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TERAPIA MEDICAMENTOSA Profº Enfº Décio Coelho Júnior Especialista em: Urgência e Emergência, Docência e Metodologia Científica em Ensino Superior; Mestrando em Enfermagem Gerontológica. decio_junior182@yahoo.com.br 1 – Definições e Conceitos 2 – Classificação dos Medicamentos 3 – Mecanismo de Ação dos Medicamentos 4 – Medicamentos que afetam os Sistemas 5 – Medicamentos que afetam outros Sistemas 6 – Interação Medicamentosa TERAPIA MEDICAMENTOSA Módulo I - 18/05/2018 TERAPIA MEDICAMENTOSA Módulo II – 25/05/2018 8 – Revisão Aritmética 9 – Apresentação dos Medicamentos 10 - Cálculos de Medicação Enfermagem e a Administração de Medicamentos 1 7 – Boas Práticas em Administração de Medicamentos 1 – Definições e Conceitos 2 – Classificação dos Medicamentos 3 – Mecanismo de Ação dos Medicamentos 4 – Medicamentos que afetam os Sistemas 5 – Medicamentos que afetam outros Sistemas 6 – Interação Medicamentosa TERAPIA MEDICAMENTOSA Módulo I Terapia - provém do grego therapeia, do verbo therapeúo, prestar cuidados médicos, tratar. Terapêutica - é uma tradução do grego therapeutiké, que não é o mesmo que therapeía e, sim, a arte, a ciência de escolher as terapias adequadas às diversas doenças. É uma parte da medicina, como a anamnese, o diagnóstico e o prognóstico. 1.1 – DEFINIÇÕES TERAPIA MEDICAMENTOSA Tratamento: deriva-se de tratar, do verbo latino tracto, tractare. O termo, segundo Houaiss, já existia em português desde o século XIII, porém não há menção a seu emprego como termo médico, a não ser tardiamente. 1.1 – DEFINIÇÕES TERAPIA MEDICAMENTOSA Tratamento: Em francês (traitement), foi incorporado ao vocabulário médico a partir de 1636 (6) e, em inglês (treatment), a partir de 1744 . Em português, encontra-se o seu registro na 3ª edição do dicionário de Constâncio, de 1845. 1 1 – DEFINIÇÕES TERAPIA MEDICAMENTOSA Tratamento - feito com medicamentos (drogas) Drogas – do alemão droog, significa seco. São substancias químicas que produzem um efeito sobre os seres vivos. As drogas utilizadas para prevenir ou tratar doenças, então são chamadas medicamentos TERAPIA MEDICAMENTOSA 1.1 – DEFINIÇÕES Medicamento – agente farmacológico capaz de interagir com organismos vivos para produzir efeitos biológicos Substancia que pode ser utilizada com segurança apenas sob a supervisão de um profissional de saúde licenciado para prescrever ou ministrar medicamentos de acordo com as leis federais TERAPIA MEDICAMENTOSA 1.1 – DEFINIÇÕES Medicamento prescrito Substancia que pode ser usada com segurança pelos consumidores sem a supervisão de um profissional de saúde licenciado, desde que sejam seguidas as orientações; também conhecido como para uso por automedicação TERAPIA MEDICAMENTOSA 1.1 – DEFINIÇÕES Medicamento sem prescrição Substancia controlada por leis federais, estaduais, municipais porque sua utilização pode levar ao uso abusivo ou à dependência Uso autodirigido de substancias para fins não-terapêuticos, prática que não se adequa às normas socioculturais TERAPIA MEDICAMENTOSA 1.1 – DEFINIÇÕES Medicamento controlado Uso abusivo de medicamento Incapacidade que pode ser fisiológica, psicológica ou ambas, de controlar a ingestão da medicação. TERAPIA MEDICAMENTOSA 1.1 – DEFINIÇÕES Dependência de medicamento Substancia usada para efeitos psicológicos ou físicos agradáveis em vez dos efeitos terapêuticos Medicamento recreacional Uso impróprio de medicações comuns, o que pode levar à toxicidade aguda ou crônica e a certos problemas como sangramento gastrintestinal lesão renal ou lesão hepática. TERAPIA MEDICAMENTOSA 1.1 – DEFINIÇÕES Uso errôneo de medicamento Farmacoterapia – é o uso de medicamento no tratamento, prevenção, diagnóstico e no controle de sinais e sintomas das doenças Farmacocinética – refere-se ao estudo do movimento que o medicamento administrado executa dentro do organismo durante sua absorção, distribuição, metabolismo e excreção. 1.2 - CONCEITOS TERAPIA MEDICAMENTOSA 1.2 - CONCEITOS Farmacodinâmica – estudo dos mecanismos relacionados à ação do medicamento e suas alterações bioquímicas ou fisiológicas no organismo. A resposta dessa ação é o efeito do medicamento propriamente dito. TERAPIA MEDICAMENTOSA A – os medicamentos interagem com seus respectivos locais receptores por meio de ligação química. B – quanto melhor o encaixe, maior a resposta. Aqueles com encaixe e resposta completa, são chamados de agonistas. C – medicamentos que se ligam, mas não iniciam uma resposta, são chamados de antagonistas. D – medicamentos que se ligam e causam uma resposta pequena, mas também bloqueiam outras respostas, são chamadas de agonistas parciais 3- MECANISMO DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA 1.2 - CONCEITOS A ação farmacodinâmica dos medicamentos pode ser local ou sistêmica - Local – age no local onde é administrado. Exemplo: pomada