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Nacionalidade: Conceito e Tipos

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NACIONALIDADE (Resumo)
Conceito
A nacionalidade é o vinculo jurídico-politico que une uma pessoa física a um Estado, do qual ocorre uma série de direitos e obrigações recíprocas.
A atribuição de uma nacionalidade as pessoas naturais torna o ente estatal apto a condução de assuntos de interesse do individuo é muito importante para a própria existência do Estado, pois se refere a formação do povo, dimensão pessoal do fenômeno estatal. Para a pessoa, a ligação com um Estado é normalmente um dos principais critérios para o exercício de direitos políticos na ordem interna e gera o direito a proteção por parte do ente estatal de origem no exterior. 
Conflitos de nacionalidade: polipatridia e apatridia
Do exercício da competência estatal para definir quem são seus nacionais e, portanto, do emprego de critérios distintos de atribuição do status de nacional, pode haver conflitos de nacionalidade: um positivo (polipatridia) e um negativo (apatridia).
Polipatridia: a polipatridia, também conhecida como polipatria, é o fenômeno pelo qual um individuo tem duas ou mais nacionalidades. É decorrência de critérios de atribuição de nacionalidade diferentes sobre uma mesma pessoa. Exemplo: filho de cidadão italiano que nasce co Brasil será brasileiro, nacionalidade em regra atribuída aqueles que nascem em território do nosso pais, e italiano, visto que a lei italiana confere a nacionalidade daquele Estado a filhos de italianos.
Apatridia: a apatridia, também chamada apatria, pode ocorrer ou pela perda arbitrária da nacionalidade, normalmente por motivos, políticos, ou pela não incidência de nenhum critério de atribuição de nacionalidade sobre uma pessoa. É o que ocorria, por exemplo, sob a égide da redação anterior do artigo 12,I, C da CF/88, pela qual o filho de brasileiro que nascia em Estado que adotasse o critério jus sanguinis não teria nenhuma nacionalidade. 
Art. 12. São brasileiros: I - natos:
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
Tipos e critérios de aquisição da nacionalidade
Nacionalidade primária ou originária
Trata-se da nacionalidade atribuída ao ser humano, por ocasião de seu nascimento, pela ordem jurídica na qual ocorre esse evento inicial da existência da pessoa. Dois são os critérios empregados pelos Estados para essa concessão, um privilegiado o vinculo familiar, jus sanguinis, e o outro dando primazia ao local do parto, jus solo.
Jus sanguinis: pelo jus sanguinis a nacionalidade é atribuída de acordo com a nacionalidade dos pais ou de outros ascendentes, independentemente do local onde nasça o individuo. É adotado predominantemente por Estados marcados pela emigração, permitindo a manutenção do vinculo dos emigrantes com o Estado de origem.
Jus soli: pelo jus soli, também conhecido como critério territorial, o individuo adquire a nacionalidade em função do Estado em cujo território nasce, independentemente da nacionalidade dos ascendentes.
A concessão da nacionalidade brasileira originária confere o status de brasileiro nato a seu detentor.
Nacionalidade secundária ou adquirida
A nacionalidade secundaria ou adquirida é aquela atribuída por fato posterior ao nascimento, normalmente em decorrência da manifestação de vontade do Estado em conceder sua nacionalidade e, em regra, da vontade do individuo em adquiri-la, tudo a luz de certos requisitos legais. O elemento vontade tem, portanto, papel fundamental na aquisição da nacionalidade adquirida, repugnando ao Direito Internacional a atribuição forçada da nacionalidade secundária. 
O critério de aquisição da nacionalidade secundária por excelência é a naturalização, pelo qual a nova nacionalidade é obtida a partir da manifestação do interesse do estrangeiro em obter uma nova nacionalidade, seguida do exame do atendimento de uma serie de exigências legais e culminando com o ato discricionário do Estado em conceder essa nacionalidade ao interessado. É adotado pelo Brasil.
Existem outros critérios de aquisição da nacionalidade secundaria são identificados pela doutrina e na pratica internacional.
