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aula 08 processo civil

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Continuidade da petição inicial 
 
PI -> distribuição ou registro -> admissibilidade. 
Juízo cumula todos funções -> registro. 
Mais de um juízo com competências iguais -> distribuição. 
 
 
Admissibilidade da inicial 
 
 PI em ordem, com requisitos preenchidos -> juiz recebe e determina a 
expedição do mandado de citação. 
Se tiver pedido de tutela provisória (preenchidos requisitos) -> conceder 
tutela. 
Decisão que denega ou concede tutela -> agravo de instrumento. 
 
 PI não preencheu requisitos legais -> determina emenda em 15 dias indicando 
o que deve ser corrigido/completado. 
 
Vedação a emenda genérica (juiz deve dizer o que precisa arrumar). 
Se juiz não especificar -> omissão -> embargos de declaração. 
 
Emenda não cumprida -> indeferimento da PI -> sentença terminativa. 
Inicial indeferida -> apelação -> juiz pode se retratar em 5 dias -> se não -
> cita para contrarrazões e manda para tribunal. 
 
 
Hipóteses de indeferimento -> art. 330, CPC. 
 
 Inicial inepta 
 Parte manifestamente ilegítima 
 Autor carecer de interesse processual 
 Não atendidas prescrições art. 106 e 321 
 
Interesse processual -> utilidade, necessidade e adequação -> se não tiver 
indefere a inicial. 
 
Inicial incompleta -> emenda em 15 dias -> não cumpre art. 106 e 321. 
 
Inepta -> preliminar de contestação = faltar pedido ou causa de pedir; quando 
o pedido for indeterminado (salvo casos legais); narração dos fatos não 
decorrer logicamente conclusão; pedidos incompatíveis ente si. 
 
Indeferida PI -> autor pode apelar -> senão -> trânsito em julgado (formal) -> 
juiz pode se retratar em 5 dias. 
 
 Juiz não realiza admissibilidade de peça de apelação. Só recebe! 
O tribunal que faz a admissibilidade. 
 
 
 Ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de 
empréstimo de financiamento ou alienação de bens -> autor terá de, sob 
pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações 
contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor 
incontroverso do débito. O valor incontroverso deverá continuar a ser 
pago no tempo e modo contratados. SOB PENA DE INEPCIA. 
 
 
PI -> recebe e determina expedição do mandado de citação. 
Vícios sanáveis -> emenda da PI -> recebimento. 
Não cumprimento da emenda art. 330 -> indeferimento. 
 
 
 Prescrição e decadência -> sentença com resolução do mérito. 
 Prescrição -> pode ser conhecida de oficio. Matéria de ordem pública. 
 
 
Julgamento liminar improcedente -> art. 332, CPC. Réu não é sequer citado. 
Quando contrarie: 
 
 Prescrição e decadência. 
 Enunciado de súmula do STF ou STJ. 
 Acordão STF e STJ. 
 Entendimento em repetitivos - IRDR. 
 SV (direito local). 
 
 
Art. 332 -> sentença definitiva -> apelação em 15 dias -> juiz pode se retratar 
em 5 dias -> senão, cita réu para contrarrazões em 15 dias -> remete ao 
tribunal (não realiza admissibilidade). 
 
PI ok -> admissibilidade e recebe -> citação para audiência de autocomposição 
(mediação ou conciliação) 
 
Mediador -> vinculo -> não pode sugerir resolução 
Conciliação -> sem vínculo anterior -> pode sugerir propostas. 
 
Não será realizada se ambos manifestarem desinteresse. 
 
Da data do recebimento da inicial até a data da audiência há um intervalo mínimo 
de 30 dias para realização desta. 
 
Ente a citação do réu e a data da audiência, tem um intervalo mínimo de 20 
dias. Pode comparecer ou remarcar se não respeitou prazo mínimo. 
 
Comparecimento do réu supre a ausência de citação. 
 
Partes não comparecem e audiência é de comparecimento obrigatório = 
representadas por advogados ou defensores (procuração com poder especial). 
 
Se falta sem justificação -> ato atentatória à dignidade da justiça + multa de 
até 2% do $ causa (revertido para união ou estado). 
 
Audiência conciliação pode ser feita por meio eletrônico. 
 
Não há limite de sessões para realização. Há um prazo máximo entre sessões = 
2 meses. 
 
Entre uma audiência e outra no dia deve haver um intervalo mínimo de 20 
minutos. 
 
Partes transigirem -> homologa-se por sentença -> extinção com resolução do 
mérito. Senão -> prazo para respostas do réu (contestação -> contraditório) 
em 15 dias. 
 
Autor manifesta interesse ou não na audiência na inicial. O réu pode fazer por 
uma petição escrita. 
Réu citado -> até 10 dias da data da audiência -> petição escrita referindo que 
não tem interesse na audiência. 
 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
PI -> distribuída ou levada a registro -> juízo de admissibilidade -> ok, recebe e 
determina expedição de mandado de citação 
-> se tiver vícios -> emenda em 15 dias apontando o que precisa ser corrigido -
> cumprida emenda, juiz recebe inicial e determina expedição de mandado -> se 
não cumprida a inicial será indeferida. 
 
Art. 330, CPC = indeferimento -> sentença terminativa -> cabe apelação -> 
retratação juiz em 5 dias. 
 
Art. 332, CPC = improcedência liminar -> decisão de mérito -> cabe apelação -
> retratação juiz em 5 dias. 
 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
Contestação 
 
Inicial OK -> juiz recebe e determina citação 
 
Citação chama o réu ao processo. 
Citado para comparecer, regra geral, a audiência de autocomposição. 
Não há audiência = direito não admite composição ou ambas partes 
expressarem desinteresse (inicial e petição - 10 dias antes) 
 
Acordo -> homologação -> sentença de mérito. 
 
Não houve acordo/audiência -> 15 dias para contestação. Defesa do réu. 
Exclui dia do começo e inclui final. 
 
Concentração da defesa = todas matérias de defesa do réu (incompetência, 
reconvenção, valor da causa, gratuidade judiciária, etc.) tanto processuais 
quanto as de mérito. 
 
 Peça própria (apartada da contestação) -> arguição de suspeição ou 
impedimento. 
 
Processuais = preliminares. 
Defesas de mérito = substanciais. 
 
 
Defesas preliminares -> antes de discutir o mérito. Art. 337, CPC. 
 
 Inexistência ou nulidade da citação. 
 Incompetência absoluta ou relativa. 
 Incorreção do valor da causa. 
 Inépcia da inicial (art. 330). 
 Perempção (3 extinções do processo por desídia). 
 Litispendência (2+ ações idênticas). 
 Coisa julgada (2+ ações idênticas, 1 já transitou em julgado).. 
 Conexão (2 ações com identidade de causa pedir ou pedido). 
 Incapacidade parte. 
 Convenção arbitragem. 
 Ausência legitimidade ou interesse processual. 
 Falta caução ou outra prestação. 
 Indevida concessão AJG. 
 
Matéria no art. 337 repetida no 485 = 485 -> extinção do processo sem 
resolução do mérito. 
 
 
 Ônus da impugnação específica -> princípio pelo qual o réu deve impugnar 
ponto a ponto a inicial, sob pena de ser presumido verdadeiro. 
Exceto: não admissível a seu respeito confissão; inicial não acompanhada de 
instrumento considerado substancia do ato; inicial em contradição com defesa. 
 
Contestação mais genérica -> defensor público, advogado dativo e curador 
especial. Não se aplica o ônus da impugnação específica. 
 
 Eventualidade -> depois da contestação o réu só pode discutir matérias 
relacionadas a fatos superveniente, reconhecíveis de oficio ou que por 
expressa disposição legal possam ser formuladas a qualquer tempo 
(matérias de ordem pública). 
 
 
Ilegitimidade -> abre prazo de 15 dias para autor se manifestar -> providenciar 
alteração da inicial de substituição do réu. Autor deve reembolsar despesas e 
pagar honorários ao advogado do réu excluído (3% a 5%). 
 
Réu tem conhecimento do real causador do dano -> deve apontar sob pena de 
perdas e danos + arcar prejuízos decorrentes da falta de indicação.Ilegitimidade + aponta responsável -> vista autor -> aceitar indicação -> altera a 
PI em 15 dias. Autor deve reembolsar despesas e pagar honorários ao advogado 
do réu excluído (3% a 5%). 
Autor pode em 15 duas alterar a PI para incluir o indicado pelo réu no polo 
passivo. 
 
 
Reconvenção -> item dentro da contestação. Réu formula pedido contra autor, 
desde que seja conexo aos da inicial. 
Conexa = mesma causa de pedir e mesmos pedidos. 
 
Contestação + reconvenção -> autor intimado -> 15 dias para réplica + 
contestação da reconvenção. 
Se não contestar ação = revel. Fatos da reconvenção presumidor verdadeiros. 
 
Desistência da ação ou causa extintiva que impeça exame do mérito não obsta 
o prosseguimento do processo conta a reconvenção -> é autônoma e 
independente. Se processo principal for extinto, reconvenção segue. 
 
Terceiro pode ser inserido em qualquer um dos polos da relação processual. 
 
Réu pode apresentar apenas reconvenção -> sofre efeitos da revelia uma vez 
que não contestou 
 
 
Estrutura da contestação -> 
Endereçamento -> juízo em que está em curso a ação. 
Nº processo. 
Qualificação das partes (apresentar, oferecer). 
Fatos. 
Preliminares. 
Prejudiciais de mérito (prescrição e decadência). 
Fundamentos (contestação e reconvenção) 
Pedidos (da contestação e da reconvenção). 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ... 
(Local indicado no enunciado da peça) 
 
Processo nº... 
 
FULANO, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, 
por meio de seu advogado abaixo assinado, constituído através do instrumento 
procuratório em anexo, com endereço profissional (endereço completo), onde 
receberá intimações de estilo, apresentar CONTESTAÇÃO, com fulcro no art. 
335 do CPC, contra BELTRANO, já também qualificado, pelos fatos e 
fundamentos que passa a expor: (Segue a mesma ritualística que a inicial, 
entretanto, pode se considerar = já devidamente qualificado.) 
 
