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Antropologia Ativ4

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Pergunta 1
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Poderíamos, ainda, relacionar a “cultura da violência” à existência de uma “cultura do medo” (KOURY, 2004), sendo esta caracterizada por uma fobia coletiva que parece reproduzir ações, que, assim como a cultura da violência, dedicam-se apenas aos efeitos, e não às causas. Nossa descrença enquanto sociedade, em um Estado que proporcione segurança aos cidadãos, tem como consequência o alto número de investimentos pessoais em segurança privada, por exemplo. Enjaulados atrás das grades que nós mesmos construímos para nos proteger, a realidade perversa da violência urbana em nada se altera, de modo que apenas atenuamos o medo por meio de ações que não levam em consideração a violência em sua dimensão mais ampla. A mudança de hábitos em prol do que entendemos ser uma vida mais segura auxilia no fortalecimento de uma cultura calcada no medo, ao mesmo tempo em que ignora o que verdadeiramente tem auxiliado na reprodução das violências.
SCHIMITT, M. Antropologia e Cultura Brasileira. Capítulo 4. Disponível na Biblioteca Virtual Laureate.
 
Segundo o texto:
 
.I. A segurança pública no Brasil está aquém do ideal.
II. A sociedade utiliza muros e grades como uma resposta a violência urbana.
III. Medidas de proteção atenuam a violência urbana.
IV. As causas da cultura da violência independem dos direitos humanos.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
I e II, apenas.
	Resposta Correta:
	 
I e II, apenas.
	Feedback da resposta:
	Resposta Correta. A segurança pública não atende o que é esperado dela, preocupa-se apenas com os  efeitos da violência. As pessoas constroem grades, tornam-se enjauladas, mas  a violência urbana não se altera.
	
	
	
Pergunta 2
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Enquanto os homens são geralmente retratados como tendo características como competência, orientação para realização, inclinação para assumir comando, autonomia e racionalidade, as mulheres estão associadas a características comuns, como preocupação com os outros, tendências a associação, deferência e sensibilidade emocional. Essas características não são apenas diferentes, elas tendem a ser opostas: leigos em média acreditam que os homens não devem ser excessivamente calorosos e que as mulheres não devem ser excessivamente dominantes. A pesquisa sobre essas generalizações tem sido extensa e mostra que elas são consistentes entre culturas, tempo e contexto.
Estereótipos geralmente servem como atalhos para formar impressões sobre pessoas e guiar nossas decisões, sem que elas estejam completamente cientes disso. Os preconceitos de gênero têm consequências importantes para o local de trabalho.
TOEGEL, Ina e LAVANCHY, Maude. 4 tipos de preconceito que mulheres enfrentam no trabalho e como vencê-los. Exame, 2019. Disponível em: < https://exame.abril.com.br/carreira/4-tipos-de-preconceito-que-mulheres-enfrentam-no-trabalho-e-como-vence-los/>. Acesso em: 28 de jun. de 2019.
 
Considere o texto acima e seus conhecimentos anteriores e analise as sentenças:
I. Existem tarefas consideradas masculinas e as mulheres que as assumem só terão seus resultados reconhecidos se sua contribuição individual for inquestionável ou sua competência muito alta.
II. O mérito e o desempenho em empresas são classificados sob iguais padrões para homens e mulheres.
III. Mulheres que quebram expectativas e são mais incisivas não são bem vistas.
IV. Em um trabalho conjunto, os resultados bons são creditados geralmente aos homens, já os que têm resultado ruim são creditados às mulheres
 
Selecione a alternativa que aponta os itens corretos:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
I, III e IV.
	Resposta Correta:
	 
I, III e IV.
	Feedback da resposta:
	Resposta Correta. Mulheres precisam mostram mais resultados positivos que os homens para serem reconhecidas ou promovidas. Em trabalhos conjuntos é comum serem responsabilizadas pelos piores resultados. E, se saírem do papel esperado, de submissão, não agradam!
	
