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Português p BNB - Aula 13

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Livro Eletrônico
Aula 13
Português p/ BNB (Analista Bancário) Com videoaulas
Décio Terror Filho
00494751347 - francisco alessandro cordeiro lima
Português para BNB 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 13 
 
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Aula 13: Marcas de textualidade: coesão, coerência e 
intertextualidade. Variação linguística. 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Coesão, coerência. 1 
2. Intertextualidade. 26 
3. Variação linguística. 34 
4. Lista de questões para revisão 51 
5. Gabarito 71 
 
Olá, pessoal! 
Temos basicamente três tópicos que serão batidos nesta aula e o 
primeiro deles envolve a coesão e a coerência. 
 Antes de falar da coesão, devemos entender que a coerência é o 
resultado de articuladores no texto que transmitem a harmonia de 
pensamento. Ela é pautada na lógica, com produção de sentido possível. A 
ruptura desta lógica ocorrerá por desvio do uso desses articuladores. Por 
exemplo: 
Se estou em dificuldades financeiras e necessito de um veículo para me 
locomover ao trabalho, há lógica em comprar um carro de luxo? 
Certamente, não! 
Então, se uma agência de carros me oferece um veículo novo, pela lógica 
financeira em que me encontro, devo recusar, pois não terei como pagar. 
Naturalmente, haveria incoerência se o negócio fosse feito, concorda? 
No texto, a coerência é a utilização de articuladores que mantenham a 
lógica. A incoerência ocorre quando o produtor do texto, por desconhecimento 
ou até mesmo intencionalmente, utiliza marcadores linguísticos inconvenientes 
ao resultado esperado. Por exemplo: 
Faço faculdade, mas aprendo muito. 
2�HQXQFLDGR�³Faço faculdade´�QRV�WUDQVPLWH�D�LGHLD�GH�HVWXGR��R�TXH�QRs 
levaria à conclusão de que naturalmente aprenderíamos muito neste ambiente 
do saber. Não caberia, então, na relação entre esses dois enunciados, a 
FRQMXQomR�³mas´��SRU�WUDQVPLWLU�YDORU�GH�RSRVLomR��FRQWUDVWH��7HQGR�HP�YLVWD�
manter a coerência nos argumentos, o ideal neste contexto seria a conjunção 
³portanto´��³logo´��SRLV�WUDQVPLWLULD�XP�UHVXOWDGR�HVSHUDGR� 
 
 
 
00494751347 - francisco alessandro cordeiro lima
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Teoria e exercícios comentados 
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A incoerência pode ter ocorrido porque o autor não prestou atenção no 
YDORU�GR�FRQHFWLYR�³mas´��$VVLP��WHUtDPRV�XP�YtFLR�QD�OLQJXDJHP�� 
 
Mas essa incoerência poderia ter sido proposital, pois a intenção do autor 
seria justamente a de criticar o ensino nas faculdades. Diante desse novo 
contexto, percebemos que a frase passa, agora, a ter coerência. 
Resumindo, percebemos que a coerência se baseia na lógica, na harmonia 
dos elementos linguísticos em seu contexto. A incoerência, portanto, será o 
rompimento dessa lógica. 
 Para que haja coerência no texto, necessitamos da utilização dos 
elementos de coesão. 
A coesão é o elemento que faz as ligações entre as palavras do texto 
para gerar a harmonia entre os argumentos. 
$VVLP��QR�H[HPSOR�DQWHULRU��YLPRV�TXH�D�FRQMXQomR�³mas´��QXPD�SULPHLUD�
leitura, traria incoerência. Essa conjunção é o elemento coesivo, e sua 
utilização gera a coerência ou não nos argumentos, dependendo sempre do 
contexto. Portanto, a coerência é o resultado da boa utilização dos 
elementos de coesão. 
Normalmente, dizemos que a coesão está no plano gramatical (o uso 
das palavras) e a coerência está no plano dos sentidos (a interpretação dos 
elementos coesivos no plano do texto, dos argumentos). 
 Vários são os mecanismos de coesão. Eles podem ligar palavras ou 
orações (coesão sequencial, também chamados de operadores 
argumentativos), ser elemento de referência a algo expresso anteriormente ou 
posteriormente (coesão referencial) ou pode repetir o vocábulo por motivo de 
ênfase ou estilo (coesão recorrencial). 
 
1. Coesão recorrencial (repetição) 
Começando com a explicação do último deles, muitas vezes, nós nos 
deparamos na escrita com a repetição de vocábulos. Essa repetição pode ser 
intencional ou não. 
Um dos princípios fundamentais da coerência/coesão de um texto é a 
necessidade de se repetir, em seu desenvolvimento linear, elementos 
anteriores. Mas, se por um lado as repetições são inevitáveis, por outro devem 
ser feitas sob determinadas condições, a fim de não tornar o texto deselegante 
ou monótono. 
Em termos gerais, a repetição de palavras só é considerada um problema 
na composição de um texto sob algumas condições, expostas a seguir. 
a) Quando há proximidade entre os vocábulos repetidos: 
Oscar tinha um sítio. Um dia Oscar resolveu viajar. 
 
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b) Quando os vocábulos são rigorosamente os mesmos, sem qualquer 
expansão ou redução e mesmo sem variação de gênero ou número: 
O tráfico de animais silvestres constitui prática ilegal. Para coibir a prática 
ilegal, as autoridades responsáveis montam barreiras nas estradas, para 
impedir as tentativas de exportar os animais silvestres. 
 
c) Quando ocorre em número excessivo: 
Sempre gostei das viagens de ônibus, mas atualmente considero as viagens de 
ônibus uma verdadeira provação, pois o que vem caracterizando as viagens de 
ônibus é uma profusão de ruídos de toda espécie, o que torna as viagens de 
ônibus um desafio aos nervos de um pacato passageiro. 
 Ainda assim, em alguns casos especiais (textos publicitários, literários, 
ditados populares), a repetição não é vista como deficiência, quando há a 
intenção, por motivo de ênfase ou estilo: 
Quem bebe cerveja alemã, não bebe outra cerveja; quem bebe 
cerveja dinamarquesa, bebe qualquer cerveja; quem bebe cerveja 
inglesa não gosta é de cerveja. 
Também no caso de o termo repetido estar sendo usado em outro 
sentido, a repetição não é vista como um problema textual: 
Quem casa quer casa. 
 De acordo com as palavras de Othon M. Garcia, ³se a repetição 
resultante da pobreza de vocabulário ou de falta de imaginação para variar a 
estrutura da frase pode ser censurável, a repetição intencional representa um 
dos recursos mais férteis de que dispõe a linguagem para realçar as ideias: 
Tudo se encadeia, tudo se prolonga, tudo se continua no mundo (O. Bilac)´ 
 As repetições intencionais tornam-se mais enfáticas, quando observam o 
paralelismo. Os sermões de Padre Antônio Vieira abundam em construções 
deste tipo: 
 Se os olhos veem com amor, o corvo é branco; se com ódio, o cisne é 
negro; se com amor, o demônio é formoso; se com ódio, o anjo é feio; se com 
amor, o pigmeu é gigante. 
�³6HUPmR�GD�TXLQWD-IHLUD´�3DGUH�$QW{QLR�9LHLUD� 
 $�UHSHWLomR�GD�HVWUXWXUD�³Se...com...´ĺ ³o...é...´�PRVWUD�XPD�FDGrQFLD� 
um ritmo que embala as frases. Assim, há exemplo clássico de repetição 
intencional, também chamado de reiteração. 
 
Portanto, sem um tom estilístico, sem intencionalidade, a repetição não é 
bem vista na língua culta. 
 
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Questão 1: TCE SE 2015 ± Analista de Tecnologia (banca FGV) 
Exigências da vida moderna 
 Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. 
E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C. Uma 
xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes. 
 Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litrosde água. E uriná-los, o 
que consome o dobro do tempo. 
 Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém 
sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma 
Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho 
branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro 
bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo 
isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber. 
(Luiz Fernando Veríssimo) 
³7RGRV�RV�GLDV�GHYH-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que 
FRQVRPH�R�GREUR�GR�WHPSR´�� 
O segundo parágrafo do texto 2 entra em coesão com o anterior pela: 
(A) repetição de uma mesma estrutura; 
(B) UHIHUrQFLD�D�XP�WHUPR�DQWHULRU�SRU�PHLR�GR�SURQRPH�³ORV´�� 
�&��UHIHUrQFLD�D�XP�WUHFKR�DQWHULRU�SRU�PHLR�GH�³R�TXH´�� 
�'��UHSHWLomR�GR�QXPHUDO�³GRLV´�SRU�PHLR�GD�SDODYUD�³GREUR´�� 
(E) continuidade do uso de um mesmo tipo de variação linguística. 
Comentário: Não se nota neste segundo parágrafo nenhuma palavra que 
faça referência direta ao período anterior. Na realidade, a repetição da 
H[SUHVVmR�³WRGRV�RV�GLDV´�H�GD�FRQMXQomR�³(´�LQLFLDQGR�R�SHUtRGR�p�TXH�PDUFD�
a coesão entre esses parágrafos. Veja: 
 Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do 
ferro. E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C. 
Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes. 
 Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, 
o que consome o dobro do tempo. 
Gabarito: A 
 
