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Me. Giancarlo Nicoletti Farmacêutico/bioquímico -UFRN Especialista em Farmacologia Aplicada - CRF/RN Especialista em Análise Clínica e Toxicológicas Mestrado em Biologia Parasitária – UFRN 7º Turma de Farmacologia @prof.giancarlonicoletti -Farmacêutico/Bioquímico – UFRN; -Especialista em Farmacologia Aplicada - CRF/RN; -Especialista em analises clinicas e toxicológicas – FATERN; -Mestrado em Biologia Parasitária – UFRN; - Atua 12 anos na área de Farmácia Comercial; - Atua 8 anos com Professor Universitário; - Atua 3 anos como Bioquímico; - Atuou 4 anos na indústria farmacêutica (CNN); - Professor da Estácio, Uniceuna e Nassau - Coordenador de Farmácia na Uniceuna; - Bioquímico Walfredo Gurgel; - Concursado no HDMM. Bibliografia Giancarlo Nicoletti • Introdução a farmacologia; • Farmacocinética/Farmacodinâmica; • Anti-inflamatórios e glicocorticoides; • Anti-hipertensivos e diuréticos; • Fármacos utilizados no Sistema Nervoso Autônomo; • Fármacos utilizados na asma; Broncodilatadores; • Noções de antibióticos; • Antidepressivo e ansiolíticos; CONTEÚDOS ABORDADOS PORT. 344/98 e RDC 347/21 Aula Bônus OBRIGADO PELA PRESENÇA 1. INTRODUÇÃO Substância que se utiliza para o diagnóstico, alivio, tratamento e/ou cura de uma doença, como também para sua prevenção. Substância capaz de modificar a estrutura e/ou as funcões de um organismo vivo CONCEITOS BÁSICOS DE FARMACOLOGIA Remédio – Todo e qualquer procedimento que promova saúde, podendo haver ou não o uso de substâncias químicas. Tudo aquilo que cura, alivia ou evita uma enfermidade. Ex: atividade física; viagens; lazer; alimentação regrada; massagens; repouso, etc. Conceitos básicos FARMACOLOGIA Medicamento- Produto que contem 1 ou mais princípios ativos para tratar ou prevenir um determinado problema de saúde, visando obter efeitos benéficos, destinadas a curar, diminuir prevenir e/ou diagnosticar as enfermidades. Ex: Tylenol= Paracetamol + excipientes (tratar) Ex: Tantin = Gestodeno + Etilinoestradiol (prevenir) Conceitos FARMACOLOGIA Fármaco- ou princípio ativo. Substância química de estrutura química definida utilizados no diagnóstico, tratamento e profilaxia de doenças, que produzem um efeito no organismo vivo. Ex: Ampicilina – antibiótico impede a síntese da parede bacteriana (peptídeoglicano) Ex: Fenitoína – anticonvulsivante – impede potenciais de ação desordenados. ConceitosFARMACOLOGIA Dose: Quantidade do medicamento necessária para promover alterações no organismo. Dosagem: Inclui a dose, a frequência de administração e a duração do tratamento. Posologia: É o estudo das dosagens do medicamento com fins terapêuticos. Conceitos FARMACOLOGIA Dose: quantidade de fármaco capaz de provocar alterações no organismo, pode ser eficaz (DE), letal (DL), ataque ou de manutenção. • DE é dose capaz de produzir o efeito terapêutico desejado, podendo ser classificada em mínima eficaz (DME) e máxima tolerada (DMT). Conceitos FARMACOLOGIA Janela terapêutica: faixa entre a dose mínima eficaz e máxima eficaz. É a extensão de tempo em que a concentração do fármaco exerce o efeito desejado desde o pico até não exercer mais o efeito. @Larifarma Janela terapêutica FARMACOLOGIA O fármaco NÃO está causando efeito farmacológico pois não ultrapassou CME Janela terapêutica FARMACOLOGIA O fármaco está causando efeito farmacológico pois atingiu CME Janela terapêutica FARMACOLOGIA O fármaco está causando efeito farmacológico pois ultrapassou CME mas está causando EFEITO TÓXICO Janela terapêutica FARMACOLOGIA O fármaco está causando efeito farmacológico pois ultrapassou CME e NÃO TÓXICO pois não ultrapassou CMT. 1.2 Drogas: 1.2.1 Dose: 1.2 Drogas: 1.2.2 Posologia: 1.2 Drogas: Representação de Administração de Dose Única e de Dose Múltipla DOSE ÚNICA DOSE MÚLTIPLA 1 2 • Meia Vida Biológica (t 1/2): É o tempo que o fármaco precisa para sua concentração diminuir 50% na corrente sanguínea. exemplo: • Da substância A é administrado 100 mg: t 1/2 = 10 h, então em 10 horas terá 50 mg na corrente sanguínea. Em mais 10 horas terá na corrente sanguínea 25 mg e assim por diante. Conceitos Conceitos • Steady state • Woshout Conceitos • Steady state • Woshout 38 Relação Risco-Beneficio • Demonstra a racionalidade de utilizar ou não determinada droga em um paciente. custo,• Risco (efeitos adversos, inconveniência da administração) X • Benefício (Redução da morbidade, melhora da qualidade de vida, eficácia, facilidade da administração) FARMACOLOGIA Relação Risco-Beneficio 1.3.1 Reações adversas aos medicamentos (RAM): Segundo a Organização Mundial da Saúde, a reação adversa é uma reação prejudicial ao indivíduo que usa o medicamento, mesmo em sua dose recomendada, e ocorre de forma não intencional. 1.3 Tipos de reações aos medicamentos Leve Não necessita tratamento. Moderada Exige tratamento específico Grave Risco de morte ou anomalia congênita Letal Óbito do paciente. @Larifarma TALIDOMIDA - FARMACOVIGILÂNCIA Histórico Farmacologia ciência jovem que passou a ser reconhecida no final do século XIX Aspirina® (1899) As diferentes áreas da farmacologia Farmacocinética Farmacodinâmica Farmacotécnica Farmacognosia Farmacoterapêutica Imunofarmacologia As diferentes áreas da farmacologia Farmacocinética Farmacodinâmica Farmacotécnica Farmacognosia Farmacoterapêutica Imunofarmacologia É o caminho que o medicamento faz no organismo. Não estuda o mecanismo de ação, mas sim as etapas que a droga sofre desde a administração até a excreção: absorção, distribuição, biotransformação ou metabolismo e excreção. etapas simultâneas, divisão apenas didática. As diferentes áreas da farmacologia Farmacocinética Farmacodinâmica Farmacotécnica Farmacognosia Farmacoterapêutica Imunofarmacologia Estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos nos organismos Mecanismos de ação Relação entre concentração do fármaco e efeito O efeito da droga nos tecidos As diferentes áreas da farmacologia Farmacocinética Farmacodinâmica Farmacotécnica Farmacognosia Farmacoterapêutica Imunofarmacologia Estuda o preparo, a manipulação e a conservação dos medicamentos O desenvolvimento de novos produtos, relação com o meio biológico, técnicas de manipulação, doses, formas farmacêuticas, interações físicas e químicas entre os princípios ativos Visando conseguir melhor aproveitamento dos seus efeitos benéficos no organismo As diferentes áreas da farmacologia Farmacocinética Farmacodinâmica Farmacotécnica Farmacognosia Farmacoterapêutica Imunofarmacologia Cuida da obtenção, identificação e isolamento de princípios ativos a partir de produtos naturais de origem animal, vegetal ou mineral, passiveis de uso terapêutico As diferentes áreas da farmacologia Farmacocinética Farmacodinâmica Farmacotécnica Farmacognosia Farmacoterapêutica Imunofarmacologia Refere-se ao uso de medicamentos para o tratamento das enfermidades (Farmacologia Clínica) Terapêutica Envolve não só o uso de medicamentos, como também outros meios para a prevenção, diagnóstico e tratamento das enfermidades. Esses meios envolvem cirurgia, radiação e outros. As diferentes áreas da farmacologia INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA É modificação que sofre a ação e o efeito de um fármaco ou medicamento pela presença simultânea de outro(s) medicamento(s), substância(s) fisiológica(s) ou exógena(s) não medicamentosa(s) no organismo ”. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Existem interações medicamentosas do tipo medicamento- medicamento, medicamento-alimento, medicamento-bebida alcoólica e medicamento-exames laboratoriais. CLASSIFICAÇÃO DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS SINERGISMO Quando as ações e relações entre os membros de um mesmo grupo farmacológico ou entre grupos farmacológicos diferentes se processam na mesma direção. EFEITO Fármaco A Fármaco B EFEITO BENÉFICO Fármaco AFármaco B EFEITO MALÉFICO Fármaco A Fármaco B DIURÉTICOS + -BLOQUEADORES Efeito sinérgico sobre redução da PA INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DIURÉTICOS + IECAs Ação sinérgica sobre a redução da PA INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EFEITO BENÉFICO Fármaco A Fármaco B EFEITO MALÉFICO Fármaco A Fármaco B INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS AAS + Varfarina Sangramento INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 1. Amoxicilina e ácido clavulânico – A amoxicilina associada ao ácido clavulânico aumenta o tempo de sangramento e de protrombina (elemento proteico da coagulação sanguínea) quando usada com AAS. 2. Inibidores da monoamina oxidase (MAO) e tiramina (monoamina derivada da tirosina) – O inibidores da monoamina oxidase (tratamento da depressão) associada à tiramina (tyros = queijo) pode promover crises hipertensivas e hemorragia intracraniana. 