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RECURSO ESPECIAL ANNY ELKY

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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
APELAÇÃO N° 0709410-76.2017.8.07.0001 
 
SÃO MAURÍCIO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS, SÃO GERALDO 
EMPREEDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E ROSSI RESIDENCIAL S/A, já qualificadas nos autos da ação 
INDENIZATÓRIA, movida por Breno Coelho Nascimento e outro, vem, respeitosamente, à presença 
de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 105, inciso III, Alíneas “A” e “C” da Constituição 
Federal e em observância ao Artigo 1.029 e seguintes do Código de Processo Civil interpor o 
presente RECURSO ESPECIAL, pelas razões anexas, requerendo seu regular processamento e 
admissão com a consequente remessa ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça para o devido 
julgamento. 
Requer-se ainda a juntada do comprovante de recolhimento das custas 
relacionadas ao preparo recursal que acompanham a presente petição, para os devidos fins. 
Por fim, requer que todas as intimações e publicações sejam destinadas ao 
advogado THIAGO MAHFUZ VEZZI, inscrito na OAB/DF 47.506, com escritório situado na Avenida 
Paulista, 171, 8º andar, Bela Vista, São Paulo - SP, anotando-se o nome deste na contracapa dos 
autos, sob pena de nulidade. 
 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Distrito Federal, 13 de março de 2018. 
 
 
 
 
 
 
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL 
 
 
Recorrentes: SÃO MAURÍCIO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS, SÃO GERALDO 
EMPREEDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E ROSSI RESIDENCIAL S/A 
Recorridos: BRENO COELHO NASCIMENTO e ANNY ELKY SILVA COELHO 
Apelação nº 0709410-76.2017.8.07.0001 
 
Origem: 7ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal 
 
 
 
Colendo Superior Tribunal de Justiça, 
 
Eminentes Ministros, 
 
SÍNTESE DA CONTROVÉRSIA E DO V. ACÓRDÃO RECORRIDO 
Alegou a parte autora, ora Recorrida que adquiriu a unidade 103 – Bl. 18 
junto ao Edifício Rossi Parque Nova Cidade I, localizado na cidade de Valparaíso/GO. 
Afirma ainda que adquiriu uma unidade dentro de um condomínio 
fechado, com segurança 24 horas, área de lazer completa, quadra de esportes e praça de 
convivência, porém, ao receber as chaves do imóvel, percebeu que foi vítima de propaganda 
enganosa, já que as áreas comuns de lazer não estavam em conformidade com a publicidade do 
imóvel. 
Relatou ainda que foi prometido que as Recorrentes arcariam com o 
pagamento do ITBI, porém, para receber as chaves foi compelido ao pagamento do imposto e 
taxa, bem como ao apagamento de R$1.700,00, o que entende ser indevido. 
 
 
 
 
 
Superada a fase probatória foi proferida sentença procedente em parte 
para condenar as Recorrentes nos seguintes termos: 
“Diante de todo o exposto, julgo PROCEDENTES EM PARTE os pedidos formulados 
pelos autores para condenar as demandadas solidariamente: 1) ao pagamento aos 
autores da quantia de R$ 3.000,00, em dobro, corrigida pelo índice adotado por 
esta Corte desde o desembolso (01/08/2012, ID nº 7165363), e acrescida de juros 
de mora de 1% desde a citação, até o efetivo pagamento; 2) a indenizar aos autores 
os valores pagos a título de Juros de Obra, após a entrega das chaves, constantes 
do documento de ID nº 7165361, corrigidos pelo índice adotado por esta Corte 
desde o desembolso de cada parcela (discriminadas no documento citado), e 
acrescidos de juros de mora de 1% desde a citação, até o efetivo pagamento; 3) a 
pagar aos autores a quantia de R$ 35.426,14, a título de danos materiais, corrigida 
pelo índice adotado por esta Corte desde a propositura da ação, e acrescida de 
juros de mora de 1% a partir da citação, até efetivo pagamento. Os demais pedidos 
são improcedentes, nos termos da fundamentação supra. Em consequência, 
resolvo o feito, com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I do Código de 
Processo Civil. Em face da causalidade, e considerando a sucumbência 
experimentada pelos autores, condeno as partes ao pagamento das despesas 
processuais e honorários advocatícios, os quais fixo em 10% sobre o valor da 
condenação, na proporção de 20% para a parte autora e 80% para a parte ré. 
Ressalte-se que, em relação aos autores, a cobrança dos encargos de sucumbência 
restará suspensa, em face da gratuidade de justiça anteriormente deferida. 
Registre-se que os honorários advocatícios devem ser corrigidos pelo índice 
adotado por esta Corte, desde a prolação desta sentença, e acrescidos de juros de 
mora de 1%, a partir do trânsito em julgado. Transitada em julgado, proceda-se nos 
termos do art. 100 do Novo Provimento Geral da Corregedoria desta Corte. 
Publique-se. Intimem-se.” 
Irresignadas, as partes recorreram dessa decisão, ocasião em que o acórdão 
manteve incólume os termos da sentença proferida, razão pela qual se faz necessária a 
interposição do presente recurso. 
Por estas razões, é imperiosa a interposição deste recurso, com vistas única 
e exclusivamente a suscitas a este E. Tribunal que exerça sua função monofilática frente ao V. 
Acórdão atacado violar entendimento já consolidado nesta Corte. 
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE 
 