	
	
Pergunta 3
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Para além dessas discriminações que podem ser entendidas como de caráter mais “sútil”, há, também, expressões de preconceito de natureza institucional, ou seja, que são reproduzidas e legitimadas em estruturas sociais, políticas e econômicas. Um exemplo é a proporção de pessoas negras ou pardas em cargos eletivos ou posições de poder. Apesar de representar mais da metade da população brasileira, elas ocupam poucos postos na política e em profissões de maior prestígio. Uma maneira possível de interpretar essa realidade é o fato de que há um distanciamento brutal de oportunidades entre pessoas brancas e negras ou pardas em nosso país.
Essa expressão pode ser compreendida por meio de uma desigualdade social, que, como mencionado anteriormente, tem suas raízes em um processo histórico de opressão. Apesar de o Brasil se constituir por meio de uma mistura de raças e culturas, é evidente a diferença no lugar que elas ocupam na construção da realidade que vivemos. Enquanto índios e negros tiveram que, forçadamente, renunciar a certos costumes e crenças, os colonizadores europeus instituíram modos de ser que ainda são compreendidos por nós como mais legítimo e de maior valor.
SCHIMITT, M. Antropologia e Cultura Brasileira. Capítulo 4. Disponível na Biblioteca Virtual Laureate.
Considere o tema e seus estudos sobre ele, depois assinale a alternativa correta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
Muitas vezes contribuições das culturas indígena e negra são vistas como inferiores e não consideradas cultura brasileira.
	Resposta Correta:
	 
Muitas vezes contribuições das culturas indígena e negra são vistas como inferiores e não consideradas cultura brasileira.
	Feedback da resposta:
	Resposta Correta. As contribuições europeias são vistas como superiores, como as que devem ser consideradas em nossa cultura. Dessa forma, muitas vezes contribuições das raças indígena e negra são descartadas.
	
	
	
Pergunta 4
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Conforme Prandi (2004), até pouco tempo as religiões de matriz africana eram proibidas no Brasil, e, desse modo, eram fortemente perseguidas por órgãos oficiais. Hoje, apesar de terem o aval constitucional para existência de templos e cultos, sofrem preconceito das demais religiões. Discriminação que, inclusive, se volta contra os negros, independentemente da religião. Essa perseguição contínua faz com que adeptos de religiosidades de matriz africana não se declarem enquanto tal, o que ocasiona uma subestimação nos censos. Ainda conforme Prandi (2004), apesar de a umbanda assumir aspectos do catolicismo, como mencionado anteriormente, este último em muito propagandeou contra ela, chamando-a de “baixo espiritismo”.
SCHIMITT, M. Antropologia e Cultura Brasileira. Capítulo 4. Disponível na Biblioteca Virtual Laureate.
A reflexão sobre esse tema nos leva a concluir que:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
Dados do censo brasileiro são incapazes de refletir a realidade.
	Resposta Correta:
	 
Dados do censo brasileiro são incapazes de refletir a realidade.
	Feedback da resposta:
	Resposta Correta. Os dados do censo não retratam fielmente a realidade uma vez que praticantes de religiões de matriz africana não assumem essa posição.
	
	
	
Pergunta 5
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	[...] na mesma medida em que essas diferenças se cruzam e se entrelaçam, elas também evidenciam o distanciamento existente entre as classes, as raças e os gêneros, por exemplo, o que acaba denunciando uma realidade de preconceitos, discriminação e exclusão.
A mistura de culturas, tão exaltada em nosso país, decorre da colonização e da escravização violentas, que, apesar de fazerem parte do passado, ainda hoje permeiam nossa sociedade, reforçando uma lógica europeia etnocêntrica em relação aos demais povos que deram origem ao Brasil. [...]
SCHIMITT, M. Antropologia e Cultura Brasileira.Capítulo 4. Disponível na Biblioteca Virtual Laureate.
 