e colírio - Sistêmica – primeiro é absorvido, depois entra na corrente sanguínea, para atuar no local de ação desejado TERAPIA MEDICAMENTOSA 3 – MECANISMO DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS É a ação química que pode ser profilática, curativa, paliativa ou diagnóstica. TERAPIA MEDICAMENTOSA PODE SER Profilática Curativa Paliativa Diagnóstica 3- MECANISMO AÇÃO DOS MEDICAMENTOS Paliativo - capacidade de diminuir os sinais e sintomas da doença, mas não promove a cura. Ex: anti-hipertensivo; antitérmico, analgésico TERAPIA MEDICAMENTOSA Diagnóstica - auxilia no diagnóstico , elucidando exames radiográficos. Ex: os contrastes que associados aos exames radiográficos auxiliam no diagnóstico de doenças Curativa - ação curativa, pode curar. Ex: antibióticos Profilática - ação preventiva contra as doenças. Ex: vacinas 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS Substancias produzidas por células vivas que inibem ou matam microrganismos (MO). Podem ser produzidos a partir de fungos, bactérias, leveduras e de forma sintética. Os antibióticos podem ser de amplo espectro (eficaz contra muitos MO), ou de espectro limitado (eficaz contra alguns MO). Tipos: TERAPIA MEDICAMENTOSA 2.1. Antibióticos 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS Penicilinas – 1º antibiótico descoberto, originado do fungo Penicilium. Tetraciclinas – amplo espectro, eficazes contra muitos MO, especialmente os que invadem o sistema respiratório e tecidos moles TERAPIA MEDICAMENTOSA 2.1. Antibióticos 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS Cefalosporinas – podem ser de 1ª, 2ª e 3ª geração. 1ª geração: derivado originalmente do fungo. Ativas contra MO, estreptococos e algumas cepas de estafilococos e contra MO das vias urinárias. Exemplo: Cefalexina, Cefazolina sódica. TERAPIA MEDICAMENTOSA 2.1. Antibióticos 2ª geração: originário do fungo; eficaz contra os mesmos de 1ª geração e também contra Haemophilus influenzae (invasor comum do ouvido médio e vias respiratórias). Exemplo: Ceflacor, Cefoxitina sódica, Cefuroxima sódica, etc. 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 3ª geração: derivado do fungo, eficaz contra estreptococos e pneumococos, porém é mais eficaz contra os gram negativos do trato gastrintestinal e urinário. Exemplo: Cefixima, Cefatoxima sódica, Ceftazidima sódica, Ceftizoxima sódica, Ceftriaxona sódica TERAPIA MEDICAMENTOSA 2.1. Antibióticos Cefalosporinas2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS Eritromicinas – inibem o crescimento do MO. Possuem espectro relativamente limitado. Em geral são eficazes contra os mesmos MO afetados pelas penicilinas. Exemplo: Eritromicina, Estolato de Eritromicina, Azitromicina, Claritromicina, Diritromicina. TERAPIA MEDICAMENTOSA 2.1. Antibióticos 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.6. Sulfonamidas (Sulfas) – agem no combate da infecção, impedindo o crescimento das bactérias e de outros MO. São drogas sintéticas. TERAPIA MEDICAMENTOSA Sulfisoxazol – infecções urinárias recorrentes Sulfametizol – infecções renais e urinárias Sulfametoxazol – infecções urinárias agudas recorrentes, otite média Sulfazalazina – Colite Ulcerativa e Doença de Crohn 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.2. Antimicóticos – grupo de medicamentos que combatem as infecções causadas por fungos. Tipos: Anfotericina B – eficaz para infecção sistêmica por fungos Cetoconazol – eficaz para infecção grave por fungos Fluconazol – eficaz para Candidíase vaginal Itraconazol – para infecções em paciente imunodeprimido Nistatina – indicado para vaginal e tópico para infecções por leveduras e sistêmico para grandes infecções Miconazol – indicado para orla e monilias cutâneas TERAPIA MEDICAMENTOSA 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.3. Antivirais – grupo de medicamentos que combatem ou controlam as doenças virais. Aciclovir sódico – indicado para Herpes simples, Varicela Zoster oral ou genital, Varicela (Catapora) em pacientes imunodeprimidos Ciclovir – para Citomegalovírus, retinite na AIDS Cloridrato de rimantadina – profilaxia da Influenza A Cloridrato de valaciclovir – para Herpes Zoster Didanosina – para HIV avançado Fanciclovir – para Herpes Zoster e Herpes vaginal TERAPIA MEDICAMENTOSA 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.3. Antivirais Foscarnet sódico – para retinite por citomegalovírus, Herpes simples e varicela zoster Ganciclovir sódica – para Citomegalovírus, retinite em pacientes imunodeprimidos Ribavirina – para infecções por vírus sincicial respiratório, pneumonia por adenovírus, hepatite C crônica Vidarabina – intravenoso para herpes simples, encefalite, herpes neonatal, herpes zoster Zidovudina – tratamento da AIDS TERAPIA MEDICAMENTOSA 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.4. Antiparasitários – combatem ou controlam as doenças parasitárias