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5806-APOSTILA CLINICA CIRÚRGICA ENF 2021

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509 
 
CLINICA CIRÚRGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
510 
 
Centro Cirúrgico 
É o local destinado à realização de procedimentos cirúrgicos. 
Deve ser localizado em local de pouca circulação, ser de fácil acesso para as 
equipes de atuação, bem como para transporte e recebimento dos pacientes por meio de 
elevadores. Este ambiente devem ser laváveis, com cantos arredondados, facilitando sua 
limpeza. 
 
Localização 
Deve estar próximo dos centros fornecedores, como almoxarifado e lavanderia, e 
de fácil acesso às unidades consumidoras como CC, UTI, CO, dentre outras (MOURA, 
1996); 
 
Estrutura do Centro Cirúrgico 
 
Devido ao seu risco: 
* Não-restrita: as áreas de circulação livre (vestiários, corredor de entrada e sala 
de espera de acompanhantes). 
*Semi-restritas: pode haver circulação tanto do pessoal como de equipamentos, 
sem contudo provocarem interferência nas rotinas de controle e manutenção da assepsia 
(salas de guarda de material, administrativa, copa e expurgo) 
*Restrita - o corredor interno, as áreas de escovação das mãos e a sala de operação 
(SO); para evitar infecção operatória, limita-se a circulação de pessoal, equipamentos e 
materiais. 
 
Equipe Cirúrgica 
 Cirurgião 
 Cirurgião Auxiliar 
 Anestesista 
 Enfermeiro 
 Técnico em Enfermagem 
 Circulante de Sala 
 
 
Circulante de Sala 
511 
 
Constitui as funções do circulante da sala responsabilidade pelo andamento geral da sala 
de operação antes, durante e após o procedimento cirúrgico. Uma das responsabilidades 
mais importantes é assegurar que a esterilidade seja mantida durante todo tempo. 
 
Algumas de suas Funções: 
- controlar e orientar o uso correto do uniforme privativo, visando à segurança do 
paciente; 
- Auxiliar os elementos da equipe cirúrgica a vestirem o avental e as luvas; 
- Iniciar a abertura dos pacotes em sequência de uso e obediência à técnica asséptica. 
- Auxiliar a montagem da mesa de instrumentação, apresentando os artigos médicos 
necessários ao procedimento cirúrgico. 
 
O circulante tem ainda, as seguintes funções: 
- Puncionar a veia ou auxiliar na instalação dos soros; 
- Auxiliar o anestesiologista na indução e manutenção da anestesia; 
- Auxiliar a equipe cirúrgica no posicionamento do paciente; 
- Auxiliar o enfermeiro no cateterismo vesical do paciente quando necessário; 
- Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica; 
- Auxiliar na anti-sepsia da área operatória; 
- Colocas a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico (placa do bisturi); 
- Auxiliar na colocação dos campos cirúrgicos; 
- Prover as mesas do instrumentador e de cirurgião assistente com artigos e equipamentos 
necessários ao ato operatório; 
- Manter o ambiente asséptico; 
- Acompanhar a cirurgia provendo ao instrumentador artigos necessários ao ato 
operatório; 
- Manter boa iluminação da área cirúrgica; 
- Manter o ambiente calmo; 
- Realizar controle de perda sanguínea por meio da pesagem das compressas e gazes 
utilizadas; 
- Preencher a ficha transoperatória, a fim de fornecer subsídios para a continuidade dos 
cuidados de enfermagem. 
 
No final da cirurgia, o circulante deve: 
512 
 
- Avisar o paciente do término do procedimento cirúrgico; 
- Auxiliar o cirurgião no curativo cirúrgico; 
- Retirar equipamentos, campos sujos e molhados que estão sobre o paciente; 
- Colocar o paciente em posição dorsal; 
- Verificar permeabilidade, fixação e drenagem de sondas, drenos e cateteres; 
- Remover a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico; 
- Cobrir, aquecer e promover o conforto do paciente na mesa cirúrgica; 
- Ajudar o anestesiologista a manter a permeabilidade das vias aéreas superiores; 
- Controlar a permeabilidade, fixação e gotejamento das infusões e irrigações; 
- Fazer anotações de enfermagem e ordem no prontuário; 
- Completar a ficha de débito; 
- Avisar o enfermeiro da recuperação pós-anestésica (RPA) ou da unidade de terapia 
intensiva das condições em que o paciente se encontra; 
- Transportar o paciente à RPA ou à sua unidade de origem de acordo com a rotina do 
CC. 
 
Fase de desmontagem da sala: 
- Reunir todos os artigos não usados (estéreis) e colocar no carrinho para devolução ao 
centro de material e esterilização e farmácia ou central de suprimentos; 
- Calçar luvas de procedimentos; 
- Retirar da mesa de instrumentais artigos pérfurocortantes descartando em local 
apropriado designado pela instituição; 
- Desprezar artigos de uso único não cortantes em recipientes de lixo apropriados; 
- Encaminhas ampolas e frascos vazios de medicamentos controlados ao destino 
determinado pela instituição; 
- Reunir campo de pano nos hamperes, revisando-os; 
- Retirar instrumental das mesas e colocar em suas caixas apropriadas para devolução no 
CME verificando integridade, número de peças e colocando os mais delicados 
sobrepostos aos mais pesados; 
- Aspirar com o aspirador da sala todos os líquidos restantes em mesa cirúrgica e 
encaminhá-lo para limpeza conforma rotina da instituição; 
- Cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso; 
- Conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas ou levadas ao 
expurgo; 
513 
 
- Frascos de aspiração devem ser descartados ou trocados e desinfetados antes do uso da 
próxima cirurgia; 
- Lâminas de laringoscópios devem sobre processo de limpeza com água e sabão com pH 
neutro, utilizando-se uma escova para remoção da sujidade e desinfecção com álcool a 
70%. Na presença de sangue, recomenda-se a desinfecção com glutaraldeído 2% por 30 
minutos; 
- Recolher cubas e avulsos colocando-os no carrinho abastecedor de devolução. 
- Retirar luvas de procedimentos; 
- Lavar as mãos; 
-Encaminhar o carro abastecedor conforme designação da instituição. 
- A roupa e o lixo devem ser retirados da sala de operação em carros fechados, seguindo 
a rotina da instituição; 
- Após as etapas anteriores, realizar a limpeza da sala de operação conforme 
preconizado. 
 
Terminologias Cirúrgicas 
O nome composto de raiz (identifica a parte do corpo a ser submetida à cirurgia), 
somada ao prefixo ou ao sufixo 
Prefixos Significados 
Angio Vasos sanguíneos 
Flebo Veia 
Traqueo Traqueia 
Rino Nariz 
Oto Ouvido 
Oftalmo Olho 
Hister Útero 
Laparo Parede Abdominal 
 
 
 
Exemplos: 
Ex: 
Laparotomia 
Colostomia 
Sufixo Significados 
Tomia Incisão, Corte 
Stomia 
Comunicar com o meio 
externo um órgão oco 
através de uma boca. 
Ectomia Retirada parcial ou total 
de um órgão 
Plastia Reparação Plástica 
Pexia Fixação 
Centese 
Punção de um órgão ou 
tecido para drenagem ou 
coleta de líquido. 
Scopia Visualização de uma 
cavidade através de um 
514 
 
Esplenectoma 
Rinoplastia 
Nefropexia 
Laparoscopia 
Central de Material Esterelizado 
É a área responsável pela limpeza e processamento de artigos e instrumentais 
médico-hospitalares. É no CME que se realiza o controle, preparo, esterilização, 
acondicionamento e distribuição dos materiais utilizados dentro da instituição hospitalar. 
Unidade de apoio técnico a todas as áreas assistenciais, sendo responsável pela: 
 Recepção 
 Limpeza; 
 Preparo; 
 Esterilização; 
 Acondicionamento; 
 Distribuição de materiais para as unidades do estabelecimento de saúde. 
 
RDC 50/2002 
 Revestimento que permita limpeza e desinfecção (ex: piso resistente ao calor, à 
umidade; parede lisa e plana) 
 Janela: ampla, alta e telada 
 Porta de material lavável 
 Bem iluminada (geral e direta nas bancadas) 
 
Pode ser dividida em 3 tipos: 
 Descentralizada: cada unidade é responsável por preparar e esterilizar os 
materiais que utiliza. 
 Semi-centralizada: cada unidade prepara o seu material, mas o encaminha à 
central de material para ser esterilizado. 
 Centralizada: os materiais de uso nas unidades são totalmente processados na 
central. 
 
Área Física (RDC N0 50 DE 2002)Deve ser separada em: 
Área contaminada: destinada a receber os artigos sujos e realizar o processo de limpeza 
dos mesmos. 
aparelho 
515 
 
 Recepção de artigos 
 Limpeza 
 Lavagem 
 Separação 
Área limpa: destinada ao preparo dos artigos. 
 Área de preparo: análise e separação dos instrumentais, montagem de caixas, 
pacotes, materiais especiais, etc. 
 Área de esterilização: método de esterilização, montagem da carga, 
acompanhamento do processo e desempenho do equipamento. 
 Área de armazenamento: identificação dos artigos, data de preparo e validade; 
 Área de distribuição: define os horas para distribuição dos artigos para as unidades 
do hospital, com exceção do CC. 
 Área de recepção de roupas limpas: separação e dobradura. 
Deve Conter: 
 Pisos e paredes com revestimentos resistentes que impeçam aderência de sujidade, 
não tenham frestas e reentrâncias; 
 Iluminação geral adequada, acompanhada de iluminação direta nas mesas e 
balcões de preparo de materiais (para que a inspeção seja eficiente); 
 Deve ser suprida de infra-estrutura hidráulica, elétrica, dispositivos de ar 
comprimido, entre outros; 
 Ventilação deve ser por sistema de ar condicionado central, com a temperatura e 
a unidade do ar controlado; 
 Quando não possível colocar exaustores ou optar por ventilação natural através 
de janelas amplas e teladas 
 Pia para lavagem das mãos de fácil acesso 
 
Classificação dos Artigos 
 
 Artigos Críticos: Penetram tecidos estéreis ou sistema vascular e devem ser 
esterilizados para uso. 
 Artigos Semi Críticos: Destinados ao contato com a pele não intacta ou com 
mucosas íntegras. Ex: Equipamentos respiratórios e de anestesia, endoscopia, etc. 
Requerem desinfecção de alto nível ou esterilização. 
516 
 
 Artigos Não Crítico: Artigos destinados ao contato com a pele íntegra do 
paciente. Ex. comadres, cubas, aparelhos de pressão, etc. Requerem limpeza ou 
desinfecção de médio ou baixo nível. 
 
