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QUESTÕES DE TGP

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ACESSO À JUSTIÇA 
1. Como assegurar a efetividade do processo quanto a utilidade da decisão?
É possível assegurar a efetividade do processo quanto a utilidade da decisão por meio de decisões céleres, para que seja útil para as partes. É necessário que o processo seja resolvido no menor tempo possível para que se possa usufruir do direito. A Constituição busca assegurar esse período razoável para a resolução do conflito, mas muitas vezes isso não ocorre no caso concreto. 
Existem medidas de urgência que são utilizadas quando há periculum in mora e o fumus boni juris. O periculum in mora, é o risco de que a solução jurisdicional definitiva cause dano irreparável ou de difícil reparação para o titular do direito. Além disso, deve haver o fumus boni juris, que dentro dessa situação de premência, o titular do direito já apresente elementos de prova que indicam a possibilidade do direito alegado. Assim, o juiz alegará a situação de urgência e que tudo indica que o direito existe.
Vale salientar ainda quanto a utilidade da decisão, é expresso em lei que os processos de idosos têm prioridade na tramitação. 
A jurisdição deve dar uma tutela específica, conceder à parte tudo aquilo que ela tem direito e pediu. Quando não é possível a tutela específica, pode haver a tutela reparatória que é a medida cautelar, que o juiz dá uma medida que garante a utilidade da decisão, mas não antecipa, e a antecipação da tutela que é a antecipação mesmo do provimento dos casos. 
2. Como se pode assegurar a efetividade do processo quanto ao modo de ser do processo?
É possível assegurar a efetividade do processo quanto ao modo de ser do processo eliminando formalismos desnecessários e quanto ao modo de atuação do juiz. Os formalismos desnecessários deixam o processo mais demorado, o procrastina. Mas isso não significa dizer que não deve haver formalismo na relação processual pois é importante para evitar a arbitrariedade do juiz. Quanto ao modo de atuação do juiz, o juiz deve ser participativo. Ele pode requerer provas mesmo sem a autorização das partes. 
Além disso, as partes devem buscar a celeridade do processo, devem colaborar para que ele se torne efetivo e útil.
3. Como se pode assegurar a efetividade do processo quanto a justiça das decisões?
É possível assegurar a efetividade do processo quanto a justiça das decisões pela postura do juiz. O juiz quando realiza justiça nas suas decisões ele está fazendo valer o ordenamento jurídico, ele é um instrumento de realização da justiça. O juiz deve se preocupar com a qualidade de suas decisões e dentro dessa qualidade, a realização da justiça. 
4. Quais os obstáculos para que o cidadão possa promover a admissão ao processo?
São quatro obstáculos: a estrutura do poder judiciário, a situação econômica do cidadão, a ignorância dos direitos e a proteção aos interesses metaindividuais. 
Quanto a estrutura do poder judiciário é se está próximo do cidadão, se é possível ele encontrar facilmente um órgão do Poder Judiciário para fazer seus pleitos, promover seus direitos.
Quanto a situação econômica do cidadão é a respeito de que se o cidadão não consegue pagar às custas do processo. Quando isso ocorre, o Estado deve dar gratuidade a quem não pode pagar. Por meio das defensorias, o cidadão tem direito a uma defesa gratuita. 
Quanto a ignorância dos direitos diz respeito a necessidade de superação de obstáculos, para que todos os cidadãos conheçam seus direitos, através de instrumentos de informação dos direitos às pessoas.
O último obstáculo diz sobre a proteção aos interesses metaindividuais. A questão de quem vai representar os direitos difusos e coletivos dos cidadãos. No Brasil, esse obstáculo foi superado pelo Ministério Público e as entidades privadas que atuam a mais de um ano naquela área de direito difuso e coletivo, além disso, a Ação Civil Pública. 
5. Quais são os escopos objetivos do direito processual criados por Alcalá Zamora?
Escopo jurídico é aquele que faz valer o direito concreto, efetivando a justiça. 
Escopo social é o que garante assegurar através da jurisdição a solução pacífica de conflitos, dentro de uma ordem social. Além disso, busca a ideia de que a atividade jurisdicional tem uma dimensão educativa. Essa dimensão trata de resgatar a credibilidade do Poder Judiciário. A reafirmação do Estado como realmente um instrumento de assegurar a autoridade do ordenamento.
Escopo político é o garante preservar a autoridade do Estado quando legisla. Quando o juiz profere uma decisão, ele está preservando o Poder Legislativo, o exercício das liberdades pelo cidadão. 
6. Fale sobre as ondas renovatórias.
As ondas renovatórias foram movimento na busca de assegurar o acesso efetivo à justiça. Foram três: a primeira foi quanto a preocupação com a assistência judiciária aos necessitados, a segunda foi para proteger os interesses metaindividuais e a terceira foi acerca da reorganização da estrutura do Estado.
A primeira onda renovatória é quanto a preocupação com a assistência judiciária quanto aos necessitados. Foi proporcionado, portanto, serviços jurídicos para os pobres, como por exemplo, o serviço de advogados pagos pelo Estado, dando assim uma representação igualitária aos mais pobres. 
A segunda onda renovatória é o da representação aos interesses difusos. No Brasil foi implantado os representantes para a defesa do direito difuso para que possam representar a comunidade no juízo. Por meio do Ministério Público, estadual e federal e a entidades privadas que atuam a mais de um ano naquela área de direito difuso e coletivo.
A terceira onda renovatória se preocupa quanto a reorganização da estrutura do Estado. É o aprimoramento das normas instrumentais, para o Estado cumprir os seus deveres, todos os esforços para reaparelhar o Judiciário, do ponto de vista estrutural. Buscar a efetividade do processo em relação aos objetivos que o direito processual deve atingir. Essa terceira onda inclui a advocacia judicial ou extrajudicial, a partir do momento que centra sua atenção no conjunto geral de instituições e mecanismos, pessoas e procedimentos utilizados para processar e mesmo para prevenir disputas na sociedade moderna.
Tem o enfoque de correlacionar e adaptar o processo civil ao tipo de litígio, conforme o caso, diferentes barreiras ao acesso podem ser mais evidentes, e diferentes soluções, eficientes. As partes que tendem a envolver em determinado tipo de litigio precisa ser levada em consideração. Surge a arbitragem, a autocomposição, o juizado de pequenas causas voltada para a realidade do conflito material que é trazido. A mediação e a conciliação por si só não resolvem conflitos. São instrumentos que podem propiciar a autocomposição, mas não são meios alternativos de solução de conflitos. São meios de estímulo ao meio alternativo, que é a autocomposição. 
LINHAS EVOLUTIVAS DO DIREITO PROCESSUAL
1. Fale sobre as linhas evolutivas do Direito Processual.
1ª fase: Sincretismo - É considerada a primeira fase, em que o direito processual não era considerado como uma ciência autônoma. Não existia diferença entre planos do processual e do material, não tendo institutos próprios do direito processual. Não havia profundidade da compreensão processual, para distingui-lo de fenômenos no plano material. Mas houve um marco nessa fase em que Oskar Bullon escreve sobre a relação processual e os pressupostos processuais. A partir, daí começou a considerar a relação processual como fenômeno próprio, diferente de outras ciências jurídicas.