DO PREQUESTIONAMENTO 
Para que sejam admitidos os recursos de índole extraordinária, compostos 
pelo Recurso Especial, necessário ter havido prequestionamento da matéria que se deseja recorrer, 
 
 
 
 
 
sendo pressuposto indispensável à admissibilidade do recurso. No caso em tela, toda matéria posta 
em discussão neste C. Superior Tribunal de Justiça foi prequestionada no decorrer deste processo. 
Sendo certo o prequestionamento da matéria, vez que o E. Tribunal já se 
manifestou acerca do quanto debatido nesses autos, vale mencionar o entendimento 
jurisprudencial já consagrado por este E. Sodalício. 
“Para que haja o prequestionamento da matéria é necessário que a 
questão tenha sido objeto de debate, à luz da legislação federal indicada, 
com a imprescindível manifestação pelo Tribunal de origem, o qual deverá 
emitir juízo de valor acerca dos dispositivos legais, ao decidir pela sua 
aplicação ou seu afastamento em relação a cada caso concreto.” 
(SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. REsp 964.278-RS (2007/0146872-8) – 
Ministro Relator: Castro Meira) 
 
Desse modo, tendo a questão ora discutida nesse recurso ter sido ventilada 
e debatida durante toda a instrução processual e junto ao D. Tribunal, resta claro que a matéria 
está prequestionada, autorizando assim a apreciação deste reclamo pelo Colendo Tribunal 
Superior. 
Assim, face à contrariedade dos dispositivos supra mencionados do Código 
de Processo Civil e do Código Civil, prova-se que a manutenção do v. acórdão, que reformou a r. 
sentença de primeiro grau, para determinar a devolução dos valores pagos a titulo de indenização 
pela desvalorização do imóvel e dos valores dispendidos com ITBI e Juros de Obra deve ser 
reformada, em respeito ao entendimento já consolidado desta I. Corte. 
INOCORRÊNCIA DO REEXAME DE PROVAS 
Igualmente, não tem aplicação ao caso o enunciado n. 7 da Súmula desse 
Col. Superior Tribunal de Justiça, uma vez que a Recorrente não pretende o reexame de matéria de 
fato. O que se verifica é que, sob as questões de fato bem delineadas pelo V. Acórdão recorrido, o 
E. Tribunal a quo contrariou os artigos 421 e 422, além de divergir da jurisprudência dominante 
desta Corte. 
Não é necessário, inclusive, rever todo o substrato fático do caso, até 
porque a questão contida no recurso especial é puramente de direito. Para constatar as violações 
 
 
 
