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ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 1 ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 2 REITOR João Natel Pollonio Machado VICE-REITOR Griseldes Fredel Boos EDITORA DA FURB CONSELHO EDITORIAL Edson Luiz Borges Elsa Cristine Bevian João Francisco Noll Jorge Gustavo Barbosa de Oliveira Roberto Heinzle Marcia de Freitas Oliveira Maria José Ribeiro EDITOR EXECUTIVO Maicon Tenfen CAPA Criação: Lindamir Aparecida Rosa Junge Foto: Cláudia Regina Lima Duarte da Silva Diagramação: Lindamir Aparecida Rosa Junge Revisão: Odair José Albino DISTRIBUIÇÃO Edifurb ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 3 DOCENTES DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU – FURB, RESPONSÁVEIS PELA ANÁLISE DAS QUESTÕES: Profª. Me. Andréa da Silva – Enfermeira Profª. Me. Carmen Liliam Brum Marques Baptista – Enfermeira Profª. Me. Claudia Almeida Coelho de Albuquerque – Bióloga Profª. Dra. Cláudia Regina Lima Duarte da Silva – Enfermeira Profª. Me. Geysa Georg Sommerfeld – Enfermeira Profª. Dra. Gisele Cristina Manfrini Fernandes – Enfermeira Prof. Dr. Hercilio Higino da Silva Filho – Farmacêutico Prof. Me. Jarbas Galvão – Enfermeiro Prof. Me Jerry Schmitz – Enfermeiro Profª. Dra. Judite Hennemann Bertoncini – Enfermeira Profª. Dra. Keila Zaniboni Siqueira Batista – Bióloga Profª. Dra. Mara Sandra Giacomini Pivesso – Biomédica Profª. Me. Margot Friedmann Zetzsche – Enfermeira Profª. Me. Marisa Schwabe Franz – Enfermeira Profª. Me. Nádia Lisieski –Enfermeira Profª. Me. Raquel Garcia Tiemann – Enfermeira Profª. Me. Rosana Martineli – Enfermeira Profª. Me. Sara Cristiane Barauna – Fisioterapeuta Profª. Me. Silvana Scheidemantel Schroeder – Enfermeira ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 4 © Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade, Marcus Vinicius Marques de Moraes Editora da FURB Rua Antônio da Veiga, 140 89012-900 Blumenau SC BRASIL Fones: (047) 3321-0329 3321-0330 3321-0592 Correio eletrônico: editora@furb.br Internet: www.furb.br/editora Distribuição: Editora da FURB Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme Lei nº 10994, de 14 de dezembro de 2004. “Impresso no Brasil / Printed in Brazil” Elaborada pela Biblioteca Central da FURB A532a Analysis : o ENADE na formação da enfermagem : análise da prova de 2010 / organizadores: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade, Marcus Vinicius Marques de Moraes. – Blumenau : Edifurb, 2013. 91 p. : il. ISBN 978-85-7114-176-6 Bibliografia: p. 91. 1. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. 2. Ensino superior - Avaliação. 3. Enfermagem - Exames, questões, etc. I. Schroeder, Silvana Scheidemantel. II. Andrade, Marcia Regina Selpa de. III. Moraes, Marcus Vinicius Marques de. CDD 378.01 ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 5 SUMÁRIO DOCENTES DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU – FURB, RESPONSÁVEIS PELA ANÁLISE DAS QUESTÕES: .................................................................................... 3 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E UNIVERSIDADE: ENTRE O PRAGMATISMO QUANTITATIVO E A PRÁTICA ENERGIZADORA ..................................................................................................................................... 7 O Enade na Avaliação da Educação Superior ...................................................................................... 10 Heidi Dittrich Zimmermann, ............................................................................................................ 10 O processo de análise das questões do ENADE .................................................................................. 17 Silvana Scheidemantel Schroeder ................................................................................................... 17 Marcia R. Selpa de Andrade ............................................................................................................ 17 Marcus Vinicius Marques de Moraes .............................................................................................. 17 Análise das Questões da Prova de 2010 ............................................................................................. 19 3.1 Bases Biológicas e Sociais da Enfermagem ................................................................................... 19 QUESTÃO 13 - Autores: Hercilio Higino da Silva Filho, Keila Zaniboni Siqueira Batista – docente FURB ................................................................................................................................................ 20 QUESTÃO 14 - Autores: Hercilio Higino da Silva Filho, Keila Zaniboni Siqueira Batista - docente FURB ................................................................................................................................................ 22 QUESTÃO 15 - Autoras: Claudia Almeida Coelho de Albuquerque , Mara Sandra Giacomini Pivesso e Sara Cristiane Barauna – docentes FURB ..................................................................................... 24 3.2 Fundamentos de Enfermagem ...................................................................................................... 28 QUESTÃO 12 - Autores: Silvana Scheidemantel Schroeder e Jarbas Galvão – docentes FURB ...... 28 QUESTÃO 17 - Autora: Margot Friedmann Zetzsche – docente FURB ............................................ 30 QUESTÃO 18: ANULADA - Autora: Silvana Scheidemantel Schroeder – docente FURB ................. 31 QUESTÃO 20 - Autora: Cláudia Regina Lima Duarte da Silva – docente FURB ............................... 33 QUESTÃO 25: ANULADA - Autora: Cláudia Regina Lima Duarte da Silva – docente FURB ............. 34 QUESTÃO 27 - Autora: Gisele Cristina Manfrini Fernandes – docente FURB ................................. 36 QUESTÃO 28 - Autora: Cláudia Regina Lima Duarte da Silva – docente FURB............................... 38 QUESTÃO 33 - ANULADA - Autora: Margot Friedmann Zetzsche – docente FURB ........................ 40 QUESTÃO 34 - Autora: Marisa Schwabe Franz – docente FURB ..................................................... 42 ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 6 QUESTÃO 36 - Autora: Marisa Schwabe Franz – docente FURB ..................................................... 45 QUESTÃO 38 - Autora: Judite Hennemann Bertoncini – docente FURB ......................................... 48 QUESTÃO39 - Autora: Judite Hennemann Bertoncini – docente FURB ......................................... 50 Assistência de Enfermagem ................................................................................................................ 54 QUESTÃO 11 - Autora: Geysa Georg Sommerfeld – docente FURB ................................................ 55 QUESTÃO 16 - Autores: Geysa Georg Sommerfeld, Jarbas Galvão e Jerry Schmitz - docentes FURB ................................................................................................................................................ 58 3.4 Administração em Enfermagem .................................................................................................... 75 3.5 Educação em Enfermagem ............................................................................................................ 86 QUESTÃO 40 - Autora: Silvana Scheidemantel Schroeder – docente FURB ................................... 