2ª fase: Autonomia - A fase da autonomia é considera tecnicista, onde se apurou os conceitos em torno do fenômeno processual. 
Na jurisdição, o Estado vai fazer valer o ordenamento jurídico objetivo, a norma material. Segundo Oskar, quando o cidadão procura o Estado para promover seus direitos, está havendo ali uma relação entre sujeitos, que são regulados pela lei. Portanto é uma relação de natureza pública, o Estado atua nessa relação com poder em frente as partes. O direito processual, regula a atividade em que oEstado atua com Poder. 
Foi introspectiva, voltava-se para o próprio direito processual, para as formas desse direito. Afastou, por isso, a noção da instrumentalidade, houve um relaxamento quanto a ela. 
3ª fase: Instrumentalismo - A última fase é a do instrumentalismo, aquela que procura explorar a instrumentalidade no direito processual. Estabelecer a plenipotência a que o direito processual deve corresponder. Analisar os escopos processuais até a realização efetiva deles. Junto com essa fase, ingressou a preocupação com a efetividade dos escopos, com o acesso à justiça. 
2. Explique a discussão entre dois grandes autores, Windscheid e Mutler, “A Polêmica”, a respeito sobre a actio romana. 
Windscheid afirmava que o cidadão na actio romana não tinha a ideia dessa realidade de buscar alguma coisa perante o Estado. 
Já Mutler dizia que eles tinham a ideia de buscar alguma coisa perante o Estado. Quando o cidadão procurava o preto para pretor para pedir a actio, a actio era uma linha sequencial a ser seguida, era uma espécie de ação. O cidadão pediria, portanto, uma actio possesiones, uma espécie de ação que o indivíduo faria que conflito e ia seguir as etapas do Estado dentro do que fosse previsto naquela fórmula. 
O pretor caso negasse essa actio, ele teria a intercessio. Recurso contra a negativa da actio pelo pretor. Ele dizia que esse recurso revela que o indivíduo vinha uma obrigação do Estado, tanto que se negasse, ele tinha recurso contra essa decisão. Mostra que eles tinham a consciência que eles estavam indo buscar um dever do Estado na sua situação concreta. 
JURISDIÇÃO
1. Fale sobre o escopo jurídico de atuação do direito e os princípios da aderência ao território e da inevitabilidade da jurisdição.
O escopo jurídico de atuação do direito é agir para fazer valer a lei em casos concretos que lhe são trazidos por provocação. Segundo Chiovenda, seria fazer valer a vontade da lei, nos casos concretos. Ou seja, aquela tutela jurídica de segunda ordem pelo monopólio estatal. A natureza pública da atividade do Estado, segundo o escopo jurídico da atuação do direito, seria uma atuação com objetivo de fazer valer o ordenamento jurídico. O juiz faz valer a lei quando reconhece o direito e dá a tutela ao autor ou quando não reconhece, e nega a tutela ao autor. 
O princípio da aderência ao território diz que todo órgão jurisdicional, tem autoridade jurisdicional limitada a um território. Caso o juiz que julgue um processo, não tem jurisdição em um determinado território, ele tem que solicitar cooperação de um juiz. Isso se dá através de uma carta precatória -quando se pede a juiz do território nacional- e rogatória -quando se pede cooperação a juiz estrangeiro-. 
O princípio da inevitabilidade de jurisdição é referente a autoridade da decisão jurisdicional que se impõe por si mesma independentemente da anuência das partes que estão sujeitas a autoridade do Estado no processo. É o Estado que exerce o poder de decisão na jurisdição, devendo as partes estarem sujeitas a ele. 
2. Fale sobre dois caracteres essenciais a jurisdição.
A jurisdição apresenta diversos caracteres, e entre eles, podem-se destacar o caráter substitutivo e a definitividade. 
O caráter substitutivo diz respeito à substituição das partes pelo juiz, tendo essa ideia da autoridade do juiz substituindo a autoridade das partes e, também, abrange a ideia da substituição da justiça privada pela justiça pública, devido ao monopólio estatal da justiça. As implicações da heteronomia estão implícitas nesse caráter substitutivo, visto que o juiz atua como terceiro, em re alinea, e agindo de modo imparcial. 
A definitividade, por sua vez, afirma que só o ato jurisdicional terá a vocação para tornar-se imutável, não sendo revistos ou modificados uma vez que a lei não prejudicará a coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido. No entanto, nem todo ato jurisdicional poderá ser imutável, sendo necessário, assim, diferenciar os dois tipos de coisa julgada: formal e material. A primeira diz respeito à imutabilidade da decisão em determinado processo. Mas, embora não podendo ser modificada naquele processo, talvez possa ser em outro, dependendo se fez ou não coisa julgada material, que é a definitividade quanto ao mérito, em relação a qualquer processo
3. Responda e explique: em que consistem a coisa julgada formal e a coisa julgada material? Todo ato jurisdicional se torna definitivo?
A coisa julgada formal é a definitividade da solução em um processo determinado, quando a decisão do processo não pode mais ser modificada. Se no processo não cabe mais nenhum recurso quer dizer que se torna imutável naquele processo. Mas pode acontecer da decisão não ser modificada neste processo, mas em outro porque ela tão teria feito coisa julgada quanto ao mérito. Quando nós temos uma sentença cautelar. Aí entra a coisa julgada material que embora não podendo ser modificada naquele processo, talvez possa ser em outro, dependendo se fez ou não coisa julgada material, que é a definitividade quanto ao mérito, em relação a qualquer processo.
A definitividade existe como regra geral, mas somente o ato jurisdicional tem o ato para a definitividade, porém nem todo ato jurisdicional se torna imutável porque há situações em que o julgado, pela sua própria natureza não faz coisa julgada material quanto ao mérito, portanto. Como por exemplo no processo de ação cautelar quando não cabe mais nenhum recurso, a sentença faz coisa julgada formal, mas quanto ao mérito, pode ser modificado na ação principal. Outra hipótese é na obrigação de trato sucessivo. 
4. Fale sobre a definitividade.
A definitividade é inerente ao ato jurisdicional, ao próprio direito. Esse critério não é absoluto, mas sim relativo. Só o ato jurisdicional tem a vocação para se tornar imutável, mas nem todo ele é. Para isso, é necessário entender em que consiste a coisa julgada formal e a coisa julgada material. A formal, diz respeito à imutabilidade da decisão em determinado processo. Se em determinado processo não cabe mais nenhum recurso, se torna imutável naquele processo. Mas, embora não podendo ser modificada naquele processo, talvez possa ser em outro, dependendo se fez ou não coisa julgada material, que é a definitividade quanto ao mérito, em relação a qualquer processo.
A definitividade existe como regra geral, mas somente o ato jurisdicional tem o ato para a definitividade, porém nem todo ato jurisdicional se torna imutável porque há situações em que o julgado, pela sua própria natureza não faz coisa julgada material quanto ao mérito, portanto. Como por exemplo no processo de ação cautelar quando não cabe mais nenhum recurso, a sentença faz coisa julgada formal, mas quanto ao mérito, pode ser modificado na ação principal. Outra hipótese é na obrigação de trato sucessivo.
