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CAMPINA GRANDE 2018 UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT CURSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL COMPONENTE CURRICULAR: Técnicas Experimentais de Microbiologia Experimental PROFESSORA: Weruska Brasileiro Ferreira ATIVIDADES PRÁTICAS AULA VIII – CONTAGEM DE MICRORGANISMO AMANDA MYRNA DE MENESES E COSTA Matrícula: 162010010 LISTA DE FIGURAS Figura 2 – Técnicas spread plate e pour plate ........................................................................... 4 Figura 1 – Esgotamento por estrias ............................................................................................ 4 Figura 3 – Semeadura em gotas .................................................................................................. 5 Figura 3 – Membrana Filtrante (placa de Petri evidenciando a presença de E. coli) ................. 5 Figura 4 – Área de contagem da Câmara de Neubauer .............................................................. 6 Figura 5 – Detalhes da técnica de estriamento e placas de Petri com crescimento de culturas por essa técnica ............................................................................................................................... 10 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4 2. OBJETIVO .......................................................................................................................... 8 3. MATERIAIS UTILIZADOS ............................................................................................... 9 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................................ 10 4.1. Esgotamento por estrias .............................................................................................. 10 4.2. Técnica de spread plate ou espalhamento .................................................................. 10 4.3. Técnica de pour plate ou profundidade ...................................................................... 10 5. EXPERIMENTO PRÁTICO ............................................................................................. 12 5.1. Esgotamento por estrias .............................................................................................. 12 5.2. Técnica de spread plate ou espalhamento .................................................................. 12 5.3. Técnica de pour plate ou profundidade ...................................................................... 12 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 13 Referências ............................................................................................................................... 14 4 1. INTRODUÇÃO Para realizar análises precisas e atingir os objetivos por ela propostos, muitas vezes é necessário não somente cultivar microrganismos presentes na amostra, mas também os quantificar. O método que permite a quantificação de microrganismos é o isolamento, onde seleciona-se e se obtêm culturas puras desses seres. As técnicas utilizadas para o isolamento de bactérias baseiam-se no crescimento seletivo dos microrganismos de interesse contidos em uma alíquota da amostra pelo emprego de meios sólidos ou líquidos que fornecem os nutrientes específicos para essas bactérias sob condições apropriadas e controladas de temperatura e tempo de incubação (CEBALLOS e DINIZ, 2017). Tais técnicas (de cultivo, isolamento e contagem) exigem a manipulação de amostras possivelmente contaminadas, além de vidrarias e meios esterilizados, assim como alguns equipamentos. Por isso deve-se seguir as recomendações de assepsia recomendadas. Além da técnica dos tubos múltiplos, também temos o cultivo por semeadura, que é realizado em meio sólido. A semeadura pode ser feita por estrias até o esgotamento para obter- se colônias isoladas, utilizando alças de platina. Também pode ser realizada por espalhamento (ou spread plate), onde uma alíquota da amostra é colocada sobre o meio e espalhada por toda superfície do mesmo; ou pela técnica de pour plate (ou profundidade), onde alíquotas da amostra são primeiro colocadas nas placas de Petri e logo após adiciona-se o meio e mistura-se ambos. Podemos observar a execução dessas técnicas nas Figuras 1 e 2 abaixo: Fonte: Google Imagens A semeadura também pode ser feita em gotas, dividindo-se a placa de Petri em três regiões, depositando-se