90 ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 7 PREFÁCIO AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E UNIVERSIDADE: ENTRE O PRAGMATISMO QUANTITATIVO E A PRÁTICA ENERGIZADORA As práticas discursivas em educação que circulam a partir dos anos 90, no Brasil, situam-se numa perspectiva em que a avaliação começa a ampliar seus espaços e torna-se aquilo que o Ministério da Educação chama de “inteligência avaliativa”. A emergência do Estado avaliador produziu uma demanda por conhecimento de várias áreas e setores da sociedade como apoio para tomada de decisão e transparência dos resultados. Afinadas a esses discursos e afetadas pela ideologia neoliberal, as práticas avaliativas com base em elementos quantitativos prometem melhorar a qualidade da educação e garantir efetividade, eficiência, eficácia, relevância e produtividade nas Universidades. Estes discursos desencadearam uma série de ações ampliando a avaliação e transformando-a em instrumento de regulação do Ensino Superior e estendendo-se para a Educação Básica. A Lei 10.861, de 14 de abril de 2004 instituiu o Sistema de Avaliação da Educação Superior (SINAES), como parte de uma política de Estado responsável pela educação nacional, que abrange todas as instituições de educação superior. Esta política está ancorada em uma concepção de avaliação comprometida com a melhoria da qualidade e da relevância das atividades das instituições e é mensurada por meio de diversos instrumentos. Esses instrumentos e mensurações passaram a orientar grande parte da política educacional e, por esse meio, também parte significativa da prática educacional - aquelas ações e fazeres no qual estão imersos professores e estudantes. Neste cenário, um dos principais problemas é que muitas vezes valorizamos o que é medido, ao invés de nos envolvermos com a avaliação e mensuração do que valorizamos. A avaliação como processo não pode ter um fim em si, mas precisa ser um dos instrumentos que a Universidade pode dispor para dimensionar a qualidade do ensino. Os resultados obtidos na avaliação permitem análises e leituras sobre os cursos e podem ser usados para diferentes tipos de intervenções, aqui definidas como tomada de decisão nos processos de ensino-aprendizagem. Aproveitamos as provocações de Dias Sobrinho (2002) que em seu trabalho mostra que a avaliação não é apenas desejável, mas possível, não é apenas somativa, mas pedagógica, não ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 8 apenas um instrumento de utilidade gerencial, mas uma estratégia de autoconhecimento e de melhoria da formação profissional e cidadã. Mas, para isso a avaliação não pode se limitar a um papel controlador: ela tem sempre um caráter político e ético que deve estar a serviço da autonomia. Corroborando com esta visão, Hadji (1994) aponta que a avaliação tem três funções fundamentais: diagnosticar, prognosticar e energizar. A função de diagnosticar compreende os processos de: identificar deficiências e superá-las; possibilitar a regulação de um determinado programa; promover ajustes necessários à concretização da aprendizagem; certificar aprendizagens; regular os processos e atividades. A função de prognosticar compreende: planejar novos dispositivos didáticos e estimar o desempenho futuro. A função de energizar repercute em: viabilizar o acesso aos diferentes níveis de escolaridade; permitir a promoção em uma sequência educacional; estimular a ação e a autoestima. Com base nesta visão sobre o processo avaliativo educacional a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROEN) da Universidade Regional de Blumenau (FURB) desencadeou diferentes iniciativas e realizou diversas ações para criar uma cultura permanente e propositiva de avaliação na Universidade. Permeando estas iniciativas e ações foi feito um trabalho permanente de divulgação para estudantes e professores da importância de tratar a avaliação não como um elemento punitivo, mas como orientador e balizador dos processos de ensino. Também se buscou de forma permanente a conscientização sobre a importância de que a instituição tivesse um bom desempenho nos processos avaliativos realizados pelos órgãos reguladores. Por outro lado, cientes de que o papel da Universidade é de crítica acredita-se que mais do que responder as questões do ENADE faz-se necessário conhecê-las, estudá-las e com elas aprender como qualificar os instrumentos de avaliação como também reconhecer as potencialidades e fragilidades de qualquer instrumento de avaliação. Entre as principais ações realizadas pela PROEN destacam-se: capacitação de docentes quanto ao uso de instrumentos e critérios de avaliação em sua prática pedagógica; revisão do processo e estímulo para participação dos estudantes nos instrumentos internos de avaliação do ensino; uso dos resultados das avaliações internas e externas dos cursos na construção e (re)elaboração dos projetos pedagógicos; campanhas de conscientização de estudantes e professores sobre o ENADE; análise matemática e estatística das informações sobre os processos avaliativos e discussão com coordenadores de cursos e docentes; grupos de estudos permanentes sobre avaliação educacional; produção de material didático de apoio aos estudantes; e-book com as questões comentadas; entre outras. Uma das importantes ações da PROEN está materializada neste livro eletrônico que apresenta, discute e comenta as questões do ENADE. A produção deste material tem objetivos ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 9 diversos: fazer a análise crítica das questões; identificar conteúdos e referenciais teóricos fundamentais para a área de conhecimento; familiarizar professores e estudantes acerca da linguagem e dos elementos essenciais dos processos avaliativos externos; qualificar os projetos e processos pedagógicos dos cursos. Também tem o objetivo de fazer com que a Universidade cumpra seu papel de crítica, uma vez que o livro é o resultado de um processo intenso entre pedagogos, docentes e estudantes de estudo, avaliação e análise crítica sobre o conteúdo das provas. Esperamos que ele possa, de fato, cumprir o objetivo de diagnosticar, prognosticar e energizar os processos de ensino de nossa Instituição e que acima de tudo ele seja umespaço de crítica e de construção de outras e diferentes formas de fazer Universidade. Prof. Dr. Maurício Capobianco Lopes Profa. Dra. Gicele Maria Cervi ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 10 O Enade na Avaliação da Educação Superior Heidi Dittrich Zimmermann, Pesquisadora Institucional – PI da FURB O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) foi instituído pela Lei Nº 10.861, de 14 de abril de 2004, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação superior e orientar a expansão da oferta; identificar mérito e valor das instituições, áreas, cursos e programas, nas dimensões de ensino, pesquisa, extensão, gestão e formação; e promover a responsabilidade social das IES, respeitando a identidade institucional e a autonomia. Com a sua implantação assegurou-se o processo nacional de avaliação da educação superior no País, o que foi consolidado pela Portaria Normativa Nº 40/2007, republicada em 29 de dezembro de 2010. Os processos avaliativos são coordenados e supervisionados pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES) e a sua operacionalização é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Para avaliar todos os aspectos que giram em torno dos objetivos citados, o INEP utiliza vários instrumentos complementares e de informação para obter resultados que possibilitem traçar o panorama de qualidade dos cursos e das instituições, provendo, desta forma, a avaliação de Instituições, Estudantes e Cursos. São instrumentos complementares a autoavaliação (conduzida pela Comissão Própria de Avaliação – CPA, da Instituição de Educação superior – IES), a avaliação institucional externa, o Enade e a avaliação dos cursos de graduação (avaliação in loco). Os instrumentos de informação são os dados do cadastro (sistema e-MEC) e as informações censitárias do Censo da Educação Superior (CESUP), fornecidas pelas IES. Além disso, análises e revisões críticas dos instrumentos, das metodologias e dos critérios utilizados também são realizadas pela CONAES com o objetivo de aprimorar esses instrumentos e os procedimentos de avaliação, produzir indicadores de qualidade, divulgar os resultados e realizar estudos para a melhoria da qualidade da educação superior no País. O ciclo avaliativo do SINAES1 compreende a realização periódica de avaliação de instituições e cursos superiores, com referência nas avaliações trienais de desempenho dos 1 Portaria Normativa MEC 40/2007, art. 33. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 11 estudantes, as quais subsidiam, respectivamente, os atos de recredenciamento e de renovação de reconhecimento. As avaliações são orientadas por indicadores de qualidade e geram conceitos de avaliação de cursos superiores e de instituições, expedidos periodicamente pelo INEP, em cumprimento à Lei nº 10.861/2004, e na forma da Portaria Normativa Nº 40/2007. São considerados como indicadores de qualidade o desempenho de estudantes: o conceito obtido a partir dos resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE; de cursos superiores; o Conceito Preliminar de Curso – CPC; e de Instituições de educação superior, bem como e o Índice Geral de Cursos avaliados – IGC. Os conceitos são expressos numa escala de cinco níveis (de 1 a 5), em que os níveis iguais ou superiores a 3 (três) indicam qualidade satisfatória2. Os indicadores de qualidade também serão expressos numa escala de cinco níveis, em que os níveis iguais ou superiores a 3 (três) indicam qualidade satisfatória e, no caso de instituições, também são apresentados em escala contínua. Os resultados das avaliações da educação superior se tornam públicos e são utilizados pelos seguintes segmentos: pela sociedade em geral (estudantes, pais de alunos, instituições acadêmicas e público em geral) como fonte de informações para orientar suas decisões quanto à realidade dos cursos e das Instituições; pelos órgãos governamentais (Estado) para orientar as políticas públicas; e pelas Instituições de Educação Superior para orientação da sua eficácia institucional (desenvolvimento de seu PDI, revisão de sua missão, planos, métodos e trajetória) e efetividade acadêmica e social. O ciclo avaliativo do SINAES inicia-se com o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE e é aplicado aos estudantes das áreas definidas anualmente, por Portaria específica do INEP, atendendo a um calendário trienal de áreas e eixos tecnológicos, observadas as seguintes referências: Ano I – cursos de graduação das áreas da saúde, ciências agrárias e áreas afins e cursos superiores de tecnologia: eixos tecnológicos em ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e segurança; Ano II – cursos de graduação das áreas de ciências exatas, licenciaturas e áreas afins e, cursos superiores de tecnologia: eixos tecnológicos em controle e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura, produção industrial; 2 Portaria Normativa MEC, art. 33-A, §1º e §2º. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 12 Ano III – cursos de graduação das áreas de ciências sociais aplicadas, ciências humanas e áreas afins e, cursos superiores de tecnologia: eixos tecnológicos em gestão e negócios, apoio escolar, hospitalidade e lazer, produção cultural e design. O ENADE é realizado todos os anos, aplicando-se trienalmente a cada curso, de modo a abranger com a maior amplitude possível as formações objeto das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), da legislação de regulamentação do exercício profissional e do Catálogo de Cursos Superiores de Tecnologia3. Tem por finalidade: avaliar o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos; contribuir para a avaliação dos cursos de graduação por meio da verificação das competências, habilidades e conhecimentos desenvolvidos pelos estudantes; aferir o desempenho dos estudantes no que se refere ao uso, síntese e integração de conhecimentos adquiridos ao longo do curso; possibilitar aos cursos o acompanhamento dos resultados de suas ações pedagógicas e avaliar comparativamente a formação oferecida pela IES aos estudantes das respectivas áreas avaliadas. Assim sendo, o ENADE passa a ser um dos instrumentos de avaliação da formação dos estudantes e seus resultados oferecem elementos/insumos para a construção de indicadores de qualidade dos cursos e servirão de referência para os processos posteriores de avaliação in loco. O Conceito Enade considera exclusivamente o desempenho dos estudantes concluintes nas provas de formação geral e do componente específico. Com base nos resultados (insumos) do Enade, é calculado o Conceito Preliminar de Curso (CPC), no ano seguinte à realização do Exame de cada área. O cálculo do CPC combina diversas medidas relativas à qualidade do curso, a saber: o desempenho dos estudantes concluintes no Enade; o corpo docente com a titulação e o regime de trabalho; as informações sobre infraestrutura obtidas a partirdo questionário do estudante; os recursos didático-pedagógicos obtidos pelo questionário do estudante e os resultados do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) que são os insumos oriundos do desempenho dos estudantes nas provas do Enade e Enem, a partir de seus respectivos questionários. As notas técnicas específicas descrevem possíveis alterações no cálculo do CPC e ficam disponíveis na página eletrônica do INEP (www.portalinep.gov.br/notastecnicas). 3 Portaria Normativa MEC 40/2007, art. 33-E. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 13 No quadro a seguir, consta a composição do CPC: Fonte: GRIBOSKI, C., INEP, 2011. O CPC se constitui elemento de referência nos processos de avaliação in loco para subsidiar a renovação de reconhecimento dos cursos de graduação. Outro indicador de qualidade, instituído em 2008 para as Instituições, é o Índice Geral de Cursos (IGC), que é publicado anualmente pelo INEP e é calculado considerando os seguintes aspectos: a média ponderada dos últimos CPCs disponíveis dos cursos avaliados na instituição no ano do cálculo e nos dois anteriores, ponderada pelo número de matrículas (matriculados + formados, obtidos nos Censos) em cada um dos cursos computados; a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu atribuídos pela CAPES na última avaliação trienal disponível, convertida para escala compatível e ponderada pelo número de matrículas (matriculados + titulados – ano do cálculo) em cada um dos programas de pós-graduação correspondentes; e a distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino (graduação, mestrado e doutorado). ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 14 O quadro a seguir ilustra essa forma de cálculo para o IGC: Fonte: GRIBOSKI, C., INEP, 2011. Para regulamentar o processo de divulgação dos resultados, o INEP publica anualmente Portaria específica4 estabelecendo os procedimentos de divulgação dos indicadores de qualidade e informando sobre os insumos que sustentam o cálculo desses indicadores. Uma vez publicado o resultado final pelo INEP, esses indicadores se constituem referência nos processos de avaliação in loco para os cursos e às Instituições. A Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), vinculado ao sistema estadual de ensino, segue as normas para o funcionamento da Educação Superior no sistema Estadual de Santa Catarina, conforme determina a Resolução Nº 100, de 22 de novembro de 2011, do Conselho Estadual de Educação – CEE/SC. No entanto, considerando o que determina a legislação federal que instituiu o e-MEC, sistema eletrônico de fluxo de trabalho e gerenciamento de informações relativas aos processos de regulação, avaliação e supervisão da educação superior, foi estabelecido um regime de cooperação entre o sistema estadual e o sistema nacional de avaliação. A cooperação foi formalizada mediante acordo entre o CEE/SC e a CONAES e, para a execução dos processos referentes à avaliação, são utilizados os instrumentos e critérios do SINAES, constituídos nas seguintes modalidades: 4 Portaria Normativa 386, de 17 de outubro de 2012. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 15 Avaliação institucional (autoavaliação e avaliação externa in loco); Avaliação de cursos; Avaliação do desempenho dos estudantes. Os resultados considerados insatisfatórios (Conceito 1 ou 2 no IGC) incorrerão em diligências à Instituição, com determinações de ações e metas a serem cumpridas em prazo determinado para a superação dos fatores que conduziram aos resultados negativos. O descumprimento da diligência poderá resultar na suspensão temporária da abertura de processo seletivo de cursos e cassação do credenciamento da instituição. Para os resultados insatisfatórios nos cursos (1 ou 2 no CPC) deverá ser solicitada nova avaliação in loco, instruída com um plano de melhorias, ou seja, relato das providências a serem adotadas pelo curso para a superação das fragilidades expressas no CPC. Se após nova avaliação in loco o curso continuar com conceito inferior a 3, serão sustadas as ofertas de vagas no curso avaliado. A partir de 2004, com a nova formatação do SINAES, a FURB continuou participando do Exame, considerando a sua importância para definição de metas e ações nos cursos e na instituição. Neste sentido, ações específicas e institucionais vêm sendo implementadas, dentre as quais citamos algumas já consolidadas: palestra informativa para Professores dos cursos avaliados; palestra informativa sobre o Enade (reforçando o Enade como parte integrante e importante da avaliação da educação superior) aos estudantes dos cursos avaliados; formação específica sobre o Enade aos Coordenadores de Curso no Programa de Formação Institucional da Universidade; campanha interna do Enade: cartaz personalizado para as salas de aula do curso; e-mail marketing com mensagens aos estudantes inscritos; página do Enade na FURB, desde 2008, em http://www.furb.br/enade; testeira institucional para os locais de prova; quiosque institucional e recepção aos estudantes. Instalação de um quiosque em cada um dos locais de prova para servir de apoio aos estudantes no dia da prova (recepção); ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 16 após a publicação dos resultados: análise dos indicadores de qualidade, seus insumos e análise do Relatório do Curso expedido pelo INEP; análise crítica das provas do