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AULA - REVISÃ_O 2AV NA

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FILOSOFIA GERAL E DO DIREITO 
 
REVISÃO 
PROF. RAFAEL VILAÇA EPIFANI COSTA 
A QUESTÃO COSMOLÓGICA 
Apesar de se constituir a partir da construção do pensamento 
racional, a Filosofia se desvinculou dos mitos de forma gradual. Os 
mitos enquanto narrativas originadas na experiência de grupos, 
buscavam explicar a origem da humanidade, ou dos próprios 
fenômenos naturais, porém, sem buscar compreender a natureza 
física desses fenômenos com base na razão. A Cosmologia é o 
estudo sobre a origem do mundo e/ou sua ordem, a partir da 
especulação acerca da Physis (Natureza). O Logos é a dimensão por 
meio da qual nós percebemos o mundo, apreendemos a realidade, 
já mediada pelos nossos pensamentos. É a maneira como a razão 
opera na forma de uma inteligência, via de regra, analítica, 
classificando e categorizando os dados do mundo. 
 
A QUESTÃO COSMOLÓGICA 
Os primeiros filósofos pré-socráticos tentavam explicar a origem 
do mundo e das coisas por meio da observação da natureza ao 
seu redor, buscando um princípio primordial, chamado de 
Arché. Para Tales era a Água, para Anaximandro era o Apéiron, 
para Anaxímenes era o ar e para Heráclito era o Fogo. Por isso 
para ele, a realidade era um constante fluxo (Pantha rhei – tudo 
flui), pois todas as coisas estão em permanente mudança, uma 
vez que o cosmo é constituído por elementos e forças que se 
encontram em oposição. Por essa razão, a doutrina de Heráclito, 
se aprofunda mais do que os filósofos anteriores, possuindo 
elementos específicos: diferença, conflito e dialética. 
 
 
 
A QUESTÃO ÉTICA 
O conceito do Nomos: O Direito enquanto a Lei. 
“Desde o tempo das narrativas de Homero, a coesão da 
pólis grega tinha por base as normas que determinavam 
os arranjos sociais que lhe subjaziam. A lei, nos tempos 
antigos dos gregos, era expressa pela simbologia de 
Themis. Na mitologia grega, Themis correspondia à 
divindade que, por meio da força e da batalha, dá a 
norma que funda a ordem. Em tempos mais recentes da 
história dos gregos, outro termo se levanta em oposição a 
Themis. Trata-se de Dike [...]” 
 
A QUESTÃO ÉTICA 
“[...] Também se referindo a direito, às normas e à justiça, 
Dike é um símbolo, tal qual Themis, haurido da mitologia 
e da religião grega, mas sua expressão revela um outro 
uso: não se apoia na norma tanto como força e 
autoridade, mas sim com uma ênfase maior sobre o 
justo.” (MASCARO, 2010, p. 31) 
Para Heráclito, o conflito, a discórdia e a guerra, garantem 
a união de uma sociedade, então, a guerra e seu resultado 
como consequência, são aquilo que dão origem à Justiça. 
“A luta dos contrários é harmonia.” 
A QUESTÃO ÉTICA (SOFISTAS) 
Os filósofos sofistas surgem a partir da discussão de 
questões ligadas ao governo da pólis (cidade-Estado) e 
dos novos desafios sociais. Dessa forma, baseavam seu 
pensamento a partir da Retórica, a técnica da linguagem 
que utilizavam, como meio de garantir o melhor agir 
político, dando aos homens uma formação prática, 
baseada no conhecimento enciclopédico. 
Ex.: Górgias, Hípias, Protágoras. 
Obs.: Os sofistas não são considerados filósofos de acordo 
com as críticas tecidas por Platão e Aristóteles. 
 
 
SÓCRATES PLATÃO ARISTÓTELES 
A QUESTÃO ÉTICA (SÓCRATES) 
O governo de Atenas baseava-se na Democracia. Os cidadãos, 
homens livres, discutiam na Ágora questões relacionadas à 
administração pública, e por meio da Retórica, influenciavam as 
pessoas, as leis criadas e os julgamentos. 
Para filósofos sofistas como Górgias, Protágoras e Hípias, o 
conceito de Justiça é uma convenção social, podendo ser 
alterada de acordo com a Lei. “O homem é a medida de todas as 
coisas”. 
Ao contrário dos demais filósofos pré-socráticos, que buscavam 
entender o mundo a partir da natureza, os sofistas 
procuravam conhecer a verdade e a moral das coisas. 
 
 
 
SÓCRATES x SOFISTAS 
Para Sócrates era preciso buscar o fundamento das ideias e dos 
conceitos, indagar sobre as coisas, ao contrário dos sofistas, que 
consideravam a verdade a partir de uma convenção, e caindo-
se no perigo do relativismo. Para Sócrates, a virtude, chamada 
de Areté, era entendida como “excelência moral e política”, ou 
de se realizar aquilo ao qual cada coisa é destinada. O método 
de Sócrates é a ironia, a refutação das ideias e a maiêutica, o 
parto das ideias, a partir do uso de perguntas, Sócrates conduzia 
o interlocutor a se contradizer, desse modo, refutando suas 
ideias através delas mesmas. Os diálogos de Sócrates com 
os sofistas foram escritos por Platão. 
 
