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EXAMES COMPLEMENTARES EM NEUROLOGIA PROFA. JULIANA LIMA FONTELES MAGALHÃES EMAIL: jufontelesm@gmail.com OBJETIVOS DO MÓDULO • Apresentar aos discentes os principais exames complementares em NEUROLOGIA; • Capacitar o discente ao raciocínio clínico através da avaliação de exames complementares; • Capacitar o discente à tomada de decisão clínica através da avaliação de exames complementares; Parâmetros de referência • São fundamentais para a interpretação de um teste como método diagnóstico, além de serem essenciais para a tomada de decisões terapêuticas. • Falta de padronização dos valores de referência e das unidades; • Unidades de valores diferentes e em alguns casos, com unidades métricas diferentes (glicose em mg/dL ou mmol/L); • Poucos dados na faixa etária pediátrica ; Recomendações para a coleta do Perfil Lipídico: Jejum : Colesterol: 4 hrs Triglicérides: < 1 ano = 3 hrs; 1 a 6 anos = 6 hrs; > 6 anos = 12hrs (máximo 14 hrs). Estado metabólico estável; Dieta habitual e peso mantidos por pelo menos 2 semanas; Ausência de atividade física vigorosa nas 24 horas que antecedem o exame; Realizar dosagens seriadas sempre no mesmo laboratório. I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e Adolescência Sociedade Brasileiira de Cardiologia Hemograma completo Eritrócitos Componentes celulares Plaquetas Linfócitos Leucócitos Monócitos Granulócitos Eosinófilos Neutrófilos Basófilos Hemograma completo • ERITROGRAMA OU SÉRIE VERMELHA: Estudo das hemácias; Podem revelar alguns tipos essenciais de alterações patológicas do sistema eritropoético; • LEUCOGRAMA OU SÉRIE BRANCA: Contagem global e específica dos leucócitos; Avaliação quantitativa e qualitativa (permite conclusões diagnósticas e prognósticas); • PLAQUETOMETRIA: Estudo das plaquetas (menores elementos figurados do sangue); Diagnostica alterações de coagulação; Eritrograma ou série vermelha • Verificar alterações no sistema eritropoético; • Anemias (diminuição ou anormalidades na formação dos eritrócitos, hemoglobina ou de ambos; • Valores de referência de hemácias em crianças : 3.500.00 a 4.500.500 células/mm³ • Valores de referência de hemoglobina em crianças : 11 a 13g/dL VALORES ABAIXO DO ESTIPULADO HIPOGLOBULIA ANEMIA ASSOCIADA OU NÃO A QUEDA DE HEMOGLOBINA ACIMA DO ESTIPULADO >6.000.000 células /mm³ POLICITEMIA OU POLIGLOBULIA HIPERTROFIA DO ÉRITRON (responsável pela produção das hemácias ) Leucograma ou série branca • Contagem global de leucócitos; • Contagem específica dos leucócitos; Eosinófilos (2 a 4%) Neutrófilos (Mielócitos -0%, Bastões- 2 a 5%, metanielócitos- 0 a 1%, Segmentados- 55 a 65%) Basófilos ( 0 a 1%) ; Linfócitos (21 a 35%); Monócitos (4 a 8 %) Obs: o “desvio a esquerda” ou aumento do valor % de bastões é fundamental na avaliação de quadros infecciosos; ALTERAÇÕES CAUSAS EOSINOFILIA ↑ (2 a 4%) Alergias: asma, urticária, dermatites, pênfigo, parasitas, escabiose... EOSINOPENIA ↓ (2 a 4%) Infecções agudas e ou supurativas, deficiência da suprarrenal, coma diabético, reagudização de processos crônicos, exaustão física... NEUTROFILIA ↑ ( 55 a 65%) Pneumonia, meningite, apendicite, atrites sépticas, envenenamento.... NEUTROPENIA ↓ (55 a 65 %) Processos virais como HIV, rubéola, gripe, dengue... BASOFILIA NORMAL DE 0 A 1% LOGO ALTERAÇÃO SÓ PARA ↑ Leucemias crônicas, após infecções por estafilocócicas . Os neutrófilos são a 1° linha de defesa contra infecções bacterianas ALTERAÇÕES CAUSAS LINFOCITOSE ↑ (21 a 35%) Processos agudos como: rubéola, gripe, virose, toxoplasmose.... Infecções crônicas: tuberculose, sífilis congênita Leucemia linfática LINFOPENIA ↓ (21 a 35%) Processos agudos de infecções: apendicite, obstrução intestinal.. Envenenamento Crianças em quimioterapia MONOCITOSE ↑ (4 a 8 %) Infecções bacterianas e por protozoários (calazar, malária, leishamaniose) MONOCITOPENIA ↓ ( 4 a 8 %) Desnutrição Plaquetometria • Valor de referência : 200.000 a 400.000 células /mm³ ALTERAÇÕES CAUSAS TROMBOCITOSE ↑ Hemorragia Transfusão de sangue Dengue Cardioapatias TROMBOPENIA ↓ Pneumonia Leucemia Anemia perniciosa * Desnutrição exagerada * Também chamada de anemia de Addison, caracterizada pela redução no número de glóbulos vermelhos no sangue devido à incapacidade do trato gastrointestinal de absorver adequadamente a Vitamina B 12. Redução da hemoglobina/hematócrito baixo/ leucocitose/ aumento de bastões/ aumento de eosinófilos/aumento dos linfócitos Diagnóstico??? Pneumonia por asma/ quadros agudos Eosinofilia- quadros alérgicos Monocitose infecções bacterianas Leucócitos elevados / eosinofilia acima de 500/ monocitose/ é ate 1.000 e está 2.011/segmentados até 6.200 deu 21.835 Asma com pneumonia Hemograma _____________???? Importância clínica dos exames laboratoriais na prática do Fisioterapeuta Neurofuncional ACHADO VALORES REPERCUSSÕES NEGATIVAS PLAQUETAS TROMBOCITOSE ACENTUADA> 600.000 CÉLULAS /MM³ RISCO DE TROMBOS TROMBOCITOPENIA ACENTUADA <100.000 CÉLULAS/MM³ RISCO DE SANGRAMENTOS (MANOBRAS, ASPIRAÇÃO, TROCA DE CÂNULAS) ERITROGRAMA OU SÉRIE VERMELHA < 9G/DL INSUCESSO NO DESMAME LEUCOGRAMA OU SÉRIE BRANCA LEUCOCITOSE >14.000 E DESVIO A ESQUERDA >10% DE BASTÕES INFECÇÃO COMPROMETIMENTO DO DESMAME PLA INFECÇÃO LEUCOPENIA <4.000 INFECCÇÕES OPORTUNISTAS POR BAIXA DE IMUNIDADE ESTERELIZAÇÃO, MANIPULAÇÕES EXCESSIVAS, MANOBRAS DESNECESSÁRIAS Marcadores Inflamatórios em Neurologia • Velocidade de hemossedimentação (VHS) - Baixa especificidade - Sujeita a variações do número, tamanho e forma das hemaceas e às concentrações de imunoglobulinas • Citocinas - Interleucinas 1, 6, 8 e 10; TNF alfa - Alto custo • PCR VHS Velocidade de separação entre as hemácias e o plasma • POUCA ACEITAÇÃO NA PRÁTICA CLÍNICA- UTILIZADO EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS • Homens: 0 a 10mm³ na 1/ hora • Mulheres e crianças: 0 a 15mm³ na 1° hora • Níveis elevados: febre, processos inflamatórios, quimio e radio; • Níveis baixos: choque, corticoterapia; PCR • A proteína C reativa (PCR) é uma proteína produzida no fígado que está presente no sangue quando existe alguma inflamação ou infecção no organismo; • ↑ da PCR + LEUCOCITOSE= mecanismo de defesa • Valores entre 3 e 10 mg/L: gripe ou resfriado, inflamações de dentes ou garganta de pequenas proporções; • Valores entre 10 e 40 mg/L: geralmente indicam infecções mais graves como em caso de catapora ou infecção respiratória; • Valores acima de 40 mg/L: infecção bacteriana; • Valores estão acima de 200 mg/L: septicemia Altas taxas de PCR estão associadas à um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares PCR • Os níveis séricos da PCR começam a aumentar entre 4 e 10 horas após o início do estímulo, atingem valores de pico de até 1.000 vezes sua concentração inicial em aproximadamente 48 horas e, como sua meia-vida é de quatro a nove horas, retornam rapidamente a valores basais após a melhora do processo. • O gene que codifica a síntese da PCR está localizado no braço longo do cromossomo 1 e sua transcrição é regulada por citocinas produzidas por monócitos, macrófagos e fibroblastos ativados; • Principal fator de estímulo para a produção da PCR é a interleucina-6 (necrose tumoral-α e a interleucina-1β, atuam sinergicamente com a interleucina-6) PCR • Infecções bacterianas geralmente estão