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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ FACULDADE DE DIREITO 2º Período DISCIPLINA: SOCIOLOGIA JURÍDICA Primeiras Aulas 2019/2 Apresentação da disciplina/ Direito e Sociedade. Sociologia e Direito. – DIREITO E SOCIEDADE Introdução “Em outras palavras, vamos examinar as causas, os fatos (sociais) e os efeitos (sociais) das normas jurídicas quando de sua aplicação. Vamos perceber que o objeto de análise da Sociologia Jurídica e Judiciária é a "realidade jurídica", na tentativa de responder a questões fundamentais, como por exemplo, o porquê da existência do sistema jurídico ou quais são as consequências do direito na vida social”. “Para Cavalieri Filho (2010, p.90) ¨... podemos conceituar a Sociologia Jurídica como sendo a ciência que estuda o direito como fenômeno social (ser), a fim de observar a adequação da ordem jurídica aos fatos sociais, o cumprimento pelo povo das leis vigentes, aplicação destas pelas autoridades e os efeitos sociais por elas (leis) produzidos (eficácia)¨. Sociedade = visões diversas sobre o mesmo objeto. “Sociedade: um conjunto complexo de indivíduos permanentemente associados e equipados de padrões comuns, próprios para garantir a continuidade do todo e a realização de seus ideais. É um conjunto de grupos sociais inter-relacionados e em constante transformação”. Visão sociológica do direito segundo Edna Rachel Hogemann. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS Sobre a teoria Tridimensional e os aspectos de justiça, validade e eficácia da norma. (livro pág.20). Validade – Conflito entre normas. Questões relativas à hierarquia. Lei 8.245/91. Art. 4o Durante o prazo estipulado para a duração do contrato, não poderá o locador reaver o imóvel alugado. Com exceção ao que estipula o § 2o do art. 54-A, o locatário, todavia, poderá devolvê-lo, pagando a multa pactuada, proporcional ao período de cumprimento do contrato, ou, na sua falta, a que for judicialmente estipulada. (Redação dada pela Lei nº 12.744, de 2012) Princípio da Insignificância ou bagatela. “O direito é um fenômeno cultural. Só existe nas sociedades humanas. Somente a vida humana pode necessitar de normas que a antecipem e pretendam regular, buscando a prevenção da conduta antissocial por meio de sanção que a norma pressupõe”. “O direito do ponto de vista sociológico é um fato social”. (?) Os dois lados da “coerção” em Durkheim. - Consciência coletiva e produção de novos valores e a autodeterminação. “A preocupação da Sociologia Jurídica e Judiciária é saber até que ponto as normas jurídicas se tornam realmente válidas, se na prática correspondem aos objetivos dos legisladores e seus destinatários”. (Edna Rachel Rogemann). - Socialização e controle social – livro pág.12 atividades de cooperação e concorrência= A concorrência enquanto atividades paralelas. Função social do Direito segundo Edna Rachel: Preventiva. Compositiva Controle Social. (Posição da autora e o Caráter Subsidiário e Fragmentário do Direito Penal). Diferentes abordagens. Função de regulação social = (função simbólica do direito) “O jurista-sociólogo analisa o processo de criação do direito (normas jurídicas de conduta) e sua aplicação na sociedade”. – Normas de Conduta: Norma Jurídica: “É composta de dois elementos: 1. Preceito; 2. Sanção.O primeiro contém a regra de conduta a ser observada por seus destinatários; o segundo, a pena (punição) a ser imposta a quem a desobedeça”; Norma Moral: “tem sua origem na consciência do indivíduo, cuja execução não é obrigatoriamente exigível e que tende ao aperfeiçoamento do homem. Por exemplo, as normas religiosas”. “Normas de Trato Social ou de Mera Conduta: são padrões de conduta social, elaboradas pela sociedade que visam tornar o ambiente social mais ameno, sob pressão da própria sociedade. Por exemplo, usar talheres à mesa”. Norma Jurídica. Origem. Livro item 1.2.8. – Sociologia Jurídica e Sociologia Judiciária: Entre os autores citados no livro há em comum que a sociologia jurídica teria como objeto de estudo a gênese das normas jurídicas e de seus efeitos na realidade social. Sociologia Jurídica = Segundo Sérgio Cavalieri “é ciência que estuda o direito enquanto fenômeno social (ser), a fim de observar a adequação jurídica aos fatos sociais, o cumprimento pelo povo das leis vigentes, a aplicação desta pelas autoridades, e os efeitos sociais por ela produzidos”. “Quanto à Sociologia Judiciária, esta tem como objeto de análise científica os atos praticados pelos instrumentos humanos de realização do Direito (magistrados, advogados, promotores, serventuários da Justiça, etc), como, por exemplo, o ato de julgar dos magistrados, buscando superar a visão do senso comum que enxerga na figura do Juiz um mero agente passivo, o "aplicador da lei”. O estudo da Sociologia Judiciária leva a que se perceba que não são autômatos a executar uma programação estritamente