Questão 2: Prefeitura de Osasco ± Analista 2014 (Banca FGV) 
Fragmento do texto: Em um belo dia a deusa dos ventos beija o pé do 
homem, o maltratado, desprezado pé, e desse beijo nasce o ídolo do futebol. 
Nasce em berço de palha e barraco de lata e vem ao mundo abraçado a uma 
bola. 
 Desde que aprende a andar, sabe jogar. Quando criança alegra os 
descampados e os baldios, joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios até 
que a noite cai e ninguém mais consegue ver a bola, e quando jovem voa e 
faz voar nos estádios. Suas artes de malabarista convocam multidões, 
domingo após domingo, de vitória em vitória, de ovação em ovação. 
1R�WUHFKR�³������MRJD�H�MRJD�H�MRJD�QRV�HUPRV�GRV�VXE~UELRV�DWp�TXH�D�QRLWH�FDL�
(...�´�� R� YDORU� HVWLOtVWLFR� GD� UHSHWLomR� GR� ³H´� �SROLVVtQGHWR�� H[SUHVVD�� QR�
contexto: 
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(A) acréscimo; 
(B) ampliação; 
(C) reiteração; 
(D) intensificação; 
(E) redundância. 
Comentário: A repetição tem um tom enfático, por ser uma reiteração da 
informação. Por isso, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 3: Compesa 2014 ± Técnico em Contabilidade (banca FGV) 
 ³(P abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves, nas quais 
os operários reivindicavam jornada de trabalho de oito horas diárias. Essa 
reivindicação baseava-se em um raciocínio muito simples: se o dia tem 24 
horas, deveria ser dividido logicamente em três partes de oito horas ± uma 
para o trabalho, outra para descanso e lazer e outra para o estudo.´ 
O segundo termo sublinhado estabelece com o primeiro o mesmo tipo de 
relação de coesão que ocorre em 
(A) Construir estradas de ferro parece ser uma solução para o transporte de 
mercadorias, mas os construtores reclamam das más condições de 
trabalho. 
(B) Aderir a manifestações de rua virou moda no Brasil, mas a adesão já 
trouxe muitos problemas a alguns manifestantes. 
(C) Os movimentos grevistas cresceram no país, mas crescer não significa 
obrigatoriamente aumento de consciência política. 
(D) Eclodiram nos Estados Unidos diversas greves e essa explosão acarretou 
mudanças nas leis trabalhistas. 
(E) Dividir o dia em três partes é uma criação engenhosa, mas dividirem-no 
assim atende a interesses dos patrões. 
Comentário: Vimos que a repetição intencional pode ser bem estruturada a 
partir da modificação da palavra repetida, assim como ocorreu no trecho 
DFLPD��$�DomR�H[SUHVVD�QR�YHUER� ³UHLYLQGLFDYDP´� IRL� UHWRPDGD�SRU�PHLR� GR�
VXEVWDQWLYR�³UHLYLQGLFDomR´��A questão pede a alternativa que utiliza o mesmo 
recurso. 
 Na alternativa (A), ocorre o YHUER� ³FRQVWUXLU´�� PDV� R� VXEVWDQWLYR�
³FRQVWUXWRUHV´� QmR� UHWRPD� D� DomR� DQWHULRU�� PDV� WmR� VRPHQWH� DSUHVHQWD� R�
agente dessa ação. 
 $�DOWHUQDWLYD� �%��p�D�FRUUHWD��SRLV�Ki�R�YHUER�³DGHULU´�H�HP�VHJXLGD�D�
UHWRPDGD�GHVVD�DomR�SRU�PHLR�GR�VXEVWDQWLYR�³DGHVmR´� 
 ND�DOWHUQDWLYD��&���Ki�R�YHUER�³FUHVFHUDP´�H�HP�VHJXLGD�D�UHWRPDGD�GD�
DomR�SRU�PHLR�GH�PDLV�XP�YHUER��³FUHVFHU´� 
 Na alternativa (D), não houve a repetição de vocábulos, mas a retomada 
GH�XPD� LQIRUPDomR�DQWHULRU��SRLV� ³HVVD�H[SORVmR´� UHWRPD�D� LGHLD�GD�HFORVão 
das diversas greves nos Estados Unidos. 
 Na alternativa (E), não houve a repetição de vocábulos, mas a retomada 
GH�XPD�LQIRUPDomR�DQWHULRU�SRU�PHLR�GH�XP�SURQRPH�iWRQR��SRLV�³R´�UHWRPD�
³R�GLD´� 
Gabarito: B 
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O autor do texto tem a possibilidade de escolher vários recursos que 
evitam esta repetição, os quais serão vistos adiante: 
2. Coesão referencial: a referência ao termo anterior ou posterior pode se 
dar de várias formas. 
2.1. sinônimos: 
 O presidente dos Estados Unidos reuniu-se com os assessores 
imediatos a fim de verificar a melhor estratégia de enxugamento da dívida 
pública. O presidente dos Estados Unidos sabe que o período é muito 
crítico. 
Este parágrafo possui um inconveniente na linguagem. Repetiu vocábulos 
muito próximos. Isso empobrece o texto. A fim de transmitir uma linguagem 
culta e adequada à formalidade, deve-se evitar a repetição viciosa. Neste caso, 
é necessário inserir palavras de mesmo valor semântico, chamadas sinônimas 
contextuais. Veja: 
 O presidente dos Estados Unidos reuniu-se com os assessores 
imediatos a fim de verificar a melhor estratégia de enxugamento da dívida 
pública. O chefe da nação mais poderosa do planeta sabe que o período é 
muito crítico. 
 3HUFHED�TXH�D�SDODYUD�³chefe´�p�VLQ{QLPD�FRQWH[WXDO�GH�³presidente´�H�D�
expreVVmR� ³QDomR� PDLV� SRGHURVD� GR� SODQHWD´ é sinônima contextual de 
³(VWDGRV�8QLGRV´. Assim, o texto fica mais elegante, seguindo os padrões da 
norma culta. 
Questão 4: INEA 2013 ± Administrador (banca FGV) 
³Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série 
de iniciativas importantes ocorreu. CriouǦse o Centro Nacional de 
Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a ForçaǦTarefa de Apoio 
Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturouǦse o Centro 
Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda 
estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. 
Faltam políticas integradas para redução de riscos´� 
Nas alternativas a seguir, a substituição do termo sublinhado foi feita por 
outro equivalente de modo adequado, à exceção de uma. AssinaleͲa. 
(A) desastre / catástrofe 
(B) reestruturouͲse / reorganizouͲse 
(C) monitoramento / acompanhamento 
(D) integradas / conjuntas 
(E) redução / eliminação 
Comentário: Certamente, você percebeu que reduzir é bem diferente de 
eliminar, concorda?!!! Confira: 
³Particularmente, após a catástrofe da Região Serrana (RJ) em 2011, uma 
série de iniciativas importantes ocorreu. CriouǦse o Centro Nacional de 
Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a ForçaǦTarefa de Apoio 
Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reorganizouͲse o Centro00494751347 - francisco alessandro cordeiro lima
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Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda 
estão concentradas no acompanhamento, alerta e respostas aos desastres. 
Faltam políticas conjuntas para redução de riscos´� 
 Assim, a alternativa (E) é a errada. 
Gabarito: E 
 
 
2.2 hipônimos e hiperônimos: 
 
A palavra que apresenta um significado mais abrangente é chamada de 
hiperônimo. 2�SUHIL[R�³hiper´�Gi�D�QRomR�GH�JHQHUDOL]DomR��-i�D�SDODYUD�TXH�
especifica o sentido é chamada de hipônimo�� 2� SUHIL[R� ³hipo´� WUDQVPLWH� R�
valor de especificação. 
 
Assim, algumas vezes preferimos retomar uma palavra ou expressão 
anterior por outra de valor mais específico ou mais generalizante. 
 
Questão 5: Funarte 2014 ± Assistente Administrativo (banca FGV) 
³$ULVWLGHV� GH� 6ousa Mendes foi cônsul de Portugal na França. Quando as 
tropas de Hitler invadiram o país, Salazar ordenou que não se concedesse 
visto para quem tentasse fugir do nazismo. Contrariando o ditador, Aristides 
salvou dez mil judeus de uma morte certa. Pagou bem caro pela sua atitude 
KXPDQLWiULD´�� 
Desse segmento do texto, o elemento de coesão identificado erradamente é: 
(A) Aristides / forma abreviada de Aristides de Souza Mendes; 
(B) o país / hiperônimo de Portugal; 
(C) o ditador / qualificação de Salazar; 
(D) sua / possessivo referente a Aristides de Sousa Mendes; 
(E) atitude humanitária / referência a salvar judeus da morte. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, tendo em vista que houve apenas 
uma redução do termo retomado. No lugar de todo o nomH� ³Aristides de 
Sousa Mendes´��KRXYH�D�UHWRPDGD�DSHQDV�GR�SULPHLUR�QRPH� 
 $�DOWHUQDWLYD��%��p�D�HUUDGD��SRLV�³R�SDtV´�p�UHDOPHQWH�XP�KLSHU{QLPR��
porém refere-se apenas à França e não a Portugal. 
 $� DOWHUQDWLYD� �&�� HVWi� FRUUHWD�� SRLV� ³6DOD]DU´� HUD� FRQKHFLGR como 
GLWDGRU�� $VVLP�� UHDOPHQWH� KRXYH� D� UHWRPDGD� GR� VXEVWDQWLYR� ³6DOD]DU´�� SRU�
PHLR�GH�VXD�FDUDFWHUtVWLFD��³GLWDGRU´� 
 $� DOWHUQDWLYD� �'�� HVWi� FRUUHWD�� SRLV� R� SURQRPH� SRVVHVVLYR� ³VXD´�
UHDOPHQWH�UHWRPD�³Aristides de Sousa Mendes´� 
 A alternativa (E) está corUHWD��SRLV�³DWLWXGH�KXPDQLWiULD´�UHDOPHQWH�ID]�
referência à ação de salvar judeus da morte. 
 
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 Confirme: 
³Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França. Quando 
as tropas de Hitler invadiram o país, Salazar ordenou que 
não se concedesse visto para quem tentasse fugir do nazismo. Contrariando o 
ditador, Aristides salvou dez mil judeus de uma morte certa. Pagou bem caro 
pela sua atitude humanitária´�� 
Gabarito: B 
 
 
2.3. Pronomes: 
 
 Os pronomes são elementos de coesão por princípio, pois retomam ou 
projetam elementos no texto. Veja: 
 Ana Clara realizou uma prova ontem. Ela não havia levado seu material 
de estudo, então pediu a um amigo que morava perto de sua casa que o 
trouxesse à faculdade, pois todo o resumo se encontrava nele. 
 3HUFHED�TXH�R�SURQRPH�SHVVRDO� ³Ela´� UHWRPRX�³Ana Clara´��2�SURQRPH�
SRVVHVVLYR�³seu´��DOpP�GH� ID]HU�VXEHQWHQGHU�D�SUHSRVLomR�³de´�� UHWRPD�³Ela´�
(=material dela)�� 2� SURQRPH� UHODWLYR� ³que´� VH� UHIHUH� DR� YRFiEXOR� ³amigo´�
(amigo morava..����2�SURQRPH�³sua´�QRYDPHQWH�UHWRPD�³Ela´��FDVD�dela). Os 
SURQRPHV�³o´�H�³nele´�ID]HP�UHIHUrQFLD�j�H[SUHVVmR�³material de estudo´�� 
 Com isso, podemos perceber o papel crucial dos pronomes na retomada 
de palavras. Essa referência ao que foi dito anteriormente é chamada de 
recurso anafórico ņ recurso muito utilizado. 
Mas ele também pode projetar o sentido, isto é, fazer uma abertura para 
depois inserir o elemento. 
Veja: 
 
 Ana já soube de sua nota: cinco. 
 A nota de Ana foi esta: cinco. 
 Preciso de algo: descanso. 
 
 Chamamos isso de recurso catafórico. Não temos que decorar os 
nomes, mas saber identificar a quem o nome se refere, quem ele retoma e 
quem ele projeta. Para tal, basta lermos com calma o texto e confirmarmos os 
dados nele. 
 
 
 
 
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Verifique essa coesão referencial em um texto da prova de Analista de 
Finanças e Controle (STN) 2008: 
 
 O Brasil vive hoje seu primeiro momento plenamente 
democrático. Todas as experiências anteriores ou foram 
autoritárias ou tinham algumas características da 
democracia, mas não a realizavam por completo. Boa 
parte desse resultado político se deve à Constituição de 
1988, num sentido mais amplo que as regras por ela 
determinadas. Além do arcabouço institucional original, o 
espírito que norteou a confecção do texto constitucional 
e o aprendizado posterior têm produzido efeitos 
democratizantes na vida política brasileira. Ainda há, no 
plano da cidadania, distância entre o Brasil legal e o 
Brasil real. As formas de participação extra-eleitoral 
ainda são subaproveitadas. Grande parte da população 
não as usa. 
 