Fatos (Breve resumo da petição inicial.) Ex: 
 
O contestante se envolveu num acidente de trânsito, vindo a ser abalroado por 
um transporte autônomo de passageiros conhecido por “lotação”, dirigido pelo 
Sr. FULANO DE TAL, que vinha com velocidade acima da permitida onde 
ocorreu o acidente. Devido à colisão, CICLANO acabou por abalroar no 
automóvel do Sr. BELTRANO, autor da demanda, configurando-se o conhecido 
“engavetamento”. Por equívoco, o autor responsabilizou o ora requerente, pelos 
danos causados ao seu veículo de forma descabida, uma vez que CICLANO 
sempre observou as leis de trânsitos e seu automóvel estava em perfeitas 
condições. Na oportunidade, também seguia a risca todas as precauções, bem 
como as regras de trânsito vigentes. 
 
Das preliminares (As preliminares da contestação estão arroladas no artigo 337 
do CPC.) 
Elas são elementares. Elas podem ser dilatórias ou peremptórias. Dilatória é a 
defesa que retarda o andamento da marcha processual, não tem força para 
extingui-la. Ex: INC. ABSOLUTA ou RELATIVA. Cuidado! NO CPC/15 a 
INCOMPETÊNCIA RELATIVA passa a ser arguida na própria contestação. Ela 
não deve mais ser oferecida como matéria de EXCEÇÃO. A defesa 
peremptória é fulminante. Arguida e aceita extinguirá o processo SEM 
julgamento do mérito (art. 485). Ex: Litispendência, Coisa Julgada, carência de 
ação. Atenção: será fundamental consultar o artigo 337 do CPC. 
 
Preliminarmente, cumpre ressaltar que o réu é parte ilegítima para figurar no 
feito nos termos do art. 337, XI, do CPC. Isso porque, conforme se verifica 
no contrato trazido ao processo, o réu não figura como locatário, mas sim, 
terceira pessoa. 
 
Prejudiciais de mérito (Decadência e prescrição são matérias que extinguem o 
processo COM resolução do mérito. Vide art. 487, CPC.) 
 
Vale destacar que a pretensão, em tela, já está prescrita, tendo em vista que 
a lei civil. Assim sendo, requer a extinção do processo com resolução do mérito, 
com base no artigo 487 do CPC. 
 
Fundamentos (A matéria de mérito deve ser trabalhada aqui. Eis a grande 
finalidade da peça contestatória. O examinando deverá basear-se em 
jurisprudência e legislação a fim de impugnar as alegações dos autos.) EX: 
 
Há ausência do dever de indenizar em relação ao contestante, pois não houve 
sequer culpa deste, que observa atentamente as leis de trânsito e na 
oportunidade do ocorrido encontrava-se com seu veículo em perfeitas 
condições, não incorrendo em qualquer imprudência ou imperícia em relação ao 
acidente, desconstituído de ato ilícito seu envolvimento com o fato, conforme 
art. 186 e 927 do CC/02, estando desobrigado à indenização pleiteada na peça 
vestibular. 
 
Pedidos/requerimentos (O pedido da contestação se limita a pedir que o juiz 
acolha as preliminares arguidas e, no mérito, que seja o pedido julgado 
improcedente. Deve o réu, ainda, requerer a produção de provas e as custas 
e honorários para que sejam arcados pelo autor.) Ex.: 
 
 Ante todo o exposto, requer que aceite a ilegitimidade da parte e que, por 
conseguinte se extinga o processo sem resolução do mérito, com base no 
art. 485 do CPC. 
 
 Caso V. Excelência assim não entenda, o que não se espera, requer então 
que se julgue improcedente o pleito indenizatório requerido pelo Sr. Júlio, 
uma vez que não há nexo de causalidade e consequentemente inexiste o 
dever de reparação. 
 
 Atesta provar o alegado por meio de prova documental, depoimento pessoal 
das partes, prova testemunhal e todos os demais meios de prova em direito 
admitidos. 
 
 Requer, ainda, a condenação o autor no pagamento de custas e honorários 
advocatícios sucumbenciais, nos moldes do art. 85, parágrafo 1º, do CPC. 
 
Não há valor da causa na contestação, exceto se reconvir junto. 
 
 
Reconvenção -> abre tópico antes dos pedidos. Deve mostrar a conexão do 
pedido. Mesma causa de pedir ou mesmo pedido. 
 
 
 Requer a procedência do pleito reconvencional e, por conseguinte, o 
julgamento procedente da reconvenção. 
 
 Não se esquecer de pedir a inversão do ônus da sucumbência. 
 
 Requer, ainda, a condenação o reconvindo no pagamento de custas e 
honorários advocatícios sucumbenciais, nos moldes do art. 85 do CPC. 
 
 De acordo com o disposto no art. 343, parágrafo 1º do CPC, será o 
reconvindo INTIMADO para, querendo, apresentar contestação, em 15 dias, 
sob pena de revelia. 
 
 Atesta provar o alegado por meio de prova documental, depoimento pessoal 
das partes, prova testemunhal e todos os demais meios de prova em direito 
admitidos. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ ... (pleiteado) 
 
Termos em que pede deferimento. 
Local, data, 
Advogado 
OAB/.... 
 
 
 
 
Tiago adquiriu, da Magnum Eletrônica Ltda., aparelho portátil de rádio e 
reprodutor de CDs, pelo preço de R$ 400,00 (quatrocentos reais). Passados 
quatro meses da compra, Tiago, sem ter antes procurado o serviço de 
atendimento ao consumidor da Magnum Eletrônica, dirigiu-se ao Juizado Especial 
Cível da Comarca de Vitória e ali aforou ação visando ao recebimento de 
indenização, porque desde o momento da compra havia percebido que a antena 
externa do aparelho estava danificada, o que impedia o rádio de funcionar. A 
indenização pedida era de R$ 600,00 (seiscentos reais), valor equivalente ao 
preço de aparelho de nível superior, o que, no entender de Tiago, ajudá-lo-ia a 
compensar os contragostos decorrentes da compra do aparelho danificado. 
Na qualidade de advogado da Magnum Eletrônica, atue no seu interesse 
considerando que a audiência de tentativa de conciliação restou infrutífera. 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL 
CÍVEL DE VITÓRIA, ES. 
 
Autos n.° (...) 
 
MAGNUN ELETRÔNICA LTDA., pessoa jurídica de direito privado, sediada na 
cidade de ... , na ... n.° , (...cidade...) e (...estado...),inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 
(...), e-mail...por meio de seu advogado (instrumento de mandato incluso), vem à 
presença de V. Exa., nos termos dos art. 30 da Lei n.° 9099/95 e 336 do CPC, 
ofertar a presente CONTESTAÇÃO à Ação de Indenização ajuizada por TIAGO 
(...nacionalidade...), (...estado civil...), (...profissão...), portador da cédula de identidade 
RG n.º (...), inscrito no CPF/MF sob o n.º (...), residente e domiciliado na (...), n.º(...), 
(...cidade...), (...Estado...), (OU JÁ DEVIDAMENTE QUALIFICADO) nos termos 
doravante aduzidos: 
 
DOS FATOS 
 
 O Sr. Tiago (“Autor”) adquiriu da Magnun Eletrônica Ltda. (“Ré”) aparelho 
portátil de rádio e reprodutor de compatic disc (CD) pelo preço de R$ 400,00 
(quatrocentos reais). 
 Afirma que, desde a aquisição do produto a sua antena externa encontrava-
se quebrada, impossibilitando o uso do rádio, o que daria azo ao recebimento 
de indenização de R$ 600,00 (seiscentos reais). 
 Todavia, referido pleito não merece prosperar por uma série de motivos 
que serão a seguir aduzidos: 
 
DAS PRELIMINARES (ausência de interesse de agir - UNA) 
(Utilidade, necessidade e adequação. Falta de interesse se dá em razão da 
modalidade necessidade. Não procurou o SAC. Se tivesse feito na garantia legal 
o defeito seria solucionado extrajudicialmente) 
 
 Preliminarmente, o Autor não concedeu à Ré o prazo legal para solução de 
defeitos de produtos estampado no art. 18 § 1º, do CDC, pois em momento algum 
o apresentou para o competente conserto. 
 Disso conclui-se que falta interesse de agir ao Autor, na modalidade 
necessidade, pois aqui assegura a Ré que, se defeito houvesse, dentro do prazo 
de garantia legal, seria imediatamente solucionado extrajudicialmente. 
 
DA PREJUDICIAL DE MÉRITO OU DA DECADÊNCIA 
 
 De outro lado, como preliminar de mérito, mister arguir a ocorrência do 
prazo decadencial imposto no art. 26, II, do CDC, na medida em que o defeito 
alegado pelo Autor (antena quebrada) é de fácil constatação ocorrida em um 
produto durável. 
 Na remotíssima hipótese de superação das preliminares, o que se diz apenas 
por amor a argumentação, melhor sorte não terá o Autor ao pleitear 
indenização em valor superior ao do produto adquirido. 
 O primeiro entrave ao pleito exordial é a inexistência de garantia – legal ou 
contratual – que ampare a necessidade da Ré indenizar o Autor o defeito 
encontrado no produto adquirido há quatro meses. 
 Além disso, o valor indenizatório pleiteado é 50% (cinquenta por cento) maior 
que o valor do equipamento, quando o inciso III do art. 19 do CDC limita a 
substituição do produto por outro da mesma espécie ou a restituição do preço 
pago. 
 Nem se diga que o Autor sofreu danos morais pelo ocorrido, pois trata-se 
de alegado funcionamento inadequado de um equipamento de som, ou seja, um 
dissabor ao qual o Direito não outorga qualquer indenização. 
 Data vênia, o que deseja o Autor é enriquecer ilicitamente às custas do Réu, 
o que o Código Civil de 2002 veda expressamente em seu art. 884. 
 
 Em vista do exposto, pede seja extinta a presente ação sem exame de 
mérito, reconhecida a falta de interesse de agir (art. 485, VI, CPC), ou, 
quando muito, seja a extinção com exame de mérito no sentido de 
reconhecer a decadência (art. 487 II, CPC). 
 
 Assim não entendo V. Exa., pede seja julgado improcedente o pedido inicial, 
ou, quando muito, fixada a indenização no valor do equipamento adquirido, 
depreciado por quatro meses de uso. 
 
 Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, sobretudo no 
depoimento pessoal do Autor, sob pena de confesso, oitiva de testemunhas 
e pericial de eletrônica e todos os meios de prova em direito admitidos 
 
 Informa também, que para efeito do artigo 106, inciso I, do Código de 
Processo Civil, todas as notificações e intimações deverão ser enviadas à 
(...), n° , (...Cidade...), (...Estado...), telefone (0xx....) .... Outrossim, requer que de 
todas intimações efetuadas por intermédio da imprensa oficial conste, sob 
pena de nulidade, o nome do advogado subscritor desta peça. 
Termos em que, 
P. Deferimento 
 
Local, data e ano. 
Advogado 
OAB/ nº (...) 
 
 
 
 
Suspeição e impedimento 
 
Suspeição é um vínculo de parcialidade mais subjetiva e mais difícil de ser 
provada. Arguida em peça própria. 
Art. 144 e 145 do CPC. 
 
Juiz pode se dar por suspeito, não precisa fundamentar. 
 
Suspeição e impedimento -> reconhecidas de oficio. 
 
Se juiz não fizer, a parte alegará em peça própria no prazo de 15 dias a contar 
do conhecimento do fato. 
Se reconhecer -> remete autos o substituto legal. 
Se não -> autuação apartada -> razões em 15 dias -> suspensão dos autos -> 
remete incidente para tribunal -> se acolher alegação (juiz parcial) -> autos 
remetidos ao substituto e juiz paga custas -> se incidente for julgado 
improcedente -> autos são mantidos com o juiz. 
Impedimento pode ser discutido na ação rescisória (após trânsito). 
 
Endereçamento (ao próprio juiz) 
Nº processo 
Qualificação 
Tempestividade 
Fatos 
 
 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE.... 
 
Proc. nº... 
 
Intermediado por seu mandatário ao final firmado, comparece, com o devido 
respeito à presença de Vossa Excelência, NOME DO AUTOR, pessoa jurídica de 
direito privado, com sua sede situada na Rua..., Inscrita no CNPJ (MF) sob o nº 
..., endereço eletrônico, para, tempestivamente, com estribo no art. 146 c/c arts. 
145, inc. I, ambos do Novo Código de Processo Civil, arguir SUSPEIÇÃO, o que 
faz em razão das justificativas de ordem fática e de direito, tudo abaixo 
estipulado. 
 
TEMPESTIVIDADE 
 
 Consoante o quadro fático abaixo narrado, verifica-se que o episódio em 
liça acontecera no dia 00/11/2222, data em que circulou notícia no Jornal Xista 
– ora colacionada como meio de prova da pretensão -, cujo teor ora anexamos. 
(doc. 01) 
 Destarte, à luz do art. 146, caput, Novo Código de Processo Civil, temos que 
o presente pleito é tempestivo, uma vez que promovido dentro do prazo de 
15(quinze) dias da ciência dos fatos, maiormente quando da primeira 
oportunidade de falar nestes autos. (CPC/2015, art. 148, § 1º) 
 
CONSIDERAÇÕES FÁTICAS 
 
 Segundo a notícia estampada à fl. 43 do Jornal Xista, edição do dia 00/11/2222 
(doc. 01), consta que Vossa Excelência compareceu à solenidade de inauguração 
de uma filial da empresa Beta S/A, a qual figura como credora na ação de 
execução ajuizada contra a Executada. 
 Na referida matéria encontramos uma foto onde consta Vossa Excelência 
ao lado do diretor-presidente (Branco das Quantas) da empresa acima aludida 
e, mais, com comentário do colunista Xisto Sampaio nos seguintes termos: "ao 
lado de banco das quantas o magistrado fulano de tal, prestigiando a 
inauguração da nova filial da empresa Beta S/A" 
 Assim, é inconteste o vínculo de amizade entre Vossa Excelência e a parte 
adversa, quando assim chegou a prestigiar a inauguração de uma filial. Não 
estamos tratando, por evidente, de ato público, onde ocasionalmente Vossa 
Excelência poderia se mostrar presente. Muito pelo contrário, é, em verdade, 
um ato típico de solenidade particular, onde, obviamente, comparecem aqueles 
que têm vínculos de proximidade. 
 Não bastasse a prova documental aqui colacionada, uma das pessoas que 
tivera presente na referida festa, abaixo arrolada como testemunha, constatou 
longas conversas entre Vossa Excelência e o representante legal da empresa 
Beta S/A, seguindo outros rumores de que não fora o primeiro encontro desta 
ordem. Por este norte, justifica-se o aviamento deste pleito. 
 NO ÂMAGO DA PRETENSÃO (MERITUM CAUSAE) - parcialidade 
 
 Há, dessa maneira, notória condução de Vossa Excelência no trato de 
amizade com a parte adversa (segundo a ótica do CPC/2015 –art. 145, inc. I), 
porquanto: (i) comprovou-se que sua presença na inauguração da filial se deu 
pelo fato único de vínculo de amizade; (ii) tem-se relato de testemunha também 
evidenciando considerações acerca da proximidade com a parte adversa em 
outras ocasiões. 
 Talvez sejam apenas impressões. Entretanto, essa situação causou 
verdadeiro mal-estar para a Executada, que, diante de tal situação, ineditamente 
- uma vez que, jamais e em tempo algum ocorrera tal situação - resolveu usar 
do presente instrumento jurídico. 
 Uma vez havendo esses destaques fáticos, Vossa Excelência, deveria (ou 
deve) se julgar suspeito, não contrariando o estabelecido no Código e, de outra 
sorte, se eximindo de qualquer suspeita das partes, sobrelevando assim, a 
imparcialidade na condução processual. Essas circunstâncias fáticas nitidamente 
afastam a isenção de animus, sem o necessário equilíbrio e senso de Justiça. 
 Como dito anteriormente, tal situação causa verdadeiro constrangimento 
para a Executada, pois não costuma usar desse tipo de expediente jurídico, vez 
que teve sempre como princípio básico acreditar na isenção dos juízes 
brasileiros, e, para continuar acreditando e acabar com esses rumores e 
boatos que envolvem o nome desse respeitado magistrado, espera que Vossa 
Excelência se julgue suspeito para conduzir o processo de execução em espécie. 
 
PEDIDOS 
 
 Em arremate, uma vez evidente a amizade íntima entre este condutor e 
parte adversa, espera-se que Vossa Excelência, de plano, considere-se 
suspeito para dirigir o processo em tela, determinando a remessa dos autos 
ao seu substituto legal. (CPC/2015, art. 146, § 1º) 
 
 Não sendo esse o entendimento, almeja a autuação deste arrazoado como 
figura processual de incidente de suspeição, onde pede-se que este 
Magistrado ofereça, no prazo de (15) quinze dias, as razões que o convence 
de forma contrária, com a posterior remessa dos autos ao Egrégio 
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (CPC/2015, art. 146, § 1º, segunda 
parte) para o devido julgamento. 
 
 O patrono da Excipiente, no exercício de seu mister, à luz do que preceitua 
o art. 425, inc. IV, do CPC/2015, declara, sob as penalidades da Lei, que os 
documentos colacionados são autênticos. 
 
 Protesta-se provar o alegado por todos os meios de provas admitidos, 
nomeadamente pela oitiva da testemunha abaixo arrolada, razão qual se pede a 
expedição de Carta Precatória para tal finalidade processual. 
 
Respeitosamente, pede deferimento. 
CIDADE, DATA 
ADVOGADO, OAB 
 
Não há valor da causa !!!! 
 
 
Fase saneadora do processo 
 
PI -> distribuída/registro ->admissibilidade -> recebida PI e expedição mandado 
de citação -> audiência de autocomposição. 
Acordo -> homologa -> extinto com resolução do mérito. 
Sem acordo/sem audiência -> prazo 15 dias contestação -> começa a fase 
saneadora (estabilidade da demanda) 
 
Se inicia com o término do prazo da contestação. 
 Tomada de providências preliminares e momento de julgamento conforme 
estado do processo. 
 
Providências preliminares = medidas que visam organizar o processo. 
 
Se o réu na contestação deduzir preliminares, fatos novos, fato modificativo, 
impeditivo ou extintivo do direito -> abre prazo de 15 dias para que autor se 
manifeste -> réplica. 
Se não contestar -> decretação da revelia. 
Inocorrência efeito revelia -> prazo para autor produzir provas. 
 
 
Revelia -> art. 344 e ss do CPC. Réu não contestar ou contesta 
intempestivamente. As alegações da inicial serão presumidas como verdadeiras. 
 
Não sofre o efeito da revelia -> pluralidade de réus e algum deles contesta; 
Litigio versar sobre direitos indisponíveis; 
PI não acompanhada de instrumento indispensável a prova do ato; 
Alegações de fato forem inverossímeis ou em contradição com provas nos 
autos. 
Contra o revel sem advogado correm os prazos independente de intimação. 
Se tem advogado, este é intimado. 
 
Pode participar do processo, mas o receberá no estado em que se encontrar. 
 
 
Réplica -> manifestação do autor à contestação. Petição simples. 
Endereçada ao juízo da causa (enunciado). 
Nº processo. 
Qualificação partes (já devidamente qualificado). 
Preliminar. 
Mérito. 
Pedidos. 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO JUIZADO 
ESPECIAL CIVEL DA COMARCA DE ... 
 
PROCESSO Nº... 
 
A, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe da AÇÃO CIVÉL, através 
de seu procurador infra-assinado, ação que move em face; de B, também já 
qualificada, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento 
no art. 350 e 351 do Código de Processo Civil, apresentar sua manifestação à 
contestação em atenção à defesa apresentada na forma de contestação, e 
dos respectivos documentos, oferecer RÉPLICA A CONTESTAÇÃO, o que o 
faz pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
 
DAS PRELIMINARES 
 
Meritíssimo juiz, as preliminares trazidas e arguidas pela RÉ não merecem serem 
acolhidas, vez que desprovida de fundamentos fáticos e jurídicos, aliado ao fato 
de que confundem-se com o mérito da causa, devendo serem julgadas por 
ocasião da sentença de mérito. Desta forma, requer o AUTOR, o afastamento 
das preliminares suscitadas, pelos motivos expostos, prosseguindo-se o feito em 
seus ulteriores trâmites processuais, por medida da mais lídima justiça. 
 
