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Fundamentos Teóricos e Metodológicos de Alfabetização de Adultos A leitura e a escrita em uma sociedade letrada Responsável pelo Conteúdo: Profa. Ms. Adriana Botto Vianna Revisão Textual: Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco 5 Un id ad e A leitura e a escrita em uma sociedade letrada Nesta unidade da disciplina Fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização de adultos apresentaremos a alfabetização e a função da leitura e da escrita: os aspectos contemporâneos, o contexto internacional e as políticas de alfabetização na Educação de Jovens e Adultos (EJA). No Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Blackboard você encontrará o conteúdo a ser estudado, as atividades, fóruns e as informações necessárias para você desenvolver bem o seu aprendizado. São diferentes ferramentas à sua disposição! Para resolver suas dúvidas relativas aos conteúdos, entre em contato com seu tutor, e para dúvidas técnicas entre em contato com o suporte. Compreender a importância do acesso à leitura e à escrita em uma sociedade letrada. Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • A alfabetização e a função da leitura e da escrita: aspectos contemporâneos • O contexto internacional e as políticas de alfabetização na Educação de Jovens e Adultos (EJA) Fonte: T hinkstock/G etty Im ages 6 Unidade: A leitura e a escrita em uma sociedade letrada Para iniciarmos os trabalhos e contextualizarmos as discussões aqui propostas leia um importante registro que foi marco, sem precedentes, na história da Educação de Adultos. Trata-se do documento disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/ images/0012/001297/129773porb.pdf> e que foi elaborado durante a Conferência Internacional sobre Educação de Adultos, realizada na cidade alemã Hamburgo, em 1999 e promovida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Estabeleceu-se ali uma agenda para o futuro. Contextualização 7 Começamos aqui nosso caminho para entender a importância da leitura e da escrita em nossa sociedade atual. Para tanto, voltemos no tempo. Muito ouvíamos, de nossos avôs, provérbios como o seguinte: “Palavra dada, vida empenhada”. Figura 1. Contudo, sabemos que na atualidade não é bem assim que as coisas acontecem! Dependemos do escrito, do papel, do registro. A palavra não é sinônimo de compromisso, não é mesmo? Segundo Higounet (apud COSTA; SILVA; VILAÇA, 2013, p. 22): A história da humanidade se divide em duas imensas Eras: antes e a partir da escrita. [...] Vivemos os séculos da civilização da escrita. Todas as nossas sociedades baseiam-se sobre o escrito. A lei escrita substitui a lei oral, o contrato escrito substituiu a convenção verbal, a religião escrita se seguiu à tradição lendária. E, sobretudo, não existe história que não se funde sobre textos. Durante muitos séculos a escrita esteve restrita a poucos. Durante a Idade Média, por exemplo, apenas os padres – e somente alguns desses – tinham acesso aos textos bíblicos. Essa situação mudou apenas com o advento da imprensa, de Gutenberg, no século XV. Para conhecer mais sobre esse célebre alemão, acesse: <http://educacao.uol.com. br/biografias/johannes-gutenberg.jhtm>. Fo nt e: T hi nk st oc k/ G et ty Im ag es Assista ao filme Em nome da rosa, disponível em: <https://www.youtube.com/ playlist?list=PL8436D399E1A7C0DB>. Baseado na obra homônima de Umberto Eco, originalmente publicada em 1980, neste filme vemos claramente a situação exposta, em que a igreja dominava a arte da leitura e da escrita. A alfabetização e a função da leitura e da escrita: aspectos contemporâneos 8 Unidade: A leitura e a escrita em uma sociedade letrada Você consegue imaginar-se sem a leitura e a escrita em sua vida atual? Figuras 2, 3 e 4. Tudo ao nosso redor tem uma grande carga de textos, de modo que – principalmente para indivíduos com nenhuma ou pouca escolaridade – torna-se difícil o acesso à informação. Para Souza, Coutinho e Moraes ([20--], p. 1, grifo nosso): No mundo contemporâneo a exigência para a integração do homem em uma sociedade grafocêntrica é a de ser letrado. Porém, essa exigência não se limita à capacidade de ler e escrever, de ser alfabetizado, mas a de ser capaz de fazer uso autônomo dessas habilidades nas diversas práticas sociais. No trabalho, nos bancos, hospitais, lojas comerciais, instituições públicas e, mesmo em casa, as atividades passaram, necessariamente, a