3. Omeprazol e fenobarbital – O omeprazol usado com fenobarbital (anticonvulsivante) pode potencializar a ação do barbitúrico. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS OUTRAS INTERAÇÕES @Larifarma Bibliografia Sugerida • KATZUNG, BG. Farmacologia básica e clínica. 8 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2020. • DALE, MM., RITTER, JM., RANG, HP., FLOWER, RJ., farmacologia. 9 ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2020. @LARIFARMA Me. Giancarlo Nicoletti Farmacêutico/bioquímico -UFRN Especialista em Farmacologia Aplicada - CRF/RN Especialista em Análise Clínica e Toxicológicas Mestrado em Biologia Parasitária – UFRN 7º Turma de Farmacologia @prof.giancarlonicoletti Farmacocinética Prof. Giancarlo Nicoletti absorção, distribuição, biotransformação e excreção Dose do fármaco administrada Concentração do fármaco na circulação sistêmica Concentração da fármaco no local de ação Absorção Fármaco nos tecidos de distribuição Distribuição Biotransformação e Excreção Fármaco metabolizado ou excretado Efeito farmacológico Resposta clínica Toxicidade Eficácia F A R M A C O C IN É T IC A FARMACODINÂMICA FARMACOCINÉTICA Absorção • Quando o medicamento atravessa barreiras até atingir a circulação sanguínea. • As barreiras são basicamente constituídas pelas membranas celulares. • .Administração intravenosa e intra-arterial pulam essa etapa. FARMACOCINÉTICA Características das membranas As membranas compostas por proteínas (45%), fosfolipídios (27%), colesterol (25%) e uma pequena porção de carboidrato, em alguns tipos de membrana, associados à superfície externa. FARMACOCINÉTICA Absorção Formas de atravessar as membranas Difusão simples Através da bicamada lipídica Depende da capacidade da droga de atravessar a camada lipoprotéica. Difusão facilitada Combinação com proteína transportadora Várias drogas são transportadas desta forma. Ex: Penicilinas FARMACOCINÉTICA Absorção Influenciam na absorção Tamanho da molécula do fármaco e Ionização • Molécula grande e hidrossolúvel (Polar / ionizado) → Difícil absorção • Molécula pequena e hidrossolúvel (Polar / ionizado) → +Fácil absorção • Molécula grande e lipossolúvel (Apolar / não-ionizado) → ++Fácil absorção • Molécula pequena e lipossolúvel (Apolar / não-ionizado) → +++Fácil absorção “A polaridade/ionização da molécula e a lipossolubidade estão mais correlacionadas com a capacidade de atravessar as barreiras do que o tamanho ou a massa molecular” FARMACOCINÉTICA Absorção Propriedades físico-químicas do fármaco Grau de ionização: - Ácidos ou bases fracas se dissociam em solução; - Moléculas na forma não-ionizada, que são mais apolares, se distribuem mais facilmente; HA A- + H+ Ácido fraco B + H+ BH+ Base fraca Não-ionizada ionizada Influenciam na absorção Formulações FARMACOCINÉTICA Absorção Solução > Suspensão > Cápsulas > Comprimido Fatores determinantes da velocidade e absorção • Fluxo sanguíneo na área de absorção Quanto maior, maior e mais rápida será a absorção • Número de barreiras a serem transpostas É inversamente proporcional à quantidade absorvida e à velocidade de absorção FARMACOCINÉTICA Absorção Distribuição Processo no qual a substância reversivelmente abandona a corrente sanguínea e passa para o interstício e/ou células ou tecidos FARMACOCINÉTICA • Medicamentos lipossolúveis atravessam as Memb. Cel. com mais rapidez que os hidrossolúveis; • Os hidrossolúveis tendem a ficar no sangue (aquoso); • Outras se concentram em tecidos específicos: glândula tireóide, fígado, SNC e rins FARMACOCINÉTICA Distribuição • Alguns tecidos funcionam como reservatórios do medicamento, prolongando a distribuição. Ex.: medicamentos que se acumulam no tecido adiposo, deixam esses tecidos lentamente e, em consequência, circulam pela corrente sanguínea durante vários dias após a administração. FARMACOCINÉTICA Distribuição Interferem na distribuição das drogas Irrigação dos tecidos Maior vascularização ↔ maior distribuição. Tecidos que recebem uma porcentagem maior do débito cardíaco tendem a receber concentrações maiores de um fármaco que se encontra dissolvido no sangue. FARMACOCINÉTICA Distribuição Interferem na distribuição das drogas Presença de barreiras entre sangue e tecidos • Barreira hematoencefálica: Presença de capilares não fenestrados • Barreira placentária: Por ela passam somente drogas lipossolúveis BHE- é formada por cél. Endoteliais e astrócitos Que ficam alinhadas uma a uma, dificultando a Passagem de substâncias do sangue para o SNC FARMACOCINÉTICA Distribuição • Barreira hematoencefálica: FARMACOCINÉTICA Distribuição A domperidona é um fármaco antidopaminérgico, do grupo dos "modificadores da motilidade gastrointestinal", que é utilizado para tratamento de situações de vômitos ou náuseas A bromoprida serve para Distúrbios da motilidade gastrintestinal; Refluxo gastroesofágico; Náuseas e vômitos. FARMACOCINÉTICA Acatasia*Inquietação motora Distonias* são contrações musculares involuntárias Ligação a proteínas plasmáticas Atinge-se um equilíbrio entre a fração do fármaco livre e a fração ligada a proteínas plasmáticas Fármaco ligado a proteínas Fármaco livre Ligação a proteínas plasmáticas • Afinidade do fármaco pela proteína • Ligação reversível Principais proteínas: • Albumina (fármacos ácidos) • 1-glicoproteína ácida (fármacos básicos) albumina Ligação a proteínas plasmáticas Alguns conceitos importantes... Somente o fármaco livre pode produzir efeito farmacológico Fármaco ligado a proteínas plasmáticas não se difunde para os tecidos Fármaco ligado a proteínas plasmáticas não sofre filtração glomerular Proteínas Plasmáticas A capacidade das drogas em se associar às proteínas plasmáticas influi nas características farmacocinéticas • Alta ligação a proteínas → Baixa eliminação → Maior duração do efeito • Baixa ligação a proteínas → Alta eliminação → Menor duração do efeito FARMACOCINÉTICA Distribuição Fatores que influenciam a ligação às proteínas plasmática: - Doença hepática grave ou síndrome nefrótica (déficit de proteínas) - Velhice: [albumina] , [1-glicoproteína ácida] permanece constante -Patologias que levam a uma resposta reação de fase aguda (câncer, artrite, infarto do miocárdio, doença de Crohn) Reação de fase aguda: [albumina] , [1-glycoproteina ácida ] Considerando que... - - fármacos com características físico-químicas semelhantes podem competir entre si por esses locais de ligação – INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA Exemplos: - fármacos com baixo índice terapêutico que se ligam fortemente a proteínas podem produzir efeitos tóxicos quando co-administrados Ciclosporina: 93% Warfarina: 99 % Tolbutamida: 96% Nifedipina: 96% Indometacina: 90% Benzodiazepinas: >90% FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo • Muitas drogas dão origem a metabólitos farmacologicamente ativos • De modo geral a atividade farmacológica é perdida ou reduzida − mais polar − mais hidrofílico − mais hidrossolúvel Conjuntode transformações químicas que os fármaco passam após a absorção Substâncias mais fáceis de serem excretadas Licenciado para - GIANCARLO PAIVA NICOLETTI - 05611783481 - Protegido por Eduzz.com FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo Reações do Metabolismo dos fármacos • Isoenzimas microssomais P-450 (CYP): Citocromo P450 (abreviado CYP, P450 ou CYP450) é uma superfamília ampla e diversificada de proteínas responsáveis por oxidar um grande número de substâncias para torná-las mais polares e hidrossolúveis. •Reações de Fase I e Fase II FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo Reações do Metabolismo dos fármacos • Reações de Fase I Reações não sintéticas • Reações de oxidação, redução e hidrólise •Preparam para as reações de Fase II • Reações de Fase II Reações sintéticas • Reações de conjugação com acido glicurônico, sulfato ou acetato • Produzem metabólitos menos reativos e menos tóxicos • Aumentam a polaridade, hidrofília e hidrossolubilidade “Ocorrem no plasma, pulmão, intestino e principalmente no fígado” FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo Indução Enzimática Ex.: Rifampicina (antibiótico) e Contraceptivos orais - RIFAMPICINA induz a isoenzima P-450 - Contraceptivos orais metabolizado pela P-450 - Contraceptivo orais será metabolizado mais rápido – menos eficaz FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo Inibição Enzimática • Algumas drogas bloqueiam as P-450 • O fármaco metabolizado por uma P-450 e co-administrado com um bloqueador: • Aumenta o t1/2 • Vai se acumular nos tecidos • Será menos excretado • Pode expressar: reações adversas, colaterais e tóxicos Inibição e indução enzimáticas R o b e rt s o n e P e n z a k , “D ru g I n te ra c ti o n s ”, P ri n c ip le s o f C lin ic a l P h a rm a c o lo g y © 2 0 0 7 E ls e v ie r. Inibição e indução enzimáticas R o b e rt s o n e P e n z a k , “D ru g I n te ra c ti o n s ”, P ri n c ip le s o f C lin ic a l P h a rm a c o lo g y © 2 0 0 7 E ls e v ie r. FARMACOCINÉTICA Eliminação - Excreção • Fármaco e metabólitos • Excreção renal Substâncias com menos de 60 Da não ligadas a proteínas Hidrossolúveis (polares, ionizadas) Substâncias lipossolúveis são reabsorvidas FARMACOCINÉTICA Eliminação - Excreção • Excreção renal • Substâncias ionizadas tendem a ser eliminadas juntamente com a urina • Substâncias não-ionizadas tendem a serem reabsorvidas - Moléculas na forma não-ionizada são mais apolares. • Se inibe a secreção , aumenta o Tempo de meia-vida; FARMACOCINÉTICA Eliminação - Excreção • Excreção pulmonar • Álcool e anestésicos voláteis • Excreção cutânea e glândulas lacrimal menor importância • Excreção mamária fármacos que formam base fraca 1. Conceitue, com suas próprias palavras, o significado de FARMACOLOGIA. 