associadas a valores de PCR superiores a 100 ou 150mg/l (Aproximadamente 80% a 85% dos pacientes com PCR acima de 100mg/l têm infecções bacterianas); • Infecção virótica apresenta PCR com valores abaixo de 20 a 40mg/l (infecçõespor adenovírus, citomegalovírus, influenza, herpes simples, sarampo e caxumba podem cursar com valores de PCR superiores a 100mg/l) PCR Sumário de Urina- URINÁLISE • Elementos anormais e sedimentoscopia; • Proteinúria – proteínas da urina de 24 horas; • Creatinina; • Ureia; Exame simples de fácil coleta; Tria anormalidades da urina, disfunções metabólicas, doenças renais, infecções urinárias, doenças sistêmicas e hidratação; Exame físico da urina • ASPECTO: Límpido Pode haver pouca opacidade por precipitação de: uratos, cristais de oxalato de cálcio e ácido úrico. Opacidades normais podem se encontrar no sexo feminino , pela presença de muco ou células epiteliais; Turvação= presença de : leucócitos, hemácias, bactérias e cristais amorfos; Sumário de urina • COR: Amarelo- citrino: presença de urocromo (pigmento do metabolismo endógeno); Cor vermelha: (rosado a negro)- presença de sangue ou hemoglobina; Cor amarelo escuro âmbar: bilirrubina Intensidade da cor: fornece informações sobre o grau de hidratação; COR PÁLIDA COR ESCURA HIDRATAÇÃO HIDRATAÇÃO Sumário de urina • Densidade: Da informações sobre a homeostase dos líquidos e eletrólitos corpóreos; Volume e concentração de solutos- RINS Fatores que alteram a densidade: ureia, cloretos, fosfatos, glicose, contrastes de exames como TC e RM ↑) VALORES ISOSTENÚRIA 1.015 A 1.025 HIPOSTENÚRIA <1.015 HIPERESTENÚRIA >1.025 Correlações clínicas- urina ACHADOS PATOLOGIAS PRESENÇA DE GLICOSE (GLICOSÚRIA) +,++,+++,++++ DM, HPERGLICEMIA POR LESÕES DO SNC, FANCONI PRESENÇA DE CETONAS +,++,+++,++++ VÔMITOS E DIARRÉIAS, DIETA POBRE EM CARBOIDRATO PRESENÇA DE PROTEÍNAS (PROTEINÚRIA) +,++,+++,++++ ( (até 0,05g/24hrs) DOENÇA RENAL PRESENÇA DE BILIRRUBINA +,++,+++,++++ ICTÉRICIAS OBSTRUTIVAS E PARENQUIMATOSAS (+), ICTERÍCIAS HEMOLÍTICAS (AUSENTE) PRESENÇA DE HEMOGLOBINA (HEMOGLOBINÚRIA) ITU, PIELONEFRITE, FÁRMACOS. A síndrome de Fanconi consiste em múltiplos defeitos na reabsorção proximal renal, que causam glicosúria, fosfatúria, aminoacidúria generalizada e perda de HCO3. Os sintomas em crianças incluem falha do crescimento, retardo do crescimento e raquitismo. BILIRRUBINA DO FETO É EXCRETADA PELA PLACENTA IMATURIDADE DO INTESTINO CIRCULAÇÃO ENTEROHEPÁTICA DE BILIRRUBINA CONCENTRAÇÃO EM NEONATOS É BAIXA BILIRRUBINA NÃO CONJUGADA NO INTESTINO HIPERBILIRRUBINEMIA O FÍGADO DO NEONATO DEVE ASSUMIR SEU PAPEL IMATURIDADE FISIOLÓGICA MANUTENÇÃO DAS TAXAS É GRAVE A bilirrubina, principal componente dos pigmentos biliares, é o produto final da destruição da porção "heme" da hemoglobina e outras hemoproteínas. Sedimentoscopia • Presença de hemácias; (glomerulonefrite, nefrites,...) • Cristais (erros inatos do metabolismo) • Leucócitos (Piúria) • Cilindros (alterações do sistema renal e TU) Bilirrubina + ??? Bacteriologia • Lugar de destaque no diagnóstico clínico; • Sequelas de infecção: Bacteremia, fungemia, sepse; • Bacteremia: presença de bactérias na circulação sanguinea; Falha do sistema imunológico em identificar o foco primário, ou falha médica na tomada de decisão; Transitória (manipulações de mucosas não estéreis) Intermitente (abcessos) • Sepse: síndrome associada à presença de micoorganismos e ou toxinas no sangue (leva a choque, febre e coagulação intravascular disseminada); Tipos de cultura mais comuns em Neurologia • Liquor • Urinocultura; • Coprocultura; • Secreções; • Ponta de cateter; • Hemocultura; • Líquidos (pleural, pericárdico..) orgânicos aminiótico, Hemocultura • Baixa sensibilidade (alto índice de falso negativo); • Baixa especificidade (possibilidade de resultado falso positivo) - -- O uso de antimicrobiano pela mãe, uma única amostra de sangue e volume inadequado da amostra ( 48h). • A presença de hemocultura positiva com microrganismo patogênico confirma o diagnóstico de sepse, mas a cultura negativa não o descarta. • Recomenda-se nova coleta após início do tratamento para casos com resultado positivo a fim de monitorar a resposta através da negativação da cultura Urinocultura Exame de fezes • Exame parasitológico comum - Recipiente: frasco plástico comum - Ausência de diarreia= a amostra pode ser coletada em qualquer horário e conservada em geladeira até a sua entrega ao laboratório. - Retirar uma amostra da fralda imediatamente após a evacuação. Usando uma pazinha, coletar uma porção de fezes, do tamanho de uma noz, e colocar no frasco próprio (Identificar o frasco com o nome completo da criança e a data) • Exame parasitológico com conservante ("MIF") frasco plástico com conservante; • Quando o médico solicitar o MIF, o paciente deve receber um frasco para cada amostra solicitada (coletada em qualquer horário e conservada em temperatura ambiente por até 5 dias). • Retirar uma amostra da fralda imediatamente após a evacuação. Usando uma pazinha, coletar uma porção das fezes, do tamanho de uma noz, e colocar no frasco próprio (aproximadamente uma parte de fezes e quatro partes de conservante). • Fechar bem o frasco e agitar de modo a dissolver as fezes completamente. Antibiograma Exames complementares em oncologia pediátrica • O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. • Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afeta os glóbulos brancos), os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). 1. Neuroblastoma (sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal); 2. Astrocitoma 3. Tumor de Wilms (renal) 4. Retinoblastoma 5. Germinativo (ovários ou aos testículos), 6. Osteossarcoma/ sarcomas Neuroblastoma Importante nos exames laboratoriais a dosagem de catecolaminas na urina ACIDO VANILMANDELICO – NORMAL < 37mMOL/24 HORAS Ressonância magnética Caso 1: Formação imprecisa complexa, não homogênea, edema perilesional associado comprometendo lobo frontal parietal e temporal esquerdo, incluindo os núcleos da base, hipotálamo e tálamo homolateral. Biópsia: Astrocitoma anaplásico grau III Gasometria ACIDOSE METABÓLICA – PH ↓/ <HCO3 • PH abaixo de 7,20, recomenda-se o uso de bicarbonato de sódio (retirar o paciente de uma situação de risco); • Função pulmonar adequada (Capacidade de eliminar o CO2 que será produzido da reação entre o H livre e o HCO3 administrado); • Quando há dificuldade na eliminação do CO2 (quadro de asma aguda grave), haverá acúmulo maior de CO2, piora da acidose intracelular, com prejuízo ainda maior nas funções celulares; • Causas mais comuns: diarreia, cetoacidose diabética, intoxicação por acido acetilsalcílico, acidose lática por asfixia.... ALCALOSE METABÓLICA- PH ↑/ >HCO3 • Etilogia: Administração exógena de álcali (grandes quantidades de bicarbonato, que ultrapassem a capacidade renal de excreção; acetato ou citrato excessivo durante hiperalimentação ou exsangüíneotransfusão; administração prévia de bicarbonato exógeno; ingesta de fórmulas de leite de soja que possuam baixas concentrações de cloro e elevadas concentrações de potássio; Perda de ácidos gástricos; Vômitos excessivos; Uso de diúreticos; Alcalose metabólica sem compensação ACIDOSE RESPIRATÓRIA- PH↓/ > Pa CO2 • Acúmulo de PaCO2 capaz de gerar acidose. • Ex: Uma gasometria arterial