório pelos participantes, contendo os aspectos discutidos nos encontros com o orientador;
3. manutenção de um arquivo ou caderno para registro de todas as possíveis citações consideradas relevantes para o trabalho, bem como a referência bibliográfica correspondente;
4. elaboração de diários de leitura de todos os textos lidos e considerados relevantes para o embasamento teórico da monografia;
5. trabalhar sempre com a versão corrigida da monografia e a nova versão, dando tanto ao orientador quanto aos próprios alunos, a possibilidade de relembrar os comentários já feitos em etapa e orientação anteriores.
IV- o que é a Monografia Científica ou TC?
A monografia proposta ao final de um curso de graduação é um trabalho de caráter científico e, como tal, deve pautar-se em normas internacionais que caracterizam as pesquisas em universidades, congressos etc. Assim, faz-se necessário que escolhamos uma referência bibliográfica sobre questões metodológicas e, uma vez escolhida, esta deverá ser observada rigorosamente na elaboração do trabalho. Embora sabendo das divergências em relação às questões metodológicas e da necessidade de, muitas vezes, estabelecermos comparações entre os diferentes autores que tratam dessa questão, optamos por organizar o TC com base nas orientações da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, utilizada por grande parte das universidades brasileiras. Os aspectos a serem observados serão apresentados neste documento, em momento oportuno.
Em relação às orientações para o TC, Guidin (2003) propõe, para reflexão, alguns tópicos que poderão nortear esse trabalho acadêmico.
1. A palavra monografia corresponde, etimologicamente, a um tratado escrito (grafia) sobre um único (mono) assunto ou tema.
2. Texto monográfico obedece à estrutura e à linguagem do texto dissertativo. É, portanto, uma dissertação, ou seja, deverá convencer o leitor das propostas lá sustentadas. No caso de TC, é necessário que cada uma das análises se encaminhe para um ponto determinado e que, ao final, os alunos possam encontrar pontos em comum para atingir o objetivo analítico final que será apresentado na conclusão do trabalho.
3. Em princípio,a natureza da monografia é a mesma para trabalhos de graduação, trabalhos de mestrado e de doutorado.
4. A diferença entre esses níveis de pesquisa estaria no grau de originalidade, abrangência, aprofundamento teórico-metodológico e enfoque analítico; com isso, não se quer dizer que a pesquisa em TC teria apenas um caráter de compilação e/ou revisão bibliográfica, como propõem alguns autores. É fundamental que os graduandos se posicionem criticamente frente ao material pesquisado.
Victoriano & Garcia (1996/1999) consideram importante, num projeto de pesquisa, que o mesmo seja escrito em sua versão preliminar e que os alunos autores organizem-se para responder às seguintes perguntas:
1. O que fazer? A resposta a essa pergunta é a delimitação do tema e do problema a ser resolvido. É importante que se restrinja o campo, pois quanto mais circunscrito estiver o objeto, melhor e com mais segurança se trabalha. Muitas vezes, essa delimitação pode ser usada como título provisório do trabalho.
2. Por que fazer? A resposta a essa questão é a justificativa da escolha do objeto de estudo. Nesse tópico, deverão constar a definição e a delimitação do problema, a descrição bibliográfica que demonstre sua relevância enquanto objeto de estudo, suas hipóteses e sua importância para a comunidade, o que o torna um dos tópicos essenciais do projeto.
3. Para que fazer? A resposta a essa questão está nos propósitos do estudo, ou seja, nos seus objetivos gerais e específicos. É fundamental que seus objetivos sejam claros, pois eles nortearão todo o trabalho metodológico que será desenvolvido.
4. Como fazer? A resposta a essa questão está na metodologia (métodos e técnicas) que será utilizada em seu trabalho. A metodologia é um procedimento sistemático e formal cujo objetivo é encontrar as respostas para problemas mediante o emprego de técnicas científicas que permitam descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis em qualquer campo do conhecimento.
5. Com quem fazer? A resposta a essa questão está vinculada às pesquisas que, por utilizarem recursos de estatística, ou por ser pesquisas empíricas, devem selecionar uma amostra entre a população alvo e seu estudo.
6. Onde fazer? Local, campo de pesquisa, pesquisa de campo, bibliografia. Se a pesquisa exigir trabalho com amostragem, necessariamente, é preciso trabalhar com dados colhidos no campo de estudo. Isso não impede que a pesquisa bibliográfica seja executada em centros especializados ou em bibliotecas universitárias, cujas especialidades estão ligadas a áreas de conhecimento específicas.
7. Com o que fazer? Recursos, custeio. Muitas das monografias apresentadas por alunos, devido ao interesse do assunto e da área específica, podem ser financiadas por órgãos de pesquisa ou pela própria universidade.
8. Quando fazer? A resposta a essa pergunta é um cronograma, que deve descrever, mês a mês, todos os passos que o pesquisador seguirá. Além disso, o bom andamento da pesquisa requer rigor quanto ao cumprimento dos prazos estabelecidos pelo orientador e pela dinâmica da pesquisa.
V- o que significa Pensar Cientificamente?
Ao afirmarmos que um TC é um trabalho acadêmico, técnico-científico, estamos, de uma certa forma, dizendo que esse trabalho tem características diferenciadas e que seu público alvo encontra-se na comunidade científica. Quem avalia e atribui relevância aos trabalhos científicos são leitores acostumados a trabalhar com pesquisa e a pensar e raciocinar cientificamente. Mas o que isso significa?
É dotado de comportamento científico o aluno que demonstra preocupação com a qualidade dos questionamentos que faz em relação ao foco de seu trabalho, que estabelece metas para os procedimentos de pesquisa, que não se satisfaz com conclusões do senso comum, mas está sempre em busca de explicar e analisar os dados de sua pesquisa.
Comportar-se cientificamente significa ser criterioso com as conclusões, fundamentando-as em um referencial teórico ou empírico bem selecionado e pertinente ao tema. Significa, acima de tudo, “ter uma visão relativa dos fenômenos e não absoluta, ou seja, estabelecer relações entre fenômenos e não concebê-los como fenômenos isolados de um contexto” (Hübner, 1998).
Assim, espera-se que os alunos, ao elaborarem seu TC, primem pela qualidade acadêmico-científica de seus textos, sendo criteriosos o bastante para que os resultados de seus trabalhos sejam validados na comunidade científica. Espera-se que produzam textos coerentes, calcados em descrições que possibilitem inferências e tomada de posições equilibradas e fundamentadas.
VI- o que faz um Orientador de TC?
Na orientação do TC podem atuar dois professores: o coordenador do curso de Letras, responsável pela sistematização do trabalho, e o professor orientador de conteúdo específico, que acompanha os alunos nas discussões sobre o tema escolhido, auxiliando-os em relação às leituras e bibliografia indicadas para dar sustentação teórica ao trabalho. O orientador deverá:
· incentivar os alunos, motivando-os com suas discussões, para que elaborem um trabalho criativo;
· organizar e estabelecer, ao longo do semestre, tarefas claras e objetivas ao grupo de alunos;
· sugerir leituras aos alunos, propor discussões e solicitar tarefas escritas, comentando-as tão logo as receba;
· registrar as atividades do grupo e o andamento das mesmas, bem como as leituras indicadas para compor a fundamentação teórica do trabalho;
· indicar aos alunos as modificações a serem efetuadas no trabalho, porém, nunca redigir trechos.
É importante ressaltar que um TC é um momento de construção de conhecimentos e exige, portanto, que orientandos e orientador mantenham um relacionamento cordial, de confiança, assumindo cada qual o seu papel pedagógico. O exercício que se espera na elaboração de um TC tem características dialógicas, isto é, orientandos e orientador têm espaço e voz nas discussões, em busca de transformarem os conhecimentos já adquiridos. Espera-se que as decisões a respeito do trabalho sejam tomadas com maturidade e sempre de forma compartilhada. E é importante lembrar que o orientador não tem a obrigação de fazer uma revisão ortográfica do trabalho. Os alunos serão orientados a fazer melhorias em seus trabalhos, mas não cabe ao orientador reescrever o texto.
VII- Organização de um TC
Um trabalho monográfico organiza-se a partir das seguintes partes:
· capa
· elementos pré-textuais ou preliminares
· elementos textuais
· elementos pós-textuais
Elementos que compõem um TC
	Capa
	