 
 
 
 
DO MÉRITO 
 
 Meritíssimo Juiz, data máxima vênia, a contestação trazida pela RÉ não 
merece prosperar, vez que igualmente carecedora de fundamentos fáticos e 
jurídicos, denotando apenas o intuito da Ré de defender o indefensável com 
meras alegações desprovidas de amparo legal, sendo em tese, peça 
procrastinatória, ficando também totalmente impugnados os documentos 
juntados, vez que imprestáveis como provas em juízo, porque não atendem ao 
comando legal do artigo 350 e 351 do CPC, devendo serem desentranhados 
para evitar qualquer tumulto processual, ratificando o Autor, os termos da 
inicial, protestando pela procedência da ação, por medida da mais lídima justiça. 
 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA (pode requerer aqui se ainda não fez na inicial) 
 
O Autor, não possuindo condições financeiras para arcar com a custa 
processual, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, juntou 
declaração de hipossuficiência na Inicial. Por tais razões, pleiteiam-se os 
benefícios da Justiça Gratuita, nos termos da Constituição Federal, artigo 5º, 
LXXIV e Lei 1.060/50. 
Muito embora esteja representada por Patrono particular, isto nada prova 
quanto às condições econômicas da Reclamante estar apta ou não de custear 
o presente processo, assim como é uma faculdade do Autor estar ou não pelo 
advogado do sindicato ou advogado particular, e a lei em nada fala de objeções 
a este respeito. 
Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 (art. 14, § 2º), para a concessão da 
assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu 
advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação 
econômica (art. 4º, § 1º, da Lei nº 7.510/86, que deu nova redação à Lei nº 
1.060/50). 
Portanto de acordo com a jurisprudência consolidada dos nossos Tribunais, não 
resta dúvida que O Autor faz jus sim a GRATUIDADE DE JUSTIÇA, e que por 
completo deve ser afastado a pretensão da parte Reclamada em desqualificar 
tal pretensão por tais motivos, e que seja ratificado os pedidos da peça 
vestibulanda. 
 
DOS PEDIDOS 
 
Por todo o exposto requer se digne Vossa Excelência em receber a presente 
impugnação, a fim de dar pela procedência da ação, com a condenação da Ré, 
em todos os pedidos contidos na exordial. 
 
Afastamento das preliminares. 
 
Nesses Termos, Pede Deferimento. 
Local, data... 
ADVOGADO 
OAB... 
 
 
 
Providências preliminares -> julgamento conforme estado do processo. 
 
 Extinção. Julgamento antecipado de mérito. 
 Decisão saneadora. 
 
 
Extinção do processo -> art. 316, CPC. Se dá por sentença. 
Sem resolução ou com resolução. Art. 485 e 487, CPC. 
 
 
Julgamento antecipado -> causa deve estar madura. Art. 355, CPC. 
Sem necessidade de instrução (não precisa de mais provas, já tem suficiente 
nos autos); causa unicamente de direito -> julgamento antecipado de mérito. 
O que está nos autos é suficiente, sendo desnecessárias outras provas. 
Pode ser total ou parcial. 
 
O total se aplica a todo processo. Julga toda causa -> sentença de mérito 
-> cabe apelação. 
 
O parcial julga um pedido que já está pronto para ser julgado. Pedido maduro, 
incontroverso, em condições de imediato julgamento -> decisão 
interlocutória -> agrave de instrumento. 
 
 
Decisão saneadora -> proferida quando não aplicáveis hipóteses anteriores 
(extinção ou julgamento antecipado de mérito). Prepara processo para 
instrução, fixar pontos controvertidos. Art. 357, CPC. 
 
Ouvir testemunhas, nomear peritos, determinar ônus da prova, designar 
audiência de instrução e julgamento, entre outros. 
 
Pode fazer em audiência de saneamento. 
 
Saneamento -> parte podem pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes em 05 
dias -> após torna estável. 
 
Prova oral -> audiência de instrução e julgamento. 
 
 
Audiência de instrução e julgamento -> depoimento pessoal das partes 
(confissão) e oitiva testemunhas. Art. 358 e ss do CPC. 
 
Juiz pode tentar conciliar as partes. 
 
Peritos, assistentes técnicos, depoimento autor/réu, testemunhas autor/réu. 
Ordem pode ser invertida. 
 
Cada um pode arrolar até 10 testemunhas. 3 para prova de cada fato. 
 
Audiência pode ser adiada em alguns casos -> art. 362, CPC. 
Convenção partes; falta justificada e atraso injustificado + 30 minutos horário 
audiência. 
 
Advogado da parte deve intimar testemunhas arroladas. Art. 455, CPC. 
Carta com aviso recebimento que deve ser juntado em, no mínimo, 3 dias antes 
da audiência. 
Se não aperceber -> remarca -> condução coercitiva. 
Pode ser levada sem ser intimada, mas o seu não comparecimento importa em 
preclusão. 
Pode ser gravada independente de autorização. 
 
 
Provas -> direito das partes. Art. 369 e ss do CPC. 
Provas típicas (estabelecidas no código) e atípicas (moralmente legítima, 
idôneas). 
 
Audiência instrução e julgamento -> provas orais -> depoimento pessoal das 
partes e oitiva testemunhas. 
 
Juiz pode exigir prova do direito (ex.: refere sobre lei e juiz pede a juntada da 
cópia de lei). 
A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário 
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar. 
 
 
Prova emprestada -> produzida em outro processo e por economia e celeridade 
será admitida em outro processo. Art. 372, CPC. 
Deve garantir contraditório. 
 
Juiz tem poder de polícia, podendo advertir quem estiver com ânimos aquecidos, 
inclusive dar voz de prisão em caso de desrespeito. 
 
Fim da colheita da prova oral em audiência -> alegações finais em 20 minutos 
+ 10 minutos (autor, réu, MP intervir). Em causa complexa, de oficio ou a 
requerimento, pode pedir conversão para apresentar razoes escritas 
(memoriais) -> 15 dias. 
 
Ao final da audiência a sentença será proferida (sentença em mesa - partes 
saem intimadas) ou não sendo possível será proferida em 30 dias. 
 
Audiência é UNA, mas pode ser remarcada. 
 
 
 
PI -> distribuição/registro -> ok -> determina citação -> audiência de 
autocomposição -> acordo (extinto) ou não -> contestação 15 dias -> fase 
saneadora -> réplica 15 dias -> atividades saneadoras -> julgamento no estado do 
processo (julgamento antecipado/extinção/decisão saneadora) 
 
Decisão saneadora -> audiência de instrução e julgamento (depoimentos, 
testemunhas) -> sentença. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
Júlio, Rubens e Marco Aurélio envolveram-se em acidente de trânsito da espécie 
comumente conhecida como "engavetamento", no qual Marco Aurélio abalroou 
o veículo conduzido por Rubens, que por sua vez colidiu com o dirigido por Júlio, 
utilizado para transporte autônomo de passageiros ("lotação"). Marco Aurélio 
encontrava-se, na ocasião, em velocidade acima da permitida para o local do 
acidente e seu veículo, conforme atestado em vistoria levada a cabo pelo órgão 
competente, não estava com o sistema de freios em ordem. Rubens, por sua 
vez, observava regularmente as leis de trânsito e seu veículo estava em 
perfeitas condições, mas ainda assim atingiu Júlio. Por causa dos danos 
causados a seu veículo, Júlio moveu ação, pelo rito próprio, contra Rubens, 
objetivando o recebimento da indenização correspondente. Na qualidade de 
advogado de Rubens, atue em seu favor oportunamente. Considere que a ação 
tramita perante a 2a Vara Cível da Comarca de Santos, local do acidente. 
 
O candidato deverá oferecer contestação, podendo sustentar preliminarmente 
sua ilegitimidade passiva, pois o verdadeiro causador do dano foi Marco Aurélio. 
Poderia se valer, inclusive, das disposições constantes nos artigos 338 e 339 do 
CPC. No mérito, deverá alegar a inexistência do dever de indenizar, tanto pela 
não caracterização da culpa, pois conduzia seu veículo sem incorrer em 
imprudência ou imperícia, quanto do nexo de causalidade, pois o acidente foi 
causado exclusivamente por ato de terceiro. 
 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de 
Santos- São Paulo 
 
(espaço) 
 
Processo nº... 
 
Rubens, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, 
por meio de seu advogado abaixo assinado, constituído através do instrumento 
procuratório em anexo, com endereço profissional (endereço completo), onde 
receberá intimações de estilo, e-mail...., apresentar CONTESTAÇÃO, com fulcro 
no art. 335 e 336 do CPC, contra Júlio, já também qualificado, pelos fatos e 
fundamentos que passa a expor: 
 
Dos Fatos 
 
 O réu se envolveu num acidente de trânsito, vindo a ser abalroado por um 
transporte autônomo de passageiros conhecido por “lotação”, dirigido pelo Sr. 
Marcos Aurélio, que vinha com velocidade acima da permitida onde ocorreu o 
acidente. 
 Devido à colisão, Rubens acabou por abalroar no automóvel do Sr. Júlio, 
autor da demanda, configurando-se o conhecido “engavetamento”. 
Por equívoco, o autor responsabilizou o réu, pelos danos causados ao seu veículo 
de forma descabida, uma vez que Rubens sempre observou as leis de trânsito 
e seu automóvel estava em perfeitas condições. 
 Na oportunidade, também seguia a risca todas as precauções, bem como as 
regras de trânsito vigentes. 
 
DA PRELIMINAR 
 
Ilegitimidade Passiva 
 Antes de discutir o mérito, ao observar o art. 337 do CPC, salienta-se que 
a demanda encontra sério óbice, pois Rubens não possui legitimidade passiva 
para integrar a demanda, já que não é o responsável pelos danos causados ao 
veículo do Sr. Júlio, devendo a demanda extinta sem julgamento de mérito, com 
base no art. 485, VI do CPC. 
 Não obstante o real causador do acidente ter sido o Sr. Marcos Aurélio, o 
mesmo além de trafegar em alta velocidade, seu veículo não estava com o 
sistema de freios em ordem, conforme atestado pela vistoria levada a cabo 
pelo órgão competente, observado por documento ora anexo, corrobora ele, 
ainda mais, para a conformação da ilegitimidade passiva de Rubens em 
prosseguir no presente feito. 
Tratar dos arts. 338 e 339 do CPC. 
 
