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UFU – UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FEELT – FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA PRISCILA ALVES NUNES RELATÓRIO DE EXPERIEMENTOS Amplificador Diferencial, Amplificador Inversor e Amplificador Não-Inversor UBERLÂNDIA – MG 2022 1 PRISCILA ALVES NUNES RELATÓRIO DE EXPERIEMENTOS Amplificador Diferencial, Amplificador Inversor e Amplificador Não-Inversor Relatório apresentado à Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Uberlândia – UFU – como requisito parcial de aprovação na disciplina Experimental de Eletrônica Analógica II. Prof. Dr. Gustavo Brito de Lima UBERLÂNDIA – MG 2022 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 3 2 OBJETIVOS ............................................................................................................... 6 3 EXPERIMENTO 01: AMPLIFICADOR DIFERENCIAL ................................... 7 3.1 MONTAGEM EXPERIMENTAL ............................................................................... 7 3.2 CÁLCULOS TEÓRICOS ............................................................................................ 8 3.3 SIMULAÇÃO DO CIRCUITO.................................................................................. 11 3.4 CONCLUSÃO............................................................................................................ 14 4 EXPERIMENTO 02: AMPLIFICADOR INVERSOR E RESPOSTA EM FREQUÊNCIA ....................................................................................................................... 16 4.1 MONTAGEM EXPERIMENTAL ............................................................................. 16 4.2 CÁLCULOS TEÓRICOS .......................................................................................... 17 4.3 SIMULAÇÃO DO CIRCUITO.................................................................................. 19 4.4 CONCLUSÃO............................................................................................................ 23 5 EXPERIMENTO 03: AMPLIFICADOR NÃO INVERSOR E SLEW-RATE .. 24 5.1 MONTAGEM EXPERIMENTAL ............................................................................. 24 5.2 CÁLCULOS TEÓRICOS .......................................................................................... 25 5.3 ANÁLISE DO SLEW-RATE .................................................................................... 27 5.4 SIMULAÇÃO ............................................................................................................ 27 5.5 CONCLUSÃO............................................................................................................ 30 6 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 31 3 1 INTRODUÇÃO Basicamente há dois tipos de amplificadores: amplificadores de pequenos sinais e amplificadores de potência (PINTO, 2011). Enquanto os amplificadores de pequenos sinais atuam no estágio de pré-amplificação aumentando a amplitude do sinal, da ordem de mV, fornecido por uma fonte, como um microfone, por exemplo. Os amplificadores de potência têm como finalidade ampliar o sinal fornecido pelos pré-amplificadores o suficiente para concluir o objetivo do sistema, como fazer um alto-falante funcionar (PINTO, 2011). Ademais os amplificadores de pequenos sinais atuam na