De uma maneira didática, podemos dizer que:
 
I. A população negra, presente em grande número em nosso país, é a que mais contribuiu com conceitos e valores culturais, decorrendo daí a exaltação de suas origens.
II. O preconceito mantém-se no presente, mas vem de um conceito firmado no passado.
III. Discriminação é a forma como se trata quem sofre preconceito.
IV. A exclusão pode acontecer social e institucionalmente com aqueles que sofrem preconceito.
 
Estão corretas as afirmações:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
III e IV.
	Resposta Correta:
	 
III e IV.
	Feedback da resposta:
	Resposta Correta. A pessoa ou grupo que sofre preconceito é discriminado, ou seja, é tratado de forma diferenciada, não boa. Num grau maior, ocorre a exclusão que pode ser social ou institucional, ou seja, a pessoa pode ser excluída de um grupo social ou pode, por exemplo, não ser admitida em uma empresa devido ao preconceito.
	
	
	
Pergunta 6
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Conforme o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BRASIL, 2010), o Brasil é um país que apresenta grande diversidade religiosa. Devido ao fato de, até o final do século XIX, o catolicismo ter sido a religião oficial do país, ainda hoje a maioria dos brasileiros se declara católico.
SCHIMITT, M. Antropologia e Cultura Brasileira. Capítulo 4. Disponível na Biblioteca Virtual Laureate.
A partir do texto apresentado, considera-se correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
A religião católica é dominante no Brasil.
	Resposta Correta:
	 
A religião católica é dominante no Brasil.
	Feedback da resposta:
	Resposta Correta. A maioria dos brasileiros é católica (64,6%) apesar do catolicismo vir perdendo fiéis para o segmento evangélico.
	
	
	
Pergunta 7
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Os homens são vistos como, sobretudo, ligados às ocupações da esfera da vida econômica e política e responsáveis por elas, enquanto as mulheres seriam responsáveis pelas ocupações da esfera privada da domesticidade e reprodução. As mulheres têm sido vistas como “naturalmente” inadequadas à esfera pública, dependentes dos homens e subordinadas à família.
SCHIMITT, M. Antropologia e Cultura Brasileira. Capítulo 4. Disponível na Biblioteca Virtual Laureate.
Considerando o texto e seus estudos anteriores:
I. Essa visão explica a pequena quantidade de mulheres em cargos de liderança.
II. Essa é uma visão de realidade já ultrapassada, hoje a mulher precisa trabalhar e dividir despesas
III. Essa é uma visão de realidade onde as mulheres têm uma valoração negativa.
IV. Essa visão retrata um padrão idealizado de realidade com divisão de responsabilidades e igualdade de direitos
É correto o que se afirma apenas em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
I e III.
	Resposta Correta:
	 
I e III.
	Feedback da resposta:
	Resposta Correta. Ao ser considerada “naturalmente” inadequada à esfera pública, dependente dos homens e subordinada à família a mulher fica em posição inferior, com valoração negativa. Com essa visão, as mulheres que ingressam no mercado de trabalho, têm maior dificuldade em galgar cargos de liderança.
	
	
	
Pergunta 8
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O Brasil encontra-se entre as maiores economias do mundo e foi considerado, ao longo de várias décadas, o país da "democracia racial". Entretanto, embora nunca tenha se consolidado no país um regime de segregação racial legal e formal, a realidade brasileira é outra. As distinções e desigualdades raciais são contundentes, facilmente visíveis e de graves consequências para a população afro-brasileira e para o país como um todo.
 
SCHIMITT, M. Antropologia e Cultura Brasileira. Capítulo 4. Disponível na Biblioteca Virtual Laureate.
 
Considere as afirmativas abaixo e responda:
I. O Brasil foi considerado o país da “democracia racial”,
PORQUE
II. Não conta com um regime de segregação racial estrutural e institucional.
 
É correto afirmar que:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
	Resposta Correta:
	 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
	Feedback da resposta:
	Resposta Correta. O Brasil foi, durante anos, considerado o país da ‘democracia racial’, pois não conta com um regime legal e formal de segregação racial. No entanto, na realidade as desigualdades são grandes e geram graves consequências para o povo.
	