Naturalização
Consiste no ato pelo qual o estrangeiro ou o anacional se investe juridicamente da condição de nacional de um país que adotou para viver e que agora o admite como tal. Trata-se de nacionalidade derivada ou secundaria, uma vez que adquirida após o nascimento. Não implica necessariamente a perda da nacionalidade originária, dependendo das regras internas de cada ordenamento jurídico. É ato gracioso, faculdade do Poder executivo, uma vez que nenhum Estado está obrigado a naturalizar qualquer pessoa.
A naturalização não extingue a responsabilidade civil ou penal a que o estrangeiro estava sujeito ao seu país de origem. Como ato personalíssimo, não abrange atualmente os familiares do naturalizado, conferindo-lhe o gozo dos direitos civis e políticos, com as exceções legais em cada Estado.
O instituto da Naturalização comporta duas formas: a tácita e a expressa. O direito positivo brasileiro atual admite apenas a naturalização expressa, concedida mediante petição escrita, observados os requisitos necessários, entre os quais o mais importante se refere a residência no Brasil.
A naturalização tácita existiu no Brasil em duas ocasiões, ambas inseridas na Lei Maior. A primeira na Constituição do Império de 1824, considerou brasileiros os portugueses e os nascidos nas colônias portuguesas que tivesse residindo no Brasil quando da Independência e ela aderissem, expressa ou tacitamente, pela continuidade da residência no País. 
Condição jurídica do naturalizado
A naturalização confere ao naturalizado o gozo de todos os direito civis e políticos, excetuados os que a constituição Federal atribui exclusivamente ao brasileiro nato. É nesse sentido que podemos afirmar que o naturalizado é brasileiro para todos os efeitos, não senco cabível qualquer distinção, exceto aquelas definidas pela própria Carta Magna, nos termos do artigo 12, II, § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
O brasileiro nato não poderá, em principio, perder a nacionalidade, salvo na hipótese de adquirir outra nacionalidade. Entretanto, o naturalizado poderá ter sua naturalização cancelada não só por esse motivo, como também por conta de atividade nociva(ministro do Estado de defesa) ao interesse nacional. (CF,Art.12, § 4º,I ).
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
O naturalizado não poderá ter acesso a certos casos públicos, identificados mais estreitamente com a defesa do interesse nacional e, em alguns casos com a linha de sucessão do Presidente da República, como determina o art. 
12, § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:I - de Presidente e Vice-Presidente da República;II - de Presidente da Câmara dos Deputados;III - de Presidente do Senado Federal;IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;VI - de oficial das Forças Armadas.VII - de Ministro de Estado da Defesa. Os naturalizados tampouco poderão fazer parte do Conselho da Republica (art.89, VII) 
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: 
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
Dentre os naturalizados, somente aqueles que obtiveram a nacionalidade brasileira há mais de dez anos poderão ser proprietários de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens (art.222,caput),a não ser que constituam pessoas jurídicas de acordo com as leis brasileiras e que tenham sede no país. Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercer não obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação, (art.222 § 1º). Por fim, a responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação veiculada são privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em qualquer meio de comunicação social (art 222 § 2º).
O brasileiro nato não pode ser extraditado. É o que se depreende no art. 5, Li, que permite, porém, que o naturalizado seja extraditado em duas hipóteses: em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. 
Cabe destacar, porém, que o brasileiro naturalizado, afora as restrições fixadas pela Carta Magna, é brasileiro para todos e, portanto, tem acesso a todos os demais cargos, empregos e funções públicas (CF, Art. 37,I).(I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.). que não os indicados pela Carta Magna, abrangendo tanto aqueles providos por concurso publico, como os comissionados e aqueles aos quais se ascende por meio de voto popular (CF, art 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira;), ainda em decorrência do gozo dos direitos políticos, o naturalizados também deve se alistar como eleitor (CF, art 14 § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.).
