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LOGÍSTICA EM FARMÁCIA HOSPITALAR
Profª Éthel de Almeida Ribas
Temas
Seleção e padronização de medicamentos
Aquisição de medicamentos: compras e processos
Almoxarifado de produtos farmacêuticos (requisitos estruturais, conservação e
estocagem de medicamentos)
Planejamento e controle de estoque (sistemas de controle de estoque)
Seleção e padronização de medicamentos
Introdução	
Introdução
RENAME 2018
Vantagens da Padronização
Vantagens da Padronização
Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT)
A CFT é a junta deliberativa designada pela diretoria clínica com a finalidade de regulamentar a padronização dos medicamentos utilizados no hospital.
Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT)
Objetivos:
Padronizar;
Divulgar;
Alterar;
Elaborar estudos;
Manter arquivo da documentação pertinente;
Critérios de Padronização CFT
Medicamentos autorizados pela ANVISA; 
Princípios ativos com valor terapêutico comprovado, catalogados pelo princípio ativo, conforme a Denominação Comum Brasileira – DCB; 
Formas Farmacêuticas que permitam a individualização na distribuição; 
Forma Farmacêutica, apresentação e dose considerando: comodidade para administração ao paciente; faixa etária; facilidade de cálculo da dose a ser administrada; facilidade no fracionamento ou multiplicação de doses; 
Medicamentos que atentem as necessidades básicas da Instituição em análise conjunta com o corpo clínico; 
Medicamentos que gerem redução de custos da terapêutica, com qualidade, segurança e efetividade; 
Medicamentos que gerem redução de custos 
Estratégias:
usadas pela CFT
Pesquisar as necessidades básicas, considerando o perfil do hospital;
Agrupar os medicamentos por grupo farmacológico;
Adotar o nome genérico;
Mencionar a apresentação e dosagem;
Elaborar índice geral por grupo farmacológico;
Elaborar índice remissivo por nome genérico;
Divulgar a padronização;
Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT)
Padronização definitiva:
Médico preenche o formulário de inclusão/ exclusão;
Farmácia faz a análise técnica;
CFT emite o parecer;
Caso positivo, providenciará a padronização e a compra inicial;
Fonte: https://hospitaloswaldocruz.org.br/wp-content/uploads/2017/02/manual-farmaceutico-2016-2017.pdf 
Formulário de Padronização
Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT)
Aquisição de medicamento não- padronizado (compra eventual):
Médico preenche o formulário padronizado;
Farmácia faz a análise técnica;
CFT emite o parecer;
Caso positivo, providenciará a compra em caráter de urgência;
Aquisição de medicamentos
LEGISLAÇÃO SANITÁRIA E AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS E OUTROS PRODUTOS PARA SAÚDE 
Lei 5991 de 17/12/73 (controle sanitário de mdctos)
Lei 8666 de 06/06/93 (normas para licitação)
Portaria 801 de 7/10/98 (registro de mdctos)
RDC 185 de 22/10/01 (Produtos para Saúde)
Lei 10.520 de 17/07/02 (institui modalidade Pregão)
RDC 45 de 12/03/03 (B.P. uso de SPGV) 
RDC 134 de 29/05/03 (similares)
RDC 135 de 29/05/03 (genéricos)
RDC 333 de 19/11/03 (rotulagem)
RDC 210 de 02/09/04 (similares)
RDC 297 de 30/11/04 ( rotulagem)
Portaria 12 de 05/01/05 (transporte) 
AQUISIÇÕES EM ÓRGÃOS PRIVADOS
Estratégias
 Pesquisa de preços no Mercado
 Cadastro prévio de Fornecedores
 Normas Particulares da instituição
 Cooperativas
Aspectos a serem observados
 Número mínimo de cotações
 Preço objetivo
 Aprovação de compra
Definição prazos de entrega e pgmento
 Registro de compra
AQUISIÇÃO EM ÓRGÃOS PÚBLICOS
“ A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. “ (Lei nº 12.349, de 2.010) 
 LICITAÇÃO 
É o procedimento administrativo pelo qual um órgão público seleciona a proposta mais vantajosa aos seus interesses, mediante condições estabelecidas no instrumento convocatório, denominado “Edital”.
