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HEPATITES VIRAIS
FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL – FACID | DeVry
MEDICINA – BLOCO VI
GASTROENTEROLOGIA 
Professor: Antônio Moreira
DEFINIÇÃO
As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo fígado, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005) 
INTRODUÇÃO
Reservatório : O homem é o único reservatório com importância epidemiológica;
Agentes etiológicos: vírus da hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), vírus da hepatite D ou Delta (HDV) e vírus da hepatite E (HEV);
Existem alguns outros vírus que também podem causar hepatite (ex: TTV, vírus G, SEV-V) → menor impacto clínico e epidemiológico;
As hepatites virais têm grande importância para a saúde pública e para o individuo, pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e crônicas.
EPIDEMIOLOGIA
Distribuição universal;
A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude dos diferentes tipos varia de região para região. No Brasil, também há grande variação regional na prevalência de cada hepatite;
Há cerca de 2 milhões de portadores crônicos de hepatite B e 3 milhões de portadores da hepatite C no Brasil!!
INFORMAÇÕES GERAIS
HEPATITE A
HEPATITE A
Piconavírus (Piconaviridae) do gênero Hepatovírus (enterovírus 72);
RNA, não envelopado, icosaédrico, 27 nm;
Diferentemente do restante da América do Sul, no Brasil é possível identificar os genótipos IA e IB em circulação;
Eliminado em grande quantidade pelo indivíduo infectado.
HEPATITE A
Causa infecção aguda e doença assintomática;
Não há relatos de infecção crônica;
Imunidade permanente;
Reservatórios: homem e primatas (chimpanzés e saguis);
Período de transmissão: desde a 2ª semana antes do início dos sintomas até o final da 2ª semana de doença. 
EPIDEMIOLOGIA
Apresenta alta prevalência nos países com precárias condições sanitárias e socioeconômicas;
Para o Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) estima que ocorram 130 casos novos/ano por 100 mil habitantes e que mais de 90% da população maior de 20 anos tenha tido exposição ao vírus;
Faixa etária de 5 a 12 anos;
A estabilidade do vírus da hepatite A (HAV) contribui para a sua transmissão no meio ambiente.
FATORES DE RISCO
Viagens para áreas endêmicas – como países subdesenvolvidos ou com péssimas condições sanitárias;
Crianças ou funcionários de creches; 
Contato domiciliar com indivíduo com hepatite A; 
Atividade homossexual masculina.
PATOGENIA
Viremia: 17 dias antes da elevação das transaminases;
Excreção nas fezes: 1-2 semanas antes dos sintomas e declina rapidamente após os sintomas.
TRANSMISSÃO
Via fecal-oral (contato com fômites);
Alimentos manipulados;
Contaminação de águas;
Frutos do mar em água poluida;
Sistema de esgoto deficiente.
FORMAS CLÍNICAS
Assintomática;
Oligossintomática anictérica;
Ictérica;
Colestática;
Prolongada (6 meses);
Recorrente;
Fulminante.
QUADRO CLÍNICO
Período de incubação: 15 a 45 dias;
Mais leve do que Hepatite B;
Assintomática ou oligossintomática: em crianças;
Sintomática e com insuficiência hepática: adultos;
Sintomatologia: Astenia, náuseas, vômitos, diarréia, febre baixa e dor em hipocôndrio direito; 
Icterícia, colúria, hipocolia fecal e prurido.
QUADRO CLÍNICO
Convalescença pode ser prolongada;
Não há casos crônicos;
Complicações: hepatite fulminante (rara, 0,01% dos casos);
Exame Físico: icterícia e hepatomegalia dolorosa, esplenomegalia, adenomegalia cervical e artrite.
DIAGNÓSTICO
Leucograma: linfocitose com atipia linfocitária;
Elevação de bilirrubinas, FA, TGP> TGO (>1000);
Ag-VHA nas fezes;
Acompanhar: albumina e TAP.
MARCADORES VIRAIS
Embora dados clínicos possam sugerir diferenças, as hepatites virais geralmente são indistinguíveis;
Ensaios sorológicos sensíveis e específicos permitem ao clínico:
Identificar o determinante antigênico envolvido;
Distinguir a fase aguda da crônica;
Avaliar a infectividade e o prognóstico;
Ter acesso ao estado imune do paciente.
Os marcadores sorológicos consistem de antígenos e anticorpos específicos para cada vírus e que são pesquisados por ensaios imunoenzimáticos.
SOROLOGIA DA HEPATITE A
FASE
Anti-HAVIgM
Anti-HAV IgG
Anti-HAVTOTAL
Aguda
+
-
+
Imunidade
-
+
+
Suscetível
-
-
-
1: Infecção recente pelo vírus da Hepatite A;
2: Infecção passada pelo vírus da Hepatite A;
3: Ausência de contato com o vírus da Hepatite A, não imune.
TRATAMENTO
Sintomáticos;
Cuidados de higiene;
Dieta normal;
Repouso físico relativo;
Evitar bebidas alcóolicas;
Acompanhamento com dosagens de bilirrubinas e aminotransferases;
Cura: assintomático e com transaminases normais.
HEPATITE B
HEPATITE B
Vírus da Hepatite B (Hepadnaviridae);
DNA;
S: proteína de superfície;
C: proteína do capsídeo ou cápsula do vírus;
E: proteína liberada durante replicação do vírus.