Esterelização 
Objetivos: 
 Permitir a esterilização do artigo. 
 Garantir esterilidade do artigo até o momento do uso. 
 Facilitar a transferência do conteúdo com técnica asséptica. 
 
Caracteísticas: 
 Ser compatível com o método e resistir as condições físicas do método. 
 Permitir a penetração do agente. 
 Proteger o conteúdo do pacote. 
 Ser isenta de furos 
 Ser livre de resíduos tóxicos (corante, alvejante e amido) 
 Ser barreira microbiana 
 Ser compatível com as dimensões do artigo 
 
 Qualificação do projeto: Saber das exigências do fabricante para instalação do 
equipamento. Deve ser avaliado: instalação predial, instalação hidráulica, 
instalação elétrica, vapor, características do equipamento. 
 
 Qualificação da instalação do equipamento: Certificar-se de que a estrutura de 
instalação está de acordo com o projeto. 
 
 Qualificação da operação: Teste de operação do equipamento antes do uso, deve 
ser realizado por técnico da fábrica, pessoa responsável pela manutenção na 
unidade e pelo enfermeiro responsável pelo setor. 
 
 Qualificação do desempenho: Garante a eficácia do processo de esterilização. 
Na qualificação do desempenho, deve-se monitorar a temperatura, tempo e vapor. 
Devem ser registrados todos os procedimentos e especificar os indicadores. 
 
Indicadores Químicos 
Classe I – fita adesiva, impregnada com tinta termo química, que quando exposta à 
temperatura muda a coloração. 
Classe II – teste de Bowie e Dick, testa a eficácia do sistema de vácuo, não se aplica a 
517 
 
autoclave gravitacional. 
Classe III – indicador de parâmetro simples. Responde apenas a temperatura. 
Classe IV – indicador multiparamétrico, responde a dois ou mais parâmetros críticos do 
processo de esterilização 
Classe V – indicador integrador, que reage a todos os parâmetros críticos do processo de 
esterilização (temperatura, tempo e qualidade do vapor). 
Classe VI – indicadores de simulação, só reagem se 95% do ciclo programado de 
esterilização estiver concluído. 
 
Indicador Biológico 
 Certifica a eficácia do processo de esterilização. 
 Primeira geração – tiras de papel impregnado com Bacillus Subtillis e 
Stearothermophillus, o material é encaminhado ao laboratório para incubação e o 
resultado sai em um período de 2 a 7 dias. 
 Segunda geração – ampolas contendo esporos do Bacillus Stearothermophillus, 
com leitura final de 48 horas. 
 Terceira geração – só disponível para o processo à vapor. A leitura é realizada 
no máximo em 3 horas. 
 
 
Marcadores Químicos 
Classe 1: Tiras impregnadas com tinta termo-química que muda de coloração quando 
exposto a temperatura. 
 usados externamente em todos os pacotes 
 evidenciam a passagem do material pelo processo 
 
 
Classe 2: Teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo. 
 verifica a eficiência da bomba de vácuo 
 espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua extensão 
 recomenda-se que seja feito no primeiro ciclo do dia ou pelo menos a cada 24 horas 
 caso não haja homogeneidade na revelação, efetuar revisão imediata do equipamento 
 
 
 Teste OK Falha no Teste 
 
518 
 
Classe 3: Indicador de parâmetro único 
 controla um único parâmetro: a temperatura pré-estabelecida 
 utilizados no centro dos pacotes 
 
 
 
 
Classe 4: Indicador multiparamétrico 
 controla a temperatura e o tempo necessários para o processo 
 
 
Classe 5: Integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor. 
 
Classe 6: Integrador mais preciso por oferecer margem de segurança maior. Reage quando 95% do ciclo 
é concluído. 
 
 
Embalagem 
Permitir o transporte e o armazenamento do artigo odonto-médico-hospitalar e 
mantê-lo estéril até o seu uso. 
• visibilidade do conteúdo 
• indicador químico 
• selagem segura 
• indicação para abertura 
• lote de fabricação 
• tamanhos variados 
• registro MS 
 
519 
 
 
 
 
A enfermagem Peri operatória e Peri anestésica aborda os papeis de enfermagem 
relevantes para as três fases da experiência cirúrgica: pré-operatória, intra-operatória e 
pós operatória. Cada fase começa e termina em determinado ponto na sequência de 
eventos que constitui a experiencia cirúrgica, e cada uma delas inclui uma ampla gama 
de atividades. 
Fase pré-operatória: começa quando se toma a decisão de prosseguir com a intervenção 
cirúrgica e termina com a transferência do paciente para a mesa da sala de cirurgia. O 
espectro das atividades de enfermagem durante esse período envolve estabelecer uma 
avaliação basal do paciente antes da cirurgia ao realizar uma entrevista pré-operatória (a 
qual inclui um exame físico e emocional, história clínica e anestésica previa e a 
identificação dos problemas genéticos ou alergias conhecidos que possam afetar o 
resultado cirúrgico). 
Fase intra-operatória: começa quando o paciente é transferido para a mesa da sala de 
cirurgia e termina com a admissão na URPA. Nessa fase, o espectro das atividades de 
enfermagem inclui o fornecimento da segurança do paciente, a manutenção, de um 
ambiente asséptico, a garantia do funcionamento apropriado do equipamento, o 
provimento de equipamentos e instrumentos específicos no campo cirúrgico para o 
cirurgião e elaboração apropriada dos registros. 
 As atividades de enfermagem incluem ainda o apoio emocional ao paciente como, 
por exemplo: segura-lhe a mão durante a indução da anestesia geral; assistir no 
posicionamento do paciente sobre a mesa de cirurgia usando os princípios apropriados do 
alinhamento corporal, ou atuar como circulante, instrumentador ou primeira assistente 
(EPA). 
 
520 
 
Fase pós-operatória: começa com a admissão do paciente na URPA e termina com uma 
avaliação de acompanhamentono ambiente clinico ou em casa. O espectro do cuidado de 
enfermagem cobre uma ampla gama de atividades, incluindo a manutenção da via aérea 
do paciente, monitorização dos sinais vitais, avaliação dos efeitos dos agentes anestésicos, 
avaliação do paciente para as complicações e fornecimento do conforto e do alivio da dor. 
Subdivide-se em: 
 Imediato (POI), até às 24 horas posteriores à cirurgia 
 Mediato, após as 24 horas e até 7 dias depois 
 Tardio, após 7 dias do recebimento da alta 
 
Divisão do Período Pré-Operatório 
Pré-operatório mediato: o cliente é submetido a exames que auxiliam na confirmação 
do diagnóstico e que auxiliarão o planejamento cirúrgico, o tratamento clínico para 
diminuir os sintomas e as precauções necessárias para evitar complicações pós-
operatórias, ou seja, abrange o período desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior 
à mesma; 
Pré-operatório imediato: corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e tem por 
objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: 
jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele e aplicação de medicação 
pré-anestésica. 
Cuidados de Enfermagem 
Pré-operatório Mediato 
 Preparo emocional; 
 Orientar quanto a dor e náusea; 
 Orientar quanto a deambulação precoce, ensinar movimentos ativos dos MMII; 
 Mensurar dados Antropométricos (peso e altura), sinais vitais para posteriores 
comparações; 
 Encaminhar para realizar exames de sangue, raio-X, ECG, TC e outros; 
 Preparo do intestino quando indicado dias antes ou na noite anterior a cirurgia. 
 
Pré-operatório Imediato 
1.Jejum de 6 a 12 horas antes da cirurgia objetiva evitar vômitos e prevenir a 
aspiração de resíduos alimentares por ocasião da anestesia. 
 
521 
 
Prevenção de complicações com relação a infecção 
Pele 
2.Higiene pessoal ( banho com germicida clorexidina ou solução de iodo PVPI) 
3. Tricotomia: máximo 2 horas antes ou no próprio centro cirúrgico, em menor 
área possível e com método o menos agressivo 
4.Esvaziamento Intestinal (8 a 12 horas antes do ato cirúrgico) 
 Laxativos (medicamentos) 
 Lavagem intestinal ou Enteroclisma – é a introdução de líquido (volume 
máximo de 2000ml) no intestino, através do ânus ou da boca da 
colostomia, com o objetivo de promover o esvaziamento intestinal) 
 Enema (é a aplicação de no máximo 500ml de substância (contraste 
radiológico, medicamento, etc.) pelo reto. 
5. Remoção de jóias, anéis , próteses dentárias, lente de contato 
6. Esvaziamento da bexiga 
 Esvaziamento espontâneo: antes do pré-anestésico. 
 Sonda vesical de demora: cirurgias em que a mesma necessite ser 
mantida vazia, ou naquelas de longa duração, o que é feito, geralmente e 
realizado no centro cirúrgico. 
7. Verificar Sinais Vitais antes de encaminhar para CC 
8.Verificar o prontuário, exames, consentimento livre informado, prescrição e 
registro de enfermagem e encaminhamento junto ao paciente 
9.Administrar medicamento Pré-anestésico (45 a 60 minutos antes do início da 
anestesia) 
10.Manter ambiente silenciosos para promover relaxamento 
11.Vestir o paciente (camisola, gorro, prope) 
12. Promover limpeza e arrumação da unidade 
 
Período Transoperatório 
 
 Receber o paciente no CC, apresentar-se ao paciente, verificar a pulseira de 
identificação e o prontuário. 
 Confirmar informações sobre o horário de jejum, alergias, doenças anteriores 
como condutas de segurança; 
522 
 
 Encaminhar o paciente à sala de operações 
 Colocar o paciente na mesa cirúrgica de modo confortável e seguro. 
 
