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1 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS – UNIFIMES 
CURSO DE MEDICINA 
TUTORIA – 3ª ETAPA 
UNIDADE II 
 
 
 
 
SP3 – TUDO MUITO BEM DOCUMENTADO 
 
 
 
Daniela Alves Messac 
Daniel Lopes de Oliveira 
Geovana Raquel Costa Queiroz 
Iara R. Tosta 
Izadora Oliveira Franco 
Jully Faria Monteiro 
Laura Toledo Lopes 
Luciana Amaral Garcia 
Nathália Luiza Coelho 
Vitória Pacheco Mendes 
 
 
 
 
 
 
 
TRINDADE 
2020 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1. OBJETIVOS ..................................................................................................03 
2. DISCUSSÃO ..................................................................................................04 
2.1 Descrever as estruturas e mecanismos responsáveis pelo sentido da audição e 
equilíbrio....................................................................................................................................04 
2.2 Citar as causas mais prevalentes de perda auditiva e as possíveis medidas de 
prevenção...................................................................................................................................10 
2.3 Reconhecer os efeitos do ruído ocupacional na gênese da perda auditiva...............................12 
2.4 Identificar os métodos diagnósticos clínicos e completares disponíveis para avaliação da 
acuidade auditiva e equilíbrio (Audiometria tonal e vocal, imitanciometria e teste de 
romberg)....................................................................................................................................13 
2.5 Discutir o impacto psicossocial da perda auditiva.................................................................14 
2.6 Identificar os aspectos epidemiológicos e legais das doenças relacionados ao 
ruído..........................................................................................................................................14 
3. CONCLUSÃO ...............................................................................................16 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1. OBJETIVOS 
 
 Descrever as estruturas e os mecanismos responsáveis pelo sentido audição e 
equilíbrio. 
 
 Citar as causas mais prevalentes de perda auditiva e as possíveis medidas de 
prevenção. 
 
 Reconhecer o efeito do ruído ocupacional na gênese da perda auditiva. 
 
 Identificar os métodos diagnósticos clínicos e complementares disponíveis para 
avaliação da acuidade auditiva e equilíbrio (Audiometria tonal e vocal, 
imitanciometria e teste de romberg). 
 
 Discutir o impacto psicossocial da perda auditiva. 
 
 Identificar os aspectos epidemiológicos e legais das doenças relacionados ao 
ruído. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2. DISCUSSÃO 
2.1 Descrever as estruturas e os mecanismos responsáveis pelo sentido 
audição e equilíbrio. 
 
 AUDIÇÃO; 
A audição envolve a transdução e ondas sonoras que iram se propagar em 
forma de energia elétrica, a qual vai ser transmitida ao sistema nervoso através da via 
auditiva que veremos no decorrer do trabalho. Dessa forma, a orelha humana é sensível 
a tons entre 20 e 20.000 Hz, sendo que 1000Hz valem respectivamente 0Db. O som é 
produzido por ondas de compressão e ondas de descompressão, ou seja, ondas com 
intensidade e amplitude que aumentam e diminuem para uma melhor capitação do som. 
Diante disso, para um melhor entendimento do ouvido converter ondas sonoras 
do ar em impulsos elétricos que podem ser interpretados pelo cérebro veremos a parte 
anatômica da audição. 
 ANATOMIA: 
Orelha Externa: composta pelo pavilhão auricular e o canal auditivo externo; é 
responsável por dirigir as ondas sonoras para o canal auditivo e é preenchida por ar. 
Orelha Média: composta pela membrana timpânica e pela cadeia de ossículos 
auditiva (martelo, bigorna, estribo); também é preenchida por ar. 
Orelha Interna: composta pelo labirinto ósseo e pelo labirinto membranoso. O 
ósseo é formado por três canais semicirculares (lateral, posterior e superior) e dois 
órgãos otolíticos (utrículo e sáculo). Já o membranoso é composto por uma série de 
ductos (rampa vestibular e timpânica que são revestidas pela perilinfa, e a rampa média 
que é revestida pela endolinfa); essa diferente da orelha externa e média é preenchida 
por líquido. Dentro da orelha interna ainda pode-se encontrar a cóclea e dentro dela o 
órgão de corti que são essenciais para a audição 
Cóclea: formada pelos labirintos ósseo e membranoso; tem estrutura espiralada 
composta por três canais ou ductos tubulares; e é na cóclea que o órgão de Corti se 
encontra. 
Órgão de Corti: é situada sobre a membrana basilar da cóclea sendo banhado 
pela endolinfa, contém as células receptoras e o sítio de transdução, sendo dois tipos de 
receptores: células ciliadas internas e células ciliadas externas. Além disso, possuem 
5 
 
ainda fibras nervosas que estão contidas no nervo vestíbulo-coclear NC (VIII), essas 
transmitem a informação das células ciliadas auditivas para o SNC. 
Para uma melhor visualização da parte anatômica da audição (FIGURA 1) 
veremos na seguinte imagem a divisão de orelha externa, média e interna: 
 