região linear das curvas características e, portanto, a distorção do sinal é minimizada e, por operarem nessa região, também permitem realizar análises de seus transistores usando parâmetros com valores praticamente constantes (PINTO, 2011). Desse modo, é possível compreender que amplificadores realizam operações com os sinais, como é caso da multiplicação do sinal para aumento do ganho. O termo amplificador operacional (amp-op) se refere, então, a um amplificador que realiza uma operação matemática com determinado sinal. Historicamente, os primeiros amp-ops foram usados em computadores analógicos, em que realizavam adição, subtração, multiplicação e assim por diante (MALVINO, 2016). Em resumo, um amp-op típico é um amplificador CC com um ganho de tensão muito alto, elevada impedância de entrada e baixíssima impedância de saída. A frequência de ganho unitário é de 1 MHz a mais de 20 MHz, dependendo do circuito integrado (CI) em questão. Um CI amp-op é um bloco funcional completo, como apresentado na figura 1, com pinos externos, que por sua vez, são conectados a uma tensão de alimentação e a alguns componentes (BOYLESTAD, 2013). Figura 1 – Amplificador Operacional básico 4 Um amplificador operacional possui vários níveis de operações, como demonstrado na Figura 2 para devolver um sinal de entrada de acordo com o objetivo pelo qual aquele sinal passará por aquele amp op (PINTO, 2011). Figura 2 - Estágios de um Amplificador Operacional Os primeiros estágios são marcados, na maioria das vezes por amplificadores diferenciais (AD), que são um circuito com duas entradas nas quais são aplicadas tensões 𝑉1 e 𝑉2 e uma saída 𝑉𝑜𝑢𝑡. É importante conhecer o amplificador (PINTO, 2011). Em condições ideais 𝑉1 = 𝑉2 e, nesse caso, a tensão de saída será nula. Isso acontece porque o AD é um circuito que apresenta uma tensão de saída proporcional à diferença entre os dois terminais de entrada, rejeitando os sinais de entrada quando estes forem iguais. Essa configuração de amplificador estabelece muitas das características de entrada do CI. O amplificador diferencial também pode ser configurado de maneira separada, sendo usado em circuitos de comunicação, instrumentação e controle industrial (PINTO, 2011). Algumas dessas aplicações eletrônicas são: • Amplificadores lineares – é utilizado nos casos em que é necessário obter ganho estável independentemente da temperatura, tempo e mudanças no ganho de tensão em malha aberta, também é sua principal aplicação; • Amplificadores não lineares – amplificam o sinal apenas de um dos terminais de entrada – por exemplo, em retificadores de precisão. • Comparadores – Por apresentarem altíssimo ganho, possibilitam que a saída seja alterada de nível alto para baixo ou vice-versa, quando as tensões de entrada estão em valores próximos a décimos de mV. • Filtros – Permitem maior seletividade do filtro, pois é possível obter atenuações maiores que 20 dB/decada, impedância de entrada muito alta e de saída muito baixa, não havendo, portanto, necessidade de efetuar casamentos de impedância. Possibilidade de ganho de tensão. Para o caso do presente relatório, como o circuito interno de um AO é de extrema complexidade, as análises serão feitas com base no circuito equivalente indicado na figura 1. De modo que, para as posteriores simulações, é necessário a compreensão dos seguintes conceitos. 