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Resumo Filosofia da Ciência

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FILOSOFIA DA CIÊNCIA 
Profa.: Emanuelle Araújo 
2018.2 
AV2 
 
1. Grécia Antiga (Convite à Filosofia; Marilena Chauí; Capítulo I) 
 
A Grécia antiga, a Pólis se organizava politicamente através da 
DEMOCRACIA. A democracia surgiu para se contrapor contra a tirania, pois 
antigamente, as conquistas políticas eram feitas através da força, da 
violência. 
A democracia da Grécia Antiga, consistia num sistema pela fala, no qual, 
todos os cidadãos ateniences livres, reunidos em assembleia na Ágora, 
tomavam as decisões sobre o destino da Pólis. 
 
Anteriormente ao surgimento da Filosofia, procura-se explicar a realidade 
através dos MITOS. 
 
Com o surgimento da Filosofia, a explicação da realidade passou a ser de 
uma maneira RACIONAL. 
 
O surgimento da Filosofia não foi um processo fácil, pois apresentava uma 
nova lógica não mais baseada nos sistema de crenças, mas uma lógica 
racional. Os filósofos acreditavam que o que existia no kosmos era uma 
ordem, uma lógica e, se o ser humano é racional, ele poderia compreender 
também, a lógica do Universo. 
 
Foi difícil a ruptura com um pensamento pré-existente. 
 
Assim, os sofistas eram os que melhores circulavam pelas Ágora, pois 
ensinavam a arte da retórica. Entretanto, para Sócrates e Platão, os Sofistas 
não eram Filósofos. Dessa maneira, Sócrates não era bem vindo naquele 
sistema político, pois ali não se discutia apenas de maneira racional, ainda 
havia ainda o sistema de crenças. Havia uma “tensão” entre a Filosofia e o 
sistema de crenças na Grécia Antiga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Fenomenologia - Edmund Husserl 
 
Husserl era matemático, não era filósofo. 
 
O contexto do surgimento da FENOMENOLOGIA era o seguinte: 
Exitia uma psicologia objetiva, que estudava os fatos empíricos, aqueles que 
estavam do lado de fora (uma visão mais externa) e, existia os 
psicologismos, com uma visão mais interna dos fenômenos. 
 
Husserl se apropria dos conceitos da Psicologia e da Filosofia e atribui um 
novo sentido para esses conceitos já existentes. 
 
Assim, considerando os conceitos de Kant para: 
 
. Fenômeno - como “aquilo que se apresenta” (aquilo que é observável, 
aquilo que está do lado de fora) e; 
 
. Númeno – como “aquilo de não está ao nosso alcance” (aquilo que não está 
ao nosso alcance) 
 
Kant falava que era bobagem, perda de tempo estudar a essência das coisas 
(o númeno), pois não poderíamos alcançar. 
 
Desse modo, Husserl traz uma nova proposta pela qual não existia “o dentro 
e o fora”. O que existia era uma relação. O fenômeno era sim uma coisa que 
se apresenta, mas aquilo que se apresenta, também apresenta a essência 
das coisas. 
 
HUSSERL fundou a FENOMENOLOGIA para explicar que não existe o dentro 
e o fora. Não existe uma maneira de sabermos quando acaba o que está 
dentro e começa o que está fora ou vice-versa. Como por exemplo, uma 
coisa que some “de fora”, vai imediatamente para algum lugar, para “o 
dentro” (para a mente) 
 
Para Husserl, uma árvore da Fenomenologia não queimava pois, a partir do 
momento que temos consciência da existência dela, ela continua a existir 
como fenômeno (não é esquecida, pois passou para “o dentro”). 
Diferente do conceito de árvore de uma ciência empírica, pois quando a 
árvore queima, desaparece como fenômeno. 
 
A consciência para Husserl diz que nós só temos consciência quando temos 
consciência de algo. “A consciência é a consciência de”. 
 
