Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES TRABALHO DE DIREITO PENAL IV PROFESSOR: LEANDRO AGUIAR COMENTÁRIOS DOS ARTIGOS DO CÓDIGO PENAL: ART 236 C.P INDUZIMENTO AO ERRO ESSENCIAL E OCULTAÇÃO DE IMPEDIMENTO ART 238 C.P SIMULAÇÃO DE AUTORIDADE PARA CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO ART 239 C.P SIMULAÇÃO DE CASAMENTO ART 241 C.P REGISTRO DE NASCIMENTO INEXISTENTE ART 242 C.P PARTO SUPOSTO. SUPRESSÃO OU ALTERAÇÃO DE DIREITO INERENTE AO ESTADO CIVIL DE RECÉM-NASCIDO ART 243 C.P SONEGAÇÃO DE ESTADO DE FILIAÇÃO ART 260 C.P PERIGO DE DESASTRE FERROVIÁRIO ART 267 C.P EPIDEMIA ALUNOS: WAGNER JUNIOR DAUDT DA SILVA JERÔNIMO VENTURA COSTA UCAM-PENHA 2019 INDUZIMENTO A ERRO ESSENCIAL E OCULTAÇÃO DE IMPEDIMENTO Art. 236 C.P Contrair casamento induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento anterior CONSIDERAÇÕES O crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento, é um crime no qual o próprio nome já traz em seu núcleo as condutas do autor que para contrair casamento leva a indução de erro essencial visando a ocultação de tal condição a outro contraente. É um crime simples que só pode ser praticado por pessoa, homem ou mulher, desde que solteira, caso se constate a pessoa ser casada haverá hipótese de bigamia que representa uma espécie de fraude qualificada ou estelionato matrimonial. O objeto específico da tutela penal é o interesse do estado em garantir o ordenamento jurídico familiar e, mais precisamente, a constituição regular da família contra fraude. Nesse crime a ordem familiar ou a ordem matrimonial em particular são indiretamente atingidas com a celebração de um matrimônio viciado ou anulado. Mas a conduta do agente não visa atingir o matrimônio nem a família. De certo modo, pode se dizer que a ação é ate a favor do matrimônio, embora em sentido anormal. Isso talvez explique porque a punibilidade do fato esteja condicionado do casamento contraído em razão do crime. OBJETO MATERIAL E BEM JURÍDICO PROTEGIDO Objeto material é contrair casamento e o bem jurídico protegido é a família porque causa leão a instituição familiar SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa, homem ou mulher. O delito pode ser praticado por ambos o conjunges, ao mesmo tempo, desde que dolosamente ocultem causa de impedimento ou erro essencial um do outro; se estiverem, no entanto, em unidade de designo, sendo hipótese de nulidade absoluta ambos praticaram o crime do Art.237 C.P. SUJEITO PASSIVO É o estado por meio do contraente de boa fé, mas cabe salientar caso o contraente tenha conhecimento da causa de impedimento capaz de gerar nulidade absoluta do casamento, respondera ele pelo rime do art.237 C.P. UCAM-PENHA 2019 ELEMENTO SUBJETIVO É o dolo. O dolo é genérico sendo representado pela vontade consciente e livre de contrair casamento induzindo em erro essencial o outro contraente ou ocultando-lhe impedimento. O crime não é punido quando praticado culposamente. CONSUMAÇÃO Consuma-se o crime com a celebração do casamento que se aperfeiçoa no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, as suas vontades de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declaram casados. Não sem possível a tentativa. COMISSIVO Trata-se de um crime de ação, sendo assim crime comissivo. PENA Detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos. CONHECIMENTO PRÉVIO DE IMPEDIMENTO Art. 237 C.P Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta. CONSIDERAÇÕES O art. 1521 VII do CC, diz sobre a causa de nulidade do casamento onde o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. Caso o agente, ciente dessa situação, venha a casar com a viúva da vítima de homicídio, sem que esta saiba ser ele o autor do crime, em tese, dois delitos serão praticados: tanto