 
A QUESTÃO ÉTICA (PLATÃO) 
Em Atenas, após as perseguições e o exílio devidos à 
condenação de Sócrates e a sorte que recaiu sobre seus 
discípulos, Platão leciona naquela que fundou e que seria a 
grande escola de filosofia do passado, a Academia. Dentre os 
melhores jovens filósofos que formou, esteve Aristóteles, seu 
mais brilhante discípulo. O diálogos de Platão são o meio com 
qual o filósofo busca expor a lógica de suas ideias, por meio do 
seu método, a Dialética: Opinião (tese) > Discussão > Negação 
da tese. Resultado: Purificação de erros e equívocos. 
Para Platão, o conhecimento verdadeiro (Epistemé) vinha da 
razão, assim, as opiniões (Doxa), deviam ser evitadas 
TEORIA DAS IDEIAS (A EPISTEMOLOGIA DE PLATÃO) 
MUNDO DAS IDEIAS 
É o lugar das essências imutáveis, que o homem atinge pela 
contemplação, pela depuração dos enganos que brotam dos 
sentidos. Como as ideias são as únicas verdades, o mundo dos 
fenômenos (sombras) só existe na medida em que participa do 
mundo das ideias, do qual é apenas uma cópia. 
MUNDO SENSÍVEL (OU DAS SOMBRAS) 
É o lugar da multiplicidade, do movimento, do vir-a-ser, e por isso, é 
ilusório, pura sombra do verdadeiro mundo. 
Logo, a concepção de mundo de Platão é dualista e suas ideias 
buscam compreender o imaterial e inteligível. 
A Alegoria/Mito da Caverna ilustra a Teoria das Ideias. 
A REPÚBLICA PLATÔNICA 
Para Platão os governos dos Estados devem ser administrados pelos 
reis-filósofos, pois para ele governar significa libertar os povos das 
correntes da ignorância. Todavia, o Estado Ideal, o Estado onde existe 
uma perfeita harmonia entre as almas que o compõe é uma utopia. A 
Alegoria do Navio ilustra o governo justo, dos filósofos e o governo 
injusto, dos sofistas. Quem maneja uma embarcação que simboliza o 
Estado, não tem nenhum conhecimento do ofício, todos ali comem e 
bebem, se regem pelo prazer e não pelo saber. As pessoas deveriam 
ocupar funções dentro da sociedade de acordo com suas aptidões, que 
brotavam das suas almas. Platão divide a República em três classes e as 
virtudes que a constituem, a saber: Comerciantes, (Temperança), 
Guardiães (Coragem) e Governantes (Sabedoria). 
A QUESTÃO METAFÍSICA (ARISTÓTELES) 
 
Apesar de ter sido discípulo de Platão, desde o início Aristóteles 
não concorda com a Teoria das Ideias de Platão. Para o filósofo 
existem leis que organizam o universo, sendo este um Todo, 
cujas leis não regem apenas os fenômenos naturais, mas 
também os fenômenos sociais, econômicos e políticos. Dessa 
forma, o pensamento de Aristóteles pode ser considerado de 
base Naturalista. Por ser estrangeiro, Aristóteles ensinou seus 
discípulos no Liceu, que fundou na cidade de Atenas. O método 
de Aristóteles é o Silogismo, a argumentação lógica perfeita. 
A QUESTÃO METAFÍSICA (ARISTÓTELES) 
Diferente de Platão, Aristóteles não acreditava que a virtude fosse 
algo inato no ser humano, pois assim todos seriam virtuosos. Para 
ele, a virtude é um nível intermediário entre a falta e o excesso. Ser 
virtuoso é ser equilibrado em todas as situações, ter Prudência. 
Por isso, a ideia básica para se alcançar a Justiça, Aristóteles se 
baseia no princípio da Equidade: Em suma, “dar a cada um aquilo o 
que é seu”, e não tratar as pessoasigualmente. Para ele, a Justiça 
deve ser tomada no sentido Universal e Particular, sendo esta 
última dividida em: Distributiva (relativa à distribuição de bens, 
honras, riquezas); Corretiva (relativa à punição de crimes) e a Justiça 
como uma Reciprocidade (relativa à Economia e a troca 
da produção e de serviços) 
 
