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05/09/2018 
1 
 
TUTELAS PROVISÓRIAS 
 
Tutelas provisórias são tutelas jurisdicionais não definitivas, 
fundadas em cognição sumária(isto é, fundadas em um 
exame menos profundo da causa, capaz de levar à prolação 
de decisões baseadas em juízo de probabilidade e não de 
certeza). 
 
Podem fundar-se em: 
 
a)Urgência ANTECIPADA 
 CAUTELAR 
b) Evidência 
*Tutela cautelar – é uma tutela de urgência do 
processo, isto é, à tutela provisória urgente 
destinada a assegurar o futuro resultado útil do 
processo, nos casos em que uma situação de 
perigo ponha em risco sua efetividade. 
 
* Tutela de urgência satisfativa (tutela antecipada 
de urgência) se destina a permitir a imediata 
realização prática do direito alegado pelo 
demandante, revelando-se adequada em casos 
nos quais se afigure presente uma situação de 
perigo iminente para o próprio direito substancial 
(perigo de morosidade). 
 *Tutela de Evidência - trata-se, então, de uma tutela 
antecipada não urgente, isto é, de uma medida 
destinada a antecipar o próprio resultado prático final 
do processo, satisfazendo-se na prática o direito do 
demandante, independentemente da presença de 
periculum in mora. Está-se, aí, pois, diante de uma 
técnica de aceleração do resultado do processo, criada 
para casos em que se afigura evidente (isto é, dotada de 
probabilidade máxima) a existência do direito material. 
Art. 311 do CPC – TUTELA DE EVIDÊNCIA 
I- tutela de evidência sancionatória 
Ex. É o que se dá, por exemplo, em processos nos quais sediscute a 
responsabilidade civil do fornecedor de produtos e este se defende 
alegando não ter agido com culpa para a produção do dano suportado pelo 
consumidor (quando é notório que a responsabilidade civil do fornecedor 
de produtos é, invariavelmente, objetiva, prescindindo da existência de 
culpa) 
 
II-suficiência da prova documental preconstituída e existência de tese 
firmada em precedente ou súmula vinculante. 
 
III- “ação de depósito”(nome tradicionalmente empregado para designar a 
demanda que, fundada em prova documental do contrato de depósito, tem 
por objeto a restituição da coisa depositada). Afirma o dispositivo legal que 
será deferida a tutela da evidência quando “se tratar de pedido 
Reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa”. 
IV- trata-se de mais um caso de tutela da evidência fundada em direito 
líquido e certo (isto é, em direito cujo fato constitutivo é demonstrável 
através de prova documental preconstituída), mas, diferentemente do que se 
prevê no inciso II deste mesmo art. 311, aqui não há precedente ou 
enunciado de súmula vinculante aplicável ao caso. 
Nesta hipótese, então, a tutela da evidência exige que, além da prova 
documental suficiente a acompanhar a petição inicial, não tenha o 
demandado sido capaz de apresentar, com a contestação, elementos de 
prova capazes de gerar dúvida razoável acerca da veracidade das alegações 
feitas pelo autor a respeito dos fatos da causa. Pois nesse caso, da soma dos 
elementos probatórios trazidos pelo autor e da falta de elementos 
convincentes trazidos pelo réu extrai-se a probabilidade máxima(evidência) 
da existência do direito substancial alegado pelo demandante. 
REQUISITO ESSENCIAIS DAS TUTELAS DE 
URGÊNCIA( EVIDÊNCIA NÃO!) 
 
1) PERICULUM IN MORA - concessão da existência de uma situação de 
perigo de dano iminente, resultante da demora do processo. Este 
perigo pode ter por alvo a própria existência do direito material (caso 
em que será adequada a tutela de urgência satisfativa) ou a 
efetividade do processo (hipótese na qual adequada será a tutela 
cautelar). O periculum in mora, porém, embora essencial, não é 
requisito suficiente para a concessão de tutela de urgência. Esta, por 
se fundar em cognição sumária, exige também o “fumus boni iuris”. 
 
2) FUMUS BONI IURIS - como se pode verificar pelo texto do art. 300, 
segundo o qual “[a] tutela de urgência será concedida quando houver 
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de 
dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
 
 
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Atenção! 
 FPPC, enunciado 419: “Não é absoluta a regra que proíbe a tutela 
provisória com efeitos irreversíveis”). Basta pensar na fixação de 
alimentos provisórios (os quais, como sabido, são irrepetíveis), ou nos 
casos em que, através de tutela provisória de urgência, se autoriza a 
realização de intervenção cirúrgica ou o fornecimento de 
medicamento. 
•É preciso, então, perceber a lógica por trás da regra que veda a 
concessão de tutela provisória satisfativa irreversível, o que permitirá 
compreender as exceções a ela. É que a vedação à concessão de 
tutela de urgência satisfativa irreversível resulta da necessidade de 
impedir que uma decisão provisória produza efeitos definitivos. 
Casos há, porém, em que se estará diante da situação conhecida 
como de irreversibilidade recíproca . Consiste isso na hipótese em que 
o juiz verifica que a concessão da medida produziria efeitos 
irreversíveis, mas sua denegação também teria efeitos irreversíveis. 
 A concessão de tutela de urgência – em qualquer de suas modalidades – 
exigirá a prestação de uma caução de contracautela? 
 Art. 300 do CPC 
 
Não se pode criar obstáculo econômico ao acesso à justiça, que não é 
garantido só aos fortes economicamente, mas é assegurado universalmente. 
Há entendimento (consolidado no enunciado 497 do FPPC) segundo o qual as 
 hipóteses de exigência de caução devem ser definidas à luz do art. 520, IV. 
Entenda-se: a caução deve ser fixada sempre que houver periculum in mora 
inverso, e uma das hipóteses previstas no aludido dispositivo legal 
é,precisamente, esta (risco de grave dano ao demandado). De outro lado, 
deve se dispensar a caução em todos os casos previstos no art. 521(enunciado 
498 do FPPC).

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