 
 
aqui mencionadas, basta à leitura do recurso da recorrente, das contrarrazões da Recorrida e do V. 
Acórdão recorrido. 
A questão, que será abordada com a profundidade necessária mais adiante, 
gira em torno da concepçãodo que o E. Tribunal a quo concebe como culpa pelos vícios apontados 
na inicial na análise do quadro sub judice e o que esta Alta Corte concebe sobre o mesmo quadro 
processual. Não se pretende discutir as provas produzidas, tampouco o modo como foram 
concebidas, QUER-SE DISCUTIR QUAL O CONTORNO JURÍDICO DAS CONCLUSÕES QUE DELA SE 
EXTRAEM POR QUALQUER INTÉRPRETE. 
Diante disso, resta insofismável que o presente recurso em nada pretende 
reexaminar fatos ou provas, sem em nada esbarrar no impedimento da Súmula 7 deste E. Sodalício, 
pois a interpretação do E. Tribunal a quo é diametralmente oposta ao entendimento deste E. 
Superior Tribunal de Justiça. O provimento do presente recurso importa na preservação da lei 
infraconstitucional e da construção jurisprudencial promovida pelos quatro cantos do país e 
uniformizada por este elevado órgão jurisdicional. 
Nessa toada, restará demonstrada a estrita legalidade que pautou a 
conduta desta recorrente. 
RAZÕES DE REFORMA PELA ALÍNEA “A” DO PERMISSIVO 
CONSTITUCIONAL 
 
a) Ofensa aos artigos 421 e 422 do Código Civil – Previsão Contratual 
 
Em que pese o entendimento do nobre e culto Relator prolator do V. 
Acórdão recorrido, certo é que a r. decisão proferida se revela dissonante com o artigo 421 e 422 
do Código Civil. 
“Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da 
função social do contrato”. 
“Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão 
do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”. 
 
 
 
 
 
Segundo Maria Helena Diniz (1), tal princípio se justifica porque "o contrato, 
uma vez concluído livremente, incorpora-se ao ordenamento jurídico, constituindo uma verdadeira 
norma de direito". 
No caso em tela a parte Recorrida argumentou quanto à suposta cobrança 
indevida dos juros de obra e ITBI, alegando que o tributo e os juros de obra são de responsabilidade 
das Recorrentes. 
Entretanto, a parte Recorrida não pode se esquivar da obrigação desses 
pagamentos, já que de acordo com o contrato esses pagamentos são de responsabilidade dos 
compromissários compradores, não sendo possível transferir à obrigação as empresas. 
Deste modo, não se pode falar em ressarcimento do valor pago a título de 
ITBI e Juros de Obra. Neste sentido, havendo no contrato de compra e venda deste imóvel cláusula 
transferindo para o comprador a obrigação ao pagamento do tributo e dos juros de obra, desde 
que essa cláusula esteja em consonância com a função social do contrato e respeite princípios 
básicos como direito à informação e boa-fé objetiva, tal cláusula e legal e deverá ser observada. 
Não bastasse, as cláusulas contratuais estão de acordo com a legislação 
atual, isto porque, as restrições legais para retenção de valores ou abusividade de cláusulas 
contratuais, previstas nos artigos 51, inciso IV e artigo 53, ambos do Código de Defesa do 
Consumidor, não se enquadram no caso dos autos, pois não há abusividade a ensejar a nulidade de 
cláusulas e as mesmas estão devidamente redigidas, não dando azo a qualquer dúvida. 
A revisão/anulação do contrato em nosso direito é exceção à regra vigente, 
qual seja do princípio da força vinculante dos contratos. As alterações que poderão ocorrer só se 
darão por vício do ato ou pela via excepcional da revisão. 
Tem-se buscado implantar a imagem de que seja o Código de Defesa do 
Consumidor, seja o Código Civil, criaram mecanismos que autorizam modificar o contrato ou 
cláusulas deste, desde que seja mais benéfico ao consumidor. 
Ledo engano; a Lei, como é cediço, não contém palavras inúteis e o direito à 
revisão contratual está consagrado no inciso V, do artigo 6º, da Lei nº 8.078/90, do Código de 
Defesa do Consumidor, o qual diz textualmente: “A modificação das cláusulas contratuais que 
 
 
 
 
 
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que 
as tornem excessivamente onerosas”. (grifo nosso) 
 