5 • Resistência de entrada sem realimentação (𝑅𝑖) – É a resistência equivalente entre as duas entradas. No caso ideal é infinita; • Resistência de saída sem realimentação (𝑅𝑂) – É a resistência do equivalente Thévenin que uma carga (𝑅𝐿) “enxerga” quando ligada à saída. No caso ideal é 0 Ω; • Ganho de tensão em malha aberta (𝐴𝑣) – É o ganho de tensão CC em malha aberta. No caso ideal é infinito; Outros parâmetros que não aparecem na figura 1, mas que são fundamentais para os experimentos são: • Largura de faixa – É a faixa de frequências para as quais o ganho é constante. No caso ideal é infinita; • Tensão de offset de entrada – É a diferença entre as 𝑉𝐵𝐸 dos transistores do primeiro par diferencial. Nocaso ideal essa diferença deveria ser zero; • Slew rate – Especificado em V/μs, esse parâmetro dá uma medida de quanto a saída responde a um degrau de tensão na entrada. No caso ideal é infinito; 6 2 OBJETIVOS O objetivo geral deste relatório é realizar de maneira experimental as simulações propostas em roteiros, abordando e aplicando as teorias de circuitos e eletrônica envolvidos, de forma a avaliar os resultados obtidos em comparação aos cálculos teóricos. Além de apresentar os esquemáticos dos circuitos, bem como os gráficos obtidos a fim de comparar com a variação desejada. 7 3 EXPERIMENTO 01: AMPLIFICADOR DIFERENCIAL 3.1 MONTAGEM EXPERIMENTAL Para este primeiro experimento, objetiva-se simular um circuito seguindo o padrão apresentado pelo circuito da figura 1 e confrontar os dados extraídos da simulação com os obtidos em cálculos teóricos. Figura 3 - Circuito de um Amplificador Diferencial Deste modo, para realizar essa tarefa foram utilizados os seguintes componentes: 2 transistores do tipo NPN ordinários; 2 resistores de 6,5 kΩ; 1 resistor de 5,6 kΩ; 1 Fonte de alimentação simétrica. Logo, utilizando o software Multisim e os componentes listados, foi possível desenhar o circuito de um amplificador diferencial, apresentado na figura 4. 8 Figura 4 - Circuito Utilizado no Experimento 3.2 CÁLCULOS TEÓRICOS No que diz respeito a análise teórica de um amplificador diferencial, é necessário dividi- la em duas partes: análise CC e análise CA. Para a análise em regime de corrente contínua (CC), primeiro é preciso aterrar as fontes de tensão alternada nas entradas dos amplificadores e assim realizar os cálculos com base no circuito resultante, como demonstrado pela figura 5. Figura 5 – Circuito com fontes aterradas 9 Assim, considerando o circuito da figura 5 e tomando a tensão base-emissor para ambos os transistores como sendo VBE = 0,7 V além da corrente de base como sendo nula, é possível encontrar a corrente IT que percorre o resistor Re utilizando análise de malhas, ou seja; −VBE − VRe − Vee = 0 −0,7 − ( Re ∗ IT) − (−12) = 0 −0,7 − ( 5,6 k ∗ IT) + 12 = 0 Logo IT = 12 − 0,7 5,6 k IT = 2,01 mA De posse de IT calcula-se agora a corrente de emissor, uma vez que ao considerar IB como nula tem-se que IE = IC. Portanto, como IC = IE = IT 2 IC = IE = 2,01 mA 2 IC = IE = 1,005 mA Seguindo a análise, por meio das quedas de tensão nos resistores RC1 e RC2 , os quais possuem mesmo valor de resistência, calcula-se as tensões de saída, onde: Vout2 + VRC2 − Vcc = 0 Vout1 = Vout2 = Vcc − VRC2 Vout1 = Vout2 = 12 − (RC2 ∗ IC) Vout1 = Vout2 = 12 − (6,5 k ∗ 1,005 m) Vout1 = Vout2 = 5,46 V Desse modo, é possível agora realizar a análise em regime de corrente alternada (CA). Para isso, o roteiro elucida que deve ser realizada uma análise para saída simples (Vout2) e saída diferencial (Vout2 − Vout1), ambos a partir de uma entrada simples, como demonstrado pelo circuito apresentado na figura 6. 