com pH <7,4, pCO2 >40 e HCO3 >24 indica uma acidose respiratória ou hipercárbica devido a uma hipoventilação de causas variadas. (Acidose com aumento do bicarbonato sérico que agoratenta compensar o aumento da pCO2. PACO2 Paco2 ELEVADO IRC Paco2 NORMAL IRA ACIDOSE RESPIRATÓRIA X REPERCUSSÕES CLÍNICAS • Acidose respiratória ocorre sempre por diminuição do VC ou VM; • Diminuição das trocas gasosas, levando ao acúmulo de pCO2, por: ↓ da FR- eitologia central; ↓ do VC- causas pulmonares (obstrução de VAS e VAI, pneumotórax, hemotórax, enfisema, pneumonia, EAP; causas extrapulmonares, mas que limitam a ventilação, como doenças neuromusculares que afetam a musculatura da caixa torácica e/ou o diafragma; e causas circulatórias, como parada cardíaca; • Acidose respiratória - repercussão negativa na PIC ↑ EXAME DO LÍQUOR • As funções principais do LCR são hidratar e proteger o cérebro contra impactos. • Há cerca de 140ml de LCR no nosso sistema nervoso, estando 70 ml nos ventrículos e o restante circula pelo espaço subaracnóideo. • A produção de LCR ocorre nos plexos coróides, localizados nos ventrículos laterais (aproximadamente 20 ml por hora); • Acúmulo do LCR dentro dessas cavidades= HIDROCEFALIA • Técnica clássica de drenagem: DVP, DVV; • Moderna: Neuroendoscopia- Terceiro ventriculostomia endoscópica) LIQUOR • Aspecto: Límpido- se estiver turvo, significa aumento do número de hemácias e leucócitos, bactérias ou contraste; • Obs: Aspecto hemorrágico= hemorragia subaracnóidea • Cor: Incolor e em neonatos poder possuir cor castanha (xantocromia), devido a presença de bilirrubina (imaturidade); PIC • A pressão intracraniana varia com a idade, sendo: 8 a 10 mmHg considerados valores normais para lactentes; • Hipertensão intracraniana PIC acima de 20 mmHg, persistindo por mais de 20 minutos (SARMENTO). • PIC< 10mmHG- NORMAL • PIC entre 10 e 20 mmHg- LEVEMENTE AUMENTADA • PIC entre 21 e 40mmHg- MODERADAMENTE AUMENTADA • PIC ACIMA DE 40 mmHg- GRAVEMENTE AUMENTADA PIC • Até 20mmHg existe mecanismo de complacência intracraniana (capacidade do crânio de tolerar aumento no volume sem aumento correspondente na pressão); • Curva de Langfitt 1.Inicial (permite alterações em torno de 100 a 150ml); 2.Descompemsação (aumento da drenagem do líquor); 3.Exponencial; 4.Final (vasoplegia) PRESSÃO DE PERFUSÃO CEREBRAL PPC= PAM – PIC • PPC NORMAL= 80mmHg (abaixo de 60mmHg risco de morte) • Aumento da PIC pode ocasionar diminuição da perfusão cerebral se não houver aumento concomitante da PAM. • PAM NORMAL= 70 a 100mmHg FLUXO SANGUÍNEO CEREBRAL • Volume de sangue que circula através da circulação cerebral num determinado tempo (ml/mim), sendo diretamente proporcional á demanda metabólica do tecido; • 750ml/mim de sangue arterial--- 15% do débito cardíaco; • FSC normal= 50 a 60 ml/100g/mim • FSC= PPC/ RVC • Quanto maior a resistência menor a perfusão; Monitorização da PIC • Indicações da monitorização: • TC com desvio de linha média • Achados neurológicos como Glasgow < ou = a 8 • Dilatação uni ou bilateral da pupila; • Tipos de monitorização: • Subdural (abaixo da dura-matér); • Parenquimatoso; • Intraventricular; Riscos x benefícios Monitorização neurofuncional • Capnografia: importante pois um ↑da PaCO2, pode levar a um ↑ da PIC. Consiste na mensuração da concentração de CO2 ao final da expiração; • Cateter de monitorização da PIC; • Monitorização bulbo-jugular: avalia o hemometabolismo cerebral- consumo de O2 (55% a 75%) Repercussões na conduta fisioterápica em neonatos e crianças com TCE grave. Manobras contra indicadas na PIC • Estímulo da tosse; • AFE • Manobras de compressão abdominal; • Mudanças de