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Introdução ao pensamento político

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Ciência Política 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO POLÍTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
 
 
Sumário 
 
Introdução ...........................................................................................................................................2 
 
Objetivos ..............................................................................................................................................2 
 
1. Principais conceitos ...................................................................................................................2 
2. Principais pensadores sobre o pensamento político .............................................................4 
2.1. Maquiavel ............................................................................................................................4 
2.2. Thomas Hobbes .................................................................................................................6 
2.3. Hannah Arendt ...................................................................................................................7 
2.4. Michel Foucault ..................................................................................................................8 
 
Exercícios .............................................................................................................................................8 
 
Gabarito ...............................................................................................................................................9 
 
Resumo ……………………………………………………………………………………………....................................9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
A introdução ao pensamento político é uma maneira de conhecer o que o ser 
humano pensa sobre si mesmo e quais os principais conceitos que envolvem a ciência 
política para os mesmos. 
 Nesta aula serão apresentadas informações sobre o pensamento político de 
Maquiavel, Thomas Hobbes, Hannah Arendt e Michel Foucault para que possamos 
avançar conhecendo as convergências e divergências de cada pensador. Ademais, é 
possível perceber como uma ideia pode se complementar ou ser a continuidade de 
outro pensador diante da evolução dos princípios e conceitos que envolvem o 
pensamento político. 
Será realizado apresentações dos principais conceitos e definições do 
pensamento político, além de estudos relevantes que envolvem a Ciência Política 
nesses tempos atuais com as mídias sociais e automatização de processos de 
produção. 
 
Objetivos 
• Apresentação da introdução ao pensamento político; 
• Apresentação do pensamento político Maquiavel; 
• Apresentação do pensamento político Thomas Hobbes; 
• Apresentação do pensamento político Hannah Arendt; 
• Apresentação do pensamento político Michel Foucault; 
• Análise comparativa das principais ideias dos pensadores supracitados. 
• Resumo dos principais pensamentos políticos aplicados a atualidade. 
 
 
1. Principais conceitos 
O que é poder? A pergunta não é inédita e nem desconhecido o 
questionamento na sociedade contemporânea. O poder é oriundo desde os 
primórdios da humanidade, onde se originaram os fatos basilares do relacionamento 
interpessoal dos seres humanos que estão sob a análise e reflexão deles. 
Nas respostas dos questionamentos sobre o que é poder, ressalta-se que Max 
Weber entende que o poder é “como cada chance de impor, dentro de uma relação 
social, a vontade própria mesmo contra relutância, não importando em que essa 
chance se baseia” (1922). 
 
 
 
 
 
 
3 
 
DICA 
 
 
 
Em apertada síntese, o que é então poder? É algo inovador ou violento? 
Mostra-se em instituições democráticas de direito? O questionamento acerca dos 
principais conceitos e definições do poder são essenciais para a sociedade atual. 
O ponto de convergência dos autores é uma tendência sustentada do poder 
para além do bem e do mal, ou seja, a essa dualidade está presente no conceito de 
poder nas sociedades atuais. Veja que o poder ao longo do tempo foi trazendo novas 
noções do que o mesmo se caracteriza e a própria sociedade vai se realinhando e se 
reconfigurando ao longo do tempo. 
João Ubaldo Ribeiro (2010) ressalta que o termo política está ligado com 
alguma forma de poder e “qualquer ato de poder é complexo e cheio de implicações 
e é este o terreno da Política”. O poder somente pode ser analisado quando ele está 
em ação. O influência do poder está em toda parte da conduta humana, pois existe 
sempre uma negociação para se obter uma decisão. O poder está presente no ato de 
preconceito, no alistamento obrigatório e até em um relacionamento. 
O poder político é legítimo, no momento que está alinhado com o desejo de 
sua população, que desfruta da sua devida liberdade de associação, opinião e com o 
objetivo de participar das decisões governamentais e fiscalizadoras, assim é o seu 
exercício em prol da sociedade. 
Para Arendt (1994) poder nasce naturalmente nas comunidades políticas, mas 
a legitimidade se fundamenta no ato de unir-se e apelar para o passado. A concepção 
de cidadania estudada por Hannah Arendt afirma que as leis caracterizam os 
indivíduos de determinada comunidade política conferindo juridicamente o status de 
cidadãos. 
De acordo com Arendt os códigos são os direitos humanos, eles que regem a 
sociedade civil e seus atos. Os códigos são regras presente na sociedade desde a 
Independência dos Estados Unidos da América em 1776 até a Declaração dos Direitos 
humanos. 
Foucault, em suas obras, “Alienação e sociedade” e “Vigiar e punir” apresenta 
uma forma diferente de ver o poder em relação aos primórdios desde a Grécia. 
Foucault não busca mais o poder em sua essência, mas o estuda e analisa nas margens 
da sociedade de seu tempo. 
 