A APOLOGÉTICA (IRINEU DE LIÃO) 
A Apologética surge com os primeiros cristãos que 
buscam convencer o Imperador de terem o direito de 
existir legalmente dentro do Império Romano. Junto com 
os primeiros cristãos, que tiveram origem com os 
apóstolos, surgem outros grupos cristãos paralelos, 
chamados de gnósticos, que mesclavam as doutrinas 
cristãs com a filosofia platônica, gerando muitos atritos 
entre o Cristianismo católico e esses grupos paralelos. O 
maior oponente dos gnósticos e maior filósofo/teólogo 
da Apologética foi Irineu, Bispo de Lião. 
A PATRÍSTICA (AGOSTINHO DE HIPONA) 
A Patrística surge com os primeiros pais (ou padres da 
Igreja) e seus escritos. A Patrística é consequência direta 
da Apologética, e busca conciliar a Razão grega com a Fé 
Cristã. Com a ascensão de Constantino, o Cristianismo se 
torna a religião oficial do Império Romano, submetendo 
a religião ao Estado. Nessa época ocorrem muitas 
disputas religiosas: judeus foram expulsos da cidade de 
Alexandria, pagãos foram obrigados a se converterem ao 
Cristianismo, a Biblioteca da cidade foi destruída pelos 
cristãos e a filósofa Hipátia morta (Filme Ágora). 
 
 
 
AGOSTINHO DE HIPONA (354-430): O DOUTOR DA GRAÇA 
- Bispo da cidade de Hipona (Argélia). 
- Principais obras: A Cidade de Deus e 
Confissões. 
- Principais ideias: A Predestinação, 
O Livre Arbítrio, o Pecado Original, 
Análise do conceito de Deus (Trindade). 
- Busca compreender a natureza 
humana e apontar que a queda do 
Império Romano, se deu pela sua 
corrupção, (A Cidade dos Homens), a 
Igreja era a única que poderia garantir a 
salvação (A Cidade de Deus) 
INFLUÊNCIAS DE AGOSTINHO NO MUNDO CRISTÃO 
Teologia: Uma análise da sociedade do seu tempo, no intuito de 
aproximar a Teologia cristã da Filosofia grega a partir de temas 
como a natureza humana, a alma, o pecado, o bem e o mal, a 
Trindade, a relação do ser humano com Deus, etc. 
Mundo Medieval: Concepção de mundo dualista e ideal entre a 
“Cidade dos homens” e a “Cidade de Deus”. 
Monaquismo Ocidental: A Regra da Ordem Agostiniana será a 
base da Ordem de São Bento, que influenciará a Igreja, o modo 
de vida, a visão de mundo da Idade Média (Oração e Trabalho). 
Reforma Protestante: Doutrina da Graça influenciará a teologia 
e a política do monge agostiniano Martinho Lutero. 
A ESCOLÁSTICA (TOMÁS DE AQUINO) 
Com o declínio do Império Romano, no século VIII, o imperador 
Carlos Magno buscou fundir a Igreja e o Estado em uma única 
sociedade, submetendo a Política à Religião. A Escolástica surge 
neste período como um método de pensamento crítico que 
dominou o ensino nas universidades medievais durante séculos, 
tendo nascido nos mosteiros, de modo a conciliar a Fé Cristã com 
a Filosofia Grega e preservar o conhecimento dos antigos, que 
brotou na Grécia Antiga. A Filosofia Cristã Medieval está aberta a 
responder qualquer problema, porém, divide estes problemas em 
questões essenciais e periféricas. Ela busca compreender o 
mundo a partir de um sistema fechado, ou Sumas. 
TOMÁS DE AQUINO: O MAIOR DOUTOR DA IGREJA 
Monge dominicano, Tomás de Aquino é 
considerado o maior nome da Filosofia 
Medieval, e terá inspiração direta das obras de 
Aristóteles que serão redescobertas neste 
período na Europa. Seu pensamento representou 
uma grande mudança na Teologia e Filosofia 
Cristã, que há séculos era platônica. A principal 
contribuição do Teólogo foi criar um Sistema 
(Suma). Segundo Tomás, a Filosofia e a Teologia 
se complementam: a fé melhora a razão e a 
teologia melhora a filosofia. 
O seu método era a Analogia. 
O MISTICISMO CRISTÃO (FRANCISCO DE ASSIS) 
Apesar de ter nascido dentro do ambiente eclesiástico, o Misticismo 
Cristão surge como uma espécie de resposta ao uso exacerbado da 
razão e academicismo que brota, inicialmente, da Patrística, e, 
posteriormente, da Escolástica. 
Religiosos como Francisco de Assis, Bernardo de Claraval e Guilherme 
de Ockham influenciaram profundamente o pensamento da Igreja 
durante a Alta Idade Média, chegando a reformar alguns pontos como 
ela se organizava e fazia sua Teologia. Apesar de manter seu poder 
centralizado pelas suas tradições e seu magistério através da Escolástica, 
aos poucos, uma corrente de pensamento mais humanista ganhará 
espaço, buscando autonomia frente a Igreja e o Império Romano-
Germânico, que desaguará no Renascimento e na Era Moderna. 
Essa crescente contestação levará à Reforma Protestante. 
O CONTEXTO POLÍTICO DA REFORMA PROTESTANTE 
A Reforma Protestante não foi apenas um conflito religioso. 
Durante a Idade Média havia o Sacro Império Romano-
Germânico, que começou a se quebrar com a Idade Moderna, 
com o surgimento dos Estados Absolutistas. Se a Igreja Católica 
Romana tinha o Papa como maior patrocinador desse Império, 
para quebrá-lo era preciso também “quebrar” a Igreja, uma vez 
que a Europa e Igreja Católica eram praticamente a mesma coisa 
(a concepção do Rei Carlos Magno). Por isso, as Igrejas Nacionais 
(Igreja da Inglaterra, Igreja da Suécia, Igreja da Dinamarca, Igreja 
Luterana, etc.) surgem com os Estados, pois, com a criação 
destes, há uma quebra na unidade católica. 
O RENASCIMENTO E A EUROPA DO SÉCULO XIV 
O Renascimento foi um grande movimento intelectual e artístico 
que despontou em meados do século XIV, em algumas cidades 
italianas como Florença, Veneza e Roma. Este se caracterizava 
principalmente pela afirmação dos valores humanistas nas artes 
e na vida cotidiana. O ser humano é colocado como fonte de 
objeto e saber. O Teocentrismo Medieval foi substituído pelo 
Antropocentrismo da Idade Moderna. 
Teocentrismo – Visão de mundo que considera Deus como 
centro do Universo. 
Antropocentrismo – Visão de mundo que considera o Homem 
como centro do Universo. 
 