6. Cite e explique os princípios inerentes a jurisdição.
Princípio da aderência ao território - diz que todo órgão jurisdicional, tem autoridade jurisdicional limitada a um território. Caso o juiz que julgue um processo, não tem jurisdição em um determinado território, ele tem que solicitar cooperação de um juiz. Isso se dá através de uma carta precatória -quando se pede a juiz do território nacional- e rogatória -quando se pede cooperação a juiz estrangeiro-.
Princípio da inevitabilidade - é referente a autoridade da decisão jurisdicional que se impõe por si mesma independentemente da anuência das partes que estão sujeitas a autoridade do Estado no processo. É o Estado que exerce o poder de decisão na jurisdição, devendo as partes estarem sujeitas a ele.
Princípio da investidura – diz que só deve atuar a jurisdição quem for regularmente investido na autoridade de juiz segundo normas pré-estabelecidas. É um dos princípios do juiz natural.
Princípio da indelegabilidade – O princípio da indelegabilidade diz que os órgãos jurisdicionais não podem delegar suas funções, visto que cada juiz possui determinada investidura atribuída por lei, onde eles não estão atuando em nome próprio, mas sim emnome do Estado.
Princípio da inafastabilidade - Não se pode afastar o cidadão da possibilidade de buscar a prestação jurisdicional do Estado, ainda que não exista lei para aquele caso concreto. O legislador não pode fixar uma lei que admita uma hipótese que a jurisdição esteja afastada obrigatoriamente, ela tem que estar à disposição da jurisdição. 
Princípio da indeclinabilidade ou inescusabilidade - Não se pode afastar que o cidadão possa buscar o Poder Judiciário, e nenhum juiz pode se abster de julgar. É uma consequência da inafastabilidade da jurisdição. O legislador não tem a capacidade de imaginar todas situações concretas que possa ocorrer para ele prever na lei. Vai haver situações que não vai ter situação expressa para aquele caso concreto. O juiz então irá decidir por analogia, costumes e ou princípios gerais do direito.
Princípio do juiz natural – Voltar-se contra o tribunal de exceção, criado após a ocorência do fao para julgar determinada pessoa. Visa garantir ao cidadão um órgão jurisdicional idôneo. Para isso, depende da imparcialidade, independência e investidura segundo normas pré-estabelecidas e competência em concreto segundo normas pré-estabelecidas. 
Princípio da inércia - Visto como característica essencial a jurisdição e ora como um princípio inerente a jurisdição. A jurisdição só atua se for provocada. Essa inércia tem compromisso com a imparcialidade, porque a experiência histórica mostrou que o juiz inquisitorial fica psicologicamente vinculado as suas impressões iniciais, e isso afeta a imparcialidade, como também como um fator gerador de perpetuação de conflitos, que às vezes as próprias partes não tem interesse de perpetuar. A inércia é o outro lado da moeda do princípio da ação ou da demanda. Exceção: Habeas corpus de ofício.
7. O que você diria para defender o caráter jurisdicional da jurisdição voluntária?
O que caracteriza essencialmente a jurisdição não é propriamente a lide a ser resolvida, mas por outros aspectos, como por exemplo o caráter substitutivo e o escopo jurídico de atuação do direito. Além disso, existem os atos de pronunciamento judicial. Na homologação, por exemplo o juiz vai se manifestar sobre o ato para homologar ou não, conceder ou negar homologação, para autorizar ou negar autorização. Ex: divórcio consensual. O divórcio consensual, mesmo sendo consensual, em que o casado tenha filho menor ou incapaz, só pode fazer o divórcio, mesmo consensual com o Juiz. O juiz vai praticar um ato de homologação (é um ato de mero exame de formalidades). Ele vai examinar se foram atendidas as formalidades legais (vontade livre e espontânea). O ato de homologação é um ato de exame das formalidades legais. É um ato de pronunciamento judicial dele, se está ou não de acordo com as formalidades. Outro exemplo é o alvará, - é um instrumento que contém uma autorização judicial para a prática de algum ato. É uma autorização, o juiz vai se pronunciar se autoriza ou não, é um ato de pronunciamento judicial.
Outra hipótese que pode haver controvérsia que é de Jurisdição voluntária é o Processo de Interdição, em que ocorre a nomeação de um curador para a pessoa que se tornou incapaz de reger sua pessoa e seus bens (doença mental, prodigalidade). No Processo de Interdição, o intermitando é citado pessoalmente. Se o intermitando citado contestar esse processo não se torna contencioso. Não há bipolaridade ou interesses contrapostos. Ou são situações que implicam um pronunciamento judicial, mas não para decidir uma lide, não há uma lide, mesmo que haja controvérsia.
Pode ser que no curso desse processo de jurisdição voluntário, em um pedido de alienação de ióvel do filho menor, por exemplo, o juiz chama para intervir o Ministério Público. Este vai e diz que é contra. Isso não significa que houve uma lide porque a lide é representada por interesses contrapostos. Quando o pai é favor de vender e o MP é contra todos estão falando em favor do único interessado que é o menor. Na verdade, há uma controvérsia, mas nem toda é uma lide. 
8. O que você diria para defender o caráter administrativo da jurisdição voluntária?
Ocorre que em certos atos da vida privada, embora sejam atos da autonomia da vontade, eles têm uma grande significação da vida intersubjetiva, implicações importantes na vida intersubjetiva, esses atos que tem essa significação relevante na vida intersubjetiva a lei passa a exigir que eles sejam praticados sobre a fiscalização e o controle de uma autoridade. Então, na verdade, isso não inibe a autonomia da vontade, mas não deixa de ser uma limitação: você pode praticar o ato segundo a sua vontade autônoma, mas desde que seja do modo controlado/fiscalizado por uma autoridade ou perante uma autoridade. A administração pública de interesses privados, a submissão de um ato da vida privada que tem relevância social grande ao controle e fiscalização de uma autoridade. 
Os autores vão dizer que essa administração pública de interesses privados pode ser desenvolvida por ordem de 3 categorias diferentes:
A primeira categoria seria a dos Órgãos Meramente Administrativos, o direito empresta uma personalidade à uma pluralidade de pessoas agrupadas com um objetivo em comum, que é a pessoa jurídica. É uma pessoa por ficção jurídica e uma personalidade própria que não se confunde com a personalidade dos sócios, é coisa distinta. Ela vai contrair direitos e obrigações no tráfego da vida intersubjetiva, é preciso ter certeza da existência e do perfil da sociedade com relação a seu patrimônio, a responsabilização, etc. Daí porque sendo um ato da vida privada mas que tem uma grande relevância para a vida intersubjetiva, pelas implicações do atuar de uma pessoa jurídica na sociedade ela deve ser submetida ao controle e fiscalização de uma autoridade pública, de modo que os registros públicos vão permitir que todo e qualquer pessoa incluída tenha acesso aos elementos representativos mais significativos daquela sociedade. Dentre os Órgãos Meramente Administrativos, encontramos a Junta Comercial, que é uma autarquia federal e é encarregada do registro de averbações relativamente aos atos de comércio.
A segunda categoria são órgãos do foro extrajudicial, esses são fiscalizados pelo poder judiciário e exercem serviço público delegado. São pessoas da vida privada que, no entanto, prestam serviço público, são delegatários do serviço público, e vários atos da vida privada são submetidos ao controle desses órgãos. São exemplos o registro imobiliário, o registro civil, de notas, etc.
