Buscar

PEÇA 7 CASO 7-convertido

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL 
10 Linhas 
 
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, pessoa jurídica de direito privado, por 
meio de seu presidente, com inscrição no Ministério do Trabalho, nº ..., inscrita no CNPJ nº. 
..., com sede em ..., por seu advogado subscrito, conforme procuração anexa, com endereço 
profissional na Rua ..., nº..., Bairro...,CEP nº...,Cidade ..., Estado...,para onde devem ser 
remetidas as notificações e intimações, nos termos do art. 39, inc.I, do CPC, vem mui 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no Art. 102, inc. I,” a”, da 
CRFB/88 e na Lei n. 9.868/99, propor a presente 
 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
 
Em face da Lei Estadual editada pelo Estado KWY, elaborada pelo Governador do Estado e a 
Assembleia Legislativa Estadual. 
 
I. DA COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO JULGADOR 
 O art. 102, I, alínea a, da CRFB/88 estabelece que compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente, a 
ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação 
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. 
 Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da presente 
ação direta de inconstitucionalidade é originária do Supremo Tribunal Federal. 
 
II. DA LEGITIMIDADE ATIVA - PERTINÊNCIA TEMÁTICA 
 O Art. 103, inc.IX, da CRFB/88 estabelece o rol dos legitimados para propor uma ação 
direta de inconstitucionalidade, dentre os quais, verificam-se as confederações sindicais ou 
entidades de classe de âmbito nacional. Corroborando com essa assertiva, o Art. 2º, inc.IX, da 
Lei nº. 9.868/99 discorre sobre o mesmo tema. É sabido que se faz necessária no caso em tela 
a comprovação da pertinência temática como requisito para a propositura da ação direta de 
inconstitucionalidade. No entanto, não resta dúvida de que a confederação nacional de 
comércio possui claro interesse na presente ação, haja vista a atividade ser extremamente 
afetada pela norma que deu finalidade à propositura da presente ação. 
 
III. DA LEGITIMIDADE PASSIVA 
 A legitimidade passiva da ação direta de inconstitucionalidade em referência é do 
Governador do Estado e da Assembleia 
Legislativa estadual que criaram a norma estadual inconstitucional. 
 
IV. DA INCONSTITUCIONALIDADE DA NORMA 
 Nos termos do Art. 22, inc.I, da CRFB/88, confirma-se a competência privativa por parte 
da União para legislar sobre direito civil, comercial, penal processual, eleitoral, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. Diante de tal assertiva, configura-se a 
inconstitucionalidade formal da norma objeto da presente ação, haja vista não haver 
competência do Estado para legislar sobre matéria afeta à União de forma privativa. 
 Não se pode olvidar que a norma que deu finalidade à ação fere o fundamento da livre 
iniciativa constante do Art. 1º, inc.IV, da CRFB/88. Além da garantia ao direito de 
propriedade previsto no Art. 5º, inc.XXII, da Carta Magna. Verifica-se, ainda, o total 
desacordo com o que preconizam os princípios gerais da atividade econômica, da propriedade 
privada e da livre concorrência, dispostos no Art. 170, caput, incisos I e IV, da CRFB/88. 
 Ante o exposto, fica fundamentada a violação dos ditames constitucionais, caracterizando-
se tanto na inconstitucionalidade formal quanto na inconstitucionalidade material da norma 
ora impugnada. 
 
V. DA MEDIDA LIMINAR 
 É evidente, no caso em tela, a possibilidade de Medida Liminar nos termos do Art. 102, 
inc.I, “p” , da Carta Magna, corroborada pelos Arts. 10 e 12 da Lei nº. 9.868/99, por serem 
identificáveis os requisitos do” fumus boni juris” e do “periculum in mora”. 
 O requisito do fumus boni juris fica patente na violação do texto constitucional, quanto a 
livre iniciativa, propriedade privada e livre concorrência. Além de ferir a competência da 
União no que diz respeito ao art. 22, I, da CRFB/88. 
 E, quanto ao periculum in mora, poderemos verificar o cumprimento de tal requisito na 
possibilidade identificada de dano irreparável ao reclamante, em face da relevância da matéria 
e segurança jurídica, evitando, desta forma, danos e prejuízos advindos da norma ora vigente, 
de acordo com o art. 12 da Lei n. 9.868/99. 
 
VI. DOS PEDIDOS 
 Ante o exposto, requer: 
a) A concessão da medida liminar para suspender a norma impugnada até a sentença 
definitiva com força dos Art. 12 da Lei n. 9.868/99; 
b) A notificação da autoridade coatora, na pessoa do Governador do Estado KWY, para 
prestar informações no prazo legal, com fundamento no Art. 6º da Lei nº. 9.868/99; 
c) A intimação do Procurador-Geral da República para que se manifeste no prazo de quinze 
dias, conforme o Art. 8º da Lei nº.9.868/99; 
d) A intimação do Advogado-Geral da União para prestar informações no prazo de quinze 
dias, em conformidade com Art. 8º da Lei n. 9.868/99; 
e) Procedência do pedido, com a ratificação da cautelar, para que seja declarada a 
inconstitucionalidade com efeitos erga omnes; 
f) A juntada dos documentos em anexo. 
 
VII. DO VALOR DA CAUSA 
 Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) 
 
 
 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
 
Local e data 
 
 
Advogado, OAB/UF nº. ...

Continue navegando