também chamadas de verminoses. TERAPIA MEDICAMENTOSA Albendazol – lesões do Sistema Nervoso Central por Taenia Solium Mebendazol – Áscaris, Ancilóstomos, Oxiúros Tiabendazol – tratamento de larva migrans cutânea Lindano – para piolhos Permetrina – para piolhos (creme rinse) e para escabiose (tópico) 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.5. Anti-Histamínicos – medicamentos que inibem a Histamina (aminoácido em muitos tecidos e cuja liberação ocorre como uma resposta tecidual, quando o organismo entra em contato com uma substancia tóxica) TERAPIA MEDICAMENTOSA 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS Na liberação da Histamina , alguns sintomas de reação alérgica são provocados como: urticária, erupções cutâneas, espirros, coriza, lacrimejamento ocular, constrição brônquica. Esses sintomas podem ser mais graves como anafilaxia ou choque anafilático podendo levar a risco iminente de morte. TERAPIA MEDICAMENTOSA 2.5. Anti-Histamínicos Cloridrato de: Difenidramina /Tripelanamina /Prometazina Maleato de: Clorfeniramina ou de Bronfeniramina 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.7. Antitussígenos e expectorantes – para alívio da tosse e podem estar associados a expectorantes para liquefazer o muco dos brônquios e facilitar a expulsão da secreção do sistema respiratório. Exemplo: Benzonatato, Codeína. TERAPIA MEDICAMENTOSA 2.8. Broncodilatadores – promovem a dilatação dos brônquios, favorecendo a melhor troca gasosa e melhor oxigenação dos tecidos. Podem ter incluídas também drogas inalatórias, como: Aminofilina, Oxtrifilina .1’ 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.9. Cardiotônicos – aumentam a contratilidade do músculo cardíaco. Exemplo: Glicosídeo Digitálico 2.10. Betabloqueadores – bloqueiam os receptores beta- adrenérgicos. Podem ser seletivos e não seletivos. TERAPIA MEDICAMENTOSA Seletivos: Atenol, Acebutolol, Betaxolol, Bisoprolol. Não seletivos: Carvedilol, Labetalol, Penbutolol, Propanolol 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.11. Vasoconstritores – atuam na constrição do vaso sanguíneo. São utilizados para diminuir hemorragias superficiais, elevar a pressão arterial e aumentar a força de contração cardíaca 2.12. Vasodilatadores – causam a amplitude da parede do vaso sanguíneo, auxiliam no tratamento de doenças vasculares periféricas, patologias cardíacas e hipertensão TERAPIA MEDICAMENTOSA 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.13. Anti-Hipertensivos – Inibidores da Eca: promovem a vasodilatação, pois inibem a conversão da ECA I (enzima de conversão de Angiotensina, usada em Insuficiência Cardíaca e tem ação anti-hipertensiva: Captopril, Enalapril). Em ECA II (antagonistas do receptor da angiotensina II, que causa vasoconstrição: losartana, Irbesartana). TERAPIA MEDICAMENTOSA 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA Anti-Hipertensivo – tipos: 1) Bloqueadores dos receptores beta-adrenérgicos – reduz os impulsos simpáticos do encéfalo para o sistema circulatório periférico. Cloridrato de Arcebutolol Carvedilol Propanolol Tartarato de Metoprolol Atenolol Nadolol Maleato de Timolol 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA 2)Alfa agonista central – causa efeito vasodilatador com redução da resistência periférica. Cloridrato de clonidina ou de guanfacina 3)Alfa bloqueador– causa efeito vasodilatador com redução da resistência periférica. Cloridrato de Prazosina Cloridrato de Terazosina Mesilato de Doxazosina Anti-Hipertensivos - Tipos 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA 4)Bloqueadores do íon cálcio extracelular nas células lisas vasculares e miocárdicas – causam redução do débito cardíaco e da resistência periférica total diminuindo a pressão arterial. Nifedipina Cloridrato de Verapamil Cloridrato de Diltiazem Besilato de Anlodipina Felodipina Isradipina Anti-Hipertensivos - Tipos 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA 2.14. Coagulantes – aceleram o processo de coagulação. Sais de cálcio Vitamina k Fitonadiona 2.15. Anticoagulantes – aumentam o tempo de coagulação sanguínea, interferem na produção de trombina e na subsequente formação de fibrina a partir do fibrinogênio Heparina sódica injetável Enoxaparina sódica Warfarina sódica 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.16 Antitrombóticos para infarto agudo do miocárdio (IAM) – usado para dissolver o trombo/coágulo que está causando obstrução vascular TERAPIA MEDICAMENTOSA Estreptoquinase Uroquinase Alteplase 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.17. Antiagregador plaquetário – utilizados para interferir na agregação plaquetária e evitar a formação de trombos e êmbolos que obstruam o vaso sanguíneo. TERAPIA MEDICAMENTOSA Ácido Acetilsalicílico Dipiridamol Cloridrato de Ticlopidina Tirofibano Bissulfato de Clopidogrel Cilostazol 