o do art. 236 quanto o do art.237 C.P. Contudo, Caso haja a intenção de enganar o contraente, prevalecerá o crime do art.236 C.P, que tem penas mais altas. Entretanto, caso a viúva e o homicida, ambos cientes da situação, vierem a se casar, ambos praticarão o crime do art.237C.P. Portanto, a principal diferença entre os dois delitos é o emprego de fraude, existente somente no primeiro, que é o art.236 C.P. Que exige, dessa forma, uma conduta comissiva do agente. Enquanto o art.237 C.P fala somente em causas de nulidade absoluta. UCAM-PENHA 2019 SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa, homem ou mulher. O delito pode ser praticado por ambos os cônjuges, ao mesmo tempo, desde que, dolosamente, ocultem causa de impedimento ou erro essencial um do outro – se estiverem, no entanto, em unidade de desígnios, sendo hipótese de nulidade absoluta, ambos praticarão o crime do art.237 C.P. SUJEITO PASSIVO É o Estado. Mediatamente o casamento contraído com terceiro de boa-fé. Caso o contraente passivo conheça a causa de impedimento capaz de gerar a nulidade absoluta do casamento, responderá pelo crime do art.237. ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO É o dolo constituído pela vontade consciente e livre de contrair casamento conhecendo impedimento que lhe cause nulidade absoluta. O crime não é punido quando praticado a título de culpa. Não é previsto pelo tipo o dolo específico. Não bastara entretanto para o aperfeiçoamento do delito em questão o dolo eventual, visto que o agente deverá conhecer a existência de impedimento. CONSUMAÇÃO Consuma-se o crime com a celebração do casamento, que se aperfeiçoa no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjuga e o juiz os declara casados (Art1.514 CC). Sendo admitida a tentativa, se ao iniciar a cerimonia alguém apresentar-se em altos brados o impedimento e obstando-se ao casamento. PENA detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. UCAM-PENHA 2019 SIMULAÇÃO DE AUTORIDADE PARA CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO Art.238 C.P Atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento: CONSIDERAÇÕES A conduta tipificada consiste na criminalização da conduta de atribuir a si mesmo autoridade para a celebração matrimonial, mediante mentira ou fingimento. Tal casamento assim realizado é maculado pela anulabilidade, que será sanada caso não seja alegada durante dois anos, sem prejuízo a configuração desse delito. OBJETO MATERIAL E BEM JURÍDICO PROTEGIDO O objeto material o agente quer contrair casamento mediante fraude. O bem jurídico protegido é a família. SUJEITO ATIVO Pode ser qualquer pessoa, homem ou mulher, desde que solteira. Tratando-se de crime comum. SUJEITO PASSIVO É o cônjuge enganado por acreditar competente a autoridade que se incumbe da celebração ELEMENTO SUBJETIVO Trata-se de crime doloso. CONSUMAÇÃO Se consuma com a prática de ato da autoridade falsamente alegada. PENA Detenção de 1 (um) a 3 (três) anos. UCAM-PENHA 2019 SIMULAÇÃO DE CASAMENTO Art.239 C.P Simular casamento mediante engano de outra pessoa Analisado o tipo penal, nota-se que a conduta incriminada consiste de simular a ponto de levar a acreditar o outro nubente que está de fato a se casar, quando na realidade não está. É imprescindível que haja meio ardiloso no empreendimento por parte de um contraente com o intuito de enganar, visto que um deles precisa ser enganado. Cabe aqui destacar a acertadíssima posição adota pelos doutrinadores Cleber Mason e Luiz Regis Prado de que portam-se como coautores todos aqueles que sabiam da farsa tramada além do cônjuge enganador. O ato de casar-se trata-se uma atitude deveras importante na vida de qualquer um, que afeta não só a sua própria mas de toda a sua família. Desta forma, tal