A terceira categoria são órgãos do foro judicial. Eles praticam atos de três ordens: atos certificantes –o juiz vai apenas atestar, reconhecer, autenticar- atos reptícios -aqueles que a eficácia depende do efetivo recebimento dessa comunicação de manifestação da vontade pelo destinatário- e atos de pronunciamento judicial –se não há lide a ser decidida trata-se de jurisdição voluntária-. 
10. A carta de ordem guarda relação com o princípio da indelegabilidade da jurisdição?
Sim. O princípio da indelegabilidade diz que os órgãos não podem delegar suas funções, visto que cada juiz possui determinada investidura atribuída por lei, onde eles não estão atuando em nome próprio, mas sim em nome do Estado. No entanto, existe a exceção da carta de ordem, que afirma poder delegar a função de um órgão superior para um órgão inferior no que se diz respeito à solicitação de ato de instrução, mas não em relação à competência decisória.
11. A carta precatória implica, ou não, delegação, pelo juízo deprecante, para a prática de ato processual pelo juízo deprecado?
Não. A expedição de uma carta precatória para o cumprimento de atos processuais não se sujeita a delegação, mas sim cooperação. O juiz que atua em um processo, ele precisa da prática de um ato processual daquele processo a ser praticado, em uma base territorial nacional que não tem jurisdição, aí enviará uma carta precatória ao juiz para solicitar cooperação naquele processo. Ainda pode haver o pedido por carta rogatória, onde o juiz pede cooperação deoutro juiz de outro país. A que implica delegação é a carta de ordem, em que dentro do próprio Poder Judiciário, do órgão superior para órgão inferior. Um tribunal pode solicitar de um juiz que pratique um ato de instrução, não à competência decisória.
12. Explique o princípio da indeclinabilidade (inescusabilidade) e sua relação com o da inafastabilidade.
O princípio da inescusabilidade deriva do princípio da inafastabilidade. O juiz, no princípio derivado, não pode ser negar a julgar mesmo que não exista uma lei expressa, que haja uma lacuna, devendo utilizar, portanto, a analogia, os costumes ou os princípios gerais. A inafastabilidade garante a todos o acesso ao Poder Judiciário, do qual não pode afastar do cidadão a possibilidade de buscar a prestação jurisdicional do Estado.
13. Explique o caráter substitutivo e a indelegabilidade na jurisdição.
O caráter substitutivo é uma característica da jurisdição dita por Chiovenda, na qual o juiz se substitui às partes na solução do conflito. A juiz atua em coisa de terceiro, em re aliena, ele vai exercer uma autoridade do processo que lhe é deslocada em coisa de terceiro. Abrange, também, a ideia de o Estado substituir a justiça privada pela pública, ao fixar o monopólio estatal da justiça. A cada conflito particularizado o Estado reafirma esse caráter substitutivo, essa fixação da justiça pública, buscando fazer valer o ordenamento jurídico nos conflitos. 
O princípio da indelegabilidade diz que os órgãos jurisdicionais não podem delegar suas funções, visto que cada juiz possui determinada investidura atribuída por lei, onde eles não estão atuando em nome próprio, mas sim em nome do Estado.
COMPETÊNCIA
1. Explique os conceitos de competência em concreto (relação de adequação legitima entre órgão jurisdicional e uma causa determinada) e os de competência de foro e a originária e a recursal.
Competência em concreto diz respeito à definição de qual órgão está legitimado a julgar determinada causa. Somente um órgão específico é legitimado a exercer tal função. Essa competência, liga-se com o princípio da imparcialidade do juiz, quando diz que o mesmo necessita de competência para o caso em concreto, devendo haver ligação entre o órgão e a causa determinada.
A competência de foro se dá para definir em qual o lugar onde a demanda deverá tramitar, sendo na Comarca quando se tratar da Justiça Estadual, em Seção Judiciária Federal quando se tratar de Justiça Federal, entre outras.
A competência originária se dá para definir em qual o lugar onde a demanda deverá tramitar, sendo na Comarca quando se tratar da Justiça Estadual, em Seção Judiciária Federal quando se tratar de Justiça Federal, entre outras.
A competência recursal é aquela utilizada para fazer a revisão de uma decisão impugnada. Essa competência leva em conta a hierarquia entre os órgãos do sistema, mas nada obsta que essa revisão seja feita pelo mesmo órgão. Porém é mais interessante que essa revisão seja feita por órgão superior para tornar a decisão mais cautelosa e menos arbitrária. 
2. Explique o que é competência no sentido geral, quais as espécies de competência (apenas citar). Em que consiste a competência de jurisdição e quais os dados utilizados, de regra, para fixa-la?
Competência é a quantidade de jurisdição atribuída a cada órgão ou grupo de órgão. Cada órgão é responsável por uma quantidade de jurisdição, é uma medida de jurisdição. Também pode ser ligado a definição de qual órgão está legitimado a julgar determinada causa. Somente um órgão específico é legitimado para exercer tal função. Portanto, a competência é primordial para um juiz, ligando-se ao princípio do juiz natural, quando diz que o mesmo necessita de competência para o caso em concreto, devendo haver ligação entre o órgão e a causa determinada. 
As espécies de competência são: competência de jurisdição, competência originária, competência de foro, competência de juízo, competência interna e competência recursal.
A competência de jurisdição é aquela que vai definir o sistema de órgão que vai atuar a jurisdição comum (geral) ou especial (destacadas da vala comum). São sistemas autônomos entre si, se classificam em: sistema comum -Justiça estadual e federal (qualidade de pessoas –dado utilizado), e o sistema especial -Justiças do trabalho, eleitoral, penal-militar. (natureza da relação jurídica discutida –dado utilizado).
3. Diga o que é competência (sentido abstrato e concreto) e em que consiste a competência de jurisdição, e quais os dados utilizados, de regra, para fixá-la.
Segundo Liebman competência abstrata “é a quantidade de jurisdição atribuída a um órgão ou grupo de órgãos.” Sendo necessário quantificar a jurisdição para distribuir a órgãos ou sistemas de órgãos, sendo autônomos entre si, onde cada sistema atuará limitadamente. Em contrapartida, a competência em concreto diz respeito à definição de qual órgão está legitimado a julgar determinada causa. Somente um órgão específico é legitimado a exercer tal função. Essa competência, liga-se com o princípio da imparcialidade do juiz, quando diz que o mesmo necessita de competência para o caso em concreto, devendo haver ligação entre o órgão e a causa determinada.
A competência de jurisdição é aquela que vai definir o sistema de órgão que vai atuar a jurisdição comum (geral) ou especial (destacadas da vala comum). São sistemas autônomos entre si, se classificam em: sistema comum -Justiça estadual e federal (qualidade de pessoas –dado utilizado), e o sistema especial -Justiças do trabalho, eleitoral, penal-militar. (natureza da relação jurídica discutida –dado utilizado).
4. Explique as definições: “competência é a quantidade de jurisdição atribuída a um órgão ou grupo de órgãos” e “competência é a relação de adequação legítima entre um órgão jurisdicional e uma causa determinada”. Fale sobre os dados da causa utilizados para fixação das diversas espécies de competência.