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.18. Antilipemicos – auxiliam na reduçãodos valores de colesterol na corrente sanguínea. TERAPIA MEDICAMENTOSA Colestiramina suspensão oral Grânulos de Colestipol Pravastatina Sódica Genfibrozila Lovastatina Sinvastatina Atorvastatina Cálcica 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.19. Estimulantes do Sistema Nervoso Central – estimulam o aumento da atividade do Sistema Nervoso Central (SNC) TERAPIA MEDICAMENTOSA Cafeína Sulfato de Anfetamina Cloridrato de Doxipram Cloridrato de Metilfinidato Pemolia 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.20. Depressores do Sistema Nervoso Central – deprimem o SNC. Podem ser gerais ou específicos TERAPIA MEDICAMENTOSA Anestésicos Gerais - IV Anestésicos Voláteis Anestésicos Locais Cloridrato de Midazolan Cloridrato de Quetamina Tiopental Sódico Enflurano Éter Éter Vinílico Halotano Metoxiflurano Óxido Nitroso Cloridrato de Bupivacaína Cloridrato de Cloroprocaína Cloridrato de Cocaína Cloridrato de Etidocaína Cloridrato de Lidocaína Cloridrato de Mepivacaína Cloridrato de Prilocaína Cloridrato de Procaína Cloridrato de Tetracaína TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.1. SISTEMA NERVOSO A ação dos depressores do sistema nervoso central pode ser geral, deprimindo o sistema mais ou menos como um todo, ou eles podem agir de maneira mais especifica. Exemplo: o álcool, os soníferos ou hipnóticos, barbitúricos, os ansiolíticos, os opiáceos ou narcóticos e os inalantes ou solventes. TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.1. SISTEMA NERVOSO O álcool deprime o funcionamento do neurônio causando desde um efeito sedativo, até um estado de embriaguez, com redução do nível de consciência. O seu efeito sedativo manifesta-se, inicialmente, por relaxamento e desinibição, diminuindo também a sensação de medo e punição. TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.1. SISTEMA NERVOSO Os barbitúricos são depressores do Sistema Nervoso Central, hiperpolarizam as células neuronais, diminuem ação neurológica, o batimento cardíaco, a pressão sanguínea, o tônus muscular e a respiração. Após atingir a circulação, os barbitúricos ligam-se a proteínas do sangue e agem nos órgãos com maior perfusão: cérebro, rins e fígado. Exemplo: Tiopental, Fenobarbital (Gardenal), Pentobarbital Drogas opiáceas - todas elas têm um efeito analgésico (tiram a dor) e um efeito hipnótico (dão sono). Por ter estes dois efeitos estas drogas são também chamadas de narcóticas. TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.1. SISTEMA NERVOSO Exemplo: Morfina, Codeína, Metadona, Peridina, Meperidina, Fentanil, Tramadol. *Heroína TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.1. SISTEMA NERVOSO Os anestésicos produzem a perda de sensibilidade em todo o corpo devido ao fato de interromper todos os impulsos sensoriais que vão para o cérebro, causando, assim, a inconsciência. Existem os injetáveis e os administrados por inalação TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.1. SISTEMA NERVOSO Os benzodiazepínicos - são drogas psicotrópicas que atuam sobre o sistema nervoso central. Ou seja, a sua ação não se limita apenas ao relaxamento e sedação, mas são também anticonvulsivas, amnésicas e relaxantes musculares. TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS Estimulantes: são drogas que aumentam a atividade do cérebro e da medula. São utilizadas para contrariar os efeitos depressores de drogas tais como o ópio, a morfina e o álcool, assim como para ativar os processos vitais no caso de choque e colapso. Exemplo : Anfetamina, drogas para tirar o apetite 4.1. SISTEMA NERVOSO TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS Drogas Perturbadoras - são aquelas cujos efeitos são relativos à distorção das atividades cerebrais, podendo causar perturbações quanto ao espaço e tempo; distorções nos cinco sentidos e até mesmo alucinações. 4.1. SISTEMA NERVOSO 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS Fenobarbital Pentobarbital Secobarbitol Butabarbital Hidrato de Cloral Cloridrato de Flurozepam TERAPIA MEDICAMENTOSA 2.21. Hipnóticos e sedativos – promovem sedação ou hipnose. Os mais utilizados são os Barbitúricos que causam sedação leve, hipnose. 