	
	
	
	Folha de Rosto
	
	Folha de Aprovação
	
	Folha de Dedicatória
	Elementos Pré-Textuais
	Folha de Agradecimentos
	ou
	Folha de Epígrafe
	Preliminares
	Sumário
	
	Lista de Tabelas e Gráficos
	
	Resumo
	
	Abstract
	
	
	
	
	
	
	
	Introdução
	
	
	Elementos Textuais
	
	
	
	
	Desenvolvimento
	
	
	
	Conclusão
	
	
	
	Referências Bibliográficas
	Elementos
	Anexos
	Pós-Textuais
	Apêndices
	
	Índices
	
	
* Segundo Traldi e Dias (1998:40), o capítulo da metodologia é facultativo:
O capítulo da metodologia é o espaço destinado a descrever o método adotado para o desenvolvimento do trabalho. É facultativo dedicar-se um capítulo exclusivamente para esse fim, desde que as informações a ele destinadas já tenham sido expostas na Introdução. Nos estudos e nas pesquisas em que a metodologia constitui parte expressiva do trabalho (como nos estudos que se utilizam de métodos quantitativos envolvendo amostragem ou tabulação de dados), a opção pelo destaque da metodologia em capítulo separado da Introdução dá ao trabalho uma conotação de melhor organização e permite revelar com mais detalhamento as técnicas e os processos empregados pelo autor para dar prosseguimento ao estudo.
Descreveremos, a seguir, cada uma das partes citadas, possibilitando aos autores do TC o exercício de rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada uma delas.
1. Capa
· alto da página: nome da instituição / departamento
· centro da página: título do trabalho
· à direita, abaixo do título: disciplina, professor,autores
· rodapé da página: local / data
Exemplo:
Como colocar os autores (ordem alfabética):
Adriana Aparecida SILVA
Andréa SANGIULIANO
Luciana Souza ANDRÉ
Sebastiana ALBUQUERQUE
· margens:
sup – 3cm; inf – 2cm; esq – 3cm; dir – 2,5cm
2. Elementos Pré-Textuais
Esses são os elementos que antecedem a introdução do trabalho e são constituídos por tudo aquilo que identifica o trabalho e orienta o leitor.
Folha de Rosto
Segue os mesmos procedimentos da capa, em relação às margens e distribuição do texto, com pequenas modificações:
· alto da página: nome do(s) autor(es)
· centro da página: título do trabalho
· à direita, abaixo do título: explicação
sobre a natureza do trabalho
· rodapé da página: instituição / local / data
· margens:
sup – 3cm; inf – 2cm; esq – 3cm; dir – 2,5cm
· verso da página: ficha catalográfica a ser providenciada pelo grupo, gerada online, conforme tutorial abaixo; a ficha catalográfica contém os dados bibliográficos necessários para que a obra seja catalogada na biblioteca da universidade; deve incluir palavras-chave, fornecidas pelos autores)
Observação: A Folha de Rosto pode ser a única da monografia em cujo verso existe texto. 
Alternativamente, os grupos podem optar pela impressão anverso e verso da folha, atendendo à medida ecológica da ABNT (ABNT NBR 14724:2011 - Normas para Trabalhos Acadêmicos), cumprindo-se o seguinte formato:
Formato: Os textos devem ser digitados ou datilografados em cor preta, podendo utilizar outras cores somente para as ilustrações. Se impresso, utilizar papel branco ou reciclado, no formato A4 (21 cm × 29,7 cm). Os elementos pré-textuais devem iniciar no anverso da folha, com exceção da ficha catalográfica, que deve vir no verso da folha de rosto. Recomenda-se que os elementos textuais e pós-textuais sejam digitados ou datilografados no anverso e verso das folhas. As margens devem ser: para o anverso, esquerda e superior de 3 cm e direita e inferior de 2 cm; para o verso, direita e superior de 3 cm e esquerda e inferior de 2 cm.
Caminho para gerar a
FICHA CATALOGRÁFICA 
PARA O TC:
Acessar: www.unip.br
Entrar em: SERVIÇOS
Clicar em: BIBLIOTECA
Clicar em: FICHA CATALOGRÁFICA
Vai aparecer a tela abaixo:
Ficha Catalográfica
As Bibliotecas da UNIP possuem o serviço de elaboração de fichas catalográficas de monografias, dissertações e teses  para alunos de graduação e pós-graduação (lato sensu e stricto sensu).
A ficha catalográfica nos trabalhos acadêmicos é obrigatória, recomendada pela ABNT e feita com Base no Código de Catalogação Anglo Americano (AACR2).
Alunos da graduação:
Sistema on-line para geração automática da ficha catalográfica
Vai aparecer a ficha abaixo:
Preencha a ficha acima e clique em “ENVIAR”
(Atenção: o coorientador é o(a) Professor(a) da disciplina Trabalho de Curso, para todos os grupos)
Ao clicar em “ENVIAR” Será gerada a ficha catalogáfica em PDF.
Imprima e coloque no trabalho, no verso da folha de rosto.
Folha de Aprovação
Esta página destina-se às observações / avaliações da banca examinadora do trabalho.
Folha de Dedicatória e Folha de Agradecimentos
Nestas páginas, que são opcionais, o autor apresenta mensagens pessoais. Na folha de dedicatória, o autor deverá elaborar um texto curto, dedicando o trabalho a alguém. Não há uma regra para a utilização da página, no entanto, é comum encontrarmos a dedicatória à direita, da metade da folha para baixo. Normalmente, escolhe-se, para dedicar o trabalho, alguém que tenha tido uma relação direta com o autor, durante a elaboração do trabalho: um familiar, um professor etc. Já na folha de agradecimentos, o autor agradecerá àqueles que efetivamente contribuíram para a elaboração da monografia, como por exemplo, professor orientador, professores envolvidos com o trabalho, agências financiadoras.
 Epígrafe
Esta também é uma folha opcional. Nela, o autor da monografia apresentará um excerto de um texto de sua escolha (frase ou verso), cujo conteúdo tenha relação com o tema desenvolvido na monografia. Poderão ser escolhidas epígrafes para cada um dos capítulos da monografia, se for da preferência do autor.
Sumário
Aqui o autor informa aos leitores o conteúdo que será tratado na monografia. A palavra Sumário deverá aparecer no topo da página, em letras maiúsculas, sendo seguida, dois ou três parágrafos abaixo, de todos os intertítulos contidos no trabalho. A estética da página do sumário deverá ser observada, de forma que os títulos e subtítulos apareçam destacados de forma padronizada e obedecendo a recuos da margem esquerda também padronizados.
De acordo com a ABNT, a numeração em algarismos arábicos deverá ter início somente na página em que se iniciar o texto propriamente dito, contando-se, porém, as páginas que o antecedem. Tal numeração deverá aparecer no topo da página, do lado direito. Alguns autores optam por numerar, com algarismos romanos, as páginas a partir do sumário até o abstract. Assim, caso o trabalho apresente todas as folhas indicadas (da folha de rosto até a folha de epígrafe), a página do sumário deverá ser numerada com o algarismo romano vi (letras minúsculas) e a página que contiver a introdução do trabalho dará início à numeração em algarismos arábicos (1, 2, 3...).
Lista de tabelas e Gráficos
Nesta página o autor apresentará uma relação das ilustrações ou explicações (abreviaturas, siglas), na ordem em que aparecem no texto, indicando a(s) página(s) de sua localização.
Resumo
Esta é uma página importante do trabalho monográfico. É ela que, num primeiro momento, convida o leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve ser um texto conciso, com aproximadamente 300 palavras, onde o autor apresenta uma síntese do conteúdo do trabalho, destacando os aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação teórica que deu sustentação às discussões apresentadas. O resumo visa a fornecer ao leitor elementos que permitam a ele decidir sobre ler ou não tal trabalho, em função da relevância para seu próprio contexto.
