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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Aplicações Lineares do Amplificador Operacional UBERLÂNDIA 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................03 2. METODOLOGIA ..............................................................................................................04 3. ANÁLISE DE DADOS ......................................................................................................10 4. CONCLUSÃO ....................................................................................................................12 5. ANEXOS .............................................................................................................................13 REFERÊNCIAS .....................................................................................................................15 3 1. INTRODUÇÃO Os amplificadores operacionais funcionam como um amplificador de acoplamento direto de alto ganho e usam realimentação para controle de suas características. Atualmente, são tratados de forma a serem encarados com um bloco fundamental na construção de circuitos analógicos, sendo que construção interna se dá de forma transistorizadas em conexão série [1]. As propriedades de um circuito amplificador operacional ideal são: ganho de tensão diferencial infinito, ganho de tensão de modo comum igual a zero, tensão de saída nula para tensão de entrada igual a zero, impedância de saída igual a zero, faixa de passagem infinita, deslocamento de fase igual a zero e deriva nula da tensão de saída para variações de temperatura [2]. Na prática, as limitações dos amplificadores operacionais são muitas, ocorrendo, entretanto, um contínuo aperfeiçoamento das características dos mesmos pelos seus fabricantes. 4 2. METODOLOGIA Equipamentos utilizados e o seu funcionamento: Placa Protoboard São placas para a montagem de protótipos, em que não há a necessidade de se fazer solda entre os componentes e a placa, uma vez que ela é formada por uma matriz de orifícios que atuam como pontos de contato dos componentes. Abaixo da estrutura plástica ela possui uma estrutura do tipo grade metálica condutora que interconecta os orifícios de uma mesma linha e de algumas colunas denominadas barramento. Nela, os orifícios de cada linha estão curtos circuitados, porem cada linha é eletricamente independente uma da outra, ou seja, não há conexão elétrica entre os orifícios de uma linha com outra. Já os barramentos das matrizes estão curtos-circuitados verticalmente. Como podemos observar na Figura 1 um exemplo de placa protoboard. Figura 1 – Modelo de placa Protoboard utilizada em laboratório. Como pode-se observar, ela possui alguns bornes coloridos que são utilizados para facilitar a ligação dos circuitos montados com instrumentos externos. Qualquer ligação a ser feita deverá ser efetuada através de fios. Já no experimento realizado, o transformador foi ligado diretamente na placa e os bornes coloridos não foram utilizados [3]. Gerador de função O gerador de funções, também conhecido como gerador de sinais, é um aparelho eletrônico que gera voltagens que variam em função do tempo e é usado para fazer a calibração e reparação de circuitos eletrônicos. Os sinais ou funções geradas pelo aparelho são fornecidas através de tensões elétricas com diversas formas de sinais elétricos, com amplitudes e frequências 5 variáveis. As ondas geradas são 7 periódicas, sendo de período T dado em segundos, frequência F dada em Hz e amplitude V0, são três as principais formas de onda geradas: quadrada, senoidal e triangular. No painel do gerador de funções há uma série de dispositivos de controle que servem para ajustar o equipamento, sendo que o uso deles varia de acordo com o trabalho que se deseja realizar. Vale ressaltar que o uso do gerador de funções está intimamente ligado ao uso do osciloscópio [4]. Osciloscópio De certa forma, o osciloscópio é basicamente um dispositivo para analisar gráficos, sendo que ele é um equipamento que permite obter os valores instantâneos de sinais elétricos rápidos e caracterizá-los quantitativamente. A aplicação mais comum desse instrumento é feita para observar sinais alternados, tais como sinais senoidais e cossenoidais. Assim, o osciloscópio irá fornecer uma representação visual de diversas formas de ondas aplicadas aos seus terminais de entrada (canais). O fornecimento da tela de visualização é dado através de um tubo de raios catódicos, semelhantes a um tubo de televisão. Há dois tipos de osciloscópio: analógico e o digital. Para descrever melhor o osciloscópio, deve-se entender os sinais presentes na tela desse equipamento. Quando ligado, observa-se que existem certas marcas na tela