Disponível em Netter interactive atlas 
Figura 01: visão anterior do ouvido direito 
 TRANSDUÇÃO AUDITIVA: 
A fase pré-transdução consiste nas ondas sonoras se dirigindo à membrana 
timpânica e, conforme essa vibra os ossículos também vibram e o estribo é empurrado 
para dentro da janela oval. Esse movimento desloca o líquido da cóclea e então começa 
a transdução. Dessa forma, o mecanismo de transdução é ressaltado pelo ouvido o qual 
converte ondas sonoras do ar em impulsos elétricos que podem ser interpretados pelo 
cérebro. 
Assim que o som entra no ouvido passa através do canal auditivo externo e 
atinge a membrana timpânica, a qual vibra de diferentes formas em resposta do som e 
suas respectivas características de frequência e amplitude. Por exemplo, um som grave 
possui uma baixa frequência, ou seja, gerará na membrana timpânica uma vibração 
6 
 
lenta. Um som grave possui uma alta frequência logo terá uma vibração rápida na 
membrana timpânica. 
A membrana timpânica é em forma de uma concha e é articulada pela cadeia de 
ossículos martelo, bigorna e estribo (FIGURA 02). Os movimentos da membrana do 
tímpano vibram os ossículos passando informações de frequência e amplitude. Vale 
ressaltar que esses três ossículos seguem o eixo pivotal, o qual e devido aos ligamentos 
anterior e posterior que mantém os ossos no lugar na cavidade do ouvido médio. 
Seguindo a transdução, através dos ossículos as vibrações são transmitidas para 
a placa base do estribo, essas vibrações causam movimento igual de um pistão no osso 
labirinto. O labirinto é cheio de um fluído chamado perilinfa, devido a flexibilidade da 
membrana chamada janela redonda os movimentos do estribo podem-se propagar no 
fluído dentro do labirinto através da janela oval (fica ligado no estribo). 
 
Figura 02: membrana timpânica e ossículos 
Logo em seguida as vibrações se propagam para a parte espiral chamada 
cóclea, essas vibrações partem da janela oval, passam pela espiral e voltam para aa 
janela redonda. Na cóclea, a porção que as vibrações sobem é chamada de escala 
vestibular, a porção descendente é chamada de escala timpânica (FIGURA 03). A escala 
média situa-se entre as duas camadas e é divida em membrana tectônica e membrana 
basilar (a qual esta situada o órgão de Corti). 
As membranas são flexíveis e movem em respostas às vibrações que vieram das 
escalas vestibulares e timpânica, permitindo as vibrações passarem entre elas. Uma 
estrutura especializada chamada órgão de Corti é situada na membrana basilar, quando a 
membrana basilar vibra estimula o órgão de Corti que enviaimpulsos nervosos ao 
cérebro através do nervo coclear. Os impulsos nervosos são gerados por células 
especializadas dentro do órgão de Corti chamadas células ciliares (FIGURA 04). As 
células ciliares são cobertas pela membrana tectônica, assim que a membrana basilar 
7 
 
vibra minúsculos cílios encostam-se à membrana tectorial, disparando impulsos 
elétricos das células ciliares. A membrana basilar não vibra simultaneamente, invés 
disso áreas especifica ao longo da membrana vibram em respostas de diferentes 
frequências sonoras. 
 
Figura 03: cóclea membrana vestibular e timpânica 
Sobre as células ciliares vale que os cílios menores se inclinam aos cílios 
maiores (quinocílios), isso devido à membrana basilar subir, gerando assim uma 
depolarização, pois entre os cílios há uma abertura dos canis de potássio, seguido 
acontecido a descida da membrana basilar, a qual leva os cílios para a direita, os 
maiores cílios sobre os menores. Assim gera uma repolarização, ou seja, como 
vinculados nos livros uma hiperpolarização, devido a abertura dos canais de cálcio, o 
qual libera o neurotransmissor glutamato que gera um potencial de ação nos nervos 
cocleares e tendo assim a transdução e sua ligação ao sistema nervoso central. 
 