ato da vida deve ser muito bem analisado a luz de todas as suas consequências e possibilidades. A simulação, portanto, acaba por macular um dos atos mais importantes na vida de uma pessoa sendo então acertadíssima a posição de punir todos aqueles que o ajudam a macular através da simulação. OBJETO MATERIAL E BEM JURÍDICO PROTEGIDO Continua sendo impedir a realização de um casamento simulado, prejudicando o cônjuge. O bem jurídico protegido é a família. SUJEITO ATIVO É quem simula realizar o casamento ex: (Juiz, oficial do registro, testemunhas) ou aquele que simular casar-se (o nubente). Como o crime pressupõe toda uma encenação, quase sempre praticado em coautoria, muito embora não seja crime pluri subjetivo. SUJEITO PASSIVO É o cônjuge enganado. CONSUMAÇÃO Consuma-se o crime com a efetiva celebração do casamento aparente. Porem a tentativa apresenta-se como possível, embora de difícil configuração. UCAM-PENHA 2019 ELEMENTO SUBJETIVO Trata-se de crime doloso onde a vontade consciente e livre de simular casamento, mediante engano de outra pessoa. Embora quase sempre seja a conduta praticada visando a um outro fim, não se faz necessário o dolo específico, bastando o dolo genérico. COMISSIVO Trata-se de um crime comissivo, sendo este realizado por meio de ação. PENA Detenção de 1 (um) a 3 (três) anos se o fato não constituir elementos de crimes mais graves. REGISTRO DE NASCIMENTO INEXISTENTE Art.241 C.P no registro civil a inscrição de nascimento inexistente CONSIDERAÇÕES Trata-se de crime comum, formal, comissivo e instantâneo. Consiste o delito em fazer figurar no registro civil um nascimento inexistente Nascimento é o ato de nascer, ou seja, de ter início a vida do ser humano. Se é inexistente é porque não ocorreu. O feto foi expelido morto ou nunca foi gerado. O crime do artigo 241 absorve o crime de falsidade ideológica por ser especial. OBJETO MATERIAL E BEM JURÍDICO PROTEGIDO Objeto material é o estatus fimiliae é o complexo de direito atribuído a pessoa após ter nascido, resumindo-se no direito de filiação. Tal direito demonstra que a pessoa íntegra determinada família como o status civitatis comprova que o cidadão seja de uma certa nacionalidade. O bem jurídico protegido e a personalidade civil, o estado de filiação e os direitos a ele inerentes (direito à assistência familiar, o direito a prestações positivas, como educação e a saúde, direitos hereditárias ou até as vedações matrimoniais em razão de vínculo de parentesco). UCAM-PENHA 2019 ELEMENTOS SUBJETIVO É representado pelo dolo genérico, que é a vontade consciente e livre de proceder ao registro de nascimento inexistente. SUJEITO ATIVO Pode ser qualquer pessoa, entretanto no partos suposto somente a mulher poderá praticá-lo por tratar-se de crime próprio. SUJEITO PASSIVO A pessoa cujo direito de filiação foi lesado, e ainda, o Estado. CONSUMAÇÃO Consuma-se o crime quando se opera a incrição no registro civil, sendo admitida a forma tentada. COMISSIVO Crime onde se faz necessário a ação do agente. PENA Reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos. UCAM-PENHA 2019 PARTO SUPOSTO. SUPRESSÃO OU ALTERAÇÃO DE DIREITO AO ESTADO CIVIL DE RECENASCIDO Art.242 C.P Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substitui-lo, suprimindo-lhe ou alterando direito inerente ao estado civil. CONSIDERAÇÕES No caso do artigo em questão, o bem jurídico a ser tutelado é a segurança do estado de filiação e a fé pública dos documentos oficiais. Desta forma, a substância do crime reside na falsidade de documento público, o qual tem sua reprovação agravada pelo fato de atingir o estado de filiação, alterando ou suprimindo direito inerente ao estado civil. OBJETO MATERIAL E BEM JURÍDICO PROTEGIDO O objeto jurídico protegido e a tutela genérica