 
 
 
 
O HUMANISMO: A FILOSOFIA DO RENASCIMENTO 
É a valorização do ser humano sem perder a importância de Deus, que 
está no fundo da alma de cada pessoa. A História da humanidade 
alterna períodos obscuros e iluminados, de ignorância e 
esclarecimentos. Tais marcos são responsáveis pela divisão tradicional 
da História feita pelos iluministas (Idades Antiga, Média e Moderna). 
Durante o Humanismo há um resgate da cultura Greco-Romana. Apesar 
de seu pensamento se opor a mentalidade do período medieval e 
colocar o homem como principal ser do universo, o humanismo não 
era anticristão. O desenvolvimento urbano e comercial e o 
fortalecimento da burguesia representaram um poderoso estímulo para 
produção intelectual. Muitos artistas receberam a proteção de nobres, 
de ricos burgueses, e, sobretudo, da Igreja, podendo assim trabalhar 
intensamente em suas obras. Essa prática ficou conhecida como 
mecenato, os que a adotavam eram chamados mecenas. 
DESCARTES E O RACIONALISMO 
Descartes, por vezes chamado de "o fundador da filosofia moderna" 
e o "pai da matemática moderna", é considerado um 
dos pensadores mais importantes e influentes da História do 
Pensamento Ocidental. Muitos especialistas afirmam que, a partir 
de Descartes, inaugurou-se o racionalismo da Idade Moderna, 
influenciando tantos outros pensadores como Thomas Hobbes, o 
maior teórico político do Racionalismo e John Locke e David Hume, 
fundadores do Empirismo. O método de Descartes terá na 
matemática um modelo, pois esta é capaz de encontrar certezas 
fixas e imutáveis. Descartes é influenciado pelo desenvolvimento 
científico do renascimento e do surgimento de uma 
concepção mecanicista do mundo e do homem.O EMPIRISMO 
Os fundadores do Empirismo são John Locke e 
David Hume. O empirismo acredita que o 
homem nasce vazio, sem conhecimento 
algum, e ao longo de sua vida o constrói, 
primeiramente a partir de suas impressões e 
por outro lado por meio de ideias. Temos de 
usar primeiramente os nossos sentidos para 
obtermos o conhecimento, ao invés da Razão, 
como dizia Descartes (Penso, logo existo). Ao 
contrário dos Racionalistas, os empiristas 
dizem que não é possível afirmar que há uma 
causa primeira que originou a tudo e mantém 
e ordena o universo (ex.: Deus). 
 
 
John 
Locke 
David 
Hume 
O EMPIRISMO EM DAVID HUME 
Segundo David Hume não é possível afirmar nada sobre o que 
não pode ser percebido pelas impressões: “As ideias produzem 
as imagens de si mesmas em novas ideias, mas, como se supõe 
que as primeiras ideias derivam de impressões, continua ainda a 
ser verdade que todas as nossas ideias simples procedem, 
mediata ou imediatamente, das impressões que lhes 
correspondem”. Dessa forma, as ideias simples, no seu primeiro 
aparecimento, derivam das impressões simples que lhes 
correspondem. Assim como as ideias são as imagens das 
impressões, é também possível formar ideias secundárias, que 
são imagens das ideias primárias. 
 
 
RACIONALISMO x EMPIRISMO 
Resumindo, no campo da Filosofia poderíamos dizer que o Racionalismo 
é o sistema que consiste em limitar o homem ao âmbito da própria 
razão, e que o Empirismo limita o homem ao âmbito da experiência 
sensível. O que distingue e caracteriza o empirismo é a tese de que todo 
e qualquer conhecimento sintético haure sua origem na experiência e 
só é válido quando verificado por fatos metodicamente observados, ou 
se reduz a verdades já fundadas no processo de pesquisa dos dados do 
real. Como consequência, os racionalistas confiam na capacidade do 
homem de atingir verdades universais, eternas, enquanto os empiristas 
terminam por questionar o caráter absoluto da verdade, já que o 
conhecimento seria parte de uma realidade em transformação 
constante, sendo tudo relativo ao espaço, ao tempo, ao humano. 
 