Conheça um pouco mais sobre o pensador Max Weber, um 
sociólogo, jurista e economista alemão. Weber é conhecido 
como um dos fundadores do estudo sociológico moderno. 
Estudos e contribuições relevantes nas áreas de sociologia 
política, administração pública (governo) e economia. 
 
4 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
A tabela 1 apresenta de forma sumarizada as principais ideias e características 
dos principais pensadores que estudam o tema sobre pensamento político. Dessa 
forma, é possível visualizar o tema de forma resumida e facilitar a preparação para 
exames futuros nessa área. 
 
Nº Pensadores Ideias 
1 Maquiavel Os fins justificam os meios. 
2 Thomas Hobbes O contratualismo é a base de seu pensamento 
político. 
3 Hannah Arendt Elementos contemporâneos como a cidadania estão 
presentes em seus estudos e principais ideias. 
4 Michel Foucault Vigiar e punir é a sua obra celebre na área de ciências 
política. 
Fonte: Elaborado pela conteudista, 2019. 
 
 Veremos agora, as principais ideias dos pensadores acerca do pensamento 
político, tanto do ponto de vista histórico quanto dos aspectos contemporâneos. 
 
 
2. Principais pensadores sobre o pensamento político 
Nesse item será realizado o estudo dos principais pensamentos políticos de 
Maquiavel, Hobbes, Arendt e Foucault. 
2.1 Maquiavel 
Em 1532, foi publicada a famosa obra “O príncipe” dedicada a Lourenço de 
Médici. Essa obra gerou inúmeras interpretações uma delas até hoje é bastante 
conhecida, o maquiavelismo, que representa a ideia da busca sem escrúpulos e 
limites pelo poder. Como expressão dessa ação se atribui a frase “os fins justificam os 
meios”, a qual não foi proferida pelo autor. 
E como anda a política na sua região após asúltimas 
eleições? Qual é a principal função dos eleitos na sua região 
para melhorar essa área da política. 
 
 
5 
 
A interpretação do maquiavelismo cunhada no século XVI com sentido 
pejorativo intensifica-se a partir da condenação da sua obra pelo Index. Desse 
momento em diante, seu nome seria comparado ao engano porque essa corrente 
também não analisou sua obra como um todo se restringindo somente as 
características do príncipe. 
Em sua obra “Comentários sobre as primeiras décadas de Tito Lívio” Maquiavel 
demonstra suas ideias democráticas, que também estão relatadas no capítulo IX de 
“O príncipe”. Nessa obra relata que o príncipe na Itália dividida precisaria possuir um 
poder absoluto para se manter, após a estabilidade obtida o regime republicano seria 
implantado. 
Vale deixar claro que as ideias de Maquiavel não podem ser julgadas como 
boas ou ruins, pois é apenas uma forma realista de pensar a política no seu contexto 
histórico, ou seja, o objetivo para o príncipe italiano era conseguir governar seu 
território, preferencialmente com o apoio popular. 
É certo que suas reflexões e estudos sobre o poder são ambivalentes, ou seja, 
inovadores e escandalosos, ele rejeita as teorias políticas dos gregos e medievais e 
inaugura uma teoria política baseada nas suas observações e conhecimentos sobre os 
governantes que atuavam com violência e corrupção. O seu realismo é uma tendência 
utilitarista que visa a ação e o objetivo dentro da política. 
Para atuação do príncipe Maquiavel utiliza a virtù e a fortuna. A virtù 
representa a virtude do príncipe, que é a capacidade de agir sobre as circunstâncias 
políticas para conquistar e manter o poder. A fortuna é a oportunidade, o príncipe que 
possui a virtù precisa ficar atento a sorte das circunstâncias. 
Por fim, o seu pensamento se resumo na celebre frase: “os fins justificam os 
meios”. Ou seja, para que o príncipe mantenha o poder ele deve utilizar meios justos, 
mas caso necessite ele deve usar também os injustos. O príncipe quando forçado pela 
necessidade pode usar a violência quando visa o bem coletivo. Sua moral se baseia 
no que é útil para a comunidade. 
 