duas gotas de cada diluição na superfície do meio respeitando as divisões feitas na placa, permitindo uma análise de maiores quantidades de diluições em menos placas. Figura 1 – Esgotamento por estrias Figura 2 – Técnicas spread plate e pour plate 5 Figura 3 – Semeadura em gotas Fonte: Google Imagens Ainda podemos citar a técnicas da membrana de filtração que permite a análise de grandes volumes da amostra, onde a mesma é filtrada por uma membrana de poros muito pequenos (entre 0,22 e 0,45 µm de diâmetro) geralmente com auxílio de uma bomba a vácuo conectada ao filtro ou uma rolha de silicone para facilitar a passagem da amostra pelos poros da membrana, retendo os microrganismos e sendo colocada sobre o meio de cultura sólido após a filtração. As bactérias se multiplicam localmente ao ficarem em contato com o meio. Figura 3 – Membrana Filtrante (placa de Petri evidenciando a presença de E. coli) Fonte: Google Imagens Na técnica de espalhamento todas as colônias se desenvolvem na superfície do meio sólido, facilitando sua visualização e contagem, além de permitir a fácil distinção entre os microrganismos desenvolvidos. Porém, deve-se tomar cuidado com a quantidade de amostra colocada sobre o meio, a fim de não encharcar a placa e promover um crescimento exacerbado das bactérias presentes. Já a técnica de pour plate permite a inoculação de volumes maiores, retendo as colônias dentro do ágar permitindo um crescimento lento e tamanho reduzido das colônias 6 Após o cultivo é necessário realizar a quantificação dos microrganismos que se desenvolveram, os métodos utilizados para isso variam entre a contagem direta, quantificação em tubos múltiplos, contagem em placas de Petri e quantificação pela técnica da membrana filtrante. A contagem direta no microscópio é feita geralmente com câmaras de Neubauer ou similares, que são calibradas, com a superfície de contagem quadriculada e de volume conhecido (0,1 mL). Esse volume é colocado na câmara coberta por uma lamínula que é levada à um microscópio óptico, onde se realiza a contagem. A quantificação deve ser feita através da contagem do número de células nas quatro áreas de maior quadriculado da câmara de Neubauer ou no quadrado central que possui mais divisões internas, como podemos ver na Figura 4. Figura 4 – Área de contagem da Câmara de Neubauer Fonte: Google Imagens Os números de células de cada área são contados separadamente e a quantificação das células é dada através da fórmula abaixo: 𝑁° 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎𝑠 . 𝑚𝐿−1 = 𝑁° 𝑑𝑒 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠 . 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑙𝑢𝑖çã𝑜 . 10000 𝑁° 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 A contagem realizada nas placas de Petri cultivada por espalhamento é semelhante à realizada naquelas cultivadas por profundidade. Após a incubação a contagem é feita a olho nu, com auxílio de uma lupa ou contador de colônias. Ao contar-se o número de colônias visível, deve-se multiplicar o mesmo pela diluição com a qual se está trabalhando, sendo o resultado final expresso em Unidades Formadoras de Colônia por mL (UFC.mL-1). 7 A quantificação de microrganismos pela técnica da membrana filtrante se dá da mesma forma que para as técnicas de espalhamento e de profundidade, com os resultados também expressos em UFC.mL-1. 8 2. OBJETIVO Familiarizar o estudante com uma das técnicas de contagem para avaliação do crescimento de bactérias. 9 3. MATERIAIS UTILIZADOS Vidrarias e equipamentos: – Placas de Petri; – Bico de Bunsen; – Pipetas graduadas de 1 mL; – Estufa; – Alças de platina e de Drigalski; Meios de cultura utilizados: – Ágar Nutriente. Observação: Os materiais utilizados para cultivo em meio sólido foram os mesmos para as técnicas de estriamento, espalhamento e profundidade, o que se alterou foi a alça utilizada nas técnicas de estriamento e espalhamento. Sendo utilizada na primeira a alça de platina e na segunda, a de Drigalski. 