Como visto a lei consumerista, tanto aquela civil não se afastou dos 
princípios romanos que informam a teoria da imprevisão oriunda da denominada cláusula rebus sic 
stantibus que, como é do conhecimento de todos bem assim entendimento de todos, exige como 
pressuposto para o direito à revisão do contrato a superveniência de fato novo, imprevisível, capaz 
de gerar um desequilíbrio na equação econômico financeira que orientou as partes no momento da 
contratação. 
Assim WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO ensina: 
“A intervenção judicial só é autorizadora, porém, nos casos mais graves e de 
alcance muito geral. Para que ela se legitime, harmonizando o rigorismo 
contratual, necessária a ocorrência de acontecimentos extraordinários e 
imprevistos, que tornem a prestação de uma das partes sumamente 
onerosa. MARIA HELENA DINIZ assinala: É, portanto, imprescindível uma 
radical, violenta e inesperada modificação da situação econômica e social, 
para que se tenha revisão do contrato que se inspira na equidade do 
princípio do justo equilíbrio entre os contratantes”. 
 O princípio da Boa Fé Objetiva deve ser respeitado por aqueles que 
contratam validamente entre si, sejam pessoas físicas ou jurídicas, desde que não ocorra causa 
excepcional e imprevista que autorize a revisão judicial ou que uma das partes não tenha sido 
cientificada de todas as implicações decorrentes da afirmação do contrato, o que não ocorreu no 
caso em tela. 
Firmado o contrato, este se torna perfeito e acabado e desde então, não se 
tem conhecimento de fato novo que resulte na presença de pressupostos de admissibilidade para 
ação revisional. Nem, tampouco houve, no caso em tela, qualquer vício de consentimento capaz de 
nulificar o contrato estando-se diante de um ato jurídico praticado com livre manifestação de 
vontade por agentes capazes, sendo o objeto lícito, com regras definidas e previamente ajustadas, 
pois não há proibição legal com relação à contratação realizada. As cláusulas celebradas não são 
ilegais nem ilícitas, não havendo se cogitar de fim social. 
 
 
 
 
 
Não pode o recorrido repudiar cláusulas expressamente ajustadas, 
pretendendo sua nulidade e ao mesmo tempo beneficiar-se de outras cláusulas que lhe são 
satisfatórias, sob pena de os contratos se tornarem impraticáveis e inválidos. 
Desta forma, bem se vê a necessidade de reforma do v. acórdão, motivo 
pelo qual requer-se a admissibilidade do presente recurso. 
 
b) Ofensa ao artigo 373, I do Código de Processo Civil 
 
Noutro norte, houve por via de consequência da prestação jurisdicional em 
desacordo com os dispositivos de lei material acima apontado, inobservância quanto à disposição 
do art. 373, I, do Código de Processo Civil, de modo que, indubitavelmente não restou 
demonstrado pela Recorrida qualquer dano em decorrência dos vícios apontados. 
Assim, disciplinado o art. 373, I, do CPC, que incumbe a parte autora, ora 
Recorrida o ônus de comprovar os fatos que subsidiam sua pretensão, e não tendo os Magistrados 
das instâncias inferiores exigido a aplicação de tal dispositivo, mesmo diante do 
prequestionamento apontado pelas Recorrentes, restou evidenciado a violação também a este 
dispositivo legal, situação que também deverá passar sob o crivo deste tribunal superior, a fim de 
afastar a procedência dos pedidos objeto desta lide. 
DOS FUNDAMENTOS E MOTIVOS DE REFORMA COM SUPEDÂNEO NO 
ARTIGO 105, INCISO III, ALÍNEA “C” DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Excelências, de início cumpre salientar que o entendimento esposado pelo 
acórdão recorrido confronta O ENTENDIMENTO DESTA I. CORTE, conforme se verá adiante, pois 
esse assunto já foi discutido e diverge do entendimento desta Corte. 
É de se referir que o acórdãorecorrido violou frontalmente o artigo 105, III, 
c da CF, pois inúmeros acórdãos de outros Tribunais, especialmente desse E. STJ já acolheu o 
entendimento contrário ao prolatado no acórdão recorrido. 
Assim, no que tange ao pedido de revisão do V. Acórdão com base na 
jurisprudência e entendimento desta Nobre Corte, as Recorrentes pedem vênia para acostar ao 
 
 
 
 
 
presente recurso cópia das decisões proferidas pelo E. Superior Tribunal, nos seguintes 
julgamentos, em relação à possibilidade de excluir as indenizações anteriormente fixadas, 
principalmente no que tange aos juros de obra e ITBI. 
Acertadas decisões, cujas integras seguem colacionadas, merecem ser 
pormenorizadas nestas linhas a fim de demonstrar sua flagrante paridade com o caso em comento, 
e neste giro, reiterar, não só o cabimento deste recurso, como também ratificar as razões pela qual 
deve ser acolhido para determinar a exclusão dos danos morais pelas Recorrentes. 
 