DICA! 
 
 
 
Pesquisem mais sobre as ideias do Filósofo, Nicolau 
Maquiavel, são bem interessantes, uma de suas principais 
obras “O Príncipe”, trata bem dessa relação entre 
governantes e governados. 
 
6 
 
3.1 Thomas Hobbes 
O inglês Thomas Hobbes (1588-1679) viveu na época do absolutismo e 
contemplou o surgimento de movimentos com ideias liberais. Com a derrota dos 
monarquistas e a decapitação do rei Carlos I, Hobbes cujos escritos defendiam o 
absolutismo, se refugia na França. Em 1651 Cromwell concede anistia e ele retorna a 
Inglaterra republicana. 
Hobbes viveu em um período de guerras civis com o confronto entre o rei o 
parlamento antes da Revolução Gloriosa, o que gerou instabilidade política, por isso, 
sua preocupação em obter a paz. 
 Em 1651 publica o “Leviatã” e defende o regime a monarquia absolutista, pois 
acreditava que a sociedade vivia em constante conflito. Também pregava o 
anticlericalismo, o que resultou em forte oposição dentro das universidades que eram 
todas de confissões religiosas. 
Contribui com o pensamento político ao afirmar sobre o direito da natureza 
definido como a “liberdade que de cada homem possui de usar seu próprio poder, da 
maneira que quiser”. (HOBBES, 1974). No entanto, os homens deixados por si próprios 
resultariam em medo e insegurança. 
Dessa forma, o Estado é instituído com o objetivo de garantir a segurança e 
para isso, pode utilizar a violência e outros recursos para obter a paz. Para a existência 
de Estado absoluto os indivíduos “renunciam ao seu direito a todas as coisas” 
(HOBBES, 1974). 
O ato de renunciar a liberdade e transferi-la para outra pessoa ou assembleia 
é chamada de contrato. O desejo pela paz e pela segurança levam as pessoas a 
fundarem o Estado abdicando dos seus direitos em favor do soberano. 
 O contrato social de Thomas Hobbes é a sua marca registrada, ou seja, 
apresenta uma trajetória legal para o poder. O contrato social, dispõe do seu poder 
natural: o soberano monopoliza o exercício legítimo da coerção. 
Para Hobbes a força é um elemento da soberania, sem ela não existe forma de 
garantir a segurança. O Estado precisa utilizar a força para impor a obediência aos 
indivíduos e a ordem. 
Para superar o estágio de insegurança que ameaçava a vida e os frutos do 
trabalho e obter a paz os indivíduos firmam o contrato social abrindo mão de seu 
poder em favor de um único soberano cuja função é manter a paz social e para 
alcançar esse objetivo não se limita pelas leis ou pela ética. 
Seja uma monarquia, aristocracia, democracia – todas abordam o poder 
absoluto. Não existe, para Hobbes, negociação: o absolutismo é a condição de 
existência do direito positivo, paz social, da sociedade contemporânea de Hobbes. 
 