decúbito; • Aspiração traqueal; RELAÇÃO FSC X PACO2 VASODILATAÇÃO COM AUMENTO ELEVAÇÃO DA PIC AUMENTO NA PACO2 DO FSC QUANDO O FSC DIMINUI, OCORRE DIMINUIÇÃO DA FUNÇÃO CEREBRAL COM LESÃO IRREVÉRSÍVEL; QUANDO O FSC AUMENTA PREDISPÕE A ÁREAS DE HEMORRAGIA E EDEMA; Tipos de lesão Primárias • Focais ou difusas; • Impacto; • Inércia; • Fraturas; • Contusões; • Lacerações; Secundárias •Alteraçõesdecorrentes daslesõesprimáriasoudealteraçõessistêmicas; •↑daPIC,edema,hipóxiacerebral; •LAD–LesãoAxonalDifusa(edemacerebral,aumentaráovolumee pressãodolíquor,podendoformarhérnias =óbito) TC de crânio- Hematomas • Subdural: geralmente associado a contusão cerebral, a lesão aparece na TC como uma massa de alta densidade com deslocamento do tecido cerebral na base; sangue abaixo da dura-máter acima do espaço subaracnóideo. localizado entre as membranas que revestem o cérebro; • Epidural ou extradural: hematoma presente entre a estrutura óssea e a dura-máter, geralmente causado por sangramento da artéria meníngea média • Intraparenquimatoso: encontra-se dentro do parênquima cerebral, sendo limitado pelos tecidos adjacentes; SUBDURAL EPIDURAL: osso /dura- mater INTRAPARENQUIMATOSO Alcalose respiratória • A causa benigna mais comum de alcalose respiratória é a hiperventilação decorrente da ansiedade. Os sintomas de hipocapnia aguda aumentam a ansiedade e intensificam a hiperventilação. Drogas como salicilatos e nicotina estimulam a respiração através do sistema nervoso central e periférico. Várias lesões do sistema nervoso dos tipos traumática, vascular, infecciosa ou neoplásica podem produzir alcalose respiratória(4). - Hipóxia é uma causa bem conhecida de alcalose respiratória, pois a queda da pO2 abaixo de 60 mmHg estimula a ventilação via quimiorreceptores(5-7). Essa situação é bastante freqüente na fase inicial de uma crise de asma aguda grave. - Falência hepática causa alcalose respiratória, a qual pode ser especialmente grave em casos de disfunção hepática grave. Embora hipoxemia, acidose intracelular e aumento dos níveis de progesterona tenham sidos referidos como fatores causais, a concentração arterial de amônia correlaciona-se com o nível de hipocapnia(14). - Alcalose respiratória similar ocorre na sepse por gram negativos. EXAMES POR IMAGEM Técnicas de imagem • Tomografia computadorizada e Angio TC; • Ressonância magnética e Angio- RM • Arteriografia; • Ultrassonografia – Ecodoppler convencional e transcraniano; • Medicina nuclear: 1. Tomografia por emissão de foton único (SPECT) 2. Tomografia por emissão de pósitrons (PET) RM • Etapas: 1. Alinhamento: propriedade magnética de núcleos de alguns átomos, que tendem a se orientar paralelamente a um campo magnético. O ÁTOMO DE HIDROGÊNIO É UTILIZADO EM SERES HUMANOS. Campo magnético intenso – habitualmente cerca de 1,5 Teslas (30 mil vezes mais intenso que o campo magnético da terra). 2. Excitação: núcleo de hidrogênio “vibra” numa determinada freqüência proporcional ao campo magnético( 1,5 T, o hidrogênio tem freqüência de 63,8 MHz) 3. Detecção de radiofreqüência: núcleos de hidrogênio, tornan-se instáveis. Ao retornar ao estado habitual, eles emitem ondas eletromagnéticas na mesma freqüência (63,8 MHz – faixa de ondas de rádio). Então o equipamento detecta essas ondas e determina a posição no espaço e a intensidade da energia, gerando a imagem. RM Dependendo da forma e do tempo em que excitamos os átomos, as imagens poderão ser mais sensíveis a diferentes propriedades dos tecidos: Imagens T2, nas quais líquidos (liquor), desmielinização e áreas de edema no tecido cerebral se mostram mais claros – alto sinal. Nas imagens T1, a substância branca é mais