2.3.1. Os pronomes demonstrativos devem ser estudados com especial 
atenção, pois são divididos em anafórico e catafórico, os quais trabalham a 
coesão referencial, por retomar palavra ou expressão dita anteriormente e 
referenciar-se a termo posterior, respectivamente. 
Os pronomes demonstrativos são este, esta, isto; esse, essa, isso; 
aquele, aquela, aquilo; tal; semelhante; próprio; mesmo; o; a. Os 
pronomes isto, isso, aquilo são invariáveis. 
 a. Em uma citação oral ou escrita, usa-VH�³este, esta, isto´�SDUD�R�TXH�
ainda vai ser dito ou escrito (recurso catafórico��� H� ³esse, essa, isso´�
(recurso anafórico) para o que já foi dito ou escrito. 
 
 
 A verdade é esta: o Brasil será campeão. 
 O Brasil será campeão. A verdade é essa. 
 
 
 
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 Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos anteriormente 
citados, usa-VH� ³este, esta, isto´� HP� UHODomR� DR� TXH� IRL� PHQFLRQDGR� SRU�
~OWLPR� H� ³aquele, aquela, aquilo´�� HP� UHODomR� DR� TXH� IRL� QRPHDGR� HP�
primeiro lugar. 
 
(A, B. Este, aquele) 
 
 Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio 
destes sobre aquele. 
 Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas, mas eu 
prefiro aqueles a estas. 
 
b. O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto, 
isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s). 
Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou) 
 Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu) 
A que apresentar o melhor texto será aprovada. (aquela que 
apresentar) 
 
c. Tal, tais podem ter sentido próximo ao dos pronomes demonstrativos 
ou de semelhante, semelhantes: 
Os dois estão casados há 50 anos. Tal amor não se encontra facilmente. 
Embora tenha sido o mentor do plano, ele nunca admitiu tal fato. 
 
d. Da mesma forma, semelhante, semelhantes são demonstrativos 
quando equivalem a tal, tais: 
O Brasil ficou em choque com a tragédia na Região Serrana do Rio de janeiro. 
Não se veriam semelhantes catástrofes se osprojetos urbanísticos municipais 
fossem eficazes ou, pelo menos, existissem. 
Para o romano, o mundo dos prodígios ficava a Ocidente. Semelhante 
WUDGLomR� YLQKD� GH� ORQJH�� DWUDYpV� GRV�HVFULWRUHV� JUHJRV�� VREUHWXGR� GH� 3ODWmR´��
(Aquilino Ribeiro). 
 
e. Mesmo, mesmos, mesma, mesmas; próprio, próprios, própria, 
próprias são demonstrativos quando têm o sentido de "idêntico", "em 
pessoa": 
Não é possível continuar insistindo nos mesmos erros. 
Ela própria deve fiscalizar a mercadoria que lhe é entregue. 
 
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Questão 6: MDA 2014 ± Administrador (banca Funcab) 
No enunciado seguinte, observa-VH� D� UHSHWLomR� GRV� DQWURS{QLPRV� ³'DQLHO´� H�
³1H\PDU´� 
³$�EDQDQD�GR�'DQLHO�SULPHLUR�UHDSDUHFHX�QD�PmR�GH�1H\PDU��WDPEpP�YtWLPD�
de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do 
FROHJD�H�GHOH�SUySULR�µ>���@��VRPRVWRGRVPDFDFRV�H�GDt"¶�8PD�UHDomR�OHJtWLPD��
PDV�VHP�D�PDWXULGDGH�GR�'DQLHO�´��†��� 
Para evitá-la, pode-se fazer remissão à primeira ocorrência de cada um desses 
nomes, empregando (com os ajustes porventura necessários): 
a) Esse ± este. 
b) Aquele ± este. 
c) Este ± segundo. 
d) Aquele ± outro. 
e) Este ± aquele. 
Comentário: Como há referência a duas palavras em contraste, retomamos a 
~OWLPD�FRP�³HVWH´�H�D�SULPHLUD�FRP�³DTXHOH´� 
 $VVLP�� D� UHSHWLomR� GD� SDODYUD� ³1H\PDU´� p� GHVIHLWD� FRP� R� SURQRPH�
³(VWH´� H� D� UHSHWLomR� GD� SDODYUD ³'DQLHO´� SRGH� VHU� GHVIHLWD� FRP� R� SURQRPH�
³DTXHOH´��9HMD� 
³$�EDQDQD�GR�Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima 
de episódios de racismo em estádios. Este escreveu na rede em defesa do 
FROHJD�H�GHOH�SUySULR�µ>���@��VRPRVWRGRVPDFDFRV�H�GDt"¶�8PD�UHDomR�OHJtWLPD��
mas sem a maturidade daquele�´��†��� 
 Assim, a alternativa correta é a (E). 
Gabarito: E 
 
Questão 7: FACELI 2015 ± Administrador (banca Funcab) 
³$�PRUWH�FRQKHFH�WXGR�D�QRVVR�UHVSHLWR��H�WDOYH]�SRU�,662�VHMD�WULVWH�´ 
O uso da forma destacada do demonstrativo, no contexto, se justifica porque: 
A) retoma elementos, que estão fora do texto, em situação de proximidade. 
B) faz referência a elementos contextuais, externos ao texto. 
C) é um elemento remissivo que faz referência anafórica a ideias já 
introduzidas no texto. 
D) consiste na repetição da mesma palavra na progressão narrativa. 
E) antecipa a ideia a ser apresentada posteriormente. 
Comentário�� 2� SURQRPH� GHPRQVWUDWLYR� ³LVVR´� p� HPSUHJDGR� FRPR� UHFXUVR�
anafórico e retoma a infoUPDomR� GD� RUDomR� ³A morte conhece tudo a nosso 
respeito´��$VVLP��D�DOWHUQDWLYD��&��p�D�FRUUHWD. 
 As alternativas (A) e (B) estão erradas, porque os referentes estão no 
texto, e não fora dele. 
 A alternativa (D) está errada, porque não houve repetição da palavra. 
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 A alternativa (E) está errada, pois houve retomada de informação e não 
a sua apresentação posterior. 
Gabarito: C 
 
Questão 8: CFRO 2015 ± Assistente Administrativo (banca Funcab) 
Fragmento do texto: Entra em cena o 0X513A, que foi criado 
pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. Ele é idêntico ao Aedes aegypti - 
exceto por dois genes modificados, colocados pelo homem. Um deles faz as 
larvas do mosquito brilharem sob uma luz especial (para que elas possam ser 
identificadas pelos cientistas). O outro é uma espécie de bomba-relógio, que 
mata os filhotes do mosquito. A ideia é que ele seja solto na natureza, se 
reproduza com as fêmeas de Aedes e tenha filhotes defeituosos - que morrem 
muito rápido, antes de chegar à idade adulta, e por isso não conseguem se 
reproduzir. Com o tempo, esse processo vai reduzindo a população da 
espécie, até extingui-la. Recentemente, a Comissão Técnica Nacional de 
Biossegurança, um órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, aprovou o 
mosquito. E o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a permitir a produção 
em grande escala do 0X513A- que agora só depende de uma última liberação 
da Anvisa. A Oxitec, empresa criada pela Universidade de Oxford para 
explorar a tecnologia, acredita que isso vai ocorrer. Tanto que acaba de 
inaugurar uma fábrica em Campinas para produzir o mosquito. 
1R�ILP�GR�VHJXQGR�SDUiJUDIR��R�SURQRPH�GHVWDFDGR�HP��³$�2[LWHF��HPSUHVD�
criada pela Universidade de Oxford para explorar a tecnologia, acredita que 
,662�YDL�RFRUUHU�´�VH�UHIHUH�DR�WHUPR� 
a) empresa. 
b) liberação. 
c) país. 
d) mosquito. 
e) tecnologia. 
Comentário�� 2� SURQRPH� GHPRQVWUDWLYR� ³LVVR´� p� HPSUHJDGR� FRPR� UHFXUVR�
anafórico e retoma R�VXEVWDQWLYR�³OLEHUDomR´��SRLV�HQWHQGHPRV�GR�WH[WR�TXH�a 
Oxitec, empresa criada pela Universidade de Oxford para explorar a 
tecnologia, acredita que essa liberação da Anvisa vai ocorrer. 
 Assim, a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 9: INEA 2013 ± Administrador (banca FGV) 
³Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por 
desastres no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. 
Destas, mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil 
sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente 
após os mesmos´� 
Nesse segmento do texto, as palavras ou expressões que estabelecem coesão 
referencial com termos anteriores são 
(A) destas ± suas ± os mesmos. 
(B) Atlas dos Desastres Naturais do Brasil Ͳ destas ± os mesmos. 
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(C) mais de 6 milhões ± cerca de 480 mil ± quase 3,5 mil. 
(D) por ± como ± mais de ± após. 
(E) destas ± os mesmos. 
Comentário: $�DOWHUQDWLYD��$��p�D�FRUUHWD��SRLV�³'HVWDV´�H�³VXDV´�UHWRPDP�R�
VXEVWDQWLYR� ³pessoas´�� H� D� H[SUHVVmR� ³os mesmos´� UHWRPD� ³desastres no 
Brasil´��&RQILUPH� 
³Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por 
desastres no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres 
Naturais do Brasil. Destas, mais de 6 milhões tiveram de deixar suas 
moradias, cerca de 480 mil sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil 
morreram imediatamente após os mesmos´� 
 $� DOWHUQDWLYD� �%�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� VRPHQWH� ³GHVWDV´� H� ³RV� PHVPRV´�
HVWDEHOHFHP� FRHVmR� UHIHUHQFLDO�� 1RWH� TXH� ³Atlas dos Desastres Naturais do 
Brasil´�WUDQVPLWLX�XP�GDGR�QRYR��LVWR�p��QmR�UHWRPRX�H[SUHVVmR�DQWHULRU� 
 $�DOWHUQDWLYD��&��HVWi�HUUDGD��SRLV�VRPHQWH�³cerca de 480 mil´�H�³quase 
3,5 mil´� HVWDEHOHFHP� FRHVmR� UHIHUHQFLDO�� SRLV� VH� UHIHUHP� D� ³pessoas´�� 1RWH�
TXH� ³mais de 6 milhões´� WUDQVPLWLX� XP� GDGR� QRYR�� LVWR� p�� QmR� UHWRPRX�
expressão anterior. 
 $�DOWHUQDWLYD��'��HVWi�HUUDGD��SRLV�DV�SDODYUDV�³por´��³como´��³mais de´�
H�³após´�WUDQVPLWLUDP�GDGRV�QRYRV��LVWR�p��QmR�UHWRPDUDP�H[SUHVVmR�DQWHULRU� 
 A alternativa (E) também poderia ter sido considerada correta, pois 
YLPRV� QD� DOWHUQDWLYD� �$�� TXH� ³GHVWDV´� H� ³RV� PHVPRV´� ID]HP� UHIHUrQFLD� D�
termo anterior. Porém, a alternativa é mais completa, possui também o 
SURQRPH�³VXDV´��+RXYH�UHFXUVR��PDV�D�EDQFD�QmR�YROWRX�DWUiV��SRLV�HVSHUDYD�
do candidato a resposta mais completa. 
Gabarito: A 
 
