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Antropometria Dinâmica e Ergonomia

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Antropometria dinâmica
As informações apresentadas até agora tratam de questões estáticas mas, com as
dimensões já apresentadas em posições estáticas, a antropometria dinâmica trata de medir o
alcance dos movimentos corporais para se entender e conhecer a abrangência dos
movimentos corporais. No primeiro momento, com as informações das dimensões e medidas
do corpo, pode-se projetar e dimensionar espaços, ferramentas, produtos em que apenas
poucos e pequenos movimentos serão executados. Mas na maioria das vezes pode-se
observar que o homem tem em sua rotina executar movimentos com raios de cobertura
maiores enquanto executa suas atividades. Quando esses movimentos estão presentes,
observa-se que na maioria das vezes se torna necessário pequenas alterações no projeto que
considerou apenas as dimensões do corpo em condições estáticas. Em situações em que se
encontra um conjunto de movimentos sendo executados simultaneamente, em atividades que
vão se tornando mais complexas, torna-se necessário um estudo mais detalhado, em que
procura-se entender as necessidades dos movimentos dentro da tarefa que esta se
executando e assim buscar uma harmonia melhor entre o corpo e a atividade, estudando
então a funcionalidade de todo conjunto.
Os estudos devem levar em consideração que os movimentos executados pelo corpo são
tridimensionais e, portanto, deve-se tomar cuidado para compreender adequadamente toda
abrangência dos movimentos executados na execução da tarefa sob análise. Para bons
resultados no estudo dos movimentos envolvidos em uma tarefa, meios que registrem estes
movimentos, como fotografias, filmagens, etc., contribuem para o um entendimento melhor e
mais detalhado.
Deve-se também saber registrar corretamente os movimentos utilizando os termos corretos
para cada tipo de movimento.
Um recurso muito utilizado nesses estudos é construir modelos tridimensionais, podendo ser
manequins, quando mais elaborados, androides, e com a evolução tecnológica, modelos
computacionais também são bons recursos para estes estudos.
Com isso pode-se projetar postos de trabalho de forma mais adequada para atender as
necessidades da atividade a ser executada, e também buscar se adaptar ao tipo de trabalho
que será executado.
Para cada atividade, esforço demandado, frequência de movimentos, etc, há recomendações
específicas para as dimensões a serem adotadas.
A maioria das atividades executadas ocorrem sob superfícies horizontais e, desta forma,
passam a ter uma importância para a ergonomia, estudando-se os alcances de forma que
todas as pessoas consigam pegar facilmente as ferramentas, peças ou o que for necessário
para sua atividade. 
Estes estudos permitem definir na área de trabalho diferentes zonas para poder programar
melhor os movimentos, conforme as atividades a serem executadas, e a localização de cada
elemento nesta superfície. As zonas de alcance horizontal foram dividas em 4 por Robert
Bosch, sendo que ele determinou o centro de trabalho, o centro de trabalho expandido, a zona
de uma mão e a zona de uma mão expandida, visando uma melhor organização das
atividades, ferramentas, peças, etc., na superfície de trabalho.

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