10 Figura 6 – Circuito para análise CA Considerando, primeiramente, a análise para uma entrada simples e saída simples. Tem-se o ganho do circuito (Av) dado por Av = RC 2rE ′ Sendo necessário calcular a resistência CA do emissor rE ′ , onde rE ′ = 25 mV IE Assim, como IE = 1,005 mA, tem-se que rE ′ = 24,87 Ω Logo, o ganho será Av = 6,5 k 2 ∗ 24,87 Av = 130,65 Já a tensão de saída pode ser calculada utilizando o ganho do circuito, visto que Vout = Av ∗ Vin Logo, Vout = 130,65 ∗ 10 m Vout = 1,306 V 11 Por fim, visto que na análise CC obteve-se um sinal de saída com valor de Vout = 5,46 V enquanto pela análise CA tem-se o sinal amplificado em 130,65 vezes. Espera-se que os valores de tensões de pico sejam dados por Vp1 = −1,306 + 5,46 = 4,154 V Vp2 = 1,306 + 5,46 = 6,766 V Agora, considerando, a análise para uma entrada simples e saída diferencial, tem-se o ganho do circuito (Av) é dado por Av = RC rE ′ Onde a resistência CA do emissor rE ′ também é dada por rE ′ = 25 mV IE Assim, como IE = 1,005 mA, tem-se que rE ′ = 24,87 Ω Logo, o ganho será Av = 6,5 k 24,87 Av = 261,2 Assim, a tensão de saída para este caso é Vout = 261,2 ∗ 10 m Vout = 2,612 V Ao considerar a saída diferencial, o sinal terá nível CC em 0 V, pois a parcela CC do sinal de saída será subtraído e resultará em um valor nulo; já para parte CA o sinal será amplificado em 231,3 vezes. Assim, espera-se que a forma de onda resultante possua valores variando entre −2,612 e 2,612 𝑉. 3.3 SIMULAÇÃO DO CIRCUITO Após a finalização dos cálculos teóricos, realizou-se a simulação do mesmo circuito, no software Multisim com o objetivo de confrontar os dados obtidos. Dessa forma, para a parte de análise CC do circuito, os valores obtidos em simulação estão apresentados no circuito da figura 7. 12 Figura 7 – Simulação CC Já para a análise CA do circuito, avaliar as formas de ondas resultantes da simulação se fez a proposta mais adequada para extrair os dados necessários para saída simples (Vout1 e Vout2) e saída diferencial (Vout2 − Vout1) . Assim, na figura 8 é possível visualizar as formas de ondas obtidas por meio da simulação do circuito em questão. Figura 8 - Formas de Onda obtidas na Simulação CA 13 Nota-se pela figura a comprovação da defasagem em 180° entre o sinal de saída Vout1 e o sinal de saída Vout2. Figura 9 – Tensões de Pico Vout1 e Vout2 em ondas defasadas em 180º Figura 10 - Valor de Pico para Vout = Vout2 − Vout1 Com os dados obtidos e apresentados figuras anteriores com os auxilio dos cursores e apresentados nas tabelas na parte inferior das mesmas, é possível calcular os ganhos de tensão para cada caso solicitado no roteiro. Para a saída simples Vout é necessário primeiro subtrair o valor de tensão CC do valor de tensão Vout2 e, assim o ganho é dado por A = Vout Vin = (6,7810 − 5,5494 V) 9,9814 m = 123,38 Já para a saída diferencial, tem-se que, 14 A = Vdif Vin = 2,4587 9,9814 m = 246,26 Figura 11 – Formas de onda das Tensões Vin, Vout2 e Vdif Por fim, com o auxílio da figura 11, comprova-se que para a saída diferencial não há presença de offset de tensão. 