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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ CAMPUS ITABIRA Prática de Processos de Fabricação I - ENSAIO DE LANKFORD E COEFICIENTES DE ANISOTROPIA Rm E Professor: José Carlos de Lacerda FELIPE FAGUNDES IVO - 2017011700 FELIPE VIEIRA - 2017014963 JOÃO GABRIEL TAVARES - 2017010884 LUCAS RODRIGUES FERRER - 2017011694 PAULO VITOR DOS REIS SANTOS - 2017016897 ITABIRA 31/10/2018 1 SUMÁRIO 1.Objetivo ………………………………………………………………………...…….. 2 2.Equipamentos de laboratório …………………………………...…………………….. 2 3.Materiais ………………………………………………………………………...……. 2 4.Ferramentas/instrumentos …………………………………………………………….. 2 5.Introdução................. …………………………………………………………………..3 6.Revisao Bibliografica.........…………………………………………………………….3 7.Materias e Metodos……………………...…………………………………………….. 5 8. Resultados.......................................................................................................................8 9.Discussão dos resultados …..………………………………………………………… 15 10.Bibliografia………………………………………………………………….……….16 2 1. OBJETIVO Esta prática tem como objetivo determinar através do ensaio de Lankford os coeficientes de anisotropia Rm e ΔR de uma chapa de aço carbono. 2. EQUIPAMENTOS DO LABORATORIO ● Máquina Universal de ensaio de tração. 3. MATERIAIS ● 3 Chapas de aço carbono SAE 1020 com as dimensões 1x100x200mm ● 3 chapas de aço carbono SAE 1020 com dimensões 1,5x100x200mm 4. FERRAMENTAS E INSTRUMENTOS ● Paquímetro; ● Riscador; ● Escala graduada. 3 5. INTRODUÇÃO Todo engenheiro (seja qual for sua especialidade) deve ter um vasto conhecimento sobre as propriedades características e comportamentais dos materiais que serão utilizados em um produto. Ao fazer sua escolha, deve-se levar em consideração propriedades como: resistência mecânica, dureza, ductilidade, condutividade elétrica e/ou térmica, entre outras. Além disso, deve-se considerar o comportamento do material durante o processo a ser utilizado, assim como, custos e disponibilidades. No presente relatório, resultado de um projeto aplicado na disciplina de Prática de Processos de Fabricação I - no segundo semestre de 2018, ministrado pelo professor Dr. José Carlos Lacerda na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), realizado no laboratório LSTF, visou-se entender como funciona o processo de laminação a frio e suas influências nos metais, além de investigar as novas características apresentadas pelo aço 1020. 6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 6.1 PROPRIEDADES MECÂNICAS FUNDAMENTAIS As propriedades dos materiais são classificadas em propriedades mecânicas, térmicas elétricas, magnéticas e ópticas, podendo também, existir propriedades que se relacionam umas às outras. Em nosso estudo, vamos dissertar preferencialmente sobre as propriedades mecânicas dos materiais. Os materiais, dependendo das suas aplicações, estão sujeitos a forças ou cargas de alta magnitude. Para se trabalhar com esses materiais deve-se conhecer suas características e produzi-lo com propriedades que o possibilitem sofrer deformações não excessivas ao ponto de ocorrer uma fratura. O comportamento mecânico do material reflete a relação entre a sua resposta ou deformação a uma carga ou força que esteja sendo aplicada. (CALLISTER) 6.2 CONFORMAÇÃO MECÂNICA Analisar os processos de fabricação de peças por meio de deformação plástica, segundo Helman (2010), é o objetivo das áreas de conformação mecânica. Dentro desta área, é importante o estudo dos estados de tensões a que deve ser submetido um material para nele produzir as deformações necessárias a fim de que adquira determinadas