Período Intra-operatório 
 
 Monitorizar o paciente e mantê-lo aquecido 
 Auxiliar a equipe cirúrgica a posicionar o paciente para a cirurgia 
 Auxiliar o anestesiologista durante a indução anestésica Realizar o cateterismo 
vesical do paciente, quando necessário 
 Proteger a pele do paciente durante a anti-sepsia com produtos químicos, aquecê-
lo, promover o massageamento ou realizar enfaixamento dos membros, evitando 
a formação de trombos vasculares 
 Registrar todos os cuidados prestados 
 
Período Pós-operatório 
 
 Transportá-lo da maca para a cama com o auxílio de outros funcionários; 
 Manter a cama em posição horizontal; 
 Cobri-lo e agasalhá-lo de acordo com a necessidade; 
 Verificar na papeleta as anotações do centro cirúrgico. Caso tenha sido feita a 
anestesia raque deixar o paciente sem travesseiro e sem levantar, pelo o menos 12 
horas; 
 Enquanto estiver semiconsciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada 
para o lado; 
 Observar o gotejamento do soro e sangue; 
 Observar estado geral e nível de consciência; 
 Verificar o curativo colocado no local operado (se está seco ou com sangue); 
 Restringi-lo no leito com grades, para evitar que caia; 
 Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou 
sondas; 
 Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados, 
hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações 
respiratórias e circulatórias; 
 Controlar: pulso, temperatura, respiração e pressão arterial; 
 Fazer anotação na papeleta; 
 Ler a prescrição médica, providenciando para que seja feita; 
 Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado imediatamente. 
Nas horas em seguida: 
 Ao recuperar totalmente a consciência avisá-lo do lugar onde está e que está 
passando bem; 
 Periodicamente, controlar sinais vitais e funcionamento de soro e sondas; 
 Promover comodidade no leito; 
 Medicá-lo para dor, quando necessário; 
523 
 
 Movimentá-lo no leito, de decúbito; 
 Verificar e estimular a aceitação da dieta. 
 
Complicações Intra-operatórias 
O paciente cirúrgico está sujeito a vários riscos. As complicações intra-operatórias 
potenciais incluem náuseas e vômitos, anafilaxia, hipóxia, hipotermia, hipertermia 
maligna e coagulopatia intravascular disseminada (CID). 
coagulação intravascular disseminada é um quadro clínico no qual pequenos coágulos 
sanguíneos se formam por toda a corrente sanguínea e obstruem pequenos vasos sanguíneos. O aumento 
da coagulação exaure as plaquetas e os fatores de coagulação necessários para controlar hemorragias, 
causando hemorragia excessiva. 
 
Drenos 
Os tipos de drenos de ferida incluem os drenos de Penrose, Hemovac e de 
Jackson-Pratt. 
 O débito a partir dos sistemas de drenagem de feridas e toda a nova drenagem são 
registrados. A quantidade de drenagem sanguinolenta no curativo cirúrgico é avaliada 
com frequência. As manchas de drenagem nos curativos são desenhadas com uma caneta, 
sendo a data e o horário do desenho registrado no curativo, de modo que a drenagem 
aumentada possa ser facilmente observada. 
É esperada determinada quantidade de drenagem sanguinolenta em um sistema de 
drenagem da ferida ou no curativo, mas quantidades excessivas deverão ser relatadas ao 
cirurgião. 
As quantidades crescentes de sangue fresco no curativo deverão ser relatadas de 
imediato. Algumas feridas são intensamente irrigadas antes do fechamento na sala de 
cirurgia, e os drenos abertos que saem da ferida podem ser embebidos nos curativos. 
Essas feridas podem drenar grandes quantidades de líquidos tinto de sangue que 
saturam o curativo. 
O curativo pode ser reforçado com compressas de gazes esterilizadas; deverá ser 
registrado o horário em que foi reforçado. 
Quando a drenagem continua, o cirurgião deverá ser notificado, de tal modo que 
o curativo possa ser trocado. 
 Os múltiplos drenos similares são numerados ou rotulados de outra forma (p. ex., 
quadrante inferior esquerdo, quadrante superior esquerdo), de modo que as medições de 
débito possam ser registradas de maneira confiável e consistente. 
 
524 
 
 
 
Cicatrização 
 A cicatrização de feridas cirúrgica ocorre em três fases: as fases inflamatórias, 
proliferativa e de maturação (Hogan, 2004). 
As feridascicatrizam-se também por diferentes mecanismos, dependendo da sua 
condição. Esses mecanismos são a cicatrização por primeira, segunda e terceira intenções 
(Rothrock, 2003). 
Com a redução do tempo de internação, grande parte da cicatrização ocorre em 
casa, e a enfermeira hospitalar e a enfermeira de cuidados domiciliares deverão estar 
informadas sobre os princípios da cicatrização da ferida. 
 
Cicatrização por primeira intenção 
As feridas assépticas com um mínimo de destruição tissular que são 
adequadamente fechadas cicatrizam-se com pouca reação tissular por primeira intenção 
(união primária). Quando ocorre a cicatrização por primeira intenção, o tecido de 
granulação não fica visível e a formação de cicatriz é mínima. No período pós-operatório, 
muitas dessas feridas são cobertas com um curativo estéril seco. Quando se utiliza um 
adesivo tissular de cianoacrilato (Liquiband) para fechar a incisão sem suturas, contra-
indica-se o uso de curativo. 
 
525 
 
Cicatrização por segunda intenção 
A cicatrização por segunda intenção (granulação) acontece nas feridas infectadas 
(abscesso) ou nas feridas em que as bordas não foram aproximadas. Quando um abscesso 
é incisionado, ele se colaba(comprimir) parcialmente, mas as células mortas e em fase 
terminal se formam suas paredes ainda estão sendo liberadas para a cavidade. Por esse 
motivo, drenos ou compressas de gaze são inseridos na cavidade do abscesso para 
permitir que a drenagem saia com facilidade. 
Gradualmente, o material necrótico se desintegra e sai, e a cavidade do abscesso 
se enche com um tecido avermelhado, macio e sensível, que a sangra com facilidade. Esse 
tecido é composto de pequenos capilares de paredes finas e grânulos que, mais adiante, 
formam o tecido conjuntivo. Esses grânulos, também chamados de granulações, 
aumentam até encherem a área deixada pelo tecido destruído. 
As células que circundam os capilares mudam seu formato arredondado, 
tornando-se longas, finas e entremeadas para formar uma cicatriz. A cicatrização finaliza 
quando as células cutâneas (epitélio) crescem sobre essas granulações. Esse método de 
reparação é chamado de cicatrização por granulação, ocorrendo sempre que o pus é 
formado ou quando a perda de tecido aconteceu por algum motivo. 
Quando se permite que a ferida pós-operatória cicatrize por intenção secundária, 
ela geralmente é envolta com curativos estéreis umedecidos com soro fisiológico e 
cobertos com um curativo estéril seco. 
 
Cicatrização por terceira intenção 
A cicatrização por terceira intenção (sutura secundária) é usada para feridas 
profundas que não foram suturadas anteriormente ou que se romperam e são ressuturadas 
mais adiante, juntando, dessa maneira, duas superfícies de granulação apostas. Isso 
resulta em uma cicatriz mais profunda e mais ampla. Essas feridas também são envoltas, 
no período pós-operatório, com gaze umedecida e cobertas com um curativo estéril seco. 
 
526 
 
 
 
Complicações das Feridas Cirúrgicas 
 Hemorragia 
 Deiscência 
 Evisceração 
 Infecção 
 Sinais Flogísticos 
 
Fatores que influenciam no processo de cicatrização: 
 Nutrição 
 Saúde Geral 
 Oxigenação 
 
Cuidados de Enfermagem com as Feridas Cirúrgicas 
 Manter a Ferida Limpa 
 Observar sinais de infecção, hemorragias, deiscência e evisceração. 
 O curativo ajuda a manter a ferida protegida contra microorganismo. 
527 
 
 Alguns curativos impermeáveis permitem que o paciente possa banhar-se sem se 
preocupar em molhar a ferida operatória. 
 Caso seu médico permita, a ferida operatória poderá ficar sem curativos. 
 Não há necessidade de utilizar qualquer anti-séptico. Somente mantenha o local 
limpo e seco. 
 Caso aja drenagem de secreção serossanguinolenta (um sangue bem aguado), 
proteja a ferida com um curativo. 
 A retirada dos pontos poderá ser feita pelo médico, enfermeiro assistente em um 
serviço de saúde. 
 
Classificação das cirurgias 
 A cirurgia pode ser realizada por diversos motivos. Um procedimento cirúrgico 
pode ser 
Diagnostico: (ex: biopsia, laparotomia exploratória); 
Curativo: (ex: incisão de um tumor ou de um apêndice inflamado); 
Reparador: (ex: reparação de múltiplas feridas). 
A cirurgia pode ser reconstrutora (ex: mamoplastia ou de plástica facial) ou 
paliativa (ex: para aliviar a dor ou corrigir um problema- por exemplo. Inserção de sonda 
de gastrostomia para compensara incapacidade de deglutição). A cirurgia também pode 
ser classificada de acordo com o grau de necessidade envolvida: 
Emergência: o paciente requer atenção imediata, o distúrbio pode ter risco de vida. Não 
pode adiar. 
 Urgência: o paciente requer atenção imediata- dentro de 24-30hs 
Necessária: o paciente precisa fazer a cirurgia. Planejar dentro de algumas semanas ou 
meses. 
Eletiva: o paciente deverá fazer a cirurgia. A falha em fazer a cirurgia não é catastrófica. 
Opcional: a decisão fica por conta do paciente. Preferência pessoal. 
 