ser mediadas por instrumentos eletrônicos, exigindo assim, uma nova forma de relacionamento com a leitura e a escrita para atender a essas novas exigências, que são colocadas com o crescente desenvolvimento e utilização das tecnologias modernas em todos os setores da sociedade. Essas autoras nos apontam algo muito importante: não basta ter acesso à leitura e à escrita de forma técnica, ou seja, apenas para decodificarmos letras se no momento de precisarmos “usá-las” socialmente não conseguimos entender uma informação, um texto! A seguinte tirinha mostra-nos uma situação concreta do que as autoras argumentam: Figura 5. Nesta situação específica há ainda a necessidade de conhecimento das novas tecnologias. Atualmente o letramento está muito além da leitura e da escrita simplesmente. Nosso mundo tornou-se mais complexo. Fo nt e: p ro fe ss or a- lu ci m ei re s. bl og sp ot .c om .b r Grafocêntrica: Diz-se da sociedade que é centrada na escrita. A sociedade brasileira é uma sociedade grafocêntrica (fonte: < http://www.dicionarioinformal.com.br/ grafoc%C3%AAntrica>). 9 As mesmas autoras chamam a atenção sobre a importância do acesso à leitura e à escrita já na infância. Na maioria das vezes, para os indivíduos analfabetos, por conta de pertencerem a classes sociais menos favorecidas, esses não têm acesso a jornais, revistas não são levados a utilizar a leitura e a escrita em seus cotidianos, de modo que desconhecem sua função. Já as crianças são levadas ao contato com livros desde cedo, nas escolas. Mesmo que não saibam, ainda, ler – decodificar os sinais –, conseguem realizar uma leitura global dos textos, interpretando imagens, relacionando-as com o contexto do texto, enfim, utilizando-se desses recursos para a compreensão do mundo ao seu redor. Diante disso, a escola, tal qual a conhecemos, tem o papel de garantir e desenvolver nos alunos a escrita e a leitura. Não apenas a técnica de escrever e ler, codificar e decodificar símbolos e sons, mas o desenvolvimento da competência leitora e escritora. Em um mundo letrado, ter acesso à escrita e à leitura é sinônimo de inclusão, de pertencer, de poder participar, de ser cidadão, em síntese, é ter acesso à informação. Que mundo letrado é este? Alfabetizar para quê? Para deixarmos claros os conceitos que a seguir explicitaremos! A alfabetização considerada como o ensino das habilidades de “codificação” e “decodificação” foi transposta para a sala de aula, no final do século XIX, mediante a criação de diferentes métodos de alfabetização – métodos sintéticos (silábicos ou fônicos) x métodos analíticos (global) –, que padronizaram a aprendizagem da leitura e da escrita. As cartilhas relacionadas a esses métodos passaram a ser amplamente utilizadas como livro didático para o ensino nessa área (SANTOS, 2007, p. 11, grifo nosso). Quanto ao letramento: Nos últimos vinte anos, principalmente a partir da década de 1990, o conceito de alfabetização passou a ser vinculado a outro fenômeno: o letramento. Segundo Soares (1998), o termo letramento é a versão para o português da palavra de língua inglesa literacy, que significa o estado ou condição que assume aquele que aprende a ler e a escrever. Esse mesmo termo é definido no Dicionário Houaiss (2001) “como um conjuntode práticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito”. No Brasil, o termo letramento não substituiu a palavra alfabetização, mas aparece associada a ela. Podemos falar, ainda nos dias de hoje, de um alto índice de analfabetos, mas não de “iletrados”, pois sabemos que um sujeito que não domina a escrita alfabética, seja criança, seja adulto, envolve-se em práticas de leitura e escrita através da mediação de uma pessoa alfabetizada, e nessas práticas desenvolve uma série de conhecimentos sobre os gêneros que circulam na sociedade. Assim, por exemplo, crianças pequenas que escutam frequentemente histórias lidas por adultos, são capazes de pegar um livrinho e fingir que leem a história, usando, para isso, a linguagem característica desse gênero (SANTOS, 2007, p. 16-17, grifos nossos). 