Dos fundamentos da presente contestação 
 
 Há ausência do dever de indenizar em relação ao réu, pois não houve sequer 
culpa deste, que observa atentamente as leis de trânsito e na oportunidade do 
ocorrido encontrava-se com seu veículo em perfeitas condições, não 
incorrendo em qualquerimprudência ou imperícia em relação ao acidente, 
desconstituído de ato ilícito seu envolvimento com o fato, conforme art. 186 e 
927 do CC/02, estando desobrigado à indenização pleiteada na peça vestibular. 
 Ademais, não há nexo de causalidade com os danos sofridos pelo o 
promovente da demanda, já que todo esse infortúnio também suportado por 
Rubens foi exclusivamente causado por terceiro, qual seja, o Sr. Marcos Aurélio, 
por trafegar em alta velocidade e com sistema de freios irregular, conforme 
já comprovado, sendo este o verdadeiro detentor da legitimidade passiva. 
 Dessa forma, não há qualquer responsabilidade de reparar o dano por parte 
de Rubens, já que este não foi o causador do dano ocasionado no acidente, em 
tela. 
 
Dos Pedidos 
 
 Ante todo o exposto, requer que aceite a ilegitimidade da parte e que, por 
conseguinte se extinga o processo sem resolução do mérito, com base no 
art. 485 do CPC. 
 
 Caso V. Excelência assim não entenda, o que não se espera, requer então 
que se julgue improcedente o pleito indenizatório requerido pelo Sr. Júlio, 
uma vez que não há nexo de causalidade e, consequentemente, inexiste o 
dever de reparação. 
 
 Requer provar o alegado por meio de prova documental, testemunhal, 
depoimento pessoal da parte contrária e todos os demais meios de prova 
em direito admitidos.. 
 
 Requer, ainda, a condenação o autor no pagamento de custas e honorários 
advocatícios sucumbenciais, nos moldes do art. 85 do CPC. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local, data e ano. 
Advogado... 
OAB... 
 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
Júlia ajuizou ação sob o rito ordinário, distribuída à 34.ª Vara de Família de São 
Paulo – SP, com o objetivo de ver declarada a existência de união estável que 
alega ter mantido, de 1989 a 2005, com Jonas, já falecido. Arrolou a autora, no 
polo passivo da lide, o nome dos herdeiros de Jonas, que, devidamente citados, 
apresentaram contestação no prazo legal. 
Preliminarmente, os réus alegaram que: 
 a autora não teria interesse de agir, sob o argumento de que Jonas não 
deixara pensão de qualquer origem, sendo inútil a ela a simples declaração; 
 o pedido encontraria óbice na coisa julgada, sob o fundamento de que, em 
oportunidade anterior, a autora ajuizara, contra os réus, ação possessória 
na qual, alegando ter sido companheira do falecido, pretendia ser mantida 
na posse de imóvel pertencente ao último, tendo sido o julgamento dessa 
ação desfavorável a ela, sob a fundamentação de que não teria ocorrido 
a união estável; 
 haveria litispendência, sob o argumento de que já tramitava, na 1.ª Vara de 
Órfãos e Sucessões de São Paulo – SP, ação de inventário dos bens 
deixados pelo falecido, devendo necessariamente ser discutido naquela sede 
qualquer tema relativo a interesse do espólio, visto que o juízo do inventário 
atrai os processos em que o espólio é réu. 
No mérito, os réus aduziram que Jonas era homem dado a vários 
relacionamentos e, apesar de ter convivido com a autora sob o mesmo teto, 
tinha uma namorada em cidade vizinha, com a qual se encontrava, regularmente, 
uma vez por semana, no período da tarde. Considerando a situação hipotética 
apresentada, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Júlia, redija a peça 
processual cabível em face das alegações apresentadas na contestação. 
 
 
A PEÇA 
Réplica endereçada ao juiz da 34.ª Vara de Família de São Paulo – SP. 
 
Qualificação (pode ser reduzida = já devidamente qualificado) 
 
Relato da situação fática. Dos fatos. 
 
PRELIMINARES: 
 Existe interesse de agir mesmo na simples declaração da união estável sem 
que haja pensão. A convivência duradoura entre duas pessoas é um fato, sendo 
a união estável um conceito jurídico que poderá ou não definir tal relação. 
 A lei prevê a possibilidade de ser declarada a existência de relação jurídica 
(CPC, art. 19, I). Ademais, considerando-se que há ação de inventário em curso, 
o falecido deixou bens, podendo algum deles ter sido adquirido na constância da 
união estável. 
 Não ocorre litispendência, pois os elementos das ações não são coincidentes. 
Para que ocorra a litispendência, deverá ser repetida ação em curso. De fato, 
uma ação é idêntica à outra quando ambas têm as mesmas partes, a mesma 
causa de pedir e o mesmo pedido (CPC, art. 337). 
 A atração exercida pelo inventário não se põe de tal modo a determinar que 
o pedido de reconhecimento da união estável de quem não é herdeira precise 
necessariamente ser processado nos autos do inventário. O reconhecimento de 
união estável é de competência da vara de família. Foi respeitada a competência 
do foro, visto que a ação declaratória foi proposta no foro do domicílio do 
autor da herança (CPC, art. 48). 
 Não ocorre, na hipótese, coisa julgada, pois o pedido é diferente nas duas 
ações. Ademais, os fundamentos de uma sentença não transitam em julgado de 
modo a impedir novo pronunciamento judicial acerca da matéria já discutida em 
momento anterior (CPC, art. 337). 
 
MÉRITO 
A existência de relacionamento não estável não serve de empecilho ao 
reconhecimento da união estável da autora com o falecido, visto que, conforme 
informação da própria contestação, o suposto relacionamento não tinha os 
atributos de união estável nos termos da lei civil, de acordo com o que dispõe 
o art. 1.723 do Código Civil: “É reconhecida como entidade familiar a união estável 
entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e 
duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.” 
 
REQUERIMENTO FINAL 
Deve ser requerida ao juiz a rejeição das preliminares alegadas, da causa de 
extinção do processo, com a procedência do pedido inicial. 
Pode renovar pedido de produção de provas. 
Não há valor da causa. 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
Advogado ... 
OAB... 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
Recursos 
 
Decisões -> do juiz ou tribunal. 
 
Juiz -> sentença, decisão interlocutória e despachos. 
 
Despachos dão andamento ao processo e são irrecorríveis. 
 
Decisão interlocutória resolve mérito parcial. 
Cabe agravo de instrumento -> art. 1015 -> TJ -> 15 dias. 
Preliminar de apelação -> fora rol do 1015 -> não precluem. 
 
Sentença encerra fase conhecimento ou processo de execução -> 
com ou sem resolução de mérito. Art. 1009 -> apelação. 
 
Tribunal -> decisões monocráticas e acórdãos. 
 
Decisão monocrática -> relator profere (desembargares ou ministros) 
-> agravo interno. Art. 1021, CPC. 
 
Acórdão -> decisão colegiada. Art. 204, CPC. 
 
 
Recurso visa combater decisão judicial -> reformar, invalidar ou aprimorar. 
 
Reforma -> erro no mérito (análise pedidos) 
 
Invalidação ou anulação -> erro na forma/procedimento. Ex.: não ouviu 
testemunha, não realizou perícia obrigatória. Volta para realizar ato. 
 
Aprimoração -> ex.: nos embargos de declaração (erro material, 
contradição, omissão, obscuridade). 
 
É uma faculdade. Não dá origem a novo processo. 
Ad quo -> ad quem. 
 
 
Requisitos de admissibilidade -> tempestividade, preparo, cabimento, legitimidade 
e interesse. 
 
Tempestividade = art. 1003, CPC. 
Interpostos em 15 dias úteis, exceto embargos de declaração - 5 dias. 
MP, DP, fazenda pública -> prazos em dobro. 
O mesmo prazo do recurso é para as contrarrazões. 
Feriado local -> fazer prova do feriado. 
Recurso interposto no correio -> tempestividade é analisada pela data da 
postagem. 
 
 
Legitimidade = art. 996, CPC. 
Partes, terceiros (prejudicados) e MP (parte ou fiscal). 
 
 
Preparo = custas + porte de remessa e retorno (quando for o caso). 
Beneficiário da gratuidadee os que gozam de isenção legal (fazenda pública e 
MP) não precisam comprovar preparo. 
 
Art. 1007 = processo eletrônico não tem recolhimento de porte de remessa e 
retorno. 
 
Comprovado no ato de interposição do recurso. Acostar guia e referir no 
recurso sobre o preparo. 
 
 
Cabimento = o recurso serve para combater aquela decisão. 
Justificar o seu cabimento. 
Ex.: não concessão da gratuidade judiciária -> agravo de instrumento. 
Ex.: juizado especial -> recurso inominado em 10 dias úteis. 
 
 
Interesse = em regra, com a sucumbência. 
Reforma = erro na análise do mérito. 
Invalidação = erro no procedimento. 
 
 
Apelação 
 
Da sentença cabe apelação. Art. 1009, CPC. 
 
Apelação -> combater sentenças e discutir decisões interlocutórias não 
agraváveis (preliminar de apelação). 
 
Ex.: decisão que indefere produção testemunhal => não cabe agravo de 
instrumento. Essa questão pode ser discutida em preliminar na apelação. 
 
Contrarrazões a apelação -> 15 dias. 
 
A apelação tem efeito suspensivo, com exceções no parágrafo primeiro (não 
tem efeito suspensivo nesse caso). 
 
Em regra, um recurso cível não contempla efeito suspensivo, mas há exceções. 
 
Elaborado em 2 etapas -> folha de apresentação (juiz que proferiu sentença = 
a quo) e as razões (tribunal = ad quem). 
O juízo a quo não realiza admissibilidade, apenas intima para contrarrazões e 
remete autos. 
 
 
 
1ª passo: Endereçamento na folha de apresentação. A apelação será interposta 
no juízo a quo (aquele que proferiu a sentença). Ele não fará mais o primeiro 
juízo de admissibilidade do recurso. Irá receber o recurso, intimar o apelado 
para, querendo oferecer contrarrazões e enviará o recurso para o tribunal. 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE ... (esses dados estarão no enunciado). 
 
2ª passo: qualificação das partes 
Tratamento: apelante e apelado. 
 