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.22. Analgésicos opióides – substancias com grande potencia para diminuir a dor, agem no SNC. Podem causar dependência, devendo ser utilizados com cautela. TERAPIA MEDICAMENTOSA Sulfato de Morfina Fosfato de Codeína Cloridrato de Meperidina Cloridrato de Tramadol Oxicodona Cloridrato de Sulfentanil 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.23. Antagônicos dos opióides sintéticos e da Morfina – antagonista dos efeitos da Morfina 2.24. Analgésicos não opióides – diminuem a dor e agem ao nível periférico. TERAPIA MEDICAMENTOSA Naloxona Acetaminofeno Cloridrato de Propoxifeno Cloridrato de Pentazocina Cloridrato de Nalbufina 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.25. Anticonvulsivantes – serve para controlar a convulsão; medicamento psicótico, controlado e pode causar dependência. TERAPIA MEDICAMENTOSA Fenitoína Carbamazepina Clonazepam Primidona Trimetadiona Ácido Valproico Gabapentina Fenobarbital Diazepam 2.26. Antiparkinsoniano – controle dos sintomas da Doença de Parkinson Levodopa Carbidopa 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.27. Antidepressivos – melhoram os sintomas da Depressão, como: tristeza, desanimo, fadiga, insônia ou excesso de sono, perda ou ganho de peso, lentidão ou agitação TERAPIA MEDICAMENTOSA Inibidores Seletivos da recaptação de Serotonina Inibidores de Monoamina Antidepressivos Tricíclicos Citalopram Fluoxetina Fluvoxamina Paroxetina Sertralina Sulfato de Fenelzina Sulfato de Tranilcipromina Cloridrato de: Imipramina Amitriptilina Doxepina Desipramina Nortriptilina Protriptilina Bupropiona Mirtazapina 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.28. Ansiolíticos – diminuem a ansiedade - BZD 2.29. Anti-inflamatórios não esteroidais – inibem a Cicloxigenase e dai as prostaglandinas. Agem na cascata inflamatória reduzindo o processo inflamatório TERAPIA MEDICAMENTOSA Cloridrato de Buspirona Inibidores da COX-1 causam sintomas gástricos importantes Inibidores do COX-2 causam menores efeitos colaterais • Ácido Acetilsalicílico • Ibuprofeno • Piroxicam • Diclofenaco de sódio • Celecoxib • Cetoprofeno • Naproxeno 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.30. Antissecretores gástricos – para inibir a secreção gástrica indiretamente TERAPIA MEDICAMENTOSA Inibem a Histamina sobre as células parietais que produzem o ácido clorídrico reduzindo a secreção de ácido no estomago Inibidores da Bomba de Protons, rompem as ligações químicas nas células do estomago, reduzindo a produção de ácido, diminuem a irritação e permitem uma melhor cicatrização • Cimetidina • Nizatidina • Ranitidina • Omeprazol • Pantoprazol 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.31. Antiácidos – diretamente no estomago, neutralizando o ácido gástrico TERAPIAMEDICAMENTOSA Hidróxido de Alumínios Hidróxido de Magnésio Simeticona Complexo de Alumínio-Magnésio Carbonato de Cálcio 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.34. Eméticos – auxiliam na promoção ao vomito, em casos de envenenamento por substancias corrosivas TERAPIA MEDICAMENTOSA Xarope de Ipeca 2.35. Antieméticos – usados na prevenção, controle e alivio do vômito. Dimenidrinato Cloridrato de Metoclopramida Ondasetron (potente em vômito associado ao uso de quimioterápico) Granisetron (potente em vômito associado ao uso de quimioterápico) 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.36. Laxantes – auxiliam no alivio da constipação TERAPIA MEDICAMENTOSA Agar Semente de Psyllium Metilcelulose Laxantes formadores de volume , aumentam o volume quando na presença de água, estimulando mecanicamente o intestino a se contrair 2.37. Antidiarreicos – auxiliam no controle e alivio da diarreia, lentificando a motilidade intestinal Cloridrato de Loperamida 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA 3)Corticosteroides - suprimem as respostas imunes e reduzem a inflamação a) Glicorticoides – anti-inflamatório, metabólico e imunossupressor: Cortisona, Hidrocortisona, Prednisona, Betametasona, Dexametasona, Metilpredinisolona, Predinisolona 2.38. Hormônios b)Mineralocorticosteroides - afetam o equilíbrio hidroeletrolítico: Acetado de Fludrocortisona, análogo sintético dos hormônios secretados pela suprarrenal 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA 4)Agente Antidiabético - insulina hormonio liberado pelas Ilhotas de Langehans; também denominado hormônio pancreático, é classificado como um hipoglicemiante: Insulinas 2.38. Hormõnios 5)Hiperglicemiante - eleva os níveis de glicemia, natural ou sintético, o Glucagon é produzido pelas células Alfa das Ilhotas de Langehans: Glucagon 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.39. Hipoglicemiantes via oral – controla e regula a glicemia, é considerado antidiabético. TERAPIA MEDICAMENTOSA Sulfonilureias de 1ª geração Sulfonilureias de 2ª geração Agentes antidiabéticos derivados da Tiazolidinodiona Biguanida Inibidor da alfa- Glicosidase Acetoexamina Clorpropramida Tolazamida Tolbutamida Glipizida Gliburida Pioglitazona Risiglitazona Metformina Acarbose 3- MECANISMO AÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA 3- MECANISMO AÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA ABSORÇÃO DISTRIBUIÇÃO METABOLISMO EXCREÇÃO LIBERAÇÃO MEDICAMENTO ADMINISTRADO PASSA POR 5 ESTÁGIOS 3- MECANISMO DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA 1 – Liberação – é a fase em que o medicamento administrado, independente da via de administração, se