 A primeira definição é sobre a competência abstrata. Cada órgão jurisdicional atua a jurisdição parcialmente, dentro de certos limites segundo critério eleitos pelo ordenamento. Liebman afirma que é necessário quantificar a jurisdição para distribuir a órgãos ou sistemas de órgãos, sendo eles autônomos entre si, onde cada sistema atuará limitadamente. A competência em concreto, afirmada por Celso Neves, diz respeito à definição de qual órgão está legitimado a julgar determinada causa. Somente um órgão específico é legitimado para exercer tal função. Entrelaça-se com o princípio do juiz natural, quando fala que o juiz precisa ter competência para o caso em concreto, devendo haver ligação entre o órgão e a causa determinada.
Os dados da causa, elementos identificadores da ação, são aqueles que a lei exige que toda demanda apresente em juízo. É a definição de cada espécie de competência segundo dados, critérios que o legislador vai definir. Esses dados podem ser retirados da causa: de partes –analisando a qualidade ou domicílio das partes- ou de pedir –levando em conta a natureza da relação jurídica, o lugar da consumação do delito, lugar do dano, prestação do serviço, etc.- ou do processo: quanto ao pedido –envolvendo o provimento buscado e o objeto que ele incide-. 
5. Fale sobre competência de foro e as espécies de foro.
A competência de foro ou territorial, se dá para definir em qual o lugar onde a demanda deverá tramitar, sendo na Comarca quando se tratar da Justiça Estadual, em Seção Judiciária Federal quando se tratar de Justiça Federal, entre outras. Utiliza como dados o local do dano, da consumação do delito, do fato, o domicílio do réu e a prestação de serviço. O foro comum, estabelecido como regra geral –No CPC o local do domicílio do réu, no CPP no local onde o delito foi consumado e no Processo Trabalhista, no local da prestação de serviços. Já foro especial, a exceção à regra, podendo destacar o domicílio do alimentando como sendo privilegiado. O foro concorrente, quando existe duas ou mais localidades onde a ação pode tramitar, sendo escolha do autor. O forosubsidiário, que prevalece quando não é possível determinar o foro de nenhuma outra forma.
6. Fale sobre competência de juízo e os dados que de regra se utilizam para fixá-la.
A competência de juízo vem após a competência de foro, é onde se irá definir em qual unidade jurisdicional, dentre as várias do mesmo foro, atuará a jurisdição. A menor unidade jurisdicional é vara. Havendo mais de uma unidade com competência idêntica, irá ter o processo de distribuição randômica, ou seja, sorteio. Utiliza como dados a natureza da relação jurídica discutida, a qualidade da parte e natureza do processo.
Dentro de unidades de mesmo foro com mesma competência em abstrato. Nesse caso a regra utilizada é a distribuição aleatória, randômica. -O juiz não pode discutir qual a causa que quer julgar e nem o sujeito variável decidir quem quer que julgue o seu processo, isso feriria o princípio da imparcialidade do juiz. O sorteio é um critério supletivo. Primeiro usa a natureza da relação discutida e depois o sorteio.
7. Cite e explique as duas espécies de competência que levam em conta a hierarquia entre os órgãos de um sistema.
A competência originária é aquela que define qual órgão dentro do sistema vai conhecer a causa em primeiro lugar, primeira instância. Órgãos dentro do sistema estão em hierarquia, para existir o fluxo recursal para os órgãos superiores. A causa poderá ser conhecido por um órgão inferior, para justamente permitir esse fluxo recursal, ou a causa poderá ir direto para um órgão superior. 
Isso é um caso de excepcionalidade quando o legislador confere a competência originária para o órgão superior (mandado de segurança para ato de juiz, não vai para a primeira instância e sim para o Tribunal). Nesse caso a qualidade da parte e natureza do processo são as regras utilizadas nesse caso. 
A competência recursal é aquela utilizada para fazer a revisão de uma decisão impugnada. Essa competência leva em conta a hierarquia entre os órgãos do sistema, mas nada obsta que essa revisão seja feita pelo mesmo órgão. Porém é mais interessante que essa revisão seja feita por órgão superior para tornar a decisão mais cautelosa e menos arbitrária. 
8. Em que consiste a competência interna e quais os dados utilizados, de regra, para fixá-la?
Definir, qual o órgão dentro de um mesmo juízo. Às vezes a lei de organização já define a competência em abstrato. Exemplo, existe apenas uma turma de direito previdenciário. Se tem turmas, mais de um juiz com a mesma competência em abstrato, se utiliza o sorteio. Os dados utilizados de regra são para não afetar a imparcialidade do juiz, o sorteio.
AÇÃO
1. O que é direito processual da ação na teoria eclética e por que ele implica concretismo? Em que consiste a possibilidade jurídica do pedido?
O direito processual da ação é o direito à efetiva prestação jurisdicional no caso concreto; direito ao julgamento do mérito e não o direito à tutela. É aquele fundado no direito constitucional, mas concretiza o direito, a existência do direito processual em cada caso concreto.
O direito processual da ação implica o concretismo visto que, segundo Liebman, apesar do Estado ter o monopólio da justiça, e assim, dever a prestação jurisdicional perante todos, ele não está obrigado a prestar a jurisdição em todo caso, mas apenas quando o caso concreto atender a certas condições, as condições da ação. Não sendo atendida, no caso concreto, qualquer das condições da ação, o autor não terá o direito processual de ação, isto é, não terá o direito à prestação jurisdicional/ao julgamento do mérito, por isto o juiz deverá extinguir o processo sem julgamento do mérito. É visto que o direito constitucional não é suficiente para a prestação jurisdicional do Estado em todo e qualquer caso concreto, por isso, subordina a existência do direito processual de ação à presença de condições, sendo, assim, concretista.
Uma dessas condições é a possibilidade jurídica do pedido, que diz respeito à espécie do pedido, não importando sua procedência ou improcedência, que é problema de julgamento de mérito. É o que se considera para que aquele pedido seja juridicamente possível, é o exame preliminar quando a espécie, o tipo, saber se essa espécie é admitida ou não pelo ordenamento.
2. Explique, em linhas gerais, a teoria eclética da ação e fale sobre o interesse processual.
Na teoria eclética da ação, Liebman utilizou-se de elementos da teoria concretista e da teoria abstrata da ação. Ele reconhece a existência de um direito constitucional de ação, que resulta diretamente do próprio status civitatis, status do cidadão. Com isso, reafirmou a ideia presente na teoria abstrata de que o Estado, visto que tem o monopólio da justiça, deve a prestação jurisdicional perante todos. Assim, o direito constitucional de ação é incondicionado, visto que qualquer cidadão tem esse vínculo perante o Estado. No entanto, apesar desse direito, o Estado não está obrigado a prestar a jurisdição em todo e qualquer caso concreto, só estando obrigado caso se apresente certas condições. Assim, observa-se que o direito constitucional de ação tem um sentido fundamentológico, fundamentando o direito processual de ação, que é um direito condicionado, visto que sua existência é subordinada à presença, em cada caso concreto, de condições -concretismo-. Se tem o direito ao julgamento do mérito, podendo esse ser favorável ou desfavorável. Mesmo quando desfavorável, não significará que o autor não tem o direito processual, pois o direito processual diz respeito à prestação jurisdicional, e não à tutela, que pode ou não existir, tal como preconiza a teoria abstrata.