DO COTEJO ANALÍTICO 
 
DIFERENCIAÇÃO NOS POSICIONAMENTOS 
 
 
Acórdão Recorrido Acórdãos Paradigma 
 
CÍVEL E DIREITO DO CONSUMIDOR. 
PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE 
IMÓVEL. ILEGITIMIDADE PASSIVA. REJEITADA. 
JUROS DE OBRA. ATRASO DA ENTREGA DO 
IMÓVEL. DANOS MATERIAIS. DEVIDOS PELA 
CONSTRUTORA. NÃO INCIDÊNCIA DO DANO 
MORAL. MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS. 
NÃO ACOLHIDO. RECURSOS DESPROVIDOS. 
1 - A Incorporadora Rossi Residencial, bem 
como a São Geraldo e a São Maurício 
Empreendimentos Imobiliários possuem 
responsabilidade solidária pelo compromisso 
de construção e entrega do imóvel 
residencial adquirido, possuindo os autores 
legitimidade para postular em juízo em 
desfavor dos contratados, não havendo 
relação com o Síndico. 
2 - O Código de Defesa do Consumidor rege-
se pelo princípio da boa-fé inserida na 
relação contratual, não só com vistas a 
resguardar à proteção do hipossuficiente na 
relação jurídica, mas também para garantir o 
 
“INDENIZAÇÃO. INTEMPESTIVIDADE. 
PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL 
EM CONSTRUÇÃO. VAGA PRIVATIVA DE 
GARAGEM. QUADRA INTERNA DE ESPORTES. 
PUBLICIDADE ENGANOSA. DANOS 
MATERIAIS. ITBI. 
I - A apelação do autor foi interposta após o 
transcurso do prazo legal, sendo 
manifestamente intempestiva. 
II - A oferta de vaga privativa de garagem e 
de quadra interna de esportes no 
empreendimento residencial não foi cumprida 
pelas rés, ficando caracterizada a publicidade 
enganosa, que vincula o fornecedor e integra 
o contrato, arts. 30 e 37, § 1º, do CDC, por 
isso devem arcar com o pagamento de 
indenização por danos materiais decorrentes 
da desvalorização do imóvel. 
III - A responsabilidade do comprador pelo 
pagamento do ITBI está expressamente 
prevista no contrato de financiamento 
celebrado entre as partes e a Caixa 
Econômica Federal, razão pela qual 
improcede o pedido de restituição da 
quantia paga. 
IV - Apelação do autor não conhecida. 
Apelação das rés parcialmente provida. 
 
 
 
 
 
equilíbrio da relação de consumo havida 
entre as partes, que se enquadram nos 
conceitos de consumidor e fornecedor 
previstos nos artigos 2º e 3º do Código de 
Defesa do Consumidor. 
3 - Verificado que houve cobrança excessiva, 
mostra-se devido o ressarcimento dos juros 
de obra que se estenderam após a entrega 
das chaves. 
4 - Houve violação do princípio da boa-fé 
objetiva, porquanto os promitentes 
vendedores veicularam propaganda que 
arcariam com o pagamento dos impostos e 
taxas, motivo pelo qual recaiu a repetição 
de indébito para restituir em dobro a 
cobrança extracontratual. 
5 - Os danos materiais restaram verificados 
ante a propaganda enganosa de que o 
imóvel seria constituído por área de lazer e 
vaga de garagem privativa, quando na 
entrega, constatou-se inexistir garagem e 
que a construção da área de lazer foi em 
área pública. 
6 - Não há que se falar em dano moral se os 
dissabores e as chateações decorreram de 
situações de vida comum que regem as 
relações em sociedade. 
7 – Os honorários advocatícios foram 
corretamente estipulados com fulcro no 
art. 86, do NCPC, porquanto verificado 
que cada litigante restou, em parte, 
vencedor e vencido. 
8 - Recursos conhecidos. Preliminar de 
ilegitimidade passiva suscitada pelos 1º 
Recorrentes rejeitada; e no mérito, 
negou-se provimento a ambos os 
recursos. Unânime. 
 