 
 
 
O ESTADO NATURAL EM JOHN LOCKE 
John Locke observa que os seres humanos vivem segundo 
uma Lei Natural, tal como os animais. Dessa forma, 
existem direitos naturais aos seres humano: a Liberdade, 
que nasce com ele e a Propriedade, que garante a 
sobrevivência do ser humano. Por isso deve existir um 
Estado para punir aqueles que atentam contra os direitos 
naturais dos homens. E para salvaguardar esses direitos, é 
necessário um contrato social, que consiste em atribuir a 
um Estado, através de um acordo, a capacidade de 
salvaguardar a liberdade, propriedade e vida. 
 
O CRITICISMO (IMMANUEL KANT) 
Kant foi um filósofo alemão, que buscou conciliar no campo da 
Filosofia o Racionalismo e o Empirismo. Kant reconheceu a 
existência de dois tipos de conhecimento: o conhecimento empírico 
ou a posteriori, obtido por meio da experiência sensível, e o 
conhecimento puro ou a priori, que independe da experiência e 
das impressões dos sentidos. Para ele a Filosofia não deveria mais 
se preocupar com a natureza, mas com questões ligadas à ética, à 
moral e ao comportamento humano. Seguindo a filosofia de seu 
tempo e de seus antecessores, Kant seguia a ideia do Jusnaturalismo, 
defendendo a origem de um Direito Natural ao ser humano. No século 
seguinte, surgiria o Juspositivismo, que faria oposição a esse 
modo de pensar o Direito. 
Moralidade, de acordo com Kant, faz com que uma pessoa 
comporte de forma igual a que ela esperaria que outra pessoa se 
comportasse na mesma situação, tornando assim seu próprio 
comportamento uma lei universal, ou imperativos. Imperativos 
são instruções que nos dizem o que fazer. Kant distingue entre 
dois tipos de imperativo: hipotéticos e categóricos. A moral 
está relacionada às nossas ações sem interesses particulares 
nelas, independente de uma lei civil ou de um costume local, 
pelo simples fato de acreditamos que tal comportamento é 
errado, e devemos agir de outra maneira. Logo, a moralidade, 
para Kant, está relacionada ao chamado Imperativo Categórico, 
pois ele faz uma separação do Direito e da Moral. 
O ILUMINISMO 
O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu entre filósofos, 
durante o século XVIII na Europa. Ele tinha o apoio da burguesia, pois 
estes e os pensadores tinham interesses comuns e até mesmo reis e 
rainhas também apoiaram o movimento. Eles foram responsáveis por 
ler, interpretar e dividir a História da humanidade (Antiga, Média e 
Moderna), defendendo que esta alternava períodos obscuros e 
iluminados, de ignorância e esclarecimentos, de modo que, a partir do 
Renascimento, tivemos um resgate da Razão (Luz) que existia na 
antiguidade (Filosofia Grega), sendo o Iluminismo chamado de “Século 
das Luzes”, um período na História marcado pelo conhecimento e pelo 
progresso nas Ciências. Este movimento promoveu mudanças políticas, 
econômicas e sociais, baseadas nos ideais de 
“liberdade, igualdade e fraternidade”. 
 
 
VOLTAIRE 
Voltaire (1694-1778) defendia a liberdade de pensamento e 
não poupava crítica à intolerância religiosa. Foi o mais 
destacado filósofo iluminista. Durante sua estada na 
Inglaterra, publicou as “Cartas Filosóficas”. Elogiava as 
liberdades inglesas e atacava o Absolutismo e a intolerância 
religiosa. Notabilizou-se por combater a ignorância, a 
superstição, o fanatismo religioso e por defender a razão, a 
tolerância e a monarquia constitucional. A escrita e os livros 
eram suas principais armas contra a ignorância. Além das 
“Cartas Filosóficas”, escreveu “Tratado sobre a Tolerância”. 
Seus discípulos se espalharam pela Europa, divulgando suas 
ideias. Voltaire, ao longo de sua vida, celebrizou-se por suas 
contundentes críticas à tradições europeias e à religião. 
Voltaire 
Jean Jacques Rousseau (1712-1778), defendia a ideia de um 
estado democrático que garantisse a igualdade para todos, 
sendo um democrata convicto. Suas ideias foram expostas 
no tratado “Da Educação”, e, principalmente, na sua obra 
máxima, “Do Contrato Social”. Uniu-se ao enciclopedistas e 
procurou analisar as razões das desigualdades sociais do 
seu tempo. Para ele, o ser humano é naturalmente bom, 
mas a sociedade o corrompe, gerando desigualdades 
sociais, escravidão e tirania. Suas ideias foram seguidas por 
Robespierre e outros líderes da Revolução Francesa. 
Rousseau dirá que na espécie humana existem duas 
espécies de desigualdade: a primeira, natural, e a segunda, 
moral ou política. 
 