O Resumo deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho, organizado por meio de frases e nunca em tópicos enumerados.
Após o texto do resumo, deverão aparecer as palavras-chaves sugeridas pelo autor como referência do trabalho em meio eletrônico. Segue um exemplo de resumo monográfico:
Resumo
Com o apogeu da mídia como produtora de sentidos, o trabalho de educadores de diferentes segmentos da escolaridade vem sofrendo transformações e seu interesse tem-se modificado em relação às atividades didáticas desenvolvidas em sala de aula, no que diz respeito à língua portuguesa e à análise do discurso. A mídia televisiva brasileira mantém com o telespectador uma relação de poder, produz e reproduz valores, transmitindo textos persuasivos de alta qualidade, legitimando verdades, saberes, discursos e cristalizando, no imaginário coletivo, sem (quase) nenhum questionamento em relação à veracidade discursiva. Em se tratando do sistema educacional brasileiro, há um grande abismo e muita resistência em considerar as práticas discursivas da mídia televisiva como possíveis eventos pedagógicos favoráveis a uma formação mais crítica do futuro profissional. // Assim sendo, este trabalho procura analisar o universo imaginário dos alunos de ensino médio de uma escola da rede pública, focalizando questões concernentes à linguagem midiática. // Os passos metodológicos iniciaram-se com o levantamento do hábito televisual dos alunos, seguidos de audiência, discussões, análise e debate sobre o funcionamento discursivo da novela “Malhação” – Rede Globo de Televisão, de forma a oportunizar reflexões à luz da Análise do Discurso e da Análise da Conversação, evidenciando as relações entre sujeito, discurso, saber e poder. // Os resultados das análises são apresentados neste trabalho, que se divide nas seguintes seções: Introdução – onde a problemática e os objetivos são apresentados; O Dizer e o Poder: relações discursivas – onde são apresentadas as referências teóricas sobre Análise do Discurso e Análise da Conversação;A Caminhada – seção que apresenta a metodologia do trabalho: procedimentos relacionados à escolha dos dados e encaminhamentos para a análise; Baixando o véu do discurso – seção que apresenta a análise de trechos transcritos da novela Malhação, discutidos à luz do referencial teórico; e Algumas Considerações – seção que encerra o trabalho, apresentando algumas conclusões e possíveis encaminhamentos, com o intuito de desencadear nos leitores o desejo de novas e mais aprofundadas pesquisas sobre o mesmo tema.
Palavras-chave: discurso, conversação, mídia, linguagem midiática
Observe, no resumo apresentado, os trechos destacados e separados com “//”. Eles mostram a organização do resumo: trecho 1 – contextualização do tema discutido na monografia; trecho 2 – propósito do trabalho; trecho 3 – metodologia utilizada no processo de pesquisa; trecho 4 – organização do documento monográfico.
Abstract
Nesta página, esteticamente igual à página do resumo, deverá aparecer uma tradução para a língua inglesa, do resumo do trabalho, seguida das key words.
3. Elementos Textuais
Esses são os elementos que compõem o corpo propriamente dito do TC. Podemos chamá-los de elementos nucleares, pois sem eles e sem a articulação entre eles o texto monográfico perde a vida. Cada um dos elementos tem características próprias, porém, se complementam, dando ao leitor a noção exata do caminho trilhado pelos pesquisadores sobre o tema desenvolvido.
Introdução
A introdução da monografia merece atenção especial do autor. Muitas vezes ela é considerada como de pouca importância, mas é exatamente nessa seção que todo o conteúdo do trabalho é apresentado ao leitor. Duas ou três páginas deverão ser reservadas para a introdução da monografia e é aí que o autor delimitará o assunto sobre o qual versará o trabalho e o justifica.
Segundo Machado (2001),
é preciso compreender que apresentar justificativas para um determinado trabalho de pesquisa não é simplesmente dizer o que o motivou, do ponto de vista pessoal, a fazê-lo, isto é, por que fez o trabalho (por que gostou do tema, por que viveu a experiência etc.), mas sim, dizer para que serve o trabalho, qual é a sua relevância, tendo em vista a problemática maior em que se insere, os estudos que já foram feitos a respeito, as lacunas que esses estudos ainda deixaram etc.
Na introdução da monografia o autor deve apresentar:
1. em linhas gerais, o tema do trabalho, oferecendo ao leitor não somente a possibilidade de estabelecer relações entre esse estudo e outros de seu conhecimento, como também a opção pela leitura do trabalho, em relação aos seus interesses e contexto de atuação; 
2. a delimitação do assunto, isto é, a extensão e profundidade com que o trabalho tratará o assunto escolhido;
3. os objetivos do trabalho: gerais (relacionados ao tema - contexto-macro) e específicos (relacionados ao assunto escolhido - contexto-micro);
4. a justificativa da escolha do tema, evidenciando sua importância para o contexto no qual se encontra inserido; vale lembrar que justificar a escolha de um tema não significa dar a ele importância incomensurável e enaltecer sua complexidade de forma exagerada, mas sim, apontar como esse estudo pode ser fator contribuinte para o desenvolvimento da área em que se encontra inserido, ainda que não se proponha a ser conclusivo;
5. conceituação e relevância, explicitando ao leitor a fundamentação teórica que apoiará as discussões, seguida de breves enunciados sobre conceitos fundamentais discutidos, e de sua relevância para o estudo realizado; reserva-se a este item, ainda, a necessidade de apresentar um resumo de obras e/ou pesquisas cujo tema se relaciona diretamente com o estudado, estabelecendo comparações a fim de possibilitar a discussão das lacunas que os demais trabalhos ainda não preencheram;
6. procedimentos adotados para a realização do trabalho de pesquisa e da elaboração do texto monográfico, isto é, sua organização em seções.
Uma discussão relevante para a elaboração do texto monográfico diz respeito à escolha da pessoa do discurso. Embora haja práticas legitimadas sobre esse aspecto, cada vez mais, os textos da introdução de trabalhos monográficos e das seções de desenvolvimento vêm sendo escritos em primeira pessoa (eu / nós). É importante, no entanto, que tal aspecto seja discutido com o orientador do trabalho.
Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor deve redigir o texto na voz passiva – foi observado, foi elaborado –, na terceira pessoa do singular com o pronome se, ou através de expressões como o presente estudo, a presente pesquisa. Há ainda a opção de desenvolver o texto em primeira pessoa do plural, considerando-se que o trabalho tenha sido desenvolvido pelo aluno e por seu orientador.
Ao desenvolver o texto em primeira pessoa do singular, o autor não necessariamente deva prescindir de fazer referência a outros estudos ou de posicionar-se enquanto pertencente a um grupo com determinadas convicções e posicionamentos teóricos.
Carmo-Neto (1996) nos oferece algumas pistas para construirmos as justificativas de nosso trabalho:
· Por que mais um trabalho sobre esse tema?
· Em que este é diferente dos outros?
· Por que tal diferença é relevante?