7 
 
A frase que resume esse pensamento em latim: “Auctoritas, non veritas facit 
legem” (Hobbes, 1991, cap. XXVI), tem o significado: a Autoridade que faz a sua lei, e 
não a verdade. 
 
2.3 Hannah Arendt 
A cientista política germânica Hannah Arendt presenciou a ascensão dos 
regimes totalitários, o contexto histórico do século XX permeia sua obra. 
Para a autora o poder é fruto da ação coletiva humana no espaço público, sua 
compreensão de poder está atrelada ao exercício da liberdade e não se relaciona com 
a força. “O poder nunca é propriedade de um indivíduo, pertence a um grupo e 
permanece em existência apenas na medida em que o grupo conserva-se unido” 
(ARENDT, 2001). 
Em 1958 Arendt publica “A condição humana”, na qual destaca três atividades 
humanas imprescindíveis como o trabalho, a obra e a ação. Elenca três condições 
humanas: a vida, a mundanidade e a pluralidade. Ela critica a importância excessiva 
conferida ao trabalho na sociedade moderna. 
Ela aborda o conceito de espaço público que é o espaço da iniciativa humana, 
pois o conceito de ação seria a única atividade que se exerce diretamente em relação 
a outros seres humanos. A ação coletiva funda o grupo que cria o espaço público. 
Quando se funda o grupo se legitima o poder. (ARENDT, 2001) 
Ela estabelece a distinção entre trabalho e obra. No primeiro o homem é um 
animal ligado ao processo biológico de consumo que é doloroso e repetitivo. Já em 
relação a obra: adapta o material da natureza às necessidades do homem, é concluída 
quando o objeto está pronto e o seu objetivo é a durabilidade. 
Arendt utiliza a Democracia Ateniense e a República Romana para falar que 
nelas a liberdade estava vinculada ao espaço público. Ela discorda da concepção 
cristã de que a liberdade esteja vinculada com o livre arbítrio e da tradição liberal que 
acredita que a liberdade seja somente a garantia dos direitos civis. Ela defende que a 
liberdade é a ação política conjunta da capacidade do homem em mudar o mundo. 
Os eventos revolucionários são resultados das ações dos homens no espaço público. 
Atualmente, os governos podem ser pressionados e destituídos pelo agir, pelo 
desejo de mudança dos cidadãos, conhecido como “espaço público arendtiano”. De 
certa forma, as mídias sociais apresentam uma nova forma de manifestar cívicas no 
mundo e que ficaram conhecidas como Primavera Árabe. 
Hannah Arendt (2010) afirma que “o espaço da aparência passa a existir 
sempre que os homens se reúnem na modalidade do discurso e da ação e, portanto, 
precede toda e qualquer constituição formal do domínio público e as várias formas de 
governo, isto é, as várias formas possíveis de organização do domínio público”. 
 
 
8 
 
2.4 Michel Foucault 
O filósofofrancês Foucault se formou na Sorbone e sua atividade intelectual 
aborda uma multiplicidade de temas como a cultura, o poder, a democracia, a 
história, o discurso, as instituições, a sexualidade e a loucura. Ele criou uma técnica 
historiográfica chamada arqueologia que está presente em sua obra de 1969 chamada 
“Arqueologia do Saber”. 
Um de seus principais objetos de estudo é o poder, analisa quais as suas 
relações e como ele é delimitado. Para o autor, o poder dever ser pensado por meio 
das suas práticas e em profundidade, o que é analisado nas obras “Vigiar e Punir” e 
“Microfísica do Poder”. Analisa os micro poderes até chegar ao poder do Estado, 
estabelecendo que este não é o único detentor de poder que perpassa toda a 
sociedade. 
No tocante ao pensamento político, o seu mais livro Vigiar e Punir, publicado 
em 1975, apresenta uma reflexão sobre a sociedade moderna e a disciplina. Nesta 
obra analisa e estuda os processos disciplinares nas prisões. Reflete sobre o processo 
de vigiar e punir e os motivos que levam a tortura e qualificação de penas nessa seara. 
Ressalta também se faz sentido esse tipo de punição na realidade da sociedade 
contemporânea. 
Entre o final do século XVIII e a segunda metade do século XIX a punição deixa 
de ser um espetáculo de dor para impor o medo e se tornar um ato administrativo que 
visava privar o corpo da liberdade. Essa reforma estava atrelada não a uma 
humanização, mas a reorganização da economia do castigo, nas quais analisa o poder 
e as mudanças que ocorreram nos sistemas de punições ao longo da história. Seu 
objetivo é mostrar o nascimento das prisões e a racionalidade do sistema punitivo. O 
Estado muda sua forma de punição que migra de espetáculo sangrento para uma 
limitação da liberdade educativa. 
Segundo Foucault, a sociedade se forma em um viés de uso abusivo do poder 
através das instituições, como tribunais, escolas e igrejas. 
 