A INTECIONALIDADE é quando temos consciência de alguma coisa. Assim, o 
sujeito somente observará algo se ele tiver essa intenção e ele só terá a 
intenção, se tiver a consciência do fenômeno. Não existe uma consciência 
por si própria, sozinha. Só existe coinsciência se for consciência de algo. 
Daqui que está se apresentando para a gente. 
 
Husserl retoma Platão e a teoria das ideias, diferente de Kant que achava que 
era perda de tempo. Para Husserl poderíamos sim, por meio dos fenômenos, 
chegar à essência das coisas. 
 
A importância de Husserl para a Psicologia consiste no fato dele ter escrito 
uma teoria filosófica e sobre um método fenomenológico de apreensão da 
realidade, as quais os Psicólogos se apropriaram para utilizarem usadas nas 
clínicas, por exemplo. 
 
A gestalt terapia é um exemplo de abordagem fenomenológica que observa o 
fenômeno que se apresenta para tentar chegar à essência daquilo que está 
se apresentando, se despindo de suas ideias, opiniões e crenças. O 
EPOCHÉ. 
 
Husserl falava sobre a SUSPENSÃO FENOMENOLÓGICA ou REDUÇÃO 
FENOMENOLÓGICA que seria o fato de que um cientista quando está 
observando um fenômeno ou tendo consciência de um fenômeno, deve “se 
despir” de suas ideias, opiniões, crenças e de tudo aquilo que acha, para 
olhar verdadeiramente para aquele fenômeno que se apresenta e tentar 
chegar à essência do fenômeno. 
Os estudiosos dizem que seria o “Efeito Cebola”. 
 
Para Husserl, a Fenomenologia era um método de compreensão da realidade, 
não um método psicoterápico. Postriormente a Psicologia se apropriou 
desses métodos científicos utilizando-os em suas terapias. 
 
Russerl, por ser matemático, criticava a Filosofia e a Psicologia por dizer que 
não tinham métodos científicos rigorosos. 
 
 
3. Positivismo - Auguste Comte (1798 – 1857) 
 
O início do Positivismo foi no início da Revolução Industrial, muita coisa 
acontecendo nessa época, com crescimentos na área da economia, da 
ciência, etc. 
 
August Comte, com o Positivismo, traz uma crença muito grande na ciência. 
Acreditava muito no sistema capitalista, ao contrário de Marx que era muito 
preocupado com as questões sociais e de trabalho. August Comte dizia que 
a ciência daria conta de solucionar todos os problemas sociais surgidos 
naquela época. As soluções iriam aparecer. 
 
August Comte é considerado o pai da Sociologia. Inspirado em Kant e 
Descartes, tem muito apreço à razão e a lógica. 
 
August Comte dizia que não basta apenas observar os fenômenos (não são 
os fenômenos de Husserl. São os fenômenos empíricos de Kant, o que 
acontece do lado de fora). É preciso identificar as leis que regem a 
sociedade, porque somente assim seremos capazes de entender os 
fenômenos. Propunha um sistema político de atuação. Dizia que os políticos 
deveriam ser cientistas, pois somente os cientistas seriam capazes de 
identificar as leis que regem as sociedades e atuar com base nessas leis. 
Propunha uma ditadura republicana tecnocrata, com importância no ensino 
publico, laico e universal. Olhar histórico e evolucionista. Acreditava que o 
ser humano estava caminhando para o progresso e a ciência era fundamental 
nesse processo. 
 
 - LEI DOS TRÊS ESTÁGIOS - August Comte dividia a história da humanidade 
em três estágios: 
 
1. Teológico ou Fictício – Toda a sociedade passa por esse estágio, o 
momento teológico. A infância da humanidade. O ponto de partida para a 
inteligência humana. 
 
2. Metafísico ou Abstrato – É o estágio da sociedade na qual ela busca da 
origem e a essência de todas as coisas. A juventude da humanidade. É 
um estágio de transição da inteligência humana. (ex. o nascimento da 
Filosofia). 
 