libera da configuração farmacêutica e é dissolvido pelos líquidos corporais antes de ser absorvido pelos tecidos 1- Enteral Trato GI Via oral Retal nasogástrica 2 - Parenteral SC IM IV 3 - Percutânea Inalação Sublingual Tópica VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 3- MECANISMO DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA 2 – Absorção – processo no qual o medicamento é transferido do local de entrada no organismo, para os líquidos do sistema circulatório para que ocorra a distribuição. A velocidade de absorção do medicamento, depende da via de administração, do fluxo sanguíneo do tecido onde ele foi depositado e da solubilidade do medicamento. TERAPIA MEDICAMENTOSA 3- MECANISMO DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS 3- MECANISMO DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA 3 – Distribuição – inclui o transporte do medicamento através dos sistemas sanguíneo e linfático para todo o organismo, e o transporte do medicamento dos líquidos circulatórios para os tecidos. Uma vez que o medicamento é absorvido a distribuição é determinada pelas propriedades dele. 3- MECANISMO DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – Metabolismo – também chamado de biotransformação – processo pelo qual o organismo causa inativação dos medicamentos. Os sistemas enzimáticos hepáticos são os principais locais de metabolização Os fatores mais importantes que afetam a conversão dos medicamentos, são as variações genéticas dos sistemas enzimáticos, uso concomitante com outros agentes, exposição a poluentes ambientais, comorbidades, e a idade. TERAPIA MEDICAMENTOSA 5 – Excreção – principalmente por meio dos túbulos renais, pela urina e do trato gastrointestinal pelas fezes Importante estar atento aos resultados relativos a função renal do paciente. Paciente com insuficiência renal geralmente apresentam aumento da duração do efeito do medicamento , devendo a dose e a frequência ser ajustada de acordo com a função renal. O tempo gasto pelo organismo para eliminar 50% da dose do medicamento absorvido é chamado de meia vida 3- MECANISMO DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.2. CARDIOVASCULAR 1 - Antiarrítmicos 2 - Cardiotônicos 3 - Anti-hipertensivos 4 - Vasoconstritores Drogas utilizadas para o tratamento de doenças do sistema cardiovascular. São classificadas em: Aumenta a frequência cardíaca (efeito cronotrópico positivo) Aumenta a força de contração (efeito ionotrópico positivo) Aumenta a automaticidade Facilita a condução no nódulo AV Reduz a eficiência cardíaca (o consumo de oxigênio aumenta mais do que o trabalho cardíaco SISTEMA SIMPÁTICO Lentificação e redução da automaticidade cardíaca Redução da força de contração (átrios) Inibição da condução no nódulo AV Ativação dos receptores muscarínicos da acetilcolina (átrios) SISTEMA PARASSIMPÁTICO TERAPIA MEDICAMENTOSA 4.2. CARDIOVASCULAR TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.2.1Antiarrítmicos – são complexos com múltiplos mecanismos de ação. Atuam na anormalidade do ritmo cardíaco, corrigindo-o para que retorne à normalidade . São usados no tratamento ou prevenção das arritmias cardíacas (batimentos acima de 100bat/min), condução do impulso nervoso. 4.2. CARDIOVASCULAR Atlansil, Seloken, Inderal, Digoxina TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.2. CARDIOVASCULAR 4.2.2 – Cardiotônicos. Cedilanide Digoxina Eupressin 4.2.3 – Anti-hipertensivos a) Diuréticos – são medicamentos que aumentam o fluxo de urina, aumentam a taxa de excreção de Na+ e H2O e ajustam o volume e composição dos fluidos em diversas condições patológicas. São classificados de acordo com a zona de atuação 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 2.40. Diuréticos – aumentam a excreção de água e de eletrólitos pelos rins. Geralmente são utilizados na Hipertensão Arterial. TERAPIA MEDICAMENTOSA Diuréticos Tiazidicos impedem a reabsorção de sódio nos rins, aumentam a excreção de cloreto de potássio e bicarbonato, podendo resultar em desequilíbrio eletrolítico Diuréticos de alça, são potentes, produzindo um alto volume urinário Diuréticos poupadores de Potássio tem um efeito diurético mais suave, poupando o potássio • Clorotiazida • Hidroclorotiazida • Hidroflumetiazida • Meticlotiazida • Politiazida • Triclormetiazida • Bumetanida • Etacrinato de sódio • Ácido etacrínico • Furosemida • Amilorida • Espironolactona • Triantereno LOCAL DE AÇÃO DOS DIURÈTICOS Tiazídicos Filtração Glomerular TERAPIA MEDICAMENTOSA4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.2. CARDIOVASCULAR 4.2.3 Anti-hipertensivos - . Minoxidil, Hidralazina b)Vasodilatadores - causam dilatação das veias e artérias, aumentando seu calibre aumentando o fluxo sanguíneo, quando vaso está comprometido a passagem de sangue. Realizam a vasodilatação para aumentar o espaço onde o sangue circula, assim diminui a