Questão 10: SSP AM 2015 ± Técnico de Nível Superior (banca FGV) 
³2V� EHEpV� WrP� XPD� QHFHVVLGDGH� PXLWR� JUDQGH� GH� LQWHUDomR�� e� esta que 
permite um saudável desenvolvimento. Como as cores, os movimentos 
animados e os sonsda televisão captam facilmente a atenção dos bebés, 
muitas vezes os pais (ou até educadoras nas creches - cerca de 73% das 
crianças vê televisão na creche, segundo a Deco) usam-nas como 
³EDE\VLWWHUV´�´� 
Esse segmento do texto 2 mostra uma série de elementos coesivos; a opção 
em que o termo anteriormente referido está indicado INADEQUADAMENTE é: 
(A) esta / necessidade de interação; 
(B) que / esta necessidade de interação; 
(C) crianças / bebés; 
(D) creche / creches; 
(E) nas / crianças. 
Comentário: $�DOWHUQDWLYD� �(�� p� D� HUUDGD�� KDMD� YLVWD� TXH� R� SURQRPH� ³QDV´�
WHP� D� LQWHQomR� GH� UHWRPDU� ³WHOHYLVmR´�� R� TXDO� p� XP� VXEVWDQWLYR� IHPLQLQR�
VLQJXODU��$VVLP��GHYHULD�VH�IOH[LRQDU�QR�VLQJXODU��³XVDP-na´� 
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Gabarito: E 
 
Questão 11: Prefeitura de Osasco ± Analista 2014 (Banca FGV) 
Assinale a alternativa em que AMBOS os termos destacados retomam 
referentes anteriormente expressos: 
(A) (...) vem ao mundo abraçado a uma bola; 
(B) a bola o procura; (...) [ele] a faz falar; 
(C) a bola ri, radiante, no ar; ele a amortece; 
(D) nasce o ídolo de futebol; [a bola] o reconhece; 
(E) o ídolo não cai inteiro; a multidão o devora. 
Comentário: Normalmente, para realizar este tipo de questão, devemos 
voltar ao texto e observar os referentes. Mas, neste caso, isso não é 
necessário, pois basta diferenciarmos o pronome do artigo e da preposição. 
Sabemos que o pronome é elemento de coesão por excelência. Esse é o seu 
papel principal. Assim, basta localizarmos os pronomes grifados dentre as 
alternativas para perceber onde está o recurso anafórico, isto é, a retomada 
de um termo anterior. 
 1D�DOWHUQDWLYD� �$��� Ki�D�SUHVHQoD�GR� DUWLJR� ³R´�� GLDQWH�GR� VXEVWDQWLYR�
³PXQGR´�� e� SDSHO� GR� DUWLJR� DSHQDV� GHWHUPLQDU� R� VXEVWDQWLYR� SRVWHULRU�� SRU�
isso não é elemento de coesão. A segunda palavra sublinhada é uma 
preposição, a qual não retoma informação anterior. 
 $�DOWHUQDWLYD��%��p�D�FRUUHWD��SRLV�R�SURQRPH�³R´�UHWRPD�DOJXPD�SHVVRD�
do sexo masculino. A segunda palavra sublinhada é também um pronome 
REOtTXR�H�UHWRPD�D�H[SUHVVmR�³D�EROD´� 
 Na aOWHUQDWLYD� �&��� Ki�D�SUHVHQoD�GR� DUWLJR� ³D´�� GLDQWH�GR� VXEVWDQWLYR�
³EROD´��e�SDSHO�GR�DUWLJR�DSHQDV�GHWHUPLQDU�R�VXEVWDQWLYR�SRVWHULRU��SRU� LVVR�
não é elemento de coesão. A segunda palavra sublinhada é um pronome 
REOtTXR�H�UHWRPD�D�H[SUHVVmR�³D�EROD´� 
 Na DOWHUQDWLYD� �'��� Ki�D�SUHVHQoD�GR�DUWLJR� ³R´�� GLDQWH�GR� VXEVWDQWLYR�
³tGROR´��e�SDSHO�GR�DUWLJR�DSHQDV�GHWHUPLQDU�R�VXEVWDQWLYR�SRVWHULRU��SRU�LVVR�
não é elemento de coesão. A segunda palavra sublinhada é um pronome 
REOtTXR�H�UHWRPD�D�H[SUHVVmR�³R�tGROR�GH�IXWHERO´� 
 1D� DOWHUQDWLYD� �(��� Ki� D� SUHVHQoD� GR� DUWLJR� ³R´�� GLDQWH� GR� VXEVWDQWLYR�
³tGROR´��e�SDSHO�GR�DUWLJR�DSHQDV�GHWHUPLQDU�R�VXEVWDQWLYR�SRVWHULRU��SRU�LVVR�
não é elemento de coesão. A segunda palavra sublinhada é um pronome 
oblíquo e retoma a expressãR�³R�tGROR´� 
Gabarito: B 
 
Questão 12: Pref Recife - Assistente Administrativo 2014 (banca FGV) 
³2� VpFXOR� ;;� IRL� PDUFDGR� SRU� JUDQGHV� JXHUUDV� GH� UHSHUFXVVmR� PXQGLDO� HP�
razão de seu alcance e do número de países envolvidos. Já o século XXI 
apresenta guerras locais ou regionais, mas que de certa forma se tornam 
mundiais pelo número de espectadores. Isso se dá graças à tecnologia de 
informação, que envolve direta ou indiretamente cidadãos de quase todo o 
PXQGR´�� 
³,VVR� VH� Gi� JUDoDV� j� WHFQRORJLD� GH� LQIRUPDomR´; a forma ISSO se justifica 
porque: 
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(A) se refere a algo ocorrido no passado; 
(B) se liga a algo dito anteriormente; 
(C) se prende a algo perto do leitor; 
(D) se refere a um de dois termos citados antes; 
(E) traduz um valor depreciativo. 
Comentário: )LFD� FODUR� SDUD� R� OHLWRU� TXH� R� SURQRPH� GHPRQVWUDWLYR� ³LVVR´�
UHWRPD� R� VHJXQGR� SHUtRGR�� ³Já o século XXI apresenta guerras locais ou 
regionais, mas que de certa forma se tornam mundiais pelo número de 
espectadores�´� 
 Assim, a alternativa correta é a (B). 
 A alternativa (A) está errada, porque o século XXI é tempo atual. 
 A alternativa (C) está errada, porque não se vincula o referente como 
algo perto ou longe do leitor. 
 A alternativa (D) está errada, pois o referente não é um simples termo 
citado anteriormente, mas um período sintático. Tal alternativa quis induzir o 
leitor à referência a um de dois elementos por contraste (este X aquele), o 
que não ocorreu neste contexto. 
 A alternativa (E) está errada, tendo em vista que não há valor 
depreciativo. 
Gabarito: B 
 
 
Questão 13: Funarte 2014 ± Superior (banca FGV) 
Fragmento do texto: Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a 
sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até 
demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um 
jeito; a capacidade de adiar. 
 A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no 
Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, 
direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso. 
No segundo parágrafo, para referir-se às colunas da brasilidade, anunciadas 
QR�SDUiJUDIR�DQWHULRU��R�FURQLVWD�HPSUHJRX�� UHVSHFWLYDPHQWH��DV�SDODYUDV�³D�
SULPHLUD´�H�³D�VHJXQGD´��&DVR�IRVVHP�HPSUHJDGRV�SURQRPHV�GHPRQVWUDWLYRV�
em substituição a esses numerais ordinais, as formas adequadas seriam, 
respectivamente: 
(A) esta / essa; (B) essa / aquela; (C) aquela / esta; 
(D) aquela / essa; (E) essa / esta. 
Comentário: Sabemos que, quando há retomada de elementos por contraste, 
o primeiro deYH� VHU� UHWRPDGR� SHOR� SURQRPH� GHPRQVWUDWLYR� ³DTXHOD´� H� R�
~OWLPR�p�UHWRPDGR�SHOR�SURQRPH�GHPRQVWUDWLYR�³HVWD´� 
 Assim, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
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Questão 14: Funarte 2014 ± Superior (banca FGV) 
³Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca 
se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é, no 
%UDVLO��XPD�GHOLEHUDGD�QRUPD�GH�FRQGXWD��XPD�GLUHWUL]�IXQGDPHQWDO´� 
As formas sublinhadas do demonstrativo se justificam porque: 
(A) se referem a algo bastante distante no tempo; 
(B) se ligam a termos afetivamente próximos; 
(C) se prendem a elementos textuais próximos do leitor; 
(D) denotam algo que está afastado do emissor e do receptor; 
(E) indicam algo referido de modo vago, pouco definido. 
Comentário: $V� GXDV� RFRUUrQFLDV� GR� SURQRPH� GHPRQVWUDWLYR� ³DTXLOR´� QmR�
fazem referência a termo anterior. Tais pronomes indicam algo de modo vago 
que é caracterizado adiante com as orações subordinadas adjetivas restritivas 
³que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo´�H�³que se pode 
fazer depois de amanhã´� 
 Assim, a alternativa (E) é a correta. 
Gabarito: E 
 
Questão 15: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) 
Fragmento do texto: Como podemos superar esses momentos? Como fazer 
para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que também quero responder, 
afinal, sou humano e cometo todos os erros inerentes a minha condição, 
contudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a morte, 
as decisões podem ser adiadas, lembrando que algumas delas geram ônuse 
multas. No direito e na medicina isso é mais complexo, mas em muitas outras 
iUHDV� LVVR� p� SHUIHLWDPHQWH� DFHLWR�� $� Pi[LPD� GH� TXH� ³QmR� GHL[H� SDUD� ID]HU�
DPDQKm� R� TXH� YRFr� SRGH� ID]HU� KRMH´� QmR� p� WmR� Pi[LPD� DVVLP�� 'HYHPRV�
lembrar que nada é absoluto, mas relativo. 
(P�³1R�GLUHLWR�H�QD�PHGLFLQD� isso p�PDLV�FRPSOH[R�´��R�HOHPHQWR�GHVWDFDGR�
faz referência semântica, especificamente, a que passagem do texto? 
�$��³���FRPHWR�WRGRV�RV�HUURV���´ 
�%��³���R�PXQGR�QmR�DFDED�DPDQKm���´ 
�&��³UHWLUDQGR�D�PRUWH�´ 
�'��³DV�GHFLV}HV�SRGHP�VHU�DGLDGDV�´ 
�(��³���HP�PXLWDV�RXWUDV�iUHDV���´ 
Comentário: A atenção quantos aos elementos linguísticos do texto é muito 
importante. Neste caso, houve o recurso anafórico, com a retomada da 
expressão ³DV� GHFLV}HV� SRGHP� VHU� DGLDGDV´. Veja que a afirmativa após a 
DGYHUVDWLYD� ³FRQWXGR´� Gi� rQIDVH� DR� FRQWUDVWH� PRWLYDGR� SHOR� DXWRU�� $VVLP��
salienta que o mundo não acaba amanhã e que as decisões podem ser 
adiadas�� 2� DXWRU� ID]� XPDV� UHVVDOYDV�� GL]HQGR� TXH� ³DOJXPDV� GHODV� JHUDP�
{QXV� H� PXOWDV´. No campo do direito e da medicina esse adiamento das 
decisões pode trazer prejuízos, mas nas outras áreas não. Por isso, só cabe a 
alternativa (D). 
Gabarito: D 
 