Perda da nacionalidade
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
O § 4º do art. 12 da CF/88, trás um rol taxativo, ou seja, não admitindo ampliação, das hipóteses de perda da nacionalidade. Assim, perderá a nacionalidade o brasileiro que:
Tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional,
Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos de reconhecimento de nacionalidade originária por lei estrangeira e de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
A Lei n. 818, de 18 de Setembro de 1949, em seus artigos 22 a 34, ainda em vigor no Brasil no que tange à perda e à reaquisição da nacionalidade brasileira, elenca essas causas constitucionais de perda de nacionalidade, regulamentando-se. Destaca-se que não mais subside no ordenamento jurídico pátrio, sendo tema revogado, a hipótese elencada no art. 22, inciso II, da referida lei: Perderá a nacionalidade o brasileiro que, sem licença do Presidente da república, aceitar, de governo estrangeiro, comissão emprego.
O brasileiro naturalizado, que teve cancelada a sua naturalização por sentença judicial transitada em julgado, não poderá readquiri-la, a não ser mediante ação rescisória. Neste contexto, não poderá fazê-lo por meio de novo processo de naturalização, sob pena de contrariedade ao texto constitucional, que restaria incongruente caso isso fosse possível.
Por outro lado, depois de decretada a perda da nacionalidade pelo Presidente, no caso de aquisição de outra nacionalidade, caso a pessoa tenha interesse em reaver a nacionalidade brasileira, poderá readquiri-la, mediante decreto presidencial ou portaria do Ministério da Justiça, caso esteja domiciliado no Brasil (art. 36 da Lei n. 818).
Dessa maneira, o interessado deverá requerer, junto ao Ministro da Justiça, a revogação do decreto ou da portaria que declarou a perda da sua nacionalidade brasileira, bem como anexar os demais documentos exigidos.
Questões
Assunto: Nacionalidade do individuo- Nacionalidade de origem
1. OAB 2019- XXVIII. Eloise, filha de Suzana, economista brasileira, e de Louis, artista plástico de nacionalidade francesa, nasceu em Marselha, na França, em 1992, sendo registrada apenas perante o registro civil Frances. Eloise, encantada com o país de origem de sua mãe, que sempre falava com entusiasmo das belezas e do clima tropical de seu país, decide viajar para o Brasil e consulta o advogado da família sobre a possibilidade dela poder obter a nacionalidade brasileira. O advogado, então, explica a jovem que:
A. Ela tem direito a nacionalidade brasileira, porém ainda que obtenha, não será considerada brasileira nata, pois seu pai é Frances.
B. Ela deverá ir residir no Brasil e fazer a opção pela nacionalidade brasileira.
C. Ela não tem direito à nacionalidade brasileira, pois sua mãe não estava ou está a serviço do Brasil na França.
D. Como ela já é de maior idade, não poderá mais obter a nacionalidade brasileira. 
2.OAB 2015. Carlos, brasileiro naturalizado, tendo renunciado à sua anterior nacionalidade, casou-se com Tatiana, de nacionalidade alemã. Em razão do trabalho na iniciativa privada, Carlos foi transferido para o Chile, indo residir lá com sua mulher. Em 15/07/2011, em território chileno, nasceu a primeira filha do casal, Cláudia, que foi registrada na Repartição Consular do Brasil.
A teor das regras contidas na Constituição Brasileira de 1988, assinale qual a situação de Cláudia quanto à sua nacionalidade.
A Cláudia não pode ser considerada brasileira nata, em virtude de a nacionalidade brasileira de seu pai ter sido adquirida de modo derivado e pelo fato de sua mãe ser estrangeira.
B Cláudia é brasileira nata, pelo simples fato de o seu pai, brasileiro, ter se mudado por motivo de trabalho.
C Cláudia somente será brasileira nata se vier a residir no Brasil e fizer a opção pela nacionalidade brasileira após atingir a maioridade.
D Cláudia é brasileira nata, não constituindo óbice o fato de o seu pai ser brasileiro naturalizado e sua mãe, estrangeira.
3. (FGV / XXII Exame de Ordem – 2017) Luca nasceu em Nápoles, na Itália, em 1997. É filho de Marta, uma ilustre pintora italiana, e Jorge, um escritor brasileiro. Quando de seu nascimento, seus pais o registraram apenas perante o registro civil italiano.
Luca nunca procurou se informar sobre seu direito à nacionalidade brasileira, mas, agora, vislumbrando seu futuro, ele entra em contato com um escritório especializado, a fim de saber se e como poderia obter a nacionalidade brasileira.
