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Biofísica da contração muscular

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***Parte 1***
https://www.youtube.com/watch?v=VoDjmSRkYyk
O impulso nervoso também conhecido como potencial de ação viaja do cérebro ou da medula espinal para disparar a contração nos músculos esqueléticos, a partir daí o potencial de ação percorre o neurônio motor inferior até a fibra do músculo esquelético o local onde o neurônio motor estimula a fibra muscular é chamado de junção neuromuscular este estímulo ocorre por uma sinapse química entre os terminais axonais do neurônio motor e a placa motora da fibra muscular.
Os eventos da junção neuromuscular ocorrem em sete passos coordenados:
-> Passo 1: O potencial de ação percorre o neurônio motor até seu terminal axonal;
-> Passo 2: Canais de cálcio voltagem independente se abrem e o cálcio se difunde para dentro do terminal axonal;
-> Passo 3: A entrada de cálcio estimula as vesículas sinápticas a liberarem acetilcolina através de exocitose;
-> Passo 4: A acetilcolina se difunde na fenda sináptica e se liga a receptores de acetilcolina que contém canais de cátions ativados por ligante;
-> Passo 5: Estes canais se abrem;
-> Passo 6: Íons de sódio (Na+) entram na fibra muscular enquanto íons de potássio (K) saem da fibra muscular. O maior influxo de íons de sódio (K) em comparação com o menor fluxo de saída de íons de potássio faz com que o potencial de membrana se torne menos negativo 
-> Passo 7:  Quando o potencial de membrana atinge um limiar, um potencial ação é propagado pelo sarcolema (membrana plasmática muscular).
A neurotransmissão para a fibra muscular cessa quando a acetilcolina é removida da fenda sináptica. Essa remoção ocorre em dois passos:
-> Passo 1: Primeiro a acetilcolina se afasta da placa motora depois ela é quebrada pela enzima acetilcolinesterase em ácido acético e colina.
-> Passo 2:  A colina é então transportada pelo terminal axonal para síntese de uma nova acetilcolina;
***Parte 2***
https://www.youtube.com/watch?v=Hu8NxchA8zs&t=2s
Para que haja uma contração muscular um neurônio motor conduz um potencial de ação a centenas de fibras musculares que compõem o músculo esquelético.
A sequência de eventos que convertem um potencial de ação em uma contração muscular é conhecida como: acoplamento-excitação-contração. Olhando para uma única fibra muscular, vemos que o potencial de ação viaja por todo o sarcolema (membrana celular muscular) e é rapidamente transmitido para o interior da fibra muscular por estrutura chamadas de túbulos transversos ou túbulos "T" que são invaginações do sarcolema (membrana plasmática muscular). Os túbulos transversos fazem contato com o reservatórios de cálcio dentro da fibra muscular chamados de retículos sarcoplasmático.
Na região próxima dos túbulos "T", forma-se cisternas terminais o conjunto de um túbulo "T" associado a duas cisternas terminais é chamado de triadi.
As membranas do túbulo "T" e das cisternas terminais são ligadas por duas proteínas que controlam a liberação de Cálcio.
Quando o potencial de ação chega ao túbulo "T"; uma proteína voltagem independente muda sua conformação resultando na abertura de um canal de cálcio e permitindo a saída de cálcio para o sarcoplasma este rápido influxo de cálcio dispara a contração da fibra muscular esquelética.
Assim os íons de cálcio são responsáveis pelo o acoplamento-excitação-contração no músculo esquelético.
***Parte 3***
https://www.youtube.com/watch?v=hhmn1VqKSH4
O ciclo da ponte cruzada.
A contração dos músculos esqueléticos gera a força necessária para movimentar o corpo.
Uma contração é disparada por uma série de eventos moleculares conhecidos por Ciclo das Pontes Cruzadas.
No músculo esquelético, a unidade funcional de contração é chamada de sarcômero.
Um sarcômero encurta seu comprimento quando as cabeças dos filamentos grossos de Miosina formam pontes cruzadas com os filamentos finos das moléculas de actina.
A formação das pontes cruzadas se inicia quando íons de cálcio liberadas pelo retículo sarcoplasmático, se ligam à troponina, essa ligação causa mudança no formato da troponina.
A tropomiosina se movimenta e se afasta liberando os sítios ativos da actina permitindo que a cabeça da miosina se ligue à actina formando uma ponte cruzada.
Perceba que a cabeça da miosina precisa ser ativada antes do ciclo iniciar. Isso acontece quando ATP se liga à cabeça da miosina e é hidrolisado em ADP + fósforo inorgânico.
A energia liberada pela hidrólise do ATP em ADP ativa a cabeça da miosina e a empurra, para uma posição gatilho.
Um ciclo de ponte cruzada pode ser dividido em quatro passos:
-> Passo 1: Formação da ponte cruzada: a cabeça ativada da miosina se liga à actina, formando a ponte cruzada.
Fósforo inorgânico é liberado e a ligação entre miosina e actina torna-se mais forte.
-> Passo 2: Potência de torque: ADP é liberado e a cabeça da miosina ativada realiza um pivô; deslizando o filamento fino em direção ao centro do sarcômero.
-> Passo 3: Desligamento da Ponte Cruzada: Quando um novo ATP se liga à cabeça da miosina, a ligação entre a cabeça da miosina e a actina enfraquece e cabeça da miosina se desconecta.
-> Passo 4: Reativação da cabeça de miosina: o ATP é hidrolisado em ADP + fósforo inorgânico; a energia liberada durante a hidrólise reativa a cabeça da miosina, reposicionando-a para a posição de gatilho. Enquanto houver sítios de ligação expostos, o ciclo de pontes cruzadas se repetirá. Enquanto o ciclo se repete, os filamentos finos são puxados uns aos outros, encurtando o sarcômero esse encurtamento a contração de todo o músculo.
O ciclo das pontes cruzadas termina quando íons de cálcio são transportados ativamente de volta ao retículo sarcoplasmático.
A troponina retorna à sua configuração original, permitindo que a tropomiosina deslize de volta e cubra os sítios ativos de actina.
QUESTÃO 02

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