pressão arterial. Usados em hipertensão difícil. TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.2. CARDIOVASCULAR 4.2.3. Anti-hipertensivos - . Nifedipina, Amlodipina, Verapamil c) Bloqueadores do Canal de Cálcio - causam dilatação dos vasos. d) Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA) – impedem a produção de angiotensina. Captopril, Enalapril, Lisinopril TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.2. CARDIOVASCULAR 4.2.3.Anti-hipertensivos - . Propanolol - débito cardíaco, a inibição da liberação de renina pelos rins e a do tônus simpático proveniente dos centros vasomotores do cérebro. e) Betabloqueadores – diminuem a frequência cardíaca (FC) e ajudam no controle da pressão arterial (PA). TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.2. CARDIOVASCULAR Carvedilol - promove a dilatação dos vasos sanguíneos, através do bloqueio do sistema chamado renina-angiotensina- aldosterona. Assim, ocorre diminuição da pressão arterial. Atenolol - atua sobre os receptores do coração e da circulação. Quando usado continuamente, Atenolol é assim capaz de reduzir a pressão arterial. 4.2.3. Betabloqueadores TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.2. CARDIOVASCULAR 4.2.4.Vasoconstritores – são drogas que contraem os vasos sanguíneos controlando a perfusão tecidual. Fluxo sanguíneo níveis sanguíneos risco de toxicidade sangramento local duração da ação TERAPIA MEDICAMENTOSA 4 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OS SISTEMAS 4.2. CARDIOVASCULAR Adrenalina – previne ou minimiza a perda sanguínea Fenilefrina – estimulante de longa duração Noradrenalina – PAS E PAD – vasoconstrição periférica resistência vascular periférica Felipressina – contrai mais a circulação venosa que arterial com mínimo valor sobre a homeostasia 4.2.4 – Vasoconstritores TERAPIA MEDICAMENTOSA 5 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OUTROS SISTEMAS Às vezes, medicamentos que tratam uma doença são prejudiciais para outra. Por exemplo, alguns betabloqueadores usados para controlar doenças cardíacas ou hipertensão arterial podem piorar a asma e dificultar a detecção de hipoglicemia por pessoas com diabetes. Alguns medicamentos tomados para tratar resfriado podem piorar o glaucoma. TERAPIA MEDICAMENTOSA 5 – MEDICAMENTOS QUE AFETAM OUTROS SISTEMAS As pessoas devem informar seus médicos sobre todas as doenças que têm antes de o médico prescrever um novo medicamento. Diabetes, hipertensão, hipotensão, úlcera, glaucoma, próstata aumentada, incontinência urinária e insônia são particularmente importantes, pois portadores dessas condições têm maiores chances de sofrerem interações entre medicamento e doença. As interações entre medicamento e doença podem ocorrer em qualquer grupo etário, mas são comuns entre pessoas idosas, que tendem a ter mais doenças. 6 – INTERAÇÂO MEDICAMENTOSA TERAPIA MEDICAMENTOSA É uma resposta farmacológica ou clínica à administração de uma combinação de medicamentos, diferente dos efeitos de dois agentes dados individualmente. O resultado final pode aumentar ou diminuir os efeitos de um ou dos dois princípios ativos, ou pode promover o aparecimento de um novo efeito que não ocorreu com um dos princípios ativos sozinho. TERAPIA MEDICAMENTOSA Evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental. Constitui causa comum de efeitos adversos. 6 – INTERAÇÂO MEDICAMENTOSA Quando dois medicamentos são administrados, ao mesmo tempo, a um paciente, eles podem agir de forma independente ou interagirem entre si, com aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro. TERAPIA MEDICAMENTOSA a) Farmacocinéticas - são aquelas em que um fármaco altera a velocidade ou a extensão de absorção, distribuição, biotransformação ou excreção de outro fármaco. As interações medicamentosas classificam-se em: 6 – INTERAÇÂO MEDICAMENTOSA b) Farmacodinâmicas: ocorrem nos sítios de ação dos fármacos, envolvendo os mecanismos pelos quais os efeitos desejados se processam. O efeito resulta da ação dos fármacos envolvidos no mesmo receptor ou enzima. Um fármaco pode aumentar o efeito do agonista por estimular a receptividade de seu receptor celular ou inibir enzimas que o inativam no local de ação. EFEITO DE UM OU MAIS MEDICAMENTOS ALTERADO PELO USO CONCOMITANTE DE UM OU OUTROS MEDICAMENTOS EFEITO DE UM OU MAIS MEDICAMENTOS ALTERADOS PELO USO SIMULTANEO DE ALIMENTOS OU POR CONDIÇÕES NUTRICIONAIS DO PACIENTE EXACERBAÇÕES DE DOENÇAS , CONDIÇÕES OU SINDROMES PRÉ-EXISTENTES CAUSADAS PELO USO DE MEDICAMENTOS ESPECÍFICOS INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA MEDICAMENTO MEDICAMENTO MEDICAMENTO NUTRIENTE MEDICAMENTO DOENÇA TERAPIA MEDICAMENTOSA 6 – INTERAÇÂO MEDICAMENTOSA TERAPIA MEDICAMENTOSA “A interação pode ser perigosa, mas pode não ser frequente. Mais importante é ressaltar as de maior frequência”, (Favero) É importante conhecer as 10 interações medicamentosas que ocorrem com mais frequência 6 – INTERAÇÂO MEDICAMENTOSA 1. Ácido acetilsalicílico (AAS) e captopril – O ácido acetilsalicílico pode diminuir a ação anti-hipertensiva do captopril. 