 
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2.3.2. &RHVmR�UHIHUHQFLDO�FRP�R�SURQRPH�UHODWLYR�³TXH´: 
Este pronome inicia uma oração subordinada adjetiva e serve para 
retomar um substantivo anterior. 
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes. 
3HUFHED�TXH�R�SURQRPH�UHODWLYR�³TXH´�UHWRPD�R�VXEVWDQWLYR�³LQVWLWXLomR´��
$VVLP�� TXDQGR� OHPRV� ³TXH´�� HQWHQGHPRV� ³LQVWLWXLomR´� H� HQWmR� WHUtDPRV�� ³D�
LQVWLWXLomR�FXLGD�GH�FULDQoDV�FDUHQWHV´��9HMD� 
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes. 
 
Conversei com o fundador da instituição. A instituição cuida de crianças carentes. 
É fácil achar o pronome relativo: basta substituí-lo pelos também 
SURQRPHV�UHODWLYRV�³o qual, a qual, os quais, as quais´�� 
Este pronome também inicia uma oração subordinada adjetiva. 
 
Algumas leis que estão em vigor no país deverão ser revistas. 
 
Algumas leis as quais estão em vigor no país deverão ser revistas. 
 
1RWH� TXH� ³$OJXPDV� OHLV´� p� R� VXMHLWR� GD� ORFXomR� YHUEDO� ³GHYHUmR� VHU�
UHYLVWDV´� H� R� SURQRPH� UHODWLYR� ³TXH´� �RX� ³DV� TXDLV´�� p� R� VXMHLWR� GR� YHUER�
³HVWmR´�� 4XDQGR� VH� Or� ³TXH´� RX� ³RV� TXDLV´�� GHYHPRV� HQWHQGHU� R� VXEVWDQWLYR 
³OHLV´��leis estão em vigor no país. 
Questão 16: CFRO 2015 ± Assistente Administrativo (banca Funcab) 
2� SURQRPH� UHODWLYR� GHVWDFDGR� HP�� ³(OH� p� XP�PRVTXLWR� GH� RULJHP� DIULFDQD��
QUE chegou ao Brasil via navios negreiros, na época do comércio de 
HVFUDYRV�´�IXnciona como elemento de coesão que, no texto, retoma o termo: 
a) africana. 
b) escravos. 
c) navios. 
d) mosquito. 
e) origem. 
Comentário: O pronome relativo ³que´� retomou R� VXEVWDQWLYR� ³PRVTXLWR´��
pois entendemos do texto que um mosquito de origem africana chegou ao 
Brasil via navios negreiros, na época do comércio de escravos. 
 Assim, a alternativa correta é a (D). 
Gabarito: D 
 
Questão 17: DPE RO 2015 ± Analista Contábil (banca FGV) 
³0HVPR� TXDQWR� jV� VDQo}HV� SUHYLVWDV� QR� HVWDWXWR�� DQWHV� GH� VH� FKHJDU� j�
internação, há uma série de outras menos severas, como a advertência, a 
prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida, que (1) são 
frequentemente ignoradas, passando-se diretamente à privação de liberdade, 
mesmo em casos em que (2) isso não se juVWLILFD´�� 
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Nesse segmento do texto, o elemento que NÃO estabelece coesão formal com 
nenhum termo anterior é: 
(A) outras; 
(B) advertência; 
(C) que (1); 
(D) que (2); 
(E) isso. 
Comentário: 1D� DOWHUQDWLYD� �$��� R� SURQRPH� ³RXWUDV´� ID]� UHIHUrQFLD� DR�
substanWLYR�³VDQo}HV´� 
 $�DOWHUQDWLYD� �%�� p� D� FRUUHWD�� SRLV� R� VXEVWDQWLYR� ³DGYHUWrQFLD´�QmR� ID]�
menção à informação anterior. 
 1D�DOWHUQDWLYD��&���R�SURQRPH�UHODWLYR�³TXH´�UHIHUH-se às sanções menos 
severas. 
 1D�DOWHUQDWLYD��'���R�SURQRPH�UHODWLYR�³TXH´�UHIHUH-se D�³FDVRV´� 
 1D�DOWHUQDWLYD��(���R�SURQRPH�GHPRQVWUDWLYR�³LVVR´�UHWRPD�D�LQIRUPDomR�
das orações anteriores. 
Gabarito: B 
 
Questão 18: Funarte 2014 ± Assistente Administrativo (banca FGV) 
Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo tempo que possa ser 
dispensado à sua leitura. Falam-nos de gratidão e poderão fazer-nos pensar 
no quanto a gratidão fará, ou não, parte das nossas vidas. Estou certo de que 
sabereis extrair a moral da história. 
No primeiro parágrafo há um conjunto de pronomes que se referem a 
elementos do texto ou da situação. O elemento referido está corretamente 
indicado em: 
(A) trago-vos ± o autor e leitores do texto; 
(B) que possa ± o leitor individual do texto; 
(C) Falam-nos ± os leitores do texto; 
(D) sua leitura ± leitura do texto da prova; 
(E) nossas vidas ± vidas dos livros lidos. 
Comentário�� $� DOWHUQDWLYD� �$�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� R� SURQRPH� ³YRV´� UHIHUH-se 
aos leitores do texto. 
 $� DOWHUQDWLYD� �%�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� R� SURQRPH� ³TXH´� UHIHUH-se ao 
VXEVWDQWLYR�³WHPSR´� 
 A altHUQDWLYD��&��p�D�FRUUHWD��SRLV�R�SURQRPH�³QRV´�UHIHUH-se aos leitores 
do texto (as histórias falam aos leitores sobre gratidão). 
 $� DOWHUQDWLYD� �'�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� R� SURQRPH� ³VXD´� UHIHUH-se à 
H[SUHVVmR�³DOJXPDV�KLVWyULDV´� 
 A alternativa (E) está errada, SRLV� R� SURQRPH� ³QRVVDV´� UHIHUH-se aos 
leitores do texto. 
Observação��e� FODUR�TXH�RV�SURQRPHV� ³QRV´�H� ³QRVVDV´�HQJOREDP� WDQWR�RV�
leitores quanto o autor do texto, pois ele este se inclui no grupo. Mesmo a 
DOWHUQDWLYD� �&�� DILUPDQGR� TXH� Ki� UHIHUrQFLD� D� ³OHLWRUHV´�� HVVH� ID]� SDUWH� GR�
grupo de leitores e autor, por isso não deixa de estar correta, ok?! 
Gabarito: C 
 
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Questão 19: Prefeitura de Recife Assistente Administrativo 2014 (banca FGV) 
³2� VpFXOR� ;;� IRL� PDUFDGR� SRU� JUDQGHV� JXHUUDV� GH� UHSHUFXVVmR� PXQGLDO� HP 
razão de seu alcance e do número de países envolvidos. Já o século XXI 
apresenta guerras locais ou regionais, mas que de certa forma se tornam 
mundiais pelo número de espectadores. Isso se dá graças à tecnologia de 
informação, que envolve direta ou indiretamente cidadãos de quase todo o 
PXQGR´�� 
Nesse segmento do texto 2, os vocábulos que estabelecem coesão com algum 
termo anterior são: 
(A) seu / países / guerras; (B) países / guerras / espectadores; 
(C) guerras / espectadores / isso; (D) espectadores / isso / que; 
(E) seu / isso / que. 
Comentário��2�SURQRPH�³VHX´�UHWRPD�³JUDQGHV�JXHUUDV´��R�SURQRPH�³,VVR´�
UHWRPD� R� VHJXQGR� SHUtRGR� VLQWiWLFR� GR� WH[WR�� H� R� SURQRPH� UHODWLYR� ³TXH´�
UHWRPD�D�H[SUHVVmR�³WHFQRORJLD�GH�LQIRUPDomR´� 
 Assim, a alternativa correta é a (E). 
Gabarito: E 
 
Questão 20: Prefeitura de Recife ± 2014 Auditor (banca FGV) 
³7RUoR�SHODV�VDODV�GH�FLQHPD�GH�UXD�H�as frequento com assiduidade, apesar 
da inconveniência dos portadores de celulares e tablets, da barulhada com 
comilança, dos que conversam como na sala da própria casa, da ineficiência 
de muitas projeções e da pouca cordialidade dos funcionários que, entre um 
despreparo e outro,lançam a cara feia para cinéfilos que acompanham os 
FUpGLWRV�DWp�R�ILP´� 
Os vocábulos sublinhados têm a função de 
(A) esclarecer o significado de alguns vocábulos. 
(B) organizar o discurso, repetindo alguns termos. 
(C) evitar a presença de muitas frases curtas. 
(D) substituir orações anteriores para abreviar o discurso. 
(E) estabelecer coerência entre elementos do texto. 
Comentário�� 2� SURQRPH� SHVVRDO� REOtTXR� iWRQR� ³DV´� UHWRPD� D� H[SUHVVmR�
³VDODV�GH�FLQHPD´�H�R�SURQRPH�UHODWLYR�³TXH´�UHWRPD�³IXQFLRQiULRV´��$VVLP��D�
alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 21: SEGEP MA 2014 ± Auditor (banca FGV) 
Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na 
sua origem um defeito que as condenava. 
Sobre os componentes dessa primeira frase do texto, assinale a afirmativa 
correta. 
�$��³DWp´�LQGLFD�XP�SRQWR�OLPLWH�QR�HVSDoR� 
�%��³KRMH´�VH�UHIere ao momento de produção do texto. 
�&��³VXD´�VH�UHIHUH�D�³GLVWRSLDV´� 
�'��³TXH´�WHP�SRU�DQWHFHGHQWH�³RULJHP´� 
�(��³DV´�VXEVWLWXL�³XWRSLDV´�H�³GLVWRSLDV´� 
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Comentário��$�DOWHUQDWLYD��$��HVWi�HUUDGD��SRLV�³DWp´�LQGLFD�OLPLWH�GH�WHPSR� 
 A alternativa (B) é D�FRUUHWD��SRLV�UHDOPHQWH�R�DGYpUELR�³KRMH´�VH�UHIHUH�
ao momento de produção do texto. 
 $� DOWHUQDWLYD� �&�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� ³VXD´� VH� UHIHUH� D� ³XWRSLDV�
LPDJLQDGDV´� 
 $� DOWHUQDWLYD� �'�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� R� SURQRPH� UHODWLYR� ³TXH´� UHWRPD�
³GHIHLWR´� 
 A alternatiYD��(��HVWi�HUUDGD��SRLV�³DV´�UHWRPD�³XWRSLDV�LPDJLQDGDV´� 
Gabarito: B 
 