 EDITAL DE LICITAÇÃO 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA AQUISICÃO 
Descrição técnica Sol. Fisiológica 
em Sistema Fechado
Solução fisiológica a 0,9%, 500 ml, estéril, atóxica e apirogênica, acondicionada em recipiente de material maleável (bolsa ou frasco plástico), transparente e atóxico. O volume total da solução deve escoar sem necessidade de entrada de ar, sem utilização de respiro e com gotejamento constante para garantir o sistema fechado em qualquer condição. A escala de graduação deve ser no recipiente, por processo de moldagem ou impressão. O recipiente deve possuir sítio de adição de medicamentos, com elastômero que garanta a estanqueidade (autovedável), e via para conexão de equipo dotada de diafragma ou mecanismo similar. O produto deve ser identificado adequadamente, ostentando em seu rótulo a seguinte frase: “sistema fechado”. O recipiente plástico cheio com solução parenteral pode ser necessário conservar-se também dentro de uma embalagem protetora externa, hermeticamente fechada, e não deve perder mais de 2,5% da massa ao ano a 28º C e a 65% de umidade relativa”.
Fonte: Adaptado do descritivo técnico do Sistema de Administração de Materiais do HC da Faculdade de Medicina da USP
SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA AQUISICÃO 
PERIODICIDADE DE COMPRAS 
 Aspectos a considerar
modalidade de compra adotada
disponibilidade e capacidade do fornecedor
definição dos níveis de estoque
capacidade de armazenamento do serviço
recursos orçamentários e financeiros disponíveis
Programação: mensal, bimensal, trimestral, 			 semestral ou anual
FONTES DE AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS
Produtos da Indústria Farmacêutica:
a) Farmácia Comerciais:
ruptura de estoque
medicamento para o paciente
b) Medicamentos estrangeiros:
Empresas importadoras de medicamentos devem seguir as determinações das Portarias do M.S. nº.14 de 08/02/96 e n. 19 de 16/02/96 e apresentar o certificado de boas práticas de fabricação e controle do país de origem.
FONTES DE AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS
2) Medicamentos preparados no SFH
Atender prescrições da terapêutica personalizada.
a) Preparados a partir da Matéria Prima
farmacotécnica é um laboratório farmacêutico
b) Preparados a partir de Especialidade Farmacêutica
Necessidade: documentar movimentos
QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES:CRITÉRIOS
qualidade
 prazo de entrega
 preços acessíveis
 estrutura para atender a solicitação
 habilidade técnica para produzir/fornecer
 serviços pós-venda (sistema de suporte)
 localização
 reputação e solidez no mercado farmacêutico
 CADASTRO DE FORNECEDORES
# Nome jurídico e fantasia do fornecedor
# Endereço completo; CNPJ; nacionalidade
# Licença Sanitária e Alvará de Funcionamento
# Registro Empresa e Produto no MS
# Certificado Regularidade – resp. técnica 
# Autorização especial – Portaria 344
# Credenciamento para comercialização (Distribuidora)
# Certificado Boas Práticas de Fabricação na linha de produção
# Laudo analítico de Controle de Qualidade
# Visita Técnica
 INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE ESTOQUE
1) Consumo médio Mensal (CMM):
É a média dos consumos mensais de cada produto, em um certo período.
CMM = Σ CM
 NM
CMM fiel = registro diário de entrada e saídas de produtos, correto.
tempo = segurança
= se faltar o medicamento, não computar mês
 INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE ESTOQUE
2) Estoque de Segurança (ES):
Estoque de cada item que deve ser mantido como reserva para assegurar a continuidade do tratamento em caso de atraso de entrega do fornecedor ou aumento de consumo.
Depende da classe ABC, consumo e tempo de abastecimento.
ES item A = CMM.1/3TA
ES item B = CMM.1/2TA
ES item C = CMM.TA
 INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE ESTOQUE
3) Ponto de Reposição (PR)Indica quando se deve iniciar um novo processo de compra.