· O que meu trabalho muda no conjunto de textos sobre o mesmo assunto?
· Por que ele deve ser lido? Por quem?
· O que o leitor vai encontrar de interessante, de substancial e atrativo em meu trabalho?
Um outro lembrete importante em relação ao desenvolvimento da monografia diz respeito à apresentação do objetivo do trabalho no decorrer do texto. Muitas vezes, o autor opta por retomar o objetivo em muitos momentos do desenvolvimento do texto, correndo o risco de apresentá-lo de diferentes maneiras e, inclusive, de cair em contradições. Para que isso não ocorra, sugerimos que sempre que o objetivo do trabalho for explicitado no texto, seja destacado ou indicado a partir de uma marca gráfica, possibilitando, no momento de revisão final, comparar tais enunciados e corrigir inadequações e/ou contradições.
Desenvolvimento
Esta é a parte mais extensa de um trabalho monográfico e também a mais importante. Estará subdividida em capítulos (que, por sua vez, dividem-se em subseções), sendo que cada capítulo deverá abrir uma página nova do trabalho.
Capítulos deverão ser indicados por algarismos romanos, sendo o título do capítulo escrito em letras maiúsculas; subseções deverão ser indicadas por algarismos arábicos, sendo os títulos escritos com maiúscula apenas nas letras iniciais das principais palavras. Há diferentes formas de identificação para as partes de uma monografia, apresentadas por diferentes autores. O que importa, na verdade, é que, uma vez utilizado um estilo, ele deverá ser padronizado no desenvolvimento de todo o trabalho.
=> Fundamentação Teórica
Um dos itens apresentados no desenvolvimento da monografia refere-se ao arcabouço teórico, ou seja, toda a teoria na qual o trabalho está apoiado. Tal capítulo deverá ser desenvolvido em linguagem própria do autor, porém, sustentada por citações de autores que já discutiram o mesmo assunto e elaboraram teorias sobre ele.
Todos os autores citados no decorrer do texto monográfico estão compondo, ao final do trabalho, o que denominamos Referências Bibliográficas. Em seção posterior serão apresentadas as orientações para a elaboração das Referências Bibliográficas.
É importante lembrar que nos capítulos de desenvolvimento o autor deverá explicitar, sempre que possível, a relação entre o que está sendo dito e o objetivo do trabalho. Assim, é comum retomar o tema discutido, principalmente no desenvolvimento da seção de fundamentação teórica, pelo simples fato de que a teoria ali apresentada só é significativa na medida em que se relaciona diretamente com o objetivo proposto na pesquisa.
A seguir, com base em Guidin (2003), serão apresentados exemplos e comentários característicos de monografias que focalizam temas da literatura brasileira.
Aspectos biográficos e características do autor (só paratrabalhos em literatura E SE JUSTIFICADOS PELO TEMA ESCOLHIDO)
Sob orientação bibliográfica do professor orientador, neste capítulo são abordados os traços biográficos do autor, com relevância para as características próprias de seu estilo, influências recebidas de época e de outros autores. Pode-se incluir neste capítulo um ou outro depoimento crítico sobre o autor, advindos de autoridades na área, de acordo com a bibliografia pesquisada.
Contexto histórico-social-estético do autor e da obra (só para trabalhos em literatura E SE JUSTIFICADOS PELO TEMA ESCOLHIDO)
Neste tópico devem-se desenvolver relatos críticos sobre a época sócio-histórico-cultural em que se manifestou a produção literária do autor. No caso de textos produzidos ao longo de sua carreira, deve-se instalar o autor nas respectivas mudanças de época. Por exemplo, num trabalho de literatura: 
Clarice Lispector começa a escrever suas obras ao fim do ciclo do romance regionalista de 1930, iniciando um terceiro momento no modernismo brasileiro em 1944, mas sua última obra, A hora da estrela (1977), se insere num momento cultural posterior, ao fim da década de 1970; ou seja, a autora, embora mantenha características individuais, estará também ideológica estrutural e tematicamente comprometida com outra época que não a do início da carreira. No caso de Clarice Lispector, a autora terá passado, entre outros fatos determinantes, como o fim da soberania do romance engajado de 1930, pelos anos de repressão advindos da ditadura militar de 1964 no país. 
Caso o texto ficcional se insira em outra época que não o presente da escritura, deverá haver, ainda que secundária, uma pesquisa a respeito da época em que se insere o enredo. Por exemplo, o romance de Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas, escrito em 1880 e publicado em 1881, situa-se em um período histórico anterior, que se inicia em 1805; assim, os pesquisadores do trabalho monográfico, para melhor compreensão do enredo e de suas ligações com o fato social, devem pesquisar também a época anterior à Independência (1808) e não só a época final do Segundo Reinado (1889). Esta pesquisa histórico-sociológico-cultural, portanto, deve ser abrangente e não se ater apenas a manuais escolares.
=> Metodologia
Neste capítulo o autor da monografia deverá descrever, em detalhes, os procedimentos utilizados nas diversas fases da pesquisa e da elaboração do texto. Procedendo dessa forma, dará oportunidade a outros pesquisadores e aos leitores do trabalho, de acompanhar todos os passos e pensamentos do autor, entender sua lógica de pensamento em relação à análise dos dados e até mesmo iniciar uma nova pesquisa, com base no encaminhamento apresentado. Quando, na metodologia, o autor explicita claramente os procedimentos escolhidos para a condução da pesquisa, o leitor – mesmo que não conheça a teoria na qual o trabalho está sustentado –, é capaz de compreender os resultados de sua análise de dados. Pressupõe-se também que, quando a metodologia é apresentada de maneira clara, objetiva e detalhada, outros pesquisadores podem replicar o trabalho.
Um procedimento interessante para os pesquisadores é a manutenção de um diário de pesquisa, anotando TUDO o que estiver sendo feito para chegar aos resultados da pesquisa. Frequentemente, fazemos muito mais coisas do que dizemos ter feito, no capítulo de Metodologia. Por isso, notas do diário poderão ser muito úteis (Machado, 2001).
Aspectos essenciais no capítulo da Metodologia dizem respeito a:
· Contexto da pesquisa – descrição detalhada da situação (física / social) da pesquisa
· Participantes – caso a pesquisa envolva pessoas e/ou gravação de dados orais
· Procedimentos / instrumentos de coleta de dados – meios através dos quais os dados foram coletados, como por exemplo, gravador, vídeo, coleta em jornal, filme etc.
· Procedimentos de seleção de dados – critérios utilizados para escolher os dados a serem analisados (por que esses dados e não outros?)
· Método(s) de análise e as categorias utilizadas
Voltamos a salientar que, segundo Traldi e Dias (1998), o capítulo da metodologia é facultativo, principalmente, quando pensamos em trabalhos de cunho literário. Assim sendo, o capítulo da metodologia não precisa existir, desde que as informações a ele destinadas já tenham sido expostas na Introdução. No entanto, os estudos em que a metodologia constitui parte expressiva do trabalho, o capítulo separado da Introdução dá uma conotação de melhor organização e permite revelar com mais detalhamento as técnicas e os processos empregados pelo autor para dar prosseguimento ao estudo.
 