dimensões finais. Nessa análise intervêm diferentes variáveis de natureza mecânico-metalúrgica tanto do material a ser deformado como do processo a que será submetido. A determinação dos esforços externos a serem aplicados aos metais, é um dos objetivos da análise de processos de conformação mecânica. A determinação é necessária para as diferentes etapas pelas quais passa o produto até alcançar as dimensões finais. (HELMAN,2010) 4 6.3 ENSAIO DE TRAÇÃO Um dos ensaios mecânicos mais comuns é executado sob tração. Este ensaio, pode ser usado para avaliar diversas propriedades mecânicas dos materiais que são importantes em projetos. Para sua realização, segundo o CALLISTER, uma amostra é deformada, geralmente até a sua fratura, mediante uma carga de tração gradativamente crescente que é aplicada uniaxialmente ao longo do eixo mais comprido de um corpo de prova. Esse é preso pelas suas extremidades nas garras de fixação do dispositivo de testes. O resultado de um ensaio de tração é normalmente registrado em um computador na forma de carga ou força em função do alongamento. Essas características carga-deformação são dependentes do tamanho da amostra. 6.4 A ANISOTROPIA E O R DE LANKFORD Conforme Keeler (1968), qualquer que seja a medida da ductilidade assume-se que o material é isotrópico, ou, independente das direções de medida dentro da chapa. A transformação do metal de um lingote em uma chapa, e sua subsequente fabricação, com vários tipos de direcionalidade, originam a anisotropia de propriedades em quase todos os metais. Todas as orientações estão presentes em uma base igual, para um material completamente isotrópico. O material é isotrópico com respeito às propriedades mecânicas associadas. Existe uma tendência, segundo Hassib (2010), dos grãos terem certos planos cristalográficos ou direções, claramente alinhadas com a direção da primeira conformação. A forma total da curva tensão-deformação, e propriedades como tensão de escoamento, força de tração e taxa de encruamento, são afetadas por esta orientação cristalográfica. O coeficiente de Lankford é a relação entre a deformação real no sentido da largura do corpo útil do corpo de prova (e a deformação real no sentido da espessura da chapa do corpo de prova (, sendo determinado pelo ensaio de tração. 𝑅 = 𝜖𝑤 𝜖𝑡 = 𝑙𝑛(𝑤/𝑤𝑜) 𝑙𝑛(𝑡/𝑡𝑜) De acordo com Hosforsd e Carddell (1993), o coeficiente de anisotropia normal média (Rm) é dado por: 𝑅𝑚 = 0,25 ∗ (𝑅0º − 2𝑅45º + 𝑅90º) Desta forma, um Rm maior que 1, significa que o material deforma mais na largura do que na espessura, favorável nas operações de estampagem profunda. Já o coeficiente de anisotropia planar (𝛥𝑅)é um indicador que prevê o surgimento de orelhamentos em peças no processo de estampagem, determinado por: 𝛥𝑅 = 0,5 ∗ (𝑅0º − 2𝑅45º + 𝑅90º) Quanto menor o valor de 𝛥𝑅, menor a tendência de formar orelhamento. Tendo em vista estes conceitos, será descrito a realização da prática experimental nos tópicos a seguir. 5 7 MATERIAIS E MÉTODOS Para a realização do procedimento experimental foram utilizados: a máquina universal de ensaio de tração, paquímetro, riscador, escala graduada e os materiais que foram utilizados como corpo de prova, que foram 6 chapas de aço baixo carbono retirados em angulações diferentes, uma na direção da laminação, um a 45º da direção de laminação e o outro a 90º da direção de laminação. O presente procedimento tem o objetivo, através do ensaio de Lankford, de determinar os coeficientes de anisotropía Rm (coeficiente de anisotropia normal média) e 𝛥𝑅(coeficiente de anisotropia planar). Figura 1 - equipamento utilizado para ensaio de tração (EMIC 23-100) Fonte: Os autores O experimento citadoacima foi a realização do ensaio de tração dos três corpos de prova de aço baixo carbono, um na direção da laminação, outro a 45º da direção da laminação e o outro a 90º da direção da laminação, foi utilizado um programa sincronizado com a máquina universal de tração para adquirimos o coeficientes, dados e os gráficos necessários para a realização das contas e análises chegando a uma conclusão geral do experimento. 