do estado familiar mais especificamente, o estado de filiação. Objeto material trata-se da supressão ou da alteração do direito civil. ELEMENTO SUBJETIVO O elemento subjetivo do tipo é representado pelo dolo na vontade livre e consciente de: Dar parto alheio como próprio. Registrar falsamente o filho alheio como próprio. Ocultar recém-nascido com finalidade de suprir-lhes direitos inerentes a seu estado civil. Substituir recém-nascido com a finalidade de suprimir ou alterar direitos inerentes ao seu estado civil. SUJEITO ATIVO O sujeito ativo na primeira modalidade descrito no nucleo verbo do tipo (da parto alheio como próprio), só pode ser a mulher. Tratando-se assim de um crime próprio. Nas demais modalidades, o sujeito ativo poderá ser qualquer pessoa, tratando-se assim de um crime comum. UCAM-PENHA 2019 SUJEITO PASSIVO É o estado, bem como os herdeiros prejudicados, as pessoas lesadas com o registro e os recém-nascidos ocultados ou substituídos. CONSUMAÇÃO Consuma-se o crime da primeira modalidade acima descrita quando for dado o parto alheio como próprio, o que verifica-se por ocasião de registro. Consuma-se a segunda modalidade quando se operar o assentamento do falso registro, o crime de ocultação de recém-nascido se consuma quando sobrevier a supressão de direito inerente ao estado civil. Na substituição de recém-nascido verifica-se a supressão ou alteração de direito inerente ao seu estado civil. COMISSIVO Se trata de um crime que necessita da ação do agente. PENA reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos. Paragrafo único. Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza: Pena detenção, de1 (um) a 2 (dois) anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena. SONEGAÇÃO DE ESTADO DE FILIAÇÃO Art 243 C.P em asilo de exposto ou outra instituição de filho próprio ou alheio, ocultando a filiação ou deixar atribuído-lhe outra, com o fim de prejudicar direito inerente ao estado civil. CONSIDERAÇÕES Deixar, no sentido de abandonar, o menor de idade em asilo de expostos ou instituição de assistência, ocultando-lhe a filiação ou atribuindo-lhe outra com o fim de prejudicar direito inerente ao estado civil. UCAM-PENHA 2019 OBJETO MATERIAL E BEM JURÍDICO PROTEGIDO O bem jurídico protegido e a tutela genérica do estado familiar mais especificamente, o estado de filiação O objeto material é sonegação do estado de filiação no registro civil. ELEMENTO SUBJETIVO Além do dolo genérico, consiste na vontade de realizar a conduta prevista no molde legal, a norma exigiu o dolo específico. Acha-se representado (pelo fim de prejudicar direito inerente ao estado civil). SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa. SUJEITO PASSIVO É o Estado e o menor abandonado, prejudicado deixado em asilo de exposto ou outra instituição de assistência. CONSUMAÇÃO Realiza-se a consumação do crime com o abandono do sujeito passivo, nas condições mencionadas e local previsto. Ou seja, dar-se-á consumação com a deposição da criança no asilo (ou do filho próprio ou alheio, como quer a lei), sem que lhe tenha sido revelada a filiação, ou com sua atribuição. COMISSIVO Crime comissivo, exigindo-se a ação do agente. PENA Reclusão de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. UCAM-PENHA 2019 PERIGO DE DESASTRE FERROVIÁRIO Art.260 C.P Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro. CONSIDERAÇÕES I - destruindo, danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material rodante ou de tração, obra de arte ou instalação; II - colocando obstáculo na linha; III - transmitindo falso aviso acerca do movimento dos veículos ou interrompendo ou embaraçando o funcionamento de telégrafo, telefone ou radiotelegrafia; IV - praticando outro ato de que possa resultar