=> Argumentação e Discussão
Neste capítulo, o autor de um texto monográfico não só exercita sua capacidade de argumentação como também trabalha com critérios de coerência e coesão na elaboração do texto, aspectos muito importantes para dar validade científica ao trabalho apresentado.
Os dados, analisados à luz da teoria apresentada na fundamentação teórica, estarão à mercê dos argumentos do autor. Para isso, este recorrerá a explicações, análises, esclarecimentos de ambigüidades, descrições etc., tais que ofereçam ao leitor condições de compreender o encaminhamento do raciocínio na busca por comprovações do aspecto pesquisado. É importante ressaltar que discussões com base nas posições teóricas vão requerer sempre que o autor examine posições contrárias, estabeleça confrontos, compare, fazendo uso de um processo dialógico na elaboração do texto.
As análises realizadas num trabalho monográfico deverão ser rigorosamente orientadas pelos professores orientadores de acordo com sua área de saber metodológico e acadêmico. No caso da análise literária, a título de exemplo, ela pode ser interpretativa. A linha de abordagem adotada tem de estar clara para o leitor da monografia e deverá estar explicitada no capítulo de metodologia, já apresentado em seção anterior nesta apostila.
Como exemplo, Guidin (2003), no caso de literatura brasileira, tece os comentários a seguir: 
A análise literária do texto escolhido para a monografia, orientada pela profª XXX, segue os parâmetros metodológicos ligados à linha crítica interpretativa, segundo as relações entre Literatura e Sociedade — visão crítica introduzida por Antonio Candido e seguida por críticos brasileiros contemporâneos como Alfredo Bosi, Roberto Schwarz e Davi Arrigucci Jr.
Todo texto literário, para ser útil, para mostrar sua importância estética e cultural, deve ser lido, analisado e interpretado. Caso contrário, tal texto equivale a qualquer texto escrito — ou seja, sem as especificidades que existem na obra literária, esta considerada no sentido rigoroso do termo (A leitura de entretenimento é de outro tom e finalidade).
Assim, interpretar o texto da obra literária é aceitar que os signos não são transparentes em seu sentido. Ao contrário, são densos porque estão apoiados em linguagem figurada, conotativa, típica do discurso literário. Cabe ao intérprete (que funciona como leitor, tradutor e como crítico) a função de compreender e traduzir para um discurso outro, (o da compreensão: escrevendo), o que está por trás do texto. Interpretar é, então, recolher, num conjunto de possibilidades de sentido de um texto, as que sejam mais eficazes (segundo o analista) para responder à pergunta “o que este escrito quer dizer com sua existência”? (BOSI, 1995) 
Para tanto, considera-se que o texto é produto de uma consciência criadora (o artista, o escritor), o qual possui determinada postura ideológica, existencial e psicológica frente à sua produção artística. Sob esse aspecto, o texto literário não é diferente de outras manifestações artísticas, como a pintura, a música etc.
Considera-se, nessa relação entre literatura e sociedade, que a produção literária sofre “forças” contraditórias que vêm de uma consciência dona de si própria, o autor. Na invenção do texto, existem, então, desejos do autor (ora chamados de pulsões) e correntes culturais (estilo, ideologia, intenções políticas ou doutrinárias). Assim, todo texto literárioé gerado numa mistura de lembrança e memória social, fantasia criadora e percepção singular das coisas, além de estilo herdado de pessoas, livros, sociedade em geral. O analista-intérprete do texto literário leva em consideração que o que provoca alguém a produzir um texto literário (ou um quadro ou uma escultura) é a observação pessoal do mundo e da vida. Ou seja, o autor foi provocado, motivado a criar o texto por fatos, acontecimentos, nomes — coisas que o autor acolheu para si, dentro de seu ponto de vista e dentro de certa tonalidade afetiva. Quer dizer: o autor situa o evento no seu aqui e no seu agora, como afirmam Bosi (1995) e Candido (1982). 
O escritor, como outros artistas, é porta-voz de seu tempo, de sua época, (que se soma à sua individualidade) ao criar a literatura de seu país ou de sua comunidade; ou seja, detém uma clara função cultural. Existe, porém, uma função cultural também do intérprete, que é a de ser o mediador da criação literária. O estudioso trabalha olhando o texto de perto, mas com os olhos voltados para sua estrutura, seu conteúdo e sua amplitude. Por isso, a interpretação do texto é um processo de aprendizagem e descoberta, sobretudo. O analista-crítico-intérprete deve também lembrar que, como leitor, estará diante do resultado verbal, escrito, “estilizado” de um processo que é obscuro, muitas vezes, para o próprio autor. Por isso, é necessário que o leitor respeite o caráter de mobilidade, surpresa, inquietude que todo texto detém.
Vale lembrar ainda, que o capítulo de discussão dos resultados requer do pesquisador a habilidade de tecer uma rede de significados que perpassem as informações, os dados, as teorias apresentadas no decorrer da monografia. É o momento de assumir posicionamentos e buscar a integração teoria/prática, em direção ao objetivo proposto no início do trabalho. Esse fator é o mais relevante em se tratando de aferir os resultados da pesquisa e avaliar o seu significado para o crescimento do conhecimento científico (Severino, 2002).
E mais: o capítulo de discussão é, fundamentalmente, um capítulo pautado em debates e questionamentos. Assim, o pesquisador precisa estar preparado para responder seus próprios porquês e apresentar essas respostas com clareza, pois serão elas, quando bem fundamentadas, que farão emergir os resultados da pesquisa.
Considerações finais do TC
As considerações finais em uma monografia, embora sendo a parte menos extensa, apresentam importância fundamental. Devem conter considerações e síntese a respeito das análises, apresentando aspectos convergentes e/ou divergentes observados ao longo do desenvolvimento do trabalho, além de comentários sobre sua aplicabilidade didático-pedagógica e sobre a contribuição do mesmo da perspectiva discursiva.
“A conclusão não é uma idéia nova, um pormenor ou apêndice que se acrescenta ao trabalho; nem tampouco um resumo dele” (Guidin, 2003). O tema discutido, anunciado na introdução do trabalho e retomado em seu desenvolvimento, desemboca nas considerações finais, de forma lógica e natural, como decorrência. É nela que proporcionamos ao leitor recapitular os passos significativos do trabalho e, para isso, faz-se necessário retomar não somente o objetivo, mas também a caminhada do trabalho. As considerações fiais situam o leitor em relação às partes do trabalho.
É neste momento da monografia que as experiências pessoais e novas perspectivas dos autores podem vir à tona, de certo modo, resgatando os objetivos propostos inicialmente e as lacunas suscitadas na introdução. 
