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Construção enxuta

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Disciplina: Custos de projetos e orçamentação de obras
Prof° Flora Ribeiro
Aluna: Jailma Nunes Moreira
Resumo aula 20/08
Construção enxuta
O conceito de construção enxuta surgiu em 1992, com vistas a desenvolver técnicas e ferramentas que viabilizasse o modelo de gestão da produção em obras do setor da construção civil (SOUZA, 2010).
A construção enxuta é resultado da aplicação dos conceitos do Sistema Toyota de Produção, também conhecido como produção enxuta. O Sistema Toyota de Produção foi desenvolvido na Toyota Motor Company pelos engenheiros Taichi Ohno e Shigeo Shingo, os quais propuseram novos conceitos básicos da produção aplicados ao contexto da indústria automobilística japonesa, obtendo grande sucesso nos resultados. Esse sucesso chamou a atenção de indústrias ocidentais que estimuladas com os resultados passaram a utilizar os princípios do Sistema Toyota de Produção (ISATTO e FORMOSO, 1998).
Também organiza e estabiliza a produção, previne situações prejudiciais ao andamento das atividades e identifica as principais causas de desperdício.
Neste aspecto, aliás, poucos setores são tão problemáticos quanto a construção civil. Desorganização no canteiro, desperdícios e atrasos são dores-de-cabeça constantes dos gestores.
Para fazer frente a isso os idealizadores da construção enxuta adotaram a metodologia que vinham sendo aplicada com sucesso na indústria automobilística japonesa.
Objetivos e Princípios: É preciso deixar claro que a produção enxuta representa muito mais do que a simples soma da qualidade total e just in time. Ela expandiu e aperfeiçoou ao máximos estes conceitos, com princípios e ferramentas próprias.
A sua transposição para a construção civil, logicamente, precisa de adaptações, pois o local de trabalho, por exemplo, muda a cada obra. Ainda assim, a construção enxuta é extremamente vantajosa.
Princípios fundamentais da construção enxuta
Estes são os princípios fundamentais que devem ser observados na implementação da construção enxuta, para você já pensar na aplicação na sua empresa.
Reduzir as atividades que não agregam valor: como acabamos de ver, são todas aquelas que os clientes não estariam dispostos a pagar e que representam apenas custos extras, perdas, para as empresas.
Considerar as necessidades dos clientes para agregar valor ao produto: devem ser identificadas claramente as necessidades dos clientes e estas informações deve ser contemplada na elaboração do projeto e gestão da obra.
Reduzir a variabilidade: estamos falando de itens como equipes de trabalho, fornecedores e processos de execução, como a duração de certas tarefas, que devem se manter estáveis o máximo possível.
Reduzir o tempo de ciclo: está relacionado ao just in time e significa a diminuição do tempo de ciclo, ou seja, redução da soma de todos os tempos das atividades que envolvem a produção. Reduzindo o tempo gasto por ciclo, é possível entregar antes do prazo, o que vem a ser fator competitivo bastante relevante.
Simplificar e diminuir o número de passos e de etapas: reduzindo-se o número de passos ou etapas de um processo, a tendência é que diminuam também as atividades que não agregam valor. Isso pode ser obtido, por exemplo, com a utilização de elementos pré-fabricados, planejamento eficaz e disposição dos materiais e ferramentas nos locais mais adequados para sua utilização.
Aumentar a flexibilidade de saída: é a possibilidade de se alterar as características do produto entregue ao cliente sem alteração significativa de preço. A experiência mostra que é possível manter os mesmos níveis de eficiência com flexibilidade de saída.
Aumentar a transparência do processo: faz com que os erros sejam percebidos com antecedência. Essa transparência pode ser com informações ou materiais. Por exemplo, sinalização adequada, indicadores de desempenho e programas de melhoria de organização e limpeza.
Ferramentas usadas: GRÁFICO DE GANTT Os gráficos de Gantt são um dos recursos visuais mais utilizados na atividade de gerenciamento de projetos (MEDEIROS, 2007). Trata-se de um instrumento utilizado para representar as etapas de um projeto, incluindo seu início, duração e fim. As tarefas de cada membro da equipe são representadas por uma barra sobre o eixo horizontal do gráfico (FIGUEIREDO, 2009). De acordo com Santoro (2007), esse tipo de instrumento serve para representar programas de produção, mas vem sendo empregado intensivamente para programação. Apesar da facilidade de operação, seu uso pode representar um fator de risco já que conta apenas com a experiência dos executores do programa.
DIAGRAMA DE PARETO: O Diagrama de Pareto é uma das ferramentas da qualidade e permite uma fácil visualização e identificação das causas ou problemas mais importantes, possibilitando a concentração de esforços para saná-los. É uma ferramenta que permite determinar as prioridades dos problemas a serem resolvidos, de acordo com sua importância, através das frequências das ocorrências, da maior para a menor, permitindo a priorização dos problemas. Isso não quer dizer que nem todos os problemas sejam importantes, mas sim que alguns precisam ser solucionados com maior urgência (RODRIGUES, 2015).
AMP – ACOMPANHAMENTO MENSAL DE PRODUÇÃO: A AMP (acompanhamento mensal de produção) é uma ferramenta que foi criada como forma de se medir o que está sendo realizado e assim comparar com o previsto. Trata-se de uma ferramenta que desdobra sua meta macro em metas micros, para que assim, os gerentes de obra possam ver, a curto prazo, qual o foco a ser dado. Todo início de mês a obra realiza uma reunião de produção e faz a estimativa do que pretende produzir. Durante a reunião, levantam-se algumas ideias.

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