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BIOFÍSICA DA AUDIÇAO Porém não me foi possível dizer às pessoas: “Falem mais alto, gritem, porque sou surdo”...Ai de mim! Como poderia eu declarar a fraqueza de um sentido em mim que deveria ser mais agudo que nos outros – um sentido que anteriormente eu possuía na maior perfeição, uma perfeição como poucos em minha profissão possuem, ou já possuíram”. Ludwig van Beethoven Divisão anatômica do ouvido Nervo VIII Nervo V Nervo X Regula a tensão do tímpano V par Regula a tensão do martelo VII par SNC Ondas são movimentos oscilatórios de partículas de matéria (ou de energia). SOM: vibrações mecânicas do ar aos quais estamos capacitados a perceber. O som é um conceito de sensibilidade acústica típica de cada espécie. As ondas sonoras são vibrações periódicas do ar que produzem sons. O comportamento vibratório do som é bem complexo. Um som de uma única freqüência (tom puro) é uma onda senoidal. Amplitude Freqüência Duração Submodalides auditivas Propriedades do Som Condução do Som As ondas mecânicas podem chegar a cóclea pela via aérea e via óssea. VIA AEREA VIA ÓSSEA Problema A saída dos vertebrados da água para o ambiente terrestre criou um problema: como superar a impedância AR/LIQUIDO equalizando os sinais entre os dois meios? Ar Liquido > 90% de reflexão Solução: Amplificação do sinal na ordem de 20x Cóclea (Endolinfa) Ouvido externo SISTEMA DE ALAVANCA OSSICULAR Vibração Mecânica AR LIQUIDO AT= 6mm2 aj = 0,32mm2 P = F/A F/At > F/aj 8 IMPRIMIR Como o som se propaga dentro da cóclea? Membrana basilar é ressonante BASE: estreita e rígida APICE: larga e flexível As três escalas vibram com o som 9 IMPRIMIR Órgãos de Corti E. vestibular e E. timpânica Perilinfa rica em Na e pobre em K E. Media Endolinfa rica e K As três escalas vibram com o som mas, é na escala media que se situa o Órgão de Corti, assentada sobre a membrana basilar. 10 IMPRIMIR Baixa frequencia Base: estreita e grossa Apice: larga e fina Células ciliadas Membrana Basilar Estribo Alta frequencia 20.000Hz 20Hz A onda mecânica “viaja” sobre a membrana basilar, causando deflexões ao longo de sua extensão, conforme a freqüência do som. A amplitude da deflexão é proporcional a intensidade sonora. A cóclea decodifica a freqüência do som 11 IMPRIMIR Transdução Sensorial Órgão de Corti em repouso Chegada de uma onda mecânica A membrana basilar vibra mais facilmente do que a tectorial. Resultado: inclinação dos cílios Inclinação dos cílios Aumento na abertura de muitos canais de K+ PR despolarizante Abertura de canais de Ca++ na base (2o mensageiro) Liberação de NT excitatório Estimulação da fibra aferente (VIII) PA Cílios em repouso Em: -50mV Entrada passiva de K K 12 IMPRIMIR A membrana basilar tem organização tonotópica 13 IMPRIMIR (Projeção homo e contralateral) Receptores Ciliados Neurônios Aferentes VIII Núcleos Cocleares Oliva Superior TALAMO Coliculo Inferior CÓRTEX AUDITIVO LOCALIZAÇAO DA FONTE SONORA Comparando intensidade Tempo de chegada num ouvido e outro A oliva superior de cada a do recebe sinais de ambos os ouvidos e assim está habilitada para fazer comparações de intensidade e tempo de chegada do som. É isso que nos possibilita o som estéreo. 15 imprimir C. Auditivo esquerdo Cóclea N. Geniculado Medial do tálamo Colículo Inferior N. Olivares Superiores N. cocleares Fibras Auditivas C. Auditivo direito A via auditiva central tem projeção bilateral em toda a sua extensão. Núcleos olivares: localização das fontes sonoras Colículo Inferior: organização dos reflexos de orientação da cabeça em resposta ao som. Córtex auditivo: inicio do processo de percepção sonora 16 IMPRIMIR Toda a via auditiva tem uma representação tonotópica (bilateral) da membrana basilar, até a área de projeção no córtex auditivo primário (lobo temporal). O córtex auditivo possui um mapa de representação colunar das freqüências sonoras. Córtex auditivo primário (A1) Ativado por todos os sons Córtex auditivo secundário Ativado apenas por sons da linguagem falada, os fonemas Área de Werneck Área de associação sensorial: compreensão das palavras não só ouvidas mas lidas. CORTEX AUDITIVO 17 imprimir Fonemas: blocos unitários de sons que formam as palavras. 