 
 Figura 04: órgão de Corti e as células ciliadas. 
8 
 
 VIA AUDITIVA: 
A via auditiva possui duas peculiaridades em suas características entre elas: 
muitas fibras homolaterais, de forma que cada área auditiva situada no giro temporal 
transverso anterior receba impulsos originados da cóclea do seu próprio lado e do lado 
oposto, tornando impossível a perda auditiva com lesões de apenas uma área auditiva. 
Além disso, possui grande numero de núcleos relés, sendo quatro ou mais. 
Resumidamente as peculiaridades são: 
a) Possui grande numero de fibras homolaterais; 
b) Grande número de núcleos relés (núcleos específicos). 
Receptores: são os cílios das células sensórias no órgão de Corti, esta vibra em 
consonância com a membrana do tímpano, ativando os cílios e originando potenciais de 
ação que seguem pelas vias auditivas. 
Neurônio I: o primeiro neurônio localiza-se no gânglio espiral da cóclea, é 
bipolar, e possuem dois prolongamentos, o periférico que vai de encontra às células 
ciliadas do órgão de Corti, e o prolongamento central que forma a porção coclear do 
nervo vestibulococlear, terminando na ponte, onde faz sinapse com o segundo neurônio. 
Neurônio II: o segundo neurônio, que se encontram nos núcleos cocleares dorsal 
e ventral, tem axônios que se cruzam para o lado oposto formando o corpo trapezoide. 
Feito isso, contornam o complexo olivar superior e segue em direção ao colículo 
inferior, formando no caminho o lemnisco lateral. São as fibras desse lemnisco que vão 
fazer a sinapse com o neurônio III. 
Neurônio III: o terceiro neurônio, localizado no conículo inferior, tem axônios 
que se seguem ao corpo geniculado medial, passando pelo braço do conículo inferior. 
Neurônio IV: o quarto neurônio localiza-se no corpo geniculado medial, é 
organizado tonotopicamente, ou seja, impulsos nervosos relacionados com tons de 
determinadas frequências seguem caminhos específicos ao longo da via, projetando-se 
para partes específicas da área auditiva. Seus axônios formam a radiação auditiva que 
vai de encontro ao giro temporal transverso anterior. 
 EQUILÍBRIO: 
O equilíbrio é dividido em estático e dinâmico, e são compostos pela 
integração do sistema motor, sensibilidade proprioceptiva, visão, cerebelo e sistema 
9 
 
vestibular. Para falarmos de equilíbrio temos que falar sobre a orelha interna a qual se 
localiza na porção petrosa do osso temporal, recebe terminações nervosas do nervo 
coclear e vestibular, sendo parte essencial dos órgãos da audição do equilíbrio. 
O labirinto membranoso (endolinfatico) possui entre as suas principais partes o 
ducto coclear, utrículo, sáculo, três ductos semicirculares e suas ampolas. 
Para um melhor entendimento do sistema vestibular temos que diferenciar as 
duas vesículas utrículo e sáculo. O utrículo apresenta maiores dimensões quando 
comparado ao sáculo, localizando-se na região superior do vestíbulo. Existe uma 
diminuta área de revestimento do sáculo e do utrículo que se diferencia em órgão 
sensorial, conhecida como mácula. O sáculo possui a rágata, a qual esta vinculada no 
plano vertical e molda-se no equilíbrio em decúbito. Já o utrículo possui a lápilus, a qual 
fica na superfície inferior do utrículo e molda a orientação da cabeça ereta. 
 