(Acórdão n.1052543, 20160111083247APC, 
Relator: VERA ANDRIGHI 6ª TURMA CÍVEL, 
Data de Julgamento: 04/10/2017, Publicado 
no DJE: 10/10/2017. Pág.: 464/482).” 
 
******************************* 
“APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO 
CONSUMIDOR, CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. 
COMPRA E VENDA IMÓVEL. COMISSÃO DE 
CORRETAGEM. COBRANÇA. NOVO 
ENTENDIMENTO. REPETITIVOS (STJ). RESP 
1599511/SP E RESP 1551951/SP. CLÁUSULA 
EXPRESSA NO CONTRATO. NECESSIDADE. 
TRANSFERÊNCIA AO CONSUMIDOR. 
POSSIBILIDADE. JUROS DA OBRA. CONTRATO 
DE FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO. 
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA FIDUCIÁRIA. 
COBRANÇA. PREVISÃO CONTRATUAL. 
RESPONSABILIDADE DA RÉ. AUSÊNCIA DE 
COMPROVAÇÃO (CPC/2015, ART. 373, I). 
PRETENSÃO DESGUARNECIDA DE LASTRO 
FÁTICO-MATERIAL. VAGA DE GARAGEM 
PRIVATIVA E QUADRA ESPORTIVA NO 
INTERIOR DO CONDOMÍNIO. DISPOSIÇÕES 
CONTRATUAIS EXPRESSAS. DEVER DE 
INFORMAÇÃO NÃO VIOLADO. BOA-FÉ 
CONTRATUAL PRESERVADA. PROPAGANDA 
ENGANOSA. NÃO OCORRÊNCIA. 
INDENIZAÇÃO INDEVIDA. DANOS MORAIS. 
INOCORRÊNCIA. DIREITOS DA 
PERSONALIDADE NÃO MACULADOS. 
SENTENÇA REFORMADA. IMPROCEDÊNCIA 
DOS PEDIDOS INICIAIS. INVERSÃO DOS ÔNUS 
SUCUMBENCIAIS. IMPERIOSIDADE. 
HONORÁRIOS RECURSAIS (CPC, ART. 85, § 
11). CONFORMAÇÃO À NOVA SISTEMÁTICA. 
EXIGIBILIDADE SUSPENSA. PARTE 
SUCUMBENTE BENEFICIÁRIA DA JUSTIÇA 
GRATUITA (CPC/2015, ART. 98, § 3º). 
1. Conforme definido recentemente pelo 
sodalício Superior, por meio de precedentes 
firmados em sede de julgamento de recursos 
repetitivos - REsp 1599511/SP, Rel. Ministro 
PAULO DE TARSO SANSEVERINO, SEGUNDA 
SEÇÃO, julgado em 24/08/2016, DJe 
06/09/2016 e REsp 1551951/SP, Rel. Ministro 
PAULO DE TARSO SANSEVERINO, SEGUNDA 
SEÇÃO, julgado em 24/08/2016, DJe 
 
 
 
 
 
06/09/2016 -, é válida a cláusula de 
transferência da obrigação ao consumidor 
obrigação de pagar a comissão de 
corretagem nos contratos de promessa de 
compra e venda de unidade autônoma em 
regime de incorporação imobiliária, desde 
que previamente informado o preço total da 
aquisição da unidade autônoma, com o 
destaque do valor da comissão de 
corretagem. 
1.1. No particular, não merece guarida o 
recurso da parte autora no ponto, haja vista 
que, conforme se verifica às fls. 50 e 73 dos 
autos, o contrato deixa clara a 
responsabilidade das autoras pelo 
pagamento correlato, o valor total do imóvel, 
e a porcentagem correspondente ao serviço 
de corretagem, denotando, desse modo, que 
as compradoras tinham plena ciência do valor 
total do bem e do valor que deveriam pagar a 
título de corretagem, mostrando-se lícito, 
portanto, o pactuado. Ademais disso, a 
proposta de reserva - Cotação 0020308790, 
de 20/07/2013 (fl. 50) - prevê expressamente 
COM. CORRETOR: 3,500% R$3.762,50 e 
PRÊMIO CORRETOR: 0,837% R$900,00. 
1.2. Desse modo, percebe-se 
insofismavelmente que as autoras tinham 
conhecimento acerca da cobrança pertinente 
à comissão de corretagem, tendo inclusive 
pactuado sobre o ponto de forma bastante 
clara e elucidativa no sinalagmático que 
enlaça as partes, não configurando, no caso à 
baila, qualquer abusividade e/ou ilegalidade 
no ajuste. 
2. Quanto aos juros da obra, depreende-se 
dos elementos fático-probatórios constantes 
dos autos que as autoras, ao firmarem a 
operação de mútuo com obrigações e 
alienação fiduciária em garantia - Contrato nº 
855552784022, fls. 79/112- foram 
informadas dos encargos mensais incidentes 
sobre aquele financiamento (Cláusula sétima 
e respectivos parágrafos - fls. 87/89), neles 
inclusos os eventualmente juros da obras. 
2.1. Além de não se aferir, no caso concreto, 
qualquer ilegalidade pertinente aos juros da 
obra cobrados das autoras com base no 
 