3.4 CONCLUSÃO Para fazer uma comparação entre os valores calculados e os valores simulados, foram construídas tabelas a fim de facilitar a visualização dos dados e possibilitar o cálculo dos erros percentuais. A tabela 1 apresenta uma comparação dos resultados da análise CC, enquanto a tabela 2 apresenta uma comparação entre os valores obtidos na análise CA, considerando os casos de saída simples e saída diferencial. Tensões Correntes Vout1 Vout2 IT IE Teórico 5,46 V 5,46 V 2,01 mA 1,005 mA Simulado 5,5494 V 5,5494 V 2,0046 mA 1,0023 mA Erro 1.61% 1.61% 0,26% 0,26% Tabela 1 - Comparação para os Valores Obtidos em análise CC 15 Saída Simples Saída Diferencial Av Vp+ Vp− Av Vp+ Vp− Teórico 130,65 6,766 V 4,154 V 261,2 2,612 V −2,612 V Simulado 123,38 6,7810 V 4,3230 V 246,26 2,4587 V −2,4587 V Erro 5,89% 0,22% 3,90% 6,06% 6,23% 6,23% Tabela 2 - Comparação para os Valores Obtidos em análise CA Finalmente, ao comparar-se os resultados obtidos e apresentados nas tabelas anteriores, conclui-se que os resultados estão condizentes, uma vez que o erro percentual não ultrapassa 6,23%, um bom valor ao se considerar uma margem ordinária de 10%. Ressalta se que, embora existam pequenas diferenças entre os valores obtidos, as mesmas são resultado de aproximações e simplificações de cálculo, bem como divergências entre os modelos de analise teórica e computacional, assim como precisão no manuseio dos cursores dos gráficos. 16 4 EXPERIMENTO 02: AMPLIFICADOR INVERSOR E RESPOSTA EM FREQUÊNCIA 4.1 MONTAGEM EXPERIMENTAL Para estesegundo experimento, objetiva-se simular um circuito seguindo o padrão apresentado pelo circuito da figura 12 e confrontar os dados extraídos da simulação com os obtidos em cálculos teóricos. Figura 12 - Amplificador Inversor Deste modo, para realizar essa tarefa foram utilizados os seguintes componentes: 1 Amplificador Operacional comum do Multisim; 3 resistores de 10 kΩ; 1 resistor de 1 MΩ; Logo, utilizando o software Multisim e os componentes listados, foi possível desenhar o circuito de um amplificador diferencial, apresentado na figura 13. Figura 13 - Circuito montado de um Amplificador Inversor 17 4.2 CÁLCULOS TEÓRICOS Para a análise desse circuito, será adotado o modelo ideal. Dessa forma, é possível considerar um curto virtual entre os terminais de entradas do amplificador operacional (AO), ou seja, 0V, conforme a figura 14. Figura 14 – Análise das tensões e correntes Logo a análise para o circuito ideal acima poderá ser da seguinte forma: VR1 = Vin R1 ∗ Iin = Vin VRf = −Vout Rf ∗ Iin = −Vout Assim, para o ganho, tem-se que Av = Vout Vin = − Rf R1 Ou seja, o ganho do circuito é Av = 1MΩ 10 kΩ = −100 Ainda com base na análise, é possível determinar a corrente sobre os resistores R1 e Rf. IR1 = IRf = IIn = Vin R1 = 20 mV 10 KΩ = 2 µA Por fim, para encontrar a tensão de saída e seu valor de pico é necessário primeiro avaliar se a resposta em frequência desse circuito está dentro dos parâmetros. Assim, considerando que se 18 trata de um AO comum, sua frequência de ganho unitário corresponde a funity = 1MHz e, uma vez que: Av ∗ 𝑓c = 𝑓unity A frequência de corte será 100 ∗ 𝑓c = 1 MHz 𝑓c = 10 kHz Portanto, a frequência de 10 kHz está dentro do esperado para a banda passante, confirmando o ganho de 100. Dessa forma, foi possível calcular a tensão de