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O Plano Trienal _ Jânio Quadros

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O Plano Trienal
Jânio Quadros Presidente da República criou uma grave instabilidade política quando renunciou em agosto de 1961, na ocasião o então Vice-Presidente João Goulart deveria assumir o cargo, no entanto, os militares opuseram-se à sua posse. A chamada campanha da Legalidade, liderada por Leonel Brizola defendia a posse de Jango.
Os parlamentares do Congresso Nacional se opuseram ao impedimento da posse de Jango e propôs a adoção do parlamentarismo no Brasil, assim o Presidente tomaria a posse preservando a ordem constitucional, esse sistema foi aprovado em 2 de dezembro de 1961 e no dia 08 desse mês Jango assumiu a presidência do país, sendo Tancredo Neves o 1º Ministro.
A economia no período estava em crise com altas taxas inflacionárias e grande endividamento interno e externo. Celso furtado, Ministro do Planejamento e San Tiago Dantas Ministro da Fazenda lançaram o Plano Trienal. Esse Plano pretendia controlar o déficit público e realizar reformas de base a fim de continuar o projeto desenvolvimentista iniciado durante o Plano de Metas.
O Plano Trienal – 1963/1965
O Plano Trienal apresentou graves problemas na consecução de seus objetivos e não e foi elaborado num ambiente extremamente conturbado o que dificultava sobremaneira sua execução
Especificamente sobre o contexto econômico da época, pode-se avaliar que após um período de intenso crescimento do PIB entre 1956 e 1962, a economia brasileira sofreu uma desaceleração que perdurou até 1967. Neste período, a taxa média de crescimento do PIB caiu à metade daquela alcançada no período anterior. A formação bruta de capital fixo, um dos principais determinantes do ritmo de crescimento, começou a cair já em 1962, tornando-se negativa em 1963, o que também ocorreu com o crescimento da produção industrial. A inflação disparou e atingiu uma taxa anual de 90% em 1964, considerada extremamente elevada, mesmo para os permissivos padrões brasileiros de convivência com a inflação naquela época.
As condições políticas daquele período foram decisivas para esta situação. Durante o curto Governo Jânio Quadros, a política econômica foi bastante conservadora no enfrentamento dos problemas herdados do Governo JK: aceleração inflacionária, déficit fiscal e pressão sobre o balanço de pagamentos.
 Em março de 1961, foi feita uma reforma cambial, com desvalorização em 100% para o chamado câmbio de custo, aplicado às importações preferenciais, como o petróleo e papel de imprensa. O objetivo foi diminuir a pressão dos subsídios cambiais sobre o déficit público. Em maio e junho, o governo obteve sucesso na renegociação dos débitos com organismos financeiros internacionais, reescalonando os vencimentos da dívida externa do período 1961/1965. A abrupta renúncia do presidente, em agosto de 1961, interrompeu a continuidade de sua política econômica.
 No final de 1962, poucos meses antes do plebiscito que restabeleceria o regime presidencialista, foi apresentado por Celso Furtado o Plano Trienal, uma resposta política do governo à aceleração inflacionária e à deterioração econômica externa, que objetivava dar continuidade ao desenvolvimento do País. O plano de ações anti-inflacionárias era bastante ortodoxo. Foram usadas as políticas de contenção de gastos públicos e de liquidez.
Rapidamente, as reivindicações sindicais e políticas da base de apoio do governo se impuseram com a recusa dos assalariados em suportar mais uma vez o peso do ajuste anti-inflacionário. A tentativa de estabilização fracassou e provocou crescimento negativo do PIB per capita: a economia cresceu 6,6% em 1962, mas apenas 0,6% em 1963, com inflação anual de 83,25%.
 
Atividades recomendadas:
1)      Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observado os argumentos utilizados pelos autores.
2)      Acompanhe o seguinte exemplo de exercício: Qual era a situação econômica do Brasil quando foi lançado o Plano Trienal no governo de João Goulart?
R: A economia no período estava em crise com altas taxas inflacionárias e grande endividamento interno e externo. Celso furtado, Ministro do Planejamento e San Tiago Dantas Ministro da Fazenda lançaram o Plano Trienal. Esse Plano pretendia controlar o déficit público e realizar reformas de base a fim de continuar o projeto desenvolvimentista iniciado durante o Plano de Metas.