O interesse processual é uma das condições citadas, onde sua existência se medirá pela utilidade na prestação jurisdicional e pela adequação. Haverá utilidade quando o autor apresentar ao juiz uma pretensão insatisfeita, ou seja, uma necessidade da prestação jurisdicional pelo Estado. Além disso deve haver a adequação, entre a espécie de ação escolhida pelo autor e o provimento buscado, porque dependendo do provimento você só pode adotar uma certa via, um certo remédio jurídico processual.
3. Há distinção entre o concretismo da teoria eclética e o da teoria do direito concreto da ação?
Sim. Na teoria do direito concreto de ação, a ação é um direito concreto, só podendo existir em casos concretos em que se tenha um direito material alegado. Logo, a ação só existiria em casos em que o juiz dessa procedência do direito, inexistindo quando houvesse improcedência. Assim, é possível observar que não se distinguia a prestação jurisdicional da tutela jurisdicional.
Na teoria eclética, no entanto, o concretismo de Liebman condiciona a existência do direito processual de ação à apuração de condições, sendo elas a possibilidade jurídica do pedido, o interesse processual e a legitimidade das partes. Aqui, se distingue a prestação da tutela, existindo, portanto, ação nos casos procedentes e improcedentes, visto que a tutela pode ser dada ou não, sendo consequência da prestação.
4. Em que consiste a tutela jurisdicional?
A tutela jurisdicional consiste em uma consequência natural da sentença favorável, ou seja, é de caráter acidental. Existirá quando em uma prestação jurisdicional resultar o reconhecimento do direito material alegado, quando houver um julgamento favorável, quando o juiz alegar a procedência de um determinado direito. A tutela jurisdicional, portanto, é meramente ocasional e não se confunde com a prestação jurisdicional.
5. Qual a distinção, na teoria eclética da ação (Liebman), entre prestação jurisdicional e tutela jurisdicional?
A prestação jurisdicional na teoria eclética da ação, consiste na obrigação que o Estado tem de examinar e se pronunciar diante de toda e qualquer provocação. A mera alegação de uma situação conflituosa é o que marca a prestação jurisdicional. A prestação jurisdicional é feita com a sentença de mérito do juiz. Quando o juiz concede a tutela jurisdicional ou quando ele nega a tutela jurisdicional ele terá igualmente efetivado a prestaçãojurisdicional.
A tutela jurisdicional consiste em uma consequência natural da sentença favorável, ou seja, é de caráter acidental. Existirá quando em uma prestação jurisdicional resultar o reconhecimento do direito material alegado, quando houver um julgamento favorável, quando o juiz alegar a procedência de um determinado direito.
6. Na teoria eclética da ação, qual o significado de existência ou não do direito material alegado? Fale sobre o interesse de agir.
O significado de existência ou não do direito material alegado é o reconhecimento se há ou não tutela jurisdicional em determinado caso concreto. É quando o juiz alega a procedência ou improcedência de um determinado direito, tendo um caráter acidental.
O interesse de agir ou interesse processual é uma das condições de agir citada na teoria eclética da ação. Sua existência se medirá pela utilidade na prestação jurisdicional e pela adequação. Haverá utilidade quando o autor apresentar ao juiz uma pretensão insatisfeita, ou seja, uma necessidade da prestação jurisdicional pelo Estado. Além disso deve haver a adequação, entre a espécie de ação escolhida pelo autor e o provimento buscado, porque dependendo do provimento você só pode adotar uma certa via, um certo remédio jurídico processual.
7. Explique como Liebman, na sua teoria da ação, promove o ecletismo e em que consiste o interesse processual.
O ecletismo promovido por Liebman, na teoria eclética da ação se dá pela assimilação de duas teorias: a concreta e a abstrata. Criando uma teoria nova, mas baseada em teorias precedentes. Há nessa teoria, portanto, uma parte abstrata que reconhece a existência de um direito constitucional da ação, pois o Estado quando veda a autotutela, detém o monopólio da justiça. Enquanto a parte concreta diz que o direito à ação não está condicionado à existência do direito subjetivo no caso concreto, mas à indicação de sua existência, ou seja, só haverá prestação jurisdicional quando atendidos todas as condições de ação no caso concreto -possibilidade jurídica do pedido, interesse processual e legitimidade de parte.
O interesse de agir ou interesse processual é uma das condições de agir citada na teoria eclética da ação. Sua existência se medirá pela utilidade na prestação jurisdicional e pela adequação. Haverá utilidade quando o autor apresentar ao juiz uma pretensão insatisfeita, ou seja, uma necessidade da prestação jurisdicional pelo Estado. Além disso deve haver a adequação, entre a espécie de ação escolhida pelo autor e o provimento buscado, porque dependendo do provimento você só pode adotar uma certa via, um certo remédio jurídico processual.
A parte abstrata na teoria eclética da ação está no reconhecimento da existência de um direito constitucional de ação, pois o Estado veda a autotutela -salvo quando expresso em lei e em certas condições, detendo monopólio da justiça. Dessa maneira, deve examinar as pretensões insatisfeitas dos cidadãos afins de pacificar a sociedade, decorrente do status civitatis.
8. Se a sentença for desfavorável, existe ou não o direito a ação na teoria eclética?
Mesmo que a sentença proferida seja desfavorável, ainda há o direito a ação. O direito a ação na teoria eclética está na prestação jurisdicional do Estado. A prestação jurisdicional é feita com a sentença de mérito do juiz. Quando o juiz concede a tutela jurisdicional ou quando ele nega a tutela jurisdicional ele terá igualmente efetivado a prestação jurisdicional. Porém, não haveria o direito a tutela que existirá somente quando em uma prestação jurisdicional resultar o reconhecimento do direito material alegado, quando houver um julgamento favorável, quando o juiz alegar a procedência de um determinado direito.
9. O que são as condições da ação e em que consiste a legitimidade das partes?
Liebman afirma que mesmo sendo o Estado o detentor do monopólio jurisdicional, sendo assim, devedor da prestação jurisdicional a todos os cidadãos, ele não é obrigado a prestar a jurisdição em todo e qualquer caso concreto, só é obrigado caso se apresente certas condições, sendo necessário que todas sejam atendidas para que se tenha o direito processual de ação. Essas condições são a possibilidade jurídica do pedido, que diz respeito a espécie do pedido, e não a sua procedência ou improcedência; o interesse processual, onde sua existência se mede pela utilidade da prestação, devendo-se ter necessidade e adequação da ação escolhida ao provimento buscado. São três condições: a possibilidade jurídica do pedido, o interesse processual e a legitimidade das partes.
A legitimidade das partes, também chamada de legitimidade ad causam, consiste no fato de ninguém pode pleitear direito alheio, ou seja, quem é legitimado ordinariamente para ocupar o autor e o réu na relação processual, são também aqueles que são partes da relação material discutida. Somente a lei, segundo essa condição, que pode extraordinariamente que alguém seja legitimado a pleitear em nome próprio, mas a favor de direito alheio.
10. Em que consiste a teoria do direito concreto e abstrato da ação?
A teoria do direito concreto defendia que se o autor não tem o direito material alegado no caso concreto, ele não tem ação, a não ser que seja na autonomia, na ação declaratória de inexistência. Essa teoria puxa para o concretismo, estabelece que o direito de ação é um direito condicionado ao caso concreto. Assim, há uma quebra no princípio da coexistência, sendo excetuada a hipótese da autonomia. Portanto, é o direito a uma sentença favorável, para essa teoria, o direito de ação. Essa teoria não abrange as sentenças improcedentes, condiciona o direito de ação se no caso concreto o autor tiver definitivamente o direito material alegado.
