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1 Saulo Fernando de Oliveira Belo Horizonte, 2018 2 Saulo Fernando de Oliveira Física Experimental III: Relatório do trabalho Prático XII Relatório referente à aula de quinta-feira, dia 03/05/2018, sobre a determinação do campo magnético da terra, na disciplina de Física Experimental III, no curso de Engenharia Elétrica, na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Professor: Euzimar Marcelo Leite Belo Horizonte, 2018 3 RESUMO O campo magnético da Terra é como o campo magnético de um gigantesco ímã em forma de barra, que atravessa desde o Polo Sul até o Polo Norte do planeta. Mas é importante lembrar que o Polo Magnético da Terra tem uma inclinação de 11,5° em relação aos Polo Geográficos. 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………4 2. DESENVOLVIMENTO………………………………………………………………...5 2.1 OBJETIVO………………………………………………………………………….6 2.2 MÉTODO TEÓRICO PARA A EXPERIÊNCIA..............................................6 2.3 PROCEDIMENTO……………………...………………………………………….7 3. RESULTADOS OBTIDOS...………………………………………………………….8 4. CONCLUSÃO………………………………………………………………………….9 5 1-INTRODUÇÃO A descoberta de que a Terra possui um campo magnético, comportando-se como um grande imã, ocorreu em 1600, com trabalhos do físico e médico inglês William Gilbert. A origem desse campo magnético e as suas consequências para a Terra ainda são objeto de estudo, mas sua importância é incontestável. Foi ele que permitiu as grandes navegações, pelo uso da bússola e também que nos protege das partículas carregadas de eletromagnetismo provenientes do Sol. No núcleo externo da Terra, acredita-se haver ferro e níquel em estado de fusão, a cerca de 3 mil km de profundidade. Esse fluido está em constante movimento, o que gera correntes elétricas e, por consequência, um campo magnético. As altíssimas temperaturas do núcleo da Terra, muito acima do chamado Ponto Curie, não permitem que o ferro e o níquel estejam no estado sólido, de modo que eles não podem estar funcionando como um ímã. Se deixarmos oscilar livremente a agulha de uma bússola, ela ficará paralela à superfície terrestre em zonas perto do Equador, mas se posicionará verticalmente em pontos próximos aos polos Norte e Sul. Portanto, a inclinação da agulha varia entre -90º no polo magnético Sul e 90º no polo magnético Norte, passando por 0o no Equador. Esse valor é o que se chama de inclinação magnética. Todos sabem que a agulha de uma bússola aponta para o Norte em uma das extremidades e para o Sul na outra. Mas é preciso lembrar que o Norte mostrado pela bússola é o Norte Magnético, não o Norte Geográfico. A intensidade de um campo magnético é medida com uma unidade chamada tesla. O campo geomagnético é expresso com o submúltiplo nanotesla (nT), que vale 10- 9 tesla. 6 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 – Objetivo Esta prática tem como objetivo aprender a medir a componente horizontal do campo magnético terrestre e obter este valor para a cidade onde se realiza a experiência. 2.2 – Método Teórico para a Experiência Pode-se medir a componente horizontal do campo magnético da Terra submetendo-se uma bússola a um campo magnético uniforme. Se o campo em questão for perpendicular a direção Norte-Sul, apontada pela bússola, está se posicionará numa direção que será a resultante dos dois campos. Fazendo-se com que o eixo das bobinas fique perpendicular a direção Norte-Sul a bússola defletirá de um ângulo θ em relação à direção Norte-Sul. No diagrama abaixo, tomando-se 𝐵 ⃗ 𝑆 e 𝐵 ⃗ 𝑇 como vetores, tem-se: 𝐵 ⃗ = 𝐵 ⃗ 𝑆 +𝐵 ⃗ 𝑇. 𝐵 ⃗ 𝑆 é o campo magnético uniforme, produzido por um par de bobinas de Helmholtz. No ponto médio entre as bobinas, o módulo de 𝐵 ⃗ 𝑆 é: 𝐵𝑆: Componente horizontal do campo magnético da Terra. De acordo com o diagrama, Então, 𝐵𝑇 é a inclinação do gráfico 𝐵𝑆 versus 𝑡𝑔 𝜃. 7 2.3 – Procedimento Monte o circuito representado na Figura 2. Ligue as bobinas uma de frente para a outra, afastadas por uma distância igual ao seu raio e de tal modo que fiquem em série. Use o resistor de 47 Ω para limitar a corrente. Coloque a bússola sobre o suporte e no centro do sistema, de modo que o plano da bússola contenha o eixo das bobinas. Gire agora as bobinas, mantendo-as sempre paralelas, até que a linha Norte-Sul da bússola seja perpendicular ao seu eixo. Varie a tensão na fonte e meça a corrente elétrica e o ângulo de deflexão do ponteiro da bússola Material utilizado: ❖ um par de bobinas de Helmholtz; ❖ um amperímetro; ❖ um resistor de 47 Ω; ❖ uma fonte CC; ❖ cabos de ligação; ❖ uma bússula; Descrição do experimento: 1. Monte o circuito indicado. 2. Meça a corrente elétrica e o ângulo de deflexão do ponteiro da bússola. 3. Calcule os valores de 𝐵𝑆 e 𝑡𝑔 𝜃. 4. Construa o gráfico 𝐵𝑆 versus 𝑡𝑔 𝜃, com auxílio do programa Scidavis. 8 3. RESULTADOS OBTIDOS Campo magnético BS no centro das bobinas de Helmholtz em função da corrente elétrica i que passa por elas. 𝜽 é o ângulo entre o campo magnético total no centro das bobinas de Helmholtz e a componente horizontal do campo magnético terrestre: 𝑖 (A) 0,0295 0,0556x103 96,6 x103 132,6 x103 168,9x103 190,1 x103 𝜃 (graus) 5 10 15 20 25 30 𝐵𝑆 (T) 18,25 x10-6 34,03 x10-6 59,76 x10-6 82,04 x10-6 104,5 x10-6 117,62x10-6 𝑡𝑔 𝜃 0,08 0,17 0,26 0,36 0,46 0,57 Gráficos: 9 4. CONCLUSÃO Com este experimento verificou-se que o modelo aplicado para as bobinas de Helmholtz utilizadas conseguimos o resultado esperado para o campo magnético da terra, apesar de usarmos uma aparelhagem simples para realizar o experimento. Os desvios percentuais das medidas obtidas ocorreram por casa dos erros de paralaxe nas leituras da deflexão do ponteiro da bússola, além de erro na variação da corrente elétrica nas bobinas.
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