A política de desenvolvimento planejada para o triênio 1963/65 tinha os seguintes objetivos básicos:
1.      Assegurar uma taxa de crescimento da renda nacional compatível com as expectativas de melhoria de condições de vida que motiva o povo brasileiro. Essa taxa foi estimada em 7%, correspondendo a 3,9% de crescimento da renda per capita;
2.      Reduzir progressivamente a pressão inflacionária, para que o sistema econômico recupere uma adequada estabilidade de nível de preços,
3.       Criar condições para que os frutos do desenvolvimento se distribua de maneira cada vez mais ampla pela população,
4.       Intensificar substancialmente a ação do Governo no campo educacional, da pesquisa científica e tecnológica, e da saúde pública.
5.      Orientar adequadamente o levantamento dos recursos naturais e a localização da atividade econômica, visando a desenvolver as distintas áreas do país e a reduzir as disparidades regionais de níveis de vida, sem com isso aumentar o custo social do desenvolvimento;
6.       Eliminar progressivamente os entraves de ordem institucional responsáveis pelo desgaste de fatores de produção e pela lenta assimilação de novas técnicas em determinados setores produtivos. Dentre esses obstáculos de ordem institucional, destaca-se a atual estrutura agrária brasileira, cuja transformação deverá ser promovida com eficiência e rapidez;
7.       Encaminhar soluções visando a refinanciar adequadamente a dívida externa, acumulada principalmente no último decênio.
8.      Assegurar ao Governo uma crescente unidade de comando dentro de sua própria esfera de ação, submetendo as distintas agências que o compõem às diretrizes de um plano que vise à consecução simultânea dos objetivos anteriormente indicados.
 A ação do Governo se deu através de um conjunto de medidas, mutuamente compatíveis, orientadas para dois objetivos:
a) assegurar que se realize o montante de investimentos requeridos para que seja alcançada a taxa de crescimento prevista; e.
b) orientar esses investimentos para que a estrutura da produção se ajuste, com mínimo desperdício de recursos, à evolução da demanda e, em particular, às necessidades de substituição de importações determinadas pelas limitações da capacidade para importar.
Os investimentos planejados para o conjunto da economia para o triênio 1963-65 foram de 3,5 trilhões de cruzeiros, a preços de 1962. A expectativa era que este valor fosse suficiente para recuperar o patamar de 7% ao ano atingido pelo Plano de Metas, com elevação da renda per capita de US$ 323,00 em 1962, para US$ 363,00 em 1965. Para o mesmo período foi prevista uma expansão da produção agrícola em 18%; da produção.
industrial de 37%, ou 11% anuais.
Além disto, esperava-se modificações estruturais dentro do setor industrial, com aumento da participação dos bens intermediários e, principalmente, dos equipamentos de capital.
Ao término do triênio, esperava-se que a indústria produzisse mais de 70% dos bens de capital de que a economia brasileira necessitava para manter um crescimento sustentado de 7%.
O plano fazia um diagnóstico dos principais problemas do começo dos anos 1960 propondo diretrizes gerais de ação que se suportam num diagnóstico das fontes de instabilidade da economia. Avaliava-se que o elevado nível de investimentos previstos no plano só poderia realizar-se em condições de crescente diminuição da pressão inflacionária, o que exigia uma planificação dos dispêndios públicos com base num esquema de financiamento compatível com os investimentos privados esperados, com a.
política salarial e com o comportamento do setor externo.
Havia uma ênfase importante na consideração da forma pela qual dever-se-ia financiar o déficit doTesouro, captando necessariamente recursos do setor privado, sem afetar o nível de investimentos. A estratégia adotada para reduzir a pressão inflacionária sem prejuízo da taxa de crescimento apoiava-se num conjunto de medidas de ação convergente, que incluíam:
a) elevação da carga fiscal;
b) redução do dispêndio público programado;
c) captação de recursos do setor privado no mercado de capitais; e.
d) mobilização de recursos monetários.
 
Mas o Plano fracassou principalmente em função da crise política e a ingovernabilidade do período. Em julho de 1963, Furtado deixou o governo e, a partir de então, o acirramento dos conflitos sindicais e políticos, com a desestabilização política interna e externa do governo democraticamente eleito, impediram a implementação de qualquer política de gestão econômica mais articulada.