3. Positivo ou científico – É o estágio em que a sociedade consegue 
observar, analisar, comprovar e verificar o fenômeno. A maturidade da 
humanidade. 
 
August Comte propunha uma religião da humanidade, positivista e sem 
Deus, porque o que está no centro de tudo é a humanidade, sendo o amor a 
Deus substituído pelo amor à humanidade. 
 
 
4. Método Hipotético-Dedutivo e Critério Científico da Falsificabilidade - Raimund KarlPopper (1902 – 1994) 
 
Era muito interessado em estudar as ciências e os métodos científicos 
(racionalismo – método dedutivo e empirismo – método indutivo). 
 
Assim, desenvolveu o seu próprio método. O método HIPOTÉTICO-
DEDUTIVO 
 
Popper, propôs outro método. Diz que pra ciência coletiva, não seria útil 
somente o método dedutivo ou o método indutívo. 
 
- Método Hipotético-Dedutivo – Método baseado na ideia de que, para a 
ciência progredir, precisamos ter hipóteses sobre a realidade para, a partir 
dai, criarmos uma teoria provisória que, através da observação, testes e 
experimentos, nos leva a uma verdade provisória. 
 
A verdade não é absoluta. Estamos sempre a procura da verdade. 
 
Popper traz o novo critério científico da FALSIFICABILIDADE. Anteriormente 
o critério científico era o da verificabilidade (se era verificável era verdade). 
 
- Critério Científico da FALSIFICABILIDADE – Consiste na ideia de que, não 
basta apenas verificar. O objeto de estudo, para ser científico, precisa ser 
passível de refutação, passível de ser falseado. Se ninguém conseguir falsear 
um objeto de estudo, ele ganha “status” de verdade provisória. Sempre que 
surge uma nova verdade, refutando a anterior, a ciência progride (ex. a 
história do ovo). 
 
 
5. Conceito de Paradigma (Status quo) - Thomas Khun (1922 – 1996) 
 
Paradigma é o pensamento dominante de uma época (Status quo). 
 
Para Thomas Khun, a humanidade só progride através de rupturas, de 
quebras de paradigmas. (diferente de August Comte que acreditava na 
evolução progressiva da humanidade). 
 
Para Thomas Khun, a quebra de paradigmas, não é uma transição fácil e 
tranquila. Existe muita relação de poder na ciência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA E DA HUMANIDADE: 
 
 - Grécia Antiga: 
Anteriormente ao surgimento da Filosofia, procura-se explicar a 
realidade através dos MITOS. 
 
Com o surgimento da Filosofia, a explicação da realidade passou a ser de 
uma maneira RACIONAL. 
 
- Edmund Husserl - A evolução da ciência e da humanidade através da 
Fenomenologia (relação entre “o dentro” e “o fora” e da Intencionalidade 
(consciência de). 
Assim, o sujeito somente observará algo se ele tiver essa intenção e 
ele só terá a intenção, se tiver a consciência do fenômeno. Não existe uma 
consciência por si própria, sozinha. Só existe coinsciência se for consciência 
de algo. Daquilo que está se apresentando para a gente. 
 
 
- August Comte – A evolução da ciência e da humanidade através do 
Positivismo. A crença da evolução progressiva da humanidade com o apoio 
da evolução da ciência. 
 
 
- Raimund Karl Popper – A evolução da ciência e da humanidade através do 
Método Hipotético-Dedutivo e do critério científico da Falsificabilidade. 
 
 
- Thomas Khun – A evolução da ciência e da humanidade através da ruptura 
do paradigma existente; do estabelecimento de um novo paradigma, que é 
transformado na ciência normal; estabelecimento de crise da ciência normal 
(tensão no meio científico); surgimento de uma ciência extraordinária; 
revolução cientifica e por fim, o estabelecimento de um novo paradigma. E 
tudo acontece denovo.

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