 VIA VESTIBULAR CONSCIENTE E INCONSCIENTE: 
Receptores vestibulares: são os cílios de células sensoriais situadas na parte 
vestibular do ouvido interno em contato com a endolinfa. Na parte anatômica, 
distinguem-se na parte vestibular dois conjuntos de estruturas o utrículo, sáculo e os 
canais semicirculares. Dessa forma, os receptores estão situados no utrículo e no sáculo 
no epitélio sensorial conhecido como mácula (FIGURA 05) 
Neurônio I: são células bipolares que esta no gânglio vestibular. Seus 
prolongamentos periféricos pequenos ligam-se aos receptores e os prolongamentos 
centrais constituem o local vestibular do nervo vestibulococlear, a qual as fibras fazem 
sinapse com os neurônios II. 
Neurônio II: se localiza nos núcleos vestibulares e possuem dois trajetos os 
quais são: 
a) Via inconsciente: o axônio do neurônio II dos núcleos vestibulares 
forma o fascículo vestibulocerebelar, que ganha o córtex do 
vestibulocerebelo, exceção a alguma fibras que vão diretamente ao 
cerebelo. 
b) Via consciente: possuem algumas controvérsias quanto à trajetória da 
via, embora a existência de um relé talâmico (núcleos específicos). 
Resumidamente, conexões entre os núcleos e o córtex cerebral. 
 
10 
 
 
 Fonte: Netter, atlas de anatomia humana, 2000 lamina 90 
Figura 05: Labirinto membranáceo com nervos vista póstero- medial 
 
 
 
2.2 Citar as causas mais prevalentes de perda auditiva e as possíveis medidas 
de prevenção. 
A perda auditiva pode ocorrer de diversas formas, as quais podem ser 
desencadeantes entre elas a causas genéticas, congênitas ou adquiridas de doenças, 
traumas e uso de medicamentos. 
O tempo de exposição e a quantidade de decibéis (dB) são também uma forma 
acarretadora da perda auditiva (FIGURA 06). É possível classificar a deficiência 
auditiva de acordo com o grau de perda da audição, avaliada em decibéis. A audição é 
considerada normal até 25dB; nos casos de perda entre 26 e 40dB a surdez manifesta-se 
como leve, moderada entre 41 e 55dB, moderadamente severa entre 56 e 70dB e severa 
entre 70 e 90dB. 
11 
 
 
 Figura 06: Limite de tolerância para ruído contínuo. 
Dessa forma, o déficit auditivo ele pode ser obtivo através de resultados de dano na 
orelha externa, media ou interna que gera perda auditiva condutiva leve ou moderada e 
perda auditiva neurossensorial moderada ou profunda respectivamente. 
Entra as principais causas da perda auditiva podemos levantar: 
a) Doença infecto-contagiosas como: toxoplasmose, sífilis, rubéola, herpes e 
citomegalovírus; 
b) Perda auditiva adquirida após o parto relaciona-se a infecções como meningite, 
sarampo e caxumba; 
c) Alcoolismo e uso de drogas; 
d) Uso de medicamentos ototóxicos como os aminoglicosídeos; 
e) Diabetes e hipertensão; 
Podemos classificar a perda auditiva como foi discutido em perda auditiva 
condutora e perda auditiva neurossensorial. A perda auditiva condutora ela ocorre em 
decorrência de danos na orelha externa ou média, a qual não pode conduzir o som 
adequadamente. A perda auditiva neurossensorial acomete as células ciliadas que estão 
na cóclea que resulta em uma ausência ou danificação, entre as principais causas temos: 
fator genético, traumatismo craniano, ruído alto e o envelhecimento. 
12 
 
Entre as ações de prevenção as empresas precisam obter, segundo as NormasRegulamentadoras do Ministério do Trabalho, um Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais (PPRA-NR9). A finalidade é controlar o ruído e a exposição à fonte. Além 
disso, também é efetivo reduzir a jornada de trabalho e estabelecer pausas ou mudança 
de função do funcionário. 
Logo, as ações de prevenção devem priorizar ambientes de trabalho que estão 
presentes os ruídos. Os limites de exposição devem ser respeitados, e as empresas 
precisam seguir programas de prevenção e controle de riscos, os quais são fiscalizados 
pelo Ministério do Trabalho, por meio das Delegacias Regionais do Trabalho. 
2.3 Reconhecer o efeito do ruído ocupacional na gênese da perda auditiva. 
A perda auditiva induzida por ruído (PAIR) é responsável pela degeneração 
das células ciliadas do órgão de corti, localizados no ouvido interno, sendo que não há 
um tratamento eficaz, pois, a PAIR possui como característica a de ser progressiva e 
quando interrompida não possui capacidade de retornar como era antes, e isso ocorre, 
pois ela é neurossensorial. Além disso, geralmente ela é bilateral, ou seja, a perda 
auditiva ocorre de forma similar nos dois ouvidos do paciente. A perda tem início e 
predomínio nas frequências de 3,4 ou 6 kHz, progredindo para 8, 2, 1, 0,5 e 0,25 kHz. 
Dentre as principais características do PAIR podemos citar como esta 
vinculada no material do Ministério da Saúde, Protocolo de perda auditiva, a qual 
salienta: 
‘‘ Ser sempre neurossensorial, uma vez que a lesão é no órgão de Corti da 
orelha interna; Ser geralmente bilateral, com padrões similares. Em algumas 
situações, observam-se diferenças entre os graus deperda das orelhas; 
Geralmente, não produzir perda maior que 40dB nas frequências baixas e que 
75dB(NA) nas altas; A sua progressão cessa com o fim da exposição ao ruído 
intenso; A presença de Pair não torna a orelha mais sensível ao ruído; à 
medida que aumenta o limiar, a progressão da perda se dá de forma mais 
lenta e a perda tem seu início e predomínio nas frequências de 3, 4 ou 6 kHz, 
progredindo, posteriormente, para 8, 2, 1, 0,5 e 0,25 kHz. ’’ 
 