Assinale a opção que apresenta, em conformidade com a legislação brasileira, o procedimento indicado pelo escritório.
a) Luca não tem direito à nacionalidade brasileira, eis que seu pai não estava ou está a serviço do Brasil.
b) Luca não poderá mais obter a nacionalidade brasileira, tendo em vista que já é maior de idade.
c) Luca tem direito à nacionalidade brasileira, mas, ainda que a obtenha, não será considerado brasileiro nato.
d) Luca deverá ir residir no Brasil e fazer a opção pela nacionalidade brasileira.
4. De acordo com a situação descrita, assinale a afirmativa correta.
A .Pietro somente será brasileiro nato se vier a residir no Brasil e fizer a opção pela nacionalidade brasileira após atingir a maioridade.
B. Pietro é brasileiro nato, não constituindo óbice o fato de sua mãe ser naturalizada e seu pai estrangeiro.
C. Pietro não pode ser considerado brasileiro nato, em virtude de a nacionalidade brasileira de sua mãe ter sido adquirida de modo derivado e pelo fato de seu pai ser estrangeiro.
D. Pietro é brasileiro nato, pelo simples fato de sua mãe, brasileira, se ter deslocado por motivo de trabalho, em nada influenciando o modo como vitória adquiriu a nacionalidade
5. OAB 2013/1. Rafael é brasileiro naturalizado e casado com Letícia, de nacionalidade italiana. Rafael foi transferido pela empresa onde trabalha para a filial na Argentina, estabelecendo-se com sua esposa em Córdoba. Em02/03/2009, lá nasceu Valentina, filha do casal, que foi registrada na repartição consular do Brasil.
De acordo com as normas constitucionais vigentes, assinale a afirmativa correta.
	
	a) Valentina não pode ser considerada brasileira nata, em virtude de a nacionalidade brasileira de seu pai ter sido adquirida de modo derivado e pelo fato de sua mãe ser estrangeira.
	
	b) Valentina é brasileira nata, pelo simples fato de seu pai, brasileiro, se ter deslocado por motivo de trabalho, em nada influenciando o modo como Rafael adquiriu a nacionalidade.
	
	c) Valentina somente será brasileira nata se vier a residir no Brasil e fizer a opção pela nacionalidade brasileira após atingir a maioridade.
	
	d) Valentina é brasileira nata, não constituindo óbice o fato de seu pai ser brasileiro naturalizado e sua mãe, estrangeira.
6. OAB 2009.1 No que concerne à perda e à reaquisição da nacionalidade brasileira assinale a opção correta.
	
	a) Eventual pedido de reaquisição de nacionalidade feito por brasileiro naturalizado será processado no Ministério das Relações Exteriores.
	
	b) A reaquisição de nacionalidade brasileira é conferida por lei de iniciativa do presidente da República.
	
	c) Em nenhuma hipótese, brasileiro nato perde a nacionalidade brasileira.
	
	d) Brasileiro naturalizado que, em virtude de atividade nociva ao Estado, tiver sua naturalização cancelada por sentença judicial só poderá readquiri-la mediante ação rescisória.
7. Em viagem a passeio pelo México, Olímpia, brasileira, conheceu o mexicano Carlos Daniel, com o qual se casou e teve Miguel, primeiro filho do casal. Miguel residiu na cidade do México até os seus 28 anos de idade. Em 2015, decidiu visitar os país de origem de sua mãe, pelo qual se encantou. No ano seguinte, Miguel retornou ao Brasil, mas desta vez foi diferente, Miguel decidiu residir no país e optar pela nacionalidade brasileira. No final de 2018, a polícia federal e a policia mexicana, numa investigação em conjunto pelo combate ao tráfico internacional de entorpecentes, descobriu que Miguel, entre 2012 e 2013, cometeu diversos crimes quando integrava uma quadrilha comandada por um dos homens mais procurados do México e que recentemente havia sido preso.
Diante do relato do caso acima, assinale a afirmativa correta.