Encontra-se no homem doente e no portador.
Proteínas virais
EPIDEMIOLOGIA
É mais comum na Ásia, Pacífico e África inter-tropical, do que no mundo ocidental;
350 milhões de pessoas infectadas. Somente 33% a 50% são sintomáticas;
Relacionada com subdesenvolvimento;
Acomete mais homens;
Em países de menor incidência, é restrita a adolescentes e adultos jovens (transmissão sexual e parenteral).
O vírus da hepatite B sobrevive no sangue ressecado sobre as superfícies à temperatura ambiente por no mínimo 1 semana!!!
EPIDEMIOLOGIA
Distribuição percentual dos casos de hepatite B, 2º provável fonte/ mecanismo de infecção por ano de notificação. Brasil 1999 a 2010.
TRANSMISSÃO
Transfusão de sangue; 
Contato direto com sangue em ambientes da área de saúde (acidentes de trabalho);
Relação sexual com uma pessoa infectada;
Transmissão vertical;
Tatuagens ou acupuntura c/agulhas ou instrumentos sujos;
Agulhas compartilhadas durante a utilização de drogas;
Itens pessoais compartilhados com alguém já infectado (como escovas de dentes, lâminas de barbear e cortadores de unhas).
TRANSMISSÃO
EVOLUÇÃO CLÍNICA
QUADRO CLÍNICO
Incubação: 50 a 180 dias;
Assintomático ou oligossintomáticos (70%)
Período prodrômico (pré-ictérico):
Fraqueza, anorexia e mal-estar geral; 
Dores abdominais difusas, náuseas, intolerância alimentar, distúrbios gustativos, desconforto abdominal e vômitos; febre;
Artrites, artralgias, mialgias e exantema cutâneo rubeoliforme ou urticariforme;
Hepatomegalia dolorosa (70% ) e esplenomegalia (20%).
QUADRO CLÍNICO
Hepatite aguda:
Corresponde a 95% dos casos;
Assintomático ou oligossintomaticos;
Sintomas: fraqueza, anorexia mal-estar geral, náuseas, intolerância alimentar, desconforto abdominal, vômitos, febre, prurido e diarréia;
Período ictérico: icterícia, coluria e hipocolia fecal.
QUADRO CLÍNICO
Hepatite crônica:
Corresponde a 5% dos casos;
Maioria assintomático ou oligossintomático;
Sintomas: icterícia, aumento do baço, acúmulo de líquido na cavidade abdominal (ascite), distúrbios de atenção e de comportamento (encefalopatia hepática);
Transaminases elevadas por > 6meses;
Albumina sérica diminuída e globulinas elevadas;
TAP diminuído;
Sinais e sintomas de insuficiência hepática de instalação lenta.
QUADRO CLÍNICO
Insuficiência Hepática Crônica:
Evolução natural da hepatite crônica ativa;
Hipertensão portal;
Edema;
Rarefação de pêlos;
Ginecomastia;
Circulação colateral;
Ascite;
Encefalopatia;
Hemorragias;
Síndrome hepatorrenal.
DIAGNÓSTICO
Hemograma: leucopenia leve+ linfocitose relativa;
VHS: normal;
Fase aguda:
Linfocitose (linfócitos atípicos);
Transaminases elevadas (TGP);
Se icterícia: bilirrubinas totais elevadas e urobilinogênio;
Gama-glutamil transpeptidase (γ-GT) e fosfatase alcalina: elevada.
DIAGNÓSTICO
Hepatite crônica:
Transaminases elevadas por> 6 meses;Albumina sérica diminuída e globulinas elevadas;
TAP diminuído;
Biópsia hepática: diagnóstico de certeza, etiologia, estadiamento, diagnóstico diferencial, tratamento, avaliação do tratamento e prognóstico.
MARCADORES VIRAIS
ANTÍGENOS
AgHbs
AgHBc (não mensurado)
AgHBe
ANTICORPOS
Anti-Hbs
Anti-HBc (IgM e IgG)
Anti-HBe
MARCADORES VIRAIS
FASE
HBsAg
Anti-HBcIgG
Anti-HBc IgM
Anti-HBc TOTAL
Anti-HBs
HBeAg
Anti-HBe
AGUDA
+
-
+
+
-
+
-
CRÔNICA
+
+
-
+
-
+/-
+/-
IMUNIDADEVACINAL
-
-
-
-
+
-
-
IMUNIDADEPRÉVIA
-
+
-
+
+
-
+/-
SUSCETÍVEL
-
-
-
-
-
-
-
TRATAMENTO
Indicações:
Idade> 2 anos;
HBsAg (+) > 6 meses;
HBeAg (+) ou HBV-DNA > 104 cópias/ml ou 1900 UI/ml;
Ter realizado nos últimos 24 meses biópsia hepática com evidência de atividade necroinflamatória de moderada a intensa e/ou presença de fibrose de moderada a intensa;
Ausência de contraindicação ao tratamento.
TRATAMENTO
Arsenal terapêutico:
Interferon-α: antiviral antiproliferativo e imunomodulador;
Lamivudina;
Adefovir;
Entecavir;
Tenofovir.

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