Segundo a teoria do direito abstrato, o direito a provocação do Estado existe independentemente de o Estado reconhecer ou não o direito material, devido à vedação do Estado da autotutela, sendo ele obrigado a examinar tudo, ele tem o poder abstrato e genérico de apreciar todo e cada caso concreto a que ele é provocado, decorrente do status civitatis. Há o direito à prestação jurisdicional; não o direito à prestação jurisdicional favorável, portanto é considerado um direito abstrato e incondicionado. 
11. Onde se vê abstração na teoria ecletica da ação (Liebman)? Explique o interesse processual. 
Ele reconhece a existência de um direito constitucional de ação, que resulta diretamente do próprio status civitatis, status do cidadão. Com isso, reafirmou a ideia presente na teoria abstrata de que o Estado, visto que tem o monopólio da justiça, deve a prestação jurisdicional perante todos. Assim, o direito constitucional de ação é incondicionado, visto que qualquer cidadão tem esse vínculo perante o Estado.
O interesse de agir ou interesse processual é uma das condições de agir citada na teoria eclética da ação. Sua existência se medirá pela utilidade na prestação jurisdicional e pela adequação. Haverá utilidade quando o autor apresentar ao juiz uma pretensão insatisfeita, ou seja, uma necessidade da prestação jurisdicional pelo Estado. Além disso deve haver a adequação, entre a espécie de ação escolhida pelo autor e o provimento buscado, porque dependendo do provimento você só pode adotar uma certa via, um certo remédio jurídico processual.
DEFESA
1. O que caracteriza um ato do réu como defesa? Fale sobre a defesa (=exceção) quanto a natureza da questão suscitada.
O que caracteriza o ato do réu como defesa ou exceção lato sensu, é a sua atuação para obter do juiz, o prejuízo ou a rejeição do pedido do autor. Respeitando o princípio da isonomia, o instituto da defesa é equivalente ao da ação. Assim, o réu, tanto quanto o autor, vai desenvolver no processo a sua posição contraposta. Havendo simetria entre a natureza das duas ações, pois ambos têm direito a provimento jurisdicional, a análise do juiz e o seu pronunciamento sobre aquilo que ele entende ser as razões -no caso do réu- da rejeição do pedido do autor. 
A defesa quanto a natureza se divide em exceção processual e a defessaindireta preliminar de mérito. A exceção processual consiste na defesa contra a admissibilidade do processo, quanto a forma, logo, nas condições da ação e nos pressupostos processuais. Quando as condições da ação ou pressupostos processuais não são atendidas no processo, e o réu levanta questionamento sobre elas, essa defesa é contra o processo. Pois caso não sejam atendidas, o juiz deverá extinguir o processo sem o julgamento de mérito.
A exceção substancial é um tipo de classificação quanto a natureza das questões levantada. É aquele que é em relação ao mérito, à substância do processo. Essa exceção substancial se divide em defesa direta e a defesa indireta. A defesa direta exceção substancial de uma contestação direta, em que se aprecia o fundo meritório. Enquanto a defesa indireta preliminar de mérito é uma exceção substancial realizada através da defesa indireta do mérito, opondo fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito alegado. Não é o fundo meritório propriamente dito, mas sim uma questão que é de mérito. Deve ser apreciada inicialmente, que caso haja a questão substancial indireta, ela prejudica a apreciação de qualquer outra questão. Essa defesa preliminar de mérito pode ser suscitada, por exemplos, através da decadência, prescrição, novação e compensação.
2. Responda e explique- a reconvenção é defesa? Em que consiste a exceção processual? O que é preliminar de mérito?
A reconvenção extrapola os limites ontológicos da defesa, que segundo Pontes de Miranda é “uma ação embutida na outra”. É considerada uma proposta de ação do réu contra o próprio autor, desde que haja conexão com a ação ou com o fundamento da defesa. Na verdade, na reconvenção, réu passa a ser autor, e o autor passa a ser réu. Então quando há uma reconvenção: o réu é autor da ação e réu da reconvenção.
A exceção processual consiste na defesa contra a admissibilidade do processo, quanto a forma, logo, nas condições da ação e nos pressupostos processuais. Quando as condições da ação ou pressupostos processuais não são atendidas no processo, e o réu levanta questionamento sobre elas, essa defesa é contra o processo. Pois caso não sejam atendidas, o juiz deverá extinguir o processo sem o julgamento de mérito. 
O réu pode levantar uma questão relativa ao processo em si, quanto a admissibilidade do processo ou quanto ao mérito. Então por isso que quanto a natureza da questão suscitada pode ser por exceção processual (quanto ao processo em si, a admissibilidade do processo) ou por uma questão substancial, que vai ao mérito, a defesa de mérito.
Preliminar de mérito é uma exceção substancial realizada através da defesa indireta do mérito, opondo fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito alegado. Não é o fundo meritório propriamente dito, mas sim uma questão que é de mérito. Deve ser apreciada inicialmente, que caso haja a questão substancial indireta, ela prejudica a apreciação de qualquer outra questão. Essa defesa preliminar de mérito pode ser suscitada, por exemplos, através da decadência, prescrição, novação e compensação. 
3. Em que consiste a exceção substancial? Pedido contraposto é ato de defesa do réu?
A exceção substancial é um tipo de classificação quanto a natureza das questões levantada. É aquele que é em relação ao mérito, à substância do processo. Essa exceção substancial se divide em defesa direta e a defesa indireta. A defesa direta exceção substancial de uma contestação direta, em que se aprecia o fundo meritório. Enquanto a defesa indireta preliminar de mérito é uma exceção substancial realizada através da defesa indireta do mérito, opondo fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito alegado. Não é o fundo meritório propriamente dito, mas sim uma questão que é de mérito. Deve ser apreciada inicialmente, que caso haja a questão substancial indireta, ela prejudica a apreciação de qualquer outra questão. Essa defesa preliminar de mérito pode ser suscitada, por exemplos, através da decadência, prescrição, novação e compensação.
O pedido contraposto é um ato de reconvenção, ou seja, extrapola o limite de defesa. A reconvenção é uma ação do réu contra o autor pelo processo: ele vai contra-atacar, e não apenas se defender, é preciso então entender que o réu deve buscar se defender, ou seja deve buscar na sua atuação processual a rejeição ou prejuízo ao pedido do autor, ele só pode contra-atacar quando ele for autorizado na forma processual. Na mesma contestação ele poderá formular o pedido contraposto sob aquele fato. 
4. A contestação e a reconvenção são formas de defesa do réu? Explique a sua resposta.
A contestação é um tipo de defesa direta, em que bate se bate de frente, há uma apreciação do fundo meritório. Há o ataque a própria pretensão do autor, ou seja, o fundamento do pedido. 