2. Conceitue, com suas próprias palavras, o significado de FARMACOCINÉTICA e FARMACODINÂMICA. 3. Estabeleça as diferenças entre FARMACOCINÉTICA e FARMACODINÂMICA. 4. Conceitue, com suas próprias palavras, o significado de FÁRMACO e MEDICAMENTO. 5. Estabeleça as diferenças entre REAÇÕES ADVERSAS e EFEITO COLATERAL. 6. O que são vias de administração? 7. Quais as principais vias de administração? Conceitua cada uma delas. 8. O que acontece com os farmacos na biotransformação? 9. Dê um exemplo de indução enzimática que causa interação medicamentosa? 10.Quais características uma substância precisa ter para ser excretada com facilidade nos rins? EXERCÍCIO Bibliografia Sugerida • KATZUNG, BG. Farmacologia básica e clínica. 8 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2020. • DALE, MM., RITTER, JM., RANG, HP., FLOWER, RJ., farmacologia. 9 ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2020. Me. Giancarlo Nicoletti Farmacêutico/bioquímico -UFRN Especialista em Farmacologia Aplicada - CRF/RN Especialista em Análise Clínica e Toxicológicas Mestrado em Biologia Parasitária – UFRN 7º Turma de Farmacologia @prof.giancarlonicoletti Farmacodinâmica FARMACODINÂMICA Área da farmacologia que estuda os mecanismos de ação dos fármacos, assim como sua interação com o alvo. Fármacos não CRIAM efeitos no organismo, eles MODIFICAM uma função já existente!!!!! ALVOS DE AÇÃO DOS FÁRMACOS ALVOS DE AÇÃO DOS FÁRMACOS PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS Receptores Canais iônicos • Enzimas • Proteínas estruturais RECEPTORES IONOTRÓPICOS MECANISMOS GERAIS DE SINALIZAÇÃO CELULAR A excitação celular A excitação celular é desencadeada por um processo denominado DESPOLARIZAÇÃO CELULAR Este processo inclui 4 etapas bem definidas: - Estímulo - Despolarização - Repolarização - Hiperpolarização Relacionado com a CARGA ELÉTRICA Regrinhas Básicas Despolarização EXCITAÇÃO Celular Hiperpolarização INIBIÇÃO Celular Entrada de íons POSITIVOS e/ou saída de íons NEGATIVOS Despolarização Entrada de íons NEGATIVOS e/ou saída de íons POSITIVOS Hiperpolarização CANAIS IÔNICOS O potencial de ação (PA) é caracterizado como um evento elétrico que ocorre em células excitáveis. Este processo desencadeia uma inversão na variação do potencial de membrana da célula O potencial de ação é uma inversão do potencial de membrana que percorre a membrana de uma célula. Potenciais de ação são essenciais para a vida animal, porque transportam rapidamente informações entre e dentro dos tecidos. Eles podem ser gerados por muitos tipos de células, mas são utilizados mais intensamente pelo sistema nervoso, para comunicação entre neurônios e para transmitir informações dos neurônios para outro tecido do organismo, como os músculos ou as glândulas. Potencial de ação Potencial de ação RECEPTORES Agonistas Antagonistas Relação droga receptor Relação droga receptor Relação droga receptor Logo, um fármaco com Kd baixo, haverá maior formação de complexo DR, Consequentemente maior resposta. CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS AGONISTAS TOTAIS Produzem 100% do efeito análogo as substâncias endógena A concentração do fármaco que induz metade do efeito máximo (EC50) AGONISTAS PARCIAIS Não produzem 100% da resposta, mesmo ocupando 100% dos receptores Buspirona – antidepressivo AGONISTAS INVERSO Agonista inverso – eficácia negativa; ANTAGONI STAS Bloqueiam a ação dos agonistas NÃO POSSUEM ATIVIDADE INTRÍNSECA Se ligam aos receptores BLOQUEANDO seu sítio de ligação • Organofosforados (pesticida); inibe acetilcolinesterase – degrada acetilcolina, logo aumenta Ach ( lagrimas, aumenta salivação, bradicardia) - pralidoxima reativa a enzima de acetilcolinesterase. Bibliografia Sugerida • KATZUNG, BG. Farmacologia básica e clínica. 8 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2020. • DALE, MM., RITTER, JM., RANG, HP., FLOWER, RJ., farmacologia. 9 ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2020. Me. Giancarlo Nicoletti Farmacêutico/bioquímico -UFRN Especialista em Farmacologia Aplicada - CRF/RN Especialista em Análise Clínica e Toxicológicas Mestrado em Biologia Parasitária – UFRN 7º Turma de Farmacologia @prof.giancarlonicoletti c Prof. Giancarlo Nicoletti ANTI-INFLAMATÓRIOS É uma resposta dos organismos à uma agressão sofrida, seja ele endógeno ou exógeno. INFLAMAÇÃO • Calor: decorre do aumento da circulação sanguínea no local e aumento do metabolismo local. • Rubor: decorre do aumento da circulação sanguínea no local. • Edema: Decorre do aumento da permeabilidade vascular (edema). Pode determinar aumento do volume hídrico local em até 5 ou 7 vezes. • Dor: Causada pela irritação química nas terminações nervosas, compressão das fibras nervosas locais devido ao acúmulo de líquidos e de células, etc. • Perda da função: é decorrente do tumor (principalmente em articulações, impedindo a movimentação) e da própria dor, dificultando as atividades locais. INFLAMAÇÃO INFLAMAÇÃO ANTI - INFLAMATÓRIOS Medicamentos cuja função é reduziro grau de inflamação dos tecidos. AINES 1828, o ácido salicílico foi a primeira molécula a ser isolada. Atividade Antipirética e Analgésica ANTI - INFLAMATÓRIOS - Analgésico - Antipirético - Antiinflamatório - Antiplaquetário **Dengue CLASSIFICAÇÃO Conhecidos como AINE’s indicados para inflamação moderada e leve Atuam na ciclogenase, inibindo a ação da COX-1 e COX-2 MEMBRANA CELULAR FOSFOLIPÍDICA FOSFOLIPASE A2 (enzima que quando ativada por um estímulo lesivo libera o ác. aracdônico da membrana celular para o citoplama) ÁC. ARACDÔNICO MEDIADORES INFLAMATÓRIOS (ENDOPERÓXIDOS) PROSTAGLANDINAS (sensibilidade exagerada à dor, febre, vasodilatação, inibição da agregação plaquetária, inibição da secreção de ác. gástrico, aumento da secreção gástrica de muco) TROMBOXANO (agregação plaquetária e vasoconstrição arterial) PROSTACICLINA (vasodilatação e inibição da agregação plaquetária) CICLOOXIGENASE (COX-1 e COX-2): enzimas que vão transformas o ác. aracdônico nos mediadores inflamatórios Estímulo lesívo AÇÃO DOS AINE’s AÇÕES FARMACOLÓGICAS DOS AINEs eitos antiinflamatórios: PROSTAGLANDINAS RESPOSTA INFLAMATÓRIA os analgésicos: redução da dor PROSTAGLANDINAS QUE SENSIBILIZAM NOCICEPTORES DA DOR ntipiréticos: redução da Temp. HIPOTÁLAMO PGE Analgésico Antitérmico Antiinflamat. SALICILATOS ASPIRINA500 + + +/- DIFLUNISAL + + ++ Á. PROPIÔNICO NAPROXENO + + ++ IBUPROFENO + + ++ FLURBIPROFENO + + ++ FENOPROFENO + + ++ CETOPROFENO + + ++ Á FENÂMICO ÁC. MEFENÂMICO + - - Fármaco AINE’s FENAZONA DIPIRONA + + +/- Á. ACÉTICO DICLOFENACO + + ++ INDOMETACINA + + +++ KETORALAC + + + Á ENÓLINICO PIROXICAM + + +++ TENOXICAM FENIBUTAZONA +/- - +/- ALCANOMAS NABUMETONA + + + Analgésico Antitérmico Antiinflamat.Fármaco AINE’s RAM Ulceração gástrica Bloqueio da agregação plaquetária Inibição da função renal Reações de hipersensibilidade (alergias) Toxicidade hepática Síndrome de Reye (Salicilatos) Exclusivamente em crianças abaixo de 15 anos (mortalidade de 50%em crianças com a síndrome): Vômitos; Lesão progressiva do SNC (estupor, convulsões, coma); Lesão hepática grave; Hipoglicemia; CLASSIFICAÇÃO Mec. De Ação: Atuam na ciclogenase, inibindo especificamente ação da COX2, porém também inibe pouco a COX-1. Foram produzidos afim de solucionar os efeitos adversos dos AINE’s. INDICAÇÕES Dor aguda Dor crônica Osteoartrite Artrose Dor aguda Nome comercial Princípio ativo Apresentação Uso Posologia Arcoxia Etoricoxibe 120 mg c/ 4 cp Adulto 12/12 h Celebra Celecoxibe 200 mg c/ 10 cp Adulto 12/12 h CLASSIFICAÇÃO Rofecoxibe (Vioxx) -Atividade analgésica, antipirética, antiinflamatória -Não inibe a COX-1 -Não altera a função plaquetária -Incidência de ulcerações gástricas menor que o ibuprofeno Efeitos colaterais: Edema periférico, Hipertensão arterial, Sensação de vertigem, cefaléia, nauseas Dor abdominal, diarréia, entre outros Celocoxibe (Celebra) - Extensivamente ligado a proteínas plasmáticas - T1/2 11 horas - Aprovado nos EUA para o tratamento da artrite reumatóide - Menos efeitos colaterais Sulfonanilidas • É um inibidor da COX-2 em humanos em doses • clinicamente recomendadas • Atividade analgésica, antipirética, antiinflamatória Inibe a ativação de neutrófilos • Exibe atividade antioxidantes • Muito baixa incidência de efeitos colaterais, especialmente no TGI Nimesulide (Nisulid) • Inibidor da COX-2 em humanos em doses clinicamente recomendadas • Atividade analgésica, antipirética e antinflamatória • Atividade antioxidante • Baixa incidência de efeitos colaterais, principalmente no TGI EFEITOS COLATERAIS Diminuição da função renal Função cardíaca comprometida ou ICC Edema Hipertensão Me. Giancarlo Nicoletti Farmacêutico/bioquímico -UFRN Especialista em Farmacologia Aplicada - CRF/RN Especialista em Análise Clínica e Toxicológicas Mestrado em Biologia Parasitária – UFRN 7º Turma de Farmacologia @prof.giancarlonicoletti Prof.: Me. Giancarlo Nicoletti Também conhecida como glicocorticóides, são hormônios produzidos p/ supra-renal. CLASSIFICAÇÃO Mec. De Ação: Atuam diretamente inibindo a fosfolipase A2, quebrando toda cascata de inflamação. Origem bioquímica dos glicocorticóides 11β-hydroxylase (CYP11B1) 17α-hydroxylase (CYP17) Adaptado de: Adrenocorticosteroids & Adrenocortical Antagonists, Basic & Clinical Pharmacology, 14e. Citation: Katzung BG. Basic & Clinical Pharmacology, 14e; 2017 Copyright © 2018 McGraw-Hill Education. All rights reserved LDL Éster ColesterolAcetil-CoA CLASSIFICAÇÃO Há, basicamente, três famílias de corticoides Glicocorticoides: controlam o metabolismo dos carboidratos, das gorduras e das proteínas e são anti-inflamatórios. Mineralocorticoides: controlam os níveis de eletrólitos e de água (espironolactona – Diurético poupador de potássio). Andrógenos: controlam as funções sexuais masculinas. C5- CID E CPF Síntese de CORTISOL Hipotálamo Libera CRH Hormônio liberador de corticotrofina Estimula HIPÓFISE Libera (ACTH)Hormônio adrenocorticotrófico Na circulação sanguínea Atinge a cortical da SUPRARRENAL Libera cortisol O aumento dos níveis de cortisol fazem o feedback negativo Hormônio Cortisol Produzido nas glândulas suprarrenais Produção normalmente é diurna, pico maior pela manhã Funções: Ação anti-inflamatória Aumenta a gliconeogênese Hidrólise de proteínas Aumento da lipólise Supressão do sistema imunológico Inibição da fosfolipase A2 Diminuição da histamina Favorece a síntese de glicose Energia para combater o estresse O estresse aumenta a liberação de cortisol O seu aumento leva ao feedback negativo (retroalimentação negativa) Diminui liberação O estresse crônico aumenta muito a secreção de cortisol e pode gerar muitos problemas Exemplos: • Perda óssea • Ganho de peso • Perda de massa muscular Cascata da inflamação Origem hormonal dos glicocorticoides (e mecanismos regulatórios) - Sistema Imune: Linfócitos, macrófagos, monócitos e neutrófilos - IL-1, IL-2 IL-6, TNF-α + + Source: Adrenocorticosteroids & Adrenocortical Antagonists, Basic & Clinical Pharmacology, 14e. Citation: Katzung BG. Basic & Clinical Pharmacology, 14e; 2017 Copyright © 2018 McGraw-Hill Education. All rights reserved - Estresse (lesão, hemorragia, infecção grave, grande cirurgia, hipoglicemia, frio, dor e medo) - ADH (arginina-vasopressina) + - - ADRENAL CORTISOL HIPOTÁLAMO CRF ADENOHIPÓFISE ACTH INDICAÇÃO CLÍNICA Anti-inflamatório Antialérgico Imunossupressor OUTRAS INDICAÇÕES Doenças alérgicas (urticária, dermatite, edema) Choque (hemorrágico, veneno de cobra, traumatismo, anafilaxia) LES Artrite reumatóide Lúpus eritematoso Asma brônquica Doenças infecciosa (tuberculose, meningite...) Transplante renal Psoríase Eczema e outras. Lúpus Psoríase • Divisão dos fármacos glicocorticóides: • Os fármacos são divididos de acordo com o tempo de duração. • Ação curta: • Hidrocortisona (Cortizol®). • Cortisona: primeiro fármaco. Não é tão utilizada. Ação curta • Prednisona (Meticorten®) Prednisolona (Prelone®) • Metilprednisolona (Depo-medrol®) Ação Intermediária • Dexametasona (Decadron®) • Betametasona (Diprospan®/Celestone®). Ação prolongada Adaptado de: Katzung BG. Adrenocorticosteroids & Adrenocortical Antagonists, Basic & Clinical Pharmacology, 14e; 2017 Agente Atividade Dose equivalente (oral em mg) Meia-vida biológica (h) Via de administração Anti- inflam. Tópica Mineral. A ç ã o c u r t a a m é d i a Hidrocortisona (= cortisol) 1 1 1 20 4-12 Oral, Injetável, Tópico Cortisona (convertida em hidrocortisona) 0,8 0 0,8 25 8-12 Oral Prednisona (convertida em prednisolona) 4 0 0,3 5 12-36 Oral Prednisolona 5 4 0,3 5 12-36 Oral, Injetável Metilprednisolona (derivada da prednisolona) 5 5 0,25 4 18-36 Oral, InjetávelA ç ã o i n t e r m e d i á r i a Triamcinolona (derivada da prednisolona) 5 5 0 4 12-36 Oral, Injetável, Tópico A ç ã o l o n g a Betametasona 25-40 10 0 0,6 36-72 Oral, Injetável, Tópico Dexametasona 30 10 0 0,75 36-72 Oral, Injetável, Tópico Classificação geral: Adaptado de: Katzung BG. Adrenocorticosteroids & Adrenocortical Antagonists, Basic & Clinical Pharmacology, 14e; 2017 Cálculo Reação adversa medicamentosa • CARDIOVASCULAR: Hipertensão, Aterosclerose, Hiperlipidemia Ratika Gupta & Luz S. Fonacier. Adverse Effects of Nonsystemic Steroids (Inhaled, Intranasal, and Cutaneous): a Review of the Literature and Suggested Monitoring Tool. Curr Allergy Asthma Rep (2016) 16: 44 PELE: Acne, Estrias, Alopécia, Púrpura, Atrofia HORMONAL: Obesidade, DM, Supressão adrenal, Hirsurtismo, Retardo do crescimento, Retenção de H2O e Na. TGI: Ulcera pép., Pancreatite, Esteatose hep. HEMATO: Linfopenia INFECÇÃO: risco de infec. sistêmicas, Candidíase oral MUSCULOESQUELÉTICO: Miopatia, Osteoporose, Necrose avascular NEURO: Glaucoma, Catarata PSIQUIÁTRICO: Alt. humor, insônia, déf. cognitivo, psicose. Efeitos dos glicocorticoides: • METABOLISMO GLICÍDICO: METABOLISMO PROTÉICO: METABOLISMO LIPÍDICO: Aumento da gliconeogênese hepática e síntese de glicogênio Diminui utilização periférica de glicose (resistência à insulina) Hiperglicemia >> glicosúria > degradação de proteínas na periferia (catabolismo muscular) AA >> uréia plasmática >> AAcidúria e nitrogênio urinário. Produção hepática de proteínas. Aumento da lipólise ácidos graxos livres >> acetil-CoA >> gliconeogênese (energia). Altera atividade dos adipócitos – muda perfil de distribuição da gordura corporal Efeitos dos glicocorticoides: • NO TGI: METABOLISMO ÓSSEO: Aumento da secreção de ácido clorídrico, pepsina e tripsina Diminui secreção de muco >> úlceras gastroduodenais Suprime osteoblastos e produção de osteoprotegerina Ativa osteoclastos >> osteoporose BHE = barreia hemato-encefálica Efeitos dos glicocorticoides: • SISTEMA IMUNE: Inibem o ácido araquidônico e COX (induzem síntese de lipocortina – inibidora da fosfolipase A2) Estabilizam membrana dos lisossomos ( histamina, enzimas hidrolíticas, citocinas) Monocitopenia (mecanismos ainda não estabelecidos) IL-1 ( febre) e IL-2 ( proliferação de lincócitos T e B) TNF-alfa Fibroblastos Função endotelial (diminui moléculas de adesão) Discreta redução de imunoglobulinas (sem alterar a produção) Aumenta apoptose de linfócitos T maduros • Síndrome de Cushing: Segundo a OMS 50 mil pessoal vivem com essa doença RAM • Diminuição da libido • Diminuição da fertilidade • Disfunção erétil. • Depósitos de gordura no corpo • Estrias na pele, principalmente nas regiões do abdômen, coxas, seios e braços • Emagrecimento e pele frágil • Cicatrização lenta • Acne. Síndrome de Cushing: Doses: • DOENÇAS ALÉRGICAS E AUTO-IMUNES: ANTI-INFLAMATÓRIA/ALÉRGICA IMUNOSSUPRESSORA GLICOCORTICÓIDE DE REFERÊNCIA = PREDNISONA 0,5 mg/Kg/dia 1 a 2 mg/Kg/dia Homem de 70kg = 35mg de prednisona Homem de 70kg = 70-140mg de prednisona OBSERVAÇÃO Problemas como: hipotensão, febre, mialgia artralgia, rinite, perda de peso, conjuntivite e até óbito Uso prolongado de corticoides suprimem a produção de cortisol A retirada abrupta pode causar insuficiência suprarrenal aguda Deve ser feita a retirada gradual da terapia Tratamento inferior a 3 semanas ou doses inferiores a 10 mg pode ser interrompido sem riscos significativos • Terapia em dias alternados Uma maneira usada para reduzir os efeitos colaterais , para evitar os sintomas de insuficiência supra- renal relativa que podem ocorrer durante o dia sem medicação (fadiga, febre, artralgia, mialgia). • Outra conduta é manter a dose do GC constante em um dia e reduzir gradualmente a do dia alternado. Porém, qualquer que seja o caminho escolhido, deve-se utilizar GC de ação intermediária, como prednisona ou prednisolona • A velocidade de retirada dos GC é de fundamental importância para se evitar insuficiência da supra-renal DESMAME DESMAME O regime pode ser feito com redução de: •5 a 10 mg a cada uma ou duas semanas, quando a dose em uso de prednisona for maior que 40 mg/dia de prednisona ou equivalente; •5 mg a cada uma ou duas semanas quando a dose de prednisona estiver entre 40 a 20 mg/dia; •2,5 mg a cada uma ou duas semanas quando a dose de prednisona estiver entre 20 e 10mg/dia; •1 mg a cada duas a quatro semanas quando a dose de prednisona estiver abaixo de 10 mg/dia. •Dose fisiológica 7,5 mg. ASMA Tratamento da Asma Rinite alérgica Doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC Reduz a inflamação Beclometasona Budesonida Fluticasona Ciclesonida Triancinolona Mometasona Efeitos colaterais Local Sistêmico • Dermatite perioral • Candidiase oral • Interferências do eixo hipófise Aplicação por dispositivo Ação local (brônquios) Pouca ação sistêmica Harvey Cushing, 1869-1939 Um clínico tem a obrigação de enxergar mais do que um órgão doente, mais do que um homem doente – ele deve ver o paciente no seu mundo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • KATZUNG, B.G. Farmacologia básica e clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. • RANG, H.P. [et al.]