6 meses de idade: identificação de sons familiares e ignorar aqueles que não fazem parte da cultura. É por isso que os japoneses pronunciam bassora, ao invés de vassoura... chirubia, ao invés de Silvia.... iaranja, ao invés de laranja Áreas cerebrais envolvidas com a Linguagem A) COMPREENSÃO Área auditiva primária e secundária Área de Werneck Situada posteriormente ao córtex auditivo, está relacionada com a COMPREENSÃO da linguagem falada. Giro angular Transforma as palavras ouvidas, lidas e tateadas em um único código de linguagem. A linguagem é apenas uma das formas de comunicação animal. Como o uso das mãos para a construção de ferramentas, a linguagem humana é uma característica exclusiva. B) EXPRESSÃO Área motora primaria Área de Broca Situada anteriormente a área motora que controla a face, lábios e a língua, está relacionada com a EXPRESSÃO da linguagem falada Essa luz nos olhos teus... Essa luz nos olhos teus... Essa luz nos olhos teus... Lá, lá, lá, lá, lá.... INTERESSE CLINICO PRINCIPAIS CAUSAS DA PERDA DE FUNÇÃO AUDITIVA SONS INTENSOS (acima de 120dB) Rompimento do tímpano, lesões ossiculares e da membrana basilar INFECÇÕES Otite media e interna INTOXICAÇOES MEDICAMENTOSAS Antibióticos (envenenam os cílios) IDADE Desgaste natural do sistema de transmissão óssea, morte de células sensoriais Descrição do som dB W/m2 Limiar de dor 130 101 Show de rock 120 100 Britadeira de rua 100 10-1 Rua com muto transito 80 10-2 Estações e aeroportos 60 10-4 Grande loja 50 10-6 Auditório cheio 40 10-18 Igreja vazia 20 10-10 Limiar de audibilidade 0 10-12 CONDUÇÃO Problemas na transmissão do som que vai canal auditivo externo até o limite com o ouvido interno. Obstrução por acúmulo de cera ou por objetos introduzidos no canal do ouvido. Perfuração ou outro dano causado no tímpano. Infecção no ouvido médio. Infecção, lesão ou fixação dos ossiculos. 2) PERCEPÇÃO ou neurossensorial Problemas no mecanismo transduçâo e nas vias auditivas (cóclea até o cérebro). Ruído intenso (>75 decibéis). Máquinas industriais, armas de fogo, motocicletas, máquinas de cortar grama, música em volume alto, estouro de foguetes. Infecções bacterianas e virais, especialmente rubéola, caxumba e meningite, podem causar surdez de percepção. Medicamentos como antibióticos Idade. A perda auditiva gradual devido ao fator idade, denominada presbiacusia, é uma ocorrência quase habitual nos idosos. Surdez congênita. Variações de pressão no líquido do ouvido interno pode ocasionar perda gradativa da audição Tumores benignos e malignos que atingem o ouvido interno ou a área entre o ouvido interno e o cérebro Tipos de surdez Veja o exame normal dos nervos cranial VIII par O aparelhos auditivo 1. Microfone - coleta as ondas sonoras, convertendo-as em impulsos elétricos. 2. Circuito Interno - O circuito interno recebe os impulsos elétricos do microfone, modificando-os com o nível e o tipo de amplificação necessários. 3. Receptor - O receptor converte os impulsos elétricos de volta em energia acústica (i.e., ondas sonoras), transportando-as ao canal do ouvido. 4. Pilha - Uma pilha do tipo zinco-ar contém partículas carregadas que fornecem energia aos demais componentes do aparelho auditivo.
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