 
ROUSSEAU 
Rousseau 
A TEORIA POLÍTICA DE ROUSSEAU 
Segundo Rousseau, o contrato social em vigor seria uma enganação, 
uma vez, que os homens abriram mão de seus direitos naturais à 
liberdade, propriedade e vida e depositaram tudo nas mãos de um 
Estado tirânico. Na obra “Do contrato social”, ele apresentou sua solução 
para essa situação injusta: O pacto social deve nascer da entrega total 
de cada indivíduo à comunidade. Rousseau concebe o corpo político 
como um todo, uma unidade orgânica, com vida e vontade próprias. E o 
que dá vida ao corpo político é a própria união de seus membros, ou 
seja, a coletividade. As leis desse corpo político devem refletir a vontade 
geral. E a vontade geral não é a simples soma das vontades individuais. 
A vontade geral é a que busca a melhor para a sociedade como um 
todo, ou seja, aquela que satisfaz o interesse público, e não 
o de particulares, a exemplo da Monarquia francesa. 
 
Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de 
Montesquieu, conhecido apenas pelo nome Montesquieu 
(1689-1755), defendeu a divisão do poder político em 
Legislativo, Executivo e Judiciário. Em 1721, publicou as 
“Cartas Persas”, nas quais satirizava os costumes e as 
instituições da época. Montesquieu em 1748 publicou 
suagrande obra “O Espírito das Leis”, dedicada ao estudo 
de diversas formas de governo. Dava grande destaque à 
Monarquia inglesa, preconizando a separação dos 
poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, única forma 
capaz de garantir a liberdade, pelo estabelecimento de 
limites aos políticos e às instituições de governo. Segundo 
Montesquieu, “Leis inúteis enfraquecem leis necessárias.” 
 
MONTESQUIEU 
Montesquieu 
O LEGADO DO ILUMINISMO 
As teorias Liberais dos filósofos inglese irão influenciar o processo de 
Independência dos Estados Unidos, em 1776. Em 1789, seguindo o 
mesmo espírito iluminista, explodirá na França a Revolução que 
derrubará a monarquia de uma vez por todas, tornando as pessoas 
não mais súditas, mas cidadãs (com a Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão, de 1789). A Revolução Pernambucana de 1817 
foi o primeiro levante na história do Brasil que chegou a ser 
concretizado, passando da fase conspiratória, rompendo com o regime 
monárquico português, devido aos crescentes encargos econômicos, e 
estabelecendo uma República. A partir de então, o mundo começa a se 
preocupar com valores sociais e questões ligadas à dignidade humana. 
(ex.: Declaração dos Direitos Humanos de 1948, da ONU). 
O POSITIVISMO 
O Positivismo é um método científico que reconhece como 
conhecimento verdadeiro apenas aquilo que pode ser 
provado e experimentado dentro de rigorosos padrões 
estabelecidos. Seu precursor na ciência foi Auguste Comte, 
filósofo francês (1798-1857) que pretendia, com o método 
positivista, permitir que a sociedade abandonasse o caos que 
se instalou entre os séculos XVIII e XIX com a Revolução 
Francesa. Comte, com sua obra Curso de Filosofia Positiva, foi 
considerado o “pai da sociologia” pois seu objetivo maior era 
aplicar os métodos indutivo-dedutivo, comuns nas ciências 
naturais, para as ciências humanas. O Positivismo teve grande 
repercussão na segunda metade do século XIX, mas perdeu 
influência no século XX para outras correntes de pensamento. 
AUGUSTE 
COMTE 
A TEORIA DOS ESTADOS DA HUMANIDADE 
A partir da percepção do progresso humano, Comte formulou a “Lei dos 
Três Estados”. Observando a evolução das concepções intelectuais da 
humanidade, Comte percebeu que esta evolução passava por três 
estados teóricos diferentes: No primeiro, estado teológico ou fictício, os 
fatos observados são explicados pelo sobrenatural, ou seja, as ideias 
baseadas no sobrenatural são usadas como ciência. No segundo, estado 
metafísico ou abstrato, já se encontram as ideias naturais, mas ainda 
havia a presença do sobrenatural nas ciências, como por exemplo, a 
Metafísica, durante a Filosofia da Idade Moderna. No terceiro, estado 
científico ou positivo, ocorre o apogeu da sociedade, que deixa para trás 
os dois estados anteriores. Neste estado científico ou positivo, os fatos 
são explicados segundo as leis da ciência. 
O CÍRCULO DE VIENA E HANS KELSEN 
O Positivismo francês passou a dominar a Europa desde o século XIX. Já 
no Século XX, entre 1920 e 1940 mais precisamente, pensadores 
positivistas passaram a se reunir no que ficou conhecido como Círculo 
de Viena, que desenvolveu o Neopositivismo ou Positivismo Lógico, 
refutava a Metafísica como conhecimento científico. O Círculo de Viena 
influenciou diretamente a construção de uma das mais relevantes 
teorias do Direito, o Positivismo Jurídico, que tinha como objetivo 
“transformar o estudo do direito numa verdadeira e adequada ciência 
que tivesse as mesmas características das ciências físico-matemáticas, 
naturais e sociais”. Hans Kelsen, membro do Círculo, elaborou a 
denominada Teoria Pura do Direito. Tendo influência direta do 
pensamento francês, Hans Kelsen com o Positivismo Jurídico, 
buscou uma unificação dos juízos normativos. 
O principal objetivo da teoria kelseniana foi atingir a pureza na ciência 
do Direito. Nesse contexto está a teoria da norma fundamental, que 
embasa a elaboração de todo um sistema jurídico válido. Para Kelsen, a 
validade de uma norma condiciona-se ao cumprimento dos requisitos 
prescritos na norma fundamental, que deve ser neutra, sem influência 
de valores externos. Observamos então, que, para a Teoria Pura, o 
Direito não relaciona validade com conteúdo da norma jurídica, sendo 
irrelevante que ela seja correta ou justa. Normas injustas também são 
consideradas válidas se estiverem de acordo com a norma 
fundamental. Kelsen criticou que jurisprudência e doutrina se voltassem 
para analisar juízos de valor quanto à aplicação das normas pois, para 
ele, tais juízos não seriam objeto da ciência do Direito. Desse modo, o 
Positivismo Jurídico, acabou justificando regimes autoritários 
como o Nazismo. 
 
