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Manufatura Mecânica Usinagem e Conformação Professor: Rogério Carlos O. Fernandes • Engenheiro Industrial Mecânico – PUCMG • Especialista em Gerenciamento de Projetos– FGV • Mestre em Engenharia Metalúrgica e de Minas– UFMG Aula 7 : Conformação mecânica: Forjamento e trefilação Conteúdo Programático Introdução ao forjamento; Histórico do processo; Forças atuantes e matrizes de forjamento; Contração do metal e canais de rebarbas; Tipos de forjamento; Operações básicas de forjamento simples; Forjamento a quente, a morno e a frio; Forjamento em matriz aberta – Livre; Forjamento em matriz fechada; Máquinas de forjamento; Classificação do material forjado; Defeitos típicos em produtos forjados Questões dialogadas e filme ilustrativo. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Manufatura Mecânica Usinagem e conformação Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por Forjamento Introdução Forjamento é um dos processos de conformação mecânica de compressão direta, no qual a forma final da peça é obtida através de uma solicitação externa de compressão diretamente na matriz onde estará o perfil desejado. Neste processo, a peça é comprimida pela ferramenta matriz de modo que sua geometria seja transmitida à peça, formando o perfil desejado. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por Forjamento Introdução O forjamento é o processo de conformação mecânica, dando forma ao produto através da prensagem ou martelamento. Podendo ser forjamento livre, através de golpes rápidos, ou pela prensagem através das prensas em velocidades lentas em matrizes aberta ou fechada. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por Forjamento Introdução Este processo é empregado para produzir peças de diferentes tamanhos e formas, constituído de materiais variados (ferrosos e não ferrosos). As peças típicas que são produzidas na atualidade são: eixo manivelas, bielas, discos de turbinas, engrenagens, rodas, cabeças de parafusos, esferas, ferramentas manuais e uma grande variedade de componentes estruturais para máquinas operatrizes e equipamentos de transporte. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por Forjamento Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por Forjamento e Estampagem Histórico É considerado um dos mais antigos processos de conformação existentes, surgindo séculos antes de Cristo, nas atividades realizadas por artesãos e ferreiros. Nesta época, consistia em um trabalho manual, sem a tecnologia de construção de matrizes, mas com os princípios de compressão direta realizados pela ação dos seus martelos. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por Forjamento e Estampagem Histórico A modernização desse processo aconteceu durante a Revolução Industrial, com a criação das primeiras máquinas. Atualmente, a produção é feita com vários tipos de equipamentos e em diferentes níveis de automação. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por Forjamento e Estampagem Histórico As forjarias produzem vários tipos de peças para as indústrias automotivas e também diversos setores, como cutearia, instrumentos cirúrgicos, eletro-ferragens, ferramentas manuais etc. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forças atuantes e matrizes de forjamento No processo de forjamento, a força é aplicada perpendicularmente ao escoamento do material, sendo que, neste processo, haverá uma relação direta entre a ferramenta matriz e a peça. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forças atuantes e matrizes de forjamento Os fatores principais que influenciam a carga necessária são influenciados: • Pela tensão de deformação do material; • Pelo tamanho da peça; • Temperatura do processo. Grandes deformações são direcionadas para processos a quente em função da diminuição da resistência à medida que a temperatura aumenta. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forças atuantes e matrizes de forjamento A força aplicada é distribuída compressivamente por toda a peça, e uma reação contrária de mesma intensidade resultará no esmagamento da peça durante a deformação. O material terá um fluxo perpendicular á medida que a compressão do material for acontecendo. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Matrizes de forjamento As matrizes de forjamento normalmente possuem várias cavidades de impressão, sendo uma para cada etapa de processamento do produto por forjamento. As matrizes de forjamento são submetidas a altas tensões de compressão, a altas solicitações térmicas e ainda a choque mecânico. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Matrizes de forjamento Devido a grandes solicitações, são requeridas as seguintes características dos materiais para matrizes: • Alta dureza; • Boa tenacidade; • Boa resistência à fadiga; • Alta resistência mecânica a quente; • Alta resistência ao desgaste. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Matrizes de forjamento Os materiais para matrizes precisam ser bem selecionadas, a fim de suportarem elevadas tensões que surgem no momento da deformação. As propriedades fundamentais são: Tenacidade; Resistencia ao desgaste; Resistência à fadiga; Sustentação da dureza a quente. Existem aços específicos desenvolvidos com elementos de liga, como a liga cromo vanádio, molibdênio e tungstênio. Estas ligas proporcionam as propriedades citadas acima, além de boa usinabilidade para facilitar construção das matrizes. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Matrizes de forjamento A construção simplificada dos processos de fabricação de matrizes são: Usinagem do contorno, desbaste das gravuras, tratamentos térmicos, acabamento das gravuras por eletroerosão ou usinagem de alta velocidade. As gravuras das matrizes de forjamentos sã regiões onde estão as geometrias das peças a serem produzidas e terão uma vida útil limitada pelas tolerância dimensionais especificadas conforme projeto. Após os produtos forjados atingirem a tolerância máxima, as matrizes serão submetidas ao retrabalho que é remoção da gravura desgastada e usinagem de uma nova, preservando o bloco. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Contração do metal e canais de rebarbas O efeito de contração do metal a ser forjado e os canais de rebarbas são fatores determinantes para o projeto das matrizes de forjamento, sendo que eles fazem parte da análise para determinação da geometria a ser feita nas cavidades por onde o material irá escorrer até que o perfil desejado seja preenchido. Quando o forjamento for a quente, durante o aquecimento do material, teremos um aumento de suas dimensões e volume devido à ocorrência da dilatação térmica. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Contração do metal e canais de rebarbas A matriz encontra o material aquecido e, após a peça sair da cavidade, iniciará o seu resfriamento e também um processo de contração do material ao longo do resfriamento, sendo que as suas dimensões e o seu volume seguem diminuindo até que se atinja a temperatura ambiente. Desta forma, a contração será responsável pelas diferenças de medidas entre a cavidade e a peça resfriada. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Contração do metal e canais de rebarbas Quanto maior a temperatura, maior será o fator de contração a ser considerado. O valor do fator de contração varia em função do coeficiente de dilatação térmica do material e este será a base para os cálculos dimensionais para o projeto das cavidades. Os canais de rebarbas são posicionados nos contornos das cavidades nas matrizes com a finalidadede absorverem o material, retendo o escoamento para que haja tempo do perfil ser adequadamente preenchido. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Tipos de forjamentos Os forjamentos são aplicados nas três formas: a quente, a morno e a frio. Quanto maior a temperatura de forjamento, menores são os esforços de deformação , porém, em temperaturas maiores, aumenta também a dilatação do material e, em decorrência desse efeito, as ferramentas devem ser projetadas levando em consideração as contrações das peças quando voltarem para a temperatura ambiente. Assim, os forjamentos a frio também possuem uma maior precisão dimensional devido a não estarem sujeitos a variações dimensionais em função da temperatura do processo. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Operações básicas de forjamento simples Corte da Matéria Prima : serra, disco abrasivo, cisalhamento, chama, etc.; Aquecimento : feito em fornos a óleo, gás, elétricos, etc, a uma temperatura adequada para facilitar a deformação; Conformação : pode ser feita em mais de uma operação - algumas preparatórias - usando-se forjamento aberto ou em matrizes fechadas; Rebarbamento : remoção do material que normalmente fica em excesso na peça; Acabamento : limpeza e tratamento térmico. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Operações básicas de forjamento simples Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento a quente Os processos a quente ocorrem quando a temperatura homóloga está acima de 0,5 e, assim, a temperatura de trabalho estará acima da temperatura de recristalização do material. Desta forma, durante o resfriamento, o material terá o tempo de recuperar sua estrutura original, obtendo-se peças com menores durezas finais e livres de tensões residuais. Em algumas aplicações, são usadas caixas fechadas para recebimento das peças, a fim de provocar um resfriamento ainda mais lento com a retenção do calor por mais tempo. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento a quente Neste processo ocorre a deformação plástica , empregando o menor esforço mecânico quando comparado com o processo a frio. A estrutura do metal é refinada, melhora a tenacidade, elimina a porosidade. Entretanto, a desvantagem deste processo é: exige ferramental com boa resistência ao calor, o que pode afetar o custo da operação. Pode correr a oxidação e formação de casca de óxidos. Essa perda de material, por formação de óxido, precisa ser considerada no peso do tarugo ou blanque a ser cortado, aumentando o custo da matéria-prima envolvida. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento a quente O forjamento a quente tem a necessidade de processos posteriores para o acabamento, pois os produtos têm a tendência de apresentarem carepas na superfície, arestas laterais devido ao corte das rebarbas, além de imprecisão das medidas devido à influência das variações de temperatura e contrações do material. Para reduzir o problema das carepas superficiais e variações da temperatura de forjamento, foram desenvolvidos fornos de aquecimento por indução, nos quais o processo envolve a transferência de energia eletromagnética e térmica, melhor o controle de temperatura e maior precisão além, da vantagem adicional de implementação de automação no processo. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento a morno O forjamento a morno é realizado com temperaturas bem inferiores em relação aos processos a quente. Esse processo utiliza forças muito superiores ao forjamento a quente. Entre as vantagens, destaca-se a não formação de carepas, além do melhor controle dimensional devido ao fato de as contrações por dilatação serem menores. Os equipamentos utilizados nesse processo possuem grande robustez e, normalmente, estão agregados a sistemas de alimentação automática para alcançarem altos valores de produtividade. No trabalho a morno ocorre uma recuperação parcial da ductilidade do material e a tensão de conformação situa-se numa faixa intermediária entre o trabalho a frio e a quente. No trabalho a morno não se formam novos grãos, ou seja, não há recristalização. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento a frio É o forjamento realizado à temperatura ambiente. Esse processo proporciona a produção de peças com grande precisão e geometrias complexas, sendo, portanto, possível a fabricação de peças acabadas ou com pouco sobre metal, conseguindo uma economia significativa na matéria-prima necessária. Para que não haja problemas de trincas ou rompimento do material, o processo precisa ser feito abaixo da tensão de ruptura. Assim, para ser possível o forjamento a frio, o material precisa ter uma certa ductilidade na temperatura ambiente e proporcionar um processo desta natureza a frio sem ocorrências indesejáveis. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento a frio Neste processo ocorre a deformação plástica aparecendo o encruamento do material. Aumentando sua resistência mecânica , dimensões dentro de tolerâncias estreitas e melhor acabamento superficial. Em alguns casos, em função do encruamento, aproveita-se o aumento da dureza superficial para eliminar a necessidade de tratamentos térmicos posteriores, isto porque a peça pode passar a ter uma resistência mecânica satisfatória de acordo com a sua aplicação. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento matriz aberta - livre Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento matriz aberta - livre São forjamentos realizados com matrizes simples e planas, que não se tocam normalmente. O equipamento mais usado é chamado de martelete, o qual funciona com batidas em modo contínuo toda vez que é acionado. Trata-se de um processo extremamente manual e dependente da habilidade do operador, que muda a peça de posição a cada batida. São aplicados para gerar formas simples e também para chamado pré-forjamento de blanques, que são estirados por esse processo para distribuir o material de acordo com o perfil que será forjado. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento matriz aberta - livre A peça é posicionada sobre uma bigorna ou matriz aberta. Depois recebe golpes de martelo ou pressão de um pistão hidráulico. Este processo é usado geralmente para grandes peças ou quando o número a ser produzido é pequeno, não compensando a confecção de matrizes caras. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento matriz aberta - livre As operações básicas do forjamento livre são: Recalque ( o material escoa no sentido transversal da peça); Estiramento (devido as pancadas sucessivas, o material escoa na direção do eixo da peça, alongando-a); Alargamento ( de forma simultânea, ocorre uma expansão perpendicular ao eixo). Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Desenho esquemático de forjamento livre A figura ilustra um processo de estiramento da ponta de uma peça através de sucessivas batidas entre matrizes de formas planas. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento em matriz fechada Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento em matriz fechada É o tipo de forjamento em que se pode obter peças mais complexas e tolerâncias mais apertadas, as quais não podem ser obtidas com o forjamento livre. Um dos métodos mais utilizados é a obtenção de perfis divididos entres as matrizes superiores e inferiores. Os produtos forjados são conformados no fechamento das duas partes. Neste caso, são previstos os setores de rebarba para a absorção do material excedente. Para o emprego deste tipo de forjamento, exige-se que se tenha uma alta produção para justificar o custo elevado. Prof. RogérioCarlos O. Fernandes Forjamento em matriz fechada Nos casos em que o forjamento é realizado em uma cavidade totalmente fechada, sem zona de escape do material, será muito importante a precisão da quantidade de material a conformar, pois a falta de massa será responsável por falhas de preenchimento do perfil, e o excesso de material pode ser ainda mais grave, causando sobrecarga no ferramental, que pode ser danificado. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Etapas de fechamento das matrizes A figura mostra uma sequência de fechamento de matrizes durante um forjamento, no qual o material atinge a região de rebarba no final do fechamento, mostrado pelas figuras (e) e (f). Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento em matriz fechada Sequencia de forjamento A figura mostra uma sequência de etapas para o forjamento e corte de rebarba. Observa-se que formas mais complexas não são possíveis de se obter em um único estágio. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento em matriz fechada Sequencia de forjamento Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Forjamento em matriz fechada Para pecas não demasiadamente complexas são aplicadas as seguintes etapas de trabalho. 1) corte - etapa não necessária para o forjamento de barras, o corte de tarugos pode ser feito por cisalhamento ou serramento; 2) aquecimento - realizado em fornos (para forjamento a quente); 3) forjamento intermediário ( pré-conformação mediante operações de forjamento livre) e, realizado somente quando se torna difícil a conformação em uma só etapa, sendo que, normalmente, as operações intermediarias são de dobramento ou de esboçamento da secção transversal; 4) Forjamento final - e feito em matriz, já com as dimensões finais da peca (uma ou mais etapas; 5) Rebarbação (remoção do material que normalmente fica em excesso na peça); 6) Tratamentos térmicos (recozimento ou normalização); 7) tratamentos superficiais posteriores. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Máquinas de forjamento Os equipamentos de forjamento podem ser classificados, de acordo com principio de operação, em: martelos e prensas de forjamento. Com o martelo de forjamento, podem ser forjadas grandes variedades de formas e tamanhos de peca. E possível girar a peca entre golpes sucessivos, coloca- la em diferentes cavidades e cortar a forma final com pequenas perdas de material. Normalmente uma peca e forjada com varias pancadas repetidas. Um martelo de forjamento, dependendo de seu tamanho e capacidade, pode aplicar de 60 a 150 pancadas por minuto. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Máquinas de forjamento Os equipamentos de forjamento podem ser classificados, de acordo com principio de operação, em: martelos e prensas de forjamento. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Martelos de forjamento Martelo hidráulico Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Martelos de forjamento Com o martelo de forjamento, podem ser forjadas grandes variedades de formas e tamanhos de peca. E possível girar a peca entre golpes sucessivos, coloca-la em diferentes cavidades e cortar a forma final com pequenas perdas de material. Normalmente uma peca e forjada com varias pancadas repetidas. Um martelo de forjamento, dependendo de seu tamanho e capacidade, pode aplicar de 60 a 150 pancadas por minuto. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Martelos de forjamento São equipamentos muito utilizados devido a altas capacidades de deformação aliadas a grandes velocidades. Como princípio básico, temos o conceito de queda livre, no qual uma massa é liberada e em seguida, para uma queda que proporcionará uma grande força de impacto na batida final. A parte móvel sujeita à queda livre é, normalmente chamada de “malho”, sendo portanto, que a capacidade do martelo de forjamento é definida pelo peso deste malho e pela altura máxima de queda, pois serão os responsáveis pela energia potencial do sistema, a qual será determinante para a velocidade final no momento da batida. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Martelos de forjamento O sistema de elevação do malho é, geralmente, acionado pelo operador através de um pedal. Portanto, as mãos do operador ficam livres para a manipulação da peça a ser forjada. São necessárias pessoas altamente treinadas para operar esse tipo de equipamento, em função do alto risco de exposição e proximidade da zona de impacto Os sistemas de elevação do malho são muito variados, sendo que ele pode ser erguido por pistões pneumáticos ou hidráulicos fixados no seu topo, ou ainda através de correias ou pranchas para erguerem os seus pesos. Os hidráulicos possuem altas velocidades de subidas e maior eficiência por possuirem elevadas pressões de trabalho. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Martelos de forjamento As matrizes superiores são fixadas nos malhos, e as inferiores, em uma base. Para absorver a energia de impacto, são necessários robustos sistemas de amortecimentos na base em que são apoiados os martelos, a fim de eliminar problemas de vibração nos pisos durante as batidas necessárias para o forjamento. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Prensas de forjamento São utilizadas, basicamente, prensas mecânicas ou hidráulicas. As hidráulicas são máquinas de velocidades baixas e limitadas capacidades de cargas, a velocidade tem possibilidade de regulagem e o sistema produz fora constante em todo o curso. As velocidades baixas resultam em longos tempos de ciclos, o que pode levar a problemas de perda de calor durante o processo. A capacidade de carga varia em função da área do cilindro e da pressão máxima do sistema. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Prensas de forjamento As prensas mecânicas, temos as de fricção ou de fuso, nas quais o sistema de acionamento é realizado com uma associação entre a porca e parafuso. A descida da massa desenvolve uma grande energia cinética que será a responsável por executar o forjamento. Um ponto importante a ser observado é a alta taxa de risco envolvida, o sistema não tem parada até que aconteça o choque entre as matrizes. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Prensas de forjamento O tipo de prensa mais indicado para o processo de forjamento são as excêntricas, que apresentam um sistema de acionamento mais preparado para aplicar as forças de impacto. Como são necessárias fortes batidas, o sistema precisa ser projetado para essa condição. Essas prensas possuem estruturas compactas e extremamente rígidas, com longas guias para os martelos. Como vantagens de utilização, temos a questão de segurança, pois, são equipamentos que permitem paradas ao longo de seu curso, assim proporcionam sistemas seguros com a eliminação dos riscos dos operadores. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Prensas de forjamento Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Classificação do material forjado A classificação destes produtos pode se dar em função do processo a que foi submetido e da qualidade, particularmente dimensional, do produto acabado. Assim sendo, podem ser: • Forjados em matriz aberta e forjados em matriz fechada; • Forjados em martelos, forjados em maquinas forjadoras; • Forjados a quente ou a frio; • Forjados de diferentes níveis de precisão dimensional, de acordo com normas internacionais convencionais. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Defeitos típicos em produtos forjados Os produtos forjados podem apresentar os seguintes defeitos típicos: 1. Falta de redução: caracteriza-se pela penetração incompleta do metal na cavidade da ferramenta. Isso altera o formato da peça e acontecequando são usados golpes rápidos e leves do martelo. 2. Trincas superficiais: causadas por trabalho excessivo na periferia da peça em temperatura baixa, ou por alguma fragilidade a quente. 3. Trincas internas: originam-se no interior da peça, como consequência de tensões originadas por grandes deformações. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Defeitos típicos em produtos forjados 4.Gotas frias: são descontinuidades originadas pela dobra de superfícies, sem a ocorrência de soldagem. Elas são causadas por fluxos anormais de material quente dentro das matrizes, incrustações de rebarbas, colocação inadequada do material na matriz. 5. Incrustrações de óxidos: causadas pela camada de óxidos que se formam durante o aquecimento. Essas incrustrações normalmente se desprendem mas, ocasionalmente, podem ficar presas nas peças. 6. Descarbonetação: caracteriza-se pela perda de carbono na superfície do aço, causada pelo aquecimento do metal. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Questões dialogadas com alunos 1 - Forjamento é um dos processos de conformação mecânica de compressão direta, no qual a forma final da peça é obtida através de uma solicitação externa de compressão diretamente na matriz onde estará o perfil desejado. Sobre as características do processo, pode-se afirmar que somente está correta a seguinte alternativa: a) É um processo onde não se aplica uma deformação plástica ao material. b) No forjamento, a temperatura de fusão do material é o fator mais importante no processo. c) É um processo de conformação que, por meio de esforços compressivos, o material adquire a forma das ferramentas conformadoras. d) No forjamento em matriz fechada, o material é colocado entre matrizes planas ou de formato simples, que normalmente não se tocam. e) É um processo que se caracteriza pela remoção de material pela rebarbação. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Questões dialogadas com alunos 1 - Forjamento é um dos processos de conformação mecânica de compressão direta, no qual a forma final da peça é obtida através de uma solicitação externa de compressão diretamente na matriz onde estará o perfil desejado. Sobre as características do processo, pode-se afirmar que somente está correta a seguinte alternativa: a) É um processo onde não se aplica uma deformação plástica ao material. b) No forjamento, a temperatura de fusão do material é o fator mais importante no processo. c) É um processo de conformação que, por meio de esforços compressivos, o material adquire a forma das ferramentas conformadoras. d) No forjamento em matriz fechada, o material é colocado entre matrizes planas ou de formato simples, que normalmente não se tocam. e) É um processo que se caracteriza pela remoção de material pela rebarbação. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Questões dialogadas com alunos 2 – Marque a alternativa que apresenta a ordem CORRETA das etapas de um processo típico de forjamento é: a) Aquecimento, corte, forjamento livre ou forjamento em matriz, rebarbação e tratamento térmico. b) Tratamento térmico, corte, aquecimento, forjamento livre ou forjamento em matriz, rebarbação. c) Tratamento térmico, corte, forjamento livre ou forjamento em matriz, aquecimento e rebarbação. d) Aquecimento, forjamento livre ou forjamento em matriz, corte, rebarbação e tratamento térmico. e) Corte, aquecimento, forjamento livre ou forjamento em matriz, rebarbação e tratamento térmico. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Questões dialogadas com alunos 2 – Marque a alternativa que apresenta a ordem CORRETA das etapas de um processo típico de forjamento é: a) Aquecimento, corte, forjamento livre ou forjamento em matriz, rebarbação e tratamento térmico. b) Tratamento térmico, corte, aquecimento, forjamento livre ou forjamento em matriz, rebarbação. c) Tratamento térmico, corte, forjamento livre ou forjamento em matriz, aquecimento e rebarbação. d) Aquecimento, forjamento livre ou forjamento em matriz, corte, rebarbação e tratamento térmico. e) Corte, aquecimento, forjamento livre ou forjamento em matriz, rebarbação e tratamento térmico. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Questões dialogadas com alunos 3 – As matrizes de forjamento normalmente possuem várias cavidades de impressão, sendo uma para cada etapa de processamento do produto por forjamento. Elas são submetidas a altas tensões de compressão, a altas solicitações térmicas e ainda a choque mecânico. São propriedades mecânicas necessárias para as matrizes de forjamento, exceto: a) Boa tenacidade; b) Boa resistência à fadiga; c) Alta dureza; d) Boa ductilidade; e) Alta resistência ao desgaste. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Questões dialogadas com alunos 3 – As matrizes de forjamento normalmente possuem várias cavidades de impressão, sendo uma para cada etapa de processamento do produto por forjamento. Elas são submetidas a altas tensões de compressão, a altas solicitações térmicas e ainda a choque mecânico. São propriedades mecânicas necessárias para as matrizes de forjamento, exceto: a) Boa tenacidade; b) Boa resistência à fadiga; c) Alta dureza; d) Boa ductilidade; e) Alta resistência ao desgaste. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por Trefilação Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por trefilação Introdução Processo em que se obtêm produtos com seções de geometrias diversas pela tração desses produtos por uma matriz que define o perfil do trefilado. Comumente realizado a frio Encruamento. Pequenas reduções de seção por passe; Excelente qualidade superficial e dimensional; Propriedades mecânicas controladas; Recozimento intermediário necessário quando a queda de dutilidade associada ao aumento da resistência provoca a queda de conformabilidade. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por trefilação Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por trefilação Matéria Prima: Barras e tubos extrudados (não-ferrosos) ou laminados (ferrosos e não-ferrosos), decapados e limpos, com qualidade superficial controlada e recozidos. Produtos: Arames, fios finos, barras, perfis diversos e tubos. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por trefilação Mecânica da trefilação. Lubrificantes/refrigerantes Atrito entre a matriz e material a trefilar Esforços predominantes de compressão indireta. Velocidade de trefilação: 10 m/s para fios de aço, 20 m/s para fios de cobre Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por trefilação Geometria da ferramenta • Cone de entrada • Cone de trabalho • Região de calibração • Cone de saída Mecânica da trefilação Materiais para ferramentas: • Diamante: para fios com diâmetros menores que 2 mm • Metal duro: para fios maiores que 2 mm Núcleos encarcaçados em suportes de aço Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Conformação por trefilação Máquinas de trefilar Com deslizamento • Para fios de diâmetros pequenos • O deslizamento dá-se no anel tirante • Máquinas cônicas de trefilar com deslizamento Sem deslizamento • Para arames, em que o anel tirante faz também o papel de acumulador do produto trefilado • Máquinas contínuas, com passes em linha Para tubos e barras de comprimento limitado • Tração é efetuada por cabeçote móvel Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Máquina de trefilar com deslizamento Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Máquina de trefilar sem deslizamento Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Máquina de trefilar barras e tubos de comprimento limitado Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Trefilação de tubos A trefilação de produtosocos ou tubos é destinada a reduções de diâmetros e paredes de perfil. Os tubos brutos existentes como matérias-primas para esse processo são divididas em duas categorias: • com costura (feitos a partir de tiras dobradas em forma cilíndricas e soldadas na funta); • Sem costura (são obtidos por extrusão ou através de usinagem). • A trefilação será responsável pelas operações de acabamento para a obtenção de tubos com diâmetros menores e paredes finas. Os materiais mais usados nesse processo são tubos de latão, alumínio, aços inox, entre outros. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Processos utilizados na trefilação de tubos Trefilação sem mandril: o tubo pode ser puxado através da matriz sem a existência de um guia interno. • O grau de deformação aplicado será menor em relação aos outros que possuem elementos internos e a função de melhorar o controle do diâmetro interno e a espessura das paredes. Trefilação com mandril flutuante ou com mandril fixo: A trefilação com guias internos proporciona graus de redução mais acentuados e são utilizados como mandril passante, que pode ser flutuante ou fixa. A redução de área em processos que usam somente as matrizes atingem, no máximo 30%. Já os processo com mandril passante podem chegar a reduções de áreas na casa dos 45%, com menores cargas de trefilação, além de ser possível produção de tubos mais longos. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Trefilação de tubos Fim da Aula Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Questões dialogadas com alunos 1 - Na estampagem, além das prensas, são usadas ferramentas especiais chamadas estampos. Essas ferramentas são classificadas de acordo com o tipo de operação a ser executada. Assim, temos: Ferramentas para corte, ferramentas para dobramento e ferramentas para estampagem profunda. Os estampos de repuxo são formados basicamente por: a) ( ) Punção e prensa-chapas; b) ( ) Extrator e martelo; c) ( ) Extrator e prensa-chapas; d) ( ) Prensa e matriz. e) ( ) Punção e matriz Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Questões dialogadas com alunos 1 – Identifique qual processo de fabricação corresponde com o seguinte texto: “ o tarugo é colocado em uma câmara e impelido através da matriz, por ação de um êmbolo”. a) ( ) Extrusão direta; b) ( ) Extrusão indireta; c) ( ) Extrusão hidrostática; d) ( ) Extrusão inversa; e) ( ) Extrusão de alta lubricidade. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Questões dialogadas com alunos 1 – Identifique qual processo de fabricação corresponde com o seguinte texto: “ o tarugo é colocado em uma câmara e impelido através da matriz, por ação de um êmbolo”. a) (x) Extrusão direta; b) ( ) Extrusão indireta; c) ( ) Extrusão hidrostática; d) ( ) Extrusão inversa; e) ( ) Extrusão de alta lubricidade. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Questões dialogadas com alunos ( ) Zona de redução (ângulo α de abordagem ou ângulo da matriz); ( ) Zona de saída; ( ) Zona de acabamento; ( ) Zona de entrada. 1 - Enumere a segunda coluna conforme as seguintes partes da fieira indicadas na figura. Prof. Rogério Carlos O. Fernandes Questões dialogadas com alunos ( 2 ) Zona de redução (ângulo α de abordagem ou ângulo da matriz); ( 4 ) Zona de saída; ( 3 ) Zona de acabamento; ( 1 ) Zona de entrada. 1 - Enumere a segunda coluna conforme as seguintes partes da fieira indicadas na figura. Fim da Aula Prof. Rogério Carlos O. Fernandes
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