. Farmacologia. 5.ed. Rio de Janeiro: Elservier, 2003. Me. Giancarlo Nicoletti Farmacêutico/bioquímico -UFRN Especialista em Farmacologia Aplicada - CRF/RN Especialista em Análise Clínica e Toxicológicas Mestrado em Biologia Parasitária – UFRN 7º Turma de Farmacologia @prof.giancarlonicoletti ANTI-HIPERTENSIVOS Antagonista (bloqueador) Prof.: Me. Giancarlo Nicoletti Hipertensão arterial • Definição: • Síndrome caracterizada por apresentar níveis tensoriais elevados (acima de 140/ 90 mm de Hg); Hipertensão arterial • Patologia que atinge cerca de 15% da população adulta; • Cerca de 90% dos casos são classificados como hipertensão primária ou essencial( sem causa identificável) • Grande número de casos se apresenta como assintomático (“doença silenciosa”); • História familial aumenta chance de novos casos; Hipertensão arterial • Fatores de risco: a) Estresse; b) Sedentarismo; c) Obesidade; d) Tabagismo; e) Consumo excessivo de sal. CONCEITOS • O inotropismo e o cronotropismo representam força de contração e a freqüência cardíaca, respectivamente. • Os inotrópicos e cronotrópicos positivos agem nos receptores β1−adrenérgicos, que estão situados principalmente no miocárdio. • Os inotrópicos positivos tem como representante principal o “digitalicos”, por isso são classificados em: agentes inotrópicos digitálicos e não-digitálicos . Hipertensão arterial Os digitálicos são indicados: disfunção miocárdica sistólica ou caso de insuficiência cardíaca congestiva. Os agentes inotrópicos não digitálicos que merecem destaque são os agonistas β1. Dopamina, dobutamina, epinefrina, isoproterenol. Hipertensão arterial Três Fatores para ativação do SRAA: 1) < P.A ---- ativa barorreceptores; 2) Ativação do SNAS 3) < [ ] de sódio no túbulos distais Colesterol SRAA SRAA • Grupos: • Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA); • Antagonistas dos receptores da angiotensina II; • Antagonistas dos canais de cálcio; • Bloqueadores β-adrenérgicos; • Bloqueadores α-adrenérgicos; • Vasodilatadores diretos; • Diuréticos; Classes de Anti-hipertensivos Inibidores da enzima conversora da angiotensina • Mecanismo de ação: - Inibem a conversão de angiotensina I em angiotensina II (inibição da ECA). - Ex. Enalapril, captopril, lisinopril; • Indicações: - Hipertensão arterial sistêmica; - Infarto agudo do miocárdio; - Insuficiência cardíaca. Inibidores da ECA • Efeitos adversos: • Hipotensão; • Tosse; • Hiperpotassemia; • Efeitos teratogênicos – anormalidades ósseas do feto e morte, principalmenteno 2º e 3º trimestre; • Glicosúria. Inibidores da ECA Antagonistas dos receptores da Angiotensina II • Mecanismo de ação: • Bloqueiam os receptores AT1 da angiotensina II ↓ as respostas desencadeadas pela angiotensina II relaxando o músculo liso vascular e ↑ eliminação de sódio e água. • Ex. Valsartana, losartana; OLMESARTANA • Efeitos adversos: • Hipotensão; • Hiperpotassemia; • Teratogênese. Antagonistas dos receptores da Angiotensina II • Indicações: -Mesmas dos IECAs; -Efeitos sinérgicos com os IECAs. Antagonistas dos receptores da Angiotensina II Antagonistas dos Canais de Cálcio • Ações do Ca2+ no tecido vascular: • Canais de Ca2+ permitem o ↑ Ca2+ citossólico ↑ a ligação Ca2+-calmodulina; • O complexo Ca2+-calmodulina ativa a cinase de cadeia leve da miosina promove a interação entre miosina e actina contração do músculo liso; • Mecanismo de ação: • ↓ a concentração de cálcio nas células musculares lisas vasculares, ↓ contração do músculo liso, e com isso RVP; • Ex. Nifedipina, verapamil, diltiazem, Anlodipino Antagonistas dos Canais de Cálcio Antagonistas dos Canais de Cálcio https://www.facebook.com/biomedicinadescomplicada/videos/o-c%C3%A1lcio-se-liga-%C3%A0-troponina-v%C3%ADdeo-1-o-c%C3%A1lcio-se-liga-%C3%A0- troponina-levando-a-uma-/575247546718394/ • Indicações: • Hipertensão arterial sistêmica, como monoterapia ou associação; • Angina; • Arritmia cardíaca (verapamil e diltiazem); • Prevenção da aterosclerose. Antagonistas dos Canais de Cálcio • Efeitos adversos: • Efeitos resultantes da vasodilatação excessiva: tontura, hipotensão, cefaléia, rubor e náuseas; Antagonistas dos Canais de Cálcio β-Bloqueadores (bloqueadores beta-adrenérgicos) • Mecanismo de ação: • Pelo bloqueio dos receptores β1-adrenérgicos no coração ↓ freqüência e a força de contração do coração; • Ex. Propranolol (não-seletivo), atenolol (seletivo). • Indicações: • Hipertensão arterial; • Varizes hemorrágicas • Tremor essencial • Prevenção de enxaqueca β-Bloqueadores • Bloqueadores β-adrenérgicos • Propranolol • Bloqueio de β1 e β2; • Broncoconstricção (indivíduos susceptíveis); • Corta sintomas de ansiedade; • Atenolol • β-1 específico Reações adversas Insuficiência cardíaca, bloqueio atrioventricular, bradicardia e hipotensão, Broncoespasmo; β-Bloqueadores • Reações adversas: • Insuficiência cardíaca; • Bloqueio atrioventricular e bradicardia; • Hipotensão; • Broncoespasmo. β-Bloqueadores Bloqueadores α-adrenérgicos • Mecanismo de ação: • Antagonistas dos receptores α-1 adrenérgicos periféricos vasodilatação periférica e ↓ RVP; • Além do relaxamento dos músculos lisos vasculares, o bloqueio α-1 também inibe a resistência ao esvaziamento vesical; • Ex. Prazosina, terasozina, tansulosina Bloqueadores α-adrenérgicos • Indicações: • Hipertensão arterial sistêmica; • Insuficiência cardíaca congestiva; • Hipertrofia benigna de próstata; • Exames diagnósticos em urodinâmica; • Efeitos adversos: • “Fenômeno de primeira dose” – Hipotensão postural que ocorre 30-90 min após primeira dose; • Retenção de sal e água; • Tontura, cefaléia, sonolência e náuseas. Bloqueadores α-adrenérgicos Sinergismo farmacológico Diuréticos Aldosterona A aldosterona é um hormônio esteróide segregado pelo córtex supra-renal. A função da aldosterona no metabolismo é controlar o sódio e o potássio, regulando o volume de fluidos. A aldosterona atua para diminuir a excreção de sódio e aumentar a excreção de potássio no rim, glândulas sudoríparas e glândulas salivares. A aldosterona também conserva o sódio no cólon. Em cada um destes tecidos, a aldosterona atua ligando-se aos receptores mineralocorticóides e, principalmente, aos ductos coletores corticais do rim. A regulação do equilíbrio de sódio e potássio é conseguida através de um conjunto complexo de hormônios que atuam em vários ciclos de realimentação. Os sistemas renina-angiotensina (RAS) constituem o ciclo de realimentação negativa mais importante para a regulação do volume. Funções do Rim Regulação do equilíbrio de eletrólitos Regulação da Pressão arterial Regulação do equilíbrio ácido-básico Diuréticos “ Aumentam o fluxo urinário e a excreção de sódio e são utilizados para ajustar o volume e/ou a composição dos líquidos corporais em várias situações clínicas.” Hidroclorotiazida Furosemida Néfron Tiazídicos No túbulo distal está o sítio de ação da aldosterona. Os antagonistas de aldosterona não são diuréticos potentes, não são uma boa opção para fazer o paciente urinar, exemplo: a espironolactona. Poupador de potássio De alça: agem no ramo ascendente da alça de Henle. “Desidratação”, espoliam K+ lasix Age como diurético, inibe a reabsorção de sódio e água nos rins (ramo descendente da alça de Henle). Como anti- hipertensivo, reduz o volume de líquidos e o débito cardíaco, baixando a pressão. Me. Giancarlo Nicoletti Farmacêutico/bioquímico -UFRN Especialista em Farmacologia Aplicada - CRF/RN Especialista em Análise Clínica e Toxicológicas Mestrado em Biologia Parasitária – UFRN 7º Turma de Farmacologia @prof.giancarlonicoletti Farmacologia do Sistema Nervoso autônomo Prof.: Giancarlo Nicoletti Sistema Nervoso Sistema Nervoso Periférico Sistema Nervoso