APELANTE, já devidamente qualificado no processo Nº acima mencionado, vem, 
por intermédio de seu advogado devidamente constituído pelo instrumento 
procuratório anexo, com endereço profissional (ENDEREÇO COMPLETO), e-
mail, interpor APELAÇÃO com base no art. 1009, CPC, em desfavor do apelado, 
também já devidamente qualificado, pelos fatos e fundamentos a seguir 
delineados. 
 
3ª passo: demais pontos da construção da folha de apresentação da apelação 
Destaca-se, desde logo, que a apelação é tempestiva e encontra-se devidamente 
preparada, conforme guias anexas. 
Requer a intimação do apelado para, querendo, apresentar suas contrarrazões 
e ainda a remessa dos autos ao Tribunal competente. 
 
4º passo: Encerramento da folha de apresentação 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, dia, mês e ano. 
Advogado 
OAB 
 
5ª passo: Endereçamento das razões da apelação 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE... 
 
6ª passo: Cabeçalho das razões da apelação 
 
APELANTE: 
APELADO: 
PROCESSO ORIGINÁRIO: 
 
7ª passo: Do preenchimento dos requisitos de admissibilidade; 
 
 O presente recurso é tempestivo, uma vez que apresentado dentro do prazo 
legal previsto no artigo 1003, parágrafo 5º do CPC, qual seja, 15 dias. Assim, 
tendo sido intimado da r. sentença no dia X, começando a contagem no dia Y, 
é tempestivo o presente recurso apresentado na presente data. 
 
 A apelação encontra-se devidamente preparada, conforme faz prova as 
guias de recolhimento em anexo, cumprindo o determinado no art. 1007 do 
mesmo diploma legal. 
 Da mesma forma, a parte recorrente é legítima, já que foi vencida na 
presente demanda consoante preceito do art. 996 do CPC. 
 Neste sentido, a apelação em tela é cabível, visto que preenchidos seus 
requisitos de admissibilidade. 
 Por fim, há interesse no presente recurso, já que a parte recorrente foi 
vencida na instância inferior. Pelo exposto, estando demonstrados todos os 
requisitos para admissibilidade do presente recurso, requer seja o mesmo 
conhecido para ao final, dar-lhe provimento. 
 
8ª passo: Da existência de interlocutórias não agraváveis de imediato. 
 
As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito 
não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e 
devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta 
contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 
Se as questões referidas forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente 
será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas. 
* Requeira seu julgamento preliminarmente; 
 
9ª passo: Do resumo dos fatos; 
 
10º passo: Do mérito / Dos fundamentos da apelação: 
* Indicar arts. e/ou súmulas aplicáveis ao caso 
 
11º passo: Pedidos 
Pedir: *Reforma: Erro no mérito; 
*Invalidação: Erro procedimental; 
 
DOS PEDIDOS: 
Ante o exposto, requer a admissibilidade (OU seja, conhecido) do presente 
recurso e o seu provimento a fim de... 
Requer ainda a condenação da parte apelada no pagamento de custas e 
honorários advocatícios. 
 
 Recurso admitido -> conhecido -> provido. 
 
12ª passo: Encerramento 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, dia, mês e ano. 
Advogado 
OAB 
 
 
 
 
Em junho de 2009, Soraia, adolescente de 13 anos, perde a visão do olho direito 
após explosão de aparelho de televisão, que atingiu superaquecimento após 
permanecer 24 horas ligado ininterruptamente. A TV, da marca Eletrônicos 
S/A, fora comprada dois meses antes pela mãe da vítima. Exatos sete anos 
depois do ocorrido, em junho de 2016, a vítima propõe ação de indenização por 
danos morais e estéticos em face da fabricante do produto. Na petição inicial, 
a autora alegou que sofreu dano moral e estético em razão do acidente de 
consumo, atraindo a responsabilidade pelo fato do produto, sendo dispensada a 
prova da culpa, razão pela qual requer a condenação da ré ao pagamento da 
quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a título de danos morais e R$ 
50.000,00 (cinquenta mil reais) pelos danos estéticos sofridos. No mais, realizou 
a juntada de todas as provas documentais que pretende produzir, inclusive laudo 
pericial elaborado na época, apontando o defeito do produto, destacando, desde 
já, a desnecessidade de dilação probatória. Recebida a inicial, o magistrado da 1ª 
Vara Cível da Comarca Y, determinou a citação da ré e após oferecida a 
contestação, na qual não se requereu produção de provas, decidiu proferir 
julgamento antecipado, decretando a improcedência dos pedidos da autora, com 
base em dois fundamentos: (i) inexistência de relação de consumo, com 
consequente inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor, pois a 
vítima/autora da ação já alegou, em sua inicial, que não participou da relação 
contratual com a ré, visto que foi sua mãe quem adquiriu o produto na época; 
e (ii) prescrição da pretensão autoral em razão do transcurso do prazo de 
três anos, previsto no Art. 206, § 3º, inciso V, do Código Civil. Na qualidade de 
advogado(a) de Soraia, elabore a peça processual cabível para a defesa 
imediata dos interesses de sua cliente, no último dia do prazo recursal, indicando 
seus requisitos e fundamentos nos termos da legislação vigente. Não deve ser 
considerada a hipótese de embargos de declaração. 
 
 
A decisão em questão tem natureza jurídica de sentença, na forma do Art. 
203, § 1º, do Art. 487, incisos I e II, e do Art. 490, todos do CPC/15. 
 
Com efeito, extinguiu-se o processo, com resolução do mérito, rejeitando o 
pedido de indenização pelo fato do produto, ao entender que a vítima não se 
qualificava como consumidora, na forma da lei, decidindo, também, de ofício, 
pelo reconhecimento da prescrição da pretensão autoral. 
 
Em virtude disso, o meio processual adequado à impugnação do pronunciamento 
jurisdicional,a fim de evitar que faça coisa julgada, é o recurso de apelação, 
de acordo com o Art. 1.009 do CPC/15. 
 
Deve-se, para buscar a tutela integral ao interesse da autora, impugnar cada 
um dos capítulos da sentença, isto é, tanto a inexistência da relação de consumo 
quanto o reconhecimento de ofício da prescrição. 
 
Ademais, como a autora já produziu toda a prova pré-constituída que julga 
adequada, deve devolver toda a matéria, pugnando pelo provimento total do 
recurso de apelação, para que o Tribunal examine as demais questões, sem 
determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau, na forma do Art. 
1.013, § 4º, do CPC/15. 
 
Quanto ao primeiro ponto, deve-se sustentar a existência de relação de 
consumo entre a autora da ação, vítima de acidente de consumo, e a ré, 
fabricante do produto defeituoso que lhe causou dano moral e estético. 
 
Nesse caso, a despeito de não ter participado, como parte, da relação 
contratual de compra e venda do produto, a autora é qualificada como 
consumidora, pois, nas hipóteses de responsabilidade pelo fato do produto, é 
consumidor toda pessoa que "utiliza o produto ou serviço como destinatário 
final" (art. 2º, caput, do CDC), assim como “equiparam-se aos consumidores 
todas as vítimas do evento” (Art. 17 do CDC). 
 
Presente a relação de consumo, deve-se postular pelo julgamento do mérito, 
sem necessidade de retorno dos autos à instância inferior, alegando que a 
fabricante responde, independentemente de culpa, pelos danos causados por 
defeitos de fabricação de produtos que ponham em risco a segurança dos 
consumidores, como ocorreu no caso vertente (Art. 12, caput e § 1º, do CDC). 
 
Quanto ao segundo capítulo da sentença, deve-se pretender o afastamento da 
prescrição. Isso porque não corre prescrição contra absolutamente incapaz 
(Art. 198, inciso I, do CC), razão pela qual o termo inicial de contagem do prazo 
prescricional de 5 (cinco) anos (Art. 27 do CDC) efetivou-se apenas em 2012, 
quando a autora completou 16 anos, tornando-se relativamente capaz. 
 
Dessa forma, a prescrição de sua pretensão ocorreria apenas em 2017. 
 
Nessa linha, deve-se requerer a reforma da sentença para que o pedido seja 
julgado, desde logo, procedente, mediante o reconhecimento da relação de 
consumo e o afastamento da prescrição, dando provimento integral ao recurso 
de apelação, com o julgamento do mérito da demanda, na medida em que o feito 
se encontra maduro para julgamento. 
 
 
 
Folha de apresentação = endereçamento ao juízo que proferiu decisão. 
LINHA 
Qualificação partes. Art. 1009, interpor. 
Tempestividade, preparo. 
Intimação apelado -> contrarrazões. 
Encerramento. 
LINHA 
Razões = desembargador presidente do tribunal. 
Apelante, apelado, processo originário. 
Pressupostos de admissibilidade. 
Interlocutória não agravável (se houver - liminar). 
Fatos. 
Fundamentos. 
Pedidos (reforma/invalidação; custas/honorários). 
 
 
Agravo de instrumento 
 
Art. 1015, CPC. Prazo de 15 dias, interposto diretamente no tribunal. Depende de 
preparo, exceto isentos e gratuidade justiça. 
 
2 etapas = folha apresentação ao presidente do tribunal e razões aos 
desembargadores - colegiado, que julgarão o agravo. 
 
Peças obrigatórias e facultativas = art. 1017 
 
"Deixa de juntar algumas das peças obrigatórias porque inexistem no processo" 
 
Agravante deve, em 3 dias da interposição, informar o juiz a quo da interposição, 
sob pena do agravo não ser conhecido. 
Juntar cópia do agravo, do comprovante de interposição e da relação dos 
documentos anexados. 
Esse conhecimento permite o exercício da retratação do juiz. 
 
Via de regra não tem efeito suspensivo. Pode ser requerido esse feito. 
 
Pode pleitear tutela não concedida no 1º grau. Pede antecipação de tutela na 
inicial e juiz não concede -> agravo de instrumento. 
 
 As demais interlocutórias não previstas aqui, são atacadas em preliminar 
de apelação. 
 
 
 
Fundamentação legal: artigos 1015 ao 1020 do CPC. 
 
1ª passo: Endereçamento; 
 
FOLHA DE APRESENTAÇÃO 
- Endereçamento ao Presidente do Tribunal 
 
Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do emérito Tribunal de 
Justiça do estado ... 
 
