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Aluno: Daiana Marques Postiguilhone 1. Jonas descobriu, na mesma semana, que era portador de doença venérea grave e que sua esposa, Priscila, planejava pedir o divórcio. Inconformado com a intenção da companheira, Jonas manteve relações sexuais com ela, com o objetivo de lhe transmitir a doença. Ao descobrir o propósito de Jonas, Priscila foi à delegacia e relatou o ocorrido. No curso da apuração preliminar, constatou-se que ela já estava contaminada da mesma moléstia desde antes da conduta de Jonas, fato que ela desconhecia. (Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-AL Prova: CESPE - 2017 - DPE-AL - Defensor Público) Nessa situação hipotética, considerando-se as normas relativas a crimes contra a pessoa, a conduta perpetrada por Jonas constitui A) tentativa de perigo de contágio venéreo. B) crime impossível, em razão do contágio anterior. C) delito putativo de contágio por moléstia grave. D) perigo de contágio por moléstia grave consumado. E) tentativa de lesão corporal, devido ao perigo de contágio venéreo. 2. A médica M. deseja matar o paciente P. Para tanto, entrega ao enfermeiro E. uma ampola contendo substância venenosa, rotulando-a como medicamento e dizendo a E. que o conteúdo da ampola deve ser ministrado imediatamente a P. mediante injeção. E. injeta em P. a substância venenosa, indo P. imediatamente a óbito. Levando em consideração o caso hipotético acima, assinale a alternativa correta. (Ano: 2018 Banca: UFPR Órgão: COREN-PR Prova: UFPR - 2018 - COREN-PR – Advogado) A) Tanto M. quanto E. devem responder por homicídio doloso qualificado pelo emprego de veneno, pois, segundo a legislação penal, quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas. B) Ainda que se trate de hipótese de autoria mediata, tendo o Código Penal brasileiro adotado o conceito unitário de autor, isso não afeta a responsabilidade penal de E. C) M. deve responder por homicídio doloso qualificado pelo emprego de veneno, enquanto E. responderá por homicídio culposo, visto que o erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. D) Apenas E. deve responder por homicídio doloso qualificado pelo emprego de veneno, visto que M., apesar de ter a intenção de matar P., não praticou qualquer conduta típica de homicídio. E) Apenas M. deve responder por homicídio doloso qualificado pelo emprego de veneno, visto que E., apesar de ter causado a morte de P., desconhecia o conteúdo da ampola. 3. “Existe quando o agente prevê o resultado, mas espera, sinceramente, que não ocorrerá; configura- se quando a vontade do agente não está dirigida para a obtenção do resultado, pois ele quer algo diverso, mas, prevendo que o evento possa ocorrer, assume assim mesmo a possibilidade de sua produção.” AVALIAÇÃO TEÓRICA 2 (AV2) NOTA: Instituição: Estácio Centro RS Curso: Direito Disciplina: Teoria do crime - Penal Período: 2020.2 Data:27/11/2020 Assinale a alternativa que correta e respectivamente completa as lacunas. (Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Delegado de Polícia) A) dolo indireto ... dolo alternativo B) dolo eventual ... culpa consciente C) culpa inconsciente ... culpa consciente D) culpa consciente ... dolo eventual E) culpa inconsciente ... dolo eventual 4. A partir da narrativa a seguir e considerando as classes de crimes omissivos, assinale a alternativa correta. (Ano: 2017 Banca: FAPEMS Órgão: PC-MS Prova: FAPEMS - 2017 - PC-MS - Delegado de Polícia) Artur, após subtrair aparelho celular no interior de um mercado, foi detido por populares que o amarraram em um poste de iluminação. Acabou agredido violentamente por Valdemar, vítima da subtração, que se valeu de uma barra de ferro encontrada na rua. Alice tentou intervir, porém foi ameaçada por Valdemar. Ato contínuo, Alice, verificando a grave situação, correu até um posto da Polícia Militar e relatou o fato ao soldado Pereira, que se recusou a ir até o local no qual estava o periclitante, alegando que a situação deveria ser resolvida unicamente pelos envolvidos. Francisco, segurança particular do mercado, gravou a agressão e postou as imagens em rede social com a seguinte legenda: "Aí mano, em primeira mão: outro pra vala". Artur morreu em decorrência de trauma craniano. A) Pereira poderá ser indiciado pela prática de crime omissivo impróprio. B) Pereira poderá ser indiciado pela prática de crime omissivo próprio. C) Alice poderá ser indiciada pela prática de crime omissivo próprio. D) Alice poderá ser indiciada pela prática de crime omissivo impróprio. E) Francisco poderá ser indiciado pela prática de crime comissivo por omissão. 