Enquanto a reconvenção não é uma forma de defesa do réu, há mais que uma defesa. Segundo Pontes de Miranda é “uma ação embutida na outra”. É considerada uma proposta de ação do réu contra o próprio autor, desde que haja conexão com a ação ou com o fundamento da defesa. Na verdade, na reconvenção, réu passa a ser autor, e o autor passa a ser réu. Então quando há uma reconvenção: o réu é autor da ação e réu da reconvenção.
5. Em que consiste e como se denomina a espécie de defesa (classificação) em que podem ser suscitadas, por exemplo, a decadência e a prescrição?
A defesa indireta preliminar de mérito é aquela que pode ser suscitada a decadência e a prescrição. Consiste na através da defesa indireta do mérito, opondo fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito alegado. Não é o fundo meritório propriamente dito, mas sim uma questão que é de mérito. Deve ser apreciada inicialmente, que caso haja a questão substancial indireta, ela prejudica a apreciação de qualquer outra questão.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
1. Quais são os pressupostos processuais? Cite e fale sobre os pressupostos processuais subjetivos quanto as partes (segundo Moacyr Amaral Santos).
Moacyr faz uma classificação analítica dos pressupostos processuais, os divide em duas vertentes: pressupostos subjetivos e pressupostos objetivos. Os pressupostos objetivos se dividem em extrínsecos e intrínsecos. Já os pressupostos subjetivos se dividem quanto ao juiz e quanto as partes. 
Os pressupostos quanto as partes são: CAPACIDADE DE SER PARTE –capacidade de deter direito e deveres processuais, é capacidade jurídica de direitos e deveres, quem tem capacidade de direito no direito material tem também no direito processual por assimilação- CAPACIDADE PROCESSUAL –capacidade comparecer pessoalmente em juízo, devendo ter capacidade de fato, ou seja, capacidade de exercício. Caso não haja, deverá ser representado e caso tenha a capacidade relativa, deverá ser assistido na prática do ato processual- CAPACIDADE POSTULATÓRIA -Capacidade de se dirigir diretamente ao juiz. É uma capacidade processual, que de regra, as pessoas não têm, havendo necessidade de representação por advogado, sendo assim suprida a capacidade postulatória- mas em vários casos a lei processual outorga a capacidade postulatória à própria parte e/ou terceiros (por exemplo: a) à própria parte, juizados especiais estaduais em causas de até 20 salários mínimos; b) a qualquer pessoa, no habeas corpus).
2. Explique os pressupostos subjetivos quanto ao juiz.
Os pressupostos processuais subjetivos quanto ao juiz são os mesmos do princípio do juiz natural e se dividem em investidura, competência e imparcialidade. A investidura é a necessidade da autoridade que vai presidir o ato processual, esteja revestido na qualidade de juiz segundo regras previamente estabelecidas. A competência é relacionada ao órgão competente para o caso concreto, devendo haver uma adequação legítima para a causa, sendo normas pré-estabelecidas. Por fim, a imparcialidade, que é a necessidade da não pré-disposição a favorecer nenhuma das partes no processo e a esfera pessoal do juiz não seja afetada pelo julgamento do conflito. 
3. Fale a respeito dos pressupostos processuaisintrínsecos e extrínsecos (Moacyr Santos).
Os pressupostos objetivos se dividem em intrínsecos e extrínsecos. Os intrínsecos são inerentes ao próprio processo considerado, aqueles que são relacionados ao procedimento segundo as normas legais. Para isso, as normas legais devem ser obedecidas pela forma.
Já os extrínsecos são elementos externos que caso não sejam atendidos, os processos serão considerados inválidos. Não é o pressuposto de validade que é impeditivo, pelo contrário, um pressuposto atendido não impede nada. O que impede a constituição válida do processo é o não atendimento ao pressuposto extrínseco. Um exemplo é de pressuposto é a não litispendência. A não litispendência permite que o processo seja constituído invalidamente. A litispendência impede que o processo seja constituído validamente. O requisito existe para ser atendido e dar a validade. Então, o que é impeditivo é o não atendimento ao pressuposto.
4. Fale sobre dois caracteres da relação processual.
Unidade: A relação processual é unitária, são atos conexos e consequentes. Os atos processuais são atos sequenciados, mas conexos e consequentes com vistas a um desfecho determinado, em relação a causa determinada entre as partes determinadas. Há uma unidade do processo, dentro da singularidade, da identidade. Cada processo é um processo próprio.
Caráter tríplice: O processo é uma relação configurada em três sujeitos. O autor e o réu são as partes parciais e variáveis, enquanto o juiz é a parte imparcial e constante da relação processual.
Progressividade: É o dinamismo da relação processual. O processo é uma relação unitária composta de atos conexos e consequentes, em que cada anto anterior autoriza ou exige a prática do outro e assim sucessivamente até o seu desfecho.
Complexidade: Existem relações jurídicas que implicam uma multiplicidade de posições ativas e passivas entre os sujeitos. É uma relação marcada pela complexidade, porque é uma multiplicidade de posições ativas e passivas que os sujeitos da relação processual ocupam, inclusive com alternância conforme o andamento do processo. É uma relação jurídica complexa.
Natureza pública: O Estado está presente e exercendo função de poder no processo. Discorre o princípio da inevitabilidade da jurisdição, em que as decisões do juiz se impõem por si mesmo, não precisando da anuência das partes. O processo é regido pelas regras do direito público.
5. Defina pressupostos processuais: fale a respeito e exemplifique os objetivos intrísecos. 
Pressupostos processuais dão idoneidade ao processo, ou seja, caso estejam presentes, dão credibilidade ao mesmo. Caso o processo não tenha atendido algumas condições necessárias, quanto as formalidades, não se dará o andamento ao processo. Esses pressupostos atingem diretamente o processo, quanto a sua forma. Passa a ser um requisito para a sua validade processual ou segundo alguns autores, pressupostos que ataquem a existência do processo. Esses pressupostos segundo Moarcy Amaral Santos podem ser divididos em objetivos e subjetivos. Objetivos, por sua vez, se dividem em intrínsecos e extrínsecos. Os intrínsecos são aqueles que fazem parte do processo, aqueles relacionados ao procedimento segundo as normas legais. Para isso, as normas legais devem ser obedecidas pela forma. Exemplo desse pressuposto processual objetivo intrínseco são os requisitos para fazer uma petição inicial, como nome, qualificação das partes, fundamentos, etc.
6. Explique sobre a complexidade, a progressividade e a natureza pública da relação processual.
Complexidade: Existem relações jurídicas que implicam uma multiplicidade de posições ativas e passivas entre os sujeitos. É uma relação marcada pela complexidade, porque é uma multiplicidade de posições ativas e passivas que os sujeitos da relação processual ocupam, inclusive com alternância conforme o andamento do processo. É uma relação jurídica complexa.
Progressividade: É o dinamismo da relação processual. O processo é uma relação unitária composta de atos conexos e consequentes, em que cada anto anterior autoriza ou exige a prática do outro e assim sucessivamente até o seu desfecho.
Natureza pública: O Estado está presente e exercendo função de poder no processo. Discorre o princípio da inevitabilidade da jurisdição, em que as decisões do juiz se impõem por si mesmo, não precisando da anuência das partes. O processo é regido pelas regras do direito público.
13. Aponte duas situações em que se dá o interrelacionamento entre a jurisdição civil e a jurisdição penal, explicando as razões para sua ocorrência. ORGANOGRAMA

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