2. Omeprazol, varfarina e clopidogrel – O omeprazol (inibidor da bomba de prótons) pode aumentar a ação da varfarina e diminuir a ação do clopidogrel (antitrombóticos). TERAPIA MEDICAMENTOSA 3. Ácido acetilsalicílico e insulina – O AAS pode aumentar a ação hipoglicemiante da insulina. 10 Interações mais frequentes 4. Amoxicilina e ácido clavulânico – A amoxicilina associada ao ácido clavulânico aumenta o tempo de sangramento e de protrombina (elemento proteico da coagulação sanguínea) quando usada com AAS. 6 – INTERAÇÂO MEDICAMENTOSA TERAPIA MEDICAMENTOSA 5. Inibidores da monoamina oxidase (MAO) e tiramina (monoamina derivada da tirosina) – O inibidores da monoamina oxidase (tratamento da depressão) associada à tiramina (tyros = queijo) pode promover crises hipertensivas e hemorragia intracraniana. 10 Interações mais frequentes 6 – INTERAÇÂO MEDICAMENTOSA 6. Omeprazol e fenobarbital – O omeprazol usado com fenobarbital (anticonvulsivante) pode potencializar a ação do barbitúrico. TERAPIA MEDICAMENTOSA 7. Levodopa e dieta proteica - Levodopa (L-dopa) - usada no tratamento da doença de Parkinson - tem ação terapêutica inibida por dieta hiperproteica. 10 Interações mais frequentes 6 – INTERAÇÂO MEDICAMENTOSA 8. Leite e tetraciclina - Os íons divalentes e trivalentes (Ca2+, Mg2+, Fe2+ e Fe3+) - presentes no leite e em outros alimentos - são capazes de formar quelatos não absorvíveis com as tetraciclinas, ocasionando a excreção fecal dos minerais, bem como a do fármaco. TERAPIA MEDICAMENTOSA 9. Óleo mineral e vitaminas - Grandes doses de óleo mineral interferem na absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), β- caroteno, cálcio e fosfatos, devido à barreirafísica e à diminuição do tempo de trânsito intestinal. 10 Interações mais frequentes 6 – INTERAÇÂO MEDICAMENTOSA 10. Diurético e minerais - Altas doses de diuréticos (ou seu uso prolongado) promove aumento na excreção de minerais. Exemplo: furosemida, diurético de alça, acarreta perda de potássio, magnésio, zinco e cálcio TERAPIA MEDICAMENTOSA 6 - INTERAÇÔES MEDICAMENTOSAS INDESEJÁVEIS Grupo de Medicamento 1 Grupo de Medicamento 1 O que ocorre O que fazer caso tenha que usar ANTIBIÓTICO ANTIÁCIDOS REDUZ EFEITO DO ANTIBIÓTICO TOMAR EM HORÁRIO DIFERENTE CONFORME ORIENTAÇÃO MÉDICA RIFAMPICINA ANTICONCEPCIONAIS REDUZ EFEITO DO ANTICONCEPCIONAL USAR CONTRACEPTIVO CORTICÓIDE ANTICONCEPCIONAIS DOR DE ESTOMAGO E AUMENTO DO RISCO DE SANGRAMENTO SEGUIR ORIENTAÇÃO DO PROFISSIONAL MEDICAMENTO PARA EMAGRECER ANTIDEPRESSIVO AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL E TAQUICARDIA SEGUIR ORIENTAÇÃO DO PROFISSIONAL INIBIDORES DO APETITE ANSIOLÍTICOS IRRITABILIDADE, CONFUSÃO MENTAL E TAQUICARDIA SEGUIR ORIENTAÇÃO DO PROFISSIONAL MEDICAMENTO DE INFUSÃO CONTÍNUA INCOMPATÍVEL COM DOBUTAMINA/ DOPAMINA BICARBONATO DE SÓDIO DOBUTAMINA DIAZEPAN/ FUROSEMIDA DOPAMINA AMPICILINA/ ANFOTERICINA B HEPARINA AMINOGLICOSIDEOS/ DIAZEPAN SULFATO DE MORFINA FENITOÍNA/ FUROSEMIDA VERAPAMIL ANFOTERICINA B /AMPICILINA/ METRONIDAZOL TERAPIA MEDICAMENTOSA 6 – INTERAÇÂO MEDICAMENTOSA TERAPIA MEDICAMENTOSA 6 – INTERAÇÂO MEDICAMENTOSA CORTISONA DEXAMETASONA/ HIDROCORTISONA/ PREDNISONA Reduzem ABSORÇÃO aumentam EXCREÇÃO VITAMINAS A, C, B6, B9, MINERAIS ,CÁLCIO POTASSIO FÓSFORO, MAGNÉSIO VITAMINAS C, B1, B6, MINERAIS, ZINCO, POTASSIO SINTOMAS: dores musculares, baixa imunidade, alteração de humor, perda óssea, cansaço MEDICAMENTO INTERFERINDO EM NUTRIENTES TERAPIA MEDICAMENTOSA 6 – INTERAÇÂO MEDICAMENTOSA MEDICAMENTO INTERFERINDO NOS NUTRIENTES PROTETORES GÁSTRICOS Omeprazol, Ranitidina, Cimetidina REDUZEM A SECREÇÃO ÁCIDA DO ESTÔMAGO Reduzem a absorção de Vit. B12 Reduzem a digestão de proteínas Cansaço, câimbras, anemia, sono ruim, depressão, dores musculares e perda de apetite Desnutrição, diminuição da imunidade, anemia, doenças de pele e ossos TERAPIA MEDICAMENTOSA 6 – INTERAÇÂO MEDICAMENTOSA BRONCODILATADOR TEOFILINA ALIMENTO INTERFERINDO NA AÇÃO DO MEDICAMENTO A ingestão de CAFEÍNA (café, chá, chocolate) Aumenta o efeito do MEDICAMENTO MEDICAMENTOS MEDICAMENTOS ÁLCOOL TABACO ALIMENTOS ANTIDEPRESSIVOS EFEITO PA CALMANTE FR, PCR ANTIEPILÉTICOS EFEITO ANTIBIÓTICOS: NÁUSEAS, CONVULSÕES PARACETAMOL : LESÃO NO FÍGADO 6 – INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA LEITE E DERIVADOS NEUTRALIZA ATB ANTIFUNGICO: GORDURA ABSORÇÃO CAFEÍNA ANULA O CALMANTE ANTIBIÓTICO EFEITO ANTICONCEPCIONAL VIT K INIBE ANTICOAGULANTE ORAL ANTIÁCIDO TETRACICLINAS INIBIDORES DE APETITE +CALMANTE: IRRITABILIDADE, CONFUSÃO MENTAL METRONIDAZOL EFEITO TERAPIA MEDICAMENTOSA decio_junior182@yahoo.com.br OBRIGADO
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