	
	
Pergunta 9
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Segundo a pesquisa de opinião pública intitulada “Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado”, feita pelo SESC em 2010, 91% das mulheres é responsável pela execução ou orientação dos trabalhos domésticos. Isso significa que há uma desigualdade na divisão de tarefas no âmbito familiar, o que, provavelmente, afeta o tempo e a energia que as mulheres despendem às demais atividades, ocasionando uma desigualdade também no âmbito público.
Contudo, vale destacar que há questões ainda mais urgentes em relação à realidade das mulheres no Brasil do que essas. Em nosso país, a taxa de feminicídios é de 4,8% para 100 mil mulheres — a quinta maior no mundo —, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o “Atlas da Violência 2016″, 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil. Além disso, 4.757 mulheres foram mortas por agressão em 2014, um aumento de 11,6% em relação a 2004, quando 3.830 foram assassinadas (IPEA; FBSP, 2016). Infelizmente, esses dados atestam o fato de que há um alarmante número de mulheres que têm perdido a vida pelo simples fato de serem mulheres.
SCHIMITT, M. Antropologia e Cultura Brasileira. Capítulo 4. Disponível na Biblioteca Virtual Laureate.
 
Analise os itens abaixo:
I. O feminicídio tem uma taxa baixa (menos de 5%) no Brasil.
II. A violência contra as mulheres se mantém, mesmo com a implantação de leis como a Maria da Penha.
III. As mulheres são as grandes responsáveis pelos serviços domésticos no Brasil.
IV. A configuração e o papel da mulher nos lares brasileiros é fator que interfere em sua posição no mercado de trabalho.
 
Selecione a alternativa que aponta os itens corretos:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
III e IV.
	Resposta Correta:
	 
III e IV.
	Feedback da resposta:
	Resposta Correta. 91% das mulheres brasileiras são responsáveis pelos serviços domésticos em suas residências. Isso afeta o tempo e a energia que lhes sobra para o trabalho formal e leva a desigualdade também nesse aspecto.
	
	
	
Pergunta 10
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	A cultura da violência e a cultura do medo, então, são alguns dos reflexos não apenas dos mais variados tipos de violência aos quais estamos expostos, mas da nossa falta de conhecimento e ações mais propositivas, enquanto indivíduos e sociedade, no que tange às causas e estruturas da violência. Ao agirmos motivamos apenas pelo medo, acabamos ignorando o que está na base daquilo que nos amedronta. Ao contrário, pensar através de uma ótica ampliada, levando em consideração aspectos históricos, econômicos e políticos relacionados à temática, auxilia-nos no desenvolvimento de uma compreensão mais crítica não apenas de nossas ações individuais em relação a uma realidade violenta, mas, também, a respeito de como nossa sociedade tem lidado com a questão.
SCHIMITT, M. Antropologia e Cultura Brasileira. Capítulo 4. Disponível na Biblioteca Virtual Laureate.
Considerando o texto apresentado, avalie as afirmações a seguir.
I. A ótica ampliada está relacionada a uma compreensão crítica de ações individuais para solução do problema.
II. A cultura do medo leva a ação sem preocupação com a causa.
III. Ao nos afastarmos do convívio social devido ao medo estamos contribuindo para o aumento das desigualdades.
IV. Levar emconsideração aspectos históricos, econômicos e políticos na questão violência social significa buscar as causas desta.
Selecione a alternativa que aponta apenas os itens corretos:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
II, III e IV.
	Resposta Correta:
	 
II, III e IV.
	Feedback da resposta:
	Resposta Correta. A cultura do medo afasta as pessoas do convívio social em sua maior dimensão, aumentando as desigualdades sociais. A causa da violência não é considerada. Para buscar causas e soluções efetivas seria necessário considerar os aspectos históricos, econômicos e políticos envolvidos.

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