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS 
ROBÓTICA 
A cirurgia robótica iniciou-se em 1999, quando foi criado robô, chamado Da 
Vinci®. Este equipamento desenvolveu-se bastante, e atualmente possuem 3 
componentes, o console, o robô propriamente dito, aonde conectamos ao paciente e o 
rack de imagem, aonde processa-se a imagem, para visualização em 3 dimensões. Desde 
a criação inicial o robô passou por mudanças e hoje já exibe quatro braços cirúrgicos. 
Atualmente são mais de 1000 robôs nos EUA. Esta técnica chegou em 2008 no 
528 
 
Brasil. O INCA é o primeiro hospital federal no Brasil a adquirir, e o robô que foi 
adquirido é o mais moderno. 
 
ATUAÇÃO DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM: 
 Verifica a cirurgia a ser realizada; 
 Supre a sala cirúrgica; 
 Monta a mesa com instrumental; 
 Liga e conecta os cabos do Robô; 
 Coloca as capas (Drapes) no Robô, 
 Faz o alinhamento e o balanceamento da ótica; 
 Recepciona o paciente na SO; 
 Realiza o registro da SO, como horário, integridade da pele, as condições do 
paciente; 
 Registra o gasto de material, na folha de auditoria e no Absolut; 
 Instrumenta e circula a SO; 
 Retira e encaminha os instrumentais para a CME; 
 Realiza o curativo cirúrgico; 
 Encaminha e acompanha o paciente para a RPA; 
 Retira os Drapes; 
 Coloca as capas de proteção no Robô e enrola os fios; 
 Caso haja outro procedimento, prepara o material; 
 
 
 
529 
 
 
 
DVE – Derivação Ventricular Externa 
Uma derivação ventricular externa (DVE) ou dreno extraventricular é um 
dispositivo usado em neurocirurgia no tratamento de hidrocefalia e para aliviar a pressão 
intracraniana quando a circulação normal de líquido cefalorraquidiano no cérebro se 
encontra obstruída. O DVE é um cateter flexível em plástico aplicado por um neurocirurgião 
e gerido numa unidade de cuidados intensivos. A finalidade da derivação é desviar o líquido 
dos ventrículos do cérebro e permitir a monitorização da pressão intracraniana PIC. 
 
Imobilizações Ortopédicas 
Fixação Externa 
É um método de fixação óssea ou de fragmentos ósseo, usados para o controle de 
fraturas abertas com danos em tecidos moles, artrose e osteostomias, proporcionando apoio 
estável, ao mesmo tempo em que permitem o tratamento ativo dos tecidos moles lesados. Além 
530 
 
de proporcionar estabilidade e elasticidade.
 
Gesso / Tala Gessada 
 Necessário lembrar que existem dois tipos de imobilização gessada. O primeiro é 
o “gesso fechado”, composto por uma camada de gesso com algodão ortopédico que é 
aplicado no membro, formando uma cobertura branca, rígida e circular em todo o 
membro. O segundo, a “tala gessada”, composta de uma porção de gesso coberta de 
algodão que é colocada no membro com auxílio de ataduras de crepom. Os dois tipos 
podem ser usados indistintamente para os tratamentos ortopédicos, entretanto, a escolha 
de um ou de outro depende de suas características e das peculiaridades da lesão."O gesso fechado é uma estrutura rígida e, portanto, não se expande quando ocorre 
edema (inchaço)..." 
 O gesso fechado é uma estrutura rígida e, portanto, não se expande quando ocorre 
edema (inchaço); dessa forma, nos traumas agudos (menos de 24 horas) a lesão produzirá 
edema e o gesso fechado provocará a compressão do membro, o que se chama síndrome 
compartimental que provoca grave impedimento à circulação, gerando dor, necrose e 
risco de amputação se o gesso não for retirado. Deve-se lembrar de que, 
independentemente do gesso, qualquer fratura por si só pode também produzir essa 
síndrome e é necessário enfatizar que tem maior chance de ocorrer nas primeiras 24 a 72 
horas após a fratura (casos agudos) e a retirada do gesso em tempo hábil normalmente 
leva ao seu fim. 
A tala gessada, diferentemente do gesso fechado, permite a expansibilidade dos 
tecidos do membro e, por esse motivo, é normalmente preferida, especialmente em 
traumas agudos. Entretanto, a tala não produz uma fixação tão rígida quanto o gesso 
fechado, ocasionando a perda da redução dos fragmentos ósseos com maior frequência. 
O tratamento com gesso, embora seja uma opção de uso comprovado para a 
maioria das lesões traumáticas, vem perdendo terreno para o tratamento operatório e isso 
se deve a múltiplos fatores. O gesso não consegue dar fixação (estabilidade) adequada a 
fraturas muito desviadas, articulares ou naquelas fraturas onde os fragmentos tendem a se 
deslocar com o mínimo movimento (chamadas de fraturas instáveis). O uso do gesso 
também proporciona complicações, como atrofias musculares e rigidez articular, 
dificultando o processo de reabilitação (fisioterapia) necessário para restauração da 
função do membro. O tratamento gessado é capaz de produzir coceiras, irritação cutânea, 
531 
 
e lesões (feridas ou escaras) na pele. 
 
 GESSO TALA GESSADA 
 
 
 
Fixação Ortopédica 
Trata-se de um método de imobilização antigo e provisório realizado através da 
colocação de um pino cruzando o osso e aplicando-se tração através da colocação de um peso 
e roldana. Atualmente é usado apenas como imobilização provisória em fraturas de fêmur de 
adulto e em algumas fraturas e casos de exceção, em outras regiões. 
 
 
Aparelho Urinário 
Cistostomia 
Cistostomia suprapúbica ou vesicostomia é uma conexão criada cirurgicamente 
entre a bexiga urinária e a pele a qual é utilizada para drenar urina da bexiga em indivíduos 
com obstrução do fluxo urinário normal. O fluxo urinário pode estar bloqueado por 
aumento da próstata (hiperplasia prostática benigna), lesão traumática da uretra, doenças 
congênitas do trato urinário ou por obstruções como pedras nos rins que passaram para a 
uretra e câncer. 
 
532 
 
 
 
Nefrostomia 
A nefrostomia é uma intervenção cirúrgica que consiste em realizar uma abertura num 
rim, com o objetivo procurar um cálculo ou de o drenar. Permite a resolução da obstrução ureteral 
e recuperação da função renal em pacientes com uropatia obstrutiva. 
 
 
 
Cuidados de Enfermagem em Urostomias 
 Manter limpa a área em torno; 
 Lavar as mãos antes e depois de qualquer cuidado com o cateter, curativo e bolsa 
de drenagem; 
 Não dobrar o cateter nem deitar-se em cima dele; 
533 
 
 O curativo deve ser trocado diariamente e S/N; 
 Não elevar para não haver retorno à bexiga. 
 Não deixar coleções por tempo prolongado; 
 Lavar com soro fisiológico e antisséptico o conjunto cateter e tubo; 
 Fixar a bolsa coletora com cuidado (sem tração); 
 Controle rigoroso da diurese pela enfermagem; 
 Esvaziar as bolsas pelo menos uma vez a cada 8 horas. 
 
Cateter Duplo J 
Um cateter duplo J é um tubo flexível que é colocado durante ou após a cirurgia. 
Este tubo tem uma curva de 360º em ambas as extremidades destinadas a evitar que o 
cateter se mova para dentro da bexiga ou até o rim. Alguns cateteres possuem um fio 
amarrado a uma das extremidades que vai da bexiga até a uretra, exteriorizando-se. Os 
duplos J são colocados no ureter, que é o tubo (natural humano) que vai do rim à bexiga. 
Um cateter é colocado para prevenir ou aliviar um bloqueio no ureter. Após as cirurgias 
de retirada de pedras muito pequena, fragmentos de pedra podem cair para dentro do 
ureter e bloqueá-lo, causando dor intensa e, ocasionalmente, a infecção. O cateter permite 
que o ureter se dilate, o que facilita para pedras ou fragmentos de pedra para passar. 
Os fios guia são desenhados para direcionar um cateter em uma localização 
anatômica desejada durante procedimentos de diagnóstico ou intervenção, facilitando a 
colocação do instrumento. As principais funções dos fios guia ureterais são obter acesso 
e navegar em tratos urinários tortuosos. 
 
 
Revascularização Miocárdica – RVM 
A cirurgia de revascularização do miocárdio, conhecida popularmente 
como "ponde de safena", é um procedimento cirúrgico que visa aumentar o fluxo 
sanguíneo em locais do músculo cardíaco (miocárdio) afetados pelo estreitamento ou 
"entupimento" das artérias coronárias, que são responsáveis pela irrigação sanguínea 
do miocárdio. 
A revascularização do miocárdio é um tratamento indicado em casos de doenças 
coronárias, que tem por objetivo aliviar os sintomas que os medicamentos não são 
capazes de controlar ou prolongar a expectativa de vida do paciente, garantindo 
também uma boa qualidade de vida. 
O procedimento consiste em costurar parte de uma veia (retirada da perna) ou 
de uma artéria (retirada do tórax) na artéria coronária, de maneira a formar uma "ponte" 
534 
 
que leva o sangue oxigenado ao músculo do coração (miocárdio). 
Essa obstrução das artérias coronárias é o resultado de placas de gordura depositadas 
na parede do vaso. O termo "ponte de safena" refere-se aos casos em que a veia safena 
magna é usada como enxerto ("ponte") durante a cirurgia. 
As indicações para uma cirurgia de revascularização do miocárdio são: 
 Múltiplos estreitamentos das artérias, como ocorre frequentemente em diabéticos 
ou idosos; 
 Obstrução na artéria coronária esquerda, que é responsável por nutrir as principais 
artérias que irrigam as partes mais importantes do miocárdio; 
 Mau funcionamento de áreas importantes do coração devido à diminuição do 
aporte sanguíneo. 
A cirurgia de revascularização do miocárdio é feita por um médico cirurgião cardíaco. 
 
