Buscar

resumo direito a integridade psiquica moral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Alguns acontecimentos individuais, advindos da pessoa humana foram protegidos pelas normas jurídicas por merecerem a proteção legal, sendo assim criados os direitos da personalidade, destacando-se o direito a vida, a liberdade, ao nome próprio, ao próprio corpo, a imagem e a honra conforme descrito por Silva Pereira. A Constituição Federal de 1988 foi essencial para a proteção dos direitos da personalidade, conforme evidenciado em seu artigo 5º, X “são invioláveis a intimidade, a vida privada...”, sendo esses direitos herança da Revolução Francesa. O Código Civil brasileiro protege esses direitos nos artigos 11 a 21. Francisco Amaral define os direitos da personalidade como “direitos subjetivos que tem por objeto os bens e os valores essenciais da pessoa, no seu aspecto físico, moral e intelectual”. São absolutos, ilimitados, imprescritíveis, impenhoráveis, inexpropriáveis e vitalícios. Para tanto, os direitos fundamentais da personalidade podem ser abordados com relação ao elemento corporal do individuo (direitos a vida, ao próprio corpo, aos órgãos internos, aos cadáveres, etc) e com relação a parte imaterial ou moral (respeito a integridade psíquica, a segurança, a honra, ao nome, a imagem, a intimidade). O respeito à dignidade humana encontra-se em primeiro plano, entres os fundamentos constitucionais, visto que são resguardados por meio de medidas judiciais adequadas, sendo elas preventivas, cautelares ou cominatórias. Caso esse direito seja ferido, além do próprio ofendido, poderão reclamar a reparação do dano, seus herdeiros, cônjuges, etc, provando assim o nexo de causalidade, o prejuízo e a culpa. Diante do exposto, restringiremos nossa abordagem do Direito da personalidade enfatizando o Direito a Integridade Psíquica Moral.
Em consonância, a integridade psicomoral é um dos compassos da dignidade da pessoa humana e representa um exemplo de direito da personalidade. Ao tutelar sobre a integridade psicomoral o ordenamento jurídico dá exemplo de mutação no tempo, pois sai de um lugar em que atuava como mero protetor de interesses patrimoniais para atuar como protetor da pessoa humana. Podemos destacar temas relacionados como a liberdade religiosa, a segurança moral, a honra, a intimidade, a imagem, a estética, os segredos pessoais, o corpo relacionado com o intelecto, emoções, sentimentos, formação cultural, ou seja, tudo que se interliga com a intimidade, a honra e a imagem. É importante atentarmos para que o principio da integridade moral psiquico seja evidenciado que o dano psiquico pode resultar da evolução do dano moral, mas nem todo dano moral resulta em dano psíquico, como é o caso das doenças ou transtornos mentais que são resultantes de causas naturais ou biológicas, acarretadas por cumulação.
Segundo PERLINGIERI,Pietro.OP.cit.p.159, a integridade mental e física é indissociável. O avanço do conhecimento humano pode levar a praticas invasivas da integridade psíquica. O que torna imprescindível a atuação do ordenamento jurídico através da jurisprudência. Contudo, podemos exemplificarmos no novo Código Civil brasileiro, nos artigos 16 a 19, onde assegura o direito de proteção ao nome e ao pseudônimo, uma espécie de direito da personalidade, pertencente ao gênero do direito da integridade moral, pois todo indivíduo tem o direito a identidade pessoal, de ser reconhecido em sociedade por denominação própria. Tem caráter absoluto com efeito erga omnes.
Portanto, a dignidade da pessoa humana tem adquirido um reconhecimento que se espelha no ordenamento jurídico, através da dos direitos fundamentais pela garantia e pela proteção dos direitos da personalidade. A integridade moral guarda relação direta com o artigo 5º e a integridade intelectual inclui o direito de livre manifestação do pensamento de acordo com seu inciso IV, afim de tornar todos iguais perante a lei de acordo com a equidade jurídica.

Continue navegando