6 8. RESULTADOS Na prática a chapa foi introduzida no espaço apropriado na máquina e efetuou-se o aperto do sistema de fixação e assim, acionou-se a manivela no sistema hidráulico observando a evolução da chapa até que ocorra uma fratura da chapa e após a fratura observada efetuou-se a medição da profundidade do copo estampada pelo ensaio. Primeira amostra (0º): Gráfico 1: Tensão à tração x deformação à tração. Fonte: Os autores. Gráfico 2: Tensão à tração x Tensão à deformação. Fonte: Os autores. Tabela 1: Medições 7 Fonte: Os autores Segunda amostra (0º) Gráfico 3: Tensão à deformação Fonte: Os autores. Gráfico 4: Gráfico 8 Fonte: Os autores. Tabela 2: Medições. Fonte: Os autores. Primeira amostra (45º) 9 Gráfico 5: Fonte: Os autores. Gráfico 6: Fonte: Os autores. Tabela 3: Medições 10 Fonte: Os autores. Segunda amostra (45º) Gráfico 1: Tensão à tração x deformação à tração Fonte: Os autores. Gráfico 8: 11 Fonte: Os autores. Tabela 4: Medição. Fonte: Os autores Primeira amostra (90º) 12 Gráfico 9: Tensão à deformação x tensão à tração Fonte: Os autores Gráfico 10: Fonte: Os autores. Tabela 5: Medição 13 Fonte: Os autores Segunda amostra (90º) Gráfico 11: Tensão à deformação x tensão à tração Fonte: Os autores Gráfico 12: 14 Fonte: Os autores Tabela 6: Medição Fonte: Os autores 9. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 15 A partir do experimento realizado pode-se observar que para diferentes ângulos de orientação foram encontrados valores distintos para o coeficiente de Lankford. Devido a essa diferença que ocorre pelo fato de existirem orientações preferenciais, ocorrem variações das propriedades mecânicas, como o aumento da deformação máxima do material antes que ocorra a fratura. Para o material utilizado no experimento, o ângulo de 0° apresentou maior coeficiente de Lankford, conseguindo assim chegar a uma maior deformação quando comparada aos valores obtidos pelos cálculos dos demais ângulos. 10. BIBLIOGRAFIA CALLISTER, W. D., Ciência e Engenharia de Materiais: Uma. Introdução, 5ªed. Copyright 2002, John Wiley & Sons, Inc. Rio de Janeiro, RJ. MECÂNICA E TERMODINÂMICA DA FRATURA. PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS. Disponível em: . Acesso em: 27 out, 2018. SROUR JUNIOR, Edouard Hassib. DETERMINAÇÃO DO GRAU DE CONFORMABILIDADE DE CHAPA DE AÇO PARA SUPORTE DE COLUNA DE DIREÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE SIMILAR NACIONAL. 128 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Mecânica, Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2002. CENTRO DE INFORMAÇÃO METAL MECÂNICA. A Estampabilidade dos Materiais Metálicos. Disponível em: . Acesso em: 27 out, 2018. HOSFORD W. F. CADDELL R. M. Metal Forming: Mechanics and Metallurgy. 2 Ed. Prentice-Hall Inc. 1993. JUNIOR E. H. S. Determinação do Grau de Conformabilidade de Chapa de Aço para Suporte de Coluna de Direção e Identificação de Similar Nacional. 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Ciência dos Materiais) - Universidade Federal do Paraná. Disponível em: <http://www.pgmec.ufpr.br/dissertacoes/dissertacao_004.pdf>. Acesso em 27 out, 2018.
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