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SÍNTESES DE FAMOSOS TEXTOS DA LITERATURA MUNDIAL DE ACORDO COM TEMAS DIVERSOS

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SÍNTESES DOS TEXTOS TEÓRICOS SOLICITADOS
TEXTO: OQUE É ARTE POPULAR 
AUTOR : ANTÔNIO AUGUSTO ARANTES
EDITORA: BRASILIENSE
ANO: 1985
Pode-se notar que, grande parte dos autores pensa em cultura popular como folclore, ou seja, como um conjunto de objetos, práticas e concepções , sobretudo religiosas e estéticas, consideradas tradicionais. Outros concebem as manifestações culturais tradicionais como resíduo da cultura culta de outras épocas e, às vezes, de outros lugares, filtrada ao longo do tempo pelas sucessivas camadas de estratificação social. Diz-se: o povo é um clássico que sobrevive. Pensar em cultura popular como sinônimo de tradição é impossibilitar a compreensão das sucessivas modificações por quais necessariamente passaram esses objetos, concepções e práticas do povo. É pensar as modificações como empobrecedoras ou deturpadoras. 
O estudo de Arantes está dividido em três capítulos. Inicia com o texto Um aglomerado indigesto de fragmentos, segue com As culturas aqui e agora, múltiplas e em constantes transformação e termina com Na dimensão política do “popular”, a questão da “participação”. 
Para o autor, cultura Popular não é um conceito bem definido pelas Ciências humanas e pela Antropologia social. Seus significados são heterogêneos, remetendo a um amplo aspecto de concepção. Pode-se atribuir à cultura popular o conceito de saber, como também a função de resistência a dominação de classes. O termo saber refere-se, em geral, ao conhecimento do universo e a aspectos de tecnologia, como técnicas de trabalho e procedimentos de cura. Os eventos são pensados no passado ou que logo serão superados. 
Já a resistência à dominação de classes ocorre com os diversos modos de expressão artística, como a literatura oral, a música, o teatro e a poesia. 
TEXTO: O NARRADOR, CONSIDERAÇÕES SOBRE A OBRA DE NIKOLAL LESKOV
AUTOR: WALTER BEJAMIN
EDITORA: BRASILIENSE
ANO: 1985
O texto “O narrador”, de Walter Benjamin, traz uma reflexão sobre o desaparecimento do narrador na história da civilização. O autor discorre sobre a importância da narrativa e traz algumas observações bastante pertinentes sobre sabedoria, informação e experiência.
Benjamin parte do trabalho do escritor Nikolai Leskov para defender a tese de que a arte de narrar histórias está em extinção. Para o autor, a guerra fez com que os combatentes ficassem mais pobres em experiência comunicável.
Pois pode recorrer ao acervo de toda uma vida. (...) Seu dom é poder contar sua vida; sua dignidade é contá-la inteira. O narrador é o homem que poderia deixar luz tênue de sua narração consumir completamente a mecha de sua vida.”
Um dos pontos levantados por Benjamin que chama a atenção no texto é a relação entre a narrativa e o trabalho manual. Para Benjamin, a narrativa é ela própria uma forma artesanal de comunicação, onde o narrador “deixa sua marca” na narrativa contada.
O autor afirma que as melhores narrativas escritas são “as que menos se distinguem das histórias orais contadas pelos inúmeros narradores anônimos”. (p. 198).
Ao longo do discurso o autor elenca dois fatores fundamentais para que esta extinção se torne cada vez mais latente: O Romance e a Informação. 
Novamente observamos a visão pessimista de Benjamim ao se referir à tecnologia dos meios de comunicação. Ao relembramos o seu famoso texto “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”, observamos o quanto Benjamin se opõe a técnica.  Técnica esta, que é grande responsável pela produção e divulgação de informações, antes destinadas somente a uma parcela da sociedade.
Os anônimos que anteriormente eram contados através da narrativa , perderam força. O jornalismo altamente consumível se faz presente. E como o próprio Benjamim diz: “A informação só tem valor no momento em que é nova.” 
O que se pretende não é de forma alguma a exclusão da informação do Jornalismo, mas sim a maior inserção de histórias do povo. Como o próprio conceito de narrativa exposto no texto, a produção e memória coletiva é algo fundamental. A tradição da oralidade observada na narrativa é primordial para transmissão de experiências cotidianas. E é desta forma que teremos um Jornalismo mais humanizado, mais próximo das pessoas.