Questão 22: ALMA 2013 ± Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV) 
³No início do mês, um assaltante matou um jovem em São Paulo com um tiro 
na cabeça, mesmo depois de a vítima ter lhe passado o celular. Identificado 
por câmeras do sistema de segurança do prédio do rapaz, o criminoso foi 
localizado pela polícia, mas ± apesar de todos os registros que não deixam 
dúvidas sobre a autoria do assassinato ± não ficará um dia preso´� 
Nesse segmento inicial do texto, o vocábulo que tem seu sentido especificado 
por razões situacionais, ou seja, por elementos de fora do texto propriamente 
dito, é: 
(A) mês (B) vítima (C) rapaz (D) criminoso (E) que 
Comentário: A própria questão nos mostra que devemos marcar a alternativa 
que não possua coesão referencial, isto é, devemos buscar pela palavra que 
não faça menção a outra dentro do texto. 
 9HMD� TXH� D� SDODYUD� ³mês´� QmR� ID]� PHQomR� D� QHQKXPD� DQWHULRU�� QHP�
posterior. Tal palavra indica o mês em vigor, segundo o momento em que se 
encontra o autor. Assim, é a alternativa (A) que possui um vocábulo de 
sentido especificado por razões situacionais, o momento. 
 1D�DOWHUQDWLYD��%���D�SDODYUD�³vítima´�p�HPSUHJDGD�FRP�YDORU�DQDIyULFR��
pois faz referência à H[SUHVVmR�³um jovem´. 
 1D�DOWHUQDWLYD��&���D�SDODYUD�³rapaz´�p�HPSUHJDGD�FRP�YDORU�DQDIyULFR��
SRLV�ID]�UHIHUrQFLD�j�H[SUHVVmR�³um jovem´. 
 1D� DOWHUQDWLYD� �'��� D� SDODYUD� ³criminoso´� p� HPSUHJDGD� FRP� YDORU�
DQDIyULFR��SRLV�ID]�UHIHUrQFLD�j�H[SUHVVmR�³um assalWDQWH´. 
 1D� DOWHUQDWLYD� �(��� R� SURQRPH� UHODWLYR� ³que´� p� HPSUHJDGR� FRP� YDORU�
DQDIyULFR��SRLV�ID]�UHIHUrQFLD�DR�VXEVWDQWLYR�³UHJLVWURV´. 
 Veja: 
³No início do mês, um assaltante matou um jovem em São Paulo com 
um tiro na cabeça, mesmo depois de a vítima ter lhe passado o 
celular. Identificado por câmeras do sistema de segurança do prédio do rapaz, 
o criminoso foi localizado pela polícia, mas ± apesar de todos os 
registros que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato ± não ficará 
um dia preso´� 
Gabarito: A 
 
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2.4. Coesão referencial com advérbios ou locuções adverbiais: 
 Os advérbios e locuções adverbiais também podem posicionar o lugar ou 
tempo de um termo no discurso, como recurso anafórico ou catafórico: 
 Fui a Brasília. Lá é um lugar de oportunidades! 
 Venha ao Rio de Janeiro e se encante com as praias daqui!!! 
 Em 1822, o Brasil começava sua caminhada à liberdade política. Desde 
então, a estratégia pela permanência da soberania é constante, seja política, 
seja econômica. 
 
2.5. Coesão referencial com numeral: 
Basicamente a coesão referencial com numeral ocorre com os ordinais 
³SULPHLUR´�� ³VHJXQGR´� H� ³WHUFHLUR´�� SRU� VHU� QDWXUDO� TXHUHUPRV� UHWRPDU� H� GDU�
sequência a elementos enumerados de uma forma mais organizada e lógica. 
Assim, podemos fazê-lo da seguinte forma: 
Na teoria dos Múltiplos Fluxos, de acordo com Kingdon, para que uma 
demanda se torne parte da agenda do governo, deve haver a convergência de 
três fluxos: o primeiro é o fluxo dos problemas, que consiste em um conjunto 
de situações que os cidadãos desejam ver incluídas na agenda. O segundo é o 
fluxo da política, que expressa o consenso construído pela negociação. O 
terceiro é o fluxo das políticas públicas, que consiste em ideias que competem 
para ganhar aceitação. 
 
2.6. Coesão referencial com artigo: 
 O artigo definido é determinante de um substantivo já conhecido e 
normalmente já mencionado no texto. Assim, é natural (não é regra) que 
insiramos um substantivo na primeira vez sem artigo ou com artigo indefinido. 
Em seguida, ao queremos retomar aquela informação, inserimos o artigo 
definido. 
Veja: 
 Uma empresa de produtos agrícolas iniciou seus trabalhos com 
equipamento de última geração no Sul do Brasil. A empresa já lucrou, somente 
nos dois primeiros anos, mais do que as da região Sudeste juntas. 
 1D� SULPHLUD� YH]� TXH� R� VXEVWDQWLYR� ³HPSUHVD´� VXUJLX� QR� WH[WR�� RFRUUHX�
FRP�R�DUWLJR�LQGHILQLGR�³XPD´��1D�VHTXrQFLD��HOD�IRL�UHWRPDGD�MXQWDPHQWH�FRP�
R�DUWLJR�GHILQLGR�³D´��/RJR�HP�VHJXLGD��SHUFHEHPRV�TXH�KRXYe a omissão de 
XP�VXEVWDQWLYR�SRU�PHLR�GD�LQVHUomR�GR�DUWLJR�³DV´�� 
 Assim, evidenciamos duas formas de coesão do artigo: especificando o 
substantivo anteriormente expresso ou o ocultando para evitar repetição 
desnecessária. 
 
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Questão 23: Detran 2013 ± Analista (banca FGV) 
Não é a chuva (fragmento) 
 Tem saído nos jornais: chuvas deixam São Paulo no caos. É verdade que 
os moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela 
cidade com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no 
trabalho. Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos 
nas ruas; falta de energia. Então, tudo culpa da chuva, certo? 
 Errado. 
 Semáforos, por exemplo. Eles poderiam ter a fiação enterrada ou a 
fonte de energia e os sistemas de controle automático protegidos por caixas 
blindadas. Isso não é nenhuma maravilha da tecnologia, algo revolucionário. 
Existe em qualquer cidade organizada. E tanto é acessível que já há projetos 
para a instalação desses equipamentos em São Paulo. Se não avança, é culpa 
dos administradores ± não da chuva. 
 Quanto aos alagamentos, ocorrem por falta de algum serviço ou obra, 
esta já prevista. Podem reparar. Sempre aparece alguma autoridade municipal 
ou estadual dizendo que a enchente aqui será resolvida com um piscinão, ali 
com a canalização de um córrego, em outra rua com a simples limpeza dos 
bueiros, e assim vai. De novo, sabeͲse o que é precisofazer, mas não se faz. 
Também não é culpa da chuva. 
(Carlos Alberto Sardenberg. O Globo, 28/02/2013) 
2V�WHUPRV�³DTXL´�H�³DOL´�LQGLFDP�OXJDUHV 
(A) citados anteriormente. 
(B) escolhidos como exemplos. 
(C) reconhecidos pelos leitores. 
(D) citados indeterminadamente. 
(E) certamente distantes. 
Comentário: 9HMD� TXH� RV� DGYpUELRV� ³DTXL´� H� ³DOL´� QmR� HVWmR� VHQGR� XVDGRV�
como recurso anafórico, isto é, eles não retomam palavras anteriores. Note 
que estão sendo usados de forma generalizante, ou seja, como qualquer lugar 
em São Paulo em que ocorra enchente e que possa ser apontado por alguma 
autoridade. Assim, a alternativa (D) é a correta. Ao comentarmos a 
alternativa correta, automaticamente, entendemos por que as demais 
alternativas estão erradas. 
Gabarito: D 
 
Questão 24: CITEPE / 2011 / Médio (banca Cesgranrio) 
Fragmento do texto: Ela, ao tentar puxar a ponta de fio do casulo, fez com 
que fino fio de seda se desenrolasse, amolecido pela água quente do chá. Diz 
ainda a lenda que a imperatriz fez um fino manto de seda para o imperador. 
(P� ³'L]�ainda a lenda que a imperatriz fez um fino manto de seda para o 
LPSHUDGRU�´��R�HOHPHQto destacado é um conector de 
(A) inclusão (B) oposição (C) comparação 
(D) explicação (E) retificação 
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Comentário: 2� YRFiEXOR� ³DLQGD´� p� SDODYUD� GHQRWDWLYD� GH� LQFOXVmR��
adicionando termos por coesão. 
Gabarito: A 
 
3. Elemento de coesão por omissão (elipse): 
 Muitas vezes, para evitar a repetição viciosa, basta omitir o vocábulo que 
está se repetindo, desde que ele fique facilmente subentendido. Isso é 
chamado de elipse. Veja: 
 Gustavo foi à casa de sua mãe. Ficou por lá uns oito dias. 
 $QWHV� GR� YHUER� ³ficou´� VXEHQWHQGH-VH� ³Gustavo´�� HQWmR� SRU� RPLVVmR�
realizamos a coesão. 
Questão 25: EBC ± 2011 ± nível médio (banca CESPE) 
Fragmento de texto: Meios de comunicação de massa financiados por 
dinheiro público e livres do controle privado comercial têm sido um modelo de 
comunicação bastante explorado e consolidado na maioria das democracias 
modernas. Trata-se de algo tão antigo quanto o próprio surgimento da TV e 
do rádio. Diversos países sustentam hoje robustas corporações de mídia 
pública que concentram substancial fatia da audiência e são reconhecidas pela 
qualidade no conteúdo que produzem e transmitem. 
 Uma das mais antigas em operação é a BBC do Reino Unido, criada nos 
anos 20 do século passado. A BBC tem servido como modelo para muitas 
outras experiências que surgiram durante todo o século passado. 
Julgue a afirmativa com C (CERTA) e E (ERRADA) 
1R� WUHFKR� ³8PD� GDV� PDLV� DQWLJDV´� �OLQKD� ���� D� HOLSVH� GD� H[SUHVVmR�
³FRUSRUDo}HV�GH�PtGLD�S~EOLFD´�IXQFLRQD�FRPR�UHFXUVR�FRHVLYR� 
Comentário�� $� H[SUHVVmR� ³Uma das mais antigas´� HVWi� IOH[LRQDGD� QR�
feminino e com o substantivo no plural, por fazer referência ao termo plural e 
IHPLQLQR� ³corporações de mídia pública´��(VWD�H[SUHVVmR� IRL�RPLWLGD�QDTXHOD�
expressão para evitar repetição de vocábulo desnecessariamente. Veja: 
³8ma das mais antigas (corporações de mídia pública) em operação é a 
BBC do Reino Unido, criada nos anos 20 do século passado�´ 
Gabarito: C 
 