MIGUEL REALE E A TEORIA TRIMENSIONAL DO DIREITO 
No início do século XX, Miguel Reale, um dos mais importantes juristas 
brasileiros, criou a Teoria Tridimensional do Direito, que é uma 
concepção de Direito que defende que o direito positivo e o 
jurisdicional deixavam o direito apenas como algo parcial, incompleto 
e, portanto, ineficiente. Por esse motivo, para Reale o Direito é formado 
por três aspectos: Fato: Acontecimento social referido pelo Direito 
objetivo. É o fato interindividual que envolve interesses básicos para o 
homem e que por isso enquadra-se dentro dos assuntos regulados pela 
ordem jurídica. Valor: É o elemento moral do Direito, pois toda obra 
humana é empregada de sentido ou valor, bem como o direito. Norma: 
Que deve ser concebida como um modelo jurídico, de estrutura 
tridimensional compreensiva ou concreta, integrada aos 
dois primeiros elementos. 
A REVISÃO DO POSITIVISMO 
O Positivismo Jurídico, como ciência do Direito, surgiu para purificar o 
conhecimento jurídico e retirar dele as influências políticas e morais, 
objetivando que as normas jurídicas encontrassem validade em uma 
norma fundamental. Essa proposta, no entanto, foi criticada 
principalmente após a 2ª Guerra Mundial por ser considerada 
responsável por legitimar governos autoritários e normas 
flagrantemente injustas ou extremamente imorais, sendo necessária sua 
revisão dentro do campo do Direito. Filósofos do pós-guerra, como 
Herbert Hart repensou um dos problemas recorrentes do Positivismo, a 
ligação entre direito e justiça. Pois, para o positivismo o direito pode ser 
justo ou injusto, e de que existe uma distinção entre validade jurídica e 
justiça. Dessa forma, o Positivismo Jurídico foi revisto, pois, 
este não era mais adequado ao Direito dos séculos XX e XXI. 
 
O MARXISMO 
Karl Marx (1818 - 1883) foi um filósofo, sociólogo, 
jornalista e revolucionário socialista. Nascido na 
Prússia, mais tarde se tornou apátrida e passou 
grande parte de sua vida em Londres, no Reino 
Unido. A obra de Marx em economia estabeleceu 
a base para muito do entendimento atual sobre o 
trabalho e sua relação com o capital, além do 
pensamento econômico posterior. Publicou vários 
livros durante sua vida, sendo O Manifesto 
Comunista (1848) e O Capital (1867-1894) os mais 
proeminentes. 
KARL 
MARX 
Pensamento filosófico alemão: Feuerbach afirmava que o estudo da 
sociedade tem que ser feito de um mundo real com pessoas reais. Hegel 
considerava o real como uma criação do divino Deus. Marx filtrou dos 
dois a análise crítica e a realização da filosofia, fazendo a desalienação 
do homem, mas nunca desacreditando na perspectiva de Hegel. Na 
História, Hegel apresentará três tipos de abordagem, discorrendo sobre 
cada uma delas. As três formas de encarar a história são classificadas 
como: original, refletida e filosófica. 
Pensamento político francês: “Liberdade, Fraternidade e Igualdade”. 
Pensamento econômico britânico: Adam Smith acredita que o 
crescimento de uma nação depende do trabalho humano. Marx 
procurava dar sentido ao pensamento de Adam e descobriu que tudo 
resulta dos meios de produçãoe do esforço humano. 
Ampliação de capital se dá através da mais-valia. 
 