10 Unidade: A leitura e a escrita em uma sociedade letrada Pensemos sobre o que o autor diz acima: um sujeito analfabeto não é iletrado, ou seja, esse tem acesso às informações do mundo; consegue movimentar-se na rua; fazer compras em um supermercado, tudo isso sem que o domínio da técnica da leitura e da escrita o impeça de acessar as informações. Podemos, porém, ter a situação inversa: um sujeito alfabetizado, mas que não é letrado, ou seja, sabe decodificar letras e palavras, mas não sabe como fazer, não sabe utilizar essa habilidade em um determinado contexto (SOUZA; COUTINHO; MORAES, [20--]). O sujeito analfabeto realiza a leitura através do “desenho” das palavras, da forma que vê o que está escrito. Por exemplo, um adulto analfabeto é capaz de saber o ônibus que embarcará, pois todos os dias utiliza a mesma condução e já consegue reconhecer os números que identificam aquele carro, bem como o nome do local de destino. Com a criança se dá da mesma forma, por exemplo, essa sabe que uma determinada garrafa é de um certo refrigerante e não de outro, apenas pelo rótulo, seu formato e cor. Figura 6. É nesse sentido que vivemos em um mundo letrado. Para qualquer lado que viramos encontramos palavras escritas, seja através de informações, seja por rótulos de produtos, de panfletos que recebemos na rua, enfim, estamos inseridos neste mundo! Cabe a nós, educadores, compreender a dinâmica entre o ato de alfabetizar e letrar para desenvolvermos a competência leitora e escritora, como nos diz Soares (1998, p. 47): alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não são inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado. E, complementando as palavras de Soares (1998), cita-se Paulo Freire (1989, p. 9): A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Fo nt e: T hi nk st oc k/ G et ty Im ag es 11 Esses autores estão nos orientando sobre os preceitos da alfabetização e letramento. Ensinam- nos a olhar para o contexto de nossos alunos, o mundo em que vivem e ao qual pertencem e que, no processo, dará sentido aquilo que aprenderão. Emília Ferreiro fez várias pesquisas com sujeitos analfabetos ou pouco alfabetizados e tais estudos mostram que, apesar desses não conhecerem o sistema formal de escrita, possuem uma noção do sistema ortográfico. Isso, justamente, pelo fato de que esses sujeitos estão engajados em um mundo altamente letrado e possuem consciência do valor social da escrita (DURANTE, 2007). Seus percursos de vida, suas experiências, o trabalho que desenvolvem são contextos importantes para pensarmos uma intervenção com os adultos. Durante (2007, p. 28, grifo nosso) aponta-nos que: Concebendo os adultos pouco escolarizados como indivíduos ativos e cognoscentes, em interação com o mundo letrado ao seu redor, criando recursos diversos de interpretação, para lidar com as representações da língua, torna- se realmente impossível considerá-los analfabetos. De formas variadas, todos possuem conhecimentos sobre a escrita como representação da língua. As investigações sobre o processo de desenvolvimento e aprendizagem mostram que adultos não alfabetizados possuem conhecimentos sobre a escrita e sua função, mesmo sem passarem por um processo de escolarização, apresentando, às vezes, na linguagem oral características da linguagem escrita (discurso letrado). Verbete: Cognoscente – do latim cognoscens, -entis, particípio presente de cognosco, -ere, conhecer. Adjetivo de dois gêneros: 1. Que conhece ou tem a capacidade de conhecer. = cognoscitivo substantivo de dois gêneros; 2. Indivíduo que conhece (fonte: <http://www.priberam.pt/dlpo/cognoscente>). O contexto internacional e as políticas de alfabetização na Educação de Jovens e Adultos (EJA) O contexto internacional e as políticas de alfabetização na Educação de Jovens e Adultos (EJA) Vimos a necessidade de a população analfabeta ter acesso à educação, mas o que se tem feito para que isso aconteça? Durante toda a história da educação brasileira, a EJA foi alvo de ações – muitas vezes não muito efetivas –, segundo Laffin (2012, p. 142): 12 Unidade: A leitura e a escrita em uma sociedade letrada Pensar a questão do direito dos processos educativos de jovens, adultos e idosos é lembrar que esses direitos vêm sendo objeto de lutas, no sentido de que esses processos possam passar a não mais se configurar como um “desinteresse” por parte do Estado, mas se efetivem no âmbito das políticas públicas com a garantia de sua oferta por parte do Estado. Outra questão refere-se à noção de direito à educação como parte constitutiva de políticas públicas de Estado. O percurso dos debates sobre a escolaridade obrigatória remete-nos à Emenda Constitucional Brasileira de 1969, que modifica a redação da Constituição de 1967, a qual situa, pela primeira vez, o Estado com