PR = CMM x TE + ES
Tempo de Espera (TE) ou Tempo de abastecimento (TA):
Tempo de gestão administrativa para selecionar o fornecedor (cotação) e enviar o pedido, somado ao prazo de entrega da firma fornecedora.
TE = TPI + PE
Obs.: tempo de espera, prazo de entrega, CMM e Estoque de Segurança = variáveis, revisão periódica 
 INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE ESTOQUE
4) Estoque Mínimo (EMI)
É a quantidade mínima que se deve manter de cada item
EMI = CMM + ES
5) Estoque Máximo (EMX)
É a quantidade máxima que se deve atingir no estoque. Está na dependência do número de compras anuais.
EMX = CMM x TC (ou NM)
 INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE ESTOQUE
6) Quantidade econômica de pedido
Analisar custos variáveis ou indiretos
A) Custo de Manutenção dos Estoques:
20 a 45 % do valor das compras efetuadas, sobem e baixam com o volume de estoque.
B) Custo de Aquisição:
Custos indiretos de produzir uma ordem de compra.
Custo Aquisição = Custo Manutenção
Função do nº. Função do estoque
de ordens
expedidas em 
um tempo
 INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE ESTOQUE
7) CLASSIFICAÇÃO ABC
Importante instrumento de controle e gerenciamento. 
Classifica o item em função da representatividade de cada um em relação aos investimentos feitos em estoque, baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor.
 Categoria % artigos	 % custo
 A	 10 – 15 70 – 80 
 B 20 – 40 10 – 30
 C 50 – 70 3 – 10 
Para cada instituição varia de acordo com a natureza dos itens e política de estoques
Classificação ABC dos estoques por categorias.
MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO
Curva ABC
% VALOR
5
20
75
% ITENS
15
35
50
GRUPO A: poucos itens – maiores valores,.
GRUPO B: itens em situação intermediária.
GRUPO C: muitos itens – menores valores.
A
B
C
PASSOS P/ REALIZAÇÃO DA ANÁLISE ABC
MEDICA-
MENTO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
CONSUMO
1.200
60
2.750
840
6.000
360
1.380
7.200
2.400
4.800
13.200
600
600
8.400
1.800
6.000
360
1.200
VALOR
UNITÁRIO
1,24
9,45
13,11
3,91
0,35
4,90
102,07
4,03
0,52
38,01
1,05
0,16
6,71
0,46
0,44
0,58
10,47
4,97
CUSTO
TOTAL
1.488,00
567,00
36.052,50
3.284,40
2.100,00
1.764,00
140.856,60
29.016,00
1.248,00
182.448,00
13.860,00
96,00
4.026,00
3.864,00
792,00
3.480,00
3.769,20
5.964,00
COLOCA
EM ORDEM
14º
17º
3º
11º
12º
13º
2º
4º
15º
1º
5º
18º
7º
8º
16º
10º
9º
6º
ORDENA
POR CUSTO
182.448,00
140.856,60
36.052,50
29.016,00
13.860,00
5.964,00
4.026,00
3.864,00
3.769,20
3.480,00
3.284,40
2.100,00
1.764,00
1.488,00
1.248,00
792,00
567,00
96,00
ACUMULA
VALOR
182.448,00
323.304,60
359.357,10
388.373,10
402.233,10
408.197,10
412.223,10
416.087,10
419.856,30
423.336,30
426.620,70
428.720,70
430.484,70
431.972,70
433.220,70
434.012,70
434.579,70
434.675,70
A
B
C
%
GASTO
41,97
32,40
8,29
6,67
3,18
1,37
0,92
0,88
0,86
0,80
0,75
0,48
0,40
0,34
0,28
0,18
0,13
0,02
Curva A B C
%
ACUM
41,97
74,37
82,66
89,33
92,51
93,88
94,80
95,68
96,54
97,34
98,09
98,57
98,97
99,31
99,59
99,77
99,90
99,92
CATE-GORIA
 GERENCIAMENTO DE ITEM A
 GERENCIAMENTO DE ITEM B
GERENCIAMENTO DE ITEM C
 INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE ESTOQUE
7) CLASSIFICAÇÃO ABC
Importante instrumento de controle e gerenciamento. 