 
 
 
 
aludido contrato de financiamento imobiliário 
concertado com a Caixa Econômica Federal - 
CEF, também não constam nos autos 
elementos de prova aptos a imputar à ré a 
responsabilidade pelos juros em comento 
(CPC/2015, art. 373, I), os quais são exigidos 
diretamente pela instituição financeira 
fiduciária - terceira não integrante da 
presente relação processual. 
2.2. Desse modo, não há que se falar em 
ilegalidade do pagamento dos juros de obra 
e tampouco de repetição de indébito quanto 
a tal valor, já que a ré não pode devolver, 
em dobro, quantias que foram pagas a 
terceira pessoa (CEF). Assim, resta 
desguarnecida de lastro fático-material a 
pretensão das autoras nesse sentido. 
3. Aparte autora sustenta que lhe é devida 
indenização por danos materiais decorrentes 
da ausência de vaga de garagem e de quadra 
esportiva, alegando a ocorrência de 
propaganda enganosa relacionada a tais 
pontos. 
3.1. Importante observar que, conquanto a 
presente causa se subsuma sobretudo aos 
comandos emanados das normas 
consumeristas, devendo haver informações 
adequadas ao logo de toda a relação 
estabelecida entre as partes, no particular 
apura-se que não houve afronta ao dever de 
informação dos produtos que estavam sendo 
oferecidos às consumidoras. 
3.2. Vale destacar que a mencionada 
proposta de reserva não aponta nenhuma 
vaga de garagem privativa em prol das 
autoras. Na proposta de reserva do imóvel 
negociado há indicação de um apartamento, 
mas zero vaga de garagem (fl. 50). 
3.3. Denota-se que, no caso em desate, não 
houve propaganda enganosa atinente às 
vagas de garagem do condomínio, 
encontrando-se as autoras, desde a fase 
preliminar do respectivo contrato, 
devidamente informadas que não tinham 
vaga de garagem privativa [0 Vaga(s)]. A 
avença entabulada, de maneira bem 
evidente, também esclareceu que as vagas de 
garagem daquele condomínio seriam de uso 
 
 
 
 
 
comum dos condôminos. 
3.4. Em relação à quadra de esportes 
construída do lado de fora do condomínio, 
melhor sorte não assiste às autoras, uma vez 
que não ficou demonstrada a obrigação 
contratual de edificação da referida quadra 
dentro do empreendimento. Outrossim, no 
documento juntado à fl. 124, a área de lazer 
relativa à quadra poliesportiva ali 
evidenciada corresponde a empreendimento 
diverso daquele discutido nos autos. 
3.5. Nesse descortino, infere-se que as 
autoras não se desincumbiram, a contento, 
do encargo de comprovar suas alegações, à 
inteligência do disposto no artigo 373, inciso 
I, do CPC/2015. Do conjunto fático-probatório 
coligido nos autos, apura-se que a ré não 
infringiu nenhuma norma tuteladora das 
relações de consumo, pelo contrário, agiu 
pautada no instrumento contratual que rege 
o negócio ajustado entre as partes. 
3.6. Precedentes: Acórdão n.1014413, 
20140111359149APC, Relator: SIMONE 
LUCINDO 1ª TURMA CÍVEL, Data de 
Julgamento: 27/04/2017, Publicado no DJE: 
11/05/2017. Pág.: 138-153 e Acórdão 
n.888799, 20140110754938APC, Relator: 
TEÓFILO CAETANO, Revisor: SIMONE 
LUCINDO, 1ª TURMA CÍVEL, Data de 
Julgamento: 12/08/2015, Publicado no DJE: 
27/08/2015. Pág.: 153. 
4. Não é devida a indenização por danos 
morais, uma vez que não se constatou 
qualquer violação a direitos da 
personalidade, não havendo nem mesmo 
descumprimento contratual no caso em 
análise. Mesmo que houvesse mero 
descumprimento contratual, não sendo o 
caso dos autos, tal fato não tem aptidão, 
ordinariamente, para atingir os direitos da 
personalidade, limitando-se a dissabor, 
irritação, contrariedade sem repercussão na 
esfera íntima a ensejar compensação a título 
de danos morais. 
5. Em face da sucumbência decorrente da 
improcedência dos pedidos iniciais, condeno 
as autoras ao pagamento das despesas 
processuais e honorários advocatícios, os 
 