Como resultado, houve aumento das taxas mensais de inflação. O fim do governo ocorreu com o golpe militar de 1964
Atividades recomendadas:
Acompanhe o seguinte exemplo de exercício e assinale a alternativa incorreta sobre as estratégias adotadas pelo Plano Trienal para reduzir a pressão inflacionária:
elevação da carga fiscal;
Congelamento de preços e salários
redução do dispêndio público programado;
captação de recursos do setor privado no mercado de capitais;
mobilização de recursos monetários.
A Resposta correta a esse exercício é alternativa b, pois o Plano Trienal não contemplava esse tipo de medida (congelamentos) tipicamente heterodoxa, como vimos o Plano de Celso Furtado era bastante ortodoxo
Entre os anos de 1961 e 1964, o Brasil vivenciou um período político extremamente conturbado, caracterizado: ED
Por intensa movimentação dos militares, especialmente após a renúncia de Jânio Quadros, e a abertura para que João Goulart assumisse o poder. Com a renúncia de Jânio Quadros (PTN) à Presidência da República, caberia ao vice-presidente, João Goulart (PTB), conhecido como Jango, assumir o comando do Brasil. Mas Jango se encontrava na Ásia, em visita à República Popular da China. Então, o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli (PSD), assumiu o governo provisoriamente. Na época, grupos de oposição mais conservadores, compostos pelas elites dominantes e por setores das Forças Armadas, não aceitaram que Jango tomasse posse, sob a alegação de que ele tinha tendências políticas esquerdistas. Paralelamente, setores sociais e políticos que apoiavam João Goulart iniciaram um movimento de resistência.
Sobre o Plano Trienal, considere as afirmativas abaixo.
I Assegurar uma taxa de crescimento da renda nacional compatível com as expectativas de melhoria de condições de vida que motiva o povo brasileiro. Essa taxa foi estimada em 7%, correspondendo a 3,9% de crescimento da renda per capita.
II Reduzir progressivamente a pressão inflacionária, para que o sistema econômico recupere uma adequada estabilidade de nível de preços.
III Criar condições para que os frutos do desenvolvimento se distribua de maneira cada vez mais ampla pela população.
IV Diminuir substancialmente a ação do Governo no campo educacional, da pesquisa científica e tecnológica, e da saúde pública deixando isso a cargo da iniciativa privada.
R: Um dos objeto do plano era intensificar substancialmente a ação do Governo no campo educacional, da pesquisa científica e tecnológica, e da saúde pública e não diminuir.
Com a renúncia do presidente da República Jânio da Silva Quadros o Brasil se encontrou em grave crise política. Qual a alternativa que apresenta o regime político adotado a partir da posse de João Goulart?
 O parlamentarismo implantado em 1961, além de curto, não foi consequência de uma decisão isolada do chefe de Estado, mas, sim, de um acordo político que garantiu a posse de João Goulart na Presidência da República, em meio à crise aberta com a renúncia de Jânio Quadros. Afinal, Goulart, membro do PTB e historicamente ligado ao trabalhismo e à figura de Getúlio Vargas, era visto pelos setores conservadores como um político esquerdista. Diante do veto militar à sua posse, Goulart aceitou o acordo que lhe garantia a presidência mas, de outro lado, retirava-lhe parte dos poderes constitucionais, transferidos para o primeiro-ministro, cargo criado com a instituição do sistema parlamentarista. A emenda aprovada, em setembro de 1961, pelo Congresso Nacional previa a realização de um plebiscito em 1965 - portanto, no final 
do mandato de João Goulart - para definir a continuidade ou não do sistema.
O Plano Trienal visava 
Orientar adequadamente o levantamento dos recursos naturais e a localização da atividade econômica, visando a desenvolver as distintas áreas do país e a reduzir as disparidades regionais de níveis de vida, sem com isso aumentar o custo social do desenvolvimento.
Sobre o Plano Trienal assinale a afirmativa incorreta:
O Plano Trienal criou uma série de regras regulatórias, mas por ser um plano de princípios socialistas, desde o início recusou empréstimos externos para a sua consecução.

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