Interessante lembrar que, enquanto na introdução existe a preocupação com a delimitação do tema, nas considerações finais o sentido maior está em vislumbrar novas possibilidades para tratamento desse mesmo tema. Essas possibilidades podem ser oferecidas ao leitor como sugestões para pesquisas posteriores, caracterizando, aliás, o movimento da ciência: avançar em mares pouco desbravados.
Quanto às qualidades do texto referente às conclusões, é importante lembrar que suas características são:
a) Brevidade: a conclusão deve ser breve e exata, concisa e convincente;
b) Objetividade: a conclusão é síntese interpretativa dos elementos essenciais discutidos e analisados no transcurso da monografia;
c) Personalidade: a conclusão deve apontar claramente o ponto de vista dos autores, por meio de marcas pessoais, não deixando de apresentar novas rotas para a continuidade do trabalho.
4. Elementos Pós-Textuais
Os elementos pós-textuais, também denominados elementos referenciais, compreendem a referência bibliográfica, os anexos e os apêndices, quando necessários. Esses são elementos orientadores para os leitores, que a eles recorrem, sempre que, no decorrer da leitura do corpo do trabalho, houver indicações que lhes suscitem a curiosidade ou que possam auxiliar na compreensão da caminhada do pesquisador. 
Referências 
A exigência, não somente em relação às monografias, mas em qualquer publicação científica, é que seja elaborada uma seção de Referências Bibliográficas. No entanto, é importante que o autor conheça a diferença entre Referências Bibliográficas e Bibliografia. Referências Bibliográficas referem-se às obras (livros, artigos impressos ou presentes em fontes eletrônicas etc.) que foram citadas no corpo do trabalho. Isso significa que, ao fazer uso das vozes de diferentes autores, quer textualmente, quer parafraseando-os, o autor da monografia deve citá-los no corpo do trabalho e referenciá-los na seção Referências Bibliográficas. Já a Bibliografia, usada como referencial em ementas de cursos ou em textos para uso didático, inclui todas as obras lidas e estudadas pelo autor, para a elaboração do texto em questão.
Como as citações estão diretamente relacionadas às referências bibliográficas, apresentamos, a seguir, orientações para a elaboração de ambas.
Citações
Citações correspondem à menção, no texto, de informação colhida em outra fonte. Pode ser uma transcrição ou paráfrase, direta ou indireta, de fonte escrita, oral ou eletrônica. As citações são elementos (partes, frases, parágrafos etc.) retirados dos documentos pesquisados durante a leitura da documentação e que se revelam úteis para sustentar o que o autor afirma no decorrer do seu raciocínio. Veja exemplos a seguir:
· citação textual com mais de três linhas: A língua portuguesa vem assumindo, desde o período do descobrimento até agora, funções culturais, científicas, sociais, estéticas, políticas, administrativas, comerciais etc., tornando-se idioma oficial de oito nações contemporâneas. Segundo Silva Neto (1979, p.127), na África, a língua portuguesa tem grande importância: 
Em 1551, o inglês Windham esteve na Guinés. Pois: o rei de Benim falou em português aos ingleses, língua que ele tinha aprendido desde a infância; ou ainda: Em 1563, visitando Baker a costa da Mina, “ao oeste do Cabo das Três pontas, os negros lhe falaram em bom português.
 Autor
 ano da edição
 página
· citação com mais de três linhas de texto deve vir destacada como o exemplo na página anterior, com recuo apenas à esquerda (de 2,5cm aproximadamente), sem aspas, com letra em tamanho menor do que a utilizada no texto principal, em itálico se desejado.
· citação textual de até três linhas: Conforme Terra (1997/2001, p.50), “vocábulos de origem indígena e africana, como maloca, macumba, vatapá etc., muito comuns para nós, não são tão comuns para os portugueses” e dessa forma, podemos concluir que ...
Terra
 (
1997
 /
2001
 ,
p.50 )
 Último sobrenome
Ano da edição Ano da edição que
 Página de onde
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· citação parafraseada: Segundo Duarte (1998/2001), o uso do pronome TU é correto no estado do Maranhão mas no Rio Grande do Sul, por exemplo, as pessoas utilizam o TU (2a pessoa) concordando com o verbo na 3a pessoa, como por exemplo, TU VAI ao cinema comigo? 
(Nessa citação não aparece página porqueo texto não foi copiado do autor e sim parafraseado, ou seja, modificado por quem o utilizou.)
· notas de rodapé: devem ser identificadas como referências bibliográficas parciais, a serem completadas na bibliografia final; inserir nelas considerações ou informações complementares que, se feitas no texto principal, poderiam prejudicar a seqüência lógica do texto; inserir nelas tradução (com indicação “tradução minha”) ou versão original de alguma citação traduzida no texto.
· citação de anotações de aula ou comunicações pessoais: devem ser indicadas com o último sobrenome do autor e, entre parênteses, a expressão comunicação pessoal.
Observe alguns exemplos de referências bibliográficas:
DUARTE, Sérgio Nogueira. 1998. Língua Viva: uma análise simples e bem-humorada da linguagem do brasileiro. 4aed. Rio de Janeiro: Rocco Editora, 2001.
TERRA, Ernani. 1997. Linguagem, língua e fala. 1a ed. 3a imp. São Paulo: Scipione, 2001.
-obra pertencente a coleção, indicada entre parênteses; indicação de volume e páginas consultadas:
FREITAS, M.Teresa; SOUZA, Solange J. e; KRAMER, Sonia. (orgs.) Ciências Humanas e Pesquisa: Leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Cortez, 2003. (Questões da Nossa Época; v.107, p.35-39)
-fonte eletrônica, com indicação da data da consulta:
MARSICK, V. Factors that affect the epistemology of group learning. Disponível em: <http://www.eds.educ.ubc.ca/aerc/1997/97marsick.htm>. Acesso em: 13/05/04.
-indicação de obra com até três autores (em caso de mais de três autores, indicar apenas o nome do primeiro deles, de acordo com a ficha catalográfica do livro, e acrescentar et al.):
FULLAN, Michael; HARGREAVES, Andy. 1996. A Escola como Organização Aprendente: buscando uma educação de qualidade. 2a ed. Trad. Regina Garcez. Porto Alegre: Artmed editora, 2000.
BEDNY, Gregory Z. et al. Activity Theory: history, research and application. Theor. Issues in Ergon. SCI. V.1, 2000, no 2, p.168-206.
-indicação de autor cujo artigo ou capítulo está inserido em uma obra organizada por outro(s) autor(es) – usar In seguido de dois pontos e indicar páginas de início e fim do artigo lido:
BALOCCO, Anna Elizabeth. O sistema do engajamento aplicado a espaços opinativos na mídia escrita. In: VIAN Jr, Orlando; SOUZA, Anderson Alves de; ALMEIDA, Fabíola Sartin Dutra parreira. (orgs.) A linguagem da avaliação em Língua Portuguesa. São Carlos: Pedro & João Editores, 2010. p.41-52.
- indicação de artigo publicado em periódico científico; negritar o título do periódico e indicar páginas de início e fim do artigo lido:
ORELLANA, M.F.; BOWMAN, P. Cultural Diversity Research on Learning and Development: conceptual, methodological, and strategic considerations. American Educational Research Association. v. 32, no 5, June/July - 2003. p.26-32.
Anexos e Apêndices