que a dividem na vertical e na horizontal, e isso forma o que se conhece como reticulado ou retícula. A separação entre linhas consecutivas do reticulado constitui o que se define como divisão e, basicamente, o reticulado possui 10 divisões horizontais por 8 verticais de tamanho igual. Vale ressaltar que cada divisão ou quadrado possui algumas marcas que a dividem em 5 partes iguais [5]. Procedimento experimental Esse experimento teve como objetivo principal entender o funcionamento de circuitos com amplificadores operacionais, além de conhecer suas principais aplicações. Para iniciar o experimento, primeiramente, as tensões das tomadas da bancada foram averiguadas, utilizando-se o multímetro, esse procedimento tem o intuito de evitar uma possível danificação dos componentes. Em seguida, com o auxílio do datasheet do amplificador operacional 741, o circuito foi montado na placa protoboard. O amplificador operacional utilizado possuía 8 pinos, sendo que destes apenas 5 foram utilizados. O pino com numeração 2 era o da porta inversora, o com numeração 3 é o da porta não inversora, 6 output, 7 é V+ e 4, V-, em que a porta 7 e 4 foram alimentação com tensão contínua de 15 e -15 volts, respectivamente. Já as outras portas foram ligadas ao gerador de função e ao osciloscópio. 6 Para o primeiro experimento, foi montado o amplificador inversor, em que se utilizou uma carga de 10 kΩ conectada ao gerador de funções e a porta inversora, na qual também foi feita a realimentação conectando a porta de saída a uma carga de 100kΩ e a porta inversora. Já a porta não inversora foi conectada ao terra. Como mostrado na Figura 2. Figura 2 – Primeiro circuito. Para verificar a tensão de pico a pico, tanto da entrada como da saída e sua respectiva onda, o osciloscópio foi conectado utilizando-se 2 canais, um conectado ao gerador de funções e o outro a porta de saída. O gráfico obtido é apresentado na Figura 3. Figura 3 – Gráfico obtido pelo osciloscópio para o primeiro circuito. O gráfico obtido por simulação é mostrado na Figura 4. Figura 4 - Gráfico obtido por simulação para o primeiro circuito. 7 Para o segundo experimento, foi realizado o circuito amplificador não inversor, que em comparação com o anterior muda apenas o fato de o gerador estar conectado à porta não inversora e a porta inversora estar conectada ao terra. Como apresentado na Figura 5. Figura 5 – Circuito amplificador não inversor.E como esse circuito é não inversor, a onda de saída não aparece defasada de 180º como a do circuito anterior, apenas acontece um ganho de tensão, como mostrado na Figura 6. Figura 6 - Gráfico obtido pelo osciloscópio para o segundo circuito. O gráfico obtido por simulação é mostrado na Figura 7. Figura 7 - Gráfico obtido por simulação para o segundo circuito. 8 Já para o terceiro caso, nos foi proposto o circuito somador inversor, que como o próprio nome já diz a saída é invertida e igual à soma dos sinais de entrada multiplicados pelo ganho, em que no nosso caso a função de entrada foi a mesma para todos os resistores conectados a porta inversora. O circuito final é apresentado na Figura 8. Figura 8 – Circuito somador inversor. Como é de se esperar, a função de saída apresentada defasagem de 180º, e apresentava grande ganho de tensão, além disso, o gerador de funções foi configurado para uma onda quadrada. O resultado obtido no osciloscópio é mostrado na Figura 9. Figura 9 - Gráfico obtido pelo osciloscópio para o terceiro circuito. O gráfico obtido por simulação é mostrado na Figura 10. Figura 10 - Gráfico obtido por simulação para o terceiro circuito. Para o quarto e último caso, foi montado o circuito subtrator, em que o amplificador operacional é utilizado nesta configuração para subtrair dois sinais e fornecer o resultado em sua saída multiplicado pelo ganho. Para isso, tanto a porta inversora quanto a não inversora foram 9 conectadas ao gerador de funções, com a não inversora também conectada ao terra. O circuito é apresentado na Figura 11. Figura 11 – Circuito subtrator. Como as duas portas estavam conectadas a mesma saída do gerador de funções, a tensão de saída foi nula, como mostra a Figura 12. Figura 12 - Gráfico obtido pelo osciloscópio para o quarto circuito. O gráfico obtido por simulação é mostrado na Figura 13. Figura 13 - Gráfico obtido por simulação para o quarto circuito. Mas caso fosse utilizada outra saída do gerador de funções a tensão de saída não seria nula, pois isso se deve ao fato da função transferência está relacionada com a diferença dessas tensões de entrada. 10 3. ANÁLISE DE DADOS Para o circuito do amplificador inversor, a saída é obtida pela multiplicação da entrada por um ganho constante, fixado pelo resistor de entrada R1 e o resistor de realimentação Rf. Essa saída é invertida em relação a entrada e sua função transferência é dada por [6]: 𝑉𝑜 = − 𝑅𝑓 𝑅1 𝑉𝑖 Em que: 𝑉𝑜 – Tensão de saída. 