 
 
Angioplastia 
A angioplastia é uma cirurgia realizada com o intuito de desobstruir 
uma artéria do paciente. Essa técnica hemodinâmica utiliza um minúsculo balão na ponta 
de um cateter, que é insuflado dentro da artéria, que está obstruída com placas 
de gordura e sangue, além de uma mini tela de aço chamada stent que, aberta, facilita o 
fluxo sanguíneo. 
O procedimento onde é realizada a introdução do cateter chama-se Cateterismo 
Cardíaco, e as artérias mais comuns a serem puncionadas é a Artéria Radial e Arterial 
Femoral, onde o cateter percorre a artéria no contra fluxo até sua chegada ao arco aórtico 
próximo a artéria coronária que irá irrigar o seio coronariano, sendo lançado um contraste, 
e junto a uma Coronariografia é avaliada a obstrução e o local preciso, tendo assim o 
cirurgião cardíaco a sua posição quanto a Angioplastia ou RVM. 
A substância, conhecida como abciximab, impede a união de plaquetas, células 
sanguíneas responsáveis pela coagulação. O abciximab torna a cirurgia mais eficiente e 
reduziu para 4% a mortalidade entre infartados atendidos em hospitais. 
 
535 
 
 
 
 
Cirurgias Gastrointestinais 
Laparotomia 
A laparotomia (do grego: láparos = abdômen; tomos = corte) é a abertura 
cirúrgica da cavidade abdominal para fins diagnósticos e/ou terapêuticos. Em termos 
populares, é a cirurgia “de barriga aberta”. Ela não é uma prática recente, remontando à 
antiguidade, mas teve grande expansão no século XX, graças ao advento das drogas 
curarizantes, da intubação traqueal,do maior conhecimento da anatomia 
e fisiologia da parede abdominal e dos processos de cicatrização da ferida cirúrgica. 
A laparotomia envolve uma incisão no abdômen para acessar órgãos internos, de 
tamanho variável segundo o procedimento cirúrgico a ser executado, mas quase sempre 
grande. Uma mini-laparotomia pode envolver uma incisão de oito a dez centímetros, mas 
uma laparotomia exploratória pode envolver uma incisão que percorre quase todo o 
comprimento do abdômen. 
A partir de 1988, a laparotomia vem sendo substituída em muitos casos 
pela laparoscopia terapêutica, um tipo de intervenção cirúrgica feita através de uma 
pequena incisão na parede abdominal que permite acesso a vários órgãos da cavidade 
abdominal e é menos invasiva. O tempo de recuperação de uma laparotomia, sempre 
longo, é maior quanto mais extensa for a incisão e o procedimento a ser realizado. 
536 
 
A laparotomia é uma intervenção desconfortável, agressiva e que 
deixa cicatrizes às vezes deformantes. Além disso, causa dores e pode causar infecções, 
o que adia e dificulta o retorno às atividades cotidianas ou pode gerar complicações graves 
e às vezes fatais. Contudo, a laparotomia tem indicações precisas e eletivas e cabe ao 
cirurgião decidir ou não pela sua necessidade e conveniência. Ela pode ser feita com 
finalidade diagnóstica em que se faz uma abertura abdominal ou para executar um 
procedimento cirúrgico sobre uma doença já identificada, para a sua terapia (tratamento). 
 
 
 
Gastroplastia 
Gastroplastia, também chamada de Cirurgia Bariátrica, Cirurgia da Obesidade 
ou ainda de Cirurgia de redução do estômago, é, literalmente, a plástica 
do estômago (gastro = estômago, plastia = plástica) que tem como o objetivo reduzir o 
peso de pessoas com o IMC muito elevado. 
É uma cirurgia realizada em pessoas com o peso muito acima do ideal, os 
chamados obesos mórbidos. 
O Brasil é o 2º colocado em número absoluto de cirurgias bariátricas, com 60 mil 
por ano, ficando atrás apenas dos EUA, onde são realizadas 300 mil. 
O tratamento clínico é escolha em pacientes com sobrepeso e obesidade leve (IMC 
entre 30-34,9 Kg/m²). Hoje está estabelecido que o tratamento cirúrgico está indicado em 
pacientes definidos com obesidade moderada (IMC > 35 Kg/m²) que tenham 
comorbidades como apneia do sono, hipertensão, diabetes mellitus, dislipidemia, 
artropatias ou para pacientes com IMC maior que 40 Kg/m² que não tenham obtido 
sucesso na perda de peso após dois anos de tratamento clínico (incluindo o uso de 
medicamentos). 
A mortalidade por cirurgia bariátrica laparoscópica em 2009 é 0,3% 
Estudos vão ainda mais longe demonstrando que o risco de morte em pacientes obesos 
submetidos à cirurgia bariátrica é 35% menor do que aqueles que seguem tentando 
realizar somente tratamentos clínico com IMC > 35 Kg/m² com comorbidades ou 
IMC>40 Kg/m². 
 
Tipo de mecanismo das cirurgias bariátricas: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%B4mago
https://pt.wikipedia.org/wiki/Obesidade
537 
 
 
 Totalmente Restritivos - Causam restrição do estômago. Banda Gástrica 
Ajustável, Cirurgia de Mason e Cirurgia de Sleeve; 
 Mistos e Predominantemente restritivos: os desvios gástricos como o Bypass 
Gástrico com e sem anel; 
 Mistos e Predominantemente disabsortivos: as derivações bileopancreáticas 
(Duodenal Switch, Scopinaro); 
 Totalmente disabsortivo - Bypass Jejuno-Ileal (essa cirurgia foi proibida por 
complicações relacionadas à alça exclusa); 
 
Os tipos de cirurgias bariátricas mais frequentemente realizados segundo 
Kawahara são: 
 
A técnica mais conhecida e estudada é a chamada Cirurgia de Bypass em Y de 
Roux. A cirurgia inicia com uma videolaparoscopia. Na sequência, os procedimentos são 
idênticos. O estômago, que tem capacidade para cerca de dois litros é seccionado com um 
grampeador cirúrgico de maneira a se obter um novo estômago com capacidade para 
apenas 15-30ml. 
Uma alça intestinal é anastomosada ao novo estômago para permitir a saída e 
a absorção dos alimentos que é chamada anastomose gastrojejunal. O funcionamento da 
cirurgia é através da restrição da ingestão de alimentos, e em menor parte por disabsorção, 
uma vez que cerca de 150 cm de intestino delgado são desviados (técnica mista - 
predominantemente restritiva). O emagrecimento acentuado pode requerer cirurgias 
plásticas para a retirada do excesso de pele. 
Um outro grupo de cirurgias para redução de peso é o das cirurgias chamadas 
"predominantemente disabsortivas" e as principais representantes deste grupo são as 
realizadas pela técnica de Scopinaro e o "Duodenal Switch". O paciente pode apresentar 
diarreia ao ingerir alimentos gordurosos e ter desnutrição proteica sobretudo no 
Scopinaro. Tanto o Scopinaro quanto o Duodenal Switch podem ser feitos por 
laparoscopia. 
Em todas as técnicas, o paciente precisa ser acompanhado de perto por uma equipe 
especializada multidisciplinar e receber suplementos de vitamina B12, Cálcio e 
polivitamínicos. Atentar para alimentação a cada 3h e nos primeiro dias do pós OP, dieta 
líquida em poucas quantidades, até a liberação do cirurgião. Terá que ser acompanhado 
tanto nutricionamente quanto psicologicamente para evitar distúrbios alimentares e 
psicológicos. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banda_G%C3%A1strica_Ajust%C3%A1vel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banda_G%C3%A1strica_Ajust%C3%A1vel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Videolaparoscopia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sec%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anastomose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Disabsor%C3%A7%C3%A3o&action=edit&redlink=1
538 
 
 
 
 
Colecistectomia 
É a retirada cirúrgica da vesícula biliar. Apesar do desenvolvimento de técnicas 
não-cirúrgicas, ela é o melhor e mais comum método de se tratar a colelitíase e colecistite, 
embora existam outras razões pela qual a cirurgia deva ser realizada. Todo ano mais de 
500.000 norte-americanos fazem a cirurgia da vesícula biliar. As opções cirúrgicas 
incluem o procedimento padrão, chamado de colecistectomia laparoscópica, e um método 
mais invasivo e mais antigo, chamado de colecistectomia convencional. 
A colecistectomia geralmente é indicada pela presença de cálculos dentro 
da vesícula biliar causando colecistite aguda ou crônica, porém pode ser indicada também 
por colecistite alitiásica, por pólipos da vesícula biliar, por neoplasias, dismotilidade 
vesicular sintomática, como parte de outros procedimentos cirúrgicos (i.e. técnicas de 
Scopinaro, switch duodenal, anastomoses bíleo-digestivas, duodenopancreatecnomia), 
dentre outros. 
A colecistectomia pode ser feita por técnica minimamente invasiva através da 
chamada videolaparoscopia, na qual são realizadas pequenas incisões de 5-10 mm ou por 
técnica convencional, a laparotomia. Na colecistectomia convencional (laparotômica) é 
realizada uma incisão no abdómen de tamanho variável dependendo das características 
biotípicas do paciente e dos achados intraoperatórios. Podem ser utilizadas a incisão de 
Kocher (subcostal direita), incisão subcostal transversa ou incisões longitudinais 
(paramediana ou mediana). Na ausência de contraindicações, atualmente a via de 
acesso padrão ouro é a laparoscópica. 
Ainda de modo experimental, vem se desenvolvendo uma nova técnica para a 
colecistectomia, assim como outras intervenções na cavidade abdominal. Trata-se 
539 
 
da cirurgia endoscópica trans-luminal por orifício natural (sigla em inglês: NOTES), onde 
a via de acesso é um orifício natural (boca, ânus, uretra e vagina). Apesar de chocar muitos 
cirurgiões promete ser uma nova opção no armamentário cirúrgico num futuro não muito 
longínquo. 
 
