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* * Professora Mhariza Araújo * * Todos os sinais, além das palavras, que se empregam para indicar sentimentos e atitudes- expressões faciais, gestos corporais, espaços psicológicos, sons diversos são excelentes meios de comunicação. * * Todas estas formas de linguagem não verbal exprimem e comunicam ideias, sentimentos e emoções, acompanham, reforçam e chegam a substituir a linguagem verbal, delineando significações e conferindo uma vivência mais profunda e autentica à comunicação. * * Segundo Silva, o contato físico em si não é um acontecimento emocional, mas seus elementos sensoriais provocam alterações neurais, glandulares, musculares e mentais, as quais chamamos de emoções. * * Por isso, muitas vezes, o tato não é sentido como uma sensação e, sim, efetivamente, como emoção. A importância de como se toca, onde se toca e porque se toca é de extrema importância. * * É o estudo do toque e todas as características que o envolvem; pressão exercida, local onde se toca idade e sexo dos comunicadores, entre outras. * * Desmond Morris (2010), diz que quando nos sentimos nervosos ou deprimidos, um ser querido pode tentar nos tranquilizar com um abraço consolador ou apertando fortemente a nossa mão. * * Na ausência de um ser querido, é possível que um precisamos recorrer a pessoas especializadas, para que nos toquem os ombros e digam para não nos preocuparmos. Até um animal virá um co-terapeuta, nestas horas. * * Duração: Curto ou longo; Localização: Certas áreas são mais sensíveis, outras menos. Ação: É a velocidade com que nos aproximamos do outro quando vamos tocá-lo. Isso nos faz pensar na reação que podemos provocar ao executar rapidamente os procedimentos técnicos. * * Intensidade: Refere-se à pressão que exercemos ao tocar e varia de acordo com a sensibilidade do local. Frequência: É a quantidade de vezes que se toca. É bom ressaltar que, até podemos fazer um toque mais duro caso seja necessário, porém, se ele não for frequente. * * Sensação provocada: São os graus de conforto e desconforto gerados pelo toque. Sempre que nos referimos ao toque é preciso, também, que nos lembremos que existem diferenças individuais e culturais. Levar em consideração a cultura, a idade e o sexo das pessoas é muito importante. * * 1. Instrumental: Constitui o contato físico deliberado necessário para o desempenho de uma tarefa específica. 2. Expressivo ou afetivo: Contato relativamente espontâneo e afetivo, não necessariamente relacionado a uma tarefa específica. * * 3. Terapêutico: Termo usado para designar a impostação das mãos ou qualquer uso do toque terapeuticamente. * * A enfermeira Dolores Krieger(2013), tem divulgado essa técnica como medida terapêutica, verifica-se após o uso do toque terapêutico, o alívio da dor, diminuição da ansiedade, aceleração dos processos de cicatrização dentre outros. * * Normalmente somos tocados nos braços e mãos, porém em ambiente hospitalar existe uma “permissão implícita” que nos permite tocar, nos pacientes com mais naturalidade do que tocaríamos as das outras pessoas que circulam no hospital. * * Se está confuso: a pessoa com paranoia ou alteração metabólica, pode entender o toque de maneira diferente, como agressão ou sedução; Se tem deficiência visual: Como não vê a aproximação, pode se assustar, é preciso avisá-lo; * * Se está experimentando uma privação sensorial passageira ou permanente: porque está com a sua percepção alterada; Se for vítima de abuso sexual; Se usa alguma bengala ou algum suporte. * * Devemos lembrar, então que um sorriso, um meneio positivo da cabeça, o contato com os olhos, o toque no lugar certo, o uso adequado do silêncio e da voz suave, são sinais que auxiliam nos relacionamentos interpessoais e na comunicação efetiva. * * É sempre importante lembrar que quando tocamos alguém, estamos invadindo o seu espaço pessoal. Por isso, é importante ficarmos atentos aos sinais não verbais que demonstram “consentimento” ou não do paciente com relação a esta invasão, como sua expressão facial, rigidez muscular, direção do olhar, etc. * * Aprender os mistérios do toque faz parte do processo de humanização da relação profissional enfermagem-cliente. * * * * * * * * “Não tenha medo. Apenas me toque”. PHYLLIS K. DAVIS
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