Questão 26: Assembleia Legislativa ES ± 2011 ± nível médio (banca CESPE) 
Fragmento de texto: Na verdade, idealiza-se o que fazer (e que dificilmente 
acontece), esquecendo-se do presente. Geralmente, as expectativas centradas 
nesse futuro refletem uma insatisfação com a situação presente, tanto no 
nível pessoal como no profissional. 
Julgue a afirmativa com C (CERTA) e E (ERRADA) 
No final do parágrafo, está implícita a palavra nível antes do termo 
³SURILVVLRQDO´� 
Comentário��1D�H[SUHVVmR� ³tanto no nível pessoal como no´��R�DUWLJR� ³o´��
HP�FRQWUDomR�FRP�D�SUHSRVLomR�³em´��no���GHWHUPLQD�R�VXEVWDQWLYR�³nível´�QD�
primeira ocorrência (no nível) e faz subentender este substantivo na segunda 
ocorrência. Veja: 
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c
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³...tanto no nível pessoal como no (nível) profissional´� 
 Assim, a questão está correta. 
Gabarito: C 
 
4. A progressão textual: Os elementos sequenciadores ou operadores 
argumentativos são basicamente as conjunções coordenativas e 
subordinativas adverbiais, as quais já foram vistas nas aulas de sintaxe do 
período composto por coordenação e subordinação. 
 Mas não são apenas as conjunções que são cobradas como operadores 
argumentativos, outras palavras também fazem a ligação entre orações, 
frases, parágrafos, com determinado valor semântico. Veja os principais 
operadores: 
Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de tudo, antes de mais 
nada, primeiramente. 
Tempo: antes, finalmente, enfim, por fim, atualmente, logo após, ao mesmo 
tempo, enquanto isso, frequentemente, eventualmente. 
Semelhança/comparação: igualmente, da mesma forma, analogamente, por 
analogia, de acordo com, sob o mesmo ponto de vista , assim também. 
Adição, continuação: além disso, outrossim, por outro lado, ainda mais, 
ademais. 
Dúvida, hipótese: provavelmente, é provável que, possivelmente, não é 
certo que, se é que. 
Certeza/ênfase: decerto, com certeza, sem dúvida, inegavelmente, 
certamente. 
Ilustração/esclarecimento: por exemplo, em outras palavras, a saber, quer 
dizer, isto é, ou seja. 
Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, com a finalidade de, a fim 
de, para que, intencionalmente. 
Resumo, recapitulação: em suma, em síntese, em conclusão, em resumo, 
enfim, portanto. 
Lugar: perto de, longe de, mais adiante, junto a, além de, próximo a. 
Causa e consequência: por isso, por consequência, assim, em virtude de, em 
razão de, como resultado, de fato, com efeito, por conseguinte. 
Contraste, oposição: pelo contrário, em contraste com, exceto por, por outro 
lado. 
Questão 27: ANS 2015 ± Técnico (banca Funcab) 
Fragmento do texto: A criação literária, porém, que se faz à sombra da 
comunidade humana, aproximou-me sempre daqueles cujas experiências 
pessoais eram vizinhas no ato de escrever. Por isso, desde a infância, senti-
me irmanada aos jornalistas no uso das palavras e na maneira de captar o 
mundo. E a tal ponto vinculada aos jornais que nos vinham a casa, já pelas 
manhãs, que disputava com o pai o privilégio de lê-los antes dele. De 
aproximar-me destas páginas vivazes que, arrancando-me da sonolência, 
proclamavam que a vida despertara antes de mim. O drama humano 
não tinha instante para começar, precedera-me há horas, há milênios. 
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³(�D�WDO�SRQWR�YLQFXlada aos jornais que nos vinham a casa, já pelas manhãs, 
que disputava com o pai o privilégio de lê-los antes dele." 
1R�SHUtRGR�WUDQVFULWR��D�FRUUHODomR�GLVFXUVLYD�HQWUH�D�H[SUHVVmR�³D�WDO�SRQWR��
FRP�R�FRQHFWLYR�³TXH��IRL�XVDGD�SDUD�H[SULPLU�R�VHQWLGR�GH� 
a) proporcionalidade. 
b) causa. 
c) concessão. 
d) consequência. 
e) comparação. 
Comentário: Vimos na aula de período composto por subordinação adverbial 
TXH�D� FRQMXQomR�FRQVHFXWLYD� ³TXH´� VH� UHODFLRQD�FRP�H[SUHVV}HV� FRPR� ³WDO´��
³WDPDQKR´��³WDQWR´��³WmR´��Sara transmitir consequência. Isso também ocorreu 
QHVVH� VHJPHQWR� GR� WH[WR�� SRLV� WDO� FRQMXQomR� VH� OLJRX� j� H[SUHVVmR� ³D� WDO�
SRQWR´��$VVLP��D�DOWHUQDWLYD�FRUUHWD�p�D��'��Gabarito: D 
 
 
 
Questão 28: Pref Recife ± Analista 2014 (Banca FGV) 
O perigo da intolerância religiosa 
A tolerância religiosa no Brasil nunca foi pura e simplesmente uma medida 
imposta por decreto. É antes disso um aspecto cultural. Por um lado, foi 
preciso incluir na Constituição artigo resguardando a liberdade de culto e 
proteção contra a discriminação, porque tais garantias não seriam naturais; 
por outro, a convivência entre credos distintos foi facilitada pela formação do 
povo. A miscigenação e a intimidade entre a casagrande e a senzala 
resultaram em mecanismos de acomodação, como o sincretismo que uniu 
religiões aparentemente tão diferentes quanto o catolicismo e o candomblé. 
(O Globo, 17/8/2014) 
³e�DQWHV�GLVVR�XP�DVSHFWR�FXOWXUDO�´ 
$�H[SUHVVmR�³DQWHV�GLVVR´�PRVWUD�YDORU�VHPkQWLFR�GH 
(A) oposição. 
(B) tempo. 
(C) conclusão. 
(D) explicação. 
(E) modo. 
Comentário: $� H[SUHVVmR� ³DQWHV� GLVVR´� HP� FHUWRV� FRQWH[WRV� WUDGX]� R� YDORU�
temporal (antes daquele momento). Porém, neste contexto, marca-se uma 
oposição. Note que o texto informa que a tolerância religiosa no Brasil nunca 
foi pura e simplesmente uma medida imposta por decreto. Na realidade, é um 
aspecto cultural. Assim, percebe-se o valor de contraste, de oposição. 
Gabarito: A 
 
 
 
 
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Intertextualidade 
 A intertextualidade é o diálogo entre um texto e outro. É o cuidado que 
se tem num texto de absorver os conhecimentos, conceitos, observações 
elencados em outros textos renomados, conhecidos. Normalmente isso é feito 
para levantar mais crédito ao argumento defendido pelo autor. Além disso, 
pode se apresentar como paráfrase (reescrita de trecho de mesmo sentido que 
o original), paródia. 
 A paródia é um exemplo de recriação baseada em um caráter 
contestador, às vezes até utilizando-se de uma certa dose de ironia, sarcasmo 
ou simplesmente humor. 
 Texto Original Paródia 
Minha terra tem palmeiras Minha terra tem palmares 
Onde canta o sabiá, onde gorjeia o mar 
As aves que aqui gorjeiam os passarinhos daqui 
Não gorjeiam como lá. não cantam como os de lá. 
 
�*RQoDOYHV�'LDV��³&DQomR�GR�H[tOLR´��� �2VZDOG�GH�$QGUDGH��³&DQWR�GH UHJUHVVR�j�SiWULD´�� 
A interdiscursividade consiste na relação entre dois discursos 
caracterizada por um citar o outro. 
Toda relação interdiscursiva é também uma relação intertextual. 
Contudo, a intertextualidade é mais ampla: quando um discurso cita o outro, 
não há apenas uma referência ao texto ou partes do texto, mas também à 
situação de produção dele (quem fez, para que, em que momento histórico, 
com qual finalidade etc.), à ideologia subjacente e aos significados que esse 
discurso foi assumindo historicamente. 
Texto 1 
Do que a terra mais garrida 
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; 
³1RVVRV bosques têm mais YLGD´ 
³1RVVD vidD´��QR�WHX�VHLR��³PDLV�DPRUHV�´ 
(trecho do Hino Nacional Brasileiro) 
 
Texto 2 
Nossas flores são mais bonitas 
nossas frutas mais gostosas 
mas custam cem mil réis a dúzia. 
(Mendes, Murilo. Canção do exílio.) 
 
Texto 3 
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 
(Dias, Gonçalves. Canção do exílio.) 
 
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Os três textos são semelhantes. Como o de Gonçalves Dias é anterior 
aos dois primeiros, o que ocorre é que estes fazem alusão àquele. Os dois 
primeiros citam o texto de Gonçalves Dias. Houve aqui não só a citação de um 
texto pelos outros, mas também a relação de sentido (temática), o que 
caracteriza a interdiscursividade. 
 O primeiro texto, de Casimiro de Abreu, foi escrito no século XIX; o 
segundo texto, de Oswald de Andrade, foi escrito no século XX. As 
semelhanças entre os textos são evidentes, pois o assunto deles é o mesmo e 
há versos inteiros que se repetem. Portanto, o segundo texto cita o primeiro, 
estabelecendo com ele uma relação intertextual. 
 Observa-se, porém, que o segundo texto tem uma visão diferente da 
apresentada pelo primeiro. Nesse, tudo na infância parece ser perfeito, 
rodeado por ³DPRU´� ³VRQKRV´ e ³IORUHV´� Já no segundo texto, esses elementos 
são substituídos por um simples ³TXLQWDO de WHUUD´� um espaço concreto e 
comum, sem idealização. Além disso, com o verso ³VHP nenhum ODUDQMDLV´� 
Oswald de Andrade ironiza Casimiro de Abreu, como que dizendo: na minha 
infância também havia bananeiras, mas não havia os tais ³ODUDQMDLV´ que o 
Casimiro cita em seu poema. 
 Observe que Oswald de Andrade, com seu poema, não apenas cita o 
poema de Casimiro de Abreu. Ele também critica esse poema, pois considera 
irreal a visão que Casimiro tem da infância. 
 Na opinião de Oswald de Andrade, infância de verdade, no Brasil, se faz 
com crianças brincando em quintal de terra, embaixo de bananeiras, e não 
com crianças sonhando embaixo de laranjais. Esse tipo de intertextualidade e 
de interdiscursividade é chamada também de paródia, a qual já foi vista 
anteriormente. 
www.portaldaeducação.com.br 
 
Semelhante relação intertextual e interdiscursiva vista nos três textos 
anteriormente, vemos nos três textos posteriores: 
Texto I 
I CORÍNTIOS, 13 
1. Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se não tivesse 
amor, seria como sino ruidoso ou como címbalo estridente. 
2. Ainda que tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios 
e de toda a ciência; ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar 
montanhas, se não tivesse amor, nada seria. 
3. Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que 
entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse amor, nada disso me 
adiantaria. 
4. O amor é paciente, o amor é prestativo; não é invejoso, não se ostenta, 
não se incha de orgulho. 
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==1097c1==
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5. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se 
irrita, não guarda rancor. 
6. Não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. 
7. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 
8. O amor jamais passará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a 
ciência também desaparecerá. 
9. Pois o nosso conhecimento é limitado; limitada é também a nossa profecia. 
Disponível em http://www.bibliacatolica.com.br 
 
Texto 2 
Amor é fogo que arde sem se ver 
 
 Amor é fogo que arde sem se ver; 
 É ferida que dói e não se sente; 
 É um contentamento descontente; 
 É dor que desatina sem doer; 
 
 É um não querer mais que bem querer; 
 É solitário andar por entre a gente; 
 É nunca contentar-se de contente; 
 É cuidar que se ganha em se perder; 
 
 É querer estar preso por vontade; 
 É servir a quem vence, o vencedor; 
 É ter com quem nos mata lealdade. 
 