Componente Específico pelos docentes da área, com o objetivo de produzir material de apoio aos docentes e discentes. Estabelecer uma política interna de avaliação e de acompanhamento nos cursos de graduação com base nos referenciais de qualidade do SINAES, é uma possibilidade de qualificar os espaços de ensino-aprendizagem, planejamento e execução de ações. Nesse sentido, a FURB desenvolve ações institucionais e específicas de curto, médio e longo prazo para a melhoria da qualidade do ensino. Essas ações envolvem diretamente a coordenação do curso, assessoria pedagógica, professores e equipe de apoio da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação. Buscar a participação dos estudantes nesse processo para aproximá-los da instituição, é um desafio para concretizar a mudança e consolidar internamente uma cultura de avaliação que permita, como escreve HADJI (2001), ir para além de diagnosticar, ou seja, é preciso prognosticar e energizar esse processo voltado às exigências e ciclo avaliativo do SINAES. A análise dos resultados focadas em ações tem proporcionado discussões para revisão dos projetos pedagógicos, numa definição de estratégias de ensino, busca por investimentos para a manutenção e melhoria da infraestrutura,qualidade do corpo docente (contratação e capacitação dos mesmos) e comprometimento com a qualidade do ensino. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 17 O processo de análise das questões do ENADE Me. Silvana Scheidemantel Schroeder Coordenadora do Curso de Enfermagem - FURB Dra. Marcia R. Selpa de Andrade Assessora Pedagógica- CCS/PROEN- FURB Dr. Marcus Vinicius Marques de Moraes Apoio docente ao ENADE/ PROEN- FURB Este livro é uma iniciativa do Curso de Enfermagem e da Assessoria Pedagógica do Centro de Ciências da Saúde apoiada pela Divisão de Políticas Educacionais da Pró-Reitoria de Ensino da Universidade Regional de Blumenau. Em sua primeira edição, traz na sua essência o processo de análise das questões específicas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), que avalia as instituições, os cursos e o desempenho dos estudantes. O curso de Enfermagem que prestou a prova no ano de 2010 será o primeiro dos cursos a fazer parte desta iniciativa que tem como propósito subsidiar e preparar os acadêmicos formandos para os próximos ENADEs. Este estudo visa, também, contribuir para a formação dos “professores- enfermeiros” visto que estes fizeram uma profunda análise dos enunciados das questões das áreas específicas dessa profissão. Compreendemos que elaborar questões de uma prova não é uma tarefa tranquila para os docentes, pois, há aspectos técnicos e pedagógicos que necessitam ser considerados durante as etapas de elaboração, execução e avaliação de uma prova. Foi um grande desafio para um grupo de professores do Curso de Enfermagem da Universidade Regional de Blumenau – FURB. Essa inquietação iniciou quando após a realização da prova, em 2010, os professores do curso, ficaram curiosos e ansiosos em saber, afinal, o que “caiu” na prova! Com a divulgação das provas e gabaritos, cada professor procurou saber o que foi abordado em sua área, procurando relacionar com a proposta curricular do curso. A partir de então, com o intuito de familiarizar os acadêmicos com o tipo de questão e linguagem da prova, e buscando sempre a excelência no curso, procuramos, ao longo deste tempo, propor provas com questões integradas de estilo semelhante à do ENADE. Isto, porém, não nos bastou, e em 2012 a partir das oficinas pedagógicas, com a colaboração da Assessoria Pedagógica, Apoio Docente - DPE/ PROEN e Coordenação do Colegiado do Curso de Enfermagem, iniciamos o ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 18 processo de análise das questões da prova - ENADE, observando-a de forma integrada e pedagógica, dentro das grandes áreas apresentadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Enfermagem (Resolução CNE/CES Nº 3, de 7 de novembro de 2001). Foram estabelecidos vários encontros presenciais, que fizeram parte da formação docente, bem como interlocuções individuais para que tornasse possível a construção deste material. Deixamos claro que a organização das questões a seguir apresentadas, foi realizada de acordo com o entendimento e vivência docente no Curso de Enfermagem da Universidade Regional de Blumenau. Embora tenhamos dividido as questões em grandes áreas (previstas pelas Diretrizes na Portaria Inep nº 217 de 13 de julho de 2010) percebemos que muitas questões poderiam estar categorizadas em mais de uma grande área, o que mostra a integração do conhecimento entre elas e a impossibilidade de segmentar o cuidado ao ser humano, bem como os estudos. Segundo esta análise, foi observada uma desproporção em relação à distribuição das questões dentro das grandes áreas. Os enunciados, no geral, estavam bem elaborados, mas dando a impressão de terem sido tiradas de um banco de questões e desconexas entre si, abordando, por vezes duplamente, o mesmo assunto em detrimento de outros. Observamos a característica da regionalidade em algumas questões, o que prejudica o entendimento dos acadêmicos no geral. Também nos chamou atenção o alto índice de questões anuladas – 20% das questões específicas. Obviamente, a cada ano as questões serão novas, e, certamente, mais qualificadas, visto que o Banco Nacional de Itens (BNI) é uma estratégia que vem se consolidando desde 2010. Os temas abordados também serão outros, o que, a exemplo de um vestibular, faz com que seu conteúdo seja uma surpresa, em decorrência de temas que poderão ser incluídos. Mas entendemos que o cerne da avaliação nacional deva ser de conhecimento geral, ou seja, a partir de uma formação profissional generalista, procurando abrangem temas que possam ser pertinentes à todo o país e não somente a uma determinada região. Esperamos com este estudo contribuir para o enriquecimento de nossa profissão, qualificando o processo ensino aprendizagem, e por sua vez na formação dos futuros profissionais, não somente de nossa Universidade, mas de todo o Brasil. Agradecemos a colaboração dos docentes, discentes do Curso de Enfermagem, e equipe da DPE/PROEN da Universidade Regional de Blumenau que envolveram -se nesse processo. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 19 Análise das Questões da Prova de 2010 3.1 Bases Biológicas e Sociais da Enfermagem Ao ingressar em uma universidade, todo acadêmico espera encontrar disciplinas imediatamente relacionadas à sua futura profissão, como ingressar nas clínicas, usar jalecos e ter contato com pacientes. Porém, o universitário logo se depara com as Disciplinas Básicas, as quais são, muitas vezes, analisadas como dispensáveis e irrelevantes para sua formação. As disciplinas básicas, tais como anatomia humana, biologia celular, histologia e embriologia, fisiologia, genética, bioquímica, microbiologia, parasitologia, dentre outras, são consideradas o alicerce de todas as disciplinas clínicas. São, portanto, disciplinas instrumentais e indispensáveis, pois significam tudo aquilo que será usado, um instrumento, uma ferramenta, uma atividade intelectual eficaz. Logo, conhecê-las bem é uma necessidade. Temos inicialmente no curso de Enfermagem as Ciências Morfológicas, que incluem a Anatomia, a Histologia e a Embriologia, afeitas originalmente ao estudo macroscópico e microscópico da estrutura dos seres vivos, particularmente do homem e de sua evolução embriológica. Atualmente, importante área que tem se sobressaído nestas ciências é a Biologia Celular, que trata do estudo da estrutura e função dos componentes celulares e subcelulares in vivo. Tomemos como exemplo as disciplinas da área morfológica como anatomia, histologia, embriologia e biologia celular, uma das colunas fundamentais que dão sustento às ciências da saúde, e vamos mostrar que seu entendimento é necessário para um bom proceder profissional. A estrutura das aulas da área morfológica apresenta dois momentos distintos: a parte teórica, na qual são apresentados os conceitos e definições dos sistemas e órgãos do corpo humano; e a parte prática, que, utilizando-se de peças anatômicas naturais ou lâminas ou ainda eletromicrografias, em um laboratório, fazendo-se o estudo das características gerais e de suas interrelações. Não é apenas a visualização de estruturas, mas a aplicação nodia a dia dos alunos. Acreditamos na importância do uso do cadáver nas aulas práticas para a formação da personalidade e da ética profissional, já que o cadáver poderia ser considerado como o primeiro paciente do acadêmico na área de saúde, assim como as lâminas histológicas o primeiro material para a realização de uma série de