Central Divisão Eferente Divisão Aferente Sistema Nervoso Autônomo Sistema Nervoso Somático Parassimpático Simpático Crânio-Sacral 4 Resposta de “luta ou fuga” Resposta de “descanso e digestão” Anatomia do Sistema Nervoso Sinapse Adrenérgica Biossíntese Sinapse Adrenérgica Impulso nervoso ou potencial de ação Despolarização da membrana pré-sináptica Influxo de Cálcio Vesículas se aproximam do terminal axônico fusão de membranas rompimento das vesículas (EXOCITOSE) Liberação de ADRENALINA Liberação de adrenalina Sinapse Adrenérgica Estocagem e liberação NA Sinapse Adrenérgica SISTEMA AUTÔNOMO SIMPÁTICO SISTEMA AUTÔNOMO PARASSIMPÁTICO Fármacos com atividade adrenérgica • Adrenérgicos, simpaticomiméticos, agonistas dos receptores adrenérgicos: Fármacos que provocam respostas semelhantes às que são produzidas pela estimulação simpática– alfa e/ou beta; • Antiadrenérgicos, bloqueadores adrenérgicos ou antagonistas dos receptores adrenérgicos: Fármacos que bloqueiam respostas produzidas pela estimulação simpática– alfa e/ou beta. ADRENÉRGICOS E ANTIADRENÉRGICOS Agonistas adrenérgicos • Catecolaminas endógenas • Adrenalina • Hormônio sintetizado na medula das adrenais; • Atua nos receptores α-1, β-1 e β-2; • Coração (β-1): • Aumenta a freqüência cardíaca; • Aumenta o volume sistólico; • Vasos sanguíneos: • Redução do fluxo cutâneo, mesentérico e renal (α-1); • Vasodilatação na musculatura esquelética (β-2); • Pressão arterial: Aumenta a pressão arterial; Agonistas adrenérgicos • Catecolaminas endógenas • Adrenalina • Usos clínicos: • Alívio do broncoespasmo (tratamento do choque anafilático); • Parada cardíaca; • Tratamento do choque; • Prolonga a ação de anestésicos locais; • Uso em pequenas hemorragias; • Reações adversas: • Variáveis- de tremores e taquicardia até arritmias graves; • Crises hipertensivas. Agonistas adrenérgicos • Agonistas α-1-adrenérgicos • Produzem elevada vasoconstricção em pele e mucosas (α-1); • Uso local como descongestionantes nasais; • O uso crônico provoca congestão de rebote; • Podem provocar efeitos sistêmicos cardiovasculares; Ex. Fenilefrina e nafazolina. http://bp3.blogger.com/_wXmFwltlbwA/Rjl98FFkO1I/AAAAAAAAAH8/FWMpuBQkK6s/s200/IMAG0175.JPG http://bp3.blogger.com/_wXmFwltlbwA/Rjl98FFkO1I/AAAAAAAAAH8/FWMpuBQkK6s/s200/IMAG0175.JPG Agonistas adrenérgicos • Agonistas β-2- adrenérgicos • Causam relaxamento da musculatura lisa brônquica e uterina ação predominante sobre os receptores β-2; • Primeira escolha para o tratamento da asma; • Podem ser utilizados como anti-abortivos; • Efeitosadversos: Tremores, taquicardia, arritmias cardíacas; Ex. Fenoterol, salbutamol, terbutalina, e etc. Antagonista adrenérgicos • Bloqueadores α- adrenérgicos • Prazosina • Mecanismo de ação: antagonista dos receptores α-1; • Ações: • Diminui a resistência periférica; • Reduz a pressão arterial; • Indicações: tratamento da hipertensão arterial e insuficiência cardíaca refratária; • Reações adversas: hipotensão arterial, taquicardia reflexa, tonturas, cefaléia, náuseas e edema. Antagonista adrenérgicos • Bloqueadores β-adrenérgicos • Propranolol • Bloqueio de β1 e β2; • Broncoconstricção (indivíduos susceptíveis); • Corta sintomas de ansiedade; • Atenolol • β-1 específico Reações adversas Insuficiência cardíaca, bloqueio atrioventricular, bradicardia e hipotensão, Broncoespasmo; Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático 18 Sistema Nervoso Sistema Nervoso Periférico Sistema Nervoso Central Divisão Eferente Divisão Aferente Sistema Nervoso Autônomo ou visceral Sistema Nervoso Somático ou voluntário Parassimpático Simpático Divisão do Sistema Nervoso 19 Estrutura dos neurônios 20 Receptores Muscarínicos Receptores Nicotínicos 21 A resposta colinérgica ACETILCOLINA ACETILCOLINESTERASE 21 Sinapse Colinérgica 22 Receptores muscarínicos 23 Receptores Nicotínicos 24 Ionotrópico Canal iônico permeável: Na+ e Ca+2 Excitatórios. Agonista clássico Receptores nicotínicos Relevância clínica. Bloqueadores neuromusculares! 25 Fármacos parassimpaticomiméticos Reproduzem os efeitos da ACh em receptores muscarínicos Classificação - Direto: Agonistas muscarínicos - Indireto: Inibição da acetilcolinesterase 26 Ação Direta • ACETILCOLINA • Betanecol • Carbacol • Metacolina • Pilocarpina Agonistas muscarínicos Efeitos farmacológicos Sistema cardiovascular Coração: bradicardia Vasos: vasodilatação Hipotensão Sistema urinário ↑ motilidade ureteral Relaxam o músculo esfíncter externo Sistema gastrointestinal ↑ motilidade, tônus ↑ atividade secretora 27 Sistema respiratório Broncoconstrição ↑ secreção nasal e traqueobrônquica Olho Miose > contração do músculo íris/pupila Redução da pressão intraocular > tratamento glaucoma Agonistas muscarínicos Efeitos farmacológicos 28 Agonistas muscarínicos Uso terapêutico (M3 em sua maioria) Betanecol: Tratamento urológico –Estimula contração da bexiga (micção) Carbacol: Tratamento do glaucoma – Efeito miótico 29 Agonistas muscarínicos RAM Sudorese, Salivação Broncoconstrição Cólicas Abdominais Dificuldade de Acomodação Visual Secreção Ácida Gástrica Hipotensão Cefaléia Contra-indicações: Asma Hipotensão 30 Agonistas muscarínicos Na intoxicação aguda: 31 Inibidores da acetilcolinesterase 32 Inibidores da acetilcolinesterase Irreversíveis Reversíveis 33 Inibidores da acetilcolinesterase Uso terapêutico: Reversão de bloqueio neuromuscular em anestesiologia Edrofônio, neostigmina 34 35 Uso terapêutico Fármacos Parasimpaticolíticos 36 ANTICOLINÉRGICOS Fármacos que antagonizam os efeitos da ACh Parasimpaticolíticos São antagonistas competitivos da ACh nos receptores muscarínicos Atropina e Escopolamina (alcalóides da Beladona) Atropa belladonna Datura stramonium Atropina Escopolamina 37 Parasimpaticolíticos Efeitos farmacológicos ↓ Secreções Glândulas: salivares, lacrimais, brônquicas e sudoríparas (efeito boca seca) Coração ↑ frequência cardíaca Oculares Midríase e paralisia de acomodação (cicloplegia: paralisia dos músc. ciliares) 38 Parasimpaticolíticos Efeitos farmacológicos TGI ↓ secreção e motilidade SNC Estimulação (altas doses) Sistema respiratório ↓ secreção e relaxamento muscular 39 Parasimpaticolíticos Uso terapêutico ATROPINA Infarto de miocárdio Intoxicação aguda por parassimpaticomiméticos Potente midriático IPRATRÓPIO, TIOTRÓPIO Broncodilatador (DPOC e asma) ESCOPOLAMINA Antiespasmódicos 40 Broncodilatadores 41 Parasimpaticolíticos RAM Boca seca (xerostomia) Constipação Retenção urinária Palpitação (taquicardia) Visão turva (midríase) Ataxia Alucinações Coma 42 Me. Giancarlo Nicoletti Farmacêutico/bioquímico -UFRN Especialista em Farmacologia Aplicada - CRF/RN Especialista em Análise Clínica e Toxicológicas Mestrado em Biologia Parasitária – UFRN 7º Turma de Farmacologia @prof.giancarlonicoletti TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA ASMA Prof : Giancarlo Nicoletti INTRODUÇÃO Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Quando as vias aéreas inflamadas são expostas a vários estímulos ou fatores desencadeantes tornam-se hiperreativas e obstruídas, limitando o fluxo de ar através de broncoconstrição, produção de muco e aumento da inflamação EPIDEMIOLOGIA • Afeta 1 a 20% da população. M: F (1:1) • Mais comum em negros e crianças na primeira década de vida. • Determinação genética de inflamação de vias aéreas. • Precipitação por exposição a alguns fatores. Fatores Desencadeantes de Crises • Atopia • Exercícios • Inf. Vias Aéreas Superiores • Rinites • Sinusites • Gotejamento pós-nasal • Alterações Climáticas • Refluxo gastroesofágico • Stress • Fumo • Drogas ( AINEs, betabloqueadores, IECA) • Ocupacional FÁRMACOS USADOS NO TRATAMENTO DA ASMA BRONCODILATADORES -Agonistas β2-adrenérgicos •-Metilxantinas •Antagonistas muscarinicos MODIFICADORES DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA • Glicocorticóides • Cromonas •Antagonistas dos receptores dos leucotrienos ANTICORPOS •Terapia anti-IgE ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES E INIBIDORES DA SÍNTESE DOS LEUCOTRIENOS FÁRMACOS USADOS NO TRATAMENTO DA ASMA BRONCODILATADORES Agonistas 2 de ação curta: • Usados como fármacos de resgate Salbutamol, terbutalina, fenoterol, levalbuterol Beta 2 - agonista de longa duração: Salmeterol, Formoterol, Vilanterol •Usado associado a anti-inflamatórios para o controle dos sintomas a longo prazo. • Prevenção da broncoconstrição induzida pelo exercício, não é utilizado no tratamento das exacerbações agudas. Fármaco 1 2 Duração do efeito (h) Via de administração Salbutamol + +++ 4-6 A, N, IV,O Fenoterol + +++ 4-6 A,N,O Terbutalina + +++ 4-6 A,N,SC,O Bitolterol + +++ 4-6 A,IV Formoterol + +++ 12 A,O Salmeterol + +++ 12 A,O PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DOS AGONISTAS 2-ADRENÉRGICOS EFEITOS ADVERSOS -Tremor - Agitação - Ansiedade - Inquietude - Nervosismo - Taquicardia - Efeitos metabólicos DOSES BRONCODILATADORES FÁRMACO FORMA DOSE INTERVALO(h) Salbutamol Aerossol Solução a 0,5% 100-200 µg 2,5-5 mg/1-2 ml de SF 4-6 20 min na asma aguda Terbutalina Solução a 1% Parenteral 2-5 mg/5 ml de SF 0,25-0,50 mg SC 6-8 Fenoterol Aerossol Solução a 0,5% 200 a 400 µg 1 g/3kg / 5 ml de SF 6-8 6-8 Salmeterol Aerossol Pó inalatório 50 µg 42 µg 12 Formoterol Pó inalatório 12 µg 12 METILXANTINAS Metilxantinas são pseudoalcalóides com alto poder estimulador do sistema nervoso central, encontradas principalmente no café, chá, guaraná e cacau. METILXANTINAS Estimulação do Sistema Nervoso Central (células corticais) relaxamento da musculatura lisa de brônquios e bronquíolos (tratamento da asma) relaxamento da musculatura lisa de vasos sanguíneos. DOSES DA TEOFILINA TEOFILINA (mg/kg/h) AMINOFILINA (mg/kg/h) ADULTOS Fumantes Não fumantes Insuficiência cardíaca Insuficiência hepática Insuficiência cardíaca e hepática 0,65 0,45 0,20 0,20 0,10 0,8 0,55 0,25 0,25 0,12 EFEITOS ADVERSOS DA TEOFILINA LEVE (>20 µg/ml) GRAVE (>40 µg/ml) GASTRINTESTINAIS Náuseas Vômitos Diarréia Vômitos Desidratação SNC Irritabilidade Insônia Alucinações Convulsões Coma CARDÍACOS Taquicardia Arritmia Interações com Xantinas Broncodilatadores 19 ANTICOLINÉRGICOS • Promoveefeito aditivo à inalação do beta2-agonista, nas exacerbações graves. •Alternativa com beta2-agonista. para os pacientes que não toleram inalação. Brometo de ipatrópio - curta Brometo de oxitrópio, tiotrópio - longa DOSE ANTICOLINÉRGICOS FÁRMACO FORMA DOSE INTERVALO(h) Ipratrópio Solução 1% Aerossol Solução 0,025% 0,025-0,05 mg/kg (0,1-0,5 ml em 2-5 ml de SF) 20-40 µg 250 µg 4-6 6-8 A cada 20 min. na asma aguda ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES E INIBIDORES DA SÍNTESE DOS LEUCOTRIENOS ANTAGONISTAS E INIBIDORES DA SÍNTESE DOS LEUCOTRIENOS •Antagonistas de receptores ZAFIRLUCASTE e MONTELUCASTE • Inibidor da 5-lipóxigenase: ZILEUTONA - Reduz a produção de citocinas. - Indicado na asma leve e moderada, antes de introduzir corticosteróides inalatórios, CORTICOSTERÓIDES INALATÓRIOS USADOS NO TRATAMENTO DA ASMA Corticóide Inalatório MEDICAÇÃO DE ESCOLHA NO TRATAMENTO DA ASMA Efeitos colaterais: Rouquidão e monilíase oral Baixa ou nenhuma absorção sistêmica em doses terapêuticas Corticóide Sistêmico • Reservado para Crises ou Asma de difícil controle: • Endovenoso: Hidrocortisona ou Metilprednisolona. • Via oral: Prednisona ou prednisolona Corticóides Sistêmicos TERAPIA ANTI-IgE Modificações importantes induzidas pela imunoterapia, e descritas precocemente, foram a redução da reatividade in vitro de mastócitos e basófilos ao alérgeno, decorrente da menor expressão de receptores para IgE em suas membranas, TERAPIA ANTI-IgE DOSE: 75-375 mg a cada 2 a 4 semanas INDICAÇÃO: Asma moderada a grave persistente em adultos e adolescentes mediada pela IgE. -Eficácia comprovada na redução da dependência dos corticosteróides inalatórios e na redução das exacerbações. EFEITOS ADVERSOS: reações alérgicas locais ou sistêmicas, neoplasias, risco de infecções helmínticas. Tipo de asma Tratamento Preventivo Tratamento de resgate Orientação Estágio 1. Não é necessário B2 de ação curta Medidas de controle ambiental Uso de inaladores Estágio 2. Corticóide inalado em baixas dose <500µg Cromonas Anti-Leucotrienos? B2 de ação curta Medidas de controle ambiental Uso de inaladores Estágio 3. Corticóide inalado em dose = 500µg B2- longa duração Anti-Leucotrienos. B2 de ação curta Medidas de controle ambiental Uso de inaladores Estagío 4. Corticoide inalado - dose de 800-2000µg B2- longa duração B2 de ação curta Medidas de controle ambiental Uso de inaladores Esquemas de Tratamento da Asma TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO • Educação • Redução da Exposição a fatores desencadeantes Me. Giancarlo Nicoletti Farmacêutico/bioquímico -UFRN Especialista em Farmacologia Aplicada - CRF/RN Especialista em Análise Clínica e Toxicológicas Mestrado em Biologia Parasitária – UFRN 7º Turma de Farmacologia @prof.giancarlonicoletti Prof:. Me. Giancarlo Nicoletti Antimicrobianos: compostos sintéticos ou naturais capazes de destruir ou inibir agentes infecciosos. RDC471/21 (ANTIMICROBIANO) - antibacterianos; - antifúngicos; - antiprotozoários; - anti-helmintícos; - antivírais. Antibacterianos: - antibióticos: produzido por alguns microorganimos - químicos: produtos naturais, sintéticos ou semi-sintéticos. Anos 70 -Novas quinolonas (ácido pipemídico, ácido oxolínico e cinoxacino) • Histórico antimicrobianos 1860-Joseph Lister- fenol em instrumentação cirúrgica 1889-Czech,Honl,Bukovsky- uso tópicos de bactérias e fungos 1909-Paul Ehrlich- salvarsan (composto arsênico)-sífilis 1929- Alexander Fleming*- penicilina 1932-Gerhard Domagk* -prontosil (sulfonamida) 1936-uso clínico da sulfonamida 1939-aparecimento de resistência bacteriana 1940-H. Florey* & E. Chain* -utilização da penicilina 1944- Selman Waksman *e Albert Schatz- estreptomicina 1945-Edward Abrahan- isolamento cefalosporina C 1946-Selman Waksman - isolamento neomicina 1947-Cloranfenicol, o primeiro antibiótico de amplo espectro 1960-Descobre-se as cefalosporinas 1962-George Y. Lesher descobre o ácido nalidíxico durante a síntese de cloroquina TIPOS DE BACTÉRIAS TIPOS DE BACTÉRIAS TIPOS DE BACTÉRIAS MECANISMOS DE DEFESA DOS HOSPEDEIRO 8 Sistema imune • • Imunocompetente Imunodeprimido PARÂMETROS FARMACOLÓGICOS 9 Bacteriostática: controla o crescimento bacteriano ao inibir sua multiplicação. A eliminação do microorganismo depende da imunidade do paciente. sulfonamidas, clorafenicol, tetraciclinas e nitrofurantoína Bactericida: inativa e destrói os microorganismos. Ex.: aminoglicosideos, quinolonas, penicilinas e cefalosporinas Como classificar osantimicrobianos? Bactericid a Bacteriostátic o Sistem a imune Aminoglicosídeos Metronidazol β-lactâmicos Quinolonas Glicopeptídeos Rifampicina Bacitracina daptomicina Clindamicina Trimetoprima Cloranfenicol etambutol Macrolídeos Sulfonamidas Tetraciclinas Concentração inibitória mínima (CIM) é a mais baixa concentração de um produto químico responsável por limitar o crescimento visível de uma bactéria (ou seja, que tem atividade bacteriostática). O conceito de MIC é distinto do de concentração bactericida mínima (CBM) que corresponde à concentração mínima de agente antimicrobiano que que resulta na morte bacteriana (ou seja, a concentração a partir da qual um agente é bactericida. Quanto mais próximos forem os valores destas duas variáveis, mais letal será o antibiótico. PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS •Pequeno espectro: atuam em um tipo ou um grupo limitado de microrganismos. Ex.: isoniazida é ativa somente contra micobactérias •Espectro ampliado: eficazes contra Gram-positivos e contra um significativo número de bactérias Gram-negativos. Ex.: ampicilina (age contra Gram-positivos e alguns Gram-negativos). •Amplo espectro: afetam ampla variedade de espécies microbianas. CEFEPIME E MEROPENEM ESPECTRO DE AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS 13 •Coloração Gram •Teste de difusão em disco •Teste de diluição em agar ou caldo USO DE TESTES LABORATORIAIS 14 TERAPIA ESPECÍFICA 15 • Após identificação do microrganismo • Fármaco de espectro estreito • Baixa toxicidade sempre que possível USO DE TESTES LABORATORIAIS INDIRETOS 16• Leucócitos: normal 4.500 →10.000 cel/mm • Neutrófilos (70% ) > imaturos / total (desvio a esquerda)= infecção bacteriana Como monitorar a respostaterapêutica? Microbiológic o Clínic a TERAPIA PROFILÁTICA 42 •Uso de trimetoprima + sulfametoxazol para infecções urinárias recorrentes por E.coli •Risco de endocardite : em mucosas, queimados , portadores de prótese ou marca-passo ( ex.: vancomicina ) •Corte cirúrgico : no ato cirúrgico- utilização discutível : (ex.: cefalotina ) Estudo têm demonstrado que a profilaxia antimicrobiana em dose única é tão eficaz quanto a administração por tempo prolongado, sendo evidentes as desvantagens da maior exposição à toxicidade das drogas Efeitopós-antibiótico • É a supressão persistente do crescimento bacteriano após exposição limitada a um agente antibacteriano. Ex: aminoglicosídeos. • É a capacidade de manter a supressão do crescimento bacteriano mesmo quando o nível plasmático já passou abaixo da CIMLembre-se: A maioria dos β-lactâmicos não apresenta efeito pós- antimicrobiano. O intervalo de administração será dependente da meia-vida de cada droga. Tratamentoempírico Quando não há exame microbiológico, o espectro do antimicrobiano escolhido deve ser o mais amplo, levando em consideração patógenos mais provavelmente responsáveis pela doença do paciente. São medicamento capazes de eliminar ou impedir a multiplicação de microrganismos causadores de infecções. ESCOLHA DO FÁRMACO • Identificação do microrganismo; • Suscetibilidade do organismo com o fármaco; • Efeitos no local da infecção durante o tratamento; • Condição do paciente para receber o fármaco; • Segurança do fármaco e custo do tratamento. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • Oral – mais recomendado; • Intravenosa– em hospitalizados; • Parenterais. A via parenteral é para fármacos mal absorvidos no TGI e para o tratamento de pacientes com infecções graves CLASSIFICAÇÃO • Pela estrutura química; • Pelo mecanismo de ação; • Atividade contra tipos específicos de microrganismos. LOCAL DE AÇÃO • Inibidores do metabolismo; • Inibidores da síntese da parede celular; • Inibidores da síntese de proteínas; • Inibidores da síntese ou função do DNA; • inibidores da função da memb. celular. CLASSES DE ANTIBIÓTICOS •Penicilinas •Cefalosporinas •Aminoglicosídeos •Tetraciclinas •Sulfonamidas •Macrolídeos •Fluoroquinolonas •Outros: clorafenicol, clindamicina, metronidazol, vancomicina AGENTES QUE INIBEM A SÍNTESE DA PAREDE CELULAR 28 →N-ACETILGLICOSAMINA (NAG) →ÁCIDO N-ACETILMURÂMICO (NAM) CEFALOSPORINA • O (imipenem) associado a inibidor do metabolismo renal do imipenem (cilastatina). • A cilastatina bloqueia o metabolismo renal do imipenem e aumenta substancialmente sua concentração no trato urinário. CARBEPENÊMICOS Eficaz Contra GLICOPEPTÍDEOS Agentes que afetam a função ribossomal/síntese proteica (bactericida /bacteriostático) SULFA Pteridina + PABA Sulfonamida s Ácido diidropteroic o Ácido diidrofólic o Trimetropin a Ácido tetraidrofólic o MAPA GERAL DOS ANTIBIÓTICOS Me. Giancarlo Nicoletti Farmacêutico/bioquímico -UFRN Especialista em Farmacologia Aplicada - CRF/RN Especialista em Análise Clínica e Toxicológicas Mestrado em Biologia Parasitária – UFRN 7º Turma de Farmacologia @prof.giancarlonicoletti Prof:. Giancarlo Nicoletti Farmacologia dos Ansiolíticos e antidepressivos FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Um neurotransmissor pode ser definido como um mensageiro químico que é liberado pelos neurônios. MONOAMINAS A noradrenalina é um neurotransmissor que desempenha um papel importante no estado de alerta que está envolvido na resposta de luta ou fuga do corpo. Níveis deste neurotransmissor são tipicamente mais baixos durante o sono e mais altos durante períodos de estresse. A histamina atua como um neurotransmissor desempenhando um papel nas reações alérgicas e é produzida como parte da resposta do sistema imunológico aos patógenos. A dopamina desempenha um papel importante na coordenação dos movimentos do corpo. A dopamina também está envolvida em recompensa, motivação e acréscimos. Vários tipos de drogas viciantes aumentam os níveis de dopamina no cérebro. A doença de Parkinson, que é uma doença degenerativa que resulta em tremores e prejuízos no movimento motor, é causada pela perda de neurônios geradores de dopamina no cérebro. A serotonina desempenha um papel importante na regulação e modulação do humor, sono, ansiedade, sexualidade e apetite. Biossíntese das Monoaminas Queda da libido está relacionado a queda de dopamina Tempo de meia vida: Fluoxetina - 4 dias Norfluoxetina – 7 a 15 dias Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN) Inibem transportadores de serotonina e noradrenalina Interação seletiva sem influenciar outros receptores Efeitos adversos – náusea, constipação, disfunção sexual, cefaleia, tontura, insônia e sonolência Interação com IMAO – síndrome serotoninérgica Empregados em outros transtornos ANTIDEPRESSIVOS Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN) Venlafaxina Desvenlafaxina Duloxetina – incontinência urinária de estresse Milnaciprana – fibromialgia Escetamina- Spravato® é indicado, em conjunto com terapia antidepressiva oral, para a rápida redução dos sintomas depressivos em pacientes adultos com Transtorno Depressivo Maior com comportamento ou ideação suicida aguda. Não foi demonstrada efetividade de Spravato® na prevenção do suicídio ou na redução da ideação ou comportamento suicida. Monitorar HAS. A escetamina é um antidepressivo com um novo mecanismo de ação, que atua como um modulador do receptor de glutamato. R$ 2.874,90 ANTIDEPRESSIVOS ANSIOLÍTICOS/ANTICONVULSIVANTES Aminoácidos O ácido gama-aminobutírico (GABA) age como o principal mensageiro químico inibidor do corpo. O GABA contribui para a visão, controle motor e desempenha um papel na regulação da ansiedade. O glutamato é o aminoácido mais abundante no sistema nervoso central (SNC) agindo como neurotransmissor excitatório, como memória e aprendizagem. Exemplo de Neurotransmissor inibitório Ambos são inibitórios GABAA : ionotrópico Abrem canais de Cl- diretamente Causam hiperpolarização Medicamentos associados: Benzodiazepinicos e os Barbituricos são potentes agonistas que agem nos receptores GABAA (exacerbam o efeito inibitorio) Exemplo: Rivotril (clonazepam), Valium (diazepam), Lexotanil (bromazepam) Exemplo: Gardenal (fenobarbital) RECEPTORES IONOTRÓPICOS • Neurotransmissores excitatórios que fazem com que o potencial de ação se inicie nesse novo neurônios. Exemplos: Serotonina, acetilcolina, glutamato. • Neurotransmissores inibitórios que hiperpolarizam o neurônio pós- sináptico, impedindo o potencial de ação de acontecer. Exemplos: GABA (ácido Gama-Aminobutírico), glicina. O GABA e glutamato, juntos, totalizam 98% dos NT presentes nas sinapses do SNC! ANSIOLÍTICO S Efeitos dos Benzodiazepínicos (BZD) Redução da ansiedade e agressividade Sedação Relaxamento da musculatura e perda coordenação motora Efeito anticonvulsivante Amnésia anterógrada ANSIOLÍTICOS Benzodiazepínicos (BZD) Flurazepam, Clonazepam Midazolam (ultracurta) Lorazepam, Oxazepam (curta) Alprazolam, Nitrazepam (média) Diazepam, Clordiazepóxido, (Longa) Zolpidem, Zaleplona, Eszopiclona – hipnóticos não benzodiazepínicos. ANSIOLÍTICO S em pacientes idosos (risco de levando a queda e depressão Benzodiazepínicos (BZD) Lipofílicos – atenção intoxicação, sedação respiratória) Dependência – suspensão abrupta pode gerar síndrome de abstinência ( ansiedade, tremores) Uso contra indicado para gestantes Tolerância – administração crônica Risco de abuso ANSIOLÍTICO S Benzodiazepínicos (BZD) Associação com Álcool – efeito sinérgico (risco de grave depressão respiratória Antagonista benzodiazepínico – flumazenil Não são indicado para utilização por longos períodos Efeitos Adversos – sedação, depressão respiratória, perda de memória, redução do estado de alerta e tempo de reação atrasado. TUDO QUE UM SONHO PRECISA PARA SER REALIZADO É ALGUÉM QUE ACREDITE QUE ELE POSSA SER REALIZADO OBRIGADO PELA PRESENÇA Me. Giancarlo Nicoletti Farmacêutico/bioquímico -UFRN Especialista em Farmacologia Aplicada - CRF/RN Especialista em Análise Clínica e Toxicológicas Mestrado em Biologia Parasitária – UFRN 7º Turma de Farmacologia @prof.giancarlonicoletti Prof. Giancarlo Nicoletti @prof.giancarlonicoletti 0 Receita A1: FENTANILA MORFINA OXICODONAMETAD ONA Receita A2: CODEÍNA TRAMAD OL Receita A3 ANFETAMINA METILFENIDATO Receita A2: CODEÍNA TRAMAD OL Receita B1 PAM AM ZOLPIDEM FENOBARBITA L Receita B2 ANFEPRAMONA FEMPROPOREX MAZINDOL LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ANABOLIZANTES C5 (SUJEITAS À RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL EM DUAS VIAS) 1. ANDROSTANOLONA 2. BOLASTERONA 3. BOLDENONA 4. CLOROXOMESTERONA 5. CLOSTEBOL 6. DEIDROCLORMETILTESTOSTERONA 7. DROSTANOLONA 8. ESTANOLONA 9. ESTANOZOLOL 10. ETILESTRENOL 11. FLUOXIMESTERONA OU FLUOXIMETILTESTOSTERONA 12. FORMEBOLONA Receita D1 EFEDRINA ERGOMETRINA ERGOTAMINA PSEUDOEFEDRINA RIVOTRIL/CLONAZEPAM Nº GOTAS/DIA QUANTIDADE DE FRASCOS 2,5mg/mL 1 à 8 gotas 1 frasco 20mL 1mL---25gts 9 à 16 gotas 2 frascos 20mL 20mL 17 à 25 gotas 3 frascos 20mL 26 à 33 gotas 4 frascos 20mL 34 à 41 gotas 5 frascos 20mL 42 à 50 gotas 6 frascos 20mL CL de FLUOXETINA Nº GOTAS/DIA QUANTIDADE DE FRASCOS 20mg/mL 1 à 6 gotas 1 frasco 30mL 1mL---20gts 7 à 13gotas 2 frascos 30mL 20mL 14 à 20 gotas 3 frascos 30mL 21 à 26 gotas 4 frascos 30mL 27 à 33 gotas 5 frascos 30mL 34 à 40 gotas 6 frascos 30mL AMPLICTIL Nº GOTAS/DIA QUANTIDADE DE FRASCOS 40mg/mL 1 à 13 gotas 1 frasco 20mL 1mL---40gts 14 à 26 gotas 2 frascos 20mL 20mL 27 à 40 gotas 3 frascos 20mL 41 à 53 gotas 4 frascos 20mL 54 à 66 gotas 5 frascos 20mL 67 à 80 gotas 6 frascos 20mL GARDENAL Nº GOTAS/DIA QUANTIDADE DE FRASCOS 40mg/mL 1 à 13 gotas 1 frasco 20mL 1mL---40gts 14 à 26 gotas 2 frascos 20mL 20mL 27 à 40 gotas 3 frascos 20mL 41 à 53 gotas 4 frascos 20mL 54 à 66 gotas 5 frascos 20mL 67 à 80 gotas 6 frascos 20mL HALDOL Nº GOTAS/DIA QUANTIDADE DE FRASCOS 20mg/mL 1 à 10 gotas 1 frasco 30mL 1mL---20gts 11 à 20 gotas 2 frascos 30mL 20mL 21 à 30 gotas 3 frascos 30mL 31 à 40 gotas 4 frascos 30mL 41 à 50 gotas 5 frascos 30mL 51 à 60 gotas 6 frascos 30mL