Mais-valia: Quando o produtor oferece mão de obra ao 
capitalista, e produz um produto, uma parte desse produto vai 
para o produtor em forma de salário. A outra parte vai para o 
capitalista em forma de mais-valia. 
Materialismo histórico: Processo de criação, satisfação e 
recriação contínuas das necessidades humanas. Evolução real 
com desenvolvimentos históricos. O que caracteriza o ser 
humano é a forma como ele produz e reproduz suas condições 
de existência. 
Materialismo dialético: A realidade não é estática, ela é 
dinâmica, está sempre em transformações. Homem por meio da 
ação no mundo 
O MARXISMO 
Na composição da infraestrutura da sociedade, Marx dá destaque às relações 
de produção, que são consideradas as mais importantes relações sociais. 
Cada modo de produção representa diferentes formas de organização da 
propriedade privada e da exploração do homem pelo homem. Assim, para 
Marx, as classes sociais tiveram origem nas desigualdades sociais produzidas 
pelas relações de produção, que divide os homens em proprietários e não 
proprietários dos meios de produção. No modo de produção capitalista, as 
classes sociais são divididas em: os proletariados: trabalhadores despossuídos 
dos “meios de produção”, que vendem sua força de trabalho em troca de 
salário, tornando-se mercadoria, cujo preço é o salário; e os capitalistas, que 
possuindo os meios de produção sob a forma legal da propriedade privada, 
“apropriam-se” do produto do trabalho de seus operários em troca 
do salário do qual eles dependem para sobreviver. 
SOCIALISMO E COMUNISMO 
 Muitas vezes as expressões comunismo e socialismo são usadas como 
sinônimos, o que não é correto. No entanto, os dois conceitos 
representam ideologias com algumas semelhanças, pois representam 
uma forma de protesto ou uma alternativa ao capitalismo. Muitos 
autores a favor do comunismo descrevem o socialismo como uma etapa 
para se chegar ao comunismo, que organizaria a sociedade de forma 
diferente, eliminando as classes sociais e extinguindo o Estado opressor. 
A forma de atuação do comunismo e do socialismo também é diferente. 
Enquanto o socialismo prevê uma mudança gradual da sociedade e um 
afastamento do capitalismo, o comunismo pretendia uma diferenciação 
mais brusca e muitas vezes usando o conflito armado como método de 
atuação. 
 
 
A FILOSOFIA DA LINGUAGEM EM THEODOR VIEHWEG 
 Theodor Viehweg (1907-1988) foi um juiz e filósofo alemão responsável 
pelo resgate da Tópica na segunda metade do século XX, tendo 
declarado ter sido influenciado por Aristóteles e os filósofos romanos. A 
Tópica defendida por Theodor Viehweg foi desenvolvida por Aristóteles 
e sua forma problemática já fazia parte da prática jurídica dos romanos, 
que subordinavam-se às decisões dos casos concretos de onde tiravam 
seus fundamentos de validade. Os pretores e jurisconsultos romanos, 
dada a falta de textos legais, desenvolveram uma forma de pensar 
tópico-problemática, solucionando os conflitos concretos de forma 
casuística, com base na opinio communis e na argumentação retórica. A 
justiça se construía com base nas decisões concretas, das quais se 
extraíam princípios que serviam de fundamento de validade a 
cada nova decisão. A Tópica busca chegar a um consenso. 
A ÉTICA NO SENTIDO CONTEMPORÂNEO 
 Na ética contemporânea, o sujeito não é mais um sujeito substancial, 
soberano e absolutamente livre, nem um sujeito empírico puramente 
natural. Ele é simultaneamente os dois, na medida em que é um sujeito 
histórico-social. Assim, a ética adquire um dimensionamento político, 
uma vez que a ação do sujeito não pode mais ser vista e avaliada fora da 
relação social coletiva. Desse modo, a ética se entrelaça, 
necessariamente, com a política, entendida esta como a área de 
avaliação dos valores que atravessam as relações sociais e que interliga 
os indivíduos entre si. (SEVERINO. A. J. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1992) 
 
Na Idade Contemporânea, especialmente no Existencialismo, a Ética será 
vista a partir das ações humanas individuais (o individualismo), 
Possuindo um sentido coletivo e ao mesmo tempo político. 
 
 
 
 
 
LIBERALISMO E O DIREITO CONTEMPORÂNEO 
Enquanto o Liberalismo Clássico se preocupava em impedir qualquer 
tipo de intervenção do Estado na Economia, o Liberalismo 
Contemporâneo acredita que a falta de oportunidades de emprego, 
educação, saúde podem ser tão prejudiciais para a liberdade como a 
intervenção. Para liberais contemporâneos, o Estado deve cumprir um 
papel regulador mínimo, mas também criar oportunidades e respeitar o 
pluralismo da sociedade. A Teoria da Justiça de John Rawls, filósofo 
liberal do século XX, propõe um modelo de justiça aplicável no âmbito 
das atuais democracias constitucionais. Sua teoria defende que as 
desigualdades sociais e econômicas devem ser arranjadas de um modo 
que sejam convertidas em benefícios de todos, e que devem ser 
reduzidas até o grau que seja mais benéfico para a pessoa 
que representa a posição social mais desfavorecida.

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