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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA CONTROLE MICROBIOLÓGICO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL ISA COSTA PORDEUS ISABEL FERREIRA BONFIM RHAYRA KALLINI AGUIAR PAMPLONA RIOS RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 2 CONTAGEM DE MICRORGANISMOS POR PLAQUEAMENTO EM SUPERFÍCIE BARRA 2019 ISA COSTA PORDEUS ISABEL FERREIRA BONFIM RHAYRA KALLINI AGUIAR PAMPLONA RIOS RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 2 CONTAGEM DE MICRORGANISMOS POR PLAQUEAMENTO EM SUPERFÍCIE DISCIPLINA: CONTROLE MICROBIOLÓGICO DE POA DOCENTE: Prof.ª Drª. Beatriz da Silva Frasão BARRA 2019 Relatório apresentado ao componente Controle Microbiológico de POA como requisito parcial para aprovação. 1. INTRODUÇÃO Os métodos de contagem de microrganismos, quando aplicados aos alimentos, são formas de analisar se durante o processamento, armazenamento, comercialização e preparo todas as medidas de sanidade foram tomadas para garantir a segurança em seu consumo (FRANCO; LANDGRAF, 2008). A contagem em placas, por exemplo, é uma metodologia habitual nos laboratórios para medir as populações bacterianas, esta considera que cada bactéria, através do crescimento exponencial, pode originar uma colônia. Unidade Formadora de Colônia (UFC) é a unidade de medida utilizada para estimar o número de microrganismos com capacidade de se multiplicar por grama ou mililitros de amostra. A técnica se baseia em inocular em placas de petri pequenas quantidades da amostra homogeneizada e diluída de forma seriada. A diluição seriada (onde a diluição anterior será fonte da amostra para a próxima) evita que uma célula impossibilite o crescimento de outra, garantindo que nas placas cresçam uma quantidade de colônias adequada para contagem, geralmente entre 25 a 250 colônias (TORTORA, 2010). Segundo Franco & Landgraf (2008), a contagem em placas convencional pode ser realizada de duas maneiras, a primeira é chamada de “Plaqueamento em superfície” ou “Spread-plate”, quando uma pequena quantidade de amostra liquida é inoculada em placa sobre o meio solidificado. Na segunda, denominada “Pour-plate” ou “Plaqueamento em profundidade”, primeiro é adicionada a amostra e depois o meio de cultura ainda liquido, aguardando que este solidifique antes que seja realizada a incubação em estufa. A seleção do meio e de critérios como tempo, temperatura e atmosfera de incubação é baseada nas necessidades do microrganismo que se deseja identificar. Com esta pratica objetivou-se contar o número de Unidades Formadoras de Colônia por ml de uma amostra de leite e com isso entender como é realizada a técnica de Contagem de Microrganismos por Plaqueamento em Superfície. 2. MATERIAIS Placa de petri com Ágar PCA solidificado Leite Solução salina Bastão de hóquei Tudo de ensaio e erlenmeyer Caneta marcadora Estufa Pipeta volumétrica e pêra de sucção Pipeta automática Lamparina Estante para tubo de ensaio 3. METODOLOGIA Primeiramente foi feita a higienização da bancada com álcool 70° e a organização dos matérias sobre a mesma para, então, se iniciar a primeira etapa da técnica, a diluição seriada. Com auxílio da pipeta volumétrica e da pera de sucção foram retirados 10ml de leite, armazenado por mais de vinte dias após ter passado por pasteurização lenta, e adicionado no erlenmeyer contendo 90ml de solução salina, a mistura foi homogeneizada, sendo esta a diluição 10-1. Da primeira diluição (10-1) foi retirado 1ml e adicionado ao primeiro tubo contendo 9ml de solução salina, resultando na diluição 10-2. O processo foi repetido mais duas vezes produzindo-se as diluições 10-3 e 10-4, sendo a diluição anterior a fonte da amostra para a próxima. Todos os tubos foram identificados com o fator de diluição correspondente. Ao fim do preparo das diluições foi feito o plaqueamento em superfície que consistiu em, com a pipeta automática, depositar 0,1ml de cada diluição em diferentes placas de Petri contendo Ágar PCA solidificado, atentando-se sempre para que a amostra fosse inoculada no centro da placa e evitando que a ponteira entrasse com contato com o meio. Com o bastão de hóquei o conteúdo foi espalhado uniformemente sobre o ágar, as placas foram marcadas com o número correspondente ao da diluição que foi adicionada, sendo elas 10- 1, 10-2, 10-3, 10-4 (a placa 10-3 foi feita em duplicata), estas foram tampadas. Esperou-se um tempo para que o liquido fosse absorvido pelo meio de cultura, então as placas foram invertidas e levadas a estufa a 37°C por 24 horas, após as quais foram verificadas, constatando-se o crescimento em todas. Para contagem das unidades formadoras de colônias (UFC) foi utilizado uma caneta marcadora para demarcá-las. Todo procedimento foi feito de forma asséptica (esterilização e manipulação dos materiais dentro da área de segurança fornecida pela chama da lamparina) para que não houvesse contaminação em qualquer etapa, assim assegurando um resultado final confiável, além de manter a segurança de quem executou a prática. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para avaliação do resultado considerou-se apenas a placa inoculada com diluição 10-4, que apresentou formação de 101 colônias após 24 horas de incubação a 37oC. Assim sendo: 101𝑥104 = 1,01𝑥106 UFC/ml. As demais placas inoculadas com as diluições 10-1, 10-2, 10-3 foram descartadas por apresentarem número de colônias superior a 250. Os métodos de contagem por plaqueamento são os mais tradicionais na análise de alimentos, pois permitem contagem de diversos tipos de microrganismos dependendo do material e técnica utilizados (FRANCO & LANDGRAF, 2008). Sendo empregado nesta prática o plaqueamento em superfície, que consiste em inocular, nesse caso, a diluição em um meio previamente preparado, sólido e estéril, indicado para contagem bacteriana e não seletivo, sendo assim não interferindo no crescimento das colônias do que pudesse estar presente no inoculo. Foi utilizado para as diluições uma amostra de leite comprado cru, pasteurizado em aula de forma lenta (por trinta minutos) e mantido refrigerado por vinte dias. Assim, o surgimento do grande número de colônias pode ser explicado pelo tempo, que ultrapassa o recomendado para consumo de um leite pasteurizado dessa forma. Além disso, o método de pasteurização utilizado tende a não ser tão eficiente como o industrial que é feito sob temperatura de até 150oC por segundos (UHT), desse modo bactérias não eliminadas no processo da pasteurização lenta começaram a se reproduzir formando as colônias. 5. CONCLUSÃO Conclui-se que o método é eficaz para enumeração de microrganismos se as técnicas forem empregadas de forma correta e seguindo todas as medidas de segurança. No mais, a análise feita demonstra que a amostra estava contaminada com microrganismos, porém não é suficiente para determinar se os mesmos são patogênicos ou não. 6. REFERÊNCIAS FRANCO, B.D.G.M.; LANDGRAF, M. Microbiologia de alimentos. São Paulo: Atheneu, 2008. TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, CL. Microbiologia. 10. ed., Porto Alegre: Artmed, 2010.
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