 Portanto, ao longo prazo, os sintomas característicos da exposição aos ruídos 
intensos por longo prazo começam a aparecer, são eles: perda auditiva, zumbido, 
13 
 
intolerância a sons intensos, cefaleia, tontura, irritabilidade, problemas digestivos e 
dificuldade na compreensão da fala, dentre outros. 
2.4 Identificar os métodos diagnósticos clínicos e complementares disponíveis 
para avaliação da acuidade auditiva e equilíbrio (Audiometria tonal e 
vocal, imitanciometria e teste de romberg). 
Os métodos diagnósticos estudados podem ressaltar a audiometria tonal, a qual 
visa fixar o limiar da audição em diferentes frequências sonoras. O exame deve ser 
realizado em câmaras silenciosas e de maneira rápida para evitar cansaço e adaptação 
auditiva. As curvas audiométricas são classificadas de acordo com as disacusias, em três 
tipos: neurossensorial, transmissão e mista. 
A audiometria vocal está vinculada em avaliar a capacidade do paciente para a 
compreensão da fala e possui como principal objetivo detectar o limiar de recepção e do 
índice do reconhecimento da fala. 
Agora já a Imitanciometria mede a impedância da orelha média. A 
impedânciometria ajuda na identificação de variações na movimentação da membrana 
do tímpano, rupturas e fixações da cadeia de ossos, reflexos do músculo do estribo e 
presença de líquidos na caixa timpânica. Possui como principal objetivo detectar a 
complacência, flacidez e rigidez da membrana timpânica. Na imitanciometria temos três 
tipos de teste: 
1. Timpanometria que averigua a resistência da membrana timpânica; 
2. Teste do reflexo acústico através de alguns sons de intensidade alta e fixa 
verá as respostas dos músculos do ouvido; 
3. Teste do decaimento do reflexo acústico é feito através de alguns sons de 
intensidade variável verá mudanças da complacência (rigidez/ flacidez da 
membrana) 
O teste de Romberg é utilizado para a avaliação do equilíbrio estático, ou seja, 
as possíveis alterações no equilíbrio estático. Esse teste é feito da seguinte forma, o 
examinador pedirá para o paciente em repouso e em pé, ficar com os pés ligeiramente 
afastados com uma distancia de um pé, por volta de 7cm entre os dois pés. No primeiro 
momento o paciente ficara com os olhos abertos e seguidamente fechados e o 
examinador observará o equilíbrio estático do paciente. 
 
 
14 
 
2.5 Discutir o impacto psicossocial da perda auditiva. 
A audição é um dos sentidos do corpo capaz de receber o som e 
consequentemente a capacidade de ouvir e processar o som. A perda desse sentido gera 
diversos impactos e entre eles os psicossociais. É imprescindível relatar que devido à 
importância da audição nas interações que o indivíduo realiza com os outros e o 
ambiente em que vive, pode se considerar que a perda auditiva pode interferir em sua 
autoestima, na motivação e na eficácia no desenvolvimento do trabalho. 
Dessa forma, o indivíduo passa a ter dificuldades de diálogo, tendo por 
consequência dificuldade de participar de encontros, reuniões, festas e outras 
manifestações públicas; além disso, se vê limitado do prazer de atividades cotidianas 
como ouvir televisão, rádio e telefone. Por essas razões, fazem-se tão importantes as 
medidas de prevenção e intervenção em saúde, para que os indivíduos não percam sua 
capacidade de ouvir - e pelo ouvir, ter qualidade de vida- seja na infância, vida adulta, 
ou na velhice. 
A perda auditiva na infância acarreta diversas consequências e com um 
diagnostico precoce possibilita intervenções mais efetivas no sentido de recuperar a 
audição, o que permite uma integração social do individuo semelhante à de outras 
crianças sem problemas na audição. 
Entre os impactos mais comuns na infância podem-se citar as desvantagens em 
atividades de expressão da língua e compressão; possíveis prejuízos nas relações 
sociais; na autoestima e no desenvolvimento global do individuo. 
 