 
 
Ostomias Digestivos 
Gastrostomia 
A gastrostomia, também conhecida como gastrostomia endoscópica percutânea 
ou PEG, consiste na colocação de um pequeno tubo flexível, conhecido como 
sonda, desde a pele, diretamente atéà estômago, para permitir a alimentação em casos 
em que a via oral não pode ser utilizada. 
540 
 
Assim, a colocação de uma gastrostomia normalmente é usado em casos de: 
 AVC; 
 Hemorragia cerebral; 
 Paralisia cerebral; 
 Tumores na garganta; 
 Esclerose lateral amiotrófica; 
 Dificuldade grave para engolir. 
 
Alguns destes casos podem ser temporários, como acontece em situações de AVC, 
em que a pessoa utiliza a gastrostomia até que consiga se alimentar novamente, mas em 
outros pode ser necessário manter a sonda por vários anos ou, até, por toda a vida. 
Esta técnica pode ainda ser utilizada temporariamente após cirurgias, especialmente 
quando envolve o aparelho digestivo ou respiratório, por exemplo. 
 
 
 
Jejunostomia 
É o procedimento cirúrgico que cria uma abertura (estoma) entre a pele e o jejuno 
(parte do intestino delgado). Pode ser realizada por via endoscópica ou com cirurgia geral. 
Uma jejunostomia pode ser feita após ressecção intestinal em casos onde há a 
necessidade de desconectar a continuação do intestino delgado e o cólon devido a uma 
perfuração ou hemorragia intestinal. Dependendo do comprimento do jejuno ressecado 
ou desconectado o paciente pode sofrer com síndrome do intestino curto e necessitar 
de nutrição parenteral. 
Não se deve confundir a jejunostomia com a inserção de um tubo de 
alimentação no jejuno como alternativa a uma gastrostomia com tubo de 
alimentação. Essa técnica é usado quando a passagem de alimentos pelo estômago é 
contra-indicada ou possui elevados riscos. 
A vantagem comparada a gastrostomia é o seu baixo risco de aspiração de 
alimentos. Desvantagens incluem obstrução ou isquemia do intestino delgado e a 
necessidade de alimentação contínua. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estoma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jejuno
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino_delgado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endoscopia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cirurgia
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ressec%C3%A7%C3%A3o_intestinal&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_do_intestino_curto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3o_parenteral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubo_de_alimenta%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubo_de_alimenta%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gastrostomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubo_de_alimenta%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubo_de_alimenta%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gastrostomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Engasgo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Isquemia
541 
 
 
Cuidados com a Gastrostomia e Jejunostomia 
 LAVAGEM DAS MÃOS ANTES E APÓS QUALQUER MANIPULAÇÃO 
 Limpeza do local da gastrostomia / jejunostomia com soro fisiológico 0,9%, secar 
bem após lavagem. 
 Na residência, poderá ser limpo o sítio da sonda com água morna e sabão neutro, 
secando bem após com gaze. 
 Não manter gaze na pele 
 Limpeza sempre que houver secreção 
 Manter sonda fixa na pele, com esparadrapo anti-alérgico 
 Não tracionar 
 Manter sonda sempre fechada enquanto não estiver em uso 
 Atentar para sinais de vermelhidão, secreção purulenta e dor local – contactar o 
médico responsável 
 Observar diariamente a marcação ou numeração da sonda 
 Observar extravazamento de dieta pelo óstio (orifício da 
gastrostomia/jejunostomia) – comunicar imediatamente o médico. 
 Fornecer a dieta sempre com cabeceira elevada ou o paciente sentado 
 Oferecer a dieta com seringa. 
 Por equipo comum fazer lentamente 
 Lavar a sonda com 20 a 50 ml de água filtrada após dietas e/ou medicações 
 Após a dieta, manter paciente sentado ou com a cabeceira elevada por pelo menos 
60 minutos ou a critério médico 
 Diluir bem as medicações antes de administrar. 
 Lavar a sonda após as medicações e dietas. 
 Em caso de náuseas ou vômitos durante a alimentação contate o enfermeiro ou 
médico e retarde em 1 hora a administração da dieta 
 Não administrar a dieta na gastrostomia rapidamente, pode causar náuseas e 
vômito. 
 Qualquer alteração com a saída acidental da gastrostomia / jejunostomia entrar 
comunicar ao enfermeiro ou entrar em contato com o médico imediatamente. 
 Caso obstrução da sonda entrar em contato com seu médico. 
 Observe o aspecto do estoma (orifício da pele por onde sai a sonda), notando a 
presença de vermelhidão ou vazamento do conteúdo gástrico sobre a parede 
abdominal. 
 Não pinçar ou clampear o tubo, principalmente com pinça. 
 
Ostomias Intestinais 
Ileostomia 
542 
 
A ileostomia drena, constantemente, o conteúdo líquido intestinal, bastante 
irritativo a mucosa peri estoma. Sua drenagem bastante fluidificada caracteriza dessa 
forma devido a não absorção de líquidos já que é uma fase do intestino grosso, e com a 
ileostomia, a mesma é suspensa. A absorção de gordura e de vitamina B pode se 
apresentar reduzida. Perdas de sódio e potássio são aumentadas. 
Numa ileostomia, o orifício (estoma) situa-se no nível do intestino delgado (ileon), 
sendo suprimido o intestino grosso na sua totalidade. 
Em grande parte dos pacientes que necessitam submeter-se ao procedimento, a 
ileostomia é designada com a intenção de reduzir e controlar os sintomas e tratar ou até 
mesmo evitar complicações. 
É necessário o cuidado geral da ferida da cirurgia abdominal. A equipe de enfermagem 
deve estar atenta ao estoma quanto à forma e coloração; ele deverá ser róseo a vermelho 
vivo e brilhoso. 
Para a ileostomia, utiliza-se a drenagem em bolsas plásticas que atuam como 
contenção da drenagem. São equipadas com fita adesiva que é responsável pela aderência 
na pele circunvizinha ao estoma. Geralmente, são passíveis de aumento do orifício onde 
se acomoda o estoma. 
A drenagem fecal deverá ser rigorosamente monitorizada nas primeiras 72 horas 
após a cirurgia. A drenagem é um líquido contínuo a partir do intestino delgado; devemos 
lembrar que o estoma não possui esfíncter controlador. O conteúdo é drenado para a bolsa 
que deverá ser esvaziada com periodicidade, monitorizando, assim, o volume 
desprendido do organismo do paciente. A bolsa somada à placa, previamente colocada 
adequadamente, não apresenta riscos à pele do paciente, pois previne o contato das 
eliminações com a superfície cutânea. 
 
 
 
543 
 
Colostomia 
A colostomia é um estoma intestinal, ou seja, a exteriorização no abdome de uma 
parte do intestino grosso para eliminação de fezes. A colostomia é feita quando o paciente 
apresenta qualquer problema que o impede de evacuar normalmente pelo ânus. As fezes 
saem pelo estoma e são coletadas em uma bolsa plástica adaptada à pele. As colostomias 
podem ser classificadas em três tipos, de acordo com a parte do intestino grosso que é 
exteriorizada: 
 Colostomia ascendente. É realizada na parte ascendente do cólon (lado direito 
do intestino grosso). 
 
 Colostomia transversa. É localizada na parte transversa do cólon (porção entre 
o cólon ascendente e descendente). 
 
 
 Colostomia descendente. É realizada na parte descendente do cólon (lado 
esquerdo do intestino grosso). 
 
Cuidados de Enfermagem com Ileostomia e Colostomia 
 Limpar a região da colostomia com soro fisiológico a 0,9%, em movimentos 
circulares; 
 Secar a área ao redor com gaze estéril; 
544 
 
 Marcar na bolsa o círculo com um guia de corte, de acordo com o diâmetro da 
fístula, do dreno ou da ostomia; 
 Recortar o orifício marcado (placa); 
 Retirar o adesivo; Retirar o protetor que recobre a face superior da placa; 
 Aplicar a placa com o aro sobre a região; 
 Exercer uma leve pressão à roda para fixar; 
 Puxar suavemente a bolsa para baixo, para confirmar se ela encontra –se 
devidamente encaixada. 
 Observar para que o orifício não fique apertado demais garrotando a ostomia. 
 Esvaziar a bolsa (no mínimo uma vez por plantão e sempre que necessário), 
soltando apenas o clamp que a fecha na parte inferior; Lavá-la com soro fisiológico a cada que fizer a troca e desprezar o conteúdo da 
bolsa no vaso sanitário; 
 O clamp poderá ser reutilizado nas trocas do mesmo paciente; 
 Registrar no prontuário as característica do conteúdo como: volume, odor e cor. 
 