2ª passo: Identificação das partes 
 
- Qualificação reduzida (Agravante x Agravado) 
- procuração, endereço profissional e e-mail do advogado 
 
3ª passo: Detalhes da construção da folha de apresentação 
 
Destacar, desde logo: tempestividade / preparo; (juntada da guia ou pedir 
gratuidade) 
 
- Da formação do Instrumento ou/Peças essenciais ao presente Agravo (listar 
as peças) – Art. 1017, CPC; 
- Requerer intimação para oferecer contrarrazões pelo agravado; 
- Pedir o Conhecimento do agravo e Remessa ao órgão competente; 
 
Nestes termos 
Pede deferimento. 
Advogado 
OAB 
 
4º passo: Endereçamento da folha das razões/minuta do agravo 
 
ÍNCLITOS JULGADORES! 
Emérita turma... 
 
5ª passo: Qualificação das partes na minuta 
 
AGRAVANTE:... (agravante incapaz representado/assistido...) 
AGRAVADO:... 
PROCESSO ORIGINÁRIO:... 
 
6ª passo: requisitos de admissibilidade 
 
Legitimidade/cabimento 
*Da obediência ao art. 1018, CPC (destaque-se que uma cópia do presente 
agravo protocolado, indicando que as peças juntadas serão protocoladas, no 
juízo de 1º grau.) 
- Da concessão do efeito suspensivo ou da tutela antecipada 
 
7ª passo: resumo da decisão agravada 
O examinando deverá fazer breve relato dos principais pontos do enunciado 
proposto pela banca. 
 
Trata-se de decisão interlocutória proferida nos autos de Ação de... movida 
contra o agravante pelo agravado. O inconformismo do agravante refere-se 
ao fato de que o MM. Juízo “a quo”... ficando evidente o prejuízo do agravante. 
 
8ª passo: - Fundamentos do agravo 
Atacar a decisão com fundamento na legislação pertinente. Enfrentar a decisão 
agravada, utilizando o direito material e processual a ser invocado ou que, 
eventualmente, tenha sido violado. 
Justificar o pedido de efeito suspensivo ou da antecipação de tutela recursal. 
 
Fica patente o perigo de dano e da probabilidade do direito, diante da ..., pois o 
MM. Juízo “a quo” ... 
A demora na prestação jurisdicional é fator indiscutível, já que O 
PROSSEGUIMENTO DO FEITO violará, inclusive, os princípios da dignidade da 
pessoa humana, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. 
A concessão da providência só ao final da demanda poderá ser inócua, e as 
consequências desastrosas para o agravante. 
Assim, com fundamento nos artigos 1019, I e 932, II do Código de Processo Civil, 
requer-se a Vossa Excelência a concessão da antecipação dos efeitos da tutela 
recursal, a fim de que seja deferido ... 
. 
9ª passo: - Dos pedidos 
- Ante o exposto, requer o conhecimento e provimento do agravo a fim de... 
- Requerer por fim, a condenação do agravado em custas e honorários 
advocatícios sucumbenciais, nos termos do art. 85, parágrafo 1º do CPC. 
 
10ª passo: Encerramento 
Pede-se o deferimento daquilo que fora postulado, seguindo-se do local, data e 
advogado. Por exemplo: 
 
Termos em que pede deferimento. 
Local, data, 
Advogado 
OAB... 
 
 
 
Pedro, brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, residente no Rio de 
Janeiro/RJ, legítimo proprietário de um imóvel situado em Juiz de Fora/MG, 
celebrou, em 1º de outubro de 2012, contrato por escrito de locação com João, 
brasileiro, solteiro, professor, pelo prazo de 48 (quarenta e oito) meses, ficando 
acordado que o valor do aluguel seria de R$ 3.000,00 (três mil reais) e que, 
dentre outras obrigações, João não poderia lhe dar destinação diversa da 
residencial. Ofertou fiador idôneo. Após um ano de regular cumprimento da 
avença, o locatário passou a enfrentar dificuldades financeiras. Pedro, depois 
de quatro meses sem receber o que lhe era devido, ajuizouação de despejo 
cumulada com cobrança de aluguéis perante a 2ª Vara Cível da Comarca de 
Juiz de Fora/MG, requerendo, ainda, antecipação de tutela para que o 
réu/locatário fosse despejado liminarmente, uma vez que desejava alugar o 
mesmo imóvel para Francisco. O magistrado recebe a petição inicial, 
regularmente instruída e distribuída, e defere a medida liminar pleiteada, 
concedendo o prazo de 72 (setenta e duas) horas para João desocupar o 
imóvel, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Desesperado, 
João o procura para que, na qualidade de seu advogado, interponha o recurso 
adequado (excluídos os embargos declaratórios) para se manter no imóvel, 
abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes. 
 
Trata-se de decisão interlocutória proferida em ação de despejo fundada em 
falta de pagamento no qual o magistrado, contrariando o que prevê o Art. 62, 
II, da Lei nº 8.245/91, determinou a desocupação do imóvel inaudita altera parte, 
sem conceder ao locatório o direito de, em 15 (quinze) dias, purgar a mora. 
Ademais, a utilização da astreinte para o despejo é claramente desproporcional, 
na medida em que bastaria, para tanto, a determinação de remoção de pessoas 
e/ou coisas (Art. 497 e 537, do CPC). 
Assim sendo, o examinando deve elaborar um recurso de agravo de instrumento 
(Art. 1015 CPC), demonstrando o seu cabimento, requerendo o efeito suspensivo 
(Art. 1019 do CPC), a fim de que a decisão recorrida tenha sua eficácia 
suspensa até o julgamento final do recurso. Cabe, ainda, ao candidato 
demonstrar a presença dos requisitos genéricos e específicos de admissibilidade 
e requerer, ao final, o conhecimento e provimento recursal (Art. 1015 e 
seguintes, do CPC). 
 
 
FOLHA DE APRESENTAÇÃO 
- Endereçamento ao Presidente do Tribunal 
- Qualificação reduzida (Agravante x Agravado), interpor 
- Art. 1015, CPC - cabimento 
- Nº do Processo 
- Endereço profissional do advogado 
- Tempestividade / Preparo (gratuidade - pede) 
- Da formação do Instrumento ou / Peças essenciais ao presente Agravo (listar 
as peças) – Art. 1017, CPC 
- Intimação para contrarrazões pelo agravado 
- Pedir o Conhecimento do agravo e Remessa ao órgão competente 
 
Nestes termos 
Pede deferimento. 
Advogado... 
OAB... 
 
FOLHA COM AS RAZÕES (MINUTA) 
- Endereçamento - aos desembargadores/douta turma 
AGRAVANTE 
AGRAVADO 
PROCESSO ORIGINÁRIO 
ÍNCLITOS JULGADORES! 
 
- requisitos de admissibilidade 
*Da obediência ao art. 1018, CPC (destaque-se que uma cópia do presente 
agravo protocolado, indicando as peças juntadas será protocolada no juízo de 1º 
grau.) 
- Da concessão do efeito suspensivo ou da tutela antecipada 
- Resumo da decisão agravada 
- Fundamentos do agravo (arts. / súmulas) 
- Dos pedidos 
Ante o exposto, requer o conhecimento e provimento do agravo a fim de... 
Requerer por fim, a condenação do agravado em custas e honorários adv. 
Sucumbenciais, nos termos do art. 85 do CPC. 
Se envolver incapaz, requerer intimação do MP 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, dia, mês e ano. 
Advogado... 
OAB... 
 
 
Embargos de declaração 
 
Combater = sentenças, interlocutórias, decisões monocráticas e acórdãos. 
 
Art. 1022, CPC. Decisão com erro material, omissão, contradição, obscuridade. 
 
Prazo é de 05 dias úteis. Não dependem de preparo, não precisa recolher 
custas. 
 
Não tem efeito suspensivo. 
 
Efeito interruptivo -> oposição tem condão de interromper o curso do prazo 
para recurso subsequente, inclusive nos juizados. 
 
Protelatórios -> multa de até 2% do valor da causa, podendo ser majorada para 
até 10% caso reiterados os embargos protelatórios. 
 
Podem ser usados para prequestionamento -> requisito de admissibilidade para 
recursos de natureza extraordinária (rext e resp). Só pode discutir matérias 
anteriormente decididas. 
 
Peça única! 
 
 
1ª passo: Endereçamento; 
Será feito ao próprio órgão que prolatou a decisão. Juiz ou relator que proferiu 
a decisão. 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Cível da Comarca de 
... 
Verifique o enunciado da prova! 
 
2º passo: Qualificação das partes: 
Tratamento: embargante e embargado. (Já devidamente qualificado) 
 
3º passo: resumo da decisão. 
Abordar de forma objetiva os principais pontos fáticos do enunciado. 
Seja breve e lembre-se de não trazer dados não fornecidos. 
 
4º passo: requisitos de admissibilidade 
Destacar a tempestividade, legitimidade, cabimento e demais requisitos de 
admissibilidade. Eles independem de preparo! 
 
5º passo: Fundamentos do recurso 
Art. 1022 e ss., CPC. 
 
6º passo: Pedidos 
Requerer o conhecimento e provimento dos embargos, a fim de que seja sanada 
a omissão, contradição, obscuridade ou erro material. 
Se sobrevier efeito modificativo, requerer a intimação do embargado para 
apresentar contrarrazões. 
Requer seja sanada a irregularidade.... 
 
7º passo: Encerramento 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, dia, mês e ano. 
Advogado... 
OAB... 
 
 
Recurso especial 
 
Competência do STJ. Manter hegemonia das leis federais. 
Art. 105, III da CF. 
 
Caso de violação, em única ou última instância, de uma decisão que lesou lei 
ordinária federal. Versar sobre matéria unicamente de direito. 
 
Folha de apresentação -> presidente do tribunal recorrido. TJ ou TRF. 
Razões -> ministros STJ. 
 
Não cabe nos juizados. Súmula 203, STJ. 
 
Não tem efeito suspensivo. Se preciso, deve pedir (tópico). 
Tem efeito devolutivo. Necessário prequestionamento. Esgotar vias anteriores. 
 
 
1ª passo: Endereçamento na folha de apresentação; 
 
A competência é originária do STJ, devendo ser interposto perante o 
Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal recorrido. 
 
2º passo: qualificação das partes 
Tratamento: recorrente e recorrido. Desnecessário qualificar as partes, salvo 
alteração. 
 