o dever de ofertar a educação, e se configura também na Constituição Federal de 1988, ao estabelecer que “a educação é direito de todos e dever do Estado e da família” e ainda que é o “Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, inclusive sua oferta garantida para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria”. Em 1990 tivemos uma ação, em nível internacional, que disparou diversas demandas em distintos países e o Brasil estava entre esses. Essa ação se deu por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), juntamente com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O encontro aconteceu em Jomtien, Tailândia, intitulou-se Conferência mundial de educação para todos e desse evento gerou-se um documento, chamado Declaração mundial sobre educação para todos. Nesse documento torna-se clara a necessidade de se dar mais atenção à população que não teve acesso à educação formal. o mundo está às vésperas de um novo século carregado de esperanças e de possibilidades. Hoje, testemunhamos um autêntico progresso rumo à dissensão pacífica e de uma maior cooperação entre as nações. Hoje, os direitos essenciais e as potencialidades das mulheres são levados em conta. Hoje, vemos emergir, a todo momento, muitas e valiosas realizações científicas e culturais. Hoje, o volume das informações disponível no mundo – grande parte importante para a sobrevivência e bem-estar das pessoas – é extremamente mais amplo do que há alguns anos, e continua crescendo num ritmo acelerado. Esses conhecimentos incluem informações sobre como melhorar a qualidade de vida ou como aprender a aprender. Um efeito multiplicador ocorre quando informações importantes estão vinculadas com outro grande avanço: nossanova capacidade em comunicar (ONU; UNICEF, 1990). Leia mais sobre a Conferência mundial de educação para todos em: <http://www. unicef.org/brazil/pt/resources_10230.htm>. Os países que assinaram a declaração tiveram como “lição de casa” efetivar ações que erradicassem o analfabetismo. No Brasil muitas iniciativas foram realizadas, porém, foi em 1999, na Conferência Internacional de Hamburgo, que se efetivou uma proposta específica à EJA. 13 Tema II A melhoria das condições e da qualidade da educação de adultos 16. Ao mesmo tempo em que se assiste a um aumento da demanda de educação de adultos e a uma explosão na informação, crescem igualmente as disparidades entre aqueles que têm acesso a ela e os que não o têm. É preciso, portanto, diminuir essa polarização, que reforça as desigualdades existentes, criar estruturas de ensino para adultos e quadros de educação permanente suscetíveis de se oporem à tendência dominante. Como se pode melhorar as condições de educação dos adultos? Como superar as insuficiências de serviços oferecidos nesta área? Que tipo de medidas e de reformas nesta área? Que tipo de medidas e de reformas é necessário empreender para melhorar o acesso, a adequação e a qualidade, respeitar mais a diversidade e reconhecer os aprendizados anteriores? (SESI; UNESCO, 1999). Todo esse movimento gerou mudanças em nossas políticas públicas. No Brasil tivemos, pela primeira vez, a elaboração de uma proposta curricular. O documento abarca o Ensino Fundamental – primeiro segmento (1ª a 4ª séries) e segundo segmento (5ª a 8ª séries). Elaborado em 2001, o documento foi um marco na EJA. Possui como diretriz: “O objetivo deste trabalho é oferecer um subsídio que oriente a elaboração de programas de educação de jovens e adultos e, consequentemente, também o provimento de materiais didáticos e a formação de educadores a ela dedicados” (BRASIL, 2001, p. 13). Na terceira Unidade estudaremos esse documento mais detalhadamente, para que possamos entender a proposta de alfabetização de adultos e sua concepção. Atualmente, vemos ações em nível federal, estadual e municipal na organização das ações em EJA, como se constata nos exemplos do Estado de São Paulo. Pesquise em seu Estado e cidade as ações que são realizadas na EJA! Em nível federal temos o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). Em nível estadual – no âmbito da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo – temos o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); a EJA; o Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (Ceeja) e o exame supletivo. Em nível municipal temos o EJA noturno; o EJA modular; o Movimento de Alfabetização (Mova); o Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (Cieja) e o Centro Municipal de Capacitação e Treinamento (CMCT). 