TEXTO: PORQUE LER OS CLÁSSICOS
AUTOR: ÍTALO CALVINO
EDITORA: COMPANHIA DAS LETRAS
ANO: 2007
Didaticamente, Ítalo Calvino convencia os mais amedrontados, desde os que preferiam afirmar que estavam “relendo” os clássicos por medo de serem discriminados como incultos, até os que se consideravam um tanto “maduros” para iniciar a leitura dos mesmos. Tentar fazê-los ver que não precisava temer iniciar esse tipo de leitura, mesmo que tardiamente. O autor argumentava, por exemplo, que começar a lê-los em idade adulta acrescentava ao ato um sabor especial fornecido pela própria bagagem vivencial do leitor, que o tornará apto a melhor apreciar o conteúdo sempre surpreendentemente atual de tais livros. A capacidade de permanecer no tempo dos clássicos está relacionada à sua competência em interagir com a cultura, marcando-a com seus traços, por vezes subliminares, o que faz com que, na realidade inexistam “primeiras leituras” de clássicos, mas apenas “releituras”. Eles não são, segundo o escritor italiano, livros “antigos”, mas ocupam “um lugar próprio numa continuidade cultural”. 
Segundo Calvino, alguns dos 14 motivos para que devêssemos ler os clássicos são:
1. Os clássicos são aqueles livros dos quais, em geral, se ouve dizer: “Estou relendo … ” e nunca “Estou lendo … “.
2. Dizem-se clássicos aqueles livros que constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado; mas constituem uma riqueza não menor para quem se reserva a sorte de lê-Iaspela primeira vez nas melhores condições para apreciá-las.
3. Os clássicos são livros que exercem uma influência particular quando se impõem como inesquecíveis e também quando se ocultam nas dobras da memória, mimetizando-se como inconsciente coletivo ou individual.
4. Toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a primeira.
5. Toda primeira leitura de um clássico é na realidade uma releitura.
6. Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer.
7. Os clássicos são aqueles livros que chegam até nós trazendo consigo as marcas das leituras que precederam a nossa e atrás de si os traços que deixaram na cultura ou nas culturas que atravessaram (ou mais simplesmente na linguagem ou nos costumes).
8. Um clássico é uma obra que provoca incessantemente uma nuvem de discursos críticos sobre si, mas continuamente as repele para longe.
9. Os clássicos são livros que, quanto mais pensamos conhecer por ouvir dizer, quando são lidos defato mais se revelam novos, inesperados, inéditos.
11. O “seu” clássico é aquele que não pode ser-lhe indiferente e que serve para definir a você próprio em relação e talvez em contraste com ele.
12. Um clássico é um livro que vem antes de outros clássicos; mas quem leu antes os outros e depois lê aquele, reconhece logo o seu lugar na genealogia.
13. É clássico aquilo que tende a relegar as atualidades à posição de barulho defundo, mas ao mesmo tempo não pode prescindir desse barulho de fundo.
14. É clássico aquilo que persiste como rumor mesmo onde predomina a atualidade mais incompatível.
TEXTO: CULTURAS HIBRIDAS: ESTRATÉGIAS PARA ENTRAR E SAIR DA MODERNIDADE
AUTOR: NÉSTOR GARCIA CNACLINI
EDITORA: EDUPS
ANO: 2000
Canclini abrange as estratégias de entrada e saída da modernidade e trata da estética das manifestações artísticas como resultado de tal hibridação. Estuda a introdução das tecnologias modernas dentro do cenário urbano e moderno e as consequências destas para com as micro sociedades. Ainda trata dos conceitos de pós-modernidade e de sua relevância no processo cultural.
O autor compreende uma problemática da modernização cultural na América Latina, originária de uma modernização tardia no continente, e considera que é preciso encontrar estratégias de entrada e saída nesseprocesso. Esta, por sua vez, está na pós- modernidade, na hibridação, nos poderes oblíquos e na desterritorialização.
Canclini explica que a arte, a comunicação, a antropologia, a história, dentre outros setores de conhecimento, fundem-se no contexto atual em sintonia com as tecnologias comunicacionais. Tal fusão ainda é presente em diversos outros aspectos da cultura atual como a mistura entre o erudito e o popular, fazendo uma nova concepção de seus conceitos. Segundo ele, a cultura urbana é o antro da heterogeneidade cultural.