diagnósticos a serem utilizados na patologia. Além da aquisição do conhecimento científico, as aulas práticas de disciplinas da área morfológica, principalmente a anatomia humana podem ser consideradas como ponto de partida para o progresso de conscientização do processo de vida e morte. Quando o acadêmico está em prática de estágio, ele se conscientiza da importância do que foi aprendido pela experiência das aulas ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 20 de anatomia, pois compreende com maior clareza a dimensão da vida e da morte, no mundo do cuidar hospitalar. No curso temos ainda, um conjunto de disciplinas que aborda os processos de interação entre parasitas e hospedeiros, principalmente por parte de microrganismos patogênicos, objeto de estudo da Microbiologia, além de Parasitologia, que estuda a infecção por parte de protozoários (por exemplo, amebas) e helmintos (entre outros, vermes). Ainda são estudados os mecanismos de proteção dos organismos vivos contra essas infecções, que incluem a análise de processos químicos e celulares de defesa. Este ensino envolve significativa parcela de exercícios práticos que necessitam de forte infraestrutura laboratorial e fornecimento de suprimentos especializados para que possa fornecer dados que colaborem com a melhora do aproveitamento das disciplinas profissionalizantes. Nesse sentido, o ensino nas ciências da saúde está cada vez mais interligado através da interdisciplinaridade, na necessidade de se buscar um modelo educacional que reúna uma sólida formação científica, ética e humanista às responsabilidades profissionais, porque o mercado de trabalho apresenta um dinamismo constante entre as necessidades deste trabalho e a atuação profissional. Assim, a educação deve instrumentalizar o homem como um ser capaz de agir sobre o mundo e, ao mesmo tempo compreender a ação exercida. QUESTÃO 13 - Autores: Hercilio Higino da Silva Filho, Keila Zaniboni Siqueira Batista – docente FURB Avalie as asserções a seguir: As parasitoses intestinais provocadas por protozoários e helmitos são infestações que podem desencadear alterações no estado físico, psicossomático e social, interferindo diretamente na qualidade de vida de seus portadores, principalmente em crianças. PORQUE A disseminação das parasitoses também pode ocorrer por meio do contato interpessoal com pessoas infectadas que habitam a mesma residência, principalmente em moradias menores que favorecem o confinamento, reforçando a importância da investigação parasitária na população materno-infantil. Analisando a relação proposta entre as duas asserções acima, assinale a opção correta ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 21 A) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. B) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. C) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. D) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. E) As duas asserções são proposições falsas. Gabarito: alternativa B COMENTÁRIO: Nessa questão, devemos analisar as asserções separadamente como frases corretas ou incorretas e, posteriormente, verificar a dependência entre elas, isto é, se uma justifica a outra. Na primeira frase do enunciado temos um trecho correto. As doenças parasitárias causadas por helmintos e protozoários são uma das manifestações mais comuns em pediatria e responsáveis por um significativo número de internações. No Brasil, 66% das crianças em idade escolar são parasitadas, sendo comum o multiparasitismo e a associação entre desnutrição e anemia. Esse dado traduz uma piora da saúde, bem como do rendimento escolar e do desenvolvimento físico da criança. Indivíduos que vivem em condições precárias de saneamento básico, de abastecimento de água e de habitação, e sem hábitos de higiene pessoal e coletiva são os mais propensos à aquisição de enteroparasitoses. A prevalência de parasitoses é alta em locais onde as condições de vida e de saneamento básico são insatisfatórias ou inexistentes. O desconhecimento de princípios de higiene pessoal e de cuidados na preparação dos alimentos facilita a infecção e predispõe a reinfecção em áreas endêmicas. Diante do exposto, conclui-se que ambas as frases estão corretas, porém uma não justifica corretamente a outra. REFERÊNCIAS: ANDRADE, E. C.; LEITE, I. C. G.; RODRIGUES, V. O. et al. Parasitoses intestinais: uma revisão sobre seus aspectos sociais, epidemiológicos, clínicos e terapêuticos. Rev. APS, Juiz de Fora, v. 13, n. 2, p. 231-240, abr./jun. 2010. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 22 MANFROI, A.; STEIN, A.T.; CASTRO FILHO, E.D. Projeto Diretrizes: Abordagem das Parasitoses Intestinais mais Prevalentes na Infância. Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 2009. NEVES, D.P. et al. Parasitologia Humana. 12a edição, Ed. Atheneu, 2012. QUESTÃO 14 - Autora: Hercilio Higino da Silva Filho, Keila Zaniboni Siqueira Batista - docente FURB A dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral, de evolução benigna na forma clássica e grave quando se apresenta na forma hemorrágica. É uma importante arbovirose (doença transmitida por artrópodes) que afeta o homem e constitui um sério problema de saúde pública, especialmente nos países tropicais, inclusive no Brasil. O principal vetor da dengue é o mosquito Aedes aegypti. No que tange à suscetibilidade e imunidade à dengue, assinale a opção incorreta. A) A suscetibilidade ao vírus da dengue é universal. B) A imunidade não é permanente para um mesmo sorotipo. C) A resposta primária se dá em pessoas não expostas anteriormente ao flavivírus, e o título de anticorpos se eleva lentamente. D) A resposta secundária se dá em pessoas com infecção aguda por dengue, mas que tiveram infecção prévia por flavivírus, e o título de anticorpos se eleva rapidamente em níveis altos. E) A suscetibilidade à febre hemorrágica da dengue não está totalmente esclarecida. Gabarito: alternativa B COMENTÁRIO: A alternativa incorreta é a “B”, uma vez que os diferentes sorotipos do vírus da dengue, entre outros vírus, carregam antígenos de superfície ou moléculas antigenicamente distintas em sua superfície viral, as quais desencadeiam respostas imunológicas específicas. Dessa forma, um sorotipo viral gera a produção de anticorpos específicos a ele, além de células de memória que, por sua vez, são ativadas rapidamente numa segunda exposição ao mesmo sorotipo (resposta secundária). Nesse estágio secundário, a resposta imune humoral tem ampla magnitude e é rapidamente montada, fazendo com que o sorotipo em questão seja neutralizado antes da manifestação dos sintomas da doença, ou até mesmo antes da infecçãodas células-alvo. Concluindo, a imunidade desenvolvida é permanente para um mesmo sorotipo (homóloga), ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 23 existindo, contudo, imunidade cruzada (heteróloga) temporária para os demais sorotipos. A infecção produz imunidade apenas contra os tipos 1, 2, 3 ou 4, que causaram a doença. Em outras palavras, se a infecção foi com o tipo 2, a pessoa pode ter novamente a dengue causada pelos vírus dos tipos 1, 3 ou 4. Na alternativa “A”, temos uma afirmação verdadeira. A suscetibilidade ao vírus da dengue não sofre nenhuma influência da idade, do sexo, da raça ou de outro parâmetro. O único ponto que sofre influência é a sua epidemiologia, dependendo da localização geográfica dos países e do grau de ocorrência dos artrópodes relacionados à transmissão do vírus. A doença se alastrou por vários países, disseminando-se devido à existência de condições favoráveis, como as ambientais, relacionadas ao vetor ou à população. Pode-se resumir sua distribuição geográfica como pantropical. Segundo a agência da ONU, a cada ano, de 50 a 100 milhões de pessoas são afetadas pelo vírus. Os casos são mais frequentes em áreas urbanizadas e com grande movimento de pessoas. As zonas de risco estão nas regiões tropicais e subtropicais. As áreas mais atingidas pelo mosquito da dengue são a América Latina, o Sudeste da Ásia e o Pacífico. Nas alternativas “C” e “D”, temos afirmações verdadeiras que podem ser argumentadas da mesma forma. A fisiopatogenia da resposta imunológica à infecção aguda por dengue pode ser primária ou secundária. A resposta imunológica à infecção aguda é primária em pessoas não expostas previamente ao vírus da dengue, ou secundária em pessoas que tiveram infecção prévia. Na alternativa “E”, temos uma afirmativa verdadeira. A suscetibilidade à dengue hemorrágica não está totalmente esclarecida. As hipóteses que procuram explicar sua ocorrência relacionam o aparecimento da dengue hemorrágica à virulência da cepa infectante (Teoria de Rosen), à ocorrência de infecções sequenciais por diferentes sorotipos num período de três meses a cinco anos (Teoria de Halstead) e a fatores de risco relacionados ao hospedeiro, como idade, sexo, estado imunitário e outros (Teoria da Multicausalidade). Na Teoria de Rosen, existe uma relação entre o aparecimento da dengue hemorrágica e a virulência da cepa infectante, de modo que as formas mais graves são resultantes de cepas extremamente virulentas. Por outro lado, a Teoria de Halstead afirma que a resposta imunológica, na segunda infecção, é exacerbada, o que resulta numa forma mais grave da doença. Por fim, a Teoria Integral de Multicausalidade, que tem sido proposta por autores cubanos, relata que se aliam vários fatores de risco às teorias de Halstead e da virulência da cepa. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 24 Sugere-se dar preferência à escolha da alternativa correta, e não da incorreta. Esta última formulação é considerada antipedagógica. REFERÊNCIAS CONTROLE DE ENDEMIAS (SUCEN) - Diretoria de Combate a Vetores (DCV). Guia básico de Dengue. 2002. Acesso em setembro de 2012. Disponível em: http://portal.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/orientacao/guia_basico_de_dengue.pdf RAMOS JUNIOR. A.N. et al. Dengue. In: Batista et al. Medicina Tropical – Abordagem atual das Doenças Infecciosas e Parasitárias. Cultura Médica, 2001, p. 613-620. VOLTARELLI, J.C. et al.Imunologia Clínica na Prática Médica. São Paulo: Editora Atheneu, 2008. 2ª ed. 377 p. il. QUESTÃO 15 - Autoras: Claudia Almeida Coelho de Albuquerque , Mara Sandra Giacomini Pivesso e Sara Cristiane Barauna – docentes FURB A esclerose múltipla é uma doença autoimune, crônica, que afeta o sistema nervoso central provocando dificuldades motoras e sensitivas, comprometendo a qualidade de vida de seus portadores. Os sintomas caracterizam-se por distúrbios visuais, perda de sensibilidade dos membros inferiores, fadiga, disfunções motoras e dor. A patologia é um processo inflamatório que causa uma lesão nos axônios neuronais e produz uma esclerose em vários locais do sistema nervoso central, conforme ilustra a figura abaixo. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 25 Disponível me https://esclerosemultipla.wordpress.com/category/esclerose-multipla. Acesso em 10 ago.2010. Nesse contexto, qual a importância da bainha de mielina na função neurológica? A) Proteger as fibras nervosas contra agressões físicas, químicas e biológicas. B) Retardar a propagação dos impulsos através dos neurônios cerebrais motores. C) Dar consistência a fibra nervosa para que não seja comprimida por músculos. D) Isolar a fibra nervosa e permitir a condução saltatória dos potenciais de ação. E) Promover o transporte axonal que ocorre em vários pontos do sistema nervoso central. Gabarito: alternativa D COMENTÁRIO: De acordo com a APEM (Associação Paulista de Esclerose Múltipla), estima-se que, no Brasil, a incidência da esclerose múltipla seja de 10 casos para cada 100 mil habitantes. Em um estudo realizado no estado de São Paulo, foi demonstrada a incidência de 5/100.000 habitantes (OLIVEIRA et al., 1999). Como citado no enunciado da questão, essa doença promove uma desmielinização progressiva dos axônios dos neurônios do sistema nervoso central, o que acarreta diversos problemas que prejudicam a qualidade de vida dos portadores, como a perda da visão, rigidez generalizada, visão dupla, fraqueza, dormência, dor, falta de equilíbrio e comprometimento intelectual (BRUNNER et al., 2005). A bainha de mielina é um sistema de membranas que envolvem os axônios dos neurônios. No sistema nervoso central, essa estrutura é formada por prolongamentos que partem dos ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 26 oligodendrócitos. Essas células possuem a capacidade de formar múltiplos segmentos da bainha de mielina em diferentes axônios ou em um mesmo axônio (SOLDAN; PIRKO, 2012). A formação da bainha de mielina envolve um processo complexo, dependente de diferenciação celular, interação com sinais provenientes do meio e alterações na morfologia da célula (GARTNER; HIATT, 2003). Nas doenças desmielinizantes, como a esclerose múltipla, qualquer um dos fatores acima citados pode sofrer alteração. Devido à sua composição e complexidade estrutural, a bainha de mielina torna-se suscetível às respostas inflamatórias autoimunes (SOLDAN; PIRKO, 2012). A alternativa “A” está incorreta, pois a estrutura da bainha de mielina não está diretamente relacionada com a função protetora, embora os prolongamentos dos oligodendrócitos possam indiretamente contribuir com o papel de sustentação. Estudos imunohistoquímicos de Simons e Trajkovic (2006) revelaram que a mielina de mamíferos conta com aproximadamente 70% do peso seco do SNC. Ela é composta por lipídeos (70-75% do peso seco) e proteínas (25-30%). O colesterol é encontrado em torno de 25%, os fosfolipídeos em torno de 40-45% e o restante, 25-30%, é de galactolipídeo (GalC). A alternativa “B” está incorreta, uma vezque a bainha de mielina é uma estrutura única formada por uma membrana lipídica rica em glicofosfolipídeos e colesterol que recobre os axônios e facilita a rápida comunicação entre os neurônios. A bainha de mielina acelera a condução do impulso nervoso, pois funciona como um isolante. Sendo assim, os impulsos ocorrem de maneira saltatória ao longo do axônio, através dos nódulos de Ranvier, que funcionam como replicadores, e o impulso é fortalecido e enviado em salvas, de nódulo em nódulo, onde os íons de sódio invadem o nódulo e em seguida os canais de potássio se abrem para propulsionar o impulso até o nódulo seguinte. A influência que a mielina pode causar na velocidade de condução ocorre através da regulação do diâmetro do axônio, da espessura da bainha de mielina, do número e do espaço de nódulos de Ranvier, da estrutura nodal e da composição molecular dos canais de íons nas regiões nodais e paranodais (MENDES et al., 2011). A alternativa “C” está incorreta, pois dar consistência ou resistência à fibra nervosa não tem relação com a função da mielina, e sim com a função da estrutura do tecido conjuntivo, rico em colágeno, que envolve o nervo, no SNP – endoneuro, perineuro e epineuro (GARTNER; HIATT, 2003). A alternativa “D” está correta, porque, para aumentar a velocidade de condução do potencial de ação, os axônios são envolvidos por uma camada isolante constituída por lipídeos e algumas proteínas: a bainha de mielina. Essa bainha é interrompida de intervalo em intervalo por espaços regulares denominados “nós de Ranvier”, os quais têm sido considerados uma estrutura essencial ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 27 para a condução de impulsos nervosos rápidos, pois é nesses locais não isolados do axônio que o potencial de ação se regenera (KANDEL et al., 2003). A alternativa “E” está incorreta, pois o transporte axonal é dependente de estruturas do citoesqueleto celular e/ou neuronal. O citoesqueleto é composto por um conjunto de proteínas responsáveis por garantir a forma da célula e a movimentação celular, promover a adesão célula- célula e, dentre outras funções, permitir o transporte intracelular de organelas e vesículas (ALBERTS, 2006). Os microtúbulos são componentes do citoesqueleto localizados no citoplasma das células e nos axônios dos neurônios. Essas estruturas permitem o transporte de vesículas axonais com o auxílio de proteínas motoras que utilizam a energia proveniente da hidrólise do ATP. As dineínas e as cinesinas constituem um grupo de proteínas motoras que transportam as vesículas do terminal axonal em direção ao corpo celular e do corpo celular para o terminal axonal, respectivamente (ALBERTS, 2006). REFERÊNCIAS ALBERTS, B. Fundamentos da biologia celular.2ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. BRUNNER, L. S.et al. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica.10ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2005. GARTNER, L.P.; HIATT, J. Tratado de Histologia em Cores. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. KANDEL, E.R.; SCHWARTZ, J.H.; JESSEL, T.M. Princípios da Neurociência. 3 ed. Barueri: Manole, 2003. MENDES, P.B.; MELO, S.R.Origem e Desenvolvimento da Mielina no Sistema Nervoso Central – um estudo de revisão. Revista Saúde e Pesquisa, 2011; 4:93-99. OLIVEIRA, E.M.L.; ANNES, M.;OLIVEIRA, A.S.B.; GABBA, A.A. Estudo clínico de 50 pacientes acompanhados no ambulatório de neurologia UNIFESP-EPM. ArqNeuro-Psiquiatria 1999; 57(3B): 775-83. SOLDÁN, M.M.P.; PIRKO, I. Biogenesis and Significance of Central Nervous Systema Myelin. SeminNeurol. 2012; 32:9-14. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 28 3.2 Fundamentos de Enfermagem Na formação do enfermeiro generalista observa-se cada vez mais a necessidade de se utilizar uma abordagem integral no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, objetivando de que o estudante possa incorporar em sua prática os aspectos sociais, legais, políticos e éticos que envolvem a sua profissão e a sociedade como um todo. Dentro desta grande área são abordados conteúdos referentes aos seguintes temas: cidadania e saúde, englobando as políticas públicas de saúde, as disciplinas saúde coletiva e epidemiologia; exercício profissional que envolve, além da legislação, os aspectos éticos da profissão e a bioética; o processo de investigação em saúde/ enfermagem e a biossegurança. O tipo de agrupamento de grandes áreas e áreas apresentado é peculiar ao Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, o que, muitas vezes, difere das organizações curriculares dos cursos de Enfermagem do país, visto que para a maioria dos cursos o Fundamento de Enfermagem inclui também disciplinas de cunho profissionalizante, tais como práticas de enfermagem e disciplinas das áreas básicas, como anatomia, fisiologia, histologia, entre outras. Isto fica claro na apresentação das questões específicas da prova. Observa-se a prevalência de questões relacionadas à área de saúde coletiva, em especial o tema de políticas públicas, sendo que os demais temas desta grande área não foram inclusos. Consideram-se os temas inclusos nesta grande área de relevância para a formação do profissional enfermeiro, como também do cidadão brasileiro, pois estes são fundamentais na produção de uma prática profissional coerente política e socialmente. A nosso ver porém, as áreas deveriam ser contempladas de forma mais equânime, pois foram distribuídas de forma desigual, abordando mais alguma áreas específicas em detrimento de outras. QUESTÃO 12 - Autores: Silvana Scheidemantel Schroeder e Jarbas Galvão – docentes FURB Um paciente internado na clínica médica há 12 dias, com história de fratura de fêmur esquerdo, faz uso de anticoagulante. Estão prescritos 12 000 UI de heparina IV de 12/12 horas. No posto da unidade de internação, há um frasco de heparina de 5 ml, contendo 5 000 UI/mL. Quantos mililitros de heparina o enfermeiro deve ministrar ao paciente em cada horário? ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 29 a) 1,8 b) 2,0 c) 2,2 d) 2,4 e) 3,5 _____________________________________________________________________ Gabarito: alternativa D. COMENTÁRIO: A heparina é um anticoagulante cuja via de administração é subcutânea ou endovenosa. Sua apresentação é em Unidades Internacionais e pode ser em frasco-ampola de 5.000UI/ml (25.000UI/5ml), em ampolas (5.000UI/0,25ml) e nas seringas já preparadas (de acordo com o fabricante). Sua dosagem é calculada com base nas provas de coagulação e no diagnóstico do paciente. O enfermeiro deve estar atento aos locais de aplicação e realizar o rodízio (abdome, coxas, braço), buscando sinais de hematomas. Deve-se evitar, se possível, durante o tratamento com a heparina, a administração de medicamentos via intramuscular. A dosagem é calculada com base numa regra de três, de acordo com a apresentação disponível na instituição. Neste caso a conta ficaria assim: 5.000 UI -------- 1 ml 12.000 UI -------- X X= 12.000 UI x 1 ml 5.000UI X= 2,4 ml REFERÊNCIAS DICIONÁRIO DE ESPECIALIDADES FARMACÊUTICAS: DEF 2011-12 – 40 ed. Rio de Janeiro: Publicações Científicas, 2011. ANALYSIS – O ENADE NAFORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 30 LIMA, Ana Beatriz Destruti de. Cálculos e conceitos em farmacologia. 14 ed. São Paulo: Ed. Senac. 2007. TIMBY, Barbara Kuhn. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. QUESTÃO 17 - Autora: Margot Friedmann Zetzsche – docente FURB A Estratégia de Saúde da Família (ESF) vislumbra a transformação do modelo assistencial em curso no país. A Política de Saúde Mental também objetiva a transformação do modelo, e uma de suas estratégias constitui-se nos Centros de Apoio Psicossocial (CAPS). Os CAPS e as ESF são processo simultâneos, porém ainda pouco articulados. As práticas de ESF e Saúde Mental assemelham-se quanto A) Adotam a abordagem individual. B) Dão ênfase aos deveres dos usuários. C) Reconhecem as pessoas por seus quadros patológicos. D) Elegem o território como lócus de coprodução de saúde. E) Visam aumentar a autonomia do profissional frente às condições de trabalho. _____________________________________________________________________ Gabarito: alternativa D. COMENTÁRIO: Os serviços de saúde mental inserem-se em todos os níveis de complexidade do SUS e compõem a rede de atenção à saúde e a rede de atenção psicossocial. Considerando-se a lógica de construção do SUS, que privilegia os cuidados comunitários, a integralidade da atenção e a inserção do indivíduo em seu território, o cuidado em saúde mental deverá conceitualmente ser um cuidado compartilhado pelas equipes. As equipes de atenção básica e de atenção psicossocial deverão, necessariamente, passar por momentos de encontro e discussão com o olhar etnográfico, privilegiando os aspectos comunitários e a inserção do indivíduo em seu território, família e comunidade, além de suas crenças e sua história de vida. A alternativa “A” está incorreta, pois a abordagem é, por princípio, familiar e comunitária. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 31 A alternativa “B” está incorreta, pois toda discussão sobre saúde deve contemplar igualmente direitos e deveres. A alternativa “C” está incorreta. A abordagem é sempre pelo princípio da integralidade, vendo o indivíduo como biopsicossocial; nunca é centrada na doença. A alternativa “D” está correta, pois o território é o locus privilegiado de produção de saúde (CAMPOS, 2006). A alternativa “E” está incorreta. A autonomia do profissional se dá pelo conhecimento e inserção em sua prática profissional, e não pela aproximação ou não de ambas as práticas. A aproximação entre os serviços decorre da lógica de compreensão do cuidado, podendo, inclusive, possibilitar maior autonomia e criatividade para os profissionais (FREIRE, 1996). REFERÊNCIAS CAMPOS, Gastão Wagner de Souza Campos et al. Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec, Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006. 871p. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. MENDES, E. V. Distrito Sanitário: o processo social de mudança das práticas sanitárias do Sistema Único de Saúde. São Paulo/Rio de Janeiro: HUCITEC-ABRASCO, 1995. QUESTÃO 18: ANULADA - Autora: Silvana Scheidemantel Schroeder – docente FURB O paciente M. K. , de 34 anos de idade, do sexo masculino, alérgico à dipirona e penicilina, encontra-se em primeiro pós-operatório de septoplastia, com tampão nasal limpo e seco e com queixa de cefaléia intensa durante o período da noite. Em sua prescrição médica, encontra-se receitada dipirona 1g – EV S/N. O enfermeiro responsável pelo cuidado desse paciente, após avaliação da queixa, consultou o prontuário e, diante da prescrição, administrou a medicação, conforme indicação do cirurgião. Nesse caso, considera-se que a segurança do paciente está em risco por erro de= A) Administração de medicamento não autorizado. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 32 B) Administração pela via errada. C) Prescrição. D) Preparo. E) Dose. _______________________________________________________________________________ Gabarito: alternativa C. COMENTÁRIO: O metamizol sódico, ou dipirona sódica, é usado como analgésico e antitérmico. Pode ser administrado por via oral ou parenteral. Seu metabolismo é através do fígado e é excretado pelos rins. A dipirona tem como reações adversas: ardor, edema, prurido, rubor e urticária. Porém sua maior reação adversa é a agranulocitose, ou trombocitopenia. Esse tipo de reação fez com que a dipirona fosse banida de praticamente toda a União Europeia e dos Estados Unidos. No Brasil ela é largamente comercializada. A prescrição de um medicamento é de responsabilidade do médico. Sabendo antecipadamente que o paciente era alérgico à dipirona, o profissional não deveria tê-la prescrito. Para tanto, uma anamnese completa pré-operatória deveria ter sido realizada. Essa anamnese faz – ou deveria fazer – parte da rotina pré-operatória. O médico deveria tê-la observado antes de prescrever o medicamento, pois a indicação de medicamentos é de sua responsabilidade. O enfermeiro não feriu a regra dos 5 certos: medicamento certo, dose certa, paciente certo, horário certo e via certa, porém seguiu a prescrição, que estava errada, colocando em risco a segurança e a vida do paciente. A alternativa “A” está incorreta, pois a medicação estava prescrita. A alternativa “B” está incorreta por não haver erro de via. As alternativas “D” e “E” estão incorretas, pois não houve erro de preparo ou dose. A alternativa certa é a “C”, pois a falha estava na prescrição. A questão foi anula provavelmente porque há uma falha ética grave ao envolver outro profissional. Não é uma questão que acrescenta conhecimento para o acadêmico de enfermagem. REFERÊNCIAS Dicionário de Especialidades farmacêuticas: DEF 2011-12 – 40 ed. Rio de Janeiro: Publicações Científicas, 2011. POTTER, Patrícia Ann; PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de enfermagem. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 33 TIMBY, Barbara Kuhn. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. QUESTÃO 20 - Autora: Cláudia Regina Lima Duarte da Silva – docente FURB O gráfico acima revela que a tuberculose continua sendo um preocupante problema de saúde no Brasil, exigindo o desenvolvimento de estratégias para o seu controle. Considerando que os casos bacilíferos são a principal fonte de disseminação da doença, para tentar interromper sua cadeia de transmissão, é fundamental a A) Realização de prova tuberculínica cutânea em todas as pessoas com casos suspeitos e em seus comunicantes. B) Percepção de que existem pessoas expostas aos bacilos que não desenvolvem a doença, mas a transmitem por meio de materiais de uso comum. C) Busca ativa de sintomático respiratório, isto é, de indivíduos com tosse por tempo igual ou superior a seis semanas. D) Compreensão de que o conceito de contato abrange os familiares que convivem no mesmo ambiente domiciliar com o caso índice no momento do diagnósticoda tuberculose. E) Descoberta precoce de caso novo por meio da busca ativa do sintomático respiratório na população com tosse há mais de três semanas. _________________________________________________________________________________ Gabarito: alternativa E. COMENTÁRIO: ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 34 A alternativa “A” está incorreta porque a prova tuberculínica cutânea não é a maneira mais eficaz de interromper a cadeia de transmissão da tuberculose. A melhor forma é através da busca ativa. A alternativa “B” está incorreta porque a transmissão da tuberculose ocorre por meio de gotículas contendo bacilos expelidos por um doente com tuberculose pulmonar ao tossir, espirrar ou falar, e não por meiro de materiais de uso comum (Caderno de Atenção Básica nº 21 do Ministério da Saúde, 2010). A alternativa “C” está incorreta porque a busca ativa do sintomático respiratório deve ser realizada para pessoas sintomáticas respiratórias com expectoração há pelo menos três semanas. O que pega nesta questão é o fato de ela afirmar “com tosse por tempo igual a seis semanas”. A alternativa “D” está incorreta porque afirma que o contato abrange familiares que convivem no momento do diagnóstico, mas pode tratar-se de pessoas que são parentes ou que não coabitam com um paciente com tuberculose. Não precisa ser somente familiares. A alternativa “E” está correta porque explica corretamente o que é busca ativa. De acordo com o Caderno de Atenção Básica nº 21, o sintomático respiratório é a pessoa que está com tosse há mais de três semanas. Nesta questão, o gráfico pode confundir o aluno e só foi utilizado para ilustrar, não tendo relação com o enunciado. Foi, inclusive, pouco pedagógico, pois a questão não solicita a sua análise. REFERÊNCIA BRASIL. Caderno de Atenção Básica nº 21 do Ministério da Saúde, Brasília, 2010. QUESTÃO 25: ANULADA - Autora: Cláudia Regina Lima Duarte da Silva – docente FURB O acúmulo técnico-político dos três níveis de gestão do SUS, na implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e da Estratégia de Saúde da Família (ESF), elementos essenciais para a reorientação do modelo de atenção, tem possibilitado a identificação de um conjunto de questões relativas às bases conceituais e operacionais do que se tem denominado atenção básica à saúde no Brasil, e de suas relações com os demais níveis do sistema. Essa discussão fundamenta-se nos eixos transversais da universalidade e da equidade, em um contexto ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 35 de descentralização e controle social da gestão, princípios assistenciais e organizativos do SUS, consignados na legislação constitucional e infraconstitucional. Considerando o texto como referência inicial, assinale a opção correta acerca da atenção básica em saúde. A) O Programa Saúde da Família é a estratégia prioritária para a reorganização da atenção básica, por ser um atendimento prestado por equipes especialistas que se responsabilizam pela sfamílias cadastradas em sua área. B) A equipe mínima para a ESF é composta por um médico da família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem, um dentista, agentes comunitários de saúde, um auxiliar e um técnico em higiene dental. C) A atenção básica é considerada a porta de entrada para o SUS por cuidar apenas da promoção da saúde e da prevenção primária. D) Cada equipe da ESF é responsável pelo acompanhamento de 3 mil pessoas ou 500 famílias de determinada área. E) O PACS substitui a ESF em municípios com menos de 50 mil habitantes. _________________________________________________________________________________ Gabarito: alternativa E. COMENTÁRIO: A alternativa “A” está incorreta porque afirma que “O Programa Saúde da Família presta atendimento por equipes especialistas” e, ao utilizar esse termo – especialistas, se refere a um atendimento de referência, como a Policlínica, com profissionais especialistas. A alternativa “B” está incorreta porque a “equipe mínima” para a ESF é composta por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e ACS, conforme a PORTARIA Nº 2.488, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica. Existem 2 modalidades de equipes de saúde da família: a modalidade 1 é a equipe mínima e a 2 engloba a odontologia. A alternativa “C” está incorreta porque afirma que a atenção básica cuida “apenas” da promoção e prevenção: falta a recuperação da saúde. Todas as questões que possuem palavras excludentes, como “apenas”, “somente” etc., devem ser lidas com mais cuidado e reavaliadas (são, inclusive, antipedagógicas, portanto nem deveriam ser utilizadas no ENADE). ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 36 A alternativa “D” está incorreta porque afirma que 500 famílias são 3 mil pessoas, e não dá para determinar a quantidade de membros de cada família. O critério estabelecido na Portaria nº 648 é o número de famílias, e não de pessoas. A alternativa “E” está correta porque em municípios com menos de 50 mil habitantes o PACS substitui a ESF. A situação não corresponde à realidade de Blumenau e região, pois os municípios de Santa Catarina implantam a ESF, independentemente do número de habitantes. Para acertar esta questão, seria preciso proceder por eliminatória. Observa-se que as questões de saúde coletiva do ENADE levam muito em consideração a realidade das regiões mais carentes do Brasil. REFERÊNCIAS BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). QUESTÃO 27 - Autora: Gisele Cristina Manfrini Fernandes – docente FURB O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSC) é uma diretriz para orientar o empresariado no estabelecimento de um plano de saúde ocupacional para o trabalhador. Em muitas atividades, há risco aumentado de aquisição e de transmissão de doenças infecciosas no ambiente de trabalho. É importante a educação em relação ao emprego correto das técnicas de proteção individual, assim como a indicação correta da vacinação adequada, preferencialmente ao ingresso do profissional em sua atividade. BALLALAI, I; MIGOWSKI, E. Imunização e Prevenção nas empresas: um guia de orientação para a saúde dos negócios e do trabalhador. Rio de Janeiro, 2006. São vacinas recomendadas para todos os profissionais de saúde pelo calendário de vacinação ocupacional da Sociedade Brasileira de Imunizações: A) Pneumocócica, meningocócica C conjugada e tríplice viral. B) Tríplice viral, hepatite A e B e cólera (oral) C) Febre amarela, meningocócica C conjugada e difteria, coqueluche e tétano. D) Hepatite A e B, meningocócica C conjugada e tríplice viral. ANALYSIS – O ENADE NA FORMAÇÃO DA ENFERMAGEM: Análise da prova de 2010 ORGANIZADORES: Silvana Scheidemantel Schroeder, Marcia Regina Selpa de Andrade e Marcus Vinicius Marques de Moraes 37 E) Raiva, meningocócica C conjugada e tríplice viral. _____________________________________________________________________ Gabarito: alternativa D. COMENTÁRIO:
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