10 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4.1. Esgotamento por estrias Selecionar uma placa de Petri com a presença de colônias; Esterilizar a alça de platina na chama do Bico de Bunsen; Abrir a placa selecionada próximo à chama e flambar suavemente a parte superior da mesma; Resfriar a alça no vidro da placa e pegar cuidadosamente uma colônia presente no meio; Fechar a placa de Petri e, com a alça na mão, abrir uma outra Placa de Petri com o meio já solidificado, e executar o estriamento como mostrado na Figura 5; Fechar a placa, esterilizar a alça e incubar as placas estriadas invertidas na estufa. Figura 5 – Detalhes da técnica de estriamento e placas de Petri com crescimento de culturas por essa técnica Fonte: Google Imagens 4.2. Técnica de spread plate ou espalhamento Nessa técnica precisamos, primeiramente, colocar o meio de cultura na placa de Petri e esperar o mesmo solidificar; Feito isso, com uma pipeta estéril, retirar uma alíquota de 1 mL da amostra já homogeneizada, e colocar sobre a superfície do meio; Esterilizar a alça de Drigalski na chama, esperar esfriar e espalhar a alíquota sobre toda a superfície do meio; Fechar a placa e incubar em posição invertida na estufa. 4.3. Técnica de pour plate ou profundidade 11 Com uma pipeta estéril, transferir para uma placa de Petri também estéril 1 mL da amostra; Depositar o meio fundido na placa e misturar à amostra, agitando nos sentidos horário e anti-horário; Esperar solidificar e incubar em posição invertida na estufa. 12 5. EXPERIMENTO PRÁTICO 5.1. Esgotamento por estrias Seguindo os passos descritos no item 4.1., foram selecionadas placas de Petri que apresentaram crescimento de colônias de bactérias a serem isoladas. Com a alça de platina devidamente flambada, retirou-se uma quantidade suficiente de colônias dessa primeira placa e transferiu-se para uma segunda, já com o meio Ágar Nutriente solidificado. O estriamento foi realizado cuidadosamente para evitar rasgar o meio e em toda sua superfície. 5.2. Técnica de spread plate ou espalhamento Utilizando como amostra a água bruta coletada em poços próximos ao aterro sanitário de Campina Grande – PB que está sendo utilizada como objeto de estudo por uma das pesquisadoras do laboratório, realizamos os passos descritos no item 4.2.. Foi colocado sobre a superfície do meio Ágar Nutriente já solidificado uma alíquota de 1 mL da amostra, sendo espalhada com auxílio de uma alça de Drigalski devidamente esterilizada na chama do Bico de Bunsen. 5.3. Técnica de pour plate ou profundidade Realizado com a mesma amostra da técnica anterior, foi-se colocada uma alíquota de 1 mL com uma pipeta estéril, numa placa de Petri também esterilizada e sem meio de cultura. Logo após isso foi-se colocado cerca de 15 mL do meio de cultura Ágar Nutriente na placa, misturando-o com a amostra. Esperou-se esfriar para ocorrer a solidificação do meio. Observação: Nenhuma das placas inoculadas foram incubadas na estufa, pois a mesma estava em uso e não poderia ter sua temperatura alterada, já que se encontrava secando a biomassa de microalgas a uma temperatura de 55°C e para o cultivo de bactérias em geral utiliza-se temperaturas entre 35 e 36°C. 13 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Em um laboratório é necessário realizar o cultivo, isolamento e contagem de microrganismos. Nessa aula pudemos aprender técnicas utilizadas na realização dessas atividades. Para isolar culturas, realizamos a técnica de esgotamento com estrias, onde, através de uma cultura obtida de uma placa de Petri, esgotamos a mesma sobre a superfície do meio de cultura sólido em uma segunda placa com auxílio de uma alça de platina. Já as técnicas de cultivo em meio sólido exploradas na aula prática foram as de espalhamento e de profundidade. Na primeira, uma alíquota da amostra foi colocada sobre o meio e espalhada com a alça de Drigalski a fim de obter culturas com crescimento na superfície do meio. Na segunda técnica a alíquota foi colocada antes do meio de cultura, que já se encontrava preparado e fundido, o mesmo foi colocado sobre a amostra e misturado. As culturas obtidas por essa técnica crescem tanto na superfície quanto dentro do próprio meio. Não realizamos as contagens de microrganismos, pois a incubação na temperatura correta não foi possível, uma vez que a estufa estava em uso. 14 Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde – Funasa. Manual Prático de Análise de Água. Brasília: Funasa, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde – Funasa. Manual do Controle de Qualidade da Água para Técnicos que Trabalham em ETA’s. Brasília: Funasa, 2014. CEBALLOS, B. S. O., DINIZ, C. R. Técnicas de Microbiologia Sanitária e Ambiental. Campina Grande: EDUEPB, 2017.
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