saída utilizando o ganho encontrado e a tensão da fonte, onde Vout = Av ∗ Vin Vout = −100 ∗ 20 m Vout = −2 V Logo, a tensão de saída será de 2V e invertida em relação à entrada, visto que essa é a função desse AO. Já para analisar melhor a resposta em frequência desse AO, o ganho em dB foi calculado, possibilitando o desenho do gráfico de resposta. Assim, considerando que o ganho permanece constante até quase fc = 10 𝑘𝐻𝑧, onde nota-se uma queda de 3 𝑑𝐵, e posteriormente um decaimento a uma taxa de 20 𝑑𝐵 por década até funity = 1 MHz. Logo, Av(dB) = 20 log ( Vout Vin ) Av(dB) = 20 log ( 2 20m ) = 40 dB Para o gráfico, utilizou a base disponível no roteiro da atividade, assim Figura 15 - Gráfico da resposta em frequência 19 Dessa maneira, é possível também calcular as tensões de pico na saída para as frequências solicitadas, seguindo a relação 𝑉𝑜𝑢𝑡 = −𝐴𝑣 ∗ 𝑉𝑖𝑛, conforme apresentado na tabela 3 e, utilizando a conversão do ganho com a fórmula 𝐴 = 10 𝐴 𝑣 20 Frequência do Sinal de Entrada (amplitude de 20mV) 100 Hz 1 kHz 10 kHz 100 kHz 1 MHz Tensão de Saída 𝑉𝑜𝑢𝑡(𝑉) 2 2 1,41 0,2 0,02 Ganho Av(dB) Av(dB) = 20 log ( Vout Vin ) 40 40 37 20 0 Tabela 3 – Dados calculados 4.3 SIMULAÇÃO DO CIRCUITO Com o auxílio do software multisim, o circuito foi montado e a simulação realizada, a partir das configurações para o AO apresentadas na figura 16: Figura 16 - Dados de configuração para o AO 20 Figura 17 - formas de onda para as tensões de entrada e saída Figura 18 - tensão de pico para a tensão de saída 𝑉 𝑝 𝑜𝑢𝑡 1,9992 + 1,9979 2 = 1,99 𝑉 21 Figura 19 - tensão de pico para a tensão de entrada 𝑉𝑝 𝑖𝑛 = 20,004 𝑚 + 20,045 𝑚 2 = 20,02 𝑚𝑉 Desse modo, o ganho para o circuito de acordo com a simulação é dado por 𝐴𝑣 = −𝑉𝑜𝑢𝑡 𝑉𝑖𝑛 = 1,99 20,02 𝑚 = −99,40 A simulação também confirma a igualdade entre as correntes, como demonstra a figura 20. Figura 20 - Corrente do Circuito Na imagem a seguir, é possível identificar o ganho para a frequência de corte. 22 Figura 21 - Ganho para a frequência de corte Sendo os ganhos em dB apresentados na figura Figura 22 – Resposta em frequência do circuito Por meio das relações 𝑉𝑜𝑢𝑡 = −𝐴𝑣 ∗ 𝑉𝑖𝑛 𝐴 = 10 𝐴 𝑣 20 Tem-se, portanto, os seguintes resultados apresentados para a simulação Frequência do Sinal de Entrada (amplitude de 20mV) 100 Hz 1 kHz 10 kHz 100 kHz 1 MHz Tensão de Saída 𝑉𝑜𝑢𝑡(𝑉) 2 1,99 1,40 0,19 0,0198 Ganho Av(dB) Av(dB) = 20 log ( Vout Vin ) 39,995 39,951 36,935 19,854 0 Tabela 4 – Dados obtidos com a simulação 23 4.4 CONCLUSÃO É possível identificar que os valores estão dentro do esperado de acordo com os cálculos teóricos. A corrente do circuito calculada era de 2 µA, enquanto a obtida na simulação foi de 1,873 µA, resultando em um erro percentual 6,35%. Já para melhor visualização e compreensão dos outros valores, construiu-se as seguintes tabelas. Frequência do Sinal de Entrada (amplitude de 20mV) 100 Hz 1 kHz 10 kHz 100 kHz 1 MHz Tensão de Saída Teórica 𝑉𝑜𝑢𝑡(𝑉) 2 2 1,41 0,2 0,02 Tensão de Saída Experimental 𝑉𝑜𝑢𝑡(𝑉) 2 1,99 1,40 0,19 0,0198 Erro Percentual (%) 0 0,50 0,71 5.26 1.01 Tabela 5 – Análise das tensões obtidas Frequência do Sinal de Entrada (amplitude de 20mV) 100 Hz 1 kHz 10 kHz 100 kHz 1 MHz Ganho Av(dB) Teórico Av(dB) = 20 log ( Vout Vin ) 40 40 37 20 0 Ganho Av(dB) Simulado Av(dB) = 20 log ( Vout Vin ) 39,995 39,951 36,935 19,854 0 Erro Percentual (%) 0,01 0,12 0,17 0,73 0 Tabela 6 – Análise dos ganhos obtidos Dessa forma, conclui-se que os valores obtidos são satisfatórios e condizentes com os cálculos realizados. Uma vez que algumas mínimas divergências tão estão ligadas ao manuseio dos cursores do simulador. 