Classifica o item em função da representatividade de cada um em relação aos investimentos feitos em estoque, baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor.
 Categoria % artigos	 % custo
 A	 10 – 15 70 – 80 
 B 20 – 40 10 – 30
 C 50 – 70 3 – 10 
Para cada instituição varia de acordo com a natureza dos itens e política de estoques
Classificação ABC dos estoques por categorias.
 INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE ESTOQUE
8) CLASSIFICAÇÃO XYZ
PRIORIDADE TÉCNICA 
CRITICIDADE X SUBSTITUIÇÃO
X = máxima criticidade, imprescindíveis; sua falta 	põe em risco a assistência e a 	segurança do 	paciente; não podem ser substituídos.
Y = criticidade média; faltas podem provocar 	paradas e colocar em risco as pessoas; 	podem ser substituídos por outros com 	relativa facilidade.
Z = baixa criticidade; faltas não acarretam 	paralisações, nem riscos; grande 	possibilidade de substituições; grande 	facilidade de obtenção.
 INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE ESTOQUE
9) Inventário
Tem como finalidade conciliar as posições indicadas nos registros contábeis e dos setor de controle de estoque do SFH com os saldos físicos do estoque.
Classificação: de acordo com a frequência de realização.
Permanente: durante todo o exercício financeiro
Periódico: feito de forma rotativa
Itens A e X = inventariados mais vezes
Itens B e Y = rotatividade menor
Itens C e Z = uma vez ao ano
Almoxarifado de produtos farmacêuticos 
O ARMAZENADOR DEVE:
PRESENÇA EFETIVA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO
53
ESTRUTURA NECESSÁRIA
Instalações;
Equipamentos;
Documentação;
Gestão Pessoal;
Gestão de TI.
ESTRUTURA FÍSICA 
Administração;
Recepção;
Armazenamento;
Expedição;
Flexibilidade da área;
Iluminação e Ventilação adequados;
Piso, Teto e Paredes limpos e em boas condições;
Instalações sanitárias e lavatórios apropriados;
Área própria de alimentação dos funcionários;
Segurança e Rastreabilidade.
SEGURANÇA E CONSERVAÇÃO DOS PRODUTOS
CONDIÇÕES AMBIENTAIS 
TEMPERATURA
TEMPERATURA
TRANSPORTE
AMBIENTE
25 ° C
15 - 30 ° C
RESFRIADO
8 - 15 ° C
-
REFRIGERADO
2 - 8 ° C
-
CONGELADO
- 20 a - 10 ° C
-
Fonte: U.S. Pharmacopeia, 2006
ÁREAS ESPECÍFICAS
ÁREA DE DEVOLUÇÃO
 Os produtos interditados, devolvidos ou recolhidos devem ser identificados e separados dos estoques comercializáveis para evitar a redistribuição, até que seja adotada uma decisão final quanto ao seu destino.
SEGURANÇA PATRIMONIAL
Circuito fechado de TV/Vídeos;
Alarmes;
Rondas internas;
Segurança 24 horas;
Brigada de incêndio;
Detectores de metais nas portarias e controle de acesso;
Sistema de comunicação.
LIMPEZA
Programa de controle de pragas;
Programa de limpeza da área física e dos equipamentos;
Equipamentos de movimentação: paletes, paleteiras, empilhadeiras, gaiolas;
Manutenção dos equipamentos;
Controle de Acesso de Funcionários; 
Treinamento.
CÂMARA FRIA
Especificação dos produtos;
Identificação dos produtos;
Controle de temperatura e umidade relativa; 
Calibração dos equipamentos;
Validação;
Análise dos registros;
Plano de contingência.
FLUXO DE OPERAÇÕES (MACRO)
Recebimento;
Conferência;
Estocagem;
Separação / Embalagem (Picking);
Consolidação;
Expedição;
Transporte.
FONTE: ECT-DR/SPM
PONTOS CRÍTICOS 
;-)
 
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