14 Unidade: A leitura e a escrita em uma sociedade letrada Acesse os seguintes links para melhor compreender todos os programas apresentados nos diferentes níveis de poder: • Pelo Ministério da Educação (MEC), disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ index.php?option=com_content&view=article&id=12485&Itemid=784>; • Pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, disponível em: <http:// www.educacao.sp.gov.br/portal/enem-exame-nacional-do-ensino-medio>; e • Pela Secretaria Municipal de Educação, disponível em: <http://portal.sme. prefeitura.sp.gov.br/Main/Page/PortalSMESP/Educacao-de-Jovens-e-Adultos>. Vimos nesta Unidade a importância da leitura e da escrita em nossas vidas; assim como não ter acesso a essas pode excluir nossa participação na sociedade. Vimos também as ações, em nível internacional e nacional, que foram disparadas no intuito de erradicarmos o analfabetismo com iniciativas de qualidade. 15 Material Complementar 1. Vídeo: A construção da leitura e da escrita do adulto na perspectiva freiriana. Duração: 44min., disponível em: <http://acervo.paulofreire.org/xmlui/handle/7891/884>. Este vídeo foi produzido pelo Centro de Referência Paulo Freire (Instituto Paulo Freire) e publicado em 2001. Narra a realização do curso Alfabetização Jovens e Adultos, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Administração Regional do Estado de São Paulo (Senac-SP), com assessoria do Instituto Paulo Freire. 2. Livro: A educação no século XXI: os desafios do futuro imediato, organizado por F. Imbernón e traduzido por Ernani Rosa. Publicado em Porto Alegre, RS, pela editora Artmed, em 2008, disponível em minha biblioteca. Leia o primeiro capítulo, intitulado Desafios e saídas educativas na entrada do século, escrito por Ramón Flecha e Iolanda Tortajada, ambos da Universitat de Barcelona. 3. Livro: A importância do ato de ler, escrito por Paulo Freire e disponível em: <http:// forumeja.org.br/files/A_importancia_do_ato_de_ler.pdf>. Neste livro Paulo Freire conta-nos sobre as relações da biblioteca popular com a alfabetização de adultos, isso em um artigo que expõe a experiência da alfabetização de adultos desenvolvida pelo autor e sua equipe em São Tomé e Príncipe. 4. Filme: Central do Brasil. Assista ao filme estrelado por Fernanda Montenegro e veja a importância da leitura e da escrita na vida das pessoas. 16 Unidade: A leitura e a escrita em uma sociedade letrada Referências BRASIL. Ministério da Educação. Educação para Jovens e Adultos: Ensino Fundamental: proposta curricular – 1º segmento. São Paulo; Brasília, DF: Ação Educativa, 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=13533%3Aproposta- curricular&Itemid=913>. Acesso em: 19 nov. 2014. COSTA, R. C.; SILVA, R.; VILAÇA, M. L. C. A evolução, revolução e valorização da escrita. In: CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES (CONINTER), 2., 8-11 out. 2013, Belo Horizonte, MG, 2013. Disponível em: <http://www.2coninter. com.br/artigos/pdf/803.pdf>. Acesso em: 20 out. 2014. DURANTE, M. Alfabetização de adultos: leitura e produção de textos. Porto Alegre, RS: Artmed, 2007. FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1989. (Col. Polêmicas do nosso tempo; 4). LAFFIN, M. H. L. F. Alfabetização de idosos e adultos ou leitura e escrita? Rev. Port. de Educação, v. 25, n. 2, p. 141-165, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/ rpe/v25n2/v25n2a07.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2014. ONU; UNICEF. Declaração mundial sobre educação para todos. In: CONFERÊNCIA DE JOMTIEN, 1990. Disponível em: <http://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10230.htm>. Acesso em: 19 nov. 2014. SANTOS, C. F. Alfabetização e letramento: conceitos e relações Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2007. SESI; UNESCO. Declaração de Hamburgo: agenda para o futuro. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE A EDUCAÇÃO DE ADULTOS. 1999, Brasília, DF, 1999. SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 1998. SOUZA, A. P. de; COUTINHO, L. A.; MORAES, M. O. de. A leitura como prática social: uma experiência com os sujeitos da Educação de Jovens e Adultos. [20--]. Disponível em: <http://www.catedraunescoeja.org/GT05/COM/COM008.pdf>. Acesso em: 30 out. 2014. 17 Anotações
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