24 5 EXPERIMENTO 03: AMPLIFICADOR NÃO INVERSOR E SLEW-RATE 5.1 MONTAGEM EXPERIMENTAL Para este último experimento, objetiva-se simular um circuito seguindo conforme o apresentado na figura 18 e confrontar os dados extraídos da simulação com os obtidos em cálculos teóricos. Figura 23 - Circuito de um Amplificador Não Inversor Deste modo, para realizar essa tarefa foram utilizados os seguintes componentes: 1 Amplificador Operacional com terminais de alimentação, disponível no software de simulação; Software de simulação computacional Multisim; 2 resistores de 1 kΩ; Logo, utilizando o software Multisim e os componentes listados, foi possível desenhar o circuito de um amplificador não inversor, apresentado na figura x e configurações apresentados na figura 24. 25 Figura 24 – Amplificador Não Inversor Figura 25 - Configurações do Amplificador Não Inversor 5.2 CÁLCULOS TEÓRICOS Com o circuito montado, o primeiro passo agora é encontrar o ganho do mesmo: 𝐴𝑣 = 1 + 𝑅2 𝑅1 = 1 + 1𝑘 1𝑘 = 2 26 Esse ganho em escala dB é dado por 𝐴 = 20 log(2) = 6 𝑑𝐵 Por fim, para finalizar essa parte e desenhar o gráfico da resposta em frequência desse circuito é necessário encontrar a frequência de corte 𝑓𝑐, considerando 𝑓𝑢𝑛𝑖𝑡𝑦 como a largura de banda (BW) de 1M utilizada na configuração do AO. 𝐴 ∗ 𝑓𝑐 = 𝑓𝑢𝑛𝑖𝑡𝑦 2 ∗ 𝑓𝑐 = 1𝑀 500 𝑘𝐻𝑧 Desse modo, tem-se que 𝑓𝑐 = 500 𝑘𝐻𝑧, ou seja, o ganho permanecerá constante até que atinja este valor perdendo 3 dB e, posteriormente irá decair 20db/década até que atinja 𝑓𝑢𝑛𝑖𝑡𝑦. Portanto, o gráfico do ganho em função da frequência está apresentado na figura a seguir. Figura 26 - resposta em frequência do Circuito Visto que a frequência da tensão de entrada de 1 kHz e de 50kHz são menores que a frequência de corte de 500 kHz, espera-se que a saída do circuito, para ambas as frequências, seja dada por 𝑉𝑜𝑢𝑡 = 𝐴𝑣 ∗ 𝑉𝑖𝑛 𝑉𝑜𝑢𝑡 = 2 ∗ 5 𝑉𝑜𝑢𝑡 = 10 𝑉 Agora, para encontrar a corrente do circuito é possível considerar um curto virtual entre os terminais de entrada do AO. Logo, acorrente que passa pelo resistor 𝑅2 é a mesma que passa por 𝑅1, permitindo que a seguinte análise seja feita: 27 𝐼𝑅2 = 𝐼𝑅1 = 𝑉𝑖𝑛 𝑅1 = 5 1𝑘 = 5 𝑚𝐴 5.3 ANÁLISE DO SLEW-RATE Os valores calculados no item 5.2 não consideraram o slew-rate (SR) na tensão de saída, o qual se refere ao ganho máximo que um sinal de saída pode apresentar sem que haja distorções nesse sinal e, é dado em V/s. Os SRs dados estão em V/s, entretanto, é mais comum utilizar o SR em V/µs. Portanto, para o SR de 1V/s que é igual a 1MV/µs tem-se que 2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑓𝑚á𝑥 ∗ 𝑉𝑝 < 𝑆𝑅 2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑓𝑚á𝑥 ∗ 10 < 1𝑀 𝑓𝑚á𝑥 < 1𝑀 2 ∗ 𝜋 ∗ 10 𝑓𝑚á𝑥 < 16 𝑘𝐻𝑧 Já para o SR de 5V/s = 5V/µ s tem-se que 2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑓𝑚á𝑥 ∗ 𝑉𝑝 < 𝑆𝑅 2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑓𝑚á𝑥 ∗ 10 < 5𝑀 𝑓𝑚á𝑥 < 5𝑀 2 ∗ 𝜋 ∗ 10 𝑓𝑚á𝑥 < 80 𝑘𝐻𝑧 É possível então analisar que o valor obtido com a tensão de saída em 𝑓 = 50 kHz está incorreto, pois ele é superior ao limite de 16 kHz para que o sinal não apresente distorções. Já para a frequência de 1 kHz o valor obtido é adequado, pois 1 kHz < 80 kHz. 5.4 SIMULAÇÃO Desse modo, após os cálculos teóricos, o circuito foi simulado no software Multisim para comparar os resultados obtidos. 