Anexos são documentos complementares à monografia, que esclarecem os conteúdos nela tratados. Aos anexos pertencem, por exemplo, as transcrições (na íntegra) de dados coletados, documentos, leis, pareceres etc. utilizados como suporte às discussões, e que prejudicariam a estética do trabalho caso fossem inseridos no corpo do mesmo.
Anexos são necessários, na maioria das vezes, para que os leitores do trabalho busquem a melhor compreensão das interpretações e conclusões do autor. Em geral, são ordenados a partir de um critério lógico, como por exemplo sequenciados por data de utilização no trabalho, e aparecem numerados ou são indicados por letras (Anexo 1 ou Anexo A). Essas denominações permitem que, ao fazer referência ao seu conteúdo no corpo do trabalho, o autor da monografia apresente a indicação de onde se encontra o trecho, na íntegra. Exemplificando: “Conforme comentado no capítulo anterior, os dados referentes ao participante André (Anexo 5) foram coletados em seu ambiente de trabalho”.
 Os anexos aparecem, geralmente, após as referências bibliográficas. No entanto, há controvérsias a esse respeito e muitos autores preferem inserir anexos antes das referências bibliográficas, para que a numeração de suas páginas siga a numeração do próprio trabalho.
Já os apêndices caracterizam-se por serem materiais produzidos pelo próprio autor da monografia. Fazem parte deles: questionários utilizados na coleta de dados, fichas e materiais preparados para coletar dados em entrevistas, tabelas elaboradas para sustentar discussões, trechos da análise dos dados.
Índices
Pouco utilizados nas monografias (que optam por apresentar, no início, um sumário com as indicações de assuntos e páginas), os índices, quando utilizados ao final da obra, têm objetivos diversos. Eles podem apresentar: uma lista de assuntos (índice denominado sistemático); lista de termos referidos (índice denominado remissivo); lista de todos os nomes próprios presentes (índice denominado onomástico); lista de lugares (índice denominado toponímico); lista de citações bíblicas (índice denominado escriturário).
VIII-A Linguagem da Monografia
Considerando-se as diferentes partes que compõem o texto monográfico, é importante ressaltar que a linguagem se presentifica de diferentes e bem marcadas formas, influenciando na qualidade e validade do texto construído. É possível perceber que a linguagem caminha por entre diferentes tipos de discurso, com marcas ora expositivas, ora narrativas, percorrendo a descrição, a análise e a crítica (Brandão, 2001), caracterizando essas tais partes da monografia.
Linguagem Expositiva
A linguagem expositiva caracteriza-se, nas monografias, pelo discurso teórico presente tanto na introdução quanto na fundamentação teórica. A exposição exige que o autor seja objetivo, que apresente os conceitos teóricos relevantes ao trabalho, atribuindo a ele próprio ou a outros autores a responsabilidade enunciativa. Segundo Brando (2001:30), 
Essa função “objetiva” não impede, entretanto, que seja permeada de elementos analíticos, argumentativos ou críticos. Em verdade, a participação do pesquisador se concretiza – o que não é pouco – desde a seleção do material, isto é, quando faz os recortes teóricos, criativos ou críticos incorporados em seu texto e no modo como distingue esses dados “objetivos” das suas próprias interpretações sobre eles. Embora, rigorosamente falando, não exista em estado “puro”, podemos chamar de “objetiva” aquela linguagem que procura apreender os fatos ou outra linguagem em seus próprios elementos constitutivos, independentes de interpretação do pesquisador e, “subjetiva”, aquela linguagem que expressa reflexões pessoais, opiniões ou propostas do pesquisador, devidamente fundamentadas, e não confundidas com afirmações que apenas denunciam reações afetivas de agrado ou desagrado.
Linguagem Descritiva
A linguagem descritiva caracteriza-se, nas monografias, pelos relatos fortemente presentes na metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a detalhar os fatos relacionados ao contexto de pesquisa e a todos os procedimentos que vão desde a escolha do corpus para estudo e/ou coleta de dados, aos critérios escolhidos para análise. A linguagem descritiva pressupõe a ausência de julgamentos e juízos de valor por parte do autor.
Linguagem Analítica
A linguagem analítica caracteriza-se, nas monografias, pelo uso da explicação e da argumentação. Nesse sentido, faz uso de relações lógicas entre os elementos que se encontram explícitos no texto e aqueles implícitos, mas provocadores de sentido em relação ao objetivo da monografia.
É possível dizer que a linguagem analítica se presentifica com maior intensidade no capítulo de discussão e argumentação, no qual são discutidos e sustentados os pontos de vista do autor o trabalho, à luz dos fundamentos teóricos selecionados.
Linguagem Crítica
A linguagem crítica caracteriza-se, nas monografias, pela emissão de opiniões e conclusões do autor, após o exaustivo questionamento a que submeteu os dados coletados ou o corpus de análise. Segundo Brandão (2001:31), 
É pela linguagem crítica que o estudioso pode efetivamente contribuir para o avanço das ideias em relação a determinado campo do saber,apresentando reflexões originais, nascidas seja de novos enquadramentos a partir dos elementos já conhecidos seja aprofundando ou ampliando os referenciais de pesquisa para aspectos ou setores ainda não considerados.
Dicas importantes para Antes de começar - passos da pesquisa
Dependendo de tema e/ou texto escolhido pelos alunos do grupo, o trabalho poderá caracterizar-se como pesquisa analítico-bibliográfica somente, ou pesquisa de campo (contendo entrevistas e coleta de dados). É importante, nesse sentido, atuar eticamente, em especial quando a atividade envolver seres humanos, levando em consideração o seguinte:
· participantes da pesquisa têm o direito receber informação prévia sobre: o fato de estar fazendo parte de um trabalho acadêmico; a temática envolvida; a duração e a frequência dos encontros etc;
· relacionamento entre pesquisador e participantes da pesquisa deve ter caráter formal;
· com frequência, escolas, empresas e outras instituições queixam-se de que os alunos vão até elas, recolhem material e depois desaparecem sem retornar para apresentar as conclusões da pesquisa. O participante da pesquisa, quer seja um indivíduo quer seja uma instituição, não só merece, como também tem o direito de receber um retorno após o término do trabalho. Por exemplo, podem-se enviar os resultados da atividade desenvolvida, um especial agradecimento, um exemplar da monografia, convites para assistir à apresentação da pesquisa etc.
Especificação do corpus
Entende-se por corpus a delimitação do universo a ser estudado, isto é, objeto sobre o qual o pesquisador irá deter-se: textos, fragmentos etc. Observem os itens a seguir:
· Corpora
· A escolha do corpus depende do fato que se pretende estudar
· Um corpus precisa ser representativo em relação ao fato escolhido, ou seja, não posso desejar estudar a fala dos habitantes de uma determinada comunidade de poloneses no sul do país, tendo como corpus apenas a gravação da conversa de dois ou três pessoas de uma mesma família pois isso não me permitiria perceber como eles são influenciados pela fala de outros habitantes da comunidade.