 
A experiência cirúrgica 
 Durante o procedimento cirúrgico, o paciente precisará da sedação, anestesia ou 
de alguma combinação destas. 
 Tipicamente, a experiência é suave, e o paciente não se lembra dos eventos. Os 
principais tipos de anestesia são a anestesia geral, a anestesia regional, a sedação 
moderada, o cuidado anestésico moderado e a anestesia local. 
Anestesiologia 
Anestesia geral 
 A anestesia é um estado de narcose (depressão intensa do sistema nervoso central 
produzida por agentes farmacológicos), a analgesia, relaxamento e perda de reflexo. Os 
pacientes sob anestesia geral não despertam, nem mesmo com estímulos dolorosos. Eles 
perdem a capacidade de manter a função ventilatória e necessitam de assistência de 
manutenção de uma via aérea permeável. A função cardiovascular também pode ser 
prejudicada. 
 A anestesia geral consiste em quatro estágios, cada qual associado a 
manifestações clinicas especificas: 
Estágio I: início da anestesia: á medida que o paciente respira a mistura anestésica, ele 
pode sentir calor, tonteira e uma sensação de desprendimento. O paciente pode perceber 
uma sensação de zumbido, ruído de campainha ou rugido nos ouvidos e, embora ainda 
consciente pode sentir incapacidade de mover os membros com facilidade. Durante esse 
estágio, os ruídos são exagerados, mesmo as vozes baixas ou sons menores parecem altos 
e irreais. Por esse motivo, os ruídos e movimentos desnecessários são evitados quando 
545 
 
começa a anestesia. 
Estagio II: de excitação: caracterizado variadamente pelo debater-se gritar, conversar, 
cantar rir ou chorar, é frequentemente evitado quando o anestésico administrado de 
maneira calma e rápida. As pupilas dilatam-se, mas elas se contraem quando expostas a 
luz; a frequência do pulso é rápida e as respirações podem ser irregulares. 
Estagio III: anestesia cirúrgica: é alcançada através de administração continuada de 
vapor ou gás anestésico. O paciente está inconsciente e deitado tranquilamente sobre a 
mesa. As pupilas ficam pequenas, mas se contraem quando expostas a luz. As respirações 
são regulares, frequência e o volume do pulso são normais, e apele mostra-se rósea ou 
ligeiramente ruborizada. Com a administração adequada do anestésico, esse estágio pode 
ser mantido durante horas em um dos vários planos, variando desde o leve (1) até o 
profundo(4), dependendo da profundidade da anestesia necessária. 
Estágio IV: depressão medular: é alcançado quando se administra anestesia em 
excesso. As respirações tornam-se superficiais, o pulso mostra-se fraco e filiforme e as 
pupilas tornam-se amplamente dilatadas e não se contraem mais perante a exposição à 
luz. A cianose desenvolve-se e, sem intervenção imediata, ocorre rapidamente a evolução 
até a morte. Quando esse estágio se desenvolve, o anestésico é interrompido 
imediatamente e os suportes respiratório e o circulatório são iniciados para evitar a morte. 
*quando os agente opioides (narcóticos) e os bloqueadores neuromusculares 
(relaxantes são administrados, vários dos estágios estão ausentes. Durante a 
administração suave de um anestésico não existe divisão nítida entre os estágios 
I, II, e II; não havendo o estágio IV. O paciente passa gradualmente de um estágio 
para outro, e é através da rigorosa observação dos sinas exibidos pelo paciente que 
um anestesiologista controla a situação. 
 Os agentes anestésicos utilizados na anestesia geral são inalados ou 
administrados por via IV. 
Inalação 
 Os agentes inalatórios incluem os agente líquidos voláteis e gases. Os anestesis 
líquidos voláteis produzem anestesia quando seus vapores são inalados. Os agentes 
inalatórios comumente utilizados são halotano, enflurano, isoflurano, sevoflurano, 
desflurano). Todos são administrados com oxigênio e, em geral, também com oxido 
nitroso. 
546 
 
 
 
 
Os gases anestésicos são administrados por inalação combinados ao oxigenio. O 
oxido nitroso é o agente anestésico gasoso mais comumente empregado. Quando inalado, 
o anestésico penetra no sangue através dos capilares pulmonares e age sobre os centros 
cerebrais para produzir as perdad da consciência e sensorial. 
 O vapor dos anestésicos inalatórios pode ser administrado para o paciente através 
de vários métodos. O anestésico inalatório pode ser administrado através de uma LMA( 
via aérea com máscara laríngea), um tubo flexível com um anel e balão de silicone 
insuflavel que pode ser inserido dentro da laringe. 
Administração intravenosa. 
 a anestesia geral também pode ser produzida pela administração IV de diversas 
substancias, como os barbitúricos, benzodiazepínicos, hipnóticos não barbitúricos, 
agentes dissociativos e agentes opioides. Esses medicamentos podem ser 
administrados para induzir(iniciar) ou manter a anestesia. Embora sejam 
frequentemente utilizados em combinação com os anestésicos inalatórios, eles podem ser 
usados isoladamente, e também pode ser utilizado como para produzir sedação moderada. 
Vantagem da anestesia IV: é que o inicio da anestesia é agradável, não existe sensação de 
zumbido, rugido ou tonteira. A duração da ação é breve e o paciente acorda com poucas 
náuseas ou vômitos. 
Desvantagem: é o seu poderoso efeito depressor respiratório. 
Anestesia regional. 
 É uma forma de anestesia local em que o anestésico é injetado ao redos dos nervos, 
de modo que a área inervada por esses nervos fique anestesiada. O efeito depende do tipo 
de nervo envolvido. As fibras motoras são as maiores e possuem a bainha de mielina mais 
547 
 
espessa. As fibras simpática são as menores e possuem revestimento mínimo. As fibras 
sensoriais são intermediarias. Um anestésico local bloqueia os nervos motores de modo 
mais tardio e os nervos simpáticos de modo mais imediato. Um anestésico só pode ser 
considerado como tendo sido depurado quando todos os três sistemas (motor, 
sensorial e autônomo) não estiverem mais afetados. 
 
Anestesia Epidural. 
 É um bloqueio de condução comumente utilizado, é conseguida injetando-se um 
anestésico local no espaço epidural que circunda a dura-máter da medula espinhal. Em 
contraste, a anestesia espinhal envolve a injeção através da dura-máter dentro do espaço 
subaracnóide que circunda a medula espinhal. 
A anestesia epidural bloqueia as funções sensorial, motora e autônoma; ela difere 
da anestesia espinhal pelo sitio da injeção e pela quantidade de agente anestésico 
utilizada. As doses epidurais são muito mais altas porque o anestésico epidural não entra 
em contato direto com a medula ou com as raízes nervosas. 
Vantagem: é a ausência de cefaleia que, ocasionalmente, resulta da anestesia espinhal. 
Desvantagem: é o maior desafio técnico de introduzir o anestésico dentro espaço epidural 
em lugar do espaço subaracnóide. Quando ocorre a punção inadvertida da dura-máter 
durante a anestesia epidural o anestésico faz trajeto para a cabeça, isso pode resultar em 
anestesia espinha alta, pode produzir hipotensão grave, depressão e parada respiratória. 
 
 
Medicamentos Intravenosos comumente utilizados. 
Analgésicos opióides. 
548 
 
Medicamento Uso comum 
Sulfato de Morfina Dor Peri operatória; pré-medicação. 
Alfentanil Analgesia cirúrgica nos pacientes 
ambulatoriais; 
Fentanil Analgesia cirúrgica; infusão epidural para 
a analgesia pós-operatoria; acrescentar ao 
BSA. 
Remifentanil Infusão IV para analgesia cirúrgica; 
pequenas injeções em bolo para a dor 
intensa e breve. 
sufentanil Analgesia cirúrgica. 
 
Relaxantes musculares despolarizantes 
Medicamento Uso comum 
Succinilcolina Intubação, casos curtos. 
 
 
Relaxantes musculares não despolarizantes – início e duraçãointermediários. 
Medicamento Uso comum 
Atracúrio Intubação; manutenção do relaxamento; 
cisatracúrio Intubação; manutenção do relaxamento. 
mivacúrio Intubação; manutenção do relaxamento. 
rocurônio Intubação; manutenção do relaxamento. 
vecurônio Intubação; manutenção do relaxamento 
 
Relaxantes musculares não-despolarizantes – início e duração mais longos. 
Medicamento Uso comum 
d-tubocurarina Manutenção do relaxamento 
Metocurina Manutenção do relaxamento 
pancurônio Manutenção do relaxamento 
 
 
Anestesia Espinhal. 
549 
 
É um bloqueio extenso da condução nervosa produzido quando um anestésico 
local é introduzido dentro do espaço subaracnóide no nível lombar, usualmente entre L4 
e L5. Ela produz anestesia dos membros inferiores, períneo e parte inferior do abdome. 
Para o procedimento de punção lombar, o paciente geralmente deita em decúbito lateral 
na posição genupeitoral. A técnica estéril é usada quando é feita uma pução espinhal e o 
medicamento é injetado através da agulha. Logo que a injeção foi efetuada, o paciente é 
posicionado em decúbito dorsal. 
Alguns minutos depois da indução de um anestésico espinhal, a anestesia e a 
paralisia e afetam os artelhos e o períneo e, em seguida, atingem as pernas e o abdome. 
Quando o anestésico alcança a porção torácica superior e cervical da medula 
espinhal em altas concentrações, resulta em paralisia respiratória parcial ou completa 
respiratória. A paralisia dos músculos respiratórios é tratada pela ventilação mecânica até 
que os efeitos do anestésico sobre os nervos cranianos e torácicos tenham desaparecido. 
Náuseas, vômitos e dor podem acontecer durante a cirurgia quando se utiliza a 
anestesia espinhal. Como regra, essas reações resultam da manipulação das várias 
estruturas, principalmente daquelas dentro da cavidade abdominal. A administração IV 
simultânea de uma solução fraca de tiopental e a inalação de oxido nitroso podem evitar 
certas reações. 
Agentes anestésicos regionais e locais selecionados 
Agente Administração 
Lidocaína Epidural, anestesia intravenosa, periférica 
e infiltração local. 
Bupivacaína Epidural, anestesia intravenosa, periférica 
e infiltração local. 
Tetracaína Tópica, infiltração e bloqueio de nervoso. 
Procaína Infiltração local. 
 