clara que a cinzenta e áreas com alto conteúdo protéico e tecido adiposo em geral tem maior sinal; Obs: possibilita o estudo de diferentes estruturas no cérebro e têm facilidade em demonstrar mínimas alterações na maioria das doenças. As alterações morfológicas são mais facilmente avaliadas do que na TC, bem como há maior sensibilidade paradoenças desmielinizantes e processos infiltrativos. É também possível avaliar estruturas como hipocampos, núcleos da base e cerebelo, o qual é de difícil avaliação na TC. Ressonância magnética Caso 1: Formação imprecisa complexa, não homogênea, edema perilesional associado comprometendo lobo frontal parietal e temporal esquerdo, incluindo os núcleos da base, hipotálamo e tálamo homolateral. Biópsia: Astrocitoma anaplásico grau III TC • Baseia-se em raios-X; • Possível examinar o encéfalo e, com maior clareza, os limites do sistema ventricular e as partes ósseas do crânio. • O aparelho consiste em uma fonte de raios-X que é acionada ao mesmo tempo em que realiza um movimento circular ao redor da cabeça do paciente, emitindo um feixe de raios-X em forma de leque. • No lado oposto a essa fonte, está localizada uma série de detectores que transformam a radiação em um sinal elétrico que é convertido em imagem digital; • As imagens correspondem a secções do crânio. • Técnica de varredura espiral (ou helicoidal). Importante • Cápsula interna: importante conjunto de fibras de projeção do telencéfalo, contém a maioria das fibras que entram ou saem do córtex cerebral. • As fibras que se dirigem ao córtex vêm do tálamo, sendo denominadas radiações talâmicas. • • As fibras originadas no córtex formam os tratos descendentes (córtico-espinal, córtico-pontino e córtico- nuclear, dentre outros). • A cápsula interna separa o tálamo, do núcleo lentiforme (putâmen + globo pálido); TC NORMAL FRATURA TEMPORAL E HEMORRAGIA ARACNOIDEA TRAUMA PARIETOOCCIPITAL + CONTUSÃO HEMATOMA EXTRADURAL QUAL A LOCALIZAÇÃO E AS ALTERAÇÕES EM TC??? QUAL O PROVAVÉL COMPROMETIMENTO CLÍNICO??? HEMATOMA SUBDURAL AGUDO HEMATOMA INTRAPARENQUIMATOSO LAD + HEMORRAGIA INTRAVENTRICULAR GLIOBASTOMA MULTIFORME QUAL A LOCALIZAÇÃO???? E QUAIS AS ALTERAÇÕES EM TC? HIDROCEFALIA HIDROCEFALIA / DVP Hematoma (Tálamo/ Núcleos da base Capsula interna ) ARTERIOGRAFIA ANEURISMA Eletroneuromiografia • A Eletroneuromiografia é um método de diagnóstico neurofisiológico usado na avaliação diagnóstica e prognostica das doenças: dos nervos periféricos, plexos, raízes, neurônios motores espinhais, além dos músculos e junções neuromuscular. • O exame é dividido em duas etapas: o estudo da condução nervosa e o estudo da atividade elétrica do músculo. PET • Mede variações nos processos bioquímicos, quando alterados por uma doença, e que ocorrem antes que os sinais visíveis da mesma estejam presentes em imagens de TC ou RM; • Medicina nuclear + análise bioquímica= permite uma visualização da fisiologia humana por detecção eletrônica de radiofármacos emissores de pósitrons ; Os radiofármacos, ou moléculas marcadas com um isótopo radioativo, são administrados ao paciente, por via venosa, Células cancerígenas se reproduzem muito rapidamente, e consomem muita energia . Moléculas de glicose, que são energia pura, são marcadas por um radioisótopo e injetadas nos pacientes. MAPEAMENTO An example of a PET scan is below and it reveals: in the top panel a normal scan, in the middle panel abnormalities in the putamen (red uptake in the figure) in a patient with Parkinson’s disease, and in the lower panel a return to an almost normal scan following the introduction of levodopa.
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