Exercícios 
1. Qual é a palavra que resume os pensamentos e ideias de Thomas Hobbes 
no tocante a ciência política e suas principais aplicações: 
 
a. Contratualismo 
b. Direito positive 
c. Direito civil 
d. Economia e Direito 
 
9 
 
e. Nenhuma das respostas acima 
 
2. Qual é o autor que publicou o celebre livro vigiar e punir: 
 
a. Albert Einstein 
b. Michel Foucault 
c. Arendt 
d. Hobbes 
e. Maquiavel 
 
3. Qual o autor que defende a seguinte frase: “Os fins justificam os meios” 
 
a. Albert Einstein 
b. Michel Foucault 
c. Arendt 
d. Hobbes 
e. Maquiavel 
 
Gabarito 
1. Letra A. O contratualismo é a marca registrada de Thomas Hobbes. As 
outras opções não estão corretas pois fazem alusão ao direito propriamente 
dito. 
2. Letra B. O autor do livro Vigiar e Punir é Michel Foucault. 
3. Letra E. O autor do livro os fins justificam os meios é Maquiavel. 
Resumo 
A introdução do pensamento político é apresentada nessa apostila além das 
definições de poder, o conflito de interesses entre governados e governantes. 
Apresentamos o pensamento político de Maquiavel, Thomas Hobbes, Hannah 
Arent e Michel Foucault para que possamos avançar conhecendo as convergências e 
divergências de cada pensador. 
O poder é o fator preponderante presente no pensamento político dos autores. 
O objetivo é compreender a utilidade do poder e como ele é exercido na sociedade. 
Dessa forma, nos deparamos com as disputas e negociações da sociedade e do Estado 
na busca de possuí-lo. 
 
10 
 
Esse objeto de desejo está atrelado com a prática política cotidiana realizada 
pelo Estado e pela comunidade que constroem espaços em que ele possa ser 
compartilhado, disputado e exercido. 
Para os autores estudados nesta apostila, o poder é apresentado da seguinte 
forma: 
• Maquiavel: O poder do estado deve ser mantido buscando-se todos os meios e 
recursos para garantí-lo; 
• Thomas Hobbes: A soberania garante o poder e o legitima; 
• Hannah Arent: Os grupos humanos que tomam os espaços públicos legitimam 
o poder; 
• Michel Foucault: o poder é garantido, historicamente, por maneiras diferentes 
de vigilância e punição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Referências bibliográficas 
ARENDT, Hannah (2010). A Condição Humana. Trad. Roberto Raposo. Revisão técnica e apresentação de Adriano 
Correia. 11 ed., Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010. 
______. Poder e violência. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 2001 
______.. Sobre a Violência. Relume-Dumará, Rio de Janeiro, 1994. 
Hobbes, Thomas. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1974 
HOBBES, Thomas (1991): “A minute or first draught of the optiques”, em The English works of Thomas Hobbes 
of Malmesbury, vol. 7. Edição de William Molesworth. London: Bohn. 
WEBER, Max (1922). Wirtschaft und Gesellschaft. Tübingen: Mohr.

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