Bloqueios de condução local. 
Os exemplos de bloqueios de condução local comuns são: 
-bloqueio de plexo braquial, que produz anestesia do braço. 
-bloqueio paravertebral, produz anestesia dos nervos que suprem o tórax, parede 
abdominal e membros. 
-bloqueio transacral (caudal): que produz a anestesia do períneo e ocasionalmente, 
de parte inferior do abdome. 
550 
 
Sedação/ analgesia moderada 
A sedação moderada (ou analgesia moderda), previamente referida como sedação 
consciente, é uma formda de anestesia que envolve a administração IV de sedativos e/ou 
analgésicos para reduzir a ansiedade do paciente e controlar a dor durante procedimentos 
diagnósticos ou terapêuticos. 
Anestesia local 
A anestesia local é a injeção de uma solução contendo anestésico local dentro dos 
tecidos no sitio de incisão planejado. Com frequência, ela é combinada com um bloqueio 
regional local ao injetar os nervos que invervam imediatamente a região. As vantagens 
da anestesia local são as seguintes: 
 É simples, econômica e não-explisva; 
 O equipamento necessário mínimo; 
 A recuperação pos-operatoria é breve; 
 Evitam-se os efeitos indesejáveis da anestesia geral; 
 É ideal para os procediemntos cirúrgicos breves e superficiais. 
A pele é preparada da mesma forma que para qualeuer rocedimento cirurgic, 
sendo uma agulha de pequeno calibre empregada para injetar uma pequena quanidade de 
anestésico dentro das camadas cutâneas. Isso produz esbraquiçamento ou uma pápula. 
O anestésico adicional é então injetado na pele até que uma área com a extensão 
da incisão proposta esteja anestesiada. Em seguida, uma agulha maior e mais calibrosa é 
utilizada para infiltrar os tecidos mais profundos com o anestésico. 
A ação do anestésico é quase imediata de modo que a cirurgia pode começar logo 
que a injeção seja terminada. A anestesia dura 45 minutos a 3 horas, dependendo do 
anestésico e do uso de epinefrina. 
 
Cuidado de enfermagem na UCPA (unidade de cuidados pos anestésicos) / 
SRPA (sala de recuperação pós anestésica) 
Os objetivos do cuidado de enfermagem ao paciente na UCPA consistem em: 
fornecer cuidado até que o paciente tenha se recuperado dos efeitos da anestesia, esteja 
orientado, tenha sinais vitais e estáveis e não mostre evidencia de hemorragia nem de 
outras complicações. 
Avaliando o Paciente 
As avaliações frequentes e competentes do nível de saturação de oxigênio no 
sangue, frequência e regularidade do pulso, profundidade e natureza das respirações, 
coloração da pele, nível de consciência e a capacidade de responder aos comandos são os 
marcos do cuidado de enfermagem na UCPA. 
 
ESCALA DE ALDRETE E KROULIK 
551 
 
 
A utilização de pontos de uma tabela para avaliar o estado físico do paciente teve 
sua origem em 1953, quando Apgar começou a avaliar recém-nascidos e criou a sua 
sistemática. Em 1970, Aldrete e Kroulik propuseram um sistema numérico de avaliação 
pós-anestésica permitindo uma coleta de dados com critério definido realizada pela 
enfermeira da RA. A partir de então, muitas Salas de Recuperação Pós Anestésicas 
incorporaram esse sistema de avaliação numérica no exame inicial de admissão do 
paciente na RA e em intervalos regulares até o momento da alta, sendo o mais utilizado 
atualmente. 
O sistema de Aldrete–Kroulik permite avaliação dos seguintes parâmetros: 
atividade do paciente, respiração, circulação, consciência e saturação de oxigênio. 
Atribui-se uma pontuação que varia de 0 a 2 para cada parâmetro, na qual o 0 indica 
condições de maior gravidade, o 1 corresponde a um nível intermediário e o 2 representa 
a melhor função. Índice acima de 8 é indicativo de alta da sala de recuperação. 
 
 
 
Mantendo uma via aérea permeável 
O objetivo principal no período pós-operatório imediato consiste em manter a 
ventilação pulmonar e, assim, evitar a hipoxemia (oxigênio reduzido no sangue) e 
hipercapnia (excesso de dióxido de carbono no sangue). Ambos podem acontecer quando 
a via aérea está obstruída e a ventilação está reduzida (hipoventilação) 
 
Mantendo a estabilidade cardiovascular 
Para monitorar a estabilidade cardiovascular, a enfermeira avalia o estado mental 
do paciente, os sinais vitais, o ritmo cardíaco, a temperatura, a coloração e umidade da 
pele e do debito urinário. (quantidade de urina eliminada pelos rins) 
Hipotensão e choque 
A hipotensão pode resultar da perda sanguínea, hiperventilação, alterações de 
posição, represamento de sangue nos membros ou efeitos colaterais dos medicamentos e 
552 
 
anestésicos. A causa mais comum é a perda do volume circulante devido à perda de 
sangue e plasma. Quando a quantidade de perda sanguínea supera a 500ml 
(principalmente quando a perda é rápida), a reposição geralmente está indicada. 
O choque, uma das complicações pós-operatórias mais graves, pode resultar da 
hipovolemia e do volume intravascular diminuído. Os tipos de choque são classificados 
como hipovolêmico, cardiogênico, neurogênico, anafilático e séptico. Os sinais clássicos 
do choque hipovolêmico (o tipo mais comum de choque) são: 
 Palidez 
 Pele fria e úmida 
 Respiração rápida 
 Cianose dos lábios, gengivas e língua 
 Pulso rápido, fraco e filiforme 
 Estreitamento da pressão de pulso 
 Pressão arterial baixa 
 Urina concentrada 
 Choque anafilático: causado por uma alergia grave. 
 Choque neurogênico: causado por alguma lesão na medula espinhal. 
 Choque metabólico: causado por grande perda de líquidos no corpo, diarreia, vômitos, 
insulina e outros. 
 Choque hipovolêmico: causado pela perda de mais de 1 litro de sangue. 
 Choque psicogênico: causadopor algum fator psicológico, estresse, medo, ansiedade e outros. 
 Choque séptico: causado pela invasão ao corpo por microorganismos, como vírus, bactérias ou 
fungos, vindos de uma infecção local ou vindas do meio externo, chegando à corrente sanguínea 
e contaminando todo o corpo. 
 Choque cardiogênico: causado por alguma situação que leve ao mau funcionamento do 
coração. 
 
Hemorragia 
A hemorragia é uma complicação incomum mas grave da cirurgia, podendo 
resultar em morte. Pode apresentar-se de maneira insidiosa ou em caráter de emergência 
a qualquer momento no período pós-operatório imediato ou até vários dias depois da 
cirurgia. Quando a perda de sangue é extrema, o paciente fica apreensivo, inquieto e com 
sede; a pele fica fria, úmida e pálida. 
A frequência de pulso aumenta, a temperatura cai e as respirações são rápidas e 
profundas, frequentemente do tipo ofegante, dito como “com fome de ar”. Quando a 
hemorragia progride sem tratamento, o débito cardíaco diminui, a pressão sanguínea 
arterial e venosa e o nível de hemoglobina caem rapidamente, os lábios e as conjuntivas 
(parte branca do olho) tornam-se pálidos, as manchas aparecem na visão, ouve-se um som 
de sino nos ouvidos, e o paciente fica mais fraco, embora permaneça consciente até 
próximo à morte. 
 
Hipertensão e arritmias 
A hipertensão é comum no período pós-operatório imediato secundaria à 
estimulação do sistema nervoso simpático pela dor, hipóxia ou distensão vesical. As 
arritmias estão associadas ao distúrbio eletrolítico, função respiratória alterada, dor, 
hipotermia, estresse e agentes anestésicos. Tanto a hipertensão quanto as arritmias são 
controladas ao se tratar as causas subjacentes.(que se desenvolve) 
Aliviando a dor e a ansiedade 
Os analgésicos opioides são administrados com critério e, com frequência, por via 
IV na UCPA (Rothrock, 2003). Os opioides IV fornecem alivio imediato da dor e são de 
553 
 
ação curta, minimizando assim o potencial para as interações medicamentosas ou 
depressão respiratória prolongada, enquanto os anestésicos ainda estão ativos no sistema 
do paciente. 
Controlando as náuseas e os vômitos 
As náuseas e os vômitos são problemas comuns na UCPA. A enfermeira devera 
intervir no primeiro relato de náuseas do paciente para controlar o problema em lugar de 
esperar que ela evolua até os vômitos. 
Promovendo a cicatrização da ferida 
 A avaliação contínua do sítio cirúrgico envolve a inspeção para a aproximação das 
bordas da ferida, integridade das suturas ou grampos, rubor, coloração, calor, inchação, 
dor incomum ou drenagem. A área ao redor da ferida também deverá se inspecionada 
para uma reação ao esparadrapo ou trauma devido às bandagens apertadas. 
 As intervenções de enfermagem para promover a cicatrização da ferida também 
incluem o manejo dos drenos e curativos cirúrgicos. 
Os drenos de feridas são tubos que saem da área periincisional, quer para dentro 
de um dispositivo de aspiração de ferida portátil (fechando), quer para dentro de curativos 
(aberto). 
O princípio envolvido consiste em permitir a saída do sangue e dos líquidos 
serosos que poderiam, de outra forma, servir como um meio de cultura para as bactérias. 
Na aspiração portátil de feridas, o uso da sucção baixa e constante estimula a drenagem 
desses líquidos e colabora os retalhos cutâneos contra o tecido subjacente, removendo, 
assim, o “espaço morto”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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