5. O crime putativo: A) É o delito imaginário, aquele que existe somente na imaginação do agente. B) É o delito que a lei exige que o objeto seja impróprio de forma absoluta. C) Pelo tipo de meio utilizado, nunca promoverá a consumação do crime. D) É o delito em que o meio empregado é absolutamente ineficaz. 6. Quanto aos crimes instantâneos. Considere as seguintes afirmações: I - São aqueles cuja consumação se dá com uma única conduta; II - Produzem efeitos prolongado no tempo; III - Não produzem efeitos prolongados no tempo; IV - São aqueles cuja consumação exige qualidade especial do agente. A) As assertivas I e III estão corretas. B) As assertivas I, III e IV estão corretas. C) As assertivas II e IV estão corretas. D) As assertivas I, II e IV estão corretas. 7. Assinale a alternativa correta. A) Crime de perigo são os crimes que não se consumam. B) Crime de perigo está relacionado com a audácia dos bandidos. C) Crime de perigo são os que contenham, para a consumação, a mera probalidade de haver um dano. D) Crime de perigo são aqueles que definem os crimes contra a vida ou a integridade física. 8. O crime de homicídio, art. 121 do Código Penal, é classificado doutrinariamente como um crime (Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Provas: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES) A) de dano, material e instantâneo de efeitos permanentes. B) vago, permanente e multitudinário. C) próprio, de perigo e exaurido. D) comum, forma livre e concurso necessário de agentes. E) de mão própria, habitual e de forma vinculada. 9. O marinheiro Eduardo matou seu colega de farda a bordo do navio-escola NE Brasil, da Marinha Brasileira, quando o navio estava em águas sob soberania do Japão. Qual será a lei aplicada ao mesmo? Justifique sua resposta com os devidos embasamentos legais. R- A lei penal brasileira será aplicada ao caso, em razão do princípio da territorialidade. As aeronaves e embarcações brasileiras, de natureza pública (pertencentes ao Governo Brasileiro ou que estejam a seu serviço) são consideradas território brasileiro por extensão, onde quer que se encontrem. Portanto, a Lei Penal brasileira deve ser aplicada ao caso, pelo princípio da territorialidade, nos termos do art. 5°, § 1° do CP. De acordo com o art. 5º, caput, do Código Penal, “aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional”. Com tal enunciado, nosso Código acolheu o princípio da territorialidade da lei penal, isto é, a lei penal brasileira aplica-se a todos os fato ocorridos dentro do nosso território. Os §§ 1º e 2º do art. 5º do Código Penal esclarecem ainda que: “para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achaem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar”, (§1º). É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronave ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelasem pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. (§2º). 10. Julia, nascida em 22 de maio de 2000, não mais aguentando o comportamento de sua prima, Renata, que constantemente a vinha ofendendo, resolve pôr fim àquele comportamento. Para isso, no dia 21 de maio de 2018, pega, sem que ninguém perceba, as chaves do carro de seu pai que estava estacionado na garagem e, enquanto a prima, de 18 anos, consertava a bicicleta, também na garagem, dá ré com o veículo e atropela Renata, que é imediatamente encaminhada ao hospital pelos tios. Em virtude de lesões internas sofridas, Renata vem a falecer em 25 de maio de 2018. Em procedimento administrativo para apurar os fatos, Julia, acompanhada de advogado, confessa sua intenção de matar, apesar de se declarar atualmente arrependida. Concluído o procedimento, os autos são encaminhados ao Promotor de Justiça com atribuição exclusivamente criminal. Com base no estudo do tempo do crime, como se dará o julgamento de Julia? Fundamente sua resposta. R- Reconhecer que a atribuição é da Promotoria da Infância e Juventude infracional, pois o Código Penal adota a teoria da Atividade para definir o momento do crime. O CP adotou a Teoria da Atividade para se determinar o momento em que foi praticado o crime. Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Como visto, para saber o tempo do crime, basta datar o momento da conduta realizada, independentemente da data em que ocorrer o resultado. No caso em tela, Julia tinha 17 anos no momento da ação/conduta. Desta forma, mesmo que o resultado morte, de sua prima Renata, tenha ocorrido posteriormente, quando Julia já completara 18 anos, esta responderá por ato infracional sendo atribuição da Promotoria da Infância e Juventude promover a demanda. Isto, tendo em vista que, como dito, o tempo do crime é definido no momento da ação ou omissão.
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