28 Para a frequência de 1 kHz, as formas de onda de entrada (em verde) e saída (em azul) seguem na figura 27. Figura 27 – Fomas de onda para 1 kHz. Pela imagem é possível perceber que a tensão de saída não está defasada em relação a tensão de entrada como esperado para o circuito. Ademais, tem-se que o valor da tensão de pico para a saída é de, aproximadamente, 9,95V. por fim, para o ganho, então, tem-se que 𝐴𝑣 = 9,95 5,01 = 1,99 = 5,98 𝑑𝐵 Vale ressaltar que o ganho igual a 3 dB é igual a 1,41 em valor absoluto. E o gráfico da resposta em frequência é apresentado na figura 28. Figura 28 – Resposta em Frequência do circuito Já para a frequência de 50 kHz, as formas de onda de entrada (em verde) e saída (em azul), estão apresentadas na figura. 29 Figura 29 - Fomas de onda para 50 kHz. É possível perceber pelo gráfico que a forma de onda está distorcida e apresentando valor de pico inferior ao esperado, visto que, nesse caso o AO não suporta essa variação do sinal tão rápida em uma frequência de 50 kHz. Para resolver esse problema é possível alterar tensão de saída de entrada, alterando o ganho, de forma que a frequência de Slew-Rate seja maior que a frequência desejada; ou escolher um AO em que a frequência de Slew-Rate seja maior que a frequência desejada Logo, substituindo o AO por um outro com SR = 5 𝑉/𝜇𝑠, encontra-se a frequência máxima de 80 𝑘𝐻𝑧 e uma nova forma de onda, sem distorções e condizente com o esperado, conforme a figura 30. Figura 30 – Formas de onda após ajuste do AO 30 5.5 CONCLUSÃO Para fazer uma comparação mais visual entre os valores calculados e os valores simulados, foram construídas as tabelas apresentadas a seguir. Primeiro, para os valores de tensão encontrados, tem-se: 𝑉𝑖𝑛 𝑉𝑜𝑢𝑡 SR = 1MV/µs Teórico 5 10 Simulado 5 4,75 Erro (%) 0 110 𝑉𝑖𝑛 𝑉𝑜𝑢𝑡 SR = 5MV/µs Teórico 5 10 Simulado 4,99 9,99 Erro (%) 0,10 0,10 Tabela 7 – Análise dos Valores para cada SR Já para os valores do ganho tem-se Frequência do sinal de entrada 1 kHz 50 kHz 500 kHz Ganho (dB) Teórico 6 6 3 Simulado 6,02 5,98 2,98 Erro (%) 0,33 0,33 0,67 Tabela 8 – Análise dos valores de ganho Após a observação dos dados das tabelas anteriores, nota-se que os erros eram mínimos, com única exceção do caso em que a frequência máxima suportada pela AO foi ultrapassada, como discutido anteriormente, por isso tamanho erro superior a 100%. Todavia, os outros valores encontrados satisfizeram os objetivos da simulação e permitiram concluir que o experimento foi satisfatório, bem como a importância de realizar a análise da influência do slew rate no circuito. 31 6 REFERÊNCIAS BOYLESTAD, R. L.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos; tradução: Sônia Midori Yamamoto; revisão técnica Alceu Ferreira Alves. – 11 ed. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. MALVINO, A.; BATES, D. J. Eletrônica, volume 2; tradução: Antonio Pertence Jr. – 8 ed. – Porto Alegre: AMGH, 2016. PINTO, L. F. T.; SUZUKI, J.; Eletrônica: eletrônica analógica, volume 2. Coleção Técnica Interativa. Série Eletrônica. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011.
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