 Mas como causar pode seu favor 
 Nos corações humanos amizade, 
 Se tão contrário a si é o mesmo Amor? 
 
 Luís de Camões 
 
Texto 3 
MONTE CASTELO 
 
Ainda que eu falasse 
A língua dos homens 
E falasse a língua dos anjos, 
Sem amor eu nada seria. 
É só o amor! É só o amor 
Que conhece o que é verdade. 
O amor é bom, não quer o mal, 
Não senteinveja ou se envaidece. 
O amor é o fogo que arde sem se ver; 
É um não querer mais que bem 
querer; 
É solitário andar por entre a gente; 
É um não contentar-se de contente; 
É cuidar que se ganha em se perder. 
É um estar-se preso por vontade; 
É servir a quem vence, o vencedor; 
É um ter com quem nos mata a 
lealdade. 
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É ferida que dói e não se sente; 
É um contentamento descontente; 
É dor que desatina sem doer. 
Ainda que eu falasse 
A língua dos homens 
E falasse a língua dos anjos 
Sem amor eu nada seria. 
 
Tão contrário a si é o mesmo amor. 
Estou acordado e todos dormem. 
Todos dormem. Todos dormem. 
Agora vejo em parte, 
Mas então veremos face a face. 
É só o amor! É só o amor 
Que conhece o que é verdade. 
Ainda que eu falasse 
A língua dos homens 
E falasse a língua dos anjos, 
Sem amor eu nada seria. 
Renato Russo 
 
Os três textos também apresentam semelhanças. O texto 1 é bíblico e o 
amor fraterno é o que o caracteriza, amor como plenitude, como salvação da 
humanidade. Foi feita alusão a este primeiro texto pelo de Luís de Camões 
(texto 2), já no século XVI. Neste contexto, o tema amor é paradoxal: sofre-se 
ao mesmo tempo em que se deleita. Este é um amor mais carnal, a paixão, a 
relação conjugal. O texto 3, de Renato Russo (século XX) também faz uma 
alusão aos dois anteriores, havendo uma interação nessas duas visões do 
amor. 
Assim, essa relação do amor é a temática dos três textos, e a estrutura 
textual, a adequação vocabular e o cuidado no paralelismo reforçam a 
caracterização da interdisciplinaridade e da interdiscursividade. 
 Polifonia: Como o próprio nome sugere, a polifonia é a junção de sons, 
de vozes. Ela está enraizada na música, em que as várias vozes se juntam 
harmonicamente num todo melódico. No texto, ocorre algo semelhante, pois 
ela aparece para designar a multiplicidade de vozes dentro de uma mesma 
obra. 
 Nos estudos linguísticos, o termo ³polifonia´�foi criado pelo filósofo russo 
Mikhail Bakhtin. Basicamente se entende que, numa obra, cada um dos 
personagens pode expressar a sua forma de entender a realidade, o que 
permite ao leitor perceber diversas visões distintas sobre um mesmo assunto, 
uma mesma realidade. 
 Quanto a uma possível questão de prova, dificilmente se consegue 
cobrar a polifonia (a não ser o simples conceito acima), tendo em vista a 
necessidade de se expor a visão de vários personagens e naturalmente isso 
seria impraticável pelo pequeno espaço para textos em uma prova. O que pode 
ocorrer é a cobrança da intertextualidade, pois normalmente se pede a paródia 
ou paráfrase. 
 
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Questão 29: SSP AM 2015 ± Assistente Operacional (banca FGV) 
Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica, 
majoritariamente conservadora (que aqui se manifesta em regra de forma 
extremamente nefasta, posto que dominada por crenças e valores 
equivocados), que se julga (em geral) no direito de desfrutar de alguns 
privilégios, incluindo-se o de não ser igual perante as leis (nessa suposta 
³VXSHULRULGDGH´�UDFLal ou socioeconômica também vem incluída a impunidade, 
que sempre levou um forte setor das elites à construção de uma organização 
criminosa formada por uma troika maligna composta de políticos e outros 
agentes públicos + agentes econômicos + agentes financeiros, unidos em 
parceria público-privada para a pilhagem do patrimônio do Estado). 
&RQWLQXDPRV��HP�SOHQR�VpFXOR�;;,��D�VHU�R�SDtV�DWUDVDGR�GR�³9RFr�VDEH�FRP�
TXHP�HVWi�IDODQGR"´��FRPR�EHP�H[SOLFD�'D0DWWD��HP�YiULDV�GH�VXDV�REUDV���
2V�GD�FDPDGD� ³GH� FLPD´� �Qa nossa organização social) se julgam no direito 
�SULYLOpJLR��GH�KXPLOKDU�H�GHVFRQVLGHUDU�DV�OHLV�DVVLP�FRPR�RV�³GH�EDL[R´��6H�
alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e retroalimenta a 
chaga arcaica. De onde vem essa canhestra forma de organização social? Por 
TXH�VRPRV�R�TXH�VRPRV"´��/XL]�)OiYLR�*RPHV��JusBrasil) 
Nesse segmento há uma referência aos textos anteriores desta prova, que 
constitui uma das marcas de caracterização dos textos em geral; essa marca 
é denominada: 
(A) polissemia; 
(B) ambiguidade; 
(C) intertextualidade; 
(D) coesão; 
(E) coerência. 
Comentário: A referência ao texto anterior da prova é confirmado na 
H[SUHVVmR�³&RQWLQXDPRV��HP�SOHQR�VpFXOR�;;,��D�VHU�R�SDtV�DWUDVDGR�GR�³9RFr�
VDEH�FRP�TXHP�HVWi�IDODQGR"´��FRPR�EHP�H[SOLca DaMatta, em várias de suas 
obras).´ 
 Assim, havendo menção a outro texto, ocorre a intertextualidade. 
Gabarito: C 
 
Questão 30: Funarte 2014 ± Assistente Administrativo (banca FGV) 
Talvez a gratidão devesse ser uma rotina nas nossas vidas, algo indissociável 
da relação humana, mas talvez ande arredada dos nossos cotidianos, dos 
nossos gestos. E se começássemos cada dia dando gracias a la vida, como 
faria a Violeta? 
$�~OWLPD�IUDVH�GR�WH[WR�³(�VH�FRPHoiVVHPRV�FDGD�GLD�GDQGR�gracias a la vida, 
como faria D�9LROHWD"´�VH�UHIHUH�D�XPD�OHWUD�GH�P~VLFD�GH�9LROHWD�3DUUD��(VVD�
menção mostra a presença no texto de um fator denominado: 
(A) polissemia; (B) linguagem figurada; (C) coerência; 
(D) coesão; (E) intertextualidade. 
Comentário: A menção a outro texto é um diálogo entre textos, conhecido 
como intertextualidade, por isso a alternativa correta é a (E). 
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Gabarito: E 
 
Questão 31: TJ BA 2015 ± Analista Judiciário (banca FGV) 
0LOO{U�)HUQDQGHV��IDODQGR�VREUH�R�KiELWR�GH�IXPDU��GLVVH��³(QRUPH�SHUFHQWXDO�
de fumantes disposto a continuar fumando, apesar de ameaças de câncer, 
enfisemas e outras quizílias. O fumo é realmente um vício idiota. Mas os 
fumantes que persistem em fumar têm um vício ainda mais idiota ± a 
liberdade. Provando que nem só de pão, e de saúde, vive o ser humano. Além 
do fumo ele aspira também gastar a vida como bem entende. Arruinando 
determinadamente seu corpo ± um ato de loucura ± o fumante ultrapassa a 
pura e simples animalidade da sobrevivência sem graça. Em tempo; eu não 
IXPR´�� 
(Definitivo, L&PM editores, Porto Alegre, 1994) 
8PD�GDV�PDUFDV�GH�WH[WXDOLGDGH�p�D�FKDPDGD�³LQWHUWH[WXDOLGDGH´��RX�VHMD��D�
presença de outros textos; a passagem abaixo em que se alude a outro texto 
é: 
(A) ³Enorme percentual de fumantes disposto a continuar fumando, apesar 
GH�DPHDoDV�GH�FkQFHU��HQILVHPDV�H�RXWUDV�TXL]tOLDV�´�� 
(B) ³$OpP�GR�IXPR�HOH�DVSLUD�WDPEpP�JDVWDU�D�YLGD�FRPR�EHP�HQWHQGH´�� 
(C) ³3URYDQGR�TXH�QHP�Vy�GH�SmR��H�GH�VD~GH��YLYH�R�VHU�KXPDQR´�� 
(D) ³0DV� RV� IXPDQWHV� TXH� SHUVLVWHP� HP� IXPDU� WrP� XP vício ainda mais 
idiota ± D�OLEHUGDGH´�� 
(E) ³2�IXPR�p�UHDOPHQWH�XP�YtFLR�LGLRWD´� 
Comentário: Muito cuidado na resolução desta questão. Não podemos 
confundir citação direta (cópia literal de outro texto), o que não deixa de ser 
uma intertextualidade, com uma alusão (referência implícita a outro texto), 
que também é uma forma de intertextualidade. 
 Vimos que a intertextualidade é a presença de outros textos. Assim, 
todo o trecho entre aspas é a fala de Millôr Fernandes. 
 Porém, veja o pedido da questão: ³a passagem abaixo em que se alude 
a outro texto é´��LVWR�p��ID]HU�DOXVmR�D�DOJR�QmR�p�H[SOLFLWi-lo, não é copiá-lo 
literalmente no outro texto; é sugeri-lo,

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