A. Caso não peça asilo político no Brasil, Miguel poderá ser deportado para o México
B. Miguel cometeu crime comum sujeito a jurisdição mexicana antes de optar pela nacionalidade brasileira, assim, caso o México requeira, Miguel poderá ser extraditado
C. Miguel poderá ser expulso do Brasil, mediante decisão fundamentada do Ministério da Justiça, em virtude do crime cometido no México antes da aquisição da nacionalidade brasileira. O que não ocorreria, caso Miguel comprovasse ter filho brasileiro que estivesse sobre sua guarda e que dele dependesse financeiramente.
D. Em nenhuma hipótese Miguel poderá ser deportado, extraditado ou expulso do Brasil.
8..OAB 2010.3. Pierre de Oliveira nasceu na França, filho de pai brasileiro (que à época se encontrava em viagem privada de estudos) e mãe francesa. Viveu até os 25 anos em Paris, onde se formou em análise de sistemas e se pós-graduou em segurança de rede. Em 2007, Pierre foi convidado por uma universidade brasileira para fazer parte de um projeto de pesquisa destinado a desenvolver um sistema de segurança para uso de instituições financeiras. Embora viajasse com frequência para a França, Pierre passou a residir no Brasil, optando, em 2008, pela nacionalidade brasileira. No início de 2010, uma investigação conjunta entre as polícias brasileira e francesa descobriu que Pierre fez parte, no passado, de uma quadrilha internacional de hackers. Detido em São Paulo, ele confessou que, entre 2004 e 2005, quando ainda vivia em Paris, invadiu mais de uma vez a rede de um grande banco francês, desviando recursos para contas localizadas em paraísos fiscais. Com relação ao caso hipotético acima, é correto afirmar que
a) se a França assim requerer, Pierre poderá ser extraditado, pois cometeu crime comum sujeito à jurisdição francesa antes de optar pela nacionalidade brasileira.
b) a critério do Ministério da Justiça, Pierre poderá ser expulso do território nacional pelo crime cometido no exterior antes do processo de aquisição da nacionalidade, a menos que tenha filho brasileiro que, comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele dependa economicamente.
c) Pierre poderá ser deportado para a França, a menos que peça asilo político.
d) Pierre não poderá ser extraditado, expulso ou deportado em qualquer hipótese.
9- Relativamente à nacionalidade brasileira é correto afirmar que
A são privativos de brasileiro nato os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, de Presidente da Câmara dos Deputados, de Presidente do Senado Federal, de Ministro do Supremo Tribunal Federal, da carreira diplomática, de oficial das Forças Armadas e de Ministro de Estado da Justiça.
B são brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros que estejam a serviço de seu país.
C será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro, nato ou naturalizado, que adquirir outra nacionalidade, salvo no casos de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira ou de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
D são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.
E será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que houver colaborado com atividade nociva ao interesse nacional, desde que assim o reconheça sentença judicial.
10. OAB 2004. De acordo com a constituição Federal, ocorrerá no exterior adquirir outra nacionalidade brasileira quando
A. o brasileiro reside no exterior adquirir outra nacionalidade, por naturalização voluntária.
B. o brasileiro residente no exterior contrair matrimonio com estrangeiro.
C. a brasileira naturalizada residente no Brasil divorciar-se do conjugue brasileiro.
D. o brasileiro tiver reconhecida outra nacionalidade originária por Estado estrangeiro que adota o critério do jus sanguinis. 
11. 2012 . Com relação aos direitos de nacionalidade e as sua variações, previstos na CF, assinale a opção correta.
a). Estrangeiros são por vezes, protegidos como os nacionais, a exemplo da vedação de extradição de estrangeiros por crime político ou de opinião.
b) Os direitos inerentes aos brasileiros são atribuídos a todo cidadão português, ressalvada a limitação constitucional de verificação de reciprocidade.
c) A perda da nacionalidade originária, diferentemente do que ocorre com a derivada, é medida prevista como forma extrema de cominação penal.
d) A extradição de brasileiros portadores de nacionalidade não originária é condicionada excepcional e unicamente a comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e de drogas afins.
e) A concessão de asilo a estrangeiro é prevista como direito civil inalienável no artigo 5.º da Lei Maior, que cuida de direitos e garantias fundamentais.