· Um corpus pode ser muito extenso e então é possível encontrar nele uma diversidade de situações para estudar; ou pode ser muito limitado, como por exemplo, compor-se da fala de um único indivíduo e então seria possível estudar seu ideoleto.
· Todo corpus contém fatos marginais, ou seja, aqueles que contêm erros, incoerências, jogos de palavras etc. que deverão ser criticados pelo linguista em sua análise.
· Um Corpus torna-se mais significativo quando os dados são gravados, pois dessa forma é possível transcrever os dados e os ruídos que eventualmente aparecem na oralidade podem ser descartados no momento da análise.
· Materiais construídos
· São aqueles elaborados por informantes. Os materiais construídos ultrapassam os limites do corpus, pois dependem dos informantes. No entanto, podem apresentar armadilhas para o linguista, ou seja, o informante pode descartar enunciados significativos ou apresentar enunciados complexos demais (que fogem ao que se propôs o linguista); ou ainda, entender as normas ou regras do trabalho de diferentes formas, interferindo nas informações ou enunciados que produz.
· Materiais construídos independem da situação real e focalizam apenas o fato linguístico que está sendo analisado. 
IX-Entrega da monografia e número de exemplares
Respeitando o calendário previamente estabelecido para o atual ano letivo, os alunos deverão entregar exemplares de sua monografia ao(s) professor(es) orientador(es) em data pré-determinada pelo coordenador do curso, responsável pelo TC. Os outros exemplares impressos, com o resumo da pesquisa, deverão ser entregues aos professores da Banca de Arguição, com antecedência mínima de 10 dias da apresentação. 
Número de exemplares: 05, sendo 03 exemplares para a banca e 02 exemplares de luxo (capa dura): um para a biblioteca da UNIP e outro para a Coordenação do Curso de Letras, após a revisão final, feita com sugestões da banca. 
O prazo final de entrega dos exemplares definitivos será definido pelo coordenador do curso e deverá anteceder o encerramento do semestre letivo. 
Tempo de apresentação
Haverá 80 minutos no total, sendo 30 para os componentes do grupo, 20 para cada um dos dois arguidores e os 10 restantes para respostas e/ou ponderações do orientador.
A apresentação deverá constar de uma síntese sobre o objetivo do trabalho, exposição resumida da análise / reflexões feitas e consideração finais.
Bancas 
As bancas serão compostas por docentes qualificados e convidados entre os docentes da UNIP ou de fora dela. Os docentes convidados devem atuar em área afim com o tema do trabalho a ser julgado. Esses componentes atribuirão nota em sessão fechada com o orientador. 
Notas
A nota de apresentação do TC será divulgada na mesma data, após sessão da banca, depois da apresentação oral. Haverá, somada a essa nota, outra, individual, dada pelo orientador a cada componente do grupo. 
A média final aritmética do TC, registrada em ata da disciplina, deve levar em consideração: 
· Elaboração individual: cumprimento do cronograma, disciplina do aluno na elaboração da pesquisa, desenvolvimento das etapas, assiduidade etc. Nota atribuída pelo professor de TC.
· Desempenho do grupo para a banca, envolvendo:
Conteúdo: apresentação gráfica, pertinência dos textos escolhidos, qualidade da análise e da redação do trabalho; clareza e objetividade. [Notas atribuídas pela banca e pelo orientador];
Apresentação: será atribuída a partir da qualidade e clareza da exposição oral do trabalho. [Nota atribuída pela banca e pelo orientador].
REFERÊNCIAS
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Brasil, 2019. Fonte: https://www.unip.br/presencial/servicos/biblioteca/download/manual_de_normalizacao_abnt_2019.pdf (19/12/2019)
ANDRADE, M. Margarida de. 1995. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas. 3a ed. São Paulo: Atlas, 1999.
CARMO-NETO, Dionísio. Metodologia cientifica para principiantes. 3a ed. Salvador: Ed. Universitária Americana, 1996.
DIAS, R.; TRALDI, M. C. Monografia passo a passo. 1a ed. Campinas/São Paulo: Editora Alínea, 1998.
D’ONOFRIO, Salvatore. Metodologia do trabalho intelectual. São Paulo: Atlas, 1999.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1989.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV, 1977.
GUIDIN, Márcia Lígia Di Roberto. Manual de TCC. São Paulo: UNIP, 2003.
HÜBNER, M. M. Guia para elaboração de monografias e projetos de dissertação de mestrado e doutorado. São Paulo: Mackenzie, 1998.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991.
MACHADO, Anna Rachel. (notas de aula) Gênero Tese. LAEL – PUC-SP, 2001.
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica. São Paulo: Atlas, 1996.
MOISÉS, Massaud. Literatura: mundo e forma. São Paulo: Cultrix, 1982.
SALOMON, Décio Vieira. Como fazer uma monografia. 3a ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 1997.
SPINA, Segismund. Normas gerais para trabalho de grau. São Paulo: Fernando Pessoa, 1974.
VICTORIANO, Benedicto A.D.; GARCIA, Carla C. 1996. Produzindo monografia. Publisher Brasil, 1999.
Vocabulário ortográfico da Língua portuguesa. 2a ed. Rio de Janeiro: ABL/Block/Imprensa Nacional, 1998.
Elaboração do manual: Profa. Maria Otília Guimarães Ninin
Revisão: Profas. Solange Gervai e Inez Sautchuk
Revisão 2019: Profa. Simone Gonzalez
UNIVERSIDADE PAULISTA
Escolha do tema
Justificativa da escolha do tema
Formulação do problema
Objetivos gerais e específicos
Conceituação e relevância
Indicação da estrutura do trabalho
Exposição do tema
Fundamentação teórica
Metodologia do trabalho*
Argumentação e discussão
UNIP – Universidade Paulista
Campus Alphaville
Curso: Letras
A LINGÜÍSTICA EM DIFERENTES MOMENTOS DA HISTÓRIA DE NOSSA LÍNGUA
nome completo /RA
nome completo / RA
nome completo / RA
nome completo / RA
São Paulo
2004
Fulano de Tal
A LINGÜÍSTICA EM DIFERENTES MOMENTOS DA HISTÓRIA DE NOSSA LÍNGUA
Trabalho Monográfico - Curso de Graduação – Licenciatura em Letras Língua Portuguesa e Língua Inglesa, apresentado à comissão julgadora da UNIP - Alphaville, sob a orientação do professor...
São Paulo
2004
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Banca Examinadora
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São Paulo
2004
Sumário
Resumo............................................................... . 3 Introdução ........................................................... 4
Capítulo I: nome do capítulo
(indicar cada uma das seções do trabalho)......... . 8
Capítulo II: nome do capítulo
(indicar cada uma das seções do trabalho).......... 23
Capítulo III: nome do capítulo
(indicar cada uma das seções do trabalho).......... 48
Considerações finais.......................................... 54
Referências Bibliográficas............................... 59
Fontes eletrônicas............................................ .61
Anexos..............................................................62
Iconografia (se houver)................................... .66
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