demarcada pela lei, tomada ao pé da letra”. Introdução. Sociologia Jurídica = Segundo Sérgio Cavalieri “é ciência que estuda o direito enquanto fenômeno social (ser), a fim de observar a adequação jurídica aos fatos sociais, o cumprimento pelo povo das leis vigentes, a aplicação desta pelas autoridades, e os efeitos sociais por ela produzidos”. “Quanto à Sociologia Judiciária, esta tem como objeto de análise científica os atos praticados pelos instrumentos humanos de realização do Direito (magistrados, advogados, promotores, serventuários da Justiça, etc), como por exemplo o ato de julgar dos magistrados, buscando superar a visão do senso comum que enxerga na figura do Juiz um mero agente passivo, o "aplicador da lei”. O estudo da Sociologia Judiciária leva a que se perceba que não são autômatos a executar uma programação estritamente demarcada pela lei, tomada ao pé da letra”. “a) investigar como as regras jurídicas se constituíram real e efetivamente; b) o modo como as normas jurídicas funcionam na sociedade (Leçons de Sociologie, PUF, Paris, 1950). No primeiro item estaria incluído o exame das causas que determinam o surgimento das regras jurídicas, dos fatos sociais que as suscitam, bem como das necessidades que visam satisfazer. Somente quando as normas estão ajustadas aos fatos é que poderão atender aos objetivos para os quais foram elaboradas. No segundo item procurar-se-ia saber dos resultados decorrentes da existência da norma, isto é, se está ou não sendo aplicada, se há ou não estrutura para isso etc.” 1.8. Sobre a teoria Tridimensional e os aspectos de justiça, validade e eficácia da norma. (livro pág.20) 1.9 – Sociologia jurídica, Ciência Jurídica e Filosofia Jurídica. (livro pág.21) 1.10 – Critérios de composição de conflitos: papel de conflito em suas várias interpretações possíveis. - Composição voluntária e a autotutela. -Critério autoritário – Autoridade lança mão de seu próprio senso de justiça. Foro íntimo pra fazer valer o que pretende. - Critério Jurídico – Monopólio do estado. anterioridade, publicidade e universalidade. 1.11 – Formas de Resolução de Conflitos; pág.25 a) autocomposição e heterocomposição/ mediação (Ex. justiça restaurativa.) conciliação/ exemplo = juizados especiais. Jurisdição = Dizer o direito. “Importante demarcar que o processo judicial cada vez mais se revela como um fator de acirramento de ânimos e não de pacificação. A decisão, unicamente como um comando, coloca as partes nas posições de vencedor e vencido, ganhador e perdedor, vitorioso e derrotado, não promovendo a paz almejada, razão pela qual, a própria sociedade busca formas não judiciais do modelo de composição jurisdicional para a solução dos conflitos”. b) arbitragem e direito do consumidor. (direito indisponível) 1.12 – Monismo e Pluralismo Jurídico a) Monismo e marxismo. b) escola pluralista página 27. “Na sociedade industrial, a relação entre o direito estatal e o direito não-estatal não é de subordinação. Há uma coexistência entre os sistemas distintos(e muitas vezes opostos) de Direito. Existem vários grupos da sociedade construindo o Direito a cadadia e que, acabam por interferir uns nos outros, como também na dinâmica do direito produzido pelo Estado (positivo), tais como os movimentos sociais – Movimento pela Anistia (durante a ditadura militar), Movimento Feminista, Movimento Estudantil, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) – e os grupos minoritários – GLBTS, pessoas especiais, portadores do vírus HIV, quilombolas, índios” Sentido da expressão grupos “minoritários”. “A não profissionalização do juiz facilita uma circulação retórica que tende a subverter qualquer divisão rígida do trabalho jurídico, o que, por esta via, potencializa a proximidade entre o agente privilegiado do discurso (o presidente) e os demais participantes (Santos apud Falcão e Souto, 1999)”. [...] destinado a se contrapor e a responder às insuficiências do projeto monista legal-individualista, produzido e sustentado pelos órgãos do Estado moderno. Este pluralismo [...] encontra a força de sua legitimidade nas práticas sociais de cidadanias insurgentes e participativas. Tais cidadanias são, por sua vez, fontes autênticas de nova forma da produção dos direitos, direitos relacionados à justa satisfação das necessidades desejadas. (Wolkmer, 2011 p. 347). Elenca, portanto, como princípios valorativos do pluralismo a autonomia, a descentralização, a participação, o localismo, a diversidade e a tolerância (WOLKMER, 2011, p. 174-183). “Pluralismo Progressista” X “Pluralismo Reacionário”. Obs: -Marx e a aula 3. Exercício: A partir dos Conceitos da Sociologia Jurídica trabalhados até o momento disserte sobre alguma lei ou artigo de lei aplicado à realidade social avaliando seus efeitos na sociedade. Tente utilizar pelo menos um conceito de algum autor que foi trabalhado em aula.
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