11. Roberta Caballero, de nacionalidade argentina, está no Brasil desde 2015, como correspondente estrangeira do jornal “El Diário”, sediado em Buenos Aires. Roberta possui visto temporário, válido por quatro anos. Em 2018, pouco antes do vencimento do visto, Roberta recebe um convite do editor de um jornal brasileiro, sediado em São Paulo, para ali trabalhar na condição de repórter, sob sua supervisão, mediante contrato de trabalho. Para continuar em situação regular, é correto afirmar que Roberta 
A deverá renovar, a cada quatro anos, o visto temporário VI (correspondente estrangeiro) e requerer autorização de trabalho a estrangeiro com vínculo empregatício. 
B não poderá aceitar o emprego,pois a Constituição Federal, em seu artigo 222, veda a atuação de repórteres estrangeiros em qualquer meio de comunicação social. 
C deverá apenas renovar, a cada quatro anos, o visto temporário VI (correspondente estrangeiro), pois pessoas de nacionalidade de países do Mercosul não precisam de autorização de trabalho. 
D deverá transformar seu visto temporário VI (correspondente estrangeiro) em visto temporário V (mão de obra estrangeira) e requerer autorização de trabalho a estrangeiro com vínculo empregatício.
Extradição
Assunto: Condição jurídica do estrangeiro - Extradição do brasileiro naturalizado
1. Ex- dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar o cargo que exercia em seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em curso na Colômbia, opta por fixar residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com brasileira, com a qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, o governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentença que o condenou por crime praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol. Essa extradição.
A. não poderá se concedida, porque o Brasil não Extradita seus nacionais.
B. não poderá ser concedida, porque o extraditando tem filhos menores sob sua dependência econômica.
C. poderá ser concedida, porque o extraditando não é brasileiro nato.
D. poderá ser concedida se o país de origem do extraditando tiver tratado de extradição com a França.
Obs. O brasileiro nato nunca será extraditado e o naturalizado será em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em trafico ilícito de entorpecentes e drogas afins(art.5 da LI , CF/88
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
Assunto: Condição jurídica do estrangeiro – Extradição do estrangeiro
1- Um ex-funcionário de uma agência de inteligência israelense está de passagem pelo Brasil e toma conhecimento de que chegou ao Supremo Tribunal Federal um pedido de extradição solicitado pelo governo de Israel, país com o qual o Brasil não possui tratado de extradição. Receoso de ser preso, por estar respondendo em Israel por crime de extorsão, ele pula o muro do consulado da Venezuela no Rio de Janeiro e solicita proteção diplomática a esse país.
Nesse caso
A. Pode pedir asilo diplomático e terá direito a salvo-conduto para o país que o acolheu.
B. é cabível o asilo territorial, porque o consulado é território do Estado estrangeiro.
 C. não se pode pedir asilo, e o STF não autorizará a extradição, por ausência de tratado.
 D. O asilo diplomático não pode ser concedido, pois não é cabível em consulado.
2. (ADAPTADA- Lei 13.445/2017) Não se concederá a extradição quando:
A. o individuo cuja extradição é solicitada ao Brasil for brasileiro naturalizado
B a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 4 (quatro)anos
C. o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente
D. o fato não constituir crime político ou de opinião
3. (FGV / XXII Exame de Ordem – 2017) Walter, estrangeiro, casou-se com Lúcia, por quem se apaixonou quando passou as férias em Florianópolis. O casal tem um filho, Ricardo, de 2 anos.
Residente no Brasil há mais de cinco anos, Walter é acusado de ter cometido um crime em outro país. Como o Brasil possui promessa de reciprocidade com o referido país, este encaminha ao governo brasileiro o pedido de extradição de Walter. Nesse caso, o governo brasileiro:
a) não pode conceder a extradição, porque Walter tem um filho brasileiro.
b) pode conceder a extradição, por meio de ordem expedida por um juiz federal.
c) pode conceder a extradição, desde que cumpridos os requisitos legais do Estatuto do Estrangeiro.
d) não pode conceder a extradição, pois esta só seria possível se houvesse tratado com o país de origem de Walter.

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