Outro ponto trabalhado é o enfraquecimento das estruturas micro sociais urbanas (clube, café, centro comunitário, etc.). A maior relevância da mídia está na substituição dessas interações coletivas. Canclini também aponta a produção de bens culturais colecionáveis como um dos fatores de desarticulação cultural.
O pensador contemporâneo (Canclini) enaltece o México como centro de desconstrução das formas de arte, e fala que o grafite e os quadrinhos são bons lugares de intersecção cultural por compreenderem diferentes estéticas artísticas em sua composição.
As transformações culturais geradas pelas últimas tecnologias e por mudanças na produção e circulação simbólica não eram mais de responsabilidade exclusiva dos meios comunicacionais. As ideologias urbanas atribuíram um aspecto da transformação, produzida pelo entrecruzamento de muitas forças da modernidade, a explicação de seus nós e suas crises.  Por muito se imaginou que as megalópoles sucumbiam o homem ao meio, ao caos urbano, e à violência. Os grupos populares saem pouco dos seus espaços, os setores médios e altos multiplicam as grades nas janelas, para todos o rádio e televisão, para alguns o computador conectado para serviços básicos, transmitem-lhes a informação e o entretenimento em domicilio.
TEXTO: O DEMÔNIO DA TEORIA
AUTOR: ANTONIE COMPAGNOM
EDITORA: HUMANITAS
ANO: 2006
Quando falamos em literatura logo remitimo-nos as artes literárias ou o ardo ofício da escrita como ato de escrever, ou seja, escrever romance, poesia, conto e outros gêneros textuais. Tratamos a literatura como uma espécie de ofício que se respalda no simples desenvolver-se escrito.
A obra do teórico Antonine Compagnom (1999), O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum, vem nos mostrar que deve-se observar a literatura com o olhar da teoria e o fazer científico, não apenas com o olhar do senso comum.
Os estudos literários falam na literatura das mais diferentes maneiras. Concordam, entretanto, num ponto: diante de todo estudo literário, qualquer que seja seu objetivo, a primeira a ser colocada, embora pouco teórica, é a definição que ele fornece (ou não) de seu objeto: ou texto literário. O que torna esse estudo literário? Ou como ele define as qualidades literárias do texto literário? Numa palavra, o que é para ele, explicita ou implicitamente, a literatura? 
Observemos que o foco se simplifica a definir o texto como respaldo literário. Mas o que é a literatura quando nos reportamos ao texto como objeto de estudo? Por esta razão se inquieta o autor em indagar: “Numa palavra, o que é para ele, explicita e implicitamente, a literatura?”
É preciso que se defina a literatura e seu objeto de estudo, mas esta definição pode acarretar normas extraliterárias, ou seja, mais definições com elementos que abarcaria um profundo conhecimento de mundo social, histórico, etc. Tendo em vista que não se tem ainda um aprofundamento sobre qual é o objeto de sua análise.
No sentido mais amplo, literatura é tudo que é impresso (ou mesmo manuscrito), são todos os livros que a biblioteca contem (incluindo-se ai o que se clama literatura oral, doravante consignada). Essa acepção corresponde à noção clássica de “belas-letras” as quais compreendiam tudo o que a retorica e a poética podiam produzir, não somente a ficção, mas também a história, a filosofia e a ciência, e, ainda, toda a eloquência.” 
Compagnom nos diz que a literatura ganhou, na era moderna uma nova acepção, novas definições que vinha desde Aristóteles aos dias de hoje, como formulas poéticas e de imitações, e o sentido vem a ser inseparável do romantismo, este congratula o termo na pré era da modernidade. Lembrando que a literatura também se remetia aos gêneros nacionais, por este motivo o termo ganha novos aspectos durante o período romântico enquadrando-se a literatura como o cânone de uma sociedade, a literatura como aspectos nacionais.
Segundo Compagnom (1999) literatura são os grandes escritores, esta também é uma concepção romântica, mas não se pode esquecer, como assim nos informa o autor, que a mesma, é uma generalização canônica daquilo que tratamos aqui, a literatura. Então o que podemos dizer da literatura que não pertence ao cânone? Compagnom nos trás esta inquietação, e reporta ao poeta T.S Eliot dizendo que a literatura rompe as barreiras, e pode se esconder em outras obras não pertencentes ao cânone, mas que poderão ser canônicas, fazendo rupturas e refazendo a literatura em uma eterno retrocesso entre o novo e o antigo.

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