 
 
 
 
quais arbitro em 10% (dez por cento) sobre o 
valor atualizado da causa, na forma do artigo 
85, § 2º, do CPC/2015, devendo ser 
observada, porém, a suspensão da 
exigibilidade, porquanto deferido em prol das 
autoras os benefícios da assistência judiciária 
gratuita (CPC/2015, art. 98, § 3º). 
5.1. Em acréscimo, levando em conta o 
trabalho adicional realizado em grau recursal, 
majoro em 5% (cinco por cento) os honorários 
advocatícios retro fixados, à exegese do art. 
85, § 11, do CPC/2015, cuja exigibilidade 
também fica suspensa pela mesma razão 
supramencionada. 
6. RECURSO DAS AUTORAS CONHECIDO E 
NÃO PROVIDO. RECURSO DA RÉ CONHECIDO 
E PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. 
(Acórdão n.1049750, 20150110356752APC, 
Relator: ALFEU MACHADO 1ª TURMA CÍVEL, 
Data de Julgamento: 27/09/2017, Publicado 
no DJE: 02/10/2017. Pág.: 148-158).” 
 
 
Com isso, claro está que as alegações das Recorrentes merecem 
guarida, pois, pelo cotejo analítico imposto pela alínea “C” do artigo 105, III da Constituição 
Federal, norma que também fundamenta o presente recurso, facilmente chega-se à conclusão 
de que realmente houve equívoco dos Nobres Julgadores do E. Tribunal a quo quando do 
julgamento do decisum ora combatido. 
 
 Assim, deverá o acórdão hostilizado sanar a contradição apontada 
face às decisões deste Egrégio Superior Tribunal de Justiça. 
 
Ante o exposto, requer seja provido o presente recurso, 
reconhecendo a divergência jurisprudencial acima destacada, determinando a exclusão da 
indenização mantida pelo V. acórdão ou subsidiariamente sua redução, de acordo com os 
parâmetros condizentes com a jurisprudência desta Corte. 
DOS PEDIDOS 
 
 
 
 
 
Diante do exposto, patente à ocorrência de razão de admissibilidade do 
presente Recurso Especial (alíneas “A” e “C”, do inciso III do Artigo 105 da Constituição Federal), 
como visto. Por esse motivo, requerem as Recorrentes seja conhecida sua irresignação. 
Assim, requer seja om presente Recurso Especial admitido pelas alíneas “A” 
e “C”, do inciso III do Artigo 105 da Constituição Federal, e presentes seus pressupostos, requer seja 
encaminhado ao Colendo Superior Tribunal de Justiça, para que dele conheça, e no mérito, lhe seja 
dado provimento para reformar o V. Acórdão recorrido, com o fito de determinar determinando a 
exclusão das indenizações mantida pelo V. acórdão. 
Por derradeiro, requer que todas as intimações e publicações sejam 
destinadas ao advogado THIAGO MAHFUZ VEZZI, inscrito na OAB/DF 47.506, com escritório 
situado na Avenida Paulista, 171, 8º andar, Bela Vista, São Paulo - SP, anotando-se o nome deste na 
contracapa dos autos, sob pena de nulidade. 
 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Distrito Federal, 13 de março de 2018.

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