2.6 Identificar os aspectos epidemiológicos e legais das doenças relacionados ao 
ruído. 
Os aspectos legais relacionados ao ruído vale salientar sobre as Normas 
Regulamentadoras (NRs), regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos 
obrigatórios relacionados à segurança e saúde do trabalhador. Essas normas são citadas 
no Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho. A norma 
regulamentadora seis (NRs 6) ela visa sobre os EPIs (equipamentos de proteção 
individual), a qual todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo 
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde 
no trabalho. 
A norma regulamentadora sete (NRs 7) estabelece a obrigatoriedade de 
elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que 
15 
 
admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO), com o objetivo de promoção e preservação da saúde do 
conjunto dos seus trabalhadores. 
A norma regulamentadora nove (NRs 9) estabelece a obrigatoriedade da 
elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que 
admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais (PPRA), visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, 
através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência 
de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo 
em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
Sobre o aspecto epidemiológico os possíveis dados sobre a perda auditiva são 
escassos como vinculado pelo ministério da saúde no protocolo do PAIR. Sendo assim, 
os dados são em pequena quantidade e referentes a determinado ramos de atividades, e 
sendo assim, não caracterizando a real situação por registros. Entretanto, estima-se que25% da população trabalhista no Brasil possua PAIR em algum grau. Apesar de ser 
pouco conhecido é o principal agravo à saúde do trabalhador reforçando assim a 
importância da notificação para tornar possível o conhecimento e tomar as ações de 
prevenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
3. CONCLUSÃO 
 
Portanto, esse relatório abordou aspectos estruturais e os mecanismos da 
audição e do equilíbrio. Relatou que o som é produzido por ondas de compreensão 
(aumento) e por ondas de descompressão (diminuição). 
Na anatomia da audição saliento a divisão da orelha externa, média e interna 
composta pelo labirinto ósseo e o membranoso. As questões do equilíbrio vêm a 
princípio, que é dividido em estático e dinâmico, e são compostos pela integração do 
sistema motor, sensibilidade proprioceptiva, visão, cerebelo e sistema vestibular. 
Na neurologia da audição e do equilíbrio ressaltamos a via auditiva a qual 
possui duas peculiaridades em suas características entre elas: muitas fibras 
homolaterais, assim cada área auditiva do córtex recebe impulsos originados na cóclea 
do mesmo lado e uma outra particularidade possuem um grande numero de núcleos 
relés. 
Discutimos sobre as possíveis causas geradoras da perda auditiva como 
possíveis medicamentos e as possíveis consequências psicossocial ao paciente com 
perda auditiva. Relatamos também sobre aspectos epidemiológicos e legais diante das 
normas regulamentadoras seis, sete e nove. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Ações Programáticas Estratégicas. Perda auditiva induzida por ruído (Pair). 
Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2006. 
 
2. GATTO, C. I.; TOCHETTO, T. M.. Deficiência auditiva infantil: implicações 
e soluções. Revista Cefac, v. 9, n. 1, p. 110-115, 2007. Disponível em 
<http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v9n1/v9n1a12> Acesso em: 14 de junho de 
2020 
 
3. GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 13ª. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier. 
 
4. HOLANDA, W. T. G.; LIMA, M. L. C.; FIGUEIROA, J. N. Adaptação 
transcultural de um instrumento de avaliação do handicap auditivo para 
portadores de perda auditiva induzida pelo ruído ocupacional. Ciênc. saúde 
coletiva. Rio de Janeiro, v. 16, supl. 1, p. 755-767, 2011. Disponível em : 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232011000700006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em : 15 de junho de 2020 
 
5. MACHADO, Angelo; HAERTEL, Lucia Machado; Neuroanatomia Funcional. 
3. Ed, Atheneu. 
 
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