desastre: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. Desastre ferroviário § 1º - Se do fato resulta desastre: Pena - reclusão, de quatro a doze anos e multa. § 2º - No caso de culpa, ocorrendo desastre: PENA - detenção, de seis meses a dois anos. § 3º - Para os efeitos deste artigo, entende-se por estrada de ferro qualquer via de comunicação em que circulem veículos de tração mecânica, em trilhos ou por meio de cabo aéreo. Pune-se neste artigo a provocação e perigo de desastre em estrada de ferro. A característica da estrada de ferro leva em conta que o tráfico se dê em trilhos ou por meio de cabo aéreo, como é o caso do nosso “Pão de Açúcar”. Assim tal conceito de estrada de ferro, para fins penais, abrange não só os trens, como ainda o metrô, os bondes e os teleféricos. OBJETO MATERIAL E BEM JURÍDICO PROTEGIDO O Bem jurídico protegido e a incolumidade pública e a segurança do transporte ferroviário. O objeto material trata-se da segurança dos meios de comunicação, transporte ferroviário e outros serviços públicos, bem como a vida dos seus usuários. SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa, inclusive um funcionário da estrada de ferro. (maquinistas, guarda freios etc). SUJEITO PASSIVO São as pessoas postas em perigo, ou efetivamente lesadas, em sua integridade física ou na vida. UCAM-PENHA 2019 ELEMENTO SUBJETIVO Dolo, pois o agente deverá impedir ou perturbar, consciente e voluntariamente, serviço de estrada de ferro, ciente de que, com seu ato, poderá provoca um desastre. CONSUMAÇÃO Trata-se de crime de perigo concreto, consuma-se o crime no instante e no lugar em que se verificar o perigo concreto e não presumido de desastre. Poderá haver aplicação da tentativa, se a pedra for retirada, antes que o trem se avizinhe, ou se descoberta a tempo a manobra criminosa. EPIDEMIA Art.267 Causar a epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos. CONSIDERAÇÕES É a disseminação com emprego de meios bacteriológicos a fim de provocar epidemia. OBJETO MATERIAL E BEM JURÍDICO PROTEGIDO Objeto material é a incolumidade pública pelo perigo advindo da difusão de epidemias contaminantes. O bem jurídico protegido é a saúde indeterminado número de pessoas. ELEMENTO SUBJETIVO Como escreve HUNGRIA “O elemento psíquico e a vontade de causar epidemia, conhecendo o agente a idoneidade maléfica dos germes de que se utiliza, isto é, de sua capacidade de transmitir o morbus de indivíduo a indivíduo, e sabendo ou devendo saber que cria o perigo de morte de indeterminado número de pessoas”. SUJEITO ATIVO Podendo ser qualquer pessoa inclusive aquela contaminada pela molesta. UCAM-PENHA 2019 SUJEITO PASSIVO É a coletividade e as pessoas contaminadas. COMISSIVO E OMISSIVO O crime é comissivo e, de forma excepcional, omissivo impróprio ou comissivo por omissão, quando o agente tem o dever jurídico de evitar o resultado. Crime hediondo a lei 8.072/90 em seu art. 6° inclui o presente delito entre os crimes hediondos. Por essa razão, duplicou a pena prevista para a modalidade dolosa: reclusão de 10 (dez) a 15 (quinze) anos. Podendo este crime ser praticado a título de dolo e a título de culpa. CONSUMAÇÃO Consuma-se o crime com a epidemia. PENA Reclusão de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, se o fato resultar morte, a pena é aplica em dobro. No caso de culpa, a pena é de detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, ou, se resultar morte de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. OBRAS CONSULTADAS: (CÓDIGO PENAL COMENTADO - FERNANDO DA COSTA JR FERNANDO JOSÉ DA COSTA) (MANUAL DE DIREITO PENAL – CEZAR ROBERTO BITENCOURT) (LIVRO DE DIREITO PENAL – CLEBER MASSON) SITE CONSULTADOS: PASSEIDIREITO.COM / JUSBRASIL.COM / DIARIODASLEIS.COM.BR / JUS.COM.BR UCAM-PENHA 2019
Compartilhar