𝑉𝑖 – Tensão de entrada. 𝑅𝑓 – Resistor de realimentação. 𝑅1 – Resistor de entrada. Os dados obtidos tanto experimentalmente, quanto por simulação e por teoria são apresentados na Tabela 1. Tabela 1 – Dados obtidos para o primeiro experimento. Simulação Experimental Teórico Tensão de entrada [V] 1.95 1,80 2,00 Tensão de saída [V] - 20,00 - 18,20 - 20,00 Já para o segundo caso, a função transferência é dada por [2]: 𝑉𝑜 = ( 𝑅𝑓 𝑅1 + 1) 𝑉𝑖 Com essa, equação é possível obter os valores teóricos e, com isso, compará-los com os experimentais e os fornecidos por simulação. Como apresentado na Tabela 2. Tabela 2 – Dados obtidos para o segundo experimento. Simulação Experimental Teórico Tensão de entrada [V] 1.95 1,80 2,00 Tensão de saída [V] 21.25 20,00 22,00 O amplificador somador inversor é um circuito com várias entradas, cada uma com um ganho de tensão unitário. Devido ao fato de todos os resistores da realimentação ser apenas um e constante, a função transferência é dada por [2]: 11 𝑉𝑜 = −𝑅𝑓 ( 𝑉1 𝑅1 + 𝑉2 𝑅2 ) Sendo que o sinal negativo é devido a realimentação ser na porta inversora, e o resistor da realimentação multiplica a razão da tensão de entrada pelo seu respectivo resistor somado com a razão devido ao número de resistores que o circuito tiver na entrada. Os valores coletados são mostrados na Tabela 3. Tabela 3– Dados obtidos para o terceiro experimento. Simulação Experimental Teórico Tensão de entrada [V] 4,00 3.32 4,00 Tensão de saída [V] - 8,00 - 6,56 - 8,00 Já o circuito diferencial ou subtrator, permite que se obtenha uma tensão igual a diferença entre os sinais aplicados multiplicada por um ganho, logo a função transferência é dada por: 𝑉𝑜 = 𝑅2 𝑅1 (𝑉1 − 𝑉2) Em que: 𝑅2 – Resistor para uma das entradas. 𝑅1 - Resitor para outra entrada. 𝑉1 – Tensão do primeiro sinal. 𝑉2 – Tensão do segundo sinal. Os valores coletados são mostrados na Tabela 4. Tabela 4 – Dados obtidos para o quarto experimento. Simulação Experimental Teórico Tensão de entrada [V] 3,25 5,60 6,00 Tensão de saída [V] 0,00 0,032 0,00 Como a tensão nas duas entradas eram as mesmas e a tensão de saída depende da diferença entre elas, essa mesma tensão será, portanto, igual a zero no caso ideal, mas como isso não se aplica, quando analisa-se a tabela anterior percebe-se que no experimento isso não aconteceu, apesar de se ter na saída um valor muito pequeno de tensão. 12 4. CONCLUSÃO Através desse experimento foi possível entender o funcionamento de circuitos com amplificadores operacionais, sendo isso possível por passar a conhecer as principais aplicações deles. Observando, através do osciloscópio, o comportamento das ondas formadas pelos circuitos. Sendo que cada circuito proporcionou uma análise diferente e uma comparação com o que é de conhecimento teórico. Sendo que através de cada circuito pôde-se verificar o amplificador funcionamento com inversor e não inversor, percebendo que nesse caso obteve-se ganhos conforme esperado em ambos os casos. E quando funcionando como somador inversor e subtrator, os resultados encontrados foram condizentes com os apresentados em teoria. Contudo, ao analisar os dados coletados para o quarto experimento, onde se esperava uma tensão igual a zero, nota-se que não houve êxito, apesar do valor encontrada ser muito pequeno. Tal fato podendo ter sido causado devido a erros que podem ter sido gerados pelos equipamentos ou na forma de utilização dos mesmos. Portanto, é imprescindível que todos os dados coletados, tanto experimentalmente quando os observados na simulação, possuem um elevado papel de importância no aprendizado da disciplina e são importantes e atuantes para uma base sólida futura e acadêmica. 13 5. ANEXOS Anexo A – Simulação obtida através do programa Proteus para o primeiro experimento. 14 Anexo B – Datasheet do amplificador operacional 741 15 REFERÊNCIAS [1] SEDRA, A S.; SMITH, K.C. Microeletrônica. 4.ed. São Paulo: Makron Books, 2000 [2] MALVINO, A.P. Eletrônica, v. 2. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1997. [3]https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2404961/mod_folder/content/0/Anexo3Protoboar ds.pdf?forcedownload=1, acessado em 21 de junho de 2019. [4]http://www.eletronicadidatica.com.br/equipamentos/gerador_funcoes/geradorfuncoes.htm, acessado em 21 de junho de 2019. [5] https://www2.pcs.usp.br/~labdig/material/ABC_Osc.pdf, acessado em 21 de junho de 2019. [6] http://www2.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/ProfMarceloWendling/3--- amplificadores-operacionais-v2.0.pdf, acessado em 22 de junhode 2019.
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