3º passo: Demais pontos da peça de interposição 
 
Demonstrar, desde logo, o preenchimento dos requisitos de admissibilidade 
(preparo, tempestividade e prequestionamento - já foi anteriormente suscitada). 
Requerer a intimação da parte contrária para apresentar contrarrazões, bem 
como a juntada das guias de custas de preparo, porte de remessa e retorno 
de autos (físicos). 
Requerer, também o conhecimento do recurso e sua pronta remessa ao STJ. 
 
4º passo: Encerramento da folha de interposição 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, dia, mês e ano. 
Advogado... 
OAB ... 
 
5º passo: Endereçamento da folha das razões 
Endereçar ao STJ. 
Doutos ministros! 
Colenda turma. 
 
6º passo: Cabeçalho das razões 
Recorrente: 
Recorrido: 
Processo originário: 
 
7º passo: resumo da decisão. 
 
8º passo: Do preenchimento dos requisitos de admissibilidade. 
 
Demonstrar a tempestividade do recurso, bem como o prequestionamento da 
matéria. Cabimento -> art. 103, III, CF. 
 
Se o recurso foi interposto fundamentado na alínea a do art. 105, III, da CF/88, 
deve-se demonstrar a lei federal que foi contrariada. Se o recurso foi 
interposto fundamentado na alínea c do art. 105, III, da CF/88, deve-se 
confrontar o acórdão recorrido com o utilizado como paradigma, cumprindo 
ao recorrente fazer prova da divergência. 
 
9º passo: Dos fundamentos 
A discussão deve versar unicamente sobre matéria de direito, e não questões 
fáticas (nesse sentido, Súmula 7 do STJ). 
 
10º passo: Dos pedidos 
Conhecimento do recurso e provimento para anular ou reformar o acórdão 
recorrido. 
Inversão do ônus da sucumbência. Condenação requerido pgto custas e 
honorários sucumbência, art. 85, parágrafo 1º, CPC. 
 
11º passo: encerramento 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, dia, mês e ano. 
Advogado 
OAB 
 
 
Em uma determinada ação indenizatória que tramita na capital do Rio de Janeiro,o promitente comprador de um imóvel, Serafim, pleiteia da promitente 
vendedora, Incorporadora X, sua condenação ao pagamento de quantias 
indenizatórias a título de (i) lucros cessantes em razão da demora exacerbada 
na entrega da unidade imobiliária e (ii) danos morais. Todas as provas pertinentes 
e relevantes dos fatos constitutivos do direito do autor foram carreadas nos 
autos. Na contestação, a ré suscitou preliminar de ilegitimidade passiva, 
apontando como devedora de eventual indenização a sociedade Construtora Y 
contratada para a execução da obra. Alegou, no mérito, o descabimento de 
danos morais por mero inadimplemento contratual e, ainda, aduziu que a situação 
casuística não demonstrou a ocorrência dos lucros cessantes alegados pelo 
autor. O juízo de primeira instância, transcorridos regularmente os atos 
processuais sob o rito comum, acolheu a preliminar de ilegitimidade passiva. Da 
sentença proferida já à luz da vigência do CPC/15, o autor interpôs recurso 
de apelação, mas o acórdão no Tribunal de Justiça correspondente manteve 
integralmente a decisão pelos seus próprios fundamentos, sem motivar 
específica e casuisticamente a decisão. O autor, diante disso, opôs embargos 
de declaração por entender que havia omissão no Acórdão, para prequestionar 
a violação de norma federal aplicável ao caso em tela. No julgamento dos 
embargos declaratórios, embora tenha enfrentado os dispositivos legais 
aplicáveis à espécie, o Tribunal negou provimento ao recurso e também aplicou 
a multa prevista na lei para a hipótese de embargos meramente protelatórios. 
Na qualidade de advogado(a) de Serafim, indique o meio processual adequado 
para a tutela integral do seu direito em face do acórdão do Tribunal, elaborando 
a peça processual cabível no caso, excluindo-se a hipótese de novos embargos 
de declaração, indicando os seus requisitos e fundamentos nos termos da 
legislação vigente. 
 
A medida cabível para Serafim, em seu processo, é a interposição do Recurso 
Especial para o STJ, cujas razões recursais devem rechaçar a ilegitimidade 
passiva da incorporadora imobiliária, visto que é ela responsável solidária pelos 
danos ocasionados, na forma do Art. 25, § 1º, do Código de Defesa do 
Consumidor, do Art. 942 do Código Civil ou do Art. 30 da Lei nº 4.591/64. 
 
Além disso, o examinando deve abordar a prática do ilícito contratual e os danos 
sofridos. Ao final, o pedido recursal deve ser no sentido de obter a anulação 
do acórdão em razão da falta de fundamentação específica e, caso o STJ 
entenda que a invalidação será excessivamente prejudicial ao recorrente, deve 
ser pedida reforma integral do julgado, com base no Art. 282, § 2º, do CPC. 
 
Em relação à multa aplicada em razão do entendimento do Tribunal (embargos 
protelatórios), esta também deve ser rechaçada pelo examinando, por se tratar 
de recurso com finalidade de prequestionamento, o que resulta na inaplicabilidade 
do Art. 1026, § 2º, do CPC/15 e na violação ao enunciado de Súmula de 
Jurisprudência predominante do STJ (Súmula 98) 
 
 
 
João utiliza todos os dias, para retornar do trabalho para sua casa, no Rio de 
Janeiro, o ônibus da linha “A”, operado por Ômega Transportes Rodoviários Ltda. 
Certo dia, o ônibus em que João era passageiro colidiu frontalmente com uma 
árvore. A perícia concluiu que o acidente foi provocado pelo motorista da 
sociedade empresária, que dirigia embriagado. Diante disso, João propôs ação 
de indenização por danos materiais e morais em face de Ômega Transportes 
Rodoviários Ltda. O Juiz julgou procedentes os pedidos para condenar a ré a 
pagar a João a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a título de danos 
materiais, e mais R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) para compensar os 
danos morais sofridos. Na fase de cumprimento de sentença, constatada a 
insolvência da pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações, o Juiz 
deferiu o pedido de desconsideração da personalidade jurídica, procedendo à 
penhora, que recaiu sobre o patrimônio dos sócios Y e Z. Diante disso, os sócios 
de 
Ômega Transportes Rodoviários Ltda. interpuseram agravo de instrumento, ao 
qual o Tribunal de Justiça, por unanimidade, deu provimento para reformar a 
decisão interlocutória e indeferir o requerimento, com fundamento nos artigos 
2º e 28 do CDC (Lei nº 8.078/90), por não haver prova da existência de desvio 
de finalidade ou de confusão patrimonial. O acórdão foi disponibilizado no DJe 
em 05/05/2014 (segunda-feira), considerando-se publicado no dia 06/05/2014. 
Inconformado com o teor do acórdão no agravo de instrumento proferido 
pelo TJ/RJ, João pede a você, na qualidade de advogado, a adoção das 
providências cabíveis. Sendo assim, redija o recurso cabível (excluída a hipótese 
de embargos de declaração), no último dia do prazo, tendo por premissa que 
todas as datas acima indicadas são dias úteis, assim como o último dia para 
interposição do recurso. Prazo encerra dia 27/05 
 
A peça processual cabível é o recurso especial para o STJ, nos termos do Art. 
105, III, a, da CF/88, bem como do Art. 1029 e seguintes do CPC. Deverá ser 
interposto por João perante o Presidente ou o 3º Vice-Presidente do TJ/RJ, 
para o juízo prévio de admissibilidade, indicando os sócios Y e Z, da pessoa 
jurídica, como recorridos. Os fundamentos do recurso são a violação dos 
artigos 2º e 28 do CDC, eis que, tratando-se de relação de consumo (Art. 2º 
do CDC), a desconsideração da personalidade jurídica é regida pela teoria menor 
(Art. 28 do CDC), que dispensa a prova da existência de desvio de finalidade 
ou de confusão patrimonial, bastando a constatação da insolvência da pessoa 
jurídica para o pagamento de suas obrigações. Deve ser enfatizado que tais 
artigos da legislação federal foram devidamente prequestionados pelo TJ/RJ. 
O pedido formulado deverá ser no sentido de que o STJ conheça do recurso 
e a ele dê provimento para sanar violação aos dispositivos de Lei Federal e, 
consequentemente, reformar o acórdão do TJ/RJ, a fim de manter, na íntegra, 
a decisão proferida pelo juízo de primeiro grau, autorizando, assim, a 
desconsideração da personalidade jurídica. 
 
 
 
Recurso extraordinário 
 
Competência do STF. 
Art. 102, III, CF. 
 
Caso de violação, em única ou última instância, de uma decisão que lesou a CF. 
Interposto em 15 dias, em 2 etapas. 
 
Impugna decisão proferida por TJ ou TF ou ainda por turma recursal de juizado 
especial. 
 
Não tem efeito suspensivo. Se preciso, deve pedir (tópico). 
Tem efeito devolutivo. 
 
Demonstrar repercussão geral! 
 
1ª passo: Endereçamento na folha de interposição; 
 
A competência é originária do STF, devendo ser interposto perante o 
Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal recorrido. 
 
2ª passo: qualificação das partes 
Tratamento: recorrente e recorrido. 
Desnecessário qualificar as partes, por completo, salvo alteração indicada pelo 
próprio enunciado. 
 
3ª passo: demais itens da folha de apresentação 
 
Requerer a intimação da parte contrária para apresentar contrarrazões, bem 
como a juntada das guias de custas de preparo, porte de remessa e retorno 
de autos. 
Recurso seja conhecido e remetido para STF. 
 
 
4º passo: Encerramento da folha de apresentação 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, dia, mês e ano. 
Advogado 
OAB 
 
5º passo: Endereçamento da folha das razões 
 
Será feito para o próprio STF. 
 
6ª passo: cabeçalho 
 
Recorrente: 
Recorrido: 
Processo originário: 
 
7ª passo: Resumo da decisão 
 
Trata-se de (explicar)... 
O Venerando Acórdão de fls. estabeleceu que... 
 
8º passo: Do preenchimento dos requisitos de admissibilidade 
Demonstrar, em preliminar, a existência da repercussão geral, nos termos do